2016LEI DO COUROREPORT
REPORT LE I DO COURO 2016
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UM
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José Fernando BelloPresidente Executivo do CICB
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O couro é um artigo nobre. Único. Exclusivo por suas propriedades naturais, impossíveis de serem reproduzidas artificialmente. A Lei 4.888/65, que proíbe o uso da palavra “couro” para designar artigos que não tenham sido feitos em pele animal, é uma conquista do país na defesa dos direitos do consumidor e da indústria de couros brasileira, cujo trabalho na busca da qualidade é notório e reconhecido mundialmente.
O COURO É UM ARTIGO NOBRE.
ÚNICO. EXCLUSIVO POR SUAS
PROPRIEDADES NATURAIS,
IMPOSSÍVEIS DE SEREM
REPRODUZIDAS ARTIFICIALMENTE
O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) vem, desde 2013, desenvolvendo a iniciativa da Lei do Couro, com uma série de ações para divulgar a legislação junto aos públicos estratégicos da indústria de couros: fabricantes, consumidores, lojistas, promotores de feiras e comerciários. Uma das ações de maior destaque dentro da iniciativa foram as blitzes, que cobriram seis estados, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Goiás e São Paulo.
Centenas de municípios foram percorridos com este trabalho que levou informação e conhecimento para milhares de pessoas, com grande repercussão de mídia e público. A equipe da Lei do Couro encontrou infrações, viu bons exemplos, ouviu relatos curiosos e obteve correções em comunicações errôneas, dando um apoio muito importante à disseminação da lei e à aculturação da premissa de que o couro deve ser valorizado como um artigo superior.
Neste documento está um breve apanhado dessa grande experiência que o setor de couros viveu com as blitzes, do interior à capital, das grandes marcas aos pequenos varejos, abrangendo um grupo rico e heterogêneo de grande importância para a indústria e a economia.
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Em vigor desde 9 de dezembro de 1965, a Lei N° 4.888 proíbe a utilização do termo couro em produtos que não sejam obtidos exclusivamente de pele animal. A sua infração constitui crime de concorrência desleal previsto na lei da propriedade industrial sob n° 9.279/96, Artigo 195, cuja pena é detenção do infrator de 3 meses a 1 ano ou multa.
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VOCÊ SABIA? Ainda que a Lei do Couro já tenha completado meio século de criação, muitos - especialmente lojistas - erram na hora de descrever ou anunciar produtos. O que não apenas contraria a Lei mas fere o Código de Defesa do Consumidor, já que induz a pessoa ao erro. Termos como couro sintético, couro ecológico, couro fake e eco leather são os mais utilizados.
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Representantes da Iniciativa Lei do Couro realizam visitas ao varejo de rua e em shoppings centers de cidades previamente selecionadas ao redor do Brasil. Nelas eles verificam a correta aplicação do termo couro e também orientam gerentes, diretores e funcionários sobre a Lei 4.888/65. Os representantes já visitaram mais de 16 mil estabelecimentos, e encontraram mais de 6.188 infrações.
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12
03/09 A 03/ 10 DE 2104
QUILÔMETROS
RODADOS
CIDADES
VIS ITADAS
4.891 30
RIO GRANDEDO SUL
VOCÊ SABIA?
Já em sua primeira edição, a equipe que visita os estabele-cimentos notou que diversas lojas já haviam atualizado suas comunicações impressas e argumentos de venda citando a ação do CICB e a Lei 4.888. A primeira edição contou com o apoio do Sindicato das Indústrias de Artefatos e de Curtimento de Couros e Peles de Novo Hamburgo.
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ESTABELECIMENTOS
VIS ITADOS
shoppingsna capital
shoppingsno interior
feiras11 202
4.000mais de
CIDADES
DE DESTAQUE
MARCAS
DE DESTAQUE
Gramado e Canela
Comércio baseado em roupas e artigos de couro, as duas cidades se fortalecem com a Lei.
Gang e Paludo
Gerente e equipe receptivas e ágeis na adequação à Lei.
infrações
mais de
70%das lojas visitadas possuíam alguma
irregularidade
3.000
14
12/ 10 ATÉ 26/ 10 DE 2014
QUILÔMETROS
RODADOS
CIDADES
VIS ITADAS
3.234 12
MATO GROSSO
VOCÊ SABIA?
Com apoio do Sindicato das Indústrias de Curtimento de Couros, Peles e Afins de Mato Grosso (Sincurt), a edição de Mato Grosso teve grande repercussão no Estado. As visitas ao comércio local foram assunto em reportagens da TVCA (afiliada da Rede Globo), TV Record e TV Assembleia.
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ESTABELECIMENTOS
VIS ITADOS
shoppingsna capital
shoppingsno interior
3 3
920mais de
CIDADES
DE DESTAQUE
MARCAS
DE DESTAQUE
Barra do Bugres e Campo Verde
Durante os 15 dias de atividade ambas cidades tiveram o menor índice de erro.
Flamboyan e Gabriela
Gerente e equipe receptivas e ágeis na adequação à Lei.
infrações75%das lojas visitadas possuíam alguma
irregularidade
650
16
01/ 12 A 13/ 12 DE 2014
QUILÔMETROS
RODADOS
CIDADES
VIS ITADAS
2.319 10
GOIÁS
VOCÊ SABIA?
Em apenas 13 dias de fiscalização a equipe da Blitz visitou mais de 1200 estabelecimentos comerciais. A ação em terras goianas teve o apoio do Sindicato das Indústrias de Curtumes e Correlatos de Goiás.
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ESTABELECIMENTOS
VIS ITADOS
1.200
CIDADE
DE DESTAQUE
MARCA
DE DESTAQUE
Goiânia
Apesar do alto comércio de produtos oriundos da China, a apresentação dos materiais estão sendo feitas de forma correta.
Flávio’s
Loja conta com treinamento específico para seus colabora-dores no atendimento.
infrações
mais de
45%das lojas visitadas possuíam alguma
irregularidade
550
18
23/02 ATÉ 31/03 DE 2015
QUILÔMETROS
RODADOS
CIDADES
VIS ITADAS
8.400 30
PARANÁ
VOCÊ SABIA?
As visitas na quarta edição foram notícia no programa Bom dia PR, da Rede Globo. A Blitz no Paraná teve apoio do Sindicato da Indústria de Curtimento de Couros e Peles do Estado do Paraná (SICCPAR).
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ESTABELECIMENTOS
VIS ITADOS
3.500
CIDADES
DE DESTAQUE
MARCA
DE DESTAQUE
Londrina 1 e MP. Maringá 2
1 pela receptividade do comércio, imprensa, associação comercial. 2 pela forte concentração de atacadistas na área do vestuário.
ADS Calçados e Confec.de Pato Branco
Usam corretamente os termos e dão treinamento aos colaboradores e assinam um termo em que se comprometem a não usar a palavra couro para materiais sintéticos.
infrações
mais de
37%das lojas visitadas possuíam alguma
irregularidade
1.300
20
14/04 A 13/05 DE 2015
QUILÔMETROS
RODADOS
CIDADES
VIS ITADAS
4.500 18
SANTACATARINA
VOCÊ SABIA?
Em 21 dias de atividade, mais de 35 lojas se adequaram na forma de comunicar materiais de origem sintética. No Estado, a ação contou com apoio do Curtume Viposa, de Caçador.
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ESTABELECIMENTOS
VIS ITADOS
shoppingsna capital
shoppingsno interior
4 22
1.720
CIDADE
DE DESTAQUE
MARCA
DE DESTAQUE
Florianópolis
A média de infrações diminuiu na cidade.
Havan
Todas as lojas da marca apresentam os produtos corretamente.
infrações40%das lojas visitadas possuíam alguma
irregularidade
688
22
17/08 ATÉ 17/09 DE 2015
QUILÔMETROS
RODADOS
CIDADES
VIS ITADAS
2.100 7
SÃO PAULO
VOCÊ SABIA?
Durante o mês de atividades, o CICB participou de reunião plenária do Comcouro (Comitê da Cadeia Produtiva de Couro, Calçados e Artefatos). O encontro, que reuniu representantes do setor na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), tratou de assuntos de interesse do ramo. O grande destaque do encontro? A Blitz Lei do Couro.
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ESTABELECIMENTOS
VIS ITADOS
shoppingsna capital
shoppingsno interior
29 3
3.295mais de
CIDADES
DE DESTAQUE
MARCA
DE DESTAQUE
São Paulo - Bairro Brás
Com grande número de ataca-distas, o bairro demonstrou uma ótima receptividade.
Cavalera
Agilidade e receptividade em corrigir os erros encontrados nas primeiras visitas.
infrações20%das lojas visitadas possuíam alguma
irregularidade
669
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Os Road Shows já passaram por cidades como
AMERICANA/SP BELÉM/PA BELO HORIZONTE/MG B IR IGUI/SP
CAMPO GRANDE/MS CARUARU/PE CAXIAS DO SUL/RS CRICIÚMA/SC
D IVINÓPOLIS/MG FLORIANÓPOLIS/SC FORTALEZA/CE FRANCA/SP
GOIÂNIA/GO IGREJINHA/RS JAÚ/SP JUAZEIRO DO NORTE/CE
MARINGÁ/PR NOVA SERRANA/MG NOVO HAMBURGO/RS PRESIDENTE
PRUDENTE/SP R IO DE JANEIRO/RJ SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP
SÃO JOÃO BATISTA/SC TERESINA/PI V ITÓRIA/ES
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A MODA É UM ESPAÇO
IMPORTANTE NESTA PAUTA
DE COMUNICAÇÃO, E O
RELACIONAMENTO COM
DESIGNERS, GESTORES E
QUEM ESTÁ DIARIAMENTE
DENTRO DESTE AMBIENTE
É FUNDAMENTAL PARA QUE
SEJAM CORRETAMENTE
IDENTIFICADOS OS MATERIAIS
SINTÉTICOS OU O COURO,
TANTO NA PUBLICIDADE COMO
EM CONTEÚDOS TÉCNICOS
RICARDO MICHAELSEN
COORDENADOR LEI DO COURO
Para aproximar a iniciativa do público, o CICB em parceria com a Assintecal participa de uma série de apresentações em todo o país – os chamados Road Shows – do Fórum de Inspirações. Nestes eventos, onde são apresentadas as pesquisas e referências que determinarão os materiais para a moda do Inverno e Verão no país, o CICB tem mostrado o trabalho que é desenvolvido em todo o Brasil junto às marcas de roupas, calçados e acessórios.
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DESDE 2014 , O C ICB REALIZA UM RÍGIDO
MONITORAMENTO 24H POR DIA . NELE , PORTAIS
DE NOTÍCIAS , BLOGS E PLATAFORMAS DE
VENDAS DE PRODUTOS SÃO EXAMINADOS
EM BUSCA DE INFRAÇÕES.
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Além do monitoramento eletrônico, a equipe ligada à Lei do Couro tem uma atuação muito próxima e pessoal com gestores de grandes marcas, entidades e empresas relevantes em nível nacional. Houve contato com Hering, Renner e Tok Stok, entre outros gigantes do varejo, para esclarecimentos sobre a legislação, infrações e a necessidade de adequações, prontamente atendidas.
A Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), entidade que congrega ícones como Zara, Calvin Klein Jeans e Marisa, apoiou a iniciativa da Lei do Couro integralmente, sendo uma parceira em sua multiplicação.
VOCÊ SABIA?
MARCAS
INFRATORAS
notificações enviadas
retificações
1.727 164
1.149
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31INFRAÇÕES
ENCONTRADAS
13.825
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MAIS DE 200 CONCESSIONÁRIAS DE
AUTOMÓVEIS EM NOVE DIFERENTES ESTADOS
BRASILEIROS JÁ FORAM VIS ITADAS PELA
EQUIPE DO CICB
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A indústria do couro está cada vez mais inserida no setor de automóveis, que vem aumentando ano a ano o uso do insumo em revestimentos de bancos e interiores. A evolução é rápida: em 2009 as montadoras e seus fornecedores representavam apenas 8% das compras mundiais de peles bovinas, porcentual que saltou para 18% em 2015. Isso corresponde a cerca de 45 milhões de peças semiacabadas do total de 250 milhões de unidades curtidas no ano. Segundo estimativas dos curtumes
e seus consultores, no ritmo atual, até 2020 os fabricantes de veículos vão responder por 25% de todo o couro consumido no mundo, processando quase 69 milhões de peles.
Dois movimentos contrários fazem a demanda por couro pender para a indústria automobilística: de um lado está a queda do uso de couro pelas fábricas de calçados – ainda responsáveis por pouco mais da metade do consumo mundial, mas que já representaram
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acima de 70% há menos de 10 anos. E do lado oposto está o crescimento compensador da oferta global de carros premium, que usam a matéria-prima no acabamento interno como diferenciação de luxo e sofisticação.
Dada a representatividade da indústria automotiva no setor coureiro, a Blitz Lei do Couro intensificou sua atuação no setor a partir de monitoramento dos canais de comunicação e de reuniões com representantes de concessionárias com o intuito
MARCAS COMO HYUNDAI , HONDA E TOYOTA, QUE ANTES
UTIL IZAVAM EXPRESSÕES COMO “COURO S INTÉTICO”
EM SUAS COMUNICAÇÕES COM O CLIENTE, PASSARAM
A ADOTAR NOMENCLATURAS ADEQUADAS COM O
TRABALHO DA LEI DO COURO
de levar a informação às montadoras instaladas no Brasil.
Mais de 200 concessionárias de automóveis em nove diferentes estados brasileiros já foram visitadas pelos representantes da Lei do Couro, e há também um trabalho de conscientização junto aos setores de marketing e jurídico das montadoras no país. Marcas como Hyundai, Honda e Toyota, que antes utilizavam expressões como “couro sintético”
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em suas comunicações com o cliente, passaram a adotar nomenclaturas adequadas com o trabalho da Lei do Couro. A Mercedes-Benz do Brasil foi um dos casos mais positivos sobre a atuação do CICB na promoção da Lei do Couro: após carta enviada ao presidente da empresa no país, a montadora usou seus recursos próprios para reforçar a importância da correta utilização do termo “couro” junto aos seus concessionários. São correções que não somente colocam marcas e empresas em sintonia com a legislação, mas também melhoram a relação com clientes, que passam a entender de forma mais precisa os produtos que estão comprando.
AZUL, QUE ANTES
MENCIONAVA
COURO ECOLÓGICO”
EM VÍDEOS
INSTITUCIONAIS,
EXCLUIU O TERMO
Entre as companhias aéreas, o monitoramento da Lei do Couro trouxe grandes resultados: Azul e Gol Linhas Aéreas promoveram mudanças na sua comunicação com passageiros após contato da equipe do CICB. A Azul, que antes mencionava “couro ecológico” em vídeos institucionais, excluiu o termo; a Gol, que dizia em sua revista de bordo que teria assentos em “couro sintético”, fez correção na própria publicação e aboliu a expressão.
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COLABORE COM A LEI DO COURO
leidocouro.cicb.org.br
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