8/16/2019 LITERATURA AMAZONENSE-Bacelar
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Obra Principal
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Rondel da graviola
graviola, postoque viola grave,
de aroma e gosto
de arpejo suave;
em vindo agosto
que a chuva laveteu verde rosto
pra bicos de ave;
pevides breves
na polpa, nevesde arminhos reais,
são semibreves
desses teus leves
sons palatais
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Rondel do Cupuaçu
cupuaçués soberano
do pomulárioamericanonum cofre pardo
guardas com ciúmesraros sabores
vivos perfumes
urna selvagem,
ubre silvestre,moreno seio,
tanta delíciatua curva crosta
retém no meio
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Rondel da mandioca
manimaniteu corpo brancoesfareladono caitituchora espremido
no tipitilágrimas vivasde tucupi
depois no tacho
dança lunduscateretstodo doiradodança emboladasde amido e lu!"
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Rondel da bananaOnde a banana doce crisálida dorme? na verde rede da casca: no cacho oclusa tão mansa e inerme
tão paquiderme musa reclusa;
a forma branca todo momento sonha na brisa sua doçura de firmamento pura e concisa
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Rondel da abacaxicom teu cocar
de verdes plumasfero! te aprumas
para lutar#
feres a mão
que corta as cruas
douradas puas
do teu gibão;
abaca$i,
topá!io agreste,
cristal%farol#
cada rodela
da tua polpa
revela o sol
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Haikais
Um cheiro de peixepodre e frutaestragadaVento do mercado.
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Haikais
Chua de !aneiro"o barco de papelnaufraga no bueiro.
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Haikais
carambolaso poeta cortaestrelaspara suco
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Haikais
Como um prisioneiroa lua me espiapelas grades dobanheiro.
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$onetosMinha cápsula de incêndios,meu cofre de labaredas!Meu pelotão de alva fardae altas barretinas pretas:
se só num níquel quem vende-os
lhes aquilata o valor,teus granadeiros da guardanão se inflamam de pudor!
Fiat Lux do meu verso,
símbolo vivo do amor:qualquer fricção te incendeia,
te arranca estrelas de dor,minha gaveta de chamascom sementes de calor.
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