II SEMINÁRIO DE PRÁTICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA DA UFOPA
(SEPECIM)
TEMA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
LIVRO DE RESUMOS
23 de Março de 2013Santarém - Pará – Brasil
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁINSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
CENTRO PEDAGÓGICO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO
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LIVRO DE RESUMOS
II SEMINÁRIO DE PRÁTICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA DA UFOPA
(SEPECIM)
Organização do Livro de Resumos
Cláudia Silva de CastroDércio Pena Duarte
Eloídes de Sousa Melo
ICED/CPADC
Realização: Apoio:
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Universidade Federal do Oeste do Pará
ReitorJosé Seixas Lourenço
Vice-Reitor Clodoaldo Alcino Andrade dos Santos
Pró-Reitor de Planejamento InstitucionalAldo Gomes Queiroz
Pró-Reitoria de AdministraçãoArlete Moraes
Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisae Inovação TecnológicaMarcos Ximenes Ponte
Pró-Reitoria de Ensino de GraduaçãoJosé Antonio de Oliveira Aquino
Direção do Instituto de Ciências da Educação - ICEDSolange Ximenes Rocha
Coordenador do Centro Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico - CPADC
Everaldo Almeida do Carmo
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Equipe de Coordenação do EventoComissão Organizadora
Prof. Ms. Everaldo Almeida do Carmo
Prof.ª Ms. Nilzilene Ferreira Gomes
Prof. Ms. Glauco Cohen Ferreira Pantoja
Prof.ª Ms. Angélica Francisca Araújo
Prof. Ms. Dércio Pena Duarte
Prof. Ms. Ademir de Sousa Pereira
Prof.ª Ms. Cláudia Silva de Castro
Colaboração
Andria Raiane Coelho Campos
Anniê da Silva Farias
Eloídes de Sousa Melo
Jonison Vasconcelos de Sousa
Joscinete Tângara Santos da Silva
Katiane Araújo Lourido
Maira Rosane Santos de Souza
Maria Ruth Martins da Silva
Prof. Ms. Fábio Rogério Rodrigues dos Santos
Prof. Rackson Moura de Almeida
Renata Gabrielly da Silva Batista
Saulo de Almada Gomes
Vyllian Nonato Coelho
Apoio Institucional
CAPES – Programa Novos Talentos/2010
Programa Institucional de Bolsas de Extensão
Programa Institucional de Bolsas de Monitoria
Realização
Instituto de Ciências da Educação - ICED
Centro Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico – CPADC
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..............................................................................................6
PROGRAMAÇÃO.............................................................................................10
TRABALHOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA-MANHÃ...............11
PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA ESTUDANTES COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA.................................................................
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS DE CIÊNCIAS COM ESTUDANTES DE 4º E 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NO PROJETO MAIS EDUCAÇÃO
TRABALHOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA-TARDE.............
FEIRA DE CIÊNCIAS DA ESCOLA SÃO JOSÉ: UMA PROPOSTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA........Erro! Indicador não definido.
PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESPAÇO ESCOLAR.......Erro! Indicador não definido.
ALUMÍNIO: DA BAUXITA AO METAL...............Erro! Indicador não definido.
O CONSUMO DE ESQUILHO NA ESCOLA ALMIR GABRIEL................Erro! Indicador não definido.
EDUCAÇÃO ALIMENTAR NA ESCOLA: DA TEORIA À PRÁTICA...................
A CIÊNCIA NO CINEMA E O CINEMA NA ESCOLA: PROJETO CINÊNCIA..........................................................................Erro! Indicador não definido.
LISTA DE INSCRITOS NO EVENTO........................................................
PROGRAMAÇÃO DOS MINICURSOS E OFICINA....................................
MINICURSO 1 – ANÁLISE DE CONTEÚDO NA PESQUISA EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA.......................................................................
MINICURSO 2 – DIFERENTES PERSPECTIVAS DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA.................................................................................................
OFICINA – APRENDENDO EQUAÇÕES DO 1º GRAU COM MATERIAIS CONCRETOS....................................................................................................
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II SEMINÁRIO DE PRÁTICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA DA UFOPA
Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
APRESENTAÇÃO
A Mostra Científica do Clube de Ciências da UFOPA é um evento anual promovido pelo Centro Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico – CPADC, visando a socialização das atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas no âmbito do Clube de Ciências da UFOPA – CCIUFOPA ao longo de cada período letivo. Além disso, o evento constitui-se de um espaço de discussão acerca da formação científica de estudantes da educação básica e de interação entre a comunidade acadêmica e escolar. Nesta III Mostra do CCIUFOPA, realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA, Campus Marechal Rondon, Santarém-PA, nos dias 14 e 15 dezembro de 2012, a discussão dará em torno do tema Iniciação Científica na educação básica e formação cidadã. Dada a importância para o contexto local e global o tema será discutido nas palestras e minicursos, bem como nos trabalhos apresentados na sessão de pôsteres.
O evento visa reunir professores ciências (química, física, biologia e ciências do ensino fundamental) que atuam em escola da rede municipal e estadual, professores da universidade, estudantes de licenciatura e da educação básica com a finalidade de promover discussões em torno das práticas de formação por meio da iniciação científica infanto-juvenil, as quais são desenvolvidas pelo CPADC, por meio dos trabalhos realizados no Clube de Ciências.
O Centro Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico – CPADC, foi criado em novembro de 1988, pela Universidade Federal do Pará –Campus de Santarém, para integrar as atividades de ensino, pesquisa e extensão voltadas para o ensino de Ciências e Matemática nos níveis fundamental e médio (na época 1º e 2º graus) em Santarém e região, com ações direcionadas para estudantes e professores destes níveis de ensino, além de licenciandos da Universidade. Nesse mesmo período também foi criado o Clube de Ciências do Campus de Santarém, o qual, nos últimos anos, teve suas atividades voltadas para a ampliação, difusão e aprofundamento de conhecimentos teóricos e práticos no ensino de Ciências e Matemática nos níveis fundamental e médio, no sentido de integrar ensino, pesquisa e extensão de modo a inserir os estudantes da Educação Básica em atividades relacionadas à produção de conhecimento científico antes ainda de ingressarem no nível superior. Atualmente, o CPADC é uma unidade do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Oeste do Pará – ICED/UFOPA, Deste modo, atualmente o Clube vinculado a esta unidade intitula-se Clube de Ciências da UFOPA – CCIUFOPA.
Desde sua criação os trabalhos de pesquisa de iniciação científica realizados pelos estudantes que participam do Clube de Ciências são apresentados a comunidade por meio de exposição na Mostra Científica realizada anualmente.
Outro de foco de atuação do CPADC é contribuir com a formação inicial e continuada de professores de Ciências e Matemática, com vistas à melhoria das práticas pedagógicas na Educação Básica e assim possibilitar avanços na formação científica dos estudantes. Neste sentido o Clube de Ciências da
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UFOPA tem como principais objetivos: a) Estimular e promover a formação científico-cultural de estudantes da Educação Básica por meio de atividades diversificadas, como palestras, aulas de campo, participação em eventos, iniciação científica infanto-juvenil etc;
b) Oportunizar aos licenciando da UFOPA a vivência de experiências de ensinoaprendizagem capazes de contribuir para o desenvolvimento de habilidades inerentes ao trabalho docente;c) Estimular e promover a produção e difusão do conhecimento científico por meio de ações envolvendo estudantes da Educação Básica e Superior, como encontros e mostras científicas;d) Desenvolver práticas didático-metodológicas diferenciadas, voltadas para o ensino de Ciências e Matemática na Educação Básica, por meio do uso de estratégias de ensino inovadoras nas aulas do CCIUFOPA;e) Estimular a aproximação entre Educação Básica e Superior, por meio da interação e de troca de experiências, envolvendo estudantes e professores de Ciências e Matemática desses níveis de ensino;f) Investigar as contribuições das atividades desenvolvidas no CCIUFOPA para a formação científico-cultural dos estudantes que participam do projeto.
Quanto ao atendimento de estudantes da educação básica, desde sua criação até a 2009 eram disponibilizadas cinqüenta vagas por ano, sendo distribuídas em duas turmas, (manhã e tarde), compostas por estudantes de ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares situadas nas proximidades Campus da UFPA, na Av. Marechal Rondon. Além disso, integrava, em média, dois estudantes de graduação por ano em suas atividades.
A partir de 2010 as atividades atuação do Clube de Ciências foram ampliadas tendo em vista a grande procura por parte dos estudantes da Educação Básica, bem como a potencialidade deste espaço de formação em contribuir para a formação inicial de professores, visando à melhoria do ensino de Ciências e Matemática na região Oeste do Pará. Diante disso, passamos a ofertar oitenta vagas, distribuídas em quatro turmas, sendo duas de ensino fundamental e duas de ensino médio, composta por alunos de vinte e cinco escolas da rede pública municipal e estadual de Santarém.
As aulas do Clube de Ciências acontecem no Campus Rondon da UFOPA, com um encontro semanal de três horas por turma, sendo as terças-feiras manha e tarde, turmas do ensino fundamental e as quartas-feiras, manhã e tarde, turmas do ensino médio. Nestes encontros são desenvolvidas atividades práticas e teóricas sobre temas definidos pelos estudantes, visitas orientadas a laboratórios, museus e parques ambientais, dentre outros espaços de educação formal e não-formal, além da elaboração e execução de projetos de pesquisa de iniciação científica infanto-juvenil para apresentação na Mostra Científica.
Quanto a condução dos trabalhos nas turmas, esta é desenvolvida feita por equipes multidisciplinares compostas por licenciandos que atuam como professores-estagiários e professores da UFOPA que atuam como orientadores, além de um professor cedido pela Secretaria de Estado de Educação – SEDUC/PA, além de uma secretaria cedida pela Secretaria Municipal de Educação – SEMED.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
No que se refere aos licenciandos estes são organizados de modo a compor equipes multidisciplinares responsáveis pelas aulas nas turmas, coordenados por um ou mais professores-orientadores (professores da UFOPA e/ou SEDUC). As equipes realizaram reuniões semanais para planejamento das atividades, para discussões de aspectos teórico-práticos do processo ensino-aprendizagem, além da realização de pesquisas relativas às práticas pedagógicas desenvolvidas nas aulas, às contribuições para a formação científica dos estudantes da educação básica e para a formação docente dos licenciandos que atuam como professores-estagiários.
Participaram da etapa de 2010 (agosto/2010 a janeiro/2011) dez estudantes oriundos dos cursos de Física Ambiental, Pedagogia e Matemática, os quais atuaram na orientação de 40 estudantes de ensino fundamental e quarenta de ensino médio. Estes estudantes, organizados em grupos elaboraram e executaram 14 projetos apresentados na I Mostra Científica CCIUFOPA, ocorrida em 11 de janeiro de 2011.
Para e etapa de 2011 foram selecionados 20 licenciandos, sendo Matemática (01), Biologia (07), Física Ambiental (04), Geografia (07), Pedagogia (01), orientados por 08 professores orientadores da UFOPA e um professor da SEDUC-PA, os quais formaram as equipes de trabalho que atuaram nas quatro turmas do CCIUFOPA. Como preparação para atuar nas turmas do CCIUFOPA, os professores estagiários participaram da Semana Pedagógica do CCIUFOPA, na qual foi abordado por meio de palestras diversos temas relacionados ao trabalho desenvolvido no Clube, tais como, pesquisa científica, projetos de investigação, orientação de atividades de pesquisa, elaboração de planos de aula, relatórios e resumos científicos. Como resultados dos trabalhos desenvolvidos em 2011, foi realizado, nos dias 02 e 03 de dezembro, na UFOPA – Campus Marechal Rondon, a II Mostra Científica do Clube de Ciências da UFOPA, a qual ocorreu conjuntamente com o I Seminário de Práticas no Ensino de Ciências – SEPECIM. Neste evento foram apresentados 18 trabalhos de iniciação científica desenvolvidos pelos estudantes que participaram do CCIUFOPA em 2011, além de 02 trabalhos produzidos por pelos professores-estagiários, e 08 trabalhos produzidos por professores da educação básica que participaram das atividades de formação continuada desenvolvidas pelo CPADC, como parte das ações do Subprojeto Práticas Inovadoras no Ensino de Ciências e Matemática na Educação Básica.
Para as atividades do CCIUFOPA em 2012, visamos atender um número maior de licenciandos e contemplar as diversas licenciaturas da UFOPA, assim participaram das atividades 05 acadêmicos do Curso de Física Ambiental, 04 do Curso de Licenciatura Integrada em Biologia/Química, 02 do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, 01 do curso de Licenciatura Integrada em Matemática e Física 02 do curso de letras, com vistas a dar continuidade ao trabalho na perspectiva interdisciplinar, dada a estrutura acadêmica atual da universidade. Em virtude da dinâmica de trabalho com os projetos de iniciação científica infanto-juvenil, em que os estudantes definem os temas de investigação, há a necessidade de ampliação da equipe de trabalho não somente com os licenciandos, mas também com professores colaboradores da UFOPA, para que tenhamos melhores condições de orientar projetos de investigação na perspectiva do trabalho interdisciplinar.
Como resultados do trabalho produzido ao longo do ano de 2012 temos para esta III Mostra Científica do CCIUFOPA, um total de 13 trabalhos de iniciação científica produzidos pelos estudantes da educação básica.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Quanto ao apoio Institucional ao Clube de Ciências contamos a partir de 2011 com o apoio financeiro do Projeto Saberes acadêmicos e escolares: diálogos com educação básica, Subprojeto: Práticas Inovadoras para o Ensino de Ciências e Matemática na Educação Básica – CPADC/ICED, aprovado no Edital 033/2010/CAPES – Projetos Extracurriculares/Novos Talentos, o qual contempla o custeio de material de consumo. Além deste apoio, contamos também com o apoio Institucional da UFOPA, por meio do Programa institucional de Bolsas de Extensão – PIBEX, no qual tivemos a aprovação do Projeto O Clube de Ciências da UFOPA: Contribuições para a iniciação científica e para a prática docente, contemplado com uma bolsa em 2011 e duas bolsas em 2012. Este Projeto também foi aprovado no Programa Institucional de Bolsas de Monitoria 2012, com financiamento de seis bolsas de monitoria.
Diante disso, entendemos que o CCIUFOPA contempla ações de ensino, pesquisa e extensão de modo indissociável, propicia o desenvolvimento da formação na perspectiva interdisciplinar tanto para os licenciandos, quanto para os estudantes da Educação Básica, promove a formação para a cidadania na medida em que valoriza os interesses e necessidades dos estudantes e promove o desenvolvimento pessoal e profissional dos envolvidos, além de favorecer a aproximação entre universidade e comunidade.
Como espaço de formação diferenciada, o Clube de Ciências favorece a criação, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de metodologias e estratégias de ensino renovadas, propicia aos diversos estudantes de licenciatura (professores-estagiários) da UFOPA a prática antecipada da docência e a articulação teórico-prática dos conhecimentos inerentes ao trabalho docente. Neste sentido, contribui para a melhoria da formação de professores e, concomitantemente, para a qualidade do ensino de Ciências e Matemática na região Oeste do Pará, bem como as demais áreas envolvidas no trabalho direta ou indiretamente.
Para além do apresentado, entendemos sobretudo, que os resultados obtidos com a atuação do CCIUFOPA, são frutos do esforço e dedicação de professores-orientadores e licenciandos que tem desempenhado um trabalho de excelência em busca da melhoria da qualidade da formação cientifica dos jovens da região Oeste do Pará. Assim é com alegria que apresentamos a comunidade acadêmica e escolar este Livro de resumos e esperamos que este os participantes de mais etapa possam usufruir de mais esse evento e de muitos outros momentos de aprendizagens sobre o ensino de ciências na região amazônica juntamente com a equipe do CPADC.
Santarém, 23 de março 2013
Os organizadores
PROGRAMAÇÃO
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
TRABALHOS DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - MANHÃ
1. PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA ESTUDANTES COM
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA. Autores: Gecinara Almeida Godinho; Raimunda Martins de Lima; Nilzilene Ferreira Gomes.
2. ATIVIDADES EXPERIMENTAIS DE CIÊNCIAS COM ESTUDANTES DE 4º E 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NO PROJETO MAIS EDUCAÇÃO. Autores: Raimunda Martins de Lima; Gecinara Almeida Godinho; Nilzilene Ferreira Gomes.
PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA ESTUDANTES COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS PARA O
ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA
Gecinara Almeida GODINHO1 Raimunda Martins de LIMA2 Nilzilene Ferreira GOMES³
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Graduanda de Matemática da Universidade de Uberlândia – MG (UNIUBE) e professora do programa Mais Educação/SEMED-Santarém.²Graduanda de Pedagogia do CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE SANTARÉM – CEULS/ULBRA e professora do programa Mais Educação/SEMED-Santarém.³Mestre em Educação em Ciências e docente de Física da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
RESUMO – Neste trabalho tem-se como objetivo apresentar alguns materiais didáticos tátil-visuais, elaborados a partir da oficina: "O ensino de ciências na perspectiva da inclusão e da educação especial", oferecida pelo Centro Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico (CAPDC) do ICED/UFOPA, em janeiro de 2013. Os materiais têm como propósito auxiliar o trabalho com estudantes que possuem deficiência visual e os videntes. A partir da proposta que foi lançada na oficina, foi feito pesquisa bibliográfica e produção de 3 materiais didáticos para abordar os assuntos: Frações, Lençóis de água subterrâneos e Energia elétrica. Para a produção do material, com auxílio de um artesão, foi utilizado areia de praia tingida, tinta guache de diferentes cores, papel cartão, papel paraná, barbante, Etileno Acetato de Vinila (EVA), Tecido Não Tecido (TNT), cola para papel e alfinetes. Discute-se sobre possibilidades de utilização dos materiais por professores do ensino fundamental.
PALAVRAS-CHAVE: educação especial, ensino de ciências e matemática, braille, material didático.
INTRODUÇÃO
Qual o papel do ensino de Ciências e Matemática no ensino
fundamental? Baseados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira –
Lei 9394/96, LDB (BRASIL, 1996), os Parâmetros Curriculares Nacionais para
o ensino fundamental dizem que para a formação de um cidadão crítico é
imprescindível o saber científico, já que nossa sociedade convive
constantemente com a supervalorização desse conhecimento e da tecnologia
que dele se origina (PCN Ensino Fundamental, 1997a). Desse modo, não
refletir sobre os processos envolvidos na criação, produção e distribuição de
produtos científicos e tecnológicos é ficar subordinado “às regras do mercado e
dos meios de comunicação, o que impede o exercício da cidadania crítica e
consciente” (PCN Ensino Fundamental, 1997a. p. 22). Quanto ao ensino de
Matemática, os PCN destacam que é fundamental por que esta faz parte da
vida em sociedade, desde as experiências mais simples, como contar,
comparar e operar com quantidades; até cálculos mais complexos, como
salário, pagamentos e consumos, bem como em diversificadas áreas de
conhecimento (PCN Ensino Fundamental, 1997b).
No entanto, apesar de o ensino de Ciências e Matemática ser
considerado muito importante atualmente para a formação de cidadãos, já não
é novidade que nos últimos anos ele tem passado por crise, apontada por
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
várias pesquisas e avaliações nacionais e internacionais. Algumas ações são
apresentadas na literatura da área para que essa crise seja amenizada em um
primeiro momento, e posteriormente até superada: reformulação da formação
inicial e continuada de professores; melhoria das condições de trabalho nas
escolas e salário dos professores; disponibilidade de materiais didáticos
diversificados e capacitação dos professores para utilizá-los; maior
aproximação entre a família e a escola; entre outras.
Outra questão que tem sido foco atualmente das discussões sobre o
trabalho dos professores nas escolas, é o processo de inclusão de estudantes
com necessidades especiais em turmas regulares. Segundo Oliveira (2009, p.
32), “a política de educação inclusiva aponta para a democratização do espaço
escolar, com a superação da exclusão de pessoas que apresentam
necessidades especiais”. Ou seja, aqueles e aquelas que antes eram
esquecidos socialmente começaram a adentrar o espaço escolar, inicialmente
por força de lei, mas o que se percebe é que ainda há muitas dificuldades
quanto ao trabalho com esses estudantes. Boa parte dessa limitação deve-se à
deficiente formação dos professores para lidar com alunos especiais, falta de
acompanhamento de professores auxiliares e dificuldade de acesso a materiais
didáticos adequados para auxiliar no ensino.
Desse modo, como forma de contribuir com melhorias na educação em
Ciências e Matemática em Santarém-PA, o Centro Pedagógico de Apoio ao
Desenvolvimento Científico (CPADC) da Universidade Federal do Oeste do
Pará (UFOPA) tem oferecido vários cursos e oficinas a professores da
educação básica. A partir do 2º semestre de 2012 foram trabalhadas cinco
oficinas de metodologias e estratégias didáticas para o ensino de ciências para
o ensino fundamental, e uma delas, ocorrida em janeiro de 2013, teve como
tema: "O ensino de ciências na perspectiva da inclusão e da educação
especial". Nessa oportunidade, além das discussões de cunho teórico sobre a
educação especial e inclusão, troca de experiências entre os participantes da
oficina, também foi proposta a elaboração de um material didático que pudesse
auxiliar professores nas aulas de Ciências e Matemática com as crianças
especiais, pois, se os conhecimentos presentes nessas disciplinas são muito
importantes para a formação cidadã, como indica os PCN, é fundamental que
se pense em estratégias de como incluí-las efetivamente nas aulas.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Assim, esse trabalho tem como objetivo: apresentar os materiais
didáticos tátil-visuais elaborados para auxiliar o trabalho com estudantes com
deficiência visual e videntes, bem como discutir sobre a possibilidade de
utilização desse material por professores do ensino fundamental.
MÉTODO
A ideia de produzir o material didático surgiu da oficina oferecida pelo
CPADC, ministrada por dois professores: um da área de Educação em
Ciências e outro da Educação Especial, ambos docentes do Instituto de
Ciências da Educação (ICED) da UFOPA. Na referida oficina foram
apresentados alguns materiais tátil-visuais para ensino de Óptica para
estudantes cegos, de baixa visão e videntes (Figura 1a,1b e 1c), que foram
elaborados por estudantes do curso de Física Ambiental da UFOPA, com base
em um artigo de Camargo et al. (2008), sob orientação da terceira autora deste
trabalho.
Figura 1: Materiais feitos com barbante e figuras em alto relevo a) Material didático tátil visual que representa a formação da imagem em uma Câmara escura; b) Material didático tátil visual que representa raios de luz e feixes de luz convergentes e divergentes; c) Material didático tátil visual para fazer avaliação de conhecimentos prévios sobre a representação através de raios de luz de como você consegue enxergar uma árvore. Fotos de Nilzilene Gomes.
A produção do material didático solicitado pelos docentes na oficina do
CPADC iniciou com pesquisas em livros didáticos para verificar que assuntos
poderiam ser abordados nos materiais destinados ao ensino fundamental. Após
se escolher os assuntos, foi pensado em como seriam as estruturas desses
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a)
b)
c)
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
materiais. Assim, procedeu-se com pesquisas na internet e em livros de apoio
sobre LIBRAS e brille. Foram organizadas algumas ideias para a produção de
materiais tátil visuais. Assim, buscou-se auxílio de um artesão da cidade para
auxiliar na construção do material. Foram produzidos três materiais e para a
confecção utilizou-se areia de praia tingida, tinta guache de diferentes cores,
papel cartão, papel paraná, barbante, Etileno Acetato de Vinila (EVA), Tecido
Não Tecido (TNT), cola para papel e alfinetes. Posteriormente foram discutidas
as possibilidades de como utilizar esses materiais em sala de aula.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os temas escolhidos para a produção dos materiais didáticos foram:
Frações, Lençóis de água subterrâneos e Energia elétrica (ver figura 2). Foi
produzido um material para cada tema/assunto. Os materiais tátil-visuais foram
produzidos para serem utilizados tanto com estudantes que são capazes de ver
(videntes) quanto os que têm essa dificuldade (cegos), que podem usar o tato.
Abaixo é apresentado cada um dos materiais e discutidas as possibilidades de
como utilizá-los:
Frações
O material tátil visual de Frações (ver figura 2) foi elaborado com areia
pintada com a cor azul e papel paraná em alto relevo (na cor laranja na figura
2). Foram representadas as frações da parte laranja, tanto com números e
letras, quanto em brille, este escrito com areia e cola, em alto relevo.
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Figura 2: Material didático tátil-visual construído para auxiliar nas aulas de frações. Foto de Nilzilene Gomes.
É importante destacar que o uso do material pode possibilitar ao
professor fazer relações com outras situações que já sejam conhecidas pelos
estudantes, por exemplo, comparar com fatias de pizza que se come ao ir a
uma pizzaria, que é uma experiência que certamente todos já vivenciaram.
Pelas características tátil-visuais do material, é possível utilizá-los para alunos
com deficiência visual e videntes, tornando a aula menos excludentes para os
primeiros.
Lençóis de água subterrâneos
Este material (figura 3) foi elaborado para ajudar na compreensão sobre
as camadas do planeta Terra e os lençóis de água subterrâneos. Para sua
construção foi utilizada areia, cola para papel, papel paraná e tinta guache. O
material acompanha leitura em braille , feita em alto relevo com cola e areia.
Figura 3: Material didático tátil-visual construído para auxiliar nas aulas de Lençóis de água subterrâneos. Foto de Nilzilene Gomes.
O material didático, apesar de apresentar uma camada como se fosse
um rio abaixo do subsolo para representar o lençol de água, na verdade, essa
água fica depositada em poros de rochas, e está submetida à alta pressão, o
que é fundamental que seja esclarecido aos estudantes pelo professor. Este
também pode reforçar que é por esse motivo que, quando se cava um poço
artesiano (Figura 4), em determinada profundidade, a água sai do furo com alta
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
velocidade.
Figura 4: Poço artesiano. Fonte: www.perfugel.com.br
Energia elétrica
Esse material (Figura 4) representa como a energia elétrica que chega
às nossas casas consegue acender uma lâmpada. O circuito é montado com
fios barbantes de diferentes espessuras e cores para representar o fio fase, ou
positivo, que aparece em azul na figura, e o fio neutro, ou negativo, que
aparece em verde na figura. O fio fase passa pelo interruptor, que é uma chave
liga-desliga para acender ou apagar a lâmpada. Com esse esquema tanto os
estudantes videntes quanto os com deficiência visual e auditiva podem
perceber como ocorre a passagem da energia elétrica pelo fio de uma lâmpada
em nossas casas para poder a lâmpada acender.
Figura 5: Material didático tátil-visual construído para auxiliar nas aulas de Energia elétrica (também acompanha linguagem de sinais para estudantes surdos). Foto de Nilzilene Gomes.
Esse material apresenta as notações “acender” e “apagar” em LIBRAS,
bem como a leitura em braille para acender.
No caso da lâmpada, por mais que seja um cego de nascença, tem a
experiência de sentir a energia em forma de calor liberada por ela. Dessa
forma, é também possível discutir sobre transformação de energia elétrica em
energia térmica com uso desse material, dentre outras possibilidades.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
CONCLUSÃO
A participação na oficina "O ensino de ciências na perspectiva da
inclusão e da educação especial" permitiu com que tivéssemos noção das
ações que estão sendo desenvolvidas para que a inclusão seja implantada nas
escolas de Santarém-PA, mas os desafios ainda são grandes, como por
exemplo, com relação à qualificação dos professores para lidar com a
educação especial e disponibilidade de materiais didáticos que podem auxiliar
o trabalho do professor. Apesar das exigências da Lei que orienta o
atendimento dos estudantes com necessidades educacionais especiais em
turmas regulares (BRASIL, 2001)1, muitos estabelecimentos de ensino aderem
a um profissional específico da educação especial, pois alegam que não há
condições de uma aprendizagem homogênea.
A partir da oficina foi possível perceber também a grande importância
que há na elaboração de materiais didáticos para auxiliar as aulas dos
professores com os estudantes, já que muitas vezes a falta de clareza de como
trabalhar e o tempo dedicado à construção são fatores impeditivos para o
desenvolvimento desses estudantes.
É preciso ter em mente, conforme aponta Azevedo (2012. p. 2-3), que os
estudantes “aprendem os conteúdos através de um processo de construção
mental, que muitas vezes envolve a reconstrução e da destruição de suas
concepções”. Dessa forma, é fundamental que o professor busque uma
variedade de recursos didáticos para fazer com que a compreensão dos
conceitos seja possível também para os estudantes com deficiência. Assim, a
utilização de materiais como estes podem possibilitar que o estudante cego
participe efetivamente da discussão da aula, juntamente com os alunos
videntes. Essa poderá ser uma importante estratégia para dar oportunidade
para que os estudantes tenham as mesmas oportunidades de aprendizagem. 1 Art. 5º Consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem:I - dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos:a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica; b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;II - dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando adaptações de acesso ao currículo, com utilização de linguagens e códigos aplicáveis;III - altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente os conceitos, os procedimentos e as atitudes (BRASIL, 2001).
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Especialmente nas aulas de Ciências e Matemática no ensino fundamental,
que geralmente se trabalha com desenhos feitos no quadro ou com imagens do
cotidiano que são familiares apenas para os alunos videntes, os materiais tátil-
visuais podem servir de grande auxílio.
O material sobre energia elétrica que acompanha língua de sinais
também tem como objetivo auxiliar docentes no ensino e estudantes na
aprendizagem. Apesar deste primeiro momento de produção do material não
ter vindo acompanhado de sua aplicação em sala de aula, esse é um objetivo
ainda é almejado pelas autoras.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Alexandre César. Utilizando material didático adaptado para deficientes visuais. 2012. Disponível em: <http://www.if.ufrj.br/~pef/producao_academica/dissertacoes/2012_Alexandre_Azevedo/material_didatico_Alexandre_Azevedo.pdf >. Acesso em: 20 mar. 2013.
BRASIL. Lei 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução nº 2, de 2001. Institui Diretrizes e Bases Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Disponível em: <portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf>. Acesso: 20 mar. 2013.
CAMARGO, Eder Pires de et al. Como ensinar óptica para alunos cegos e com baixa visão? Revista Física na Escola, v. 9, n. 1, 2008.
OLIVEIRA, E. S. G. Necessidades educativas especiais: ainda um dilema para o professor? In: ROSA, S. P. S. et al. Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Inclusão. Curitiba: IESDE, 2008, p. 41-55.
PCN Ensino fundamental. Ciências Naturais. Brasília: Ministério da Educação, 1997a. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro04.pdf >. Acesso em: 16 mar. 2013.
PCN Ensino fundamental. Matemática. Brasília: Ministério da Educação, 1997b. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro03.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2013.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS DE CIÊNCIAS COM ESTUDANTES DE 4º E 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NO
PROJETO MAIS EDUCAÇÃO
Raimunda Martins de Lima2; Gecinara Almeida Godinho; Nilzilene Ferreira Gomes
1Graduanda de Pedagogia do CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE SANTARÉM – CEULS/ULBRA e professora do programa Mais Educação/SEMED-Santarém.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
²Graduanda de Matemática da Universidade de Uberlândia – MG (UNIUBE) e professora do programa Mais Educação/SEMED-Santarém.³Mestre em Educação em Ciências e docente de Física da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
RESUMO – O objetivo deste trabalho é relatar uma atividade desenvolvida com uso de experimentos com materiais de baixo custo, organizada a partir de uma oficina de “Experimentação no ensino de Ciências”, ofertada pelo Centro Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico (CPADC/ICED/UFOPA), em dezembro de 2012. A atividade foi desenvolvida com estudantes participantes do Programa Mais Educação, do 4º e 5 ano do ensino fundamental, de uma escola municipal de Santarém. Foram trabalhados dois experimentos: “O ar pesa” e “Estetoscópio de funil”. Discute-se sobre os momentos da atividade e relata-se que a atividade foi considerada proveitosa, tanto para os estudantes, o que foi percebido pela satisfação que eles demonstraram na atividade, quanto para a formação das autoras enquanto educadoras, pois foi possível perceber que com materiais simples é possível aproximar as crianças do saber científico.
PALAVRAS-CHAVE: Experimento, Ensino de Ciências, Ensino Fundamental, Projeto Mais Educação.
INTRODUÇÃO
Os Parâmetros Curriculares Nacionais orientam que no ensino
fundamental a aproximação do estudante com o conhecimento científico seja
feita gradualmente, primeiramente com repertórios, imagens, fatos e noções,
criando situações interessantes e significativas no primeiro ciclo, até chegar a
um conhecimento mais sistematizado nos anos finais do ensino fundamental
(PCN Ensino Fundamental, 1997. p. 28). Dessa forma, o trabalho com
experimentos com materiais alternativos ou de baixo custo pode ser um
importante aliado para o ensino de Ciências, especialmente nas séries iniciais,
quando o lúdico é importante no desenvolvimento da criança (ROLOFF, 2010).
Assim, a utilização de experimentos simples para ensinar Ciências tem-se
mostrado proveitosa e importante para aproximar os estudantes da Ciência e
dar o primeiro passo em direção à aprendizagem.
Nesse sentido, após uma oficina de Experimentação no ensino de
Ciências ofertada pelo Centro Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento
Científico (CPADC) da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), foi
solicitado às participantes, primeira e segunda autora deste trabalho, que
preparassem e implementassem uma atividade experimental com estudantes
do ensino fundamental. Assim, cada uma preparou uma atividade experimental
com materiais de baixo custo para estudantes participantes do Programa Mais
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Educação, do 4º ano e 5º ano de uma escola municipal de Santarém-PA3. O
objetivo deste trabalho é relatar essa atividade desenvolvida.
MÉTODO
Primeiramente após a oficina foi feito pesquisa sobre uso de
experimentação em aulas de Ciências. Foram utilizadas também as leituras
disponibilizadas pelos professores da oficina. Após leitura, foram organizados
dois experimentos simples: “o ar pesa?” e “estetoscópio de funil”, baseados no
livro de Grosso (2009).
A primeira experiência, “O ar pesa” (GROSSO, 2009. p. 24), consistiu em
uma espécie de balança para demonstrar que o ar é matéria, portanto, que tem
peso, mesmo que não o vejamos. Para a confecção desse experimento foram
utilizados os seguintes materiais: 2 balões de borracha (bexiga), 1 vareta de
madeira, 1 agulha, barbante e fita adesiva.
O segundo experimento, “Estetoscópio de funil” (GROSSO, 2009. p.
20), visava identificar a função de um estetoscópio e a “percepção dos sons
que não ouvimos habitualmente”; mas com este aparelho esses sons se
ampliam e é possível serem percebidos. Para a confecção desse experimento
foram utilizados: 1 funil e 1 pedaço de mangueira.
No dia 13 de dezembro de 2012 foram realizadas as atividades com os
estudantes do 4º e 5º ano da escola. A atividade foi demonstrativa, feitas pelas
professoras, mas em alguns momentos houve também interação dos
estudantes com os experimentos. Optou-se pela demonstração em virtude de
ser a primeira atividade com experimentos feita pelas professoras. No final das
atividades foi solicitado que os alunos fizessem um pequeno relatório sobre o
que tinham observado, com algumas questões relacionadas ao experimento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Primeiramente foi trabalhado o experimento da balança para demonstrar
que o ar é matéria. Explicou-se aos estudantes o que seria apresentado a eles
3 O Programa Mais Educação foi instituído pela Portaria Interministerial n.º 17/2007 e integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), como uma estratégia do Governo Federal para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular, na perspectiva da Educação Integral (MEC, 2007).
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
e o objetivo do experimento, que era verificar se o ar tem peso. Em seguida o
experimento foi montado na frente dos estudantes, indicando o material que foi
utilizado, conforme aparece na figura 1, abaixo. Colocou-se um balão cheio de
ar em cada ponta da vareta. Em seguida, estourou-se um dos balões e
verificou-se que a vareta baixou do lado em que o outro balão ainda estava
cheio, dando a entender que o ar tem peso e, portanto, é matéria.
Em seguida discutiu-se sobre o que eles haviam observado no
experimento e foi solicitado que eles respondessem algumas perguntas por
escrito referentes ao experimento (pequeno relatório).
Figura 1: Momentos da demonstração experimental com materiais de baixo custo para verificar que o ar tem peso.
No segundo momento foi trabalhado o experimento para demonstrar a
função de um estetoscópio (Figura 2). Para isso, foi montado o estetoscópio na
frente da turma, com um funil e um pedaço de mangueira. Foi solicitado que os
estudantes ouvissem barulhos no chão, na parede, na mesa da sala de aula,
no corpo dos colegas, com o auxílio do estetoscópio de funil. Assim, eles
puderam identificar a ampliação do som, ou seja, o aumento da intensidade do
som com uso desse equipamento. Foi discutido qual era a função do
estetoscópio na área da saúde e qual a importância desse equipamento. No
final da atividade foi solicitado que os estudantes escrevessem sobre o
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a) b)
c) d)
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
experimento, respondendo algumas questões (pequeno relatório).
Figura 2: Momentos da demonstração experimental com materiais de baixo custo para verificar a função do estetoscópio.
Foi possível perceber tanto nos comentários quanto nas atitudes, a
satisfação dos estudantes com a atividade, já que era diferente do que eles
estavam acostumados na sala de aula; eles foram participativos e atenciosos.
Também foi possível perceber nos pequenos relatórios feitos por eles que as
informações principais do uso do experimento foram alcançadas, como: que o
ar tem peso, que o estetoscópio é utilizado para ampliar o som.
CONCLUSÃO
A atividade aqui relatada com uso de experimentos simples foi
considerada proveitosa, tanto para os estudantes, o que foi percebido pela
satisfação que eles demonstraram na atividade, quanto para nossa formação
enquanto educadoras, pois foi possível perceber que com materiais simples é
possível aproximar as crianças do saber científico.
REFERÊNCIAS
MEC. Programa Mais Educação: passo a passo. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/passoapasso_maiseducacao.pdf> Acesso em: 18 mar. 2013.
PCN Ensino fundamental. Ciências Naturais. Brasília: Ministério da Educação, 1997a. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro04.pdf >. Acesso em: 16 mar. 2013.
RALLOF, Eleana Margarete. A importância do lúdico em sala de aula. 2010.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Disponível em: <http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/anais/Xsemanadeletras/comunicacoes/Eleana-Margarete-Roloff.pdf >. Acesso em: 18 mar. 2013.
GROSSO, Alexandre Brandão. Eureka! Práticas de Ciências para o Ensino Fundamental. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2009.
TRABALHOS DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - TARDE
1. FEIRA DE CIÊNCIAS DA ESCOLA SÃO JOSÉ: UMA PROPOSTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA. Autores: Rubem Silvaney Maia da Silva; Jonas Aguiar Castro; Rilda Simone Maia da Silva; Maria de Lima Santos; Eloídes de Sousa Melo; Renata Gabrielly da Silva Batista; Cláudia Silva de Castro.
2. PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESPAÇO ESCOLAR. Autores: Symone Palheta Costa; Ademir de Souza Pereira; Cláudia Silva de Castro.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
3. ALUMÍNIO: DA BAUXITA AO METAL. Autores: Marcos André da Cruz Cota; Oneide Nunes Moita; Iata Anderson Ferreira de Araújo; Rosicleia Sousa da Gama; Ademir de Souza Pereira; Dércio Pena Duarte; Cláudia Silva de Castro.
4. O CONSUMO DE ESQUILHO NA ESCOLA ALMIR GABRIEL. Autores: Iata Anderson Ferreira de Araújo; Cláudia Silva de Castro.
5. EDUCAÇÃO ALIMENTAR NA ESCOLA: DA TEORIA À PRÁTICA. Autores: Ana Mary Lins Leal; Thatiana Pereira da Silva Oliveira; Waldenilson Araújo Pessoa; Eder Alberto Soares de Sousa; Saulo de Almada Gomes; Cláudia Silva de Castro.
6. A CIÊNCIA NO CINEMA E O CINEMA NA ESCOLA: PROJETO CINÊNCIA. Autores: Jonas da Paz Aguiar; Rubem Silvaney Maia da Silva; Cláudia Silva de Castro.
FEIRA DE CIÊNCIAS DA ESCOLA SÃO JOSÉ: UMA PROPOSTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Rubem Silvaney Maia da SILVA1Jonas da Paz AGUIAR² Rilda Simone Maia da SILVA² Maria de Lima SANTOS² Eloídes de Sousa Melo³ Renata Gabrielly da
Silva Batista³ Cláudia Silva de CASTRO4
¹ Docente de Física da rede estadual de educação/SEDUC-PA, EEEFM São Felipe - ANEXO² Docente de Biologia da rede estadual de educação/SEDUC-PA, EEEFM São Felipe – ANEXO³Licenciandas do Curso de Física Ambiental-UFOPA³ Docente da UFOPA/ICED, Programa de Física Ambiental
RESUMO - A feira de ciências da Escola São José foi uma proposta para auxiliar os professores a introduzir a iniciação científica para os estudantes da educação básica, A proposta ocorreu de acordo com as etapas planejamento, execução, socialização e avaliação e análises das atividades. No planejamento foram realizadas palestras para orientar e incentivar
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
os professores para desenvolver a prática com investigação, na etapa da execução os professores desenvolveram os projetos em sala de aula ou fora dela, utilizando a iniciação científica e a partir daí produziram resumos e banner para apresentarem na feira de ciências da escola que em seguida foi avaliada e o material utilizado para a investigação da proposta.
Palavras-chave: ensino com investigação, educação básica, feira de ciências.
INTRODUÇÃO
De acordo com Vasconcelos et al (2011) a Feira de Ciências é uma
atividade que contribui para a divulgação de processos investigativos através
da iniciação científica o que leva a troca de conhecimento entre os envolvidos.
Esta é um espaço que tem como objetivo de divulgar e incentivar a elaboração
de trabalhos de iniciação científica realizados na escola, além da utilização do
ensino através de projetos, pois segundo Barcelos (2001), no ensino por
projetos o professor tem a necessidade de planejar, desenvolver e avaliar as
atividades, os alunos tratam sobre temas da sociedade e do seu cotidiano,
sempre explicando e propondo soluções para os problemas vivenciados.
Nessa perspectiva, o conhecimento produzido na escola deve está
pautado em formar cidadãos críticos, conscientes e atuantes no meio em que
vivem, sujeitos que compreendem e são capazes de intervir na realidade e na
variedade de fenômenos com se deparam no dia-a-dia então o aluno mesmo
não tendo mais contato com as disciplinas após o término de sua vida escolar
deve compreender fenômenos naturais e tecnológicos inerentes ao seu
cotidiano, melhorando assim a sua forma de pensar e de agir quanto às
questões no seu ambiente (BRASIL, 2002).
Para Freire (2007) o educador comprometido com a consciência crítica
do educando, estimula sua criatividade e capacidade criadora, a qual faz-se
compreender-se como sujeito que pode intervir na sua realidade, transformá-la,
construindo assim, sua própria história. Neste sentido entendemos que a
escola é um espaço de construção de conhecimento para todos que dela
fazem parte, sobretudo para que professores e alunos desenvolvam pesquisas
e a capacidade de intervirem em situações/problema do seu cotidiano.
Foi com essa perspectiva que a equipe de técnicos em educação da
referida escola propuseram a realização da feira de ciências com foco em
trabalhados de projetos não apenas de ação, mas também de investigação,
que a exposição não fosse apenas uma mostra de materiais produzidos para a
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
feira, mas que fosse um espaço de divulgação de resultados de pesquisas
realizadas pelos próprios alunos com a orientação de seus professores e a
supervisão dos técnicos em educação, a partir de problemas do contexto local.
Desse modo o Projeto Feira de Ciências da Escola São José foi uma
proposta que procurou auxiliar os professores a introduzir a iniciação científica
para os estudantes da educação básica, para que a partir dela os estudantes e
professores pudessem compreender a organização e desenvolvimento de
projetos de investigação, bem como as exigências da produção de trabalhos na
forma de resumos para apresentação em eventos científicos.
No presente trabalho buscamos identifica as percepções dos
professores organizadores e orientadores sobre a execução do Projeto Feria
de Ciências na Escola São José no ano letivo de 2012, bem como analisar
aspectos positivos, desafios enfrentados e a serem superados em atividades
futuras.
Caracterização do contexto
O Projeto Feira de Ciências que abordamos neste trabalho ocorreu na
Escola Conveniada de Ensino Fundamental e Médio São José ao longo ano e
com culminância no mês de novembro de 2012. A escola está localizada na
Rodovia Santarém – Cuiabá, Km 19, na área rural do município de Santarém-
PA, na Comunidade de São José. A escola atende um total de 408 alunos,
sendo 225 do ensino médio, distribuídos em três turmas de 1º ano, duas
turmas de 2º ano e duas turmas de 3º ano. Tem um quadro funcional com 33
funcionários, sendo 17 professores e dois técnicos em educação. A escola
dispõe de biblioteca, mas não há laboratório para atividades experimentais.
A escola funciona a 93 anos, mas a realização de feira de ciências
ocorreu nas duas últimas décadas, sendo que em alguns anos ela não ocorreu,
assim foi realizada em 2012 a XII Feira de Ciências da escola, que sempre foi
realizada no período final do ano letivo, mas que este ano buscou-se
desenvolver as atividades ao longo do ano.
As feiras anteriores tinham uma característica marcante que era a de
exposição de materiais produzidos pelos alunos principalmente para esse fim,
ou seja, se produzia para apresentar na feira de ciências. Em 2012 buscamos
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
construir uma visão diferente, ou seja, aplicar projetos de investigação nas oito
turmas de 6º ao 9º ano do ensino fundamental e nas sete turmas de ensino
médio, para que os estudantes pudessem expor resultados obtidos na
investigação dos trabalhados desenvolvidos no decorrer do ano letivo.
MÉTODO
A equipe de coordenação do Projeto era composta por quatro pessoas
sendo dois técnicos em educação da escola e dois professores um de Física e
o outro de Biologia. O desenvolvimento do Projeto ocorreu de acordo com as
etapas: planejamento, execução, socialização e avaliação e análises das
atividades.
ETAPA 1 - O planejamento iniciou na semana pedagógica ocorrida no
inicio do ano letivo de 2012 e teve continuidade ao longo da execução do
projeto. O objetivo do planejamento inicial foi despertar o interesse dos
professores para atividades que envolvessem investigação em sala de aula
desenvolvida pelos estudantes sob orientação dos professores. Nessa ocasião
foram ministradas duas palestras para os professores voltadas para a temática
ensino com investigação. Após as palestras foi solicitado aos professores que
elaborassem e aplicassem projetos de investigação que abrangesse situações
dos conteúdos das disciplinas a qual ministravam, fazendo relação com o
cotidiano dos alunos, e se possível com relações étnico raciais, visto que a
etapa de socialização iria coincidir com a festa da consciência negra na escola.
ETAPA 2 - Na execução os professores do 6º ao 9º ano do ensino
fundamental e do ensino médio, durante o ano letivo, desenvolveram os seus
projetos de investigação e realizaram as ações necessárias dentro de cada
disciplina. No decorrer dessa etapa, na medida em que surgiram as dúvidas,
foram dadas novas orientações pelos coordenadores do Projeto para
auxiliarem na execução da proposta pelos professores acerca da organização
dos trabalhos decorrentes dos projetos desenvolvidos com os estudante.
Dentre os projetos propostos um foi realizado de forma interdisciplinar e o
restante foi organizado com o foco em apenas uma disciplina.
Ficou definido pela coordenação que cada projeto de investigação
deveria produzir um resumo de acordo obedecer com alguns critérios de
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
estrutura: título, síntese, autores e orientadores, introdução, métodos,
resultados e discussão, conclusões e palavras-chave, bem como prazos de
entrega de uma versão em formato digital. A estrutura dos resumos teve como
base as normas da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência – SPBC. Essa etapa tinha como foco propiciar aos professores e
estudantes da educação básica vivenciarem experiências com projetos de
iniciação científica e produção de textos científicos de acordo as exigências de
eventos científicos.
ETAPA 3 – A socialização dos trabalhos produzidos ocorreu no dia 18
de novembro de 2012 no horário matutino, utilizando duas salas da escola.
Para exposição dos trabalhos foram produzidos um banner por cada grupo,
além de materiais concretos produzidos e utilizados durante a aplicação e
execução da proposta. Cada banner deveria obedecer a alguns critérios, onde
as dimensões deveriam ter largura mínima de 50cm e máxima de 90cm e altura
mínima de 80cm e máxima de 120cm, neste deveria constar título idêntico ao
do resumo entregue, nomes dos autores, introdução, métodos, resultados e
conclusões. Este deveria ter clareza e utilizar o mínimo de texto e o máximo de
figuras, fotos, tabelas e recursos gráficos possíveis com o texto legível a uma
distância de pelo menos 2 metros.
Para a avaliação dos trabalhos apresentados nessa etapa foram
convidados três professores e seis bolsistas da Universidade Federal do Oeste
do Pará (UFOPA) que participam do Centro Pedagógico de Apoio ao
Desenvolvimento Científico (CPADC) e atuam no Clube de Ciências da
UFOPA, os quais observaram, avaliaram e selecionaram os melhores trabalhos
desenvolvidos para serem premiados. Os critérios para a avaliação dos
trabalhos eram: qualidade da apresentação, domínio dos conteúdos, relevância
do tema da pesquisa, banner de acordo com as normas previstas e resumo de
acordo com as normas previstas.
ETAPA 4 – Avaliação e análises das atividades do Projeto - Após a
realização da socialização dos trabalhos na Feria de Ciências os
coordenadores reuniram com professores para avaliarem as atividades e
elaborarem sugestões para a realização do Projeto no próximos anos. Os
professores organizados em três grupos discutiram produziram relatos em que
expressavam suas percepções sobre o acontecimento da Feira de Ciências, a
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
participação dos estudantes durante a realização dos projetos a utilização da
proposta e assim apontaram aspectos positivos e desafios enfrentados e as
serem superados no desenvolvimento do Projeto para as próximas Feiras de
Ciências da Escola. Os registros do desenvolvimento do Projeto bem como os
relatos produzidos pelos professores estes serviram como referencia para
análise dos resultados apresentados neste trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A realização da proposta do Projeto Feria de Ciências da Escola São
José nos moldes propostos para 2012 foi de início muito desafiador, pois a
maioria dos professores da escola não tinha uma prática de ensino voltada
para o ensino com investigação, o que começou a ser despertado por ocasião
das palestras na semana pedagógica. Mesmo com dificuldades a maiorias dos
professores desenvolveram projetos de investigação com algumas turmas e
puderam vivenciar e ter um primeiro contato com essa prática e a vivenciar a
sala de aula também como espaço de iniciação a pesquisa.
No decorrer da execução dos projetos de investigação os estudantes
ficaram muito animados quanto a realização das atividades pois, além de se
envolverem em aulas diferenciadas sobre os conteúdos das disciplinas
envolvidas no projeto, puderam entrar em contato com a iniciação científica, tão
raro ainda na educação básica. No dia da apresentação os estudantes estavam
eufóricos, pois além de exporem para colegas de turma e outros estudantes da
escola, foram convidados às famílias dos estudantes e estudantes de outras
escolas das proximidades.
A maioria dos trabalhos produzidos (quinze) cumpriram todas as normas
de elaboração e apresentação definidos pela coordenação, contudo parte dos
grupos (oito) não cumpriram tais normas na organização dos trabalho. Todos
os trabalhos foram expostos, mas somente aqueles que cumpriram as normas
é que foram analisados pela equipe de avaliadores externos. Tais trabalhos
estão dispostos na tabela abaixo com a indicação das disciplinas envolvidas,
séries e níveis de ensino, além do título do resumo produzido.
Tabela 1: Trabalhos produzidos com disciplinas, série e níveis de ensino e o respectivo título do resumo.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
DISCIPLINA SÉRIE/NÍVEL TÍTULO DO TRABALHO
Biologia
3ª/EMColeta e montagem de insetos encontrados no bosque e arredores da comunidade de São José
3ª/EMImportância dos anfíbios e répteis encontrados em Santarém – Pará
3ª/EMOs animais mortos na BR 163 e PA 370: estratégias para diminuição dos atropelamentos
3ª/EM Peixes comerciais da cidade de Santarém – Pará
Física
3ª/EMProdução de vídeo aula de refração da luz: metodologia diferenciada em física na escola São José
3ª/EMProdução de vídeos aulas para a compreensão de fenômenos luminosos: uma alternativa de aprendizagem em física na escola São José
3ª/EMProdução de vídeos de reflexão da luz: uma maneira diferente de aprender física na Escola São José
3ª/EMDualidade onda partícula: aprendendo óptica de maneira divertida na escola São José
Matemática 3ª/EMGeometria espacial e as relações humanas em um contexto matemático
Língua Portuguesa
8ª/EFArtes com lendas amazônicas
Inglês 6ª/EF Fast Food – da origem aos dias atuais
Química 2ª/EM
Avaliação do método interacionista/construtivista em comparação ao método tradicional no ensino de cinética química em duas turmas do segundo ano da escola r. c. São José no oeste do Pará
História 8ª/EF Cerâmica marajoara? Mas isso aqui eu conheço.matemática 5ª/EF Reconhecendo figuras geométricas espaciais
Língua portuguesaLiteraturasociologia
2ª/EM Literatura afro-descendente: música e poema
A partir da análise geral do acompanhamento das atividades e do
material da avaliação dos professores após a realização da feira podemos
perceber que esta foi de fundamental importância para introdução de
estudantes nas situações e atividades de iniciação científica na educação
básica. Outro aspecto observado foi que trabalhando com foco na iniciação
científica, os estudantes adquirem habilidades de ler, escrever e de
argumentar, o que raramente isso ocorreria sem essa metodologia. A medida
que eles vão sendo inseridos nesta metodologia, eles se tornam mais
independentes e autênticos sendo que exercitam a prática de produzir o
conhecimento superando a mera repetição.
Dos relatos produzidos pelos grupos de professores identificamos os
principais aspectos positivos, desafios enfrentados e pontos a serem
superados nos próximos anos, estes estão apresentados na tabela a seguir.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Tabela 2: Avaliação dos professores sobre a atividade de projetos com iniciação cientifica no desenvolvimento do Projeto Feria de Ciências
PONTOS POSITIVOS
A participação dos alunos; Empenho e o aprendizado da maioria dos professores em
desenvolver a atividade; Aspectos científicos da feira; Os trabalhos produzidos foram muito bons; A descoberta de novos talentos; A dinâmica das apresentações dos trabalhos; A eficiência dos apresentadores, que mostraram que
adquiriram conhecimentos; A interação e o esforço entre os professores na hora das
dúvidas; O empenho da coordenação na realização da feira; A participação de professores e bolsistas da UFOPA
DESAFIOS ENFRENTADOS
A falta de apoio logístico e colaboração financeira por parte dos alunos e da escola;
Pouca divulgação; Os trabalhos devem ser iniciados todos no 1º bimestre; Espaço físico inadequado para a exposição; Dia da semana inadequado para a exposição (domingo); A falta de interação entre a feira científica e a festa da
consciência negra A orientação de confecção do pôster foi próximo ao dia do
evento; Pouca participação das famílias
PONTOS A SEREM SUPERADOS
Palestras motivacionais para todos se envolverem na atividade; Oficinas sobre a organização de feiras de ciências e produção
de projetos; Palestras de como produzir trabalhos científicos; Participação das turmas de 1º ao 5º ano
CONCLUSÃO
A utilização do Projeto Feira Científica como metodologia de iniciação
científica na educação básica foi muito relevante para os professores e alunos
da Escola São José, pois a partir desta os professores puderam está em
contato com exigências de eventos científicos, utilizando projetos como
metodologia diferenciada de ensino e sensibilizando os alunos para que fiquem
motivados a aprenderem com mais entusiasmo, tornando o processo de
aprendizagem mais prazeroso. Além de que os estudantes tem contato com
uma nova metodologia que é a de produzir o seu conhecimento e não somente
reproduzir, eles adquirem autonomia e utilizam o tempo extra de sala de aula
para pesquisarem em outras fontes e também ficam mais motivados a
aprender os conteúdos, pois percebem que estes não estão desvinculados do
seu cotidiano. Neste sentido entendemos que a Feira de Ciência pode ser
motivadora da aprendizagem efetiva quando é utilizada com o objetivo de
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
inserir os estudantes e também professores na metodologia de iniciação
científica na educação básica.
REFERÊNCIAS
BARCELOS, N. N. S. A prática e os saberes docentes na voz de professores do Ensino Fundamental na travessia das reformas educacionais. 2001. 143f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN + Ensino médio: orientações educacionais complementares para os Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 36 ed. São Paulo: Paz e Terra 2007.
PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESPAÇO
ESCOLAR
Symone Palheta COSTA1 Ademir de Souza PEREIRA2 Cláudia Silva de CASTRO³
1 Docente de Biologia da rede estadual de educação/SEDUC-PA, EEEFM Álvaro Adolfo da Silveira/Santarém²Docente da UFGD/Departamento de Química³Docente da UFOPA/ICED, Programa de Física Ambiental.
RESUMO: Este trabalho trata de uma proposta de Educação Ambiental (EA), utilizando o próprio espaço escolar, desenvolvida na escola Estadual Álvaro Adolfo da Silveira no município de Santarém-Pa, no ano letivo 2012, buscando desenvolver conhecimentos e aplicações práticas adequadas para a relação entre os sujeitos e o ambiente. O objetivo do trabalho foi
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
introduzir o tema Educação Ambiental e promover o envolvimento e participação dos estudantes nos projetos no próprio ambiente escolar. Participaram do projeto alunos do 2° ano do ensino médio desenvolvendo as atividades como: passeios ecológicos, pesquisa de campo por meio de aplicação de questionários, produção de vídeos e slides, oficinas com materiais recicláveis e blitz educativa. No decorrer das atividades houve um acompanhamento das atividades por meio de orientações contínuas e, pesquisa de campo e relatórios solicitados no início e ao final de cada atividade, e confecção de materiais. A proposta era desenvolver nos estudantes a sensibilização, o respeito, hábitos e fazer com que os mesmos sintam-se parte fundamental deste meio. Verificamos no decorrer da realização deste projeto o envolvimento dos estudantes no processo de mudança na compreensão dos conceitos relacionados a EA a partir de vivências práticas, o que foi evidenciado por meio da participação nas discussões e reflexões em sala de aula e nos relatórios produzidos.
Palavras-chave: educação ambiental, espaço escolar, meio ambiente.
INTRODUÇÃO
A Educação Ambiental pode estar inserida em todas as atividades
rotineiras de um espaço escolar como forma de aprimorar e colocar em prática
o aprendizado decorrente da teoria aprendida em sala de aula.
De acordo com Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997)
diversas são as propostas para trabalhar os temas de EA o que possibilita aos
estudantes observarem os problemas que afetam sua vida, sua comunidade,
ou seja, o meio ambiente em que vivem em diversas regiões do planeta, tais
como: escassez de chuvas, alagamentos, mudanças ambientais, dentre
outros. Assim, “as situações de ensino devem se organizar de forma a
proporcionar oportunidades para que o aluno possa utilizar o conhecimento
sobre Meio Ambiente para compreender a sua realidade e atuar sobre ela”.
(BRASIL, 1997, pag 35).
Porém, é recorrente no desenvolvimento dos currículos escolares
propostas focadas na teoria em detrimento dos aspectos da aplicação prática
relacionados ao tema de Educação Ambiental, uma vez que poucas propostas
são colocadas em prática no espaço escolar, pois muitos educadores
acreditam que fazer educação ambiental é responsabilidades de professores
de biologia ao tratar somente conceitos sobre reciclagem e não poluir o meio
ambiente.
No entanto, o espaço escolar apresenta-se como um cenário riquíssimo
de informações e situações que possibilitam troca de experiências entre os
sujeitos que dele participam, e que podem servir de ponto de partida para uma
exploração teórica utilizando os temas do currículo partindo de uma análise
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
comparativa local até o global e colocar em prática como ações individuais e
coletivas que irão contribuir com a melhoria do ambiente a serem atingidas do
que foi aprendido em sala de aula. Neste sentido:
“... o professor poderá sugerir temas numa seqüência que vá do local ao global e vice-versa; do ambientalmente equilibrado, saudável, diversificado e desejável, ao degradado ou poluído, para que se sinta a necessidade de se superar essa situação; e indicar medidas necessárias, discutir responsabilidades, decidir possíveis contribuições pessoais e coletivas, para que a constatação de algum mal não seja seguida de desânimo ou desmobilização, mas da potencialização das pequenas e importantes contribuições que a escola (entendida como docentes, alunos e comunidade) pode dar para tornar o ambiente cada vez melhor e os alunos cada vez mais comprometidos com a vida, a natureza, a melhoria dos ambientes com os quais convivem.” ( Brasil, 1997, p. 43)
Partindo de uma análise geral que a educação ambiental é assunto
essencial no dia-a-dia e foco de discussões atuais, havendo uma relação entre
todos os seres vivos do planeta, que indiretamente todos estão interligados e
necessitam um do outro para sua sobrevivência e para um excelente equilíbrio
do mesmo, faz-se necessário orientar todos da comunidade em que vivemos e
principalmente a comunidade escolar, assuntos relacionados às principais
mudanças causadas pelo homem que podem ocasionar alterações nos ciclos
de vida em todos os setores da sociedade, no entanto:
... a Educação Ambiental está longe de ser uma atividade tranquilamente aceita e desenvolvida, porque ela implica mudanças profundas e nada inócuas. “Ao contrário, quando bem realizada, a Educação Ambiental leva a mudanças de comportamento pessoal e a atitudes e valores de cidadania que podem ter fortes consequências sociais.” (BRASIL, 1997, p. 23)
Sendo assim, a preservação ambiental é fundamental para o equilíbrio
ecológico, de modo que é importante promover um trabalho educativo voltado
para a conscientização da relevância da preservação do meio ambiente,
principalmente na comunidade escolar ao qual os alunos estão inseridos, pois
cuidar do Planeta Terra, é a tarefa de cada um que depende diretamente do
meio ambiente e a realidade de hoje é que o planeta está sob ameaças
constantes em decorrência da poluição, do aumento da temperatura global, do
destruição da camada de ozônio, do esgotamento dos recursos naturais, da
extinção das espécies etc, e todos nós somos causadores de tudo isso
deveríamos ter como prática a busca de solução para tais problemas (AMABIS,
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
2004).
Para iniciarmos qualquer atividade sobre EA devemos considerar e
valorizar que todo aluno já possui uma bagagem de aprendizagem,
conhecimento, teorias e vivencias do seu dia a adia. Neste sentido no ensino
de ciências:
“ é relevante o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações entre os seres humanos, o conhecimento e o ambiente. O desenvolvimento desses valores envolve muitos aspectos da vida social, como a cultura e o sistema produtivo, as relações entre o homem e a natureza. Nessas discussões, o respeito à diversidade de opiniões ou às provas obtidas por intermédio de investigação e a colaboração na execução das tarefas são elementos que contribuem para o aprendizado de atitudes, como a responsabilidade em relação à saúde e ao ambiente. (Brasil, 1997,pag 29)
Além disso, propostas de ensino com projetos relacionadas à EA que
integre o desenvolvimento de práticas educativas efetivas a partir do ambiente
escolar por meio de ações de investigação possibilita o “incentivo às atitudes
de curiosidade, de respeito à diversidade de opiniões, à persistência na busca
e compreensão das informações, às provas obtidas por meio de investigações,
de valorização da vida em sua diversidade, de preservação do ambiente, de
apreço e respeito à individualidade e à coletividade, têm lugar no processo de
ensino e aprendizagem.” (BRASIL, 1997, p. 29)
A EA deve ser olhada de forma a sensibilizar o ser de que através do
conhecimento e prática absorvida como proposta de educação, este passa a
adquirir novos hábitos e ver que a Educação Ambiental nada mais é do um jeito
simples de tratar o meio ambiente, com mais harmonia, equilíbrio, cooperação
e acima de tudo com respeito mútuo, e usar o tema educação ambiental para
tornar nossas casas (lar e escola) lugares em que a gente possa viver muito
melhor, ou seja, se você adquirir novos hábitos e tomar alguns pequenos
cuidados vai notar a diferença ao seu redor.
Devemos ressaltar ainda quais objetivos queremos alcançar com as
propostas colocadas através da realização da atividade e o grau de interesse e
envolvimento dos alunos nesta ação. Portanto objetivo deste trabalho é
despertar o interesse dos estudantes pelo tema Educação Ambiental, incentivar
através da leitura e pela produção de textos a aproximação de novos
conhecimentos, estar frente a frente com a problemática do meio ambiente e
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
socializar essa realidade com a comunidade escolar através da produção de
documentários que vão valorizar o trabalho da escola.
Ao trabalharmos o tema Educação Ambiental, encontramos
inevitavelmente diversos desafios, embora as dificuldades sejam muitas,
partiremos da abordagem do que queremos obter como resultado, qual a
importância do estudo e da prática da Educação Ambiental, e quais as formas
que a escola pode trabalhar este tema com alunos do 2º ano e posterior o
espaço escolar seja vista como produtora das manifestações positivas de que
pra cuidar do meio ambiente basta não sujá-lo. Mas, além de tomar cuidado
com a água, com o ar e com o desperdício, é bom lembrar-se da arrumação.
Quem deixa o meio ambiente desarrumado torna ele tão sujo quanto quem
acumula lixo em locais inadequados.
MÉTODO
O projeto foi desenvolvido na escola Estadual Álvaro Adolfo da Silveira
do município de Santarém/PA, no quarto bimestre do ano letivo de 2012, como
proposta de desenvolvimento curricular na disciplina Biologia. As atividades
foram desenvolvidas nas aulas da disciplina, bom como em horários de contra
turno. Participaram das atividades estudantes do 2° ano de Ensino Médio de
cinco turmas do turno matutino.
As atividades do projeto foram desenvolvidas de acordo com as
seguintes etapas:
a) Observação inicial a cerca da forma que os estudantes se relacionam
com o meio ambiente escolar á sua volta na qual verificou-se que esta relação
está diretamente ligada a cultura, valores, a qualidade de vida que estes tem
fora desse ambiente e a instrução que obtém neste meio.
b) Realização de seções de vídeos e palestras educativas nas aulas de
Biologia na sala de vídeo, com duração de 45 a 90 min sobre temas relaciona-
dos ao meio ambiente e mudanças causadas pelo homem a este meio. Essa
etapa visava promover a sensibilização dos estudantes e a conhecer as pro-
postas e ações de EA e ressaltar a importância de novos hábitos que ajudem a
resgatar valores importantes para que o respeito pela vida, pelo outro e pelo
meio ambiente desapareçam. Algumas palestras educativas foram ministradas
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
por representantes de instituições publicas ou privadas do município. Nesta e
em todas as etapas a seguir, diante de da abordagem de diversos assuntos,
tais como biodiversidade, poluição sonora, poluição da água, animais em ex-
tinção e biopirataria. Foi solicitado que elaborem sempre um relatório das
palestras com as informações adquiridas para utilizarem na construção de seus
materiais a serem apresentados no dia final da socialização.
c) Realização de passeios ecológicos no contra turno ou nas manhas
de sábado no próprio ambiente escolar, em praias, zoológicos, etc, de modo a
propiciar aos alunos um contato diferenciado com a natureza e a vivencia em
loco dos conceitos trabalhados em sala de aula, aliando teoria e prática, e que
normalmente identificam os problemas ambientais nesses espaços, como falta
de árvores, de limpeza, sujeira na quadra da escola, falta de lixeiras e lixos
colocados por eles em qualquer lugar.
d) Produção de vídeos caseiros e slides pelos alunos a partir de filma-
gens e fotos tiradas nos locais visitados. Foi solicitado que o foco de todo o ma-
terial colhido estivesse relacionado a um olhar sensibilizado das mudanças am-
bientais e que também enfatizassem a importância da EA na melhoria da quali-
dade da vida de através de pequenas mudanças de hábitos aprendidos durante
toda essa construção do projeto.
e) Realização de pesquisa de campo com aplicação de questionários
onde os estudantes foram orientados a solicitar um termo de consentimento
caso alguém que está sendo entrevistado quisesse fazer algum relato, ou de-
poimento, for filmado ou ser fotografado para a utilização destes materiais a
serem publicados como parte do projeto. Os questionários foram aplicados em
bairros, no contra turno, em grupos de 10 ou 15 alunos, onde os mesmos es-
colheriam 20 residências, sendo sequencial (1, 2, 3,4...) ou entrevistavam uma
e pulavam a outra (casa nº 1, casa nº3, casa nº 5), ou devido à resistência dos
moradores eles poderiam escolher a ordem das casas entrevistadas, onde os
alunos estão inseridos, para obter informações sobre qual a instrução que os
mesmos tem sobre Meio Ambiente e os principais temas sobre tipos de
poluição como água, lixo, ar, solo etc, causados pelos entrevistados no seu
bairro.
f) Oficinas com materiais recicláveis onde cada aluno é convidado a
pintar cinco garrafas de vidro pequenas. As pinturas foram feitas com tinta
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
fosca para artesanato, ou tinta óleo, verniz, pincel n° 18, n° 20 e n° 08, fita
durex de largura fina e média para ser aplicada a técnica mais simples de pin-
tura em garrafas, esses materiais são comprados em armarinhos por grupo de
alunos onde cada um escolhe uma cor e troca com seus colegas para obter
uma variedade de garrafas pintadas diferentes. As técnicas para quem não
tinha nenhum domínio sobre pintura eram ministradas na área coberta da es-
cola no contra turno, para quem já dominasse qualquer técnica sua criação era
livre.
g) Exposição e socialização dos materiais produzidos como divulgação
dos resultados que ocorreram durante os três turnos, com a apresentação dos
trabalhos confeccionados durante o projeto como: produção de vídeos, slides,
murais feitos de material que iriam para o lixo e foram reaproveitáveis (CDs,
papelão, garrafas pets, tampinhas de garrafas, fuxico feito de canudinho de re-
vista, etc) com fotos e tabulação dos questionários com apresentação em gráfi-
cos para ressaltar as mudanças ambientais provocadas pelo homem, e
amostras dos objetos confeccionados nas oficinas (garrafas e lixeiras) e das
melhores produções de texto, estando aberto à visitação para toda a comu-
nidade escolar. Para o encerramento do projeto, os estudantes organizaram
uma blitz na orla do município de Santarém-PA, em que os estes notificaram e
convidaram através de ofício os órgão competentes para dar apoio, suporte,
segurança e prestigiarem o evento, além de solicitarem aos seus responsáveis
a autorização de participação no evento.
h) A avaliação do Projeto desenvolvido na escola ocorre simultanea-
mente com as etapas realizadas. Os alunos são avaliados através da produção
dos relatórios, criação dos vídeos, slides, aplicação dos questionários e princi-
palmente pelo interesse, participação e motivação na realização das atividades
propostas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao longo do desenvolvimento do projeto foi observado que os
estudantes despertaram o interesse pela EA de forma que as informações
assimiladas no decorrer da execução das etapas puderam ser aprimoradas e
lhes permitiram um novo olhar, hábitos, cuidados e respeito pela natureza, ou
seja, desenvolvimento de valores.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Da observação inicial a cerca da forma que os estudantes se relacionam
com o meio ambiente escolar á sua volta na qual verificamos que esta relação
está diretamente ligada à cultura, valores, a qualidade de vida que estes têm
fora desse ambiente e a instrução que obtém neste meio.
Os estudantes após assistirem os vídeos e participarem das palestras de
profissionais de diversas áreas que atuam diretamente no contexto da EA,
verificaram a importância e a responsabilidade que todos tem por estarem
inseridos neste contexto.
O contato direto com a natureza em praias, zoológicos e bosque fora do
ambiente escolar proporcionou aos estudantes a fixação do conhecimento, do
fundamento teórico, em face da atividade prática e uma assimilação maior dos
problemas ambientais que estão relacionados a esses conteúdos dados em
sala de aula e ressaltou a importância de que esses conceitos trabalhados
devem estar aliados à prática.
Toda problemática foi diretamente observada pelos estudantes através
da pesquisa de campo, de filmagens e na construção dos materiais que foram
utilizados na socialização, o que fez com que os mesmos estivessem sempre
num contato direto com todas as mudanças realizadas pelo homem a natureza.
Através da participação dos estudantes nas oficinas com materiais
reutilizáveis ou recicláveis como garrafas de vidro, revistas e papelão, foi
trabalhado o significado dos 3Rs que são muitos utilizados em EA: Reutilizar,
Reciclar e Reduzir, onde a execução desta prática enfatizou a importância e
necessidade de reduzir o consumo de produtos que não podem ser
reutilizáveis ou reciclados, e principalmente que devemos tratar tudo o que
produzimos como uma visão de que podem ser reutilizados, reciclados e
reduzidos.
Durante a realização do projeto os estudantes sempre estiveram frente a
frente com as problemáticas do meio ambiente e puderam socializar essa
realidade com a comunidade escolar através da produção d os materiais
construídos por eles mesmos, e ao mesmo tempo em que as etapas eram
executadas eles eram avaliados através da manifestação de seu interesse ao
trabalho.
Foi observado que muitos adquiriram novos hábitos e atitudes de
comprometimento e envolvimento no que era proposto e que o espaço escolar
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
possuía muito campo de pesquisa e material a ser aproveitado para colocar em
prática as propostas deste trabalho, e que cada um pôde contribuir com o meio
ambiente fazendo sua parte com ações pequenas, individuais ou coletivas,
porém o resultado refletiu ao final com uma quantidade expressiva de material
retirado do lixo, transformado em objeto útil ou decorativo e a valorização das
pessoas que se propõem em trabalhar com esses materiais.
CONCLUSÃO
Dessa forma verificou que é função também da escola trabalhar o tema
“meio ambiente” nas diversas disciplinas como temas transversais a ponto de
promover aos educandos ações reflexivas, teóricas e práticas, para que o
aluno possa resgatar atitudes de cooperação, responsabilidade, sensibilidade e
comprometimento, e possa aprender a respeitar e valorizar tudo o que está a
sua volta, estabelecendo assim o verdadeiro valor da necessidade da ajuda
mútua entre a natureza e ser humano.
Sendo assim eles puderam observar as diferenças causadas pelo
homem naqueles espaços que servem aos finais de semana ou em feriados
prolongados para visitas ou forma de lazer, onde encontram muitas vezes o
ambiente limpo, utilizam-se dele e deixam de forma suja diferente de como
encontraram e que poderiam sempre adquirir novos hábitos e postura, tais
como o de levar sacos de lixo para trazer de volta consigo o lixo produzido
naquele momento.
Com isso, a introdução da Educação Ambiental no espaço escolar visa à
necessidade de se buscar um elo entre a teoria educativa e a prática
pedagógica através de uma reflexão critica e científica sobre os temas da
educação.
REFERENCIAS
AMABIS, José Mariano; Martho, Gilberto Rodrigues – 2.ed. –V.3. genética –
Evolução Biológica – Ecologia - -São Paulo: Moderna, 2004.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: meio ambiente, saúde / Secretaria de Educação Fundamental. –
Brasília: 128p. 1.Parâmetros curriculares nacionais. 2. Meio Ambiente. 3.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Saúde: Ensino de primeira à quarta série.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais : ciências naturais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília :
MEC/SEF, 1997. 136p. 1. Parâmetros curriculares nacionais. 2. Ciências
naturais : Ensino de primeira à quarta série. I.
ALUMÍNIO: DA BAUXITA AO METAL
Marcos André da Cruz COTA¹; Oneide Nunes MOITA²; Iata Anderson Ferreira de ARAÚJO³; Rosicléia Sousa da GAMA4; Ademir de Souza
PEREIRA5; Dércio Pena DUARTE6 Cláudia Silva de CASTRO7
¹Docente da rede estadual de educação/SEDUC-PA, EEEFM Madre Imaculada/Santarém² Docente da rede estadual de educação/SEDUC-PA, EEEFM José de Alencar/Santarém³ Docente da rede estadual de educação/SEDUC-PA, EEEM Almir Gabriel/Oriximiná4Docente da rede estadual de educação/SEDUC-PA, EEEFM Madre Imaculada/Santarém5 Docente da UFGD/Departamento de Química6Docente da UFOPA/Centro de Formação Interdisciplinar-CFI7Docente da UFOPA/ICED, Programa de Física Ambiental
RESUMO – O presente trabalho trata de uma proposta pedagógica apatir da temática extração e beneficiamento da matéria prima do Alumínio, a qual está em fase de implementação na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Madre Imaculada”. A motivação para proposta decorre dos aspectos econômicos, sociais e ambientais
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
vinculadas às atividades de extração e beneficiamento de bauxita realizada pela empresa Mineração Rio do Norte – MRN localizada no município de Oriximiná-PA, assim como, as implicações socioeconômicas em cidades do entorno com destaque para a cidade de Santarém-PA. Participam da proposta estudante de quatro turma de primeiro ano do ensino médio organizados em grupos de seis ou sete pessoas, sobre orientação de dois professores das disciplina Química e Geografia. O percurso metodológico consistirá de três partes: A – Pesquisa bibliográfica e apresentação de seminário; B – Elaboração de questionários para pesquisa de campo; C – Visita ao distrito de Porto Trombetas no município de Oriximiná-PA; D – Realização de pesquisas de campo; E - Organização e análise dos dados e F - socialização com a comunidade escolar . Tal atividade pressupõe ampla participação dos educandos na construção do conhecimento, que resultem em ações praticas para a promoção de mudanças de atitudes relacionadas aos problemas ecológicos, ambientais e sociais causados pelo desperdício do alumínio, possibilitando assim uma reflexão sobre a importância da reciclagem como forma de colaborar com a redução dos impactos ambientais ocasionados pela extração do minério.
Palavras-chave: formação cidadã, educação ambiental, ensino com projetos
INTRODUÇÃO
A Amazônia é um local onde há ocorrência de grandes platores que são
regiões montanhosas que contem bauxita, fator este que contribuiu para a
instalação de mineradoras na região, uma delas está localizada no município
de Oriximiná- PA, no distrito de Porto Trombetas sendo explorada pela
Mineração Rio do Norte. Associado a atuação destas mineradoras estão
diversas implicações para o contexto regional tais como problemas de ordem
social, econômico e ambiental, os quais estão associados ao processo de
exploração, beneficiamento e comercialização deste minério, e que na maioria
das vezes é desconhecido pela população em geral.
Desse contexto podemos destacar dois aspectos relevantes para o
desenvolvimento de propostas diferenciadas para formação dos estudantes, o
conhecimento dos processos de extração e beneficiamento da bauxita e
processos de reciclagem de alumínio bem como as implicações
socioambientais e econômicas associados a estes processos, como parte da
formação ambiental e cidadã da população que vive na região amazônica.
No Brasil, a Educação Ambiental (EA) é proposta como tema transversal
nos PCNs (BRASIL, 1997) e foi efetivamente sancionada com a Política
Nacional de Educação Ambiental (BRASIL, 1999) considerando em seu Art 2° a
EA como um componente essencial e permanente na educação nacional,
devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades
do processo educativo, em caráter formal e não formal.
Segundo SILVA (2004), educação ambiental é um instrumento
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
indispensável. No entanto, deve ser realizada de forma contínua, permanente e
inserida no currículo das escolas. Segundo Vasconcellos (1997, apud RUY,
2004), a presença em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as
relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano
com seus semelhantes é condição imprescindível para que a educação
ambiental ocorra. Dentro desse contexto, sobressaem-se as escolas como
espaços privilegiados na implementação de atividades que propiciem essa
reflexão, pois para tanto são necessárias atividades de sala de aula e
atividades de campo, como ações orientadas em projetos e em processos de
participação que levem à autoconfiança, a atitudes positivas e ao
comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo
interdisciplinar (DIAS,1992, apud RUY, 2004).
No que concerne a questão econômica relacionada ao tema proposta
neste trabalho merece amplo destaque em detrimento à ordem social e
ambiental, a promoção de encaminhamentos que justificam esclarecimentos à
sociedade não somente de natureza financeira, mas, sobretudo orientar a
socialização de questionamento dos três aspectos na mesma medida
representa um desafio que cabe a educação básica. Neste cenário compete à
escola que nas motivações vinculada a sua função social assegurar a
efetivação do acesso aos conhecimentos científicos relacionados ao que
chamamos de “caminho da bauxita”. Almejando não esgotar as demandas na
esfera dos conhecimentos disciplinares, mas, sobretudo, suscitar momentos de
reflexão sobre os aspectos sociais e ambientais inerentes ao empreendimento
que anunciamos.
Visto que a extração do alumínio exige altos custos econômicos e
ambientais, que houve um aumento no consumo de bebidas acondicionados
em latinhas de alumínio e que a educação ambiental pode promover
mudanças de atitudes, este projeto busca implementar ações de educação
ambiental na escola para que possam incentivar e conscientizar os alunos a
praticar ações que resultem em mudanças de atitudes relacionadas aos
problemas ecológicos, ambientais e sociais causados pelo desperdício do
alumínio, possibilitando assim uma reflexão sobre a importância da reciclagem
como forma de colaborar com a redução dos impactos ambientais ocasionados
pela extração do minério.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
O produto decorrente da matéria prima bauxita - alumínio - é um dos
metais mais utilizados na vida moderna e o mais abundante na crosta terrestre.
A praticidade faz do alumínio um metal com grande empregabilidade e de uso
comum. A reciclagem do alumínio nos últimos anos vem crescendo
gradativamente de forma que essa prática colabora para que esse metal não
seja descartado no meio ambiente após seu uso, principalmente em forma de
latas para bebidas. Outro aspecto positivo é a contribuição socioeconômica
para algumas famílias das regiões urbanas onde o consumo de metal é mais
intenso.
A reciclagem do alumínio é uma prática vantajosa do ponto de vista
econômico e ambiental, pois gasta-se muita energia para produzir alumínio da
bauxita e cada tonelada de alumínio reciclado economiza a extração de cinco
toneladas de bauxita (BATTI, 2005). O processo de reciclagem de alumínio a
partir de latas de bebidas descartadas é uma atividade que vem apresentando
um significativo crescimento em função do avanço no emprego desde tipo de
embalagens e da redução no consumo de energia relacionado com esta
reciclagem em comparação com a produção de alumínio primário. A economia
de energia associada com a reciclagem de 1 Kg de alumínio representa uma
redução no consumo de energia elétrica da ordem de 95% com relação à
produção da mesma quantidade de alumínio primário, segundo dados da ABAL
(2007).
O entendimento da cadeia de produção do alumínio merece evidência
no contexto regional, dadas implicações que decorrem no caráter econômico,
social e ambiental. Em virtude disso esse tema pode ser considerado de
grande relevância no universo escolar, fato este que motivou o
desenvolvimento da atividade de ensino pautado na prática pedagógica por
meio do ensino com projeto articulado aos componentes curriculares de
Química e Geografia, o qual buscamos apresentar a organização e processos
de execução do projeto, bem como analisar os resultados obidos até o
presente.
MÉTODO
O projeto de que tratamos neste trabalho está sendo desenvolvido com
alunos do primeiro ano do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Fundamental e Médio Madre Imaculada, em Santarém-PA. A Escola está
situada no centro urbano do município e atende cerca de 1362 estudantes
distribuídos em três turnos (matutino, vespertino e noturno). Fazem parte dos
sujeitos que integram a escola, 77 docentes, 3 técnicos e 34 funcionários
(auxiliar administrativo, agente de portaria, vigias, merendeira, entre outros).
O projeto encontra-se em desenvolvimento na escola desde de 2012,
tem como foco ações de ensino e pesquisa ligado ao programa PROEMI/PJF,
tais com realização de seminário, pesquisas bibliográficas e de campo nos
componentes curriculares Química e Geografia. O desenvolvimento projeto
está organizado em seis etapas a baixo descritas:
A – Pesquisa bibliográfica e apresentação de seminário.
Nesta etapa as turmas formaram grupos de seis ou sete alunos para
realizar pesquisas sobre os temas: Processos para a extração da bauxita;
Consequências ambientais provocados pela extração da bauxita; Processos
para purificar e obter o alumínio; A importância de reciclar o alumínio. Após a
pesquisa os alunos produziram textos e prepararam slides para apresentação
dos trabalhos na forma de seminário.
B – Elaboração de questionários para pesquisa de campo
Foram elaborados dois questionários: um elaborado pelos
professores para investigar o nível de entendimento dos alunos sobre os
processos de extração da bauxita durante a visita a Mineração Rio do Norte
e outro elaborados pelos alunos orientados pelos professores para
investigar a quantidade de alumínio coletado para reciclagem no município
de Santarém-PA.
C – Visita ao distrito de Porto Trombetas no município de Oriximiná-
PA
Foi realizada uma visita a Mineração Rio do Norte – MRN, uma
mineradora responsável pela extração e beneficiamento de bauxita na região.
Tal visita teve a intenção de possibilitar aos estudantes observar in loco os
procedimentos de extração, preparação e transporta da matéria-prima do
alumínio e os impactos ambientais provocados pela extração da bauxita.
D – Realização de pesquisa de campo pelos alunos, através de aplicação
de questionário nas empresas coletoras de metais para obter dados
relacionados à quantidade de alumínio coletado na cidade de Santarém-PA.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
E - Organização e análise dos dados – essa etapa visa a compreensão
dos aspectos investigados sobre o tema e a preparação de material
socialização com a comunidade escolar.
F – Socialização dos resultados – nesta etapa o foco será promover
ações de conscientização sobre extração e beneficiamento da bauxita na
região e suas implicações para o ambiente e a comunidade em geral, bem
sobre a importância da reciclagem do alumínio dada a necessidade de
minimizar os impactos ambientais provocados pela extração da bauxita.
Serão organizadas apresentações em slides a partir dos dados obtidos com
a visita campo e a aplicação de questionários para socialização na escola.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A proposta pedagógica que propomos desenvolver com os educandos
da primeira série do ensino médio visa destacar para os educandos aspectos
intrínsecos à atividade mineradora MRN na região Oeste do Pará e a inserção
do município de Santarém-PA. O desdobramento das ações buscará o
interfaceamento dos conhecimentos científicos para compreensão questões
imbricadas no âmbito econômico, social e ambiental. Tal atividade pressupõe a
construção de visão crítica nos educando na intencionalidade de atitudes
proativas no contexto de estudo.
Na etapa Pesquisa bibliográfica e apresentação de seminário os
estudantes foram organizados em 20 equipes para estudos dos subtemas:
Processos para a extração da bauxita; Consequências ambientais provocados
pela extração da bauxita; Processos para purificar e obter o alumínio; A
importância de reciclar o alumínio. A partir das pesquisas realizadas os
estudantes prepararam apresentações de 20 minutos. O nível de compreensão
e participação foi observado no decorrer da participação dos estudantes nas
discussões decorrentes das apresentações.
Da Visita ao distrito de Porto Trombetas participaram 26 pessoas,
sendo 24 estudantes e 2 professores responsáveis pelo projeto. Os estudantes
visitaram as instalações de fa empresa mineradora de bauxita. No local foram
apresentadas as etapas do processo de mineração. Os locais visitados na
mineradora foram a mina onde é feita de retirada da bauxita, campo de
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
funcionamento das máquinas que realizam a retirada do minério do solo, local
de britagem da bauxita, esteira transportadora, local de lavagem e secagem do
minério, transporte e armazenamento do minério ate o porto de embarque nos
navios.
Os estudantes receberam material para registros a serem feitos no
decorrer da visita de campo, bem como os questionários a serem respondidos.
Os questionários aplicados aos estudantes foi elaborado pelos professores e
era composto por oito questões com vistas a identificar o nível de compreensão
dos estudantes decorrente da visita de campo a mineradora em Porto
Trombetas.
O questionário sobre a quantidade de alumínio para reciclagem coletado
em Santarém esta em fase de elaboração. As demais etapas do projeto serão
desenvolvidas no primeiro semestre de 2013.
CONCLUSÃO
Os resultados obtidos nas etapas já desenvolvidas têm evidenciado que
o envolvimento dos educandos em práticas com projetos com temas
relacionados aos problemas do contexto em vivem os estudantes apresentam-
se como uma estratégia importante para promover a participação efetiva dos
estudantes na aprendizagem. Assim o ensino que inclui atividades
diversificadas de ensino com pesquisa, visitas de campo, pesquisa
bibliográfica, produção de textos, trabalhos em grupos, discussões sobre os
estudos realizados possibilita aos estudantes aprender de modo mais efetiva,
sobretudo compreender as relações entre os conhecimentos disciplinares
trabalhados na escola e sua importância para a compreensão de temas e
problemas que afetam o meio em que vivem.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, Lei nº 9493/96 .
Brasília, 1996.
BRASIL. Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias
(Orientações curriculares para o ensino médio). Secretaria de Educação
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Básica. Ministério da Educação. Brasília, 2006. 135 p. (volume 2).
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNANBUCO, Marta Maria.
Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 4. ed. – São Paulo: Cortez,
2011. P 364.
KRASILCHIK, Myrian; MARANDINO, M. Ensino de ciências e cidadania. .2.
ed. São Paulo: Moderna, 2007. p. 86.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos; SCHNETZLER, Roseli Pacheco. Educação em química: compromisso com a cidadania. 3. ed. Ijuí: Ed. Urijuí, 2003. 144p.
O CONSUMO DE “ESQUILHO” NA ESCOLA ALMIR GABRIEL
Iata Anderson Ferreira de ARAÚJO¹ Cláudia Silva de CASTRO²
1 Docente da rede estadual de educação/SEDUC-PA, EEEM Almir Gabriel/Oriximiná 2 Docente da UFOPA/ICED, Programa de Física Ambiental.
RESUMO – Este trabalho consiste do relato de experiência de uma prática pedagógica desenvolvida na Escola Estadual de Ensino Médio “Dr. Almir Gabriel” codinome “AG”, no município de Oriximiná-PA, a qual foi desenvolvida em uma turma de 3ª série com 35 educandos. A temática denominada, “O consumo de esquilho virou uma febre no AG” foi motivada pela observação do docente do componente curricular de Biologia quanto ao número elevado de educandos consumindo tal alimento nas dependências da escola. A atividade visava promover o entendimento do processo de industrialização, da relação qualidade de vida e consumo de alimentos industrializados e a verificação da quantidade de “esquilho” consumido na escola. As etapas da experiência foram: a) organização da turma em seis equipes; b) orientação das equipes segundo os subtemas; c) Pesquisa bibliográfica e de campo com a aplicação de questionário e entrevista, d) organização de dados e preparação de apresentações em slides para socialização nas turmas. A partir
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
das apresentações dos educandos e considerações do docente observamos que diante do conhecimento adquirido ao longo das atividades os estudantes manifestaram preocupação quanto ao consumo de alimentos industrializados, assim como o desenvolveram atitudes proativas diante do processo ensino aprendizagem, seja no envolvimento na busca de materiais de estudo, coleta de dados, como na organização do material para socialização, ou seja, manifestaram compromisso com a sua formação.
Palavras-chave: proposta pedagógica, alimentação, qualidade de vida.
INTRODUÇÃO
Os elementos norteadores para o ensino na educação básica
assegurados nos documentos oficiais (BRASIL, 1996, 2006) orientam à
promoção da formação para a cidadania do educando. Neste sentido a
inclusão de práticas pedagógicas diferenciadas cujo delineamento incorpore o
contexto do educando e as diversas problemáticas que o afetam é função
primordial do ensino de Ciências (BRASIL, 2002). Diante disso a escola pode
ser um universo rico à promoção do ensino-aprendizagem centrado no
educando potencializando na busca da construção do conhecimento voltado
para a formação de valores e desenvolvimento de atitudes diante de questões
conflitantes da vida na sociedade contemporânea, tais como os problemas
ambientais, econômicos, sociais, dentre outros que tem relação com os
avanços da ciência e da tecnologia e que trazem implicações para a qualidade
vida da população.
Desse contexto destacamos a expansão e o consumo excessivo de
alimentos industrializados que motivou o desenvolvimento da temática o
consumo de esquilho na escola “Almir Gabriel”, na intenção de promover a
aproximação do conhecimento científico ás práticas alimentares cotidianas dos
estudantes e assim ampliar a capacidade do educando em compreender
questões vinculadas ao tema, bem como propiciar reflexões críticas a cerca
das relações de consumo e dos danos causados a saúde em decorrência do
consumo de produtos industrializados. Neste sentido, destacamos aspectos
econômicos vinculados ao processo de industrialização e comercialização,
assim como da qualidade de vida em decorrência do consumo excessivo do
alimento na escola. Assim buscamos neste trabalho abordar o detalhamento da
prática desenvolvida, bem como os principais aspectos observados quanto a
potencialidade formativa da atividade.
A prática pedagógica teve a pretensão de familiarizar o educando quanto
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
aos aspectos a serem contemplados em atividades em grupo e
aprofundamento nas discussões em sala de aula, e desta forma, potencializar a
formação de opinião, o desenvolvimento de atitudes e tomada de decisão
frente às percepções detidas em relação ao consumo de esquilho na escola
universo da pesquisa. Neste sentido, a prática visou contribuir para a formação
dos educandos segundo a função social da escola a qual visa à promoção de
momentos de reflexão e não somente à simples transmissão de
conhecimentos.
MÉTODO
Sujeitos envolvidos e contexto de realização da prática – a proposta
de ensino foi desenvolvida com uma turma de terceira série do ensino médio,
totalizando 35 estudantes, no componente curricular de Biologia, no quarto
bimestre do ano letivo de 2012. O contexto de realização foi a Escola Estadual
de Ensino Médio “Dr. Almir Gabriel”, localizada na área urbana do município de
Oriximiná-PA, cujo ano de fundação foi em 2002 e atende cerca de 1580
educandos matriculados nos turnos matutino, vespertino e noturno.
O percurso da prática pedagógica: a prática foi desenvolvida de
acordo com as seguintes etapas: a) organização da turma em seis equipes;
b) orientação coletiva e individual das equipes segundo os subtemas -
processo de beneficiamento - pesquisa sobre o consumo de esquilho na
escola- a fisiologia da digestão - a fisiologia da circulação sanguínea - a
fisiologia da excreção - indicadores bioquímicos relacionados ao consumo
deste alimento; c) Pesquisa bibliográfica e de campo com a aplicação de
questionário e entrevista – nesta etapa os estudantes fizeram levantamento
de dados para aprofundamento de acordo com os subtemas de cada grupo ,
d) organização de dados e preparação de apresentações em slides para
socialização nas turmas – a partir dos dados obtidos nas pesquisas
bibliográficas e de campo e das orientações quanto aos aspectos a serem
socializados os estudantes organizaram tabelas e textos para elaboração
das apresentações em slides de acordo com os respectivos subtemas dos
grupos.
Ao longo do desenvolvimento das atividades foram feitos registros
sobre o andamento das atividades, envolvimento e participação dos
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
estudantes dos quais foram feitas as análises das experiências
apresentadas neste trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Das observações feitas no decorrer da realização da prática pedagógica
apresentamos as seguintes considerações:
a) Sistematização e organização da aprendizagem pelos estudantes
As orientações realizadas como encaminhamento inicial para o
detalhamento da organização do trabalho e pesquisa bibliográfica, com
destaque para a indicação de textos de apoio pesquisados, bem com os
encaminhamentos decorridos das intervenções no percurso possibilitaram aos
estudantes desenvolver maior autonomia e responsabilidade com a
aprendizagem e o estabelecimento da cooperação e respeito entre os
componentes da equipe. Tais aspectos se confirmaram na socialização, pois a
dedicação ao trabalho em cooperação foi um elemento desencadeador da
sistematização do conhecimento adquirido sobre cada subtema abordado.
Destacamos ainda a capacidade de iniciativa de alguns grupos como por
exemplo atenção quanto ao processo de industrialização com enfoque desde a
colheita da matéria-prima à industrialização abordado com propriedade pela
equipe. Ao tratar da quantidade de esquilho vendido na escola, conseguiram o
indicativo de faturamento mensal da cantina em com tal produto, que os levou
a estimar o elevado volume de venda do produto esquilho.
b) A integração de problemas do contexto local e atividades de ensino
O questionamento decorrido da percepção da problemática do consumo
de ‘esquilho’, alimento industrializado tão presente no cotidiano da escola,
integrado em uma prática pedagógica causou certa expectativa em um número
representativo de educandos quanto da relação do consumo do alimento e o
funcionamento do organismo com vistas a compreender aspectos benéficos e
maléficos para saúde. Para alguns educandos a atividade mostrou-se como um
cenário de desconfiança e ‘brincadeiras’ de duplo sentido, levando-os a
questionar a relevância da atividade para a socialização em sala de aula.
c) Significação de valores, desenvolvimento de atitudes e tomada de
decisão como parte da formação dos educandos
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
O desenvolvimento de valores por parte dos estudantes tais como:
respeito, cooperação, humildade, ética, foi evidenciado no agir discente em
grupo e foi se consolidando individualmente não na mesma intensidade, mas o
suficiente para o atendimento dos fins das ações propostas no trabalho. A partir
destas considerações atentamos para os reflexos pertinentes às atitudes do
educando decorrentes da problematização do tema investigada por eles,
mediante orientações no sentido evidenciar, principalmente, os problemas
quanto ao consumo de alimentos industrializados. Entendemos que a
apropriação de conhecimento sobre o tema potencializou nos educandos a
promoção de atitudes necessárias favoráveis à alimentação saudável, assim
como, a tomada de decisão necessária nas questões conflitantes a tais hábitos
alimentares o que esteve presente na participação nas discussões decorrentes
das apresentações dos grupos, bem como foi verificada no decorrer das
orientações em grupo e individuais.
CONCLUSÃO
A investigação possibilitou ampla participação dos educandos na
constituição e socialização da proposta em sala de aula. A partir da ação
pedagógica observamos que práticas emergidas da problematização
demandadas do contexto do educando ganham proporções consideráveis na
medida em que o docente possibilita a mediação do processo ensino-
aprendizagem na busca de compreender problemas ligados ao consumo de
alimento industrializado e estimular a tomada de decisão para a mudança nos
hábitos alimentares saudáveis. A proposta mostrou indicativos que sua
realização corroborou à formação para cidadania do educando.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, Lei nº 9493/96 .
Brasília, 1996.
BRASIL. Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias
(Orientações curriculares para o ensino médio). Secretaria de Educação
Básica. Ministério da Educação. Brasília, 2006. 135 p. (volume 2).
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNANBUCO, Marta Maria.
Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 4. ed. – São Paulo: Cortez,
2011. P 364.
A CIÊNCIA NO CINEMA E O CINEMA NA ESCOLA: PROJETO CINÊNCIA
Jonas da Paz Aguiar1 Rubem Silvaney Maia da Silva2 Cláudia Silva de Castro3
¹Docente de Biologia da rede estadual de educação/SEDUC-PA, EEEFM São Felipe – ANEXO² Docente de Física da rede estadual de educação/SEDUC-PA, EEEFM São Felipe – ANEXO³ Docente da UFOPA, Programa de Física Ambiental
RESUMO: Neste trabalho apresentamos uma proposta de projeto de ensino com pesquisa que tem como objetivo o desenvolvimento curricular de conteúdos de Biologia, Física e Química, de forma interdisciplinar, a partir do uso de uma série de filmes. O projeto será desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio São Felipe – Anexo, no ano de 2013 em cinco etapas: Catalogação dos Recursos Audiovisuais; Sessões de Cinema e Elaboração de Relatos; produção de Mini-filmes pelos alunos participantes e investigação do processo ensino aprendizagem decorrente das atividades do projeto na qual serão utilizados como materiais de pesquisa registros das observação da participação nos encontros e da análise dos questionários, relatos e dos mini-filmes produzidos pelos alunos estudantes.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Palavras-chave: ensino de ciências, educação básica, ensino com projetos
INTRODUÇÃO
A ciência sempre esteve presente na cinematografia ou vice-versa. A
própria história da cinematografia pode ser diretamente relacionada aos
avanços e as invenções que aconteceram na Ciência como discutido por
Cunha e Giordan (2009) e Oliveira (2006). Os avanços nas áreas da
informática e da cinematografia têm permitido cada vez mais a criação de
recursos audiovisuais que abordam questões cientificas tanto nos campos
Biológicos como Físicos e Químicos.
Desde o aparecimento destes recursos audiovisuais, várias tentativas
têm sido feitas para a sua utilização na escola, com investimentos do governo
na TV escola1 e na aquisição e implantação de computadores nas unidades de
ensino (ROSA, 2000).
Alguns autores enfatizam que a utilização de um bom vídeo é muito
interessante para introduzir um novo conteúdo e citam alguns motivos para a
utilização destes recursos no Ensino de Ciências Naturais como: para a
motivação devido o apelo emocional existentes nos filmes e a quebra da rotina
feita por sua aplicação; para a demonstração de certos efeitos ou eventos que
só podem ser observados pela filmagem ou animação gráfica; para servir de
ponte conceitual para novos conhecimentos; como simuladores de eventos ou
fenômenos; e ainda como um instrumento de apoio a exposição do professor
(MORAN, 2005; ROSA 2000). Quintino e Ribeiro (2010) acrescentam que a
utilização de filmes nas aulas é uma ótima opção, pois permitir utilizar uma
ferramenta de interesse dos alunos, algo que faz parte do seu entretenimento,
para relacionar a linguagem cotidiana com a linguagem científica.
Apesar dos benefícios da utilização destes recursos audiovisuais, é raro
observamos à utilização destes métodos durante as aulas de Biologia, Física e
Química, seja em razão dá não existência destes recursos na escola ou pela
própria falta de tempo devido à obrigatoriedade do cumprimento dos conteúdos
programáticos.
Segundo Magarrão et al., (2012), o atual modelo utilizado para o ensino
de ciências é baseado em um ensino conservador que não atende as atuais
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
demandas sendo fundamentado na mera transmissão do conhecimento de
forma fragmentada e com disciplinas de conhecimentos e conceitos de difícil
compreensão e muito abstrata. Dessa forma, é preciso a utilização de novos
recursos didáticos, como recursos audiovisuais, que venha mudar esse quadro
de abstração e fragmentação para oferecer um conhecimento mais completo e
interdisciplinar. Assim projetos que visam reunir recursos audiovisuais e
oferecer aos alunos estes recursos didáticos de forma complementar e com
diferentes olhares científicos, em vertentes Biológicas, Físicas e Químicas são
de suma importância, pois estes podem facilitar a compreensão dos conceitos,
eventos, leis e teorias da Biologia, da Física e da Química.
Este trabalho tem como o objetivo apresentar uma proposta de projeto
que visa reunir e utilizar filmes e outros recursos audiovisuais nas três
disciplinas acima citadas, de forma interdisciplinar, além de introduzir a
iniciação científica no cotidiano escolar.
MÉTODO
Este trabalho está em desenvolvimento na Escola Estadual de Ensino
Médio Anexo São Felipe, localizada na BR 163, Km 14, na comunidade de
Cipoal, área rural do município de Santarém – Pará.
Os sujeitos envolvidos serão alunos do 1º a 3º ano do ensino Médio que
serão organizados em grupos independentes da sua série e turma. Está
atividade será desenvolvida a cada 15 dias, na sexta-feira à tarde, no período
de março a novembro de 2013.
O projeto será desenvolvido em quatro momentos distintos: a)
catalogação dos recursos audiovisuais; b) realização de sessões de cinema; c)
produção de relatos e d0 elaboração de um mini-filme. As atividades de
investigação serão orientadas a partir do conteúdo de ciência abordado nos
filmes.
a) Catalogação dos Recursos Audiovisuais – etapa já realizada
A busca pelos vídeos foi feita professores responsáveis pelo projeto no
site de busca do Google através da utilização de uma combinação de palavras-
chave apresentadas a seguir: Vídeos+Biologia “filmes”; Vídeos+Física “filmes”;
Vídeos+Química “filmes”.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Os vinte primeiros resultados de cada um dos conjuntos de palavras-
chave foram abertos, visualizados e triados de acordo com sua real relevância
com as palavras-chaves apresentadas. Em alguns casos, estes sites também
apresentavam links para outras bases de vídeos e estes também foram
acessados.
Os vídeos que foram indicados pelos artigos das páginas da web e as
bases que apresentavam uma relativa quantidade de vídeos didáticos para
download foram catalogados. A partir destes resultados foi construída uma
tabela com a lista das bases de vídeos didáticos, recursos audiovisuais
indicados, tipo de vídeo e os endereços eletrônicos da indicação.
b) Sessões de Cinema – etapa em fase de realização
Será realizada uma divulgação do projeto nas turmas do turno matutino
e logo em seguida será aberto para inscrição dos interessados em participar
onde serão realizados dois encontros mensais para exibição destes filmes.
Estes encontros serão realizados no contra turno do horário das aulas dos
alunos durante todo o ano letivo.
Ao final de cada um das sessões será feita discussão a respeito do tema
e conteúdos das disciplinas abordados no filme, com a participação dos
professores responsáveis e dos alunos. Depois da discussão os alunos
deverão elaborar um relato relacionando os conteúdos das disciplinas com os
acontecimentos observados no filme e suas dúvidas e curiosidades. Ao final do
encontro serão listados temas relacionados ao conteúdo de ciências abordado
no filme para serem feitas pesquisas bibliográficas pelos alunos para produção
de texto de aprofundamento a ser entregue no próximo encontro, de forma que
eles devem produzi de acordo com as regras cientificas, indicando
adequadamente as fontes.
c) Elaboração de Relatos – a ser realizada
Após cada sessão de filme os estudantes irão produzir um relato
composto de três seções: a) minhas percepções dos conteúdos de ciências
relacionados às cenas dos filmes, a ser produzido logo após a apresentação
do filme, b) minhas compreensões das discussões sobre o filme e c)
Minhas dúvidas e curiosidades: o que eu gostaria de saber mais sobre a
ciência presente nas cenas do filme, a serem produzidos após as discussões
sobre o filme. Do ultimo tópico os alunos irão realizar pesquisas para
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
produzirem um relato a ser entregue posteriormente, o qual deverá conter
explicações dos acontecimentos do filme com bases nos conteúdos de ciências
relacionados.
Após as discussões vivenciadas nos filmes e relacionadas com os temas
abordados na ciência os alunos deverão elaborar um relato expondo suas
opiniões e relações com os conteúdos das disciplinas, além de procurar discutir
situações e a relação com a sua realidade. Os relatos produzidos pelos alunos
servirão como material para avaliação e análise da atividade. Além de serem
orientadores para as discussões nos encontros e para elaboração do mini-
filme.
d) Elaboração de Mini-filmes – a ser realizada
No início do último bimestre do ano letivo os alunos serão reunidos em
grupos de quatro pessoas e estes terão de produzir um mini-filme. Estes filmes
devem está relacionados com um dos conteúdos da Biologia, da Física ou da
Química e de preferência o mesmo também deve está relacionado com a
realidade dos alunos. Os filmes produzidos por estes alunos serão exibidos no
último encontro do projeto e posteriormente para a comunidade na feira de
ciência da escola.
e) Investigação do processo ensino aprendizagem decorrentes das
atividades do projeto – a ser realizada
Nesta etapa será realizado um estudo tendo como material de análise o
conjunto de relatos produzidos pelos estudantes ao longo da execução do
projeto, bem como os mini-filmes produzidos, além de registros em diário de
pesquisa produzidos pelos professores. Desta etapa será produzido artigo
científico para publicação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Catalogação dos Recursos Audiovisuais total foram visitados 75
paginas, destas 12 apresentaram artigos com indicações de filmes, resultando
em um total de 245 indicações de recursos audiovisuais, sendo 191 recursos
diferentes, destes 157 recursos eram filmes, 17 documentário, 16 desenhos e
um debate. Os Filmes mais citados foram: Óleo de Lorenzo e Gattaca com seis
citações; The Day After, A Era do Gelo e A Ilha com cinco citações; A Guerra do
Fogo, Avatar, Um verdade Inconveniente e Wall-E Disney com quatro citações;
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
e 2001: Uma Odisséia no Espaço com três citações.
Nas buscas por bases onde se encontra filmes ou animações didáticas
para download nós encontramos um total de seis bancos de recursos sendo
elas Fundação Lemann, Youtube, Fotosearch, Portal do Professor, TV escola e
Dia a Dia Educação Paraná.
CONCLUSÃO
Esperamos com este trabalho oferecer aos alunos uma maneira
alternativa de estudar os conteúdos de Biologia, Física e Química. Esperamos
também mostra um conteúdo mais completo que rompam as barreiras da
fragmentação geradas pelo isolamento dos conteúdos nas disciplinas. Além
disso, acreditamos que essa proposta pode despertar nos alunos a curiosidade
e o interesse pelos conteúdos das ciências naturais possibilitando uma maior
compreensão e aprendizagem.
REFERENCIAS
MORAN, J.M. Desafios da Televisão e do vídeo à Escola. In: Integração das tecnologias da Educação. Secretaria de Educação à Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2005.
ROSA, P. R. S. O uso dos recursos audiovisuais e o ensino de ciências. Cad.Cat.Ens.Fís., v.17,N.1, p.33-49, 2000.
MAGARRÃO, T.; STRUCHINER, M.; GIANNELLA, T. Potencialidades pedagógicas dos audiovisuais para o Ensino de Ciências: Uma análise dos recursos disponíveis no Portal do Professor. III Encontro Nacional de Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente. Niterói – Rj. 2012.
QUINTINO, C. P.; RIBEIRO, K. D. F. A utilização de filmes no processo de ensino aprendizagem de Química no Ensino Médio. XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV ENEQ) – Brasília – DF, 2010.
CUNHA, M., B., GIORDAN, M. A imagem da ciência no Cinema. Química Nova Na Escola. Vol. Nº 1. 2009.
OLIVIERA, B. J. Cinema e imaginário científico. História, Ciências, Saúde – Manguinhos. Vol. 3. 2006.
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
LISTA DE INSCRITOS NO EVENTO
NOME INSTITUIÇÃO/INSTITUTO/CURSOAbigail Pinto do Carmo UFOPA/ICED/Matemática e FísicaAlda Patrícia Pereira Bentes da Silva UFOPA/ICSAldomiro Cardoso Baranda UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IAlzenira da Silva Leão UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IIAna Augusta Campos Cardoso UFOPA/ICED/Biologia e Química-PARFORAna Claudia Vasconcelos UFOPA/ICED/PedagogiaAna Cristina Gama de Sousa Professora-Química e MatemáticaAna Mary Linz Leal E.E.E. F. M. Plácido de Castro Andria Raiane Coelho Campos UFOPA/ICED/Física AmbientalAniele Domingas Pimentel Colégio Santa ClaraAnniê da Silva Farias UFOPA/ICED/PedagogiaBianca Paiva do CarmoBruno Gomes da Silva UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaCarlos Eduardo Alves da Silva UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar I
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Carlos Rafael Melo Dezinocurt UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaCelson Soares da Silva Junior UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IICleberson Eduardo Santos de Oliveira UFPA/Ciências NaturaisCleiton Xavier Bentes UFOPA/ICED/Física AmbientalDaiandra Monica Guimarães UFOPA/ICED/Física AmbientalDaiane Araújo Gomes UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaDarling Gomes de Albuquerque UFOPA/ICED/Matemática e Física-PARFORDarlison Guto Travassos de Sousa UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaDiego de Andrade Silva UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IIDione Ferreira da Silva UFOPA/ICED/Física AmbientalDorian Silva Ferreira UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaEder Alberto Soares Sousa E. E. E. F. M. Pedro Álvares CabralEdicléia da Frota Pereira UFPA/MatemáticaEdna Xavier Bentes UFOPA/ICED/LetrasEliane Cristina Mota de Carvalho UFOPA/ICED/Matemática e FísicaElias Sousa Leitão UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IEliúde Sousa Ferreira UFOPA/IEG/GeologiaEloídes de Sousa Melo UFOPA/ICED/Física AmbientalErica Baia Miranda SEDUC/MatemáticaEvely Amanda Bernardo de Sousa E. M. E. F. Aderbal Caetano Tapajós CorreaFabiane Miranda da Silva UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IFabíola Carolina Pereira Valente UFOPA/ICED/Física AmbientalFrancinézia Pinho da Silva UFOPA/ICED/Física AmbientalGecinara Almeida Godinho UNIUBE/MatemáticaGenerson Luiz Cardoso Pereira UFOPA/ICED/Física AmbientalGilmar Cardoso de Noronha Professor-Matemática e FísicaGilmara da Mota Avinte Santos UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IIGlória Maria Mousinho Batista UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IHabib Albarado Bentes UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IHudson Douglas Lemos Lopes UFOPA/ICED/Física AmbientalIata Anderson Ferreira de Araujo UFOPA/ CFI/EspecializaçãoJaneclissir da Silva Rodrigues UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaJanelson Nogueira Xavier UFOPA/ICED/Física AmbientalJessica Carine N. de Matos UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IJéssica da Silva Sá UFOPA/ICED/Física AmbientalJéssica Macêdo Parente UFOPA/ICED/Física AmbientalJonas da Paz Aguiar Escola São José e Escola São FelipeJonison Vasconcelos de Sousa UFOPA/ICED/Física AmbientalJoscinete Tângara Santos da Silva UFOPA/ CFI/ICED/Formação Interdisciplinar IIJosé Castro Figueira Costa UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IIJosilena Monte Couto UFOPA/ICED/Matemática e Física-PARFORJuliana da Silva Galvão UFOPA/IBEFLarissa Talline de Macedo Nonato UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar ILauriane Jamra Freitas dos Santos UFOPA/ICED/Física AmbientalLeandro Pinto Pedroso UFOPA/ICED/Física AmbientalLeandro Portela de Aguiar UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaLeidiane Lima da Silva UFOPA/IEGLeidiane Sousa Ferreira
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Leniane PagleiariLidiane Baia Miranda UFOPA/ICED/Física AmbientalLísley Castelo da Silva UFOPA/ICED/Física AmbientalLissa Nareli dos Reis Portela UFOPA/LAPMATLuan Jorge Rufino UFOPA/ICED/Matemática e FísicaLuciana Monteiro Pacheco UFOPA/CFI - Pós-GraduaçãoLuciane Sousa Nascimento UFOPA/ICED/Física AmbientalLuciena dos Santos Ferreira UFOPA/ICED/Física AmbientalLuciene Campos de Lima Professora - Ciências BiológicasLuciene Pereira Paiva UFOPA/ICED/Matemática e FísicaMaik Fabrício da Silva UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IMaira Rosane Santos de Souza UFOPA/ICED/LetrasMarcilene Lima Aguiar UFOPA/ICED/Matemática e Física-PARFORMárcio Jonathan Soares Lima UFOPA/IEGMarcos André da Cruz Cota E. E. E. F. M. Madre ImaculadaMaria Cecília Colares Lima ProfessoraMaria da Conceição Pereira do Nascimento
UFOPA/Mestrado
Maria Regina Bentes Góes Professora - Ciências BiológicasMaria Ruth Martins da Silva Licenciada PedagogiaMaria Selma Pereira Nascimento da Silva
Professora - SEMED
Maria Socorro da Silva Ribeiro UFOPA/ICED/Matemática e Física-PARFORMariane Vieira Correa UFOPA/ICED/Física AmbientalMauro Mártires Cordeiro da Cruz UFOPA/ICED/Física AmbientalMayan Fernandes Costa UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IMessias Viana Branches UFOPA/ICED/Matemática e FísicaMoisés Gabriel de Sousa Santos Professor - SEMEDNacife Sousa da Silva UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar INaiane da Silva Santana UFOPA/ICED/Física AmbientalNaila Simone Pereira de Queiróz UFOPA/ICED/Matemática e Física-PARFORNatânia Carla de Melo Araújo UFOPA/ CFI/IEGNayara Ramires Mota de Sousa UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IOcileide Viana Soares UFOPA/ICED/BiologiaOneide Nunes Moita E. E. E. F. M. José de AlencarPatrícia Lima Nascimento UFOPA/IBEFRaimunda Martins de Lima ULBRA/PedagogiaRaimunda Salvia Celestina da Cruz UFOPA/ICED/Física AmbientalRaissa Leite de Oliveira Aguiar UFOPA/ICED/MatemáticaRelyane Pauper Lima da Silva UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaRenata Gabrielly da Silva Batista UFOPA/ICED/Física AmbientalRilza de Oliveira Pereira Professora - MatemáticaRodrigo Jacomozzi de Bem UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IRodrigo Martins da Silva UFOPA/ICED/Matemática e FísicaRodrigo Medeiros UFOPA/ICED/Matemática-ProfessorRogério Ribeiro de Souza UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaRubens Silvaney Maia da Silva Escola São José e Escola São FelipeSamela Patrícia Rodrigues Pires UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaSamuel Sousa de Lima UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar I
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Saulo de Almada Gomes UFOPA/ICED/Física AmbientalSebastião Diego Cardoso dos Santos UFOPA/IEGSergio de Sousa Martins UFOPA/ICED/Física AmbientalSidney de Vasconcelos Santana UNIP/PedagogiaSymone Palheta Costa E. E. E. F. M. Álvaro Adolfo da SilveiraThais Freitas Dill UFOPA/ICED/Física AmbientalTiago Ribeiro UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaValéria Coelho Marques UFOPA/CFI/EspecializaçãoVanessa Maciel Fernandes UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaVyllian Nonato Coelho de Sousa UFOPA/ICED/Física AmbientalWalmir Alves dos Santos UFOPAWillian Soares da Silva UFOPA/ICED/Física Ambiental
PROGRAMAÇÃO DOS MINICURSOS E OFICINA
Minicurso 1 – “Análise de conteúdo na pesquisa em ensino de Ciências e Matemática”
Prof. Dr. Licurgo Peixoto de Brito (UFPA/Belém)
Horário: 16h15 às 18h45
Resumo:
Inscritos:
NOME INSTITUIÇÃO/INSTITUTO/CURSOAndria Raiane Coelho Campos UFOPA/ICED/Física AmbientalBianca Paiva do Carmo
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Bruno Gomes da Silva UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaCarlos Eduardo Alves da Silva UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar ICláudia Silva de Castro UFOPA/ICED/Física Ambiental-ProfessoraCleberson Eduardo Santos de Oliveira UFPA/Ciências NaturaisDaiane Araújo Gomes UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaDércio Pena Duarte UFOPA/ CFI/ProfessorDorian Silva Ferreira UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaEdicléia da Frota Pereira UFPA/MatemáticaFabíola Carolina Pereira Valente UFOPA/ICED/Física AmbientalGenerson Luiz Cardoso Pereira UFOPA/ICED/Física AmbientalHudson Douglas Lemos Lopes UFOPA/ICED/Física AmbientalIata Anderson Ferreira de Araujo UFOPA/ CFI/EspecializaçãoJaneclissir da Silva Rodrigues UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaJéssica Macêdo Parente UFOPA/ICED/Física AmbientalJonas da Paz Aguiar Escola São José e Escola São FelipeJonison Vasconcelos de Sousa UFOPA/ICED/Física AmbientalLeniane PagleiariLidiane Baia Miranda UFOPA/ICED/Física AmbientalLísley Castelo da Silva UFOPA/ICED/Física AmbientalMarcos André da Cruz Cota E. E. E. F. M. Madre ImaculadaMaria Cecília Colares Lima ProfessoraMaria Selma Pereira Nascimento da Silva
Professora - SEMED
Mauro Mártires Cordeiro da Cruz UFOPA/ICED/Física AmbientalMessias Viana Branches UFOPA/ICED/Matemática e FísicaOcileide Viana Soares UFOPA/ICED/BiologiaRelyane Pauper Lima da Silva UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaRubens Silvaney Maia da Silva Escola São José e Escola São FelipeSamuel Sousa de Lima UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IThais Freitas Dill UFOPA/ICED/Física AmbientalValéria Coelho Marques UFOPA/CFI/EspecializaçãoVyllian Nonato Coelho de Sousa UFOPA/ICED/Física AmbientalWilliam Soares da Silva UFOPA/ICED/Física Ambiental
Minicurso 2 – “Diferentes perspectiva da Aprendizagem Significativa”
Ministrante: Prof. Ms. Glauco Cohen Ferreira Pantoja (UFOPA)
E-mail: [email protected]
Público alvo: Professores das Ciências e Matemática do ensino fundamental e médio, estudantes de licenciatura e outros interessados.
Local: R2 Carga horária: 2,5h Data: 23/03/2013 Início: 16h15min Término: 18h45min
OBJETIVOS:
Geral:
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Apresentar as visões de Aprendizagem Significativa e discutindo a forma pelas
quais elas se complementam
Específicos:
Apresentar a ideia geral da Aprendizagem Significativa como interação entre
conhecimento prévio e conhecimento a ser aprendido
Discutir a ideia de Aprendizagem Significativa como constituindo o mecanismo
humano por excelência para aquisição longeva de conteúdos
Apontar diferenças entre as visões de Aprendizagem e como elas incorporam o
significado em sua formulação
EMENTA:
Visões de aprendizagem de: David Ausubel (Clássica), Joseph Novak
(Humanista), Gèrard Vergnaud (Campos Conceituais), Johnson-Laird (Modelos
Mentais).
REFERÊNCIAS:
Ausubel, D., Novak, J. e Hanesian, H. (1980). Psicologia Educacional.
Interamericana.
Ausubel, D. (2000). Aquisição e retenção de conhecimento. Kluwer
Academic Press.
Lemos, E. (2011). A teoria da aprendizagem significativa e sua relação
com o ensino e com a pesquisa sobre o ensino. Aprendizagem
Significativa em Revista. v.1., n.3.
Johnson-Laird, P. (1980). Mental Models in Cognitive Science. Cognitive
Science.
Moreira, M.A. (1996). Modelos Mentais. Investigações em Ensino de
Ciências. v.1., n.3.
Moreira, M.A. (2002). A teoria dos campos conceituais de Vergnaud, o
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
ensino de ciências e a pesquisa nesta área. v.7., n.1.
Moreira, M.A. (2002). Além da detecção de modelos mentais dos
estudantes. Uma proposta representacional integradora. v.7., n.1.
Moreira, M.A. (2011). Aprendizagem significativa: um conceito
subjacente. Aprendizagem Significativa em Revista. v.1, n.3.
Moreira, M.A. (2011). Unidades de enseñanza potencialmente
significativas – UEPS. v.1., n.2.
Novak, J.D. (1981). Uma teoria de educação. São Paulo, Pioneira.
Tradução de M.A. Moreira do original A theory of education. Ithaca, NY,
Cornell University Press, 1977.
Novak, J.D.; Gowin, D.B. (1996). Aprender a aprender. Lisboa, Plátano
Edições Técnicas. Tradução para o português de Carla Valadares, do
original Learning how to learn.
Novak, J. (2011). A theory of education: meaningful learning underlies
the constructive integration of thinking, feeling, and acting leading to
empowerment for commitment and responsibility. Aprendizagem
Significativa em Revista. v.1.n.2.
Valadares, J. (2011). A teoria da aprendizagem significativa como teoria
construtivista. Aprendizagem Significativa em Revista. v.1. n.1.
Vergnaud, G. (2012). Forme operatoire et forme predicative de la
connaissance. Investigações em Ensino de Ciências. v.17 n.2.
Inscritos:
NOME INSTITUIÇÃO/INSTITUTO/CURSOAlzenira da Silva Leão UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IIAna Claudia Vasconcelos UFOPA/ICED/PedagogiaAna Mary Linz Leal E.E.E. F. M. Plácido de Castro Anniê da Silva Farias UFOPA/ICED/PedagogiaCelson Soares da Silva Junior UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IICleiton Xavier Bentes UFOPA/ICED/Física AmbientalEder Alberto Soares Sousa E. E. E. F. M. Pedro Álvares CabralEliane Cristina Mota de Carvalho UFOPA/ICED/Matemática e Física
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Eliúde Sousa Ferreira UFOPA/IEG/GeologiaEloídes de Sousa Melo UFOPA/ICED/Física AmbientalGilmara da Mota Avinte Santos UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IIHabib Albarado Bentes UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IJanelson Nogueira Xavier UFOPA/ICED/Física AmbientalJoscinete Tângara Santos da Silva UFOPA/ CFI/ICED/Formação Interdisciplinar IILarissa Talline de Macedo Nonato UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar ILauriane Jamra Freitas dos Santos UFOPA/ICED/Física AmbientalLeandro Pinto Pedroso UFOPA/ICED/Física AmbientalLeandro Portela de Aguiar UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaLeidiane Lima da Silva UFOPA/IEGLeidiane Sousa FerreiraLuciane Sousa Nascimento UFOPA/ICED/Física AmbientalLuciene Campos de Lima Professora - Ciências BiológicasMaira Rosane Santos de Souza UFOPA/ICED/LetrasMaria da Conceição Pereira do Nascimento
UFOPA/Mestrado
Maria Regina Bentes Góes Professora - Ciências BiológicasMayan Fernandes Costa UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IMoisés Gabriel de Sousa Santos Professor - SEMEDNacife Sousa da Silva UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IPatrícia Lima Nascimento UFOPA/IBEFRenata Gabrielly da Silva Batista UFOPA/ICED/Física AmbientalRogério Ribeiro de Souza UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaSaulo de Almada Gomes UFOPA/ICED/Física AmbientalSidney de Vasconcelos Santana UNIP/PedagogiaSymone Palheta Costa E. E. E. F. M. Álvaro Adolfo da Silveira
Oficina – “Aprendendo Equações do 1º grau com materiais concretos”
Ministrante: Prof.ª Ms. Angélica Francisca de Araújo (UFOPA)
E-mail: [email protected]
Público Alvo: Professores das Ciências e Matemática do ensino fundamental e médio, estudantes de licenciatura e outros interessados.
Local: sala R10 (Campus Rondon) Carga Horária: 2,5h Data: 23/03/2013 Início: 16h15min Término: 18h45min
OBJETIVOS:
Gerais:
Usar o material concreto para modelar e resolver equações de 1º grau;
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Ampliar os conhecimentos do que seja resolver uma equação de 1º grau;
Perceber a importância de trabalhar matemática de forma cooperativa a fim de formar sujeitos mais autônomos e competentes no que diz respeito ao fazer matemático.
Específicos:
Trabalhar uma proposta diferenciada relacionada a solução de equações de 1º grau;
Perceber que o uso das estratégias de cálculo criadas pelos alunos, favorece uma melhor relação deles com os conteúdos matemáticos e uma maior autonomia intelectual;
Valorizar a cooperação e troca de pontos de vista entre os participantes a fim de construir um nível mais elevado de raciocínio;
Perceber que a discussão de diferentes raciocínios corretos ou incorretos possibilitam avanço cognitivo;
EMENTA:
Área de figuras planas. Soma e subtração de monômios e binômios. Princípio Aditivo e Princípio Multiplicativo.
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Uma folha de papel ofício e material que será distribuído aos cursistas.
REFERÊNCIAS:
MARINCEK, Vânia (org.). Aprender Matemática Resolvendo Problemas. Série Cadernos da Escola da Vila. Porto Alegre, Artes Médicas, 2001.
BIGODE, Antônio José Lopes. Matemática Hoje é Feita Assim. Coleção Matemática Hoje é Feita Assim – 7º ano. São Paulo. FTD, 2000.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC, 1997.
Inscritos:
NOME INSTITUIÇÃO/INSTITUTO/CURSO
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Tema: Possibilidades e desafios para o ensino de ciências e matemática na educação básica
Alda Patrícia Pereira Bentes da Silva UFOPA/ICSAniele Domingas Pimentel Colégio Santa ClaraDaiandra Monica Guimarães UFOPA/ICED/Física AmbientalDarling Gomes de Albuquerque UFOPA/ICED/Matemática e Física-PARFORDiego de Andrade Silva UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IIDione Ferreira da Silva UFOPA/ICED/Física AmbientalEdna Xavier Bentes UFOPA/ICED/LetrasErica Baia Miranda SEDUC/MatemáticaEvely Amanda Bernardo de Sousa E. M. E. F. Aderbal Caetano Tapajós CorreaFabiane Miranda da Silva UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IFrancinézia Pinho da Silva UFOPA/ICED/Física AmbientalGecinara Almeida Godinho UNIUBE/MatemáticaJessica Carine N. de Matos UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IJosilena Monte Couto UFOPA/ICED/Matemática e Física-PARFORLeidiane Lima da Silva UFOPA/IEGLissa Nareli dos Reis Portela UFOPA/LAPMATLuan Jorge Rufino UFOPA/ICED/Matemática e FísicaLuciena dos Santos Ferreira UFOPA/ICED/Física AmbientalLuciene Pereira Paiva UFOPA/ICED/Matemática e FísicaMárcio Jonathan Soares Lima UFOPA/IEGMaria Ruth Martins da Silva Licenciada PedagogiaMariane Vieira Correa UFOPA/ICED/Física AmbientalNaiane da Silva Santana UFOPA/ICED/Física AmbientalNaila Simone Pereira de Queiróz UFOPA/ICED/Matemática e Física-PARFORNatânia Carla de Melo Araújo UFOPA/ CFI/IEGNayara Ramires Mota de Sousa UFOPA/ CFI/Formação Interdisciplinar IRaimunda Salvia Celestina da Cruz UFOPA/ICED/Física AmbientalRaissa Leite de Oliveira Aguiar UFOPA/ICED/MatemáticaRilza de Oliveira Pereira Professora - MatemáticaRodrigo Medeiros UFOPA/ICED/Matemática-ProfessorSebastião Diego Cardoso dos Santos UFOPA/IEGTiago Ribeiro UFOPA/ICED/Biologia e QuímicaWalmir Alves dos Santos UFOPA
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