LIVRO DE RESUMOS
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ndice | Table des matires
Introduo | Introduction 4
Programa | Programme 6
Conferncias | Confrences
Conferncia I | Confrence I 10
Conferncia II | Confrence II 13
Conferncia III | Confrence III 14
Conferncia IV | Confrence IV 16
Mesas-redondas | Tables rondes
Mesa-redonda I | Table ronde I 19
Mesa-redonda II | Table ronde II 21
Mesa-redonda III | Table ronde III 26
Atelis | Ateliers
Atelis 1 | Ateliers 1 29/01, 16:30 18:00 32
Atelis 2 I Ateliers 2 30/01, 08:30 10:00 133
Atelis 3 I Ateliers 3 30/01, 10:00 11:30 229
Atelis 4 I Ateliers 4 30/01, 14:00 15:30 328
Atelis 5 I Ateliers 5 31/01, 08:30 10:00 431
Apoios | Supports 532
LIVRE DU COLLOQUE
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ndice | Table des matires
Introduo | Introduction 4
Programa | Programme 6
Conferncias | Confrences
Conferncia I | Confrence I 10
Conferncia II | Confrence II 13
Conferncia III | Confrence III 14
Conferncia IV | Confrence IV 16
Mesas-redondas | Tables rondes
Mesa-redonda I | Table ronde I 19
Mesa-redonda II | Table ronde II 23
Mesa-redonda III | Table ronde III 28
Atelis | Ateliers
Atelis 1 | Ateliers 1 29/01, 16:30 18:00 36
Atelis 2 I Ateliers 2 30/01, 08:30 10:00 137
Atelis 3 I Ateliers 3 30/01, 10:00 11:30 234
Atelis 4 I Ateliers 4 30/01, 14:00 15:30 338
Atelis 5 I Ateliers 5 31/01, 08:30 10:00 442
Apoios | Supports 544
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Introduo | Introduction
A avaliao uma prtica presente em todos os domnios da actividade Humana, atravs de
processos conscientes, intencionais, organizados e delimitados temporalmente, mas tambm
por meio de processos difusos, pouco estruturados e visveis, na pluralidade de tempos e
espaos da aco quotidiana. Nos domnios da educao e da formao, as ltimas dcadas
foram marcadas pelo aumento de visibilidade do campo da avaliao, tendncia concomitante
com a sua formalizao, tecnicizao e profissionalizao. A diversidade de prticas, de
actores, de destinatrios, de contextos, de abordagens, de metodologias e de instrumentos,
tornaram o campo da avaliao muito complexo, dando origem a problemas de delimitao, a
tenses, mas tambm a influncias mtuas entre o campo tcnico e cientfico da avaliao.
O campo da avaliao est intrinsecamente associado atribuio de juzos de valor, que
permitem julgar, provar, decidir e orientar a aco futura, neste sentido, atravessado por
dimenses ticas e deontolgicas, sendo importante uma vigilncia crtica permanente. A
avaliao em educao e formao ao estabelecer relaes entre as situaes existentes e as
idealizadas ou desejveis, para alm da questo dos meios, dos processos, dos resultados, das
metodologias e dos modos de trabalho pedaggico, coloca-nos na senda das finalidades da
aco educativa e formativa, ou seja, no seu mago.
Por outro lado, as polticas e prticas de avaliao estruturam-se num espao ideolgico
marcado por tenses e ambivalncias, geradas, num contnuo, entre dois polos: o polo da
regulao no sentido do controlo, da seleco e da adaptao, e o polo do desenvolvimento
individual e colectivo, orientado para a mudana de prticas e emancipao. Neste sentido, a
investigao pode contribuir para a consolidao epistemolgica, terica, metodolgica, tica
e deontolgica do campo da avaliao, numa linha de questionamento, de reflexo e anlise
crtica, o que se afigura essencial para aumentar a lucidez sobre a complexidade, diversidade e
ambivalncia das polticas e prticas de avaliao em educao e formao.
Eixos estruturantes da reflexo e debate
Avaliao de Polticas, Programas e Projectos em Educao e Formao
Avaliao de Organizaes e de Desempenho
Avaliao de Aprendizagens e de Competncias
Avaliao dos Actores e dos Processos de Formao
Avaliao da Investigao
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Conselho Cientfico | Conseil Scientifique
Albertina Oliveira | Universidade de Coimbra
Ana Paula Caetano | Universidade de Lisboa
ngela Rodrigues | Universidade de Lisboa
Belmiro Cabrito | Universidade de Lisboa
Crmen Cavaco | Universidade de Lisboa
Christiane PeyronBonjan | Universidade de Aix-Marselha
Ftima Antunes | Universidade do Minho
Fernando Albuquerque Costa | Universidade de Lisboa
Fernando Sabiron | Universidade de Zaragoza
Gaston Mialaret | Universidade de Caen
Isabel Freire | Universidade de Lisboa
Isabel Lopes Silva | Universidade do Minho
Joo Caramelo | Universidade do Porto
Joo Pedro da Ponte | Universidade de Lisboa
Joo Pinhal | Universidade de Lisboa
Jos Alberto Correia | Universidade do Porto
Jos Carlos Bravo Nico | Universidade de vora
Licnio Lima | Universidade do Minho
Lise Bessette | Universidade do Quebec (Montreal)
Luc Jamet | AFIRSE
Lus Alcoforado | Universidade de Coimbra
Manuela Esteves | Universidade de Lisboa
Maria Joo Mogarro | Universidade de Lisboa
Maria Moumoulidou | Universidade de Thrace
Maria Salonilde Ferreira | Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Mariana Alves | Universidade Nova de Lisboa
Marilene Corra Freitas | Universidade Federal do Amazonas
Marjolaine St-Pierre | Universidade do Qubec (Montreal)
Natlia Alves | Universidade de Lisboa
Olivier Meunier | Universidade d'Artois
Patricia Ducoing | Universidade Nacional do Mxico
Patrcia Rosado Pinto | Universidade Nova de Lisboa
Patrick Boumard | Universidade de Brest
Paula Guimares | Universidade de Lisboa
Rosanna Barros | Universidade do Algarve
Rui Canrio | Universidade de Lisboa
Sonia Constantin | Universidade de Saint-Joseph
Veronique Attias | Universidade de Paris XII Val de Marne
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Programa | Programme
Quinta-Feira, 29 de janeiro / jeudi 29 janvier
08:30 09:00 | Abertura do secretariado / Ouverture du secrtariat 09:00 10:30 | Sesso de abertura / Sance douverture
Ser presidida pelo Senhor Vice Reitor da Universidade de Lisboa, Professor Doutor Antnio Feij e ir contar com a presena dos Senhores Reitor Honorrio da Universidade de Lisboa, Professor Doutor Antnio Nvoa; Director do Instituto de Educao da Universidade de Lisboa, Professor Doutor Joo Pedro da Ponte; Director da Faculdade de Psicologia, Professor Doutor Lus Curral; Presidente da AFIRSE Internacional, Professor Doutor Louis Marmoz e Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Cincias da Educao, Professor Doutor Jos Carlos Morgado Prside par Monsieur le Vice-Prsident de l'Universit de Lisbonne, Professeur Antnio Feij et comptera sur la prsence des Messieurs le Prsident Honoraire de l'Universit de Lisbonne, Professeur Antnio Nvoa; le Directeur de l'Institute d'ducation de l'Universit de Lisbonne, Professeur Joo Pedro da Ponte; le Directeur de la Facult de Psychologie, Professeur Lus Curral; le Prsident de l'AFIRSE International, Professeur Louis Marmoz et le Vice-prsident de la Socit Portugaise des Sciences de L'ducation, Professeur Jos Carlos Morgado
10:30 11:30 | CONFERNCIA I / CONFRENCE I
Para Uma Nova E Inovadora Avaliao Das, E Para As, Aprendizagens: Questes E Reflexes Tericas e Prticas Vers une nouvelle et innovatrice valuation des et pour les apprentissages: questions et rflexions thoriques et pratiques Domingos Fernandes Universidade de Lisboa Apresentao/Prsentation: Carmen Cavaco Universidade de Lisboa
11:30 12:00 | Pausa / Pause 12:00 13:00 | CONFERNCIA II / CONFRENCE II
Investigao e Avaliao: Encontros e Ambiguidades Recherche et Evaluation: Rencontres et Ambiguts Louis Marmoz Universit de Versailles St Quentin en Yvelines Apresentao/Prsentation: Maria Teresa Estrela Universidade de Lisboa
13:00 14:30 | Almoo / Djeuner
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14:30 16:00 | MESA-REDONDA I / TABLE RONDE I
Avaliao de escolas e de professores Evaluation dcoles et de professeurs Pedro Rodrigues Universidade de Lisboa Cely Nunes Universidade de Lisboa Despina Tsakiris - University of Peloponnese Moderao/Modration: Lusa Cerdeira Universidade de Lisboa
16:00 17:30 | Pausa / Pause 16:30 18:00 | ATELIS 1 / ATELIERS 1 18:15 19:30 | Apresentao de livros / Prsentation de livres
Sexta-Feira, 30 de janeiro / jeudi 30 janvier
08:30 10:00 | ATELIS 2 / ATELIERS 2 10:00 11:30 | ATELIS 3 / ATELIERS 3 11:30 12:00 | Pausa | Pause 12:00 13:00 | CONFERNCIA III / CONFRENCE III
Uma tipologia das polticas de avaliao e de responsabilizao das escolas e dos profissionais de educao: da instrumentao aos desafios Une typologie des politiques dvaluation et de responsabilisation des coles et professionnels de lducation : de linstrumentation aux enjeux Christian Maroy Universit de Montral Apresentao/Prsentation: Joo Barroso Universidade de Lisboa
13:00 14:00 | Almoo / Djeuner 14:00 15:30 | ATELIS 4 / ATELIERS 4 15:30 15:45 | Pausa / Pause 15:45 17:15 | MESA-REDONDA II / TABLE RONDE II
Avaliao das aprendizagens Evaluation des apprentissages Margarida Serpa Universidade dos Aores Borhene Chakroun UNESCO Lise Bessette Universit du Qubec Montral
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Moderao/Modration: Patrcia Rosado Pinto Universidade Nova de Lisboa
17:15 19:00 | Assembleia Geral da AFIRSE / Assemble gnrale de lAFIRSE 20:00 | Jantar do Colquio / Dner convivial
Sbado, 31 de janeiro / samedi 31 janvier
08:30 10:00 | ATELIS 5 / ATELIERS 5 10:00 11:00 | CONFERNCIA IV / CONFRERENCE IV
Questionamentos epistemolgicos sobre a avaliao : entre tecnicidade e teorizao Questionnements pistmologiques sur l'valuation : entre technicit et thorisation Gerard Figari Professeur mrite Apresentao/Prsentation: Pedro Rodrigues Universidade de Lisboa
11:00 11:30 | Pausa / Pause 11:30 13:00 | MESA-REDONDA III / TABLE RONDE III
Avaliao de polticas e sistemas educativos Evaluation de politiques et systmes ducatives Joo Formosinho Universidade do Minho Sylvie Didou Centro de Investigacin y de Estudios Avanzados del Instituto Politcnico Nacional - Mxico Marilene Corra de Freitas Universidade Federal do Amazonas Moderao/Modration: Joo Pinhal Universidade de Lisboa
13:00 14:00 | Sesso de encerramento / Sance de clture
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CONFERNCIAS
CONFRENCES
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Conferncias | Confrences
Conferncia I | Confrence I
Para Uma Nova E Inovadora Avaliao Das, E Para As, Aprendizagens: Questes E Reflexes
Tericas e Prticas | Pour une nouvelle et innovatrice valuation des et pour les
apprentissages: questions et rflexions thoriques et pratiques
Domingos Fernandes | Universidade de Lisboa
Quase quarenta anos aps a realizao do incontornvel Colquio realizado na Universidade
de Genve, continuam a persistir dificuldades em investir consequentemente numa avaliao
que esteja ao servio das aprendizagens e que, por isso, ajude os alunos a aprender. Aquele
Colquio e as reflexes a produzidas, marcaram indelevelmente o desenvolvimento da
investigao, das teorias e das prticas no domnio da avaliao pedaggica e, em particular,
da avaliao formativa. As suas Atas (Allal, Cardinet e Perrenoud, 1979), que acabaram por ser
publicadas em Portugal em 1986, contriburam de forma decisiva para questionar e repensar
perspectivas de investigao, procedimentos metodolgicos e prticas pedaggicas. Rompeu-
se com vises curriculares, do ensino, das aprendizagens e da avaliao que, at ento, se
inspiravam na psicologia associacionista, no behaviourismo, nas teorias da eficincia social e
da medida cientfica. Clarificaram-se e aprofundaram-se os conceitos de avaliao formativa e
de avaliao sumativa, de diferenciao pedaggica e de regulao.
Apesar dos progressos observados nestas quatro ltimas dcadas, a verdade que a
investigao tem mostrado que a avaliao para as aprendizagens, a avaliao formativa, no
faz parte das prticas de avaliao e das rotinas pedaggicas da maioria das salas de aula.
Muitas tm sido as razes aduzidas para nos ajudar a compreender esta realidade (e.g.,
polticas educativas, formao dos professores, presso das avaliaes externas). No entanto,
talvez tenham sido pouco discutidas questes mais relacionadas com a teoria, ela mesma,
assim como com os mtodos e prticas de investigao e ainda com as prticas docentes nas
salas de aula. Num certo sentido, eu diria que, muito provavelmente, estaremos a precisar de
um novo Colquio como o que se realizou na Universidade de Genve em 1978!
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Dificilmente se podero fazer progressos assinalveis num domnio to intrinsecamente
pedaggico como o da avaliao, sem investigar as suas relaes com a aprendizagem, com o
ensino e com as dinmicas e ambientes existentes nas salas de aula. A compreenso e a
conceptualizao destas relaes, a construo terica, relevante para que se possam
melhorar as prticas, nomeadamente atravs de tarefas que possam ser utilizadas para
aprender, para avaliar e para ensinar. A verdade que, em geral, estes trs processos tm sido
investigados de forma isolada e, por isso, no tem sido fcil definir as suas relaes, nem
contribuir para que se construa uma viso mais holstica, integrada e dinmica das realidades
da aprendizagem, da avaliao e do ensino.
neste quadro que decidi fazer uma reflexo acerca de algumas questes crticas relacionadas
com o problema de articular a avaliao com a aprendizagem, com o ensino e com uma
diversidade de elementos que acompanham necessariamente estes processos (e.g,
conhecimentos e concepes dos professores; interaces sociais nas salas de aula; feedback).
A reflexo realizada permitiu produzir consideraes acerca da necessidade de integrar as
teorias da aprendizagem, da avaliao e do ensino; de pensar a avaliao que se faz nas salas
de aula como uma questo eminentemente pedaggica e didctica; e de explorar outras
racionalidades metodolgicas e epistemolgicas nos processos de investigao.
Allal, L., Cardinet, J. e Perrenoud, Ph. (1979). Lvaluation formative dans un enseignement
diffrenci. (Actes du coloque lUniversit de Genve, Mars 1978.) Berne: Peter Lang.
Prs de 40 ans sont passs sur l'incontournable Colloque ralis l'Universit de Genve et
subsistent encore des difficults en ce qui concerne les vrais engagements pour une valuation
qui soit au service des apprentissages, une valuation qui aiderait les lves apprendre. Ce
Colloque-l et les rflexions y menes ont marqu profondment le dveloppement de la
recherche, des thories et des pratiques dans le domaine de l'valuation pdagogique et, en
particulier, de l'valuation formative. Les actes (Allal, Cardinet e Perrenoud, 1979), publies au
Portugal en 1986, ont contribu de faon dcisive questionner et repenser les perspectives
de recherche, les procds mthodologiques et les pratiques pdagogiques. Il y a eu une
rupture avec des reprsentations curriculaires, de l'enseignement, des apprentissages et de
l'valuation qui s'inspiraient jusqu'alors de la psychologie associationniste, du
comportementalisme, des thories de l'efficience sociale et de l'action scientifique. Les
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concepts d'valuation formative et d'valuation sommative, de diffrenciation pdagogique et
de rgulation se sont clarifis et approfondis.
Malgr les progrs observs pendant les quatre dernires dcennies, la recherche a montr
que l'valuation pour les apprentissages, l'valuation formative, ne fait pas partie des
pratiques, voire des routines pdagogiques dans la majorit des salles de classe. Les raisons
voques pour nous aider comprendre cette ralit sont plusieurs (e.g., politiques
d'ducation, formation d'enseignants, pression des valuations externes). Nanmoins, il se
peut que les questions lies la thorie elle mme, aussi bien que les mthodes et les
pratiques de recherche ou encore les pratiques pdagogiques en salle de classe n'aient pas t
suffisamment discutes. Dans un sens, je dirais que, trs probablement, nous avons besoin
d'un Colloque comme celui qui a eu lieu l'Universit de Genve en 1978 !
Tel est le cadre dans lequel j'ai rflchi sur certaines questions critiques relatives au problme
de lier l'valuation l'apprentissage, l'enseignement et une multiplicit d'lments qui
accompagnent ces procds (e.g., savoirs et conceptions des enseignants ; interactions
sociales en salle de classe ; feedback). La rflexion mene a permis de formuler des remarques
sur la ncessit d'intgrer les thories de l'apprentissage, de l'valuation et de l'enseignement;
sur le besoin de penser l'valuation pratique dans les salles de classe comme une question
minemment pdagogique et didactique ; et sur l'intrt d'exploiter d'autres rationalits
mthodologiques et pistmologiques dans les processus de recherche
Allal, L., Cardinet, J. e Perrenoud, Ph. (1979). Lvaluation formative dans un enseignement
diffrenci. (Actes du colloque lUniversit de Genve, Mars 1978.) Berne: Peter Lang.
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Conferncia II | Confrence II
Investigao e Avaliao: encontros e ambiguidades | La recherche et lvaluation:
rencontres et ambiguts
Louis Marmoz | Universit de Versailles St Quentin en Yvelines
Investigao e avaliao correspondem a prticas que se cruzam frequentemente: para que
servem?So complementares, contraditrias ou substituveis? Como se alimentam uma da
outra e porque que a investigao corre o risco de ser devorada pela avaliao?
Que se espera delas, quem as manipula e em vista de qu?
Evaluation et recherche correspondent des pratiques qui se rencontrent souvent ; quoi
servent-elles? Sont-elles complmentaires, contradictoires ou substituables? Comment se
nourrissent-elles l'une de l'autre et pourquoi l'valuation risque de dvorer la recherche?
Qu'attend - on d'elles et qui les manipulent, en vue de quoi?
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Conferncia III | Confrence III
Uma tipologia das polticas de avaliao e de responsabilizao das escolas e dos
professionais de educao: da instrumentao aos desafios | Une typologie des politiques
dvaluation et de responsabilisation des coles et professionnels de lducation : de
linstrumentation aux enjeux
Christian Maroy | Universit de Montral
Desde h uma vintena de anos que, sob a influncia da mundializao da expanso da doutrina
da nova gesto pblica, novas polticas educativas tendem a conferir novas funes
avaliao. Longe de ser apenas um instrumento de certificao ou de regulao pedaggica
nas mos dos prticos do ensino, torna-se um instrumento poltico de pilotagem dos
sistemas e de responsabilizao dos atores locais (direes e professores). Com efeito, a
avaliao externa e estandardizada das aquisies dos alunos integra-se hum conjunto de
instrumentos que contribuem para concretizar o que se denomina tanto polticas da
accountability (Estados Unidos), de gesto centrada nos resultados (Quebeque), de
autoavaliao (Esccia) ou ainda polticas de pilotagem pelos resultados (Frana). O nosso
objetivo ser discernir alguns desafios-chave do desenvolvimento destas novas polticas de
regulao pelos resultados (Maroy, 2013). Propomo-nos primeiro abordar uma tipologia de
quatro lgicas de regulao que subentendem essas polticas: 1) prestao dura de contas, 2)
prestao de contas nero-burocrtica, 3) prestao de contas e responsabilizao reflexivas, 4)
responsabilizao suave. Estas lgicas ideal-tpicas que doseiam de forma diferente a
prestao de contas e a responsabilizao, sero ilustradas a partir de exemplos de
sistemas educativos europeus e norte-americanos. No final interrogar-nos-emos sobre os
desafios, tenses, contradies destas utilizaes polticas diferenciadas da avaliao para a
escola em geral, mas tambm para os atores de base como as direes e os professores. Estas
polticas diferenciadas produziro os mesmos efeitos em toda a parte?
Esta apresentao decorre de um artigo recentemente publicado na revista Education
Compare. Maroy, C., & Voisin, A. (2014). Une typologie des politiques daccountability en
ducation: lincidence de linstrumentation et des thories de la rgulation. Education
compare(11), 31-58.
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Depuis une vingtaine dannes, sous linfluence de la mondialisation et du dploiement de la
doctrine de la nouvelle gestion publique , de nouvelles politiques ducatives tendent
assigner de nouvelles fonctions lvaluation. Loin dtre seulement un outil de certification
ou de rgulation pdagogique aux mains des praticiens de lenseignement, elle devient un
outil politique de pilotage des systmes et de responsabilisation des acteurs locaux
(directions et enseignants). En effet, lvaluation externe et standardise des acquisitions des
lves sintgre dans un ensemble dinstruments qui contribuent concrtiser ce qui est
appell tantt des politiques daccountability (Etats-Unis), de gestion axe sur les rsultats
(Qubec), de self-evaluation (Ecosse) ou encore des politiques de pilotage par les
rsultats (France).
Notre propos sera de cerner quelques enjeux cls du dveloppement de ces nouvelles
politiques de rgulation par les rsultats (Maroy, 2013). Nous proposons dabord une
typologie de quatre logiques de rgulation sous-tendant ces politiques : 1) reddition de
comptes dure, 2) reddition de comptes nobureaucratique, 3) reddition de compte et
responsabilisation rflexives, 4) responsabilisation douce. Ces logiques idal-typiques qui,
dosent diffremment reddition de compte et responsabilisation , seront illustres
partir dexemples de systmes ducatifs europens et nord-amricains. Au final, nous nous
interrogerons sur les enjeux, tensions, contradictions de ces usages politiques diffrencis de
lvaluation pour lcole en gnral, mais aussi pour les acteurs de base comme les directions
et enseignants. Ces politiques diffrencies produisent-elles partout les mmes effets ?
La prsentation est drive dun article rcemment paru dans la revue Education Compare
Maroy, C., & Voisin, A. (2014). Une typologie des politiques daccountability en ducation:
lincidence de linstrumentation et des thories de la rgulation. Education compare(11), 31-
58.
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Conferncia IV | Confrence IV
Questionamentos epistemolgicos sobre a avaliao : entre tecnicidade e teorizao |
Questionnements pistmologiques sur l'valuation : entre technicit et thorisation1
Grard Figari | Univ. Grenoble Alpes
Esta comunicao tem como objetivo questionar os fundamentos epistemolgicos, explcitos
ou implcitos, das prticas de avaliao. Ela postula a existncia de uma aporia opondo e
ligando simultaneamente o sistema tcnico, destitudo de sentido (Ellul, 1977 ) e a procura
permanente de uma teoria geradora de sentido da avaliao. Para apoiar esta aporia
baseamo-nos, particularmente sobre os trabalhos recentes reunidos por Mottier Lopez e Figari
(2012 ) que elaboram um balano epistemolgico das investigaes sobre a avaliao em
educao.
Lembraremos, em primeiro lugar, que a prtica avaliativa, em qualquer lugar que seja,
frequentemente considerada como algo que decorre naturalmente pouco contestado, uma
espcie de subordinao quase absoluta ao sistema tcnico, tal como definido por Ellul,
pilotando a sociedade e transformando-a, ao mesmo tempo que ele se autogera. O sistema
tcnico que governa a avaliao ilustrado, aqui, tanto pela evocao dos dispositivos
docimolgicos profundamente enraizados na mentalidade dos atores escolares (alunos, pais,
instituies) como pelas pesquisas comparativas internacionais.
Neste contexto apercebemo-nos todavia de um progresso notvel do pensamento terico que
se constri volta da avaliao, questionando as publicaes recentes de investigadores que,
na falta de uma teoria geral, se limitam ainda a construir teorizaes. Essas teorizaes
utilizam, especialmente trs arqutipos que aparecem cada vez mais frequentemente na
literatura: os paradigmas (designam vises tericas que tentam explicar as prticas), as
concetualizaes (que teorizam os processos) e os modelos (que constroem as escolhas
metodolgicas).
Proporemos, por fim, uma via de sada da aporia inicial, entre o sistema tcnico e teorizao,
por meio das modelizaes tanto qualitativas como quantitativas, acessveis aos avaliadores
quando desejam ficar os senhores do jogo.
Palavras-chave : prticas avaliativas, sistema tcnico, teorizao, modelizao
1 Este tema foi objeto de uma publicao em Mesure et Evaluation en Education, 36, 3, 5-24 (2013).
Thme ayant fait lobjet dune publication dans Mesure et Evaluation en Education, 36, 3, 5-24 (2013).
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Lintervention cherche questionner les fondements pistmologiques, explicites ou
implicites, des pratiques valuatives. Elle postule lexistence dune aporie opposant et reliant,
la fois, le systme technicien , priv de sens (Ellul, 1977) et la recherche permanente
dune thorie, gnratrice de sens, de lvaluation. Pour tayer cette aporie, on sappuie,
notamment, sur des travaux rcents, rassembls par Mottier Lopez & Figari (2012), dressant
un bilan pistmologique des recherches sur lvaluation en ducation.
On rappellera, tout dabord, que la pratique valuative, dans quelque lieu que ce soit, est
souvent considre comme un allant de soi peu contest, sorte dallgeance quasi absolue
au systme technicien , tel quil est dfini par Ellul, qui pilote la socit et la transforme, en
mme temps quil s'auto-engendre . Le systme technicien qui gouverne lvaluation est
illustr, ici, aussi bien par lvocation des dispositifs docimologiques profondment ancrs
dans la mentalit des acteurs scolaires (lves, parents, institutions) que par les enqutes
comparatives internationales.
Dans ce contexte, on saperoit, nanmoins, dune avance notable de la pense thorique qui
se construit autour de lvaluation, en questionnant les crits rcents de chercheurs qui, faute
de thorie gnrale, se limitent encore construire des thorisations utilisant, notamment,
trois archtypes qui apparaissent de plus en plus frquemment dans la littrature : les
paradigmes (dsignant des visions thoriques qui tentent dexpliquer les pratiques), les
conceptualisations (qui thorisent les processus) et les modles (qui construisent les choix
mthodologiques).
On proposera, enfin, une voie de sortie de laporie initiale, entre systme technicien et
thorisation, au moyen des modlisations tant qualitatives que quantitatives, accessibles aux
valuateurs, lorsquils souhaitent rester matres du jeu.
Mots-cls : pratiques valuatives, systme technicien, thorisation, modlisations
Ellul, J. (1977, 2004). Le Systme technicien. Paris : Le Cherche Midi.
Mottier Lopez, L., Figari, G. (2012). Modlisations de lvaluation en ducation.
Questionnements pistmologiques. Bruxelles : De Boeck.
Mottier Lopez, L., Figari, G. (2012). Modlisations de lvaluation en ducation.
Questionnements pistmologiques. Bruxelles : De Boeck
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MESAS-REDONDAS
TABLES RONDES
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Mesas-redondas | Tables rondes
Mesa-redonda I | Table ronde I
Avaliao de escolas e de professores | Evaluation dcoles et de professeurs
Avaliao de escolas em Portugal | Evaluation dcoles au Portugal
Pedro Rodrigues | Instituto de Educao
Nesta comunicao parte-se do panorama atual da avaliao de escolas em Portugal, situando
a sua evoluo recente e referenciando diferentes tipos de prticas. Essas prticas so depois
enquadradas no mbito de grandes paradigmas de avaliao, que fundam abordagens,
utilizaes da avaliao, modos de referenciao (ou de referencializao) e de articulao
entre atores e modalidades de avaliao.
Esta anlise prope encarar avaliao de escolas na sua complexidade: instncias, poderes,
atores, funes e objetivos mltiplos em confronto, no entanto, num contexto em que a
avaliao de escolas se afirma como uma poltica (de avaliao) educativa e um processo
orientado para transformar a escola (sob o estandarte da produtividade, eficcia, eficincia,
adaptao, flexibilidade, adequao, contextualizao, exigncia, inovao, desenvolvimento,
melhoria contnua, satisfao do pblico, interesse do aluno e da sociedade, fundamentao
cientfica, enfim, qualidade educativa).
Palavras-chave: Avaliao de escolas; paradigmas de avaliao; tipos de avaliao.
Cette communication part du paysage actuel de l'valuation des coles au Portugal, envisagent
son dveloppement rcent et les diffrents types de pratiques mises en place. Ces pratiques
sont ensuite encadres dans le contexte des grands paradigmes d'valuation, qui fondent les
approches et usages de lvaluation, les types de rfrents (ou de rfrentialisation) et
l'articulation entre les diffrents acteurs et types d'valuation.
Cette analyse propose de regarder lvaluation des coles dans sa complexit : instances,
pouvoirs, acteurs, fonctions et objectifs multiples en confrontation, pourtant dans un contexte
o lvaluation des coles saffirme en tant que politique (dvaluation) ducative et processus
dirige vers la transformation de lcole (sous le drapeau de la productivit, de lefficacit, de
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lefficience, de ladaptation, de la flexibilit, de ladquation, de la contextualisation, de
lexigence, de linnovation, du dveloppement, de lamlioration continue, de la satisfaction du
public, de lintrt de llve et de la socit, du fondement scientifique, bref, de la qualit
ducative )
Mots-cls: l'valuation de l'cole; paradigmes d'valuation; types d'valuation
A poltica de avaliao docente em Portugal: padres de desempenho e monitoramento do
trabalho dos professores de infncia e dos ensinos bsico e secundrio | La politique
dvaluation des professeurs au Portugal : des normes de performance et de surveillance du
travail des enseignants et professeurs de lenseignement de base et secondaire
Cely Nunes | Instituto de Educao
O estudo centrou-se na anlise de documentos oficiais que versam sobre avaliao do
desempenho docente emitidos pelo Ministrio de Educao e Cincia de Portugal no perodo
de 2009 a 2012, nomeadamente, o Despacho n 16034/2010 que estabelece padres de
desempenho docente. Parte-se do pressuposto que tais documentos respondem a uma
poltica oficial de avaliao docente de cunho somativo e meritocrtico, cujos padres de
desempenho revelam uma poltica nacional de controle, orientao, monitoramento,
superviso do trabalho dos professores que se reflete na profissionalizao docente.
Palavras-chave: Avaliao docente, perfil profissional, poltica educacional.
L'tude a port sur l'analyse de documents officiels qui traitent de l'valuation des
performances des enseignants et professeurs, dlivrs par le ministre de l'ducation et de la
science du Portugal de 2009 2012, en particulier larrt n 16034/2010, qui met en place
des normes de performance de ces professionnels. Nous partons de l'hypothse que ces
documents rpondent une politique officielle d'valuation des enseignants et des
professeurs, de nature sommative et mritocratique, dont les normes fixant les performances
rvlent une politique nationale de contrle, d'orientation, de surveillance, de supervision du
travail des enseignants et des professeurs qui se reflte sur leur professionnalisation.
Mots-cls: valuation de l'enseignement, profil professionnel, politique dducation.
21
Esboo de uma abordagem da prtica de avaliao dos professores enquanto prtica social
| Esquisse dune approche de la pratique valuative des enseignants en tant que faire social
Despina Tsakiris | University of Peloponnese
As prticas avaliativas dos professores que incidem sobre os seus alunos continuam a ser
incontestavelmente um objeto de estudo multidimensional, multireferencial ou mesmo plural,
cuja complexidade se coloca como um elemento constituinte da sua abordagem, Negar a
complexidade da funo crtica que o professor exerce nas suas prticas de avaliao ou fazer
de modo que ela no seja respeitada em nome de uma pertena inteligibilidade, correria o
risco de reduzir a abordagem destas prticas a uma viso determinista em que as tibas
tecnicistas no so raras na literatura sobre o tema.
Os nossos propsitos visam recolocar a prtica avaliativa do professor enquanto prtica social,
isto , enquanto atividade que conota o modo como o professor enquanto sujeito psquico
metaboliza a sua experincia social (familiar, escolar, profissional) ligado ao exerccio da
funo crtica. O essencial deste reposicionamento reside no domnio das significaes
imaginrias sobre o apoio mtuo do psquico e do social que se exprimem e se manifestam
pela atividade social do professor contido na sua prtica avaliativa.
Para ilustrar os nossos propsitos apoiar-nos-emos sobre os principais resultados de
investigaes empricas que conduzimos sobre prticas avaliativas dos professores do Liceu
Geral na Grcia e, particularmente, sobre as prticas dos professores em relao s provas
escritas com a finalidade de captar as especificidades da realizao destas prticas, o sentido
que os professores lhes atribuem e as significaes imaginrias subentendidas.
Les pratiques valuatives des enseignants concernant leurs lves demeurent
incontestablement un objet dtude multidimensionnel, multirfrentiel voire mme pluriel
dont la complexit se pose comme un lment constituant pour leur abord. Nier la complexit
de la fonction critique que lenseignant exerce dans les pratiques dvaluation ou faire en sorte
quelle ne soit pas respecte au nom dune prtendue intelligibilit, risquerait de rduire
lapproche de ces pratiques une vision dterministe dont les drives technicistes ne se font
rares dans la littrature concerne.
Nos propos visent repositionner la pratique valuative de lenseignant en tant que faire
social, cest--dire en tant quactivit qui connote la faon dont lenseignant comme sujet
22
psychique mtabolise son exprience sociale (familiale, scolaire, professionnelle) lie
lexercice de la fonction critique. Lessentiel de ce repositionnement de la pratique valuative
de lenseignant rside dans lemprise des significations imaginaires sur ltayage mutuel du
psychique et du social qui sexpriment et se manifestent par le faire social de lenseignant
contenue dans sa pratique valuative
Pour illustrer nos propos nous nous appuierons sur les principaux rsultats issus de recherches
empiriques que nous avons menes sur les pratiques valuatives des professeurs de lyce
gnral en Grce, et notamment sur les pratiques des enseignants lgard des preuves
crites dans le but de saisir les spcificits de la mise en place de ces pratiques, le sens que les
enseignants leurs attribuent et les significations imaginaires qui les sous-tendent.
23
Mesa-redonda II | Table ronde II
Avaliao das aprendizagens | Evaluation des apprentissages
Contributos para a compreenso das relaes entre diferentes tipos de avaliao das
aprendizagens | Contributions la comprhension des relations entre diffrents types
dvaluation des apprentissages
Margarida Damio Serpa | Universidade dos Aores
A presente comunicao tem como objetivo explorar as potencialidades de diferentes tipos de
avaliao nos processos de aprendizagem ligados materializao de programas formativos.
Neste sentido, so clarificados possveis campos concetuais das avaliaes diagnstica,
sumativa, formativa e autorreguladora. Na ao docente, considera-se fundamental
determinar o que ser avaliado e a concetualizao e estruturao da avaliao sumativa antes
de os processos de ensino e aprendizagem ocorrerem permite identificar, partilhar, negociar,
delinear e desenvolver, com maior preciso, os produtos desejados, naquilo que ser essencial
exigir e explorar de modo aprofundado, mesmo que posteriormente, aquando da
concretizao dessa avaliao, esses produtos sejam reajustados ou complementados com
outras exigncias. A concetualizao da avaliao sumativa a integrar no ensino tambm pode
contribuir para a clarificao da natureza e amplitude de uma possvel avaliao diagnstica,
uma aferio essencial quando se pretende conhecer, partida, modos de funcionamento dos
alunos, o domnio de certas competncias e/ou o sentido dado por estes a determinados
conceitos e fenmenos, aspetos atualmente relevantes para a concretizao da avaliao
formativa. A necessidade de as diferentes modalidades ou tipos de avaliao se articularem
entre si tambm deriva do reconhecimento de que a prtica de avaliaes sumativas aumenta
a reteno a longo prazo (e.g., Roediger & Butler, 2011) e de que poder ser dada maior
ateno ao desenvolvimento de competncias complexas e transferncia das aprendizagens
se estas forem objeto de avaliaes sumativas (e.g., Pellegrino & HILTON, 2012). A avaliao
formativa continua a ser reconhecida como sendo especialmente eficaz nos processos de
aprendizagem, sobretudo pela qualidade do feedback interativo (Black & Wiliam, 1998), agora
complementado com preocupaes com a motivao dos alunos e com os procedimentos de
autorregulao e a realizao de tarefas com discusso entre pares (Black & Wiliam, 2009;
Fernandes, 2006; Herman, 2013). Nesta comunicao so, ainda, comentados dados empricos
dos processos de avaliao de estagirios enquanto decorrem as aes de ensino, no referente
ao questionamento, ao feedback e aos critrios de avaliao, no contexto da formao inicial
24
de educadores e de professores do 1. ciclo do ensino bsico. Finalmente, so exploradas
possveis estratgias de conexo entre os tipos ou modalidades de avaliao anteriormente
considerados.
Palavras-chave: Avaliao das aprendizagens, Tipos de avaliao, Questionamento, Feedback e
Conexes avaliativas.
Cette communication vise explorer le potentiel des diffrents types d'valuation dans les
processus d'apprentissage lis la ralisation de programmes de formation. Cest ainsi de
possibles domaines conceptuels dvaluation diagnostique, sommative, de formation et
d'autorgulation sont alors clarifis. Dans les activits d'enseignement, la dtermination de ce
qui sera valu et de la conceptualisation et structuration de lvaluation sommative est
considre comme essentielle, devant avoir lieu avant la ralisation des processus
d'enseignement et d'apprentissage pour pouvoir identifier, changer, ngocier, esquisser et
dvelopper, plus prcisment, les produits dsirs, par rapport ce quil sera important
dexiger, et en profondeur, mme si plus tard, l'issue de cet valuation, ces produits sont
ajusts ou complts par d'autres exigences. La conceptualisation de l'valuation sommative,
intgrer dans lenseignement, peut aussi aider clarifier la nature et l'tendue d'une possible
valuation diagnostique, un indicateur cl lorsque nous voulons connatre, ds le dpart, les
modes de fonctionnement des lves, le domaine de certaines comptences et / ou le sens
quils donnent certains concepts et phnomnes, des aspects actuellement pertinents pour
la mise en uvre de l'valuation formative. La ncessit darticulation entre les diffrents
modes ou types d'valuation advient aussi de la reconnaissance du fait que la pratique des
valuations sommatives augmente la rtention long terme (par exemple, Roediger & Butler,
2011) et que lon peut, probablement, donner plus d'attention au dveloppement de
comptences complexes et au transfert de lapprentissage de ces mmes comptences si elles
sont soumises des valuations sommatives (par exemple, Pellegrino et Hilton, 2012).
L'valuation formative continue doit tre reconnue comme tant particulirement efficace
dans les processus d'apprentissage, surtout en raison de la qualit du retour interactif (Black &
Wiliam, 1998), dsormais complt par des soucis lis la motivation des lves et aux
procdures d'autorgulation et d'excution de tches avec une discussion entre pairs (Black &
Wiliam, 2009; Fernandes, 2006; Herman, 2013). Cette communication se penche galement
sur les donnes empiriques des processus d'valuation des stagiaires, lorsque les actions
d'enseignement sont en cours, en ce qui concerne le questionnement, le retour et les critres
25
d'valuation, dans le cadre de la formation initiale des enseignants et des professeurs du 1er
cycle de l'ducation de base. Enfin, de possibles stratgies de connexion entre les types ou
mthodes d'valuation, dj pris en compte, ont galement t tudies.
Mots-cls: valuation des apprentissages, types dvaluation, questionnement, retour et
connexions dvaluation.
Os programas de avaliao internacional das competncias dos adultos: tendncias e
orientaes | Les programmes dvaluation internationale des comptences des adultes:
tendances et orientations
Borhene Chakroun | UNESCO
A UNESCO, o Banco Mundial, a OCDE e outras organizaes internacionais lanaram desde h
alguns anos novos programas para a avaliao internacional das competncias dos adultos.
Trata-se especialmente do Programa de Avaliao e Acompanhamento da Alfabetizao
(LAMP) da UNESCO, do Programa para a Avaliao Internacional das Competncias dos
Adultos (PIAAC) da OCDE e, finalmente, do Programa da Avaliao das Competncias para a
Empregabilidade e Produtividade (STEP) do Banco Mundial. Estes programas recolhem e
analisam dados que, por um lado visam fornecer uma nova luz sobre o papel das competncias
na sociedade de hoje e sobre a sua utilizao no quadro privado e profissional e, por outro
lado ajudar os governos a avaliar, seguir e analisar o nvel e a repartio das competncias da
sua populao adulta assim como determinar em que medida essas competncias so
utilizadas em diversos contextos. O objeto desta interveno fazer um ponto sobre estes
programas e abordar as questes seguintes: Quais so as metodologias de avaliao adotadas?
Que competncias so avaliadas no quadro destes programas? Que anlise poltica se tem
efetuado para este efeito? Quais so as novas questes de avaliao que estes programas
colocam?
LUNESCO, la Banque Mondiale, lOCDE et dautres organisations internationales ont lanc
depuis quelques annes de nouveaux programmes pour l'valuation internationale des
comptences des adultes. Il sagit notamment du Programme de l'valuation et de suivi de
l'alphabtisation (LAMP) de lUNESCO, du Programme pour l'valuation internationale des
26
comptences des adultes (PIAAC) de lOCDE et enfin du Programme de lvaluation des
comptences pour lemployabilit et de la productivit (STEP) de la Banque Mondiale. Ces
programmes recueillent et analysent des donnes qui dune part, visent fournir un nouvel
clairage sur le rle des comptences dans la socit daujourdhui et sur leur utilisation dans
le cadre priv et professionnel et dautre part, daider les gouvernements valuer, suivre et
analyser le niveau et la rpartition des comptences de leur population adulte ainsi qu
dterminer dans quelle mesure ces comptences sont utilises dans divers contextes. Lobjet
de lintervention est de faire le point sur ces programmes et daborder les questions suivantes
: Quelles sont les mthodologies dvaluation adoptes ? Quelles comptences sont values
dans le cadre de ces programmes ? Quelle analyse politique est effectue cet effet ? Quelles
sont les nouvelles questions dvaluation que posent ces programmes ?
Avaliao e alunos em dificuldade| valuation et lves en difficult
Lise Bessette | Universit du Qubec Montral
A avaliao dos conhecimentos dos alunos com dificuldades de aprendizagem, quando se trata
especialmente da sua integrao numa turma de ensino regular, pe um conjunto de
problemas, difceis de ocultar, se quisermos assegurar-lhes uma escolarizao adaptada s
suas necessidades. Desde a instaurao da passagem automtica de um ano escolar a outro,
acontece que estes alunos encontram-se em turmas cujas exigncias podem constituir um
limite que eles tm dificuldade em franquear. Como proceder ento para melhor detetar as
dificuldades que eles encontram e remedia-las tendo em conta a sua situao? O sistema
escolar do Qubec no parece ainda ter encontrado resposta a esta questo que preocupa
tanto os professores das escolas primrias e secundrias como os gestores desses
estabelecimentos. De que recursos devem dispor as escolas a fim de poderem intervir de
modo eficaz junto destes alunos sem atrasar o progresso dos seus colegas que no
experimentam dificuldades particulares?
Lvaluation des connaissances chez les lves en difficult dapprentissage quand il sagit
notamment de leur intgration en classe ordinaire pose un ensemble de problmes quil est
bien difficile docculter si lon veut leur assurer une scolarisation adapte leurs besoins.
Depuis linstauration de la promotion automatique dune anne scolaire lautre, il arrive que
27
ces lves se retrouvent dans des classes dont les exigences peuvent constituer une limite
difficile franchir pour eux. Comment alors peut-on procder afin de mieux dtecter les
difficults quils rencontrent et y remdier en tenant compte de leur situation? Le systme
scolaire qubcois ne semble pas encore avoir trouv rponse cette question qui proccupe
tant les enseignants des coles primaires et secondaires que les gestionnaires de ces
tablissements. De quelles ressources les coles doivent-elles disposer afin dtre en mesure
dintervenir de faon efficace auprs de ces lves sans retarder la progression de leurs
camarades qui nprouvent pas de difficults particulires?
28
Mesa-redonda III | Table ronde III
Avaliao de polticas e sistemas educativos | Evaluation de politiques et systmes ducatives
A avaliao educacional a tenso entre relevncia e objetividade | valuation pdagogique
- tension entre pertinence et objectivit
Joo Formosinho ! Universidade do Minho
A comunicao visa problematizar a relevncia e a objetividade dos processos de avaliao na
educao.
Nesta reflexo baseio-me na minha experincia profissional de avaliao de pessoas (avaliao
do desempenho docente na universidade, avaliao de percursos profissionais e acadmicos,
no mbito de concursos da carreira docente do ensino superior, avaliao de bolsas), avaliao
de organizaes (avaliao de faculdades de educao, avaliao de escolas), avaliao de
cursos (avaliao de cursos de formao de professores - CNAVES, A3ES) e avaliao de
projetos (projetos de investigao, projetos de interveno).
Esta avaliao de pessoas, organizaes, cursos e projetos deve obedecer aos princpios
vlidos para qualquer avaliao abranger a avaliao de processos e resultados, ser
contextualizada, ser formativa (isto , contribuir para a melhoria), ser documentada e
contribuir para o esprito cvico de prestao de contas.
Em todas estas avaliaes ocorre a tenso dilemtica entre a relevncia das dimenses a
analisar e a verificabilidade da apreciao feita (vista por muitos como objetividade) - nem
tudo o que relevante verificvel e nem tudo o que verificvel relevante. Iremos
exemplificar este dilema com as avaliaes no mbito do ensino superior e da cincia.
Cette communication cherche sinterroger sur la pertinence et l'objectivit des procdures
d'valuation dans l'ducation.
Dans cet article, je ai tir sur mon valuation de l'exprience professionnelle de valuation de
personnes (valuation de la performance des enseignants l'universit, valuation des
curricula vitae, dans le cadre des concours d'enseignement de carrire de l'enseignement
suprieur, valuation de bourses), valuation de organisations (valuation de facults
d'ducation, valuation des coles), valuation de cours (valuation de cours de formation des
enseignants) et valuation de projets (projets de recherche, projets d'intervention).
29
Cet examen de personnes, de organisations, de cours et de projets doit se conformer aux
principes valables pour toute valuation - couvrir les processus et les rsultats, tre
contextualise, tre formative (contribuer l'amlioration), tre documents et contribuer
l'esprit civique de reddition de comptes.
Dans tous ces avis est la tension de dilemme entre la pertinence des dimensions d'analyse et la
vrifiabilit de l'valuation (considr par beaucoup comme l'objectivit) - pas tout ce qui est
pertinent est vrifiable et pas tout ce qui est vrifiable est pertinente. Nous allons illustrer ce
dilemme avec les valuations de l'enseignement suprieur et de la science.
A avaliao do ensino superior: produo de evidncias e garantia de qualidade |
L'valuation de lenseignement suprieur: production dvidences et assurance qualit
Sylvie Didou | CINVESTAV, Mexique
H j mais de vinte anos que as autoridades de tutela do Ensino Superior comearam a
desenvolver sistemas de avaliao incidindo sobre a oferta de programas e condies do
desenvolvimento universitrio. Actualmente tornou-se comum utilizar indicadores de
qualidade, qualquer que seja o modo da sua construo, como a prova que os
estabelecimentos e os colectivos detm os meios e as capacidades para desempenhar as
funes de que esto encarregados. Esta interpretao no se faz sem problemas, por um
lado, ela pressupes que a produo do indicador equivale medida de um processo e dos
seus resultados; por outro, oculta o facto de que os esquemas e os critrios de garantia da
qualidade evoluram no sentido da melhoria tcnica enquanto que os sistemas de Ensino
Superior o faziam referindo-se ao campo poltico. Os procedimentos de avaliao so,
portanto, cada vez mais performantes, mas igualmente cada mais divididos relativamente a
grandes parcelas do sistema do Ensino Superior. A garantia de qualidade torna-se,
paradoxalmente, progressivamente mais premente enquanto ideologia e instrumento de
financiamento, pelo menos nos pases que ligaram os seus resultados distribuio de meios
financeiros extraoramentais e, cada vez menos adaptado s novas formas de proviso dos
servios do Ensino Superior, diversificao crescente dos seus pblicos e a criao de
estabelecimentos que se pretendem inovadores.
Queremos apoiar esta hiptese a partir de exemplos retirados do contexto latino-americano e
particularmente do Mxico. Relfectiremos, a este propsito, sobre os desafios postos pela
30
avaliao das Universidades interculturais e indgenas, enquanto receptculos de uma
populao em condies de vulnerabilidade socioeconmica e de diversidade cultural.
[Esta comunicao enquadra-se no Projeto financiado CONACYTn.152581, sobre os
Programas de educacin superior con componentes tnicos y reconfiguracin de lites
indgenas en Mxico]
Il y a dsormais plus de vingt ans aprs que les autorits de tutelle de lenseignement
suprieur ont commenc dvelopper des systmes dvaluation portant sur loffre des
programmes et les conditions du dveloppement universitaire. Il est maintenant devenu
commun dutiliser les indicateurs de qualit, quel que soit leur mode de construction, comme
la preuve que les tablissements et les collectifs dtiennent les moyens et les capacits pour
remplir les fonctions dont ils sont chargs. Cette interprtation nest pas sans poser problme;
elle prsuppose, dune part, que la production de lindicateur quivaut la mesure dun
processus et de ses rsultats; de lautre, elle occulte le fait que les schmas et critres de
lassurance qualit ont volu dans le sens de lamlioration technique alors mme que les
systmes denseignement suprieur le faisaient en se rfrant au champ du politique. Les
procdures dvaluation sont donc de plus en plus performantes mais galement de plus en
plus clives par rapport de larges pans des systmes denseignement suprieur. Lassurance
qualit devient paradoxalement de plus en plus prgnante en tant quidologie et outil de
financement, pour le moins dans les pays qui ont reli ses rsultats la distributions de
moyens financiers extra-budgtaires, et de moins en moins adapte aux nouvelles formes de
provision des services denseignement suprieur, la diversification croissante de leurs publics
et la mise en place d'tablissements qui se veulent innovants.
Nous voudrions tayer cette hypothse partir dexemples pris dans le contexte latino-
amricain et tout particulirement au Mexique. Nous rflchirons, ce propos, sur les dfis
poss par lvaluation des universits interculturelles et indignes, en tant que rceptacles
dune population en conditions de vulnrabilit socio-conomique et de diversit culturelle.
[Cette communication sinscrit dans le cadre du projet financ par le CONACYT n. 152581, sur
les Programas de educacin superior con componentes tnicos y reconfiguracin de lites
indgenas en Mxico]
31
Diversidade e complexidade da avaliao em Educao no Brasil | La diversit et la
complexit de lvaluation dans lducation au Brsil
Marilene Corra de Freitas | Universidade Federal do Amazonas
Anlises e estudos da Poltica de Avaliao em educao no Brasil tm pontos comuns no que
diz respeito ao lugar e ao sentido que a implantao de um Sistema Nacional de Avaliao
como Poltica de Estado adquiriu a partir de 1995. Esta poltica tem uma importncia
estratgica crescente, em vrias perspectivas de anlise, pois caracteriza e inclui processos de
mudanas amplas da sociedade brasileira anteriores e posteriores a este momento histrico,
desde a luta pelas diretas na redemocratizao poltica, as conquistas da Constituio de 1988,
e a Lei de Diretrizes e bases da educao nacional que so marcas inconfundveis de um
passado recente no Brasil, at ao momento atual. O vigor do poder do Estado em conduzir a
Poltica Nacional de Avaliao no Brasil tambm se revela em conjunturas polticas da
conquista democrtica, nos processos de transformao interna da relao Sociedade e Estado
em sentido amplo, e dos organismos, mecanismos e institucionalidades que operacionalizam o
Sistema de Educao Brasileiro em sentido estrito. As dinmicas sociais de movimentos, lutas,
disputas, e conquistas da sociedade tambm se revelam no interior e fora do chamado campo
disciplinar da educao.
O tema em foco permite um leque de abordagens que estudam a avaliao em educao no
Brasil em diferentes conjunturas paradigmticas e nveis de insero nas polticas educacionais
de responsabilidade do Estado. O foco da democratizao do acesso, da massificao, da
qualidade, da diferenciao e da diversidade adquire diferentes conotaes nas polticas
nacionais de educao. Tais focos no minimizam o lugar de debate de envolvimento com as
agendas internacionais e o poder de organismos multilaterais em processos de induo de
medidas e de procedimentos regulatrios que atuam como fora supranacional sobre sistemas
educativos nacionais, onde o Brasil se inclui. Em 1990 a Conferncia Declarao Mundial
sobre Educao para Todos (1990), em Jomtien, que contou com a presena de representantes
de 155 governos de diferentes pases, teve como patrocinadores e financiadores quatro
organismos internacionais: a Organizao das Naes Unidas para a Educao (UNESCO); o
Fundo das Naes Unidas para a Infncia (UNICEF); o Programa das Naes Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD); e o Banco Mundial (BID).
A finalidade da educao pblica est indiscutivelmente marcada por parmetros de avaliao
includos no ordenamento social que o Estado brasileiro preside, e no ordenamento social
32
global do qual ele faz parte; tais ordenamentos so tambm parte de compromissos
assumidos como Nao, acordos de agendas internacionais pactuadas, e que marcam as
relaes e, sobretudo, as lutas sociais pela manuteno do controle das polticas educacionais.
Foram estabelecidas metas progressivas de melhoria desse ndice, prevendo-se atingir, em
2022, a mdia de 6,0, ndice obtido pelos pases da Organizao para Cooperao e
Desenvolvimento Econmico (OCDE), que ficaram entre os 20 com maior desenvolvimento
educacional do mundo. O ano de 2022 foi definido no apenas em razo da progressividade
das metas, mas vista do carter simblico representado pela comemorao dos 200 anos da
Independncia poltica do Brasil. (Saviani, 2008, pp. 123-124).
Os princpios orientadores dessa conjuntura so amplamente divulgados e estrategicamente
difundidos junto a opinio pblica e instncias de deciso de poderes polticos nacionais. Da
mesma forma, observa-se criticamente, que os patrocinadores da Conferncia defendiam
nfases de seus interesses e ao mesmo tempo se harmonizavam em diferentes enfoques
(Botego, 2005, Savianni , 2008, Anjos 2012) : o Banco Mundial diagnosticava sobre a existncia
dos recursos com nfase no mal gerenciamento deles; o PNUD defendendo a crena de quea
melhoria nos ndices de educao produziriam maior crescimento econmico. A Cpula
Mundial de Educao, em 2000, se reuniu em Dakar e apresentou metas a serem alcanadas
no sistema educacional, dando prosseguimento ao encontro de Jomtien (1990). Entre tais
metas, destacam-se: melhorar todos os aspectos da qualidade da educao, assegurar
excelncia para todos, de forma a garantir resultados reconhecidos e mensurveis,
especialmente na alfabetizao, matemtica e habilidades essenciais vida; realizar um
monitoramento mais efetivo e regular do progresso em atingir metas e objetivos de Educao
para Todos (EPT), incluindo avaliaes peridica. A avaliao de sistemas educacionais objeto
de um crescente interesse e tem sido um tema presente na maioria dos debates atuais sobre
educao, em funo de mudanas na economia mundial.
Um ponto comum indiscutvel nas diferentes abordagens apreciadas o de que a lgica que
orienta o Sistema Nacional de Avaliao recria as bases institucionais da prpria educao no
Brasil, institui uma relao de comando e controle nas polticas nacionais de educao,
remodela percepes e intervenes entre o estado e a sociedade no que concerne a relao
entre a educao e a sociedade na ordem democrtica.
Les analyses et les tudes sur la politique dvaluation en ducation au Brsil ont des points
communs en ce qui concerne le lieu et le sens que la mise en uvre dun systme national
dvaluation en tant que politique de ltat a acquis partir de 1995. Cette politique a une
33
importance stratgique croissante, sous divers points de vue danalyse, parce quelle
comprend de profonds processus de changement de la socit brsilienne avant et aprs ce
moment historique, depuis la lutte pour les lections directes vers la dmocratisation
politique, les conqutes de la Constitution de 1988, et la Loi-cadre de lducation nationale qui
sont des caractristiques indniables dun pass rcent du Brsil, jusquau moment actuel.
La vigueur du pouvoir de ltat mener une politique nationale dvaluation au Brsil est
galement rvl dans la conjoncture politique de la conqute dmocratique, dans les
processus de transformation interne de la relation entre la socit et ltat au sens large, et
des organismes, des mcanismes et des institutions qui rendent oprationnel le systme
ducatif brsilien au sens strict. Les dynamiques sociales des mouvements, les luttes, les
disputes et les conqutes de la socit stablissent aussi lintrieur et en dehors dudit
champ disciplinaire de lducation.
Cette matire permet plusieurs approches de lvaluation de lducation au Brsil de
diffrentes situations paradigmatiques et de divers niveaux dinsertion dans les politiques
ducatives de la responsabilit de ltat. La question de la dmocratisation de laccs, de la
massification, de la qualit, de la diffrenciation et de la diversit acquiert plusieurs
connotations dans les politiques nationales dducation. Mais ces questions ne minimisent pas
le lieu du dbat de compromis auprs des agendas internationaux et du pouvoir des
organismes multilatraux dans les processus dinduction et de procdures rgulatrices qui
agissent comme une force supranationale sur des systmes ducatifs nationaux, o le Brsil
est inclus. En 1990, la Confrence sur la Dclaration mondiale sur lducation pour tous
(1990), Jomtien, laquelle ont particip les reprsentants de 155 gouvernements de
diffrents pays, a eu lappui et le financement de quatre organisations internationales :
lOrganisation des Nations Unies pour lducation (UNESCO), le Fonds des Nations Unies pour
lenfance (UNICEF), le Programme de dveloppement des Nations Unies (PNUD) et la Banque
mondiale (BID).
Le but de lducation publique est sans doute marqu par des paramtres dvaluation inclus
dans lordre social prsid par ltat brsilien, et dans lordre social global dont il fait partie ;
ces ordres font galement partie de ses compromis assums en tant que nation, des accords
des agendas internationaux qui marquent les relations et, surtout, les luttes sociales pour le
contrle du maintien des politiques ducatives.
On a tabli des buts en vue damliorer cet indice et datteindre en 2022 la moyenne de 6,0,
lindice obtenu par les pays de lOrganisation de Coopration et de Dveloppement
conomiques (OCDE), qui ont t parmi les 20 pays avec le plus grand dveloppement ducatif
34
du monde. Lanne 2022 a t dfinie non seulement en raison de la progressivit des
objectifs, mais en fonction du caractre symbolique reprsent par la clbration des 200 ans
de lIndpendance politique du Brsil. (Saviani, 2008, pp. 123-124).
Les normes dorientation de cette conjoncture sont largement et stratgiquement diffuses
auprs de lopinion publique et des instances de dcision de pouvoirs politiques nationaux. De
mme, on observe de manire critique que les organisateurs de la confrence mettaient
laccent sur leurs intrts, bien quen harmonisant divers points de vue (Botego, 2005 ;
Savianni, 2008 ; Anges, 2012) : La Banque mondiale faisait son diagnostic sur lexistence des
ressources en mettant laccent sur la mauvaise gestion de celles-ci ; le PNUD soutenait que
lamlioration des indices dducation produirait plus de croissance conomique. Le Forum
mondial sur lducation, en 2000, sest runi Dakar et a prsent les objectifs atteindre
dans le systme ducatif, en poursuivant les ides de la rencontre de Jomtien (1990). On y a
nonc les buts suivants : amliorer tous les aspects de la qualit de lducation, assurer
lexcellence pour tous, de manire garantir des rsultats reconnus et mesurables,
notamment au niveau de lalphabtisation, des mathmatiques et des comptences
essentielles la vie ; faire un suivi plus efficace et plus rgulier des progrs vers la poursuite
des buts de lducation pour tous (EPT), y compris des valuations priodiques . Lvaluation
des systmes ducatifs est lobjet dun intrt croissant et a t un thme prsent dans la
plupart des dbats actuels sur lducation, en raison des changements dans lconomie
mondiale.
Un point commun indiscutable dans les diffrentes approches apprcies, cest que la logique
qui guide le systme national dvaluation recre les propres fondements institutionnels de
lducation au Brsil, en tablissant une relation de commandement et de contrle dans les
politiques nationales de lducation, et en modlisant des perceptions e des activits entre
ltat et la socit en ce qui concerne la relation entre lducation et la socit dans lordre
dmocratique.
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ATELIS
ATELIERS
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ATELIS 1 I ATELIERS 1 29/01, 16:30 18:00
SALA | SALLE 1 - 27, 43, 106, 136
[ID 27]
Avaliao diagnstica da Educao Normal. Rumo a configurao de um novo modelo
educacional? | valuation diagnostique de lenseignement normal : vers un nouveau modle
ducatif ?
Concepcin Barrn e Claudia Pontn | Mexique
Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados dos Fruns de consulta nacional da
Educao Normal com a finalidade de realizar uma avaliao diagnstica do referido sistema
no marco da Reforma Educativa dos seis anos desta administrao governamental,
impulsionado atraves da Secretaria de Educao Publica (SEP) para garantir uma Educao de
qualidade.
A SEP convoco a realizao de Fruns de Consulta para reviso do Modelo de Educao Bsica,
Mdia e Superior com a participao de todos os interessados no trabalho educativo. A
convocatria comtemplo seis fruns regionais que culminariam em um frum nacional para
cada um dos trs nveis educativos. Os Foruns foro organizados por nveis e regies a partir
do ms de Fevereiro e concluram no ms de junho. Foi composto por um Conselho Assessor
integrado por quinze pesquisadores educativos que se encarregaram de revisar todas as
propostas apresentadas e de elaborar as concluses desta consulta.
A realizao dos fruns de consulta tiveram como propsito avaliar e realizar propostas para
os diversos setores interessados ou envoltos na formao de professores: acadmicos,
diretores, professores, organizaes sociais, autoridades educativas locais e da sociedade em
geral para a elaborao do Plano Integral de Fortalecimento do Sistema de Educao Normal.
Os eixos temticos discutidos foram: 1) O novo modelo de formao docente; 2) As
instituies que oferecem educao normal na transformao do sistema de formao de
professores para a educao bsica; 3) Vnculo entre la formao profissional docente e a
ateno s necessidades reais do sistema de educao nacional; 4) Planejamento, seguimento
e avaliao na educao normal.
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Nos fruns de Educao Normal apresentaram se ao redor de 7 mil conferencistas entre os
mais de 10 mil participantes, dos quais 80% foram professores e alunos e 20% da sociedade
civil.
Os resultados oriundos dos Fruns Regionais quanto ao Modelo de Educao Normal foram
integrados por um grupo acadmico nomeados ex profeso para essa atividade, organizados
em quatro grandes categorias: 1) paneamento e gesto do sistema; 2) os planos e programas;
3) desenvolvimento profissional dos docentes; e 4) consideraes sobre a pesquisa.
Palavras-chave:
A reforma da educao, poltica de educao, ensino normal
Ce travail a comme ojectif prsenter les rsultats des Forums de consultation nationale dont
lobjectif tait de mener bien une valuation diagnostique de ce systme denseignement
dans le cadre de la rforme de lenseignement, entreprise par cette administration
prsidentielle sous la tutelle du ministre de lEducation Nationale mexicain (Secretara de
Educacin Pblica, SEP) afin de garantir un enseignement de qualit.
Le ministre a lanc un appel lorganisation de forums de consultation pour raliser la
rvision du modle denseignement primaire, secondaire, secondaire suprieur et suprieur,
invitant toutes les personnes intresses par la problme de lducation. Cet appel la
participation tait compos de six forums rgionaux qui ont culmin en un forum national
pour chacun de ces niveaux dducation. Les forums ont t organiss par niveau et par
rgion, entre fvrier et juin 2014. Un comit de conseil a t form, compos de quinze
chercheurs dans le domaine de lenseignement, ayant t charg de la mission de passer revue
toutes les propositions mises et de rdiger les conclusions de ce referendum.
La ralisation de forums de consultation visait valuer et regrouper les propositions des
diffrents secteurs intresss ou impliqus dans la formation des professeurs (personnel
acadmique, personnel administratif, professeurs, organisations sociales, autorits ducatives
locales et socit en gnral) afin le prparer le Plan Intgral de Renforcement de
lEnseignement Normal (Plan Integral de Fortalecimiento del Sistema de Educacin Normal).
Les axes principaux abords ont t les suivants : 1) le nouveau modle de formation des
enseignants; 2) les institutions qui incluent des tudes denseignement normal et leur rle
dans la transformation du systme de formation des professeurs de lducation primaire et
secondaire; le lien entre la formation professionnelle des professeurs et lattention porte aux
besoins rels du systme dducation du pays et 4) la planification, le suivi et lvaluation dans
le domaine de lenseignement normal.
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Dans ces forums sur lenseignement normal, prs de sept mille communications ont t
prsentes par environ dix mille participants qui, dans 80 % des cas, taient des professeurs ou
des tudiants.
Les rsultats obtenus dans le cadre des forums rgionaux, en ce qui concerne le modle
denseignement normal, ont t runis et travaills par un groupe de chercheurs dsign ex
professo, spcifiquement pour cette activit, ayant t organiss en quatre grandes
catgories, savoir : 1) planification et gestion du systme; 2) programmes dtudes; 3)
dveloppement professionnel des professeurs et 4) considrations sur la recherche.
Mots-cls : Rforme de lenseignement; politique dducation; enseignement normal
[ID 43]
A avaliao docente: entre mitos e dogmas | Lvaluation des enseignants : entre mythes et
dogmes
Patricia Ducoing e Dalia Garca | UNAM, MEXICO
Paralelamente s propostas de modernizao da educao bsica e obrigatria no Mxico,
para 1993, foi estabelecido um programa nacional chamado Carreira Magisterial com o
objetivo de contribuir melhoria da qualidade da educao a partir do reconhecimento do
trabalho dos docentes e do apoio para melhorar as suas condies de vida. Este programa,
cuja implementao aconteceu ao longo de 20 anos, constitua, segundo as autoridades, um
sistema de promoo horizontal, no qual os professores participam de maneira voluntria e
individual e tm a possibilidade de se incorporarem ou serem promovidos, se cumprirem com
todos os requisitos e so avaliados (SEP, Programa Nacional de Carreira Magisterial, 2014).
Notamos tambm, ao nvel oficial, que o programa sustentado por um sistema global de
avaliao, que permite determinar de forma objetiva e transparente, a quem se deve atribuir
o estmulo econmico (SEP, Programa Nacional de Carreira Magisterial, 2014: s/p, em
www.sep.gob.mx/). Este programa dirige-se tanto a docentes, como a diretores e
supervisores, assim como aos assessores que desempenham funes tcnico-pedaggicas.
Com base nestas breves linhas sobre a prtica da avaliao docente, apresentamos neste
trabalho vrias interrogaes sobre os dogmas e mitos que se encontram nas prticas
desenvolvidas pelo Ministrio de Educao no Mxico.
Como dogma, a avaliao tem colonizado incontestavelmente todos os espaos educativos
desde os finais do sculo passado no mundo inteiro, defendendo como princpio ter
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desenvolvido uma prtica racional, embora carente de fundamentos cientficos, que aceite e
desenvolvida usualmente, ocultando os seus princpios e pressupostos.
A funo mitificadora da avaliao decorrente do conjunto de crenas ou, inclusive, de
fantasias que a sociedade atual atribui a esta prtica, ao considerar que o desempenho do
professor e, em geral, o desempenho profissional ou de qualquer homem pode ser apreciado
atravs de provas de diferente natureza. Assim, a fora e a importncia atribudas tanto
avaliao como s suas tcnicas geram um mito, ao serem interpeladas como elementos
definitrios da aceitao ou da rejeio, da aprovao ou do fracasso, quer dizer, como
elementos que punem o sujeito.
A pretendida avaliao do desempenho, no nosso pas, mais um sistema de controlo dos
professores que uma possibilidade que leve melhoria e inovao das prticas educativas.
Como o afirmaram, h mais de 25 anos, Ardoino e Berger, o Estado mexicano pretende
verificar quanto os professores do ensino bsico cumprem os chamados fatores de
avaliao, estabelecidos pelos decisores, quer dizer, quanto se aproximam ou afastam deles.
E o Ministrio de Educao faz rimar a avaliao com o ritmo de controlo.
Paralllement aux propositions de modernisation de lducation de base et obligatoire au
Mexique, vers 1993, un programme national dnomm Carrera Magistral ( Carrire des
enseignants ) a t cr, afin daider amliorer la qualit de lducation, fonde sur la
reconnaissance du travail des enseignants et donner un soutien pour amliorer leurs
conditions de vie. Ce programme, dont la mise en uvre sest prolonge pendant 20 ans,
constituait, pour les autorits, un systme de promotion horizontale, o les enseignants
participent volontairement et individuellement, et ont la possibilit dtre intgrs ou promus
sils rpondent toutes les exigences et si valus (SEP, Programme National de la Carrire
des enseignants, 2014). Nous observons galement, au niveau officiel, que le programme est
soutenu par un systme global dvaluation, pour lequel il est possible de dterminer de
manire objective et transparente, qui il faut donner le stimulus conomique (SEP,
Programme National de la Carrire des enseignants, 2014, www.sep.gob.mx/). Ce programme
vise la fois les professeurs, les directeurs et superviseurs, ainsi que les conseillers qui ont des
fonctions de techniciens pdagogues. Sur la base de ces quelques lignes, concernant la
pratique de lvaluation des enseignants , nous prsentons, dans ce document. plusieurs
questions faisant allusion des dogmes et mythes qui sous-tendent les pratiques dployes
par le ministre de lducation au Mexique.
Comme un dogme, lvaluation a sans doute colonis tous les espaces ducatifs depuis la fin
du sicle dernier dans le monde entier, sous lhypothse dtre devenue une pratique
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rationnelle, bien que manquant de fondements scientifiques. Elle est ainsi accepte et
gnralement dploye, dissimulant ses principes et hypothses.
La mystification de lvaluation rside dans lensemble des croyances, voire des fantaisies,
attribues cette pratique par la socit actuelle qui considre que la performance du
professeur et, en gnral, la performance professionnelle ou de toute personne peuvent tre
apprcies travers des tests de diffrente nature. Ainsi, la force et limportance accordes
lvaluation, ainsi qu ses techniques, crent un mythe, elles tant interpeles comme des
lments dterminants de lacceptation ou du rejet, de lapprobation ou de lchec cela dit,
comme des lments de sanction pour lindividu.
La prtendue valuation de la performance, dans notre pays, est plutt un systme de
contrle des enseignants, bien plus quune possibilit favorisant lamlioration et linnovation
des pratiques ducatives. Comme lont remarqu Ardoino et Berger, il y a plus de 25 ans, ltat
mexicain veut simplement vrifier combien denseignants de lducation de base respectent
les facteurs dvaluation tablis par les dcideurs, savoir, dans quelle mesure ils sen
rapprochent ou ils sen loignent. Le ministre de lEducation fait rimer lvaluation avec le
rythme de contrle.
[ID 106]
Enjeux et pratiques de lvaluation de la recherche partenariale : une analyse stratgique
Houssine Dridi | UQAM
Verso portuguesa no disponvel.
La recherche partenariale connat un foisonnement en sciences sociales (Bussires & Fontan,
2011 ; Tremblay & Rochamm, 2013), comme en ducation. Cet essor est associ un
ensemble de facteurs dont, le nouvel engouement manifest par un plus grand nombre de
chercheurs pour ce type de recherche (Bussires & Fontan, 2011), la promotion de la
collaboration entre chercheurs universitaires et milieux professionnels (Gillet & Tremblay,
2011) et la demande des milieux ducatifs (Kaddouri, 2008 ; Garant, 2013). Cette impulsion est
aussi entretenue, dune part, par les opportunits de financement des organismes
subventionnaires et, dautre part, par les exigences auxquelles les acteurs des tablissements
denseignement sont astreints avec lobligation dune gestion axe sur les rsultats. Dans ce
cadre, les acteurs doivent encourager la tenue de recherches-actions ou de recherches
collaboratives ; participer des dmarches de recherche pouvant alimenter et faire progresser
la russite des lves (MELS, 2008). Cet a priori est considr sous langle dun rapprochement
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avec les milieux de la recherche, dune implication directe aux projets de recherche, dune
appropriation de pratiques innovantes ou dun dveloppement professionnel (Borges et al.,
2011 ; Gaffield, 2013). Bien que la recherche partenariale devienne une exigence pour
certaines subventions et que les universits et leurs partenaires soutillent pour favoriser ce
type de recherche, il y a peu de connaissances dveloppes au sujet de lvaluation de la
pertinence prescrite des projets comme des retombes (Mehiriz & Marceau, 2012), dautant
plus, que des chercheurs ont tch de nous montrer que lutilisation des rsultats de
recherche en ducation est difficile et que les effets demeurent souvent modestes et se
maintiennent difficilement dans le temps (Blanger & al., 2012 ; Lafranchise et al., 2014). Cette
communication rend compte dun volet dun projet de recherche valuative, portant sur les
enjeux et les expriences de partenariats universit-communaut et bas sur le modle de
lanalyse stratgique, dans le cadre de travaux du Comit de recherche des services aux
collectivits de lUniversit du Qubec Montral. Le cadre mthodologique sarticule autour
de recensions de publications, dtudes de cas de 5 projets de recherche en ducation et
formation et des rapports dvaluation.
Mots cls : recherche partenariale, recherche valuative, analyse stratgique, universit-
communaut, dveloppement professionnel, pratiques innovantes.
[ID 136]
A avaliao docente na Reforma Educativa Mexicana 2013 | Lvaluation des professeurs dans
le cadre de la Rforme de lenseignement au Mexique 2013
Yazmn Cuevas Cajiga | UNAM
No Mxico, em 2013, foi anunciada uma Reforma Educativa com o intuito de elevar a
qualidade da educao bsica. A principal ao proposta foi um processo de avaliao para o
ingresso de novos docentes e avaliar o desempenho dos professores em funes. No discurso
poltico a Reforma Educativa tornou-se mais simples, j que se expe, de maneira geral, que a
qualidade educativa se conseguir atravs da avaliao do professor. Contudo, necessria
uma leitura e anlise profunda para compreender o papel da avaliao docente. O propsito
desta comunicao aprofundar, a partir de uma anlise documental, o objeto-problema da
Reforma Educativa 2013, nomeadamente a avaliao docente.
Esta anlise baseia-se no conceito de reforma educativa, que se entende como una
transformao decorrente do Estado com a inteno de solucionar um problema e fornecer
uma formao pertinente s necessidades sociais, econmicas, culturais do pas (Pedr e Puig,
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1999). Todas as reformas educativas se expressam no discurso poltico, num projeto, em leis e
regulamentos, que assumem determinadas concepes de educao, dos docentes, da
avaliao e da aprendizagem (Rizi e Lingard, 2013)
Este estudo documental baseou-se nos seguintes documentos: o decreto presidencial da
Reforma Educativa 2013, a Lei do Servio Profissional Docente, o Acordo de Cooperao
Mxico-OCDE para melhorar a qualidade da educao das escolas mexicanas. Assim, realizou-
se uma leitura e anlise profunda deste corpus documental para identificar o problema ao qual
atende a Reforma Educativa 2013.
Dentre os resultados sobressai o facto de que o problema oficial desta Reforma elevar a
aprendizagem dos alunos por meio da avaliao docente. No mbito extra-oficial, o propsito
que o Estado recupere o controlo da educao bsica, j que ela tem estado nas mos do
sindicato de professores (Sindicato Nacional de Trabalhadores da Educao). Assim, a
avaliao docente um meio para controlar a comunidade dos professores e no uma via para
melhorar a prtica docente.
Palavras-chave: Reforma educativa, avaliao docente, poltica educativa.
Au dbut de lanne 2013, le gouvernement mexicain de Pea Nieto a annonc une Rforme
de lenseignement dont le but tait damliorer la qualit de lenseignement primaire et
secondaire. Une des actions phares de cette rforme tait un processus dvaluation pour
contrler laccs des nouveaux professeurs aux postes pourvoir et pour valuer les
performances des professeurs actifs. Dans le discours politique, cette Rforme de
lenseignement a t assez bien simplifie, car ce qui est communiqu est que la qualit de
lenseignement sera garantie par la mise en place de mcanismes dvaluation des
professeurs. Cependant, une lecture et une analyse en profondeur sont ncessaires afin de
comprendre le rle rel de lvaluation des professeurs. Le but de cette communication est
didentifier, partir dune analyse des documents qui y font rfrence, lobjet-problme de la
Rforme de lenseignement de 2013 auquel la solution de lvaluation des professeurs semble
faire face. Pour cette analyse je prends comme point de dpart le concept de rforme de
lenseignement, compris dans le sens dune transformation lance et soutenue par ltat dans
le but dapporter une solution un problme et doffrir une formation pertinente aux besoins
sociaux, conomiques et culturels du pays (Pedr et Puig, 1999). Toute rforme de
lenseignement est exprime par le biais dun discours politique, par un plan dattaque, des lois
et des rglements qui revendiquent certaines conceptions de lenseignement, du professeur,
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de lvaluation, de lapprentissage, pour nen mentionner que quelques-uns (Rizi et Lingard,
2013).
Cette analyse est de type documentaire et a pour corpus danalyse les documents suivants: le
dcret prsidentiel de la Rforme de lenseignement 2013, la Loi du Service professionel
denseignement, laccord de coopration Mexique-OCDE dans le but damliorer la qualit de
lenseignement des coles mexicaines. Une lecture et une analyse minucieuse de ce corpus a
t mene bien afin didentifier le problme pour lequel la Rforme de lenseignement 2013
prtend tre une solution.
Parmi les rsultats, celui qui ressort le plus es sans doute que le problme officiel de la
Rforme en question est dlever les taux de russite des tudiants par le biais de lvaluation
des professeurs. Mais, dun point de vue extra-officiel, le but est que ltat puisse rcuprer le
contrle de lenseignement primaire et secondaire, qui se trouve depuis des dcennies dans
les mains du syndicat des professeurs (Sindicato Nacional de Trabajadores de la Educacin,
SNTE). De ce fait, lvaluation des professeurs est sans aucun doute un moyen de mettre en
ceinture le syndicat des professeurs et pas, comme on pourrait le croire, un moyen vritable
damliorer la pratique de ceux-ci.
Mots-Cls: Rforme de lenseignement, valuation des professeurs, politiques ducatives
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SALA | SALLE 2 - 44, 65, 115, 131, 257
[ID 44]
A universidade que queremos: Diversidade, Multiculturalismo e Direitos Humanos |
Luniversit que nous souhaitons: la Diversit, le Multiculturalisme et les Droits Humains
Jos Zuchiwschi
A rea da educao formal, especificamente a educao superior (capacitao e formao
profissional), deve contribuir, em seus campos distintos de conhecimento (ensino, pesquisa e
extenso), para o fortalecimento e consolidao de uma cultura universal dos direitos
humanos, voltada para o respeito aos direitos e liberdades fundamentais de todos os seres
humanos e promoo e valorizao das diversidades (culturais, tnico-raciais, territoriais,
fsico-individuais, geracionais, de gneros e de orientaes sexuais, entre outras).
No Brasil, embora sejam, inegavelmente, temas de fundamental importncia e urgncia, ainda
so considerados como temas transversais no processo educacional de crianas, jovens e
adultos. Assim, tornam-se elementos desafiadores na formao de professores e profissionais
de nvel superior nas reas da diversidade, do multiculturalismo e dos Direitos Humanos.
Desafios ainda maiores a partir da efetivao das Diretrizes Nacionais para e Educao em
Direitos Humanos do Conselho Nacional de Educao - CND, Parecer n. 8 de maio de 2012 e do
Plano Nacional de Educao em Direitos Humanos - PNEDH, de 2005.
A educao voltada para a diversidade, o multiculturalismo e os direitos humanos, deve, em
grande medida, adotar medidas no mbito dos polticas pblicas educacionais inclusivas, com
o objetivo de alcanar camadas da populao mais vulnerveis e especficos, como no caso da
adoo de poltica de quotas para negros e indgenas nas universidades brasileiras.
Entretanto, a adoo de polticas pblicas educacionais, embora respondam s tendncias e
expectativas da garantia e promoo dos direitos humanos, desafia as instituies de ensino,
notadamente, a de nvel superior, para sua formao profissional, atuao em sala de aula,
alm da questo curricular e, em grande medida, em sua prpria estrutura interna e
administrativa. O que impe uma questo fundamental: a universidade est preparada para o
que dela esperamos?
Esta proposta de trabalho pretende expor o que tem sido feito na Universidade de Braslia -
UnB, a partir da constituio do Comit para a Implantao da Educao em Direitos Humanos
e da Diretoria da Diversidade; alm das experincias de ensino, pesquisa e extenso na rea de
Antropologia e Educao, Diversidade, Multiculturalismo e Direitos Humanos do
Departamento de Teoria e Fundamentos da Faculdade de Educao da UnB.
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Palavras-chave: Educao, Direitos Humanos, Diversidade, Multiculturalismo, Polticas Pblicas
Educacionais
Le domaine de lducation formelle et spcifiquement lducation suprieure (capacitation et
formation professionnelle), doit contribuer ses champs distincts de connaissance
(lenseignement, la recherche et lextension), pour renforcer et consolider la culture
universelle des droits humains. Son objectif es
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