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Jornal Ocidental | Maio de 2010

1533 Anos da Cidade

Na edição pas-

sada do Jornal

Ocidental, ocor-

reu um erro por conta da

diagramação no que diz

respeito à foto da matéria

sobre o Conselho Tute-

lar. O Conselheiro Ismael

Sousa, o mais experiente

dentre os Conselheiros,

não apareceu na imagem.

O Jornal Ocidental vem a

publico pedir desculpas a

Ismael e se coloca a dispo-

sição do Conselheiro para

quaisquer questões.

Esclarecimentos

Entretanto, esta editoria

esclarece que não houve

motivação política algu-

ma para a publicação da

referida matéria sobre o

Conselho e que o fato de

a mesma estar ao lado do

perfil da senhora Romil-

da Vidal foi mera ajuste

gráfico não tendo relação

alguma, uma com a outra.

O que poucos não en-

tenderam, explico ago-

ra: a matéria de Romilda

faz parte da série (agora

praticamente uma edito-

ria) “33 Anos de Cidade

Ocidental” que relata fa-

tos marcantes na história

Erramosdo Município, perfis dos

pioneiros da Cidade e ou-

tros acontecimentos his-

tóricos e fotos.

A senhora Romilda

não é candidata a nada,

não é filiada a nenhum

partido e nem sua pro-

fissão está exercendo no

momento. O fato por si só,

não justifica os ataques

de fúria de pessoas que

julgam o Jornal Ociden-

tal, um “jornaleco” ou um

mero veículo de divulga-

ção das ações da Prefei-

tura de Cidade Ocidental.

Por mais de uma vez foi

abordado aqui, a impar-

cialidade e independência

deste periódico no que diz

respeito a noticias de Ci-

dade Ocidental.

Portanto, críticas se-

rão bem vindas desde

que por escrito e dentro

dos limites dos princípios

morais e éticos que são

devidos aos cidadãos de

bem, bem informados e

sabedores de seu direito à

crítica e dever de respei-

tar a opinião alheia e não

sob o manto de ofensas

pessoais ditas em voz alta

na Cidade, típicas daque-

les sem bom senso.

SQ 18 Q 02 Casa 36Denúncias: (61) 3903-2035 Plantão: (61) 9195-5562 (61) 9184-4692

Presidente Crystianny Vitoriano, Ruth Delevedove,

Robson Campos, Jurandir José e Ismael Sousa

Conselho Tutelar

Perfis e Fatos que marcaram a história da Cidade Editado por André Brito

Por André Brito www.andrebrito.wordpress.com

Tido como os primei-

ros a gravar um disco

em Cidade Ocidental,

o grupo Original Gueto, que

tinha em sua formação os ra-

ppers Cláudio Chandelle, DJ

Junio, Kall, Márcia e Ordep,

lançou seu registro fonográfico

“Sacudindo o Gueto” em 1997.

Com letras fortes, de te-

mática urbana, trazia em seu

conteúdo, desabafos típicos

da Geração Rap de Brasília,

claramente influenciada pelos

rappers americanos da Costa

Oeste dos Steites. Snoop Dogg,

Dr Dre e Eazy E, apenas para

ficar entre os mais famosos, di-

tavam as tendências líricas no

resto do mundão negro e peri-

férico dos subúrbios.

Após quase uma década

dançando Break, membros do

grupo Grand Masters Dan-

ce resolvem escrever letras e

cantar Rap. O resultado foram

dois discos. Embora poucos

em Cidade Ocidental dessem o

devido crédito a esse fato iné-

dito, o OG tinha bastante re-

percussão nas rádios e shows

do DF, chegando a cantar para

quase 5 mil pessoas em even-

to de natal na Rodoviária do

Plano Piloto, patrocinado pela

extinta Redley Records.

O CD tem participações

interessantes de músicos da

Cidade. Cláudio Batata, do ex-

tinto grupo Afro Negro Abadá,

participa dos vocais na música

“Chama de Uma Vela” e “Ora-

ção”, última faixa do disco, que

teve 5 mil cópias comercializa-

das, segundo Chandelle.

“Dona Viola” é de longe

uma das melhores músicas,

pois faz analogia entre o mun-

do real e o fictício, onde trans-

forma a “Violência” em uma

pessoa de carne e osso, “Dona

Viola”, criando um eufemismo

inédito e jamais explorado no-

vamente no Rap Nacional.

Outra grande música é a

terceira faixa “Véi”. Batidas

sincopadas, emprestadas de

“Friends” do grupo Whodini,

coro de várias pessoas no re-

frão, esse som imortalizou a

gíria tipicamente brasiliense

“véi” (ou “velho”), usada para

designar os “manos”.

Mas o que marca realmen-

te é a produção do DJ Raffa,

utilizando os recursos tecno-

lógicos da época, à disposição

dos Rappers de Brasília, em

um período bem mais criativo

para o Rap do que hoje.

Está previsto para esse

ano, um coletânea com os

clássicos do Rap de Brasília,

que incluirão novas versões de

“Véi” e “Dona Viola” pela Ma-

rolla Discos, gravadora do DF

que conta com vários Rappers

em seu cast. Não percam!

Original Gueto “Se liga véi, a casa vai cair”Cidade Ocidental, com sua cultura diversificada, também foi berço do Hip-Hop na região do DF e Entorno. Leia a resenha do primeiro CD gravado na cidade e à venda até hoje em lojas virtuais pelo Brasil.

Entre uma sacudidela e outra no

gueto, cinco mil CDs foram vendidos.