II CONINTER – Congresso Internacional Interdisciplinar em Sociais e Humanidades
MAPEAMENTO URBANÍSTIC
RESENDE, LUCIANA LELISSIMONE M. S. (3) REZ
1. Escola de Arquitetura da UFMG. Mestranda em Ambiente Construído e Patrimônio S
Rua Maria Cândida de Jesus, 139 / apto 304, Bairro Jardim Paquetá, CEP 31330
2. Escola de Arquitetura da UFMG. Mestranda em Ambiente Construído e Patrimôni
Rua Chicago, 430 / apto 301, Bairro Sion, CEP 30315
3. Escola de Arquitetura da UFMG. Mestranda em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável
Rua do Mosteiro, 37 / apto 801,
4. Escola de Arquitetura da UFMG. Prof. Dr. Mestrado em Ambiente Construído e Patrimônio
Rua Paraíba, 697
RESUMO
O mapeamento urbanístico é um instrumento patrimonial consolidado, que auxilia na paisagem. A representação urbanística, uma das formas do mapeamento urbanístico, auxilia na análise do espaço/lugar nessa paisagem urbana. pela clareza na exibição de informações e resultados de pesquisa assimilação de informações novas. seguintes grupos: inventário urbanístico e arquitetônico, levantamento fotográfico, gráficos e cartografia. Este artigo baseia-se na aplicação desses instrumentos na região centroquarteirão da Igreja de Lourdes e entorno imediato, a partir do 2013. O ponto comum entre os três projetos de pesquisa necessidade de se compreender os valores que a forma urbana apresentaqualidades do espaço através dpossibilidades favorece a escolha da opção mais adequada a cadesse artigo se torna relevante.
Palavras-chave: I nstrumentos tecnológicos. Mapeamento. Representação gráfica.
Congresso Internacional Interdisciplinar em Sociais e HumanidadesBelo Horizonte, de 8 a 11 de outubro de 2013
URBANÍSTICO: INSTRUMENTOS TECNO
LUCIANA LELIS . (1), TEIXEIRA, LUCIANA DE CARVALHOSIMONE M. S. (3) REZENDE, MARCO ANTÔNIO PENIDO DE. (4)
1. Escola de Arquitetura da UFMG. Mestranda em Ambiente Construído e Patrimônio S
MACPS Rua Maria Cândida de Jesus, 139 / apto 304, Bairro Jardim Paquetá, CEP 31330
2. Escola de Arquitetura da UFMG. Mestranda em Ambiente Construído e PatrimôniMACPS
Rua Chicago, 430 / apto 301, Bairro Sion, CEP [email protected]
3. Escola de Arquitetura da UFMG. Mestranda em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável
MACPS osteiro, 37 / apto 801, Bairro Vila Paris, CEP 30380
4. Escola de Arquitetura da UFMG. Prof. Dr. Mestrado em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável MACPS
Rua Paraíba, 697, Bairro Funcionários, CEP [email protected]
O mapeamento urbanístico é um instrumento patrimonial consolidado, que auxilia na A representação urbanística, uma das formas do mapeamento urbanístico, auxilia na análise
do espaço/lugar nessa paisagem urbana. A importância dessa tecnologia de caracterização se justifica pela clareza na exibição de informações e resultados de pesquisa e também na facilidade de assimilação de informações novas. Para efeito de análise, os instrumentos foram divididos nos seguintes grupos: inventário urbanístico e arquitetônico, levantamento fotográfico, gráficos e cartografia.
icação desses instrumentos na região centro-sul de Belo Horizonte, no quarteirão da Igreja de Lourdes e entorno imediato, a partir do trabalho a campo realizado em junho de
entre os três projetos de pesquisa em desenvolvimento pelasnecessidade de se compreender os valores que a forma urbana apresenta,qualidades do espaço através das representações urbanísticas. O conhecimento das possibilidades favorece a escolha da opção mais adequada a cada projeto de pesquisa
se torna relevante.
nstrumentos tecnológicos. Mapeamento. Representação gráfica.
Congresso Internacional Interdisciplinar em Sociais e Humanidades
: INSTRUMENTOS TECNOLÓGICOS
LUCIANA DE CARVALHO (2), SAFE, PENIDO DE. (4)
1. Escola de Arquitetura da UFMG. Mestranda em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável
Rua Maria Cândida de Jesus, 139 / apto 304, Bairro Jardim Paquetá, CEP 31330-460
2. Escola de Arquitetura da UFMG. Mestranda em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável
520
3. Escola de Arquitetura da UFMG. Mestranda em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável
airro Vila Paris, CEP 30380-780
4. Escola de Arquitetura da UFMG. Prof. Dr. Mestrado em Ambiente Construído e Patrimônio
140
O mapeamento urbanístico é um instrumento patrimonial consolidado, que auxilia na compreensão da A representação urbanística, uma das formas do mapeamento urbanístico, auxilia na análise
A importância dessa tecnologia de caracterização se justifica e também na facilidade de
Para efeito de análise, os instrumentos foram divididos nos seguintes grupos: inventário urbanístico e arquitetônico, levantamento fotográfico, gráficos e cartografia.
sul de Belo Horizonte, no trabalho a campo realizado em junho de
em desenvolvimento pelas autoras é a , a partir da análise das
O conhecimento das diversas a projeto de pesquisa, e por isso,
nstrumentos tecnológicos. Mapeamento. Representação gráfica.
1. INTRODUÇÃO
Este artigo foi desenvolvido com base num instrumento patrimonial consolidado, o
mapeamento urbanístico, e no trabalho de campo realizado em junho de 2013 na região
centro-sul de Belo Horizonte, no quarteirão da Igreja de Lourdes e entorno imediato, escolhido
como exemplo para aplicação dos instrumentos escolhidos e destacados neste trabalho.
A representação urbanística, sendo uma das formas do mapeamento urbanístico, auxilia na
compreensão e análise do espaço/lugar na paisagem urbana. Isso se deve ao fato de o
mapeamento inserir o ambiente em estudo no contexto urbano, primeiramente fazendo o
recorte dentro da amplitude do município e na sequência evidenciando características
diversas consideradas importantes para a investigação em processo. A importância dessa
tecnologia de caracterização se justifica pela clareza na exibição de informações e resultados
de pesquisa e também na facilidade de assimilação de informações novas.
Acerca do lugar e do espaço, assume-se antecipadamente a distinção conceitual dos termos.
Para Carlos (1996)1, o lugar é a base da reprodução da vida que se expressa através da visão
tripartite: habitante-identidade-lugar. O plano da vida seria o do local, pensado, sentido e
apropriado pelo corpo, através do qual o homem transforma espaço em lugar. Paul Ricouer
(2010) caracteriza o espaço habitado enquanto um espaço construído que é também um
espaço geométrico, mensurável e calculável. "Sua qualificação como lugar de vida
superpõe-se e se entremeia a suas propriedades geométricas, da mesma forma como o
tempo narrado tece em conjunto o tempo cósmico e o tempo fenomenológico." (RICOUER,
2010) A paisagem é a caracterização da sua cultura e da condição histórica que refletem
igualmente não somente o trabalho e as aspirações da sociedade atual, mas, também, os que
a precederam." (CONZEN, 1966) Assim, o espaço vivido aporta um conceito que vai além: o
lugar. A ideia do Lugar tem um papel relevante na concepção do Genius Loci 2 , que
corresponde ao que o lugar é ou quer ser. Neste sentido, Michael Conzen (1966) adiciona o
fato de que "a paisagem adquire existência diferenciada da sociedade que a ocupa e, muito
mais que refletir as suas aspirações atuais, reflete também um processo histórico incompleto,
cumulativo de todas as necessidades e aspirações humanas sucessivas que se
desenvolveram neste determinado habitat." Isto expõe a relação do espaço-lugar com nosso
cotidiano, em que "esses lugares de memória funcionam principalmente à maneira dos
1 CARLOS, Ana Fani. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996. 2 "Genius Loci é um conceito romano. De acordo com as crenças romanas qualquer ser 'independente' tem o seu 'genius', o seu espírito guardião. Este espírito dá vida às pessoas e aos lugares, acompanha-os do nascimento até a morte, e determina o seu caráter ou essência." NORBERG-SCHULZ, Christian. Genius Loci: towards a Phenomenology of Architecture. New York:Rizzoli, 1984, p.18.
reminders, dos indícios de recordação, ao oferecerem alternadamente um apoio à memória
que falha, uma luta na luta contra o esquecimento, até mesmo uma suplementação tácita da
memória morta." (RICOUER, 2010, p.57-58)
Dessa forma, podemos compreender a relação entre os conceitos aqui empregados:
Paisagem, Patrimônio, Espaço, Lugar.
O objetivo geral é conhecer as possibilidades em representação urbanística e arquitetônica
visando compreender qual seria a escolha mais adequada para análise de cada projeto de
pesquisa, buscando meios de compreender a cidade enquanto habitat humano, a partir de
informações extraídas e compiladas.
Dentre os três projetos de pesquisa propostos pelas autoras, destacou-se como ponto comum
a necessidade de se compreender os valores que a forma urbana apresenta analisando as
qualidades do espaço através de representações urbanísticas.
Partindo do pressuposto que a cidade pode ser "lida" e analisada através de sua forma física,
a escolha dos parâmetros de análise nesse trabalho se estruturam nos seguintes princípios:
1- Elementos físicos: as edificações e as áreas livres privativas e públicas a elas relacionados,
os quarteirões, os lotes e as vias.
2 - Tipo de uso e tipo de ocupação.
3 - Histórico - Cultural: elementos que compõem a paisagem urbana e antrópica. Bens
tombados, estilo arquitetônico, década de construção.
Sendo assim, foram indicados para embasar o exemplo proposto neste artigo características
como uso, escala, compreensão do simbólico e da cultura, apropriações, até tipo de usuários,
necessidades, características físicas das edificações, interface entre cheios e vazios, áreas
livres e áreas verdes disponíveis e ofertadas, pontos de referência.
Dentre as possibilidades concretas de realização deste trabalho, levando-se em consideração
aspectos financeiros, conhecimento prévio de softwares e tempo, consideramos que quatro
instrumentos tecnológicos tornaria possível este estudo: o inventário, as fotografias, os
gráficos e a cartografia. O inventário como organizador das informações e pesquisas iniciais
desejáveis de serem compiladas e compreendidas in loco. A fotografia como instrumento de
arquivamento e representação para caracterização da área selecionada. A cartografia como o
instrumento agregador de informações, no qual é possível comparar dados e levantar
reflexões, chegando-se a conclusões sobre a qualidade do espaço segundo alguns aspectos,
objetivo deste artigo. Ainda, um suporte interessante observado, são os gráficos. Esses
auxiliam na elucidação e entendimento de informações numéricas e formais, de modo que
ilustram as proporções analisadas e criam padrões comparativos. Ainda que sejam válidos
como auxiliadores, não ocupam espaço de destaque nos trabalhos acadêmicos da área de
urbanismo e análise da paisagem.
Para que pudéssemos analisar a aplicação de tais instrumentos tecnológicos escolhidos,
selecionamos uma área na região centro-sul de Belo Horizonte, que possui pontos em comum
com ambos projetos de pesquisa cujos objetos de análise se localizam na região centro-sul de
Belo Horizonte: um que avalia a questão do simbólico na rua da Bahia e o outro que avalia a
relação entre o sagrado e o profano nessa mesma região. O projeto de Marrocos, trata
também de um bairro tradicional na capital, tombado como patrimônio mundial pela UNESCO.
Esse exercício, portanto, será de grande valia para os três projetos de pesquisa.
Fig. 01 - Área selecionada para trabalho de campo.
Fonte: Produzido pelos autores - Autocad e Corel Draw. Junho, 2013.
2. INVENTÁRIO URBANÍSTICO E AQUITETÔNICO O inventário é um instrumento tradicional do campo da preservação do patrimônio, cuja
função primordial é a de produzir um registro de bens culturais a serem protegidos. Este
instrumento vem sendo utilizado sistematicamente no Brasil desde a década de 1930, quando
foi implantando o SPHAN – Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O inventário
tornou-se, portanto, um instrumento auxiliar da preservação, que se centrava no tombamento.
No final de década de 1960, com o advento do conceito de “sítio urbano” em substituição ao
conceito de “cidade monumento”, essa postura em relação ao inventário começa a mudar. O
IPAC-MG (Inventário de Proteção do Acervo Cultural de Minas Gerais), iniciado em 1984, se
propunha a ser um “inventário do conhecimento”, ainda que na prática funcionasse
basicamente como uma catalogação de bens culturais.
As primeiras tentativas com o enfoque mais voltado para a visão de conjunto aconteceram em
âmbito municipal. O IGEPAC – Inventário Geral do Patrimônio ambiental e Cultural Urbano de
São Paulo, desenvolvido a partir de 1983, introduziu uma metodologia voltada para uma
abordagem especificamente urbana, partindo da compreensão de unidades culturais mais
amplas. Apesar de utilizar suportes tradicionais como fichas de inventário, a ênfase era na
análise urbanística das áreas inventariadas, abordando a dimensão menos palpável da
cultura.
Desenvolvido a partir de 1993, o IPUCBH – Inventário de Patrimônio Urbanos e Cultural de
Belo Horizonte baseou-se na ampliação do conceito de patrimônio e na compreensão da
cultura como um processo e não somente uma série de bens, constituindo-se em uma
pesquisa sistemática, procurava reconhecer e documentar o patrimônio. A metodologia
desenvolvida foi a do diagnóstico urbano, associando pesquisa documental e trabalho em
campo a fim de elaborar o diagnóstico das áreas estudadas a partir de seus aspectos
multidisciplinares.
Atualmente efetua-se inventário tanto de bens matérias / tangíveis quanto de bens imateriais /
intangíveis. Os suportes existentes tradicionais são as fichas de registro, que o pesquisador
leva consigo a campo e preenche de acordo com o que é observado. Nos suportes auxiliares
constam bases cartográficas, fotografias e imagens, softwares de edição de imagens, de
geoprocessamento e de gerenciamento de dados, áudio e vídeo com filmagens documentais.
2.1 Modelo de inventário proposto para o artigo
Para se conceber o modelo de inventário proposto para este artigo foi necessário atender às
seguintes premissas: o inventário teria que atender a três pesquisas distintas: A Rua da Bahia
como Lugar de Memória, o Sagrado e o Profano na Região Centro-Sul de Belo Horizonte e
compreensão da formação da paisagem da Kasbah do Oudayas, de maneira a se aproximar
de um entendimento das caracterísiticas que a tornam singular e única. Portanto, a ficha de
inventário foi elaborada contando com tópicos gerais, podendo ser usada nas três pesquisas.
Os suportes complementares foram a fotografia digital e os softwares gráficos (Autocad,
Coreldraw, Photoshop), além do Google Maps e do Google Street View, que proporcionou
agilidade e comodidade, uma vez que pode ser acessado de qualquer lugar, reduzindo o
tempo de pesquisa em campo, além do fato de ser gratuito. Outro suporte utilizado foi o Excel,
que auxiliou na análise e no cruzamento de dados. Foram realizadas dezoito fichas de
inventário para este artigo.
Fig. 02 - Modelo Inventário proposto.
Fonte: Produzido pelos autores - excel. Junho 2013.
3. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
O levantamento fotográfico consiste num auxílio poderoso aos técnicos, por tornar possível,
fora de campo, estabelecer medidas, conferir valores, determinar detalhes, pela precisão da
imagem. Deve-se levar em consideração pequenas distorções que podem decorrer do uso
das lentes, que podem inclusive ser usadas de forma proposital (por exemplo lentes acima
100mm, zoom, teleobjetivas) e cujas distorções podem ser calculadas em softwares
dedicados.
Os suportes existentes incluem tanto as fotografias digitais, analógicas ou croquis feitos à
mão quanto fotografias de satélite. Incorpora também a edição de imagens com o auxílio de
softwares como Photoshop e Coreldraw.
A fotografia surgiu na primeira metade do século XIX. Segundo Oliveira, sua evolução deve-se
a astrônomos e físicos que observavam os eclipses solares por meio de câmeras obscuras,
princípio básico da máquina fotográfica. A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de
1826 ou 18273 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce. No Brasil, Antoine Hercule
Romuald Florence (1804-1879), um francês radicado na Vila de São Carlos, pesquisou, entre
1832 e 1839, uma forma econômica de impressão, sensibilizada pela luz do sol e sais de
prata. Ele chegou próximo a uma descoberta batizada de photographie, seis anos antes que
seu compatriota Daguerre em Paris. "Desde que foi descoberta, a fotografia analógica pouco
evoluiu. Permaneceu com seus princípios ópticos e formatos por mais de 100 anos"
(OLIVEIRA).
A fotografia analógica hoje é muito usada como referência histórica, sendo fonte importante
para resgatar a memória e construir a evolução de uma paisagem urbana.
Atualmente, a introdução da tecnologia digital tem modificado drasticamente os paradigmas
que norteiam o mundo da fotografia. A base fotográfica, especialmente a fotografia satélite
(google earth), serve de referência para que se possa encontrar a proporção e a escala
verdadeira. As fotografias podem ser inseridas no Autocad, onde se desenha por cima da
imagem que se deseja detalhar. Após a execução do desenho, a partir de uma escala de
referência, acha-se a escala real do desenho. Dessa forma, é possível avaliar aspectos reais,
3 1826 - Imagens obtidas gravadas sobre o estanho. Extração de amido a partir de uma fécula chamada 'giraumont'. Produção de uma fibra têxtil de tecelagem a partir de uma planta da Síria. 1827 - Ponto de vista sobre o estanho não gravada (a única espécime preservada de uma imagem feita por Niépce na escura corresponde a esta fase do seu trabalho). Tradução da autora.[Acessado em 30/06/2013: http://www.niepce.com/pages/page-inv.html]
com cálculos de áreas, largura de vias, largura de ruas, proporção cheios e vazios, áreas das
árvores e áreas permeáveis, etc.
A manipulação da fotografia por softwares trazem também armadilhas por permitirem a
alteração destas, não podendo assegurar sua fidelidade para memória posterior. Esse uso
torna possível manipulações mal intencionadas. Para classificação como dossiers, essas
alterações podem acarretar em prejuízos para a memória.
A fotografia pode ser considerada produto intermediário, como no exemplo citado, mas
também como produto final. Podemos obter visadas panorâmicas que retratem a paisagem
em análises, trabalhadas em softwares de design como photoshop. Outro artifício que pode
ser usado nas fotografias é o tratamento de imagem, para que se possa ressaltar
determinados aspectos da fotografia. Abaixo alguns exemplos de tratamento de fotografia
pelo photoshop.
Fig. 03 - Croquis utilizando softwares gráficos - estilos arquitetônicos diferentes na paisagem urbana: Igreja de Lourdes e edificação moderna BDMG.
Fonte: Luciana Teixeira - fotografia digitai e photoshop. Junho 2013.
O desenho a mão, ainda é bastante comum de ser usado nas análises e representações de
campo. Proporciona personalidade e destaque para alguma característica especial que se
queira retratar. Antes, a única forma conhecida como instrumento tecnológico, hoje seu usos é
parte de uma escolha intencional.
4. GRÁFICOS
Gráficos são ferramentas visuais usadas para facilitar o entendimento de dados ou valores
numéricos. Podem ser aplicados de maneiras diferentes, em formas de barras, colunas,
linhas, circulares. Podem se relacionar a variados assuntos, no caso deste artigo foram
elaborados gráficos sobre proporção entre cheios e vazios (contabilizando a porcentagem
ocupada por uma edificação no lote), áreas verdes, relação entre a área dos quarteirões, ruas
e calçadas, predomínio entre as épocas construtivas dos imóveis, predomínio de estilos
arquitetônicos das edificações.
Para a elaboração dos gráficos, utiliza-se um software especializado em elaboração e
formatação de planilhas. Onde os dados coletados in loco são distribuídos e organizados nas
planilhas e o programa, automaticamente, apresenta de forma mais clara e objetiva com o
desenho de gráfico selecionado.
Neste artigo, o software utilizado foi o Excel, criado e de propriedade da empresa Microsoft.
5. CARTOGRAFIA Cartografia é uma ciência estritamente ligada à geografia e ao urbanismo, que trata dos
estudos e operações tanto científicas e técnicas, quanto artísticas, relacionadas à concepção,
elaboração, difusão, utilização e estudo das cartas [ou mapas] (ROBBI, 2000).
Segundo Choay (2001), a representação iconográfica em seus primórdios incluía, juntamente
com as informações, a criatividade do autor. Uma vez que os mapeamentos realizados tinham
a função de ilustrar tempos passados. Essa forma de representação ainda não possuía o rigor
científico presente nos mapeamentos de hoje.
Com a evolução da tecnologia, atualmente é possível a modelagem computadorizada. Essa
nos permite uma visualização mais real em três dimensões do lugar em análise. Tal tecnologia
nos permite inclusive a visualização de propostas e intervenções aplicadas ao espaço em
estudo.
A cartografia, representação gráfica por excelência do urbanista, que pode ser tanto bi quanto
tridimensional, conta com o apoio de softwares como MicroStation, CaligariTrueSpace e
ArquiGIS, e também do AutoCAD, 3D Studio Max e Sketchup.
Como suporte à cartografia, conta-se com as tecnologias de levantamento arquitetônico e
urbanístico como trenas, clinômetros e bússolas; bases flutuantes (estações topográficas e
estação total); GPS - Global Positioning System; escaneamento a laser com o aparelho Laser
Scanner - LS e editado com os softwares: Sistemas Vulcan e I-Site.
5.1 Suportes existentes
Neste item destacaremos e conceituaremos tanto as tecnologias de levantamento
arquitetônico que dão suporte à elaboração cartográfica, quanto os softwares utilizados na
confecção dos mapas.
Trenas
Consiste em uma fita flexível e graduada utilizada para medida direta de distância. Embora
mais lento, permite uma melhor precisão. Essa precisão varia de acordo com o dispositivo
usado, seus acessórios e os cuidados tomados durante a operação. São exemplos: Fita invar,
uma liga de aço e níquel com aproximadamente 30 e 50 metros e precisão na ordem de 1mm
em 100m. Fita de aço, que possui comprimentos de 1m, 2m, 10m, 20m e 50m e precisão de
1cm para cada 100m. Fitas de lona, com precisão na ordem de 25cm para cada 100m.
Clinômetros
Instrumento de medida da declividade de um terreno ou área em relação ao horizonte. O
clinômetro consiste em um sistema de pêndulo vertical e/ou de bolha de nivelamento
horizontal como referencial e uma escala graduada que mede o ângulo do plano ou linha em
graus ou em porcentagem de desnível.
Bússolas
Instrumentos de navegação que, incorporado às bases flutuantes, pode auxiliar nos
levantamentos topográficos definindo a direção do meridiano magnético (o Norte). Consiste
essencialmente de uma agulha, de aço, magnética livremente suportada no centro de um
círculo horizontal graduado. A agulha e o círculo graduado são fechados em uma capsula ou
caixa de latão munida de uma tampa de vidro.
Em qualquer localidade, soltando a agulha da bússola, esta se manterá numa mesma
posição, aproximadamente coincidente com a linha norte-sul magnética local. A orientação
espontânea da agulha implica na existência de um campo magnético terrestre, que funciona
como um imã. As pontas da agulha são atraídas por duas forças que atuam em dois pontos
diametralmente opostos na Terra. São os polos magnéticos, que podem ser entendidos como
os polos geográficos da Terra.
Bases Flutuantes – estações topográficas e estação total
As bases flutuantes são aparelhos de medição eletrônica apoiadas em um tripé e operados
por um especialista. Consistem nas estações topográficas ou teodolitos e as estações totais.
Os teodolitos são instrumentos que permitem a medição eletrônica dos ângulos vertical e
horizontal. É um aparelho de alta precisão, composto por partes mecânicas e eletrônicas, que
formam um conjunto estável e de grande conforto para o uso. A medida eletrônica dos
ângulos é baseada na leitura digital de um círculo graduado em forma binária. A leitura é
realizada através da iluminação do círculo codificado, através de um LED (light emitting diode)
e posterior projeção da porção iluminada do círculo, sobre uma matriz de 128 foto-diodos
distribuídos em 3,2mm, através de uma combinação que é enviado a um processador. A
medida inteira é obtida através da determinação do número do setor. A medida fina é obtida
através da determinação da fração do setor, localizado ente a marca de delimitação e o
primeiro diodo. Os teodolitos possuem também um compensador eletrônico, que permite
corrigir automaticamente os possíveis erros de calagem do eixo vertical do teodolito,
corrigindo assim os valores das direções horizontais e verticais lidas.
A estação total consiste no acoplamento de um distanciômetro à um teodolito eletrônico. “Da
estação é emitido um feixe de raios laser infravermelhos que, ao refletirem num prisma
colocado na distância que se deseja medir, retorna novamente para a Estação. Nesta, através
do cálculo do tempo de retorno, com base na velocidade da luz, ficam memorizadas as
medidas de cada ponto referência onde o refletor foi posicionado.” (Veiga, 2005, p.94)
Durante a medição, a estação total armazena os dados recolhidos em campo e
posteriormente esses dados são elaborados em softwares dedicados. Assim, permitirão o
processamento de mapas planialtimétricos e altimétricos com precisão de milímetros.
GPS – Global Positioning System
O sistema de posicionamento global ou geo-posicionamento por satélite, é um sistema de
navegação por satélite que fornece a um aparelho receptor móvel a sua posição geográfica.
Pode fornecer também informações de horário e condições atmosféricas através de uma
combinação de informações de quatro satélites.
Acoplado à estação total, o GPS fornece uma medição mais completa com as coordenadas
geográficas do ponto medido.
Laser Scanner - I-Site
É um aparelho de escaneamento a laser, que se utiliza de tecnologia de medição e
digitalização remota 3D de alta precisão. Executa levantamentos tridimensionais ou
bidimensionais em projetos de especial complexidade técnica. Consiste numa tecnologia
nova que objetiva um aumento na precisão e no detalhamento dos levantamentos, de forma a
minimizar os erros. Entretanto os custos ainda são elevados uma vez que os aparelhos não
são amplamente difundidos, custando em torno de 200.000 dólares segundo site da empresa
Maptek que o comercializa.
Medições aferidas com scaners a laser podem capturar 12.000 pontos por segundo sem a
necessidade de refletores. Além disso, essas medições registram tanto dimensões como
localização espacial, cor e textura; tem um alcance de 800m com amplitude de 360 graus
horizontais e 80 graus verticais.
A tecnologia I-Site é um conjunto do equipamento de laser scanner com o processamento de
dados e a criação do modelo tridimensional em um programa especializado.
Sistema Vulcan
Programa de edição das informações captadas pelo escaneamento a laser. Capta
informações como dimensão, área, volume, curva de nível, etc. E produz imagens coloridas,
tridimensionais, com possibilidade de interação, animação 3D e aplicação de texturas e
fotografias de satélite.
Engenharia Reversa
É uma tecnologia para a confecção de maquetes físicas. A partir do levantamento realizado
pelo laser scanner, o contorno do edifício se encontra detalhadamente capturado, os dados
são então processados em softwares conversores e, ao final, são encaminhados a uma
máquina ferramenta de usinagem. A resina é desbastada e forma, em escala reduzida e
respeitando as proporções, uma peça perfilada como molde geométrico para novas
reproduções da maquete física.
MicroStation
Plataforma de software para projetos de arquitetura, engenharia, construção e operação,
desenvolvido pela Bentley Systems, Incorporated. Auxilia na elaboração de desenhos
técnicos de construções. Produz modelos eletrônicos e imagens (rendered) em JPEG e BMP,
animações AVI, páginas internet 3D em VRML e PDF. Também poder ler vários outros
formatos padrão, incluindo o DWG e DXF da Autodesk.
CaligariTrueSpace
TrueSpace é um modelador, animador e renderizador 3D, desenvolvido por Caligari
Corporation, adquirida pela Microsoft. Não possui mais continuidade e atualizações, por isso é
disponibilizado gratuitamente através do site oficial.
ArquiGIS
Consiste em um grupo de programas constitutivos de um sistema de informações geográficas.
Produzido pela ESRI. Agrega as seguintes funções:
1. ArcReader, que permite ver os mapas criados com os outros produtos Arc.
2. ArcView, que permite visualizar dados espaciais, criar mapas, e desempenho básico
de análise espacial.
3. ArcEditor que inclui toda a funcionalidade do ArcView, inclui ferramentas mais
avançadas para manipulação de shapefiles e geodatabases.
4. ArcInfo, a versão mais avançada do ArcGIS, que inclui potencialidades adicionadas
para a manipulação de dados, edição e análise.
5.
É muito utilizado em levantamentos geográficos e em casos de análise com escala regional.
AutoCAD
Programa computacional de auxílio ao desenho, criado e comercializado pela Autodesk, Inc.
desde 1982. É utilizado principalmente para a elaboração de peças de desenho técnico em
duas dimensões (2D) e para criação de modelos tridimensionais (3D). Amplamente utilizado
em arquitetura, design de interiores, engenharia civil, engenharia mecânica, engenharia
geográfica , engenharia elétrica.
3D Studio Max
Programa de modelagem tridimensional que permite renderização de imagens e animações.
Amplamente usado em produção de filmes de animação, criação de personagens de jogos em
3D, vinhetas e comerciais para TV, maquetes eletrônicas e na criação de qualquer mundo
virtual. Criado e comercializado pela Autodesk, Inc.
Sketchup
Um software para a criação de modelos virtuais em 3D. Foi originalmente desenvolvido pela
At Last Software, mas foi adquirida pela Google em 2006. Em 2012 Trimble Navigation
adquiriu o programa.
Google Maps e Google Earth
São suportes virtuais de acesso gratuito, produzidos pela Google, para a visualização de
localidades. Apresentam uma composição de imagens, constantemente atualizadas, gerando
uma visualização tridimensional de grande parte das cidades e regiões do globo terrestre. As
informações são transmitidas via a rede mundial de computadores e atualizadas por
fotografias digitais e de satélite.
CorelDraw
Programa de desenho vetorial bidimensional desenvolvido pela Corel Corporation. É um
aplicativo de ilustração que possibilita a criação e a manipulação de desenhos artísticos,
publicitários, logotipos, capas de revistas, livros, CDs, imagens de objetos para aplicação nas
páginas de Internet (botões, ícones, animações gráficas, etc) confecção de cartazes, etc.
5.2 Suporte escolhido: apresentação dos mapas
“O propósito dos mapas temáticos é mostrar as características estruturais de alguma
distribuição geográfica particular.” (ROBBI, 2000, p. 42).
Pensando assim, para exemplificar como as diversas formas de representação gráfica podem
auxiliar o estudo da paisagem urbana e, ao mesmo tempo, utilizando a área escolhida para
análises no presente artigo, foram elaborados alguns mapas temáticos. Os temas propostos
se justificam pelo objeto de estudo de das pesquisas de mestrado de cada uma das autoras
deste artigo.
As informações para a elaboração destes mapas foram extraídas de visita in loco e do acesso
online da ferramenta google maps. A base dos mapas foi elaborada em autoCAD, por ser uma
ferramenta com a qual as autoras tem bastante afinidade e conhecimento. E as hachuras
(colorido de cada imóvel) foi realizado em alguns casos no corelDraw e em outros no
autoCAD. Essas ferramentas foram escolhidas pela possibilidade de acesso gratuito ao
programa, pela acessibilidade e facilidade de exploração da interface e pelos conhecimentos
prévios adquiridos pelas autoras.
5.2.1 Uso (residencial, comercial, misto, Instituci onal, Serviços e pontos de referência)
Uso é a classificação da atividade executada no interior de cada edificação. Quando a
edificação abriga pessoas que moram ali, é uma edificação residencial. Quando na edificação
acontecem comércios tipo bares, lojas, é uma edificação comercial. Quando na edificação
acontece prestação de serviços como escritório de advocacia, arquitetura, contabilidade, o
uso é de serviços. Quando a edificação é tanto residencial quanto comercial ou de serviços,
diz-se que possui uso misto. Por fim, quando a edificação abriga usos relacionados ao poder
público ou a outras instituições quaisquer (religiosas, financeiras), o uso é classificado como
institucional.
Considerando que a Igreja Nossa Senhora de Lourdes é um marco referencial da área, foi
criada uma classificação específica.
E, nos casos dos edifícios que possuem comercio/serviços no térreo e nos andares superiores
são residenciais, ao invés de classificá-los como de uso misto, foi adotado o critério de colorir
a projeção da torre de apartamentos como residencial e a parte maior (referente ao térreo e
sobrelojas) como uso comercial/serviços. Cabe salientar também, que os usos comercial e de
serviço foram aglomerados em uma única cor, por se entender que sua distinção é pouco
relevante para esta análise.
O ponto chave da análise foi mostrar como tal região possui uso diversificado e como há uma
presença massiva de comercio/serviços no entorno próximo da igreja.
5.2.2 Altimetria; cheios e vazios; ruas e passeios; áreas verdes
Essa região, por ter fluxo intenso de carros e pedestres, possui arruamento com largura de via
coletora, girando em torno de 10 metros. Os passeios são mais largos que o padrão na rua da
Bahia, girando em torno de 3-4 metros. Isso não quer dizer que o calçamento está em boas
condições em toda a área estudada. Esse aspecto foi percebido no campo. O google earth foi
de grande auxílio também para a conformação do desenho e a contagem da área foi possível
e rápido pelo desenho ter sido feito no autocad.
Alguns pontos na rua da Bahia apresentam recuos na edificação, criando ambiências
interessantes, que não são percebidos pela cartografia. Nesse caso, as fotografias e croquis
são mais eficazes nessa análise e representação.
Dois aspectos diferentes são analisados em relação à área verde: um relativo à projeção que
as copas das árvores e o outro aspecto é relativo à projeção de área permeável. A copa das
árvores foi possível de ser analisada somente pela existência da fotografia satélite obtida pelo
google earth, ferramenta que nem sempre encontra-se atualizada, tendo sido o levantamento
a campo fundamental para verificar a veracidade da fotografia satélite. Vale ressaltar também
que o cálculo da área das copas é de valor aproximado, por ter sido baseado em desenho feito
no autocad. A área permeável só pode ser analisada pela ida a campo, pois a foto aérea não
proporciona essa visualização de maneira realista. Muitas vezes, in loco, é possível observar
jardins paisagísticos, que ou estão acima do pilotis (o que pode ser percebido pela vista
aérea) ou embaixo do pilotis (como é o caso do edifício do BDMG). Esse aspecto é
interessante de ser analisado, além da importância de suas características ecológicas e
ambientais, pela ambiência que é proporcionado ao pedestre. O que foi observado, é que nem
sempre área permeável corresponde a qualidade de ambiência nas ruas, pois muitas vezes
está acima do nível da rua, situado nas edificações, outras vezes são apenas canteiros
pequenos, apenas em terra, sem nenhuma outra característica paisagística.
Como análise geral, a área permeável encontrada foi de apenas 6%. A única área verde de
maior porte é o jardim da Igreja de Lourdes, que mesmo assim é gradeado e restringe o
acesso ao público. Faltam praças com áreas verdes.
O sombreamento proporcionado pelas copas das árvores é maior nas ruas que cortam a rua
da Bahia. São encontradas árvores de médio e grande porte, e alguns pontos com arbustos
somente. Dado que o arruamento com passeios públicos correspondem a 30% da área total, o
sombreamento proporcionado pelas copas que possuem projeção de 15% da área total é
positiva.
Fig. 04 - Altimetria; cheios e vazios; ruas e passeios; áreas verdes.
Fonte: Luciana Lelis, Luciana Teixeira, Simone Safe Junho, 2013.
Nesse mapa podemos avaliar
verticalização. As edificações que apresentam até quatro pavimentos são de uso institucional,
ou são serviços urbanos, tais como posto de gasolina, ou ainda são preservadas e protegidas
pelo interesse cultural.
A análise que podemos fazer é que há uma proporção equilibrada entre edificações, áreas
não ocupadas privadas e áreas públicas (ruas, passeios e áreas permeáveis).
5.2.3 Época da construção (década) O mapa mostra a época de construção das edificações da área escolhida. A partir da análise
do mapa, conclui-se que a ocupação deste trecho da
construção da Igreja de Lourdes, que ocorreu na segunda metade da década de 1920. A área
ainda possui algumas edificações das décadas de 1930 e 1940. Temos também exemplares
construídos nas décadas de 1950 e 1960, além de pr
recente, nas décadas de 1990 e 2000. É impossível deixar de notar que no período das
décadas de 1970 e 1980 não se construiu na área selecionada. Pode
área total 100%
Edificações 35%
áreas não
ocupadas
privadas 34%
área pública (rua,
passeio e área
permeável) 31%
Fonte: Luciana Lelis, Luciana Teixeira, Simone Safe - Autocad, Google Earth, Corel Draw, Excel.
Nesse mapa podemos avaliar que essa é uma área já consolidada, com elevado grau de
verticalização. As edificações que apresentam até quatro pavimentos são de uso institucional,
ou são serviços urbanos, tais como posto de gasolina, ou ainda são preservadas e protegidas
A análise que podemos fazer é que há uma proporção equilibrada entre edificações, áreas
não ocupadas privadas e áreas públicas (ruas, passeios e áreas permeáveis).
5.2.3 Época da construção (década) ; estilo arquitetônico; mapeamento c
O mapa mostra a época de construção das edificações da área escolhida. A partir da análise
se que a ocupação deste trecho da Rua da Bahia deu
construção da Igreja de Lourdes, que ocorreu na segunda metade da década de 1920. A área
ainda possui algumas edificações das décadas de 1930 e 1940. Temos também exemplares
construídos nas décadas de 1950 e 1960, além de prédios construídos na época mais
recente, nas décadas de 1990 e 2000. É impossível deixar de notar que no período das
décadas de 1970 e 1980 não se construiu na área selecionada. Pode-se especular a respeito
área total 100% 21247,8 m²
Edificações 35% 7536 m²
privadas 34% 7223,4 m²
permeável) 31% 6488,4 m²
Autocad, Google Earth, Corel Draw, Excel.
essa é uma área já consolidada, com elevado grau de
verticalização. As edificações que apresentam até quatro pavimentos são de uso institucional,
ou são serviços urbanos, tais como posto de gasolina, ou ainda são preservadas e protegidas
A análise que podemos fazer é que há uma proporção equilibrada entre edificações, áreas
não ocupadas privadas e áreas públicas (ruas, passeios e áreas permeáveis).
apeamento c ultural
O mapa mostra a época de construção das edificações da área escolhida. A partir da análise
Rua da Bahia deu-se a partir da
construção da Igreja de Lourdes, que ocorreu na segunda metade da década de 1920. A área
ainda possui algumas edificações das décadas de 1930 e 1940. Temos também exemplares
édios construídos na época mais
recente, nas décadas de 1990 e 2000. É impossível deixar de notar que no período das
se especular a respeito
da crise dos anos 1980 e também da proximidade com a região do hipercentro, que sofreu
desvalorização decorrente da decadência que ali se instalou.
O mapa de estilos arquitetônicos vem nos mostrar a diversidade da primeira metade do século
XX. Na mesma época, temos os estilos eclético – por si só já bastante diverso em suas
variações – e art déco. Não podemos deixar de mencionar a Igreja de Lourdes, um dos
poucos exemplares do estilo neo-gótico em Belo Horizonte. Já as décadas de 1950 e 1960
caracterizam-se pela hegemonia do estilo moderno. As edificações de estilo contemporâneo
retratam a arquitetura típica dos dias de hoje.
As edificações de interesse cultural, ou seja, aquelas as quais o poder público considerou
relevantes, são separadas pelos três graus de proteção: o tombamento definitivo, a indicação
para tombamento e o registro documental. Podemos concluir, através do cruzamento de
dados, que os imóveis tombados são de estilo neo-gótico e eclético, ou seja, são edificações
do início do século passado que possuem um determinado estilo que se caracteriza pelo
rebuscamento. É bastante questionável o fato de termos ali edificações da mesma época,
porém de outro estilo (o art déco) que não foram tombadas nem indicadas para tombamento.
Temos também uma indicação para tombamento de um prédio modernista, a sede do BDMG,
e um imóvel protegido por registro documental, de estilo eclético.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O exercício proposto nesse artigo tornou possível experimentar e conhecer as possibilidades
em representação urbanística e arquitetônica visando decidir pela escolha mais adequada
para análise de cada projeto de pesquisa.
A junção dos quatro instrumentos tecnológicos trabalhados, inventário, levantamento
fotográfico, gráficos e cartografia se mostraram complementares e nos indicaram a viabilidade
de aplicação dentro da análise científica.
O google earth foi de grande auxílio também para a conformação do desenho e aliado à
ferramenta de desenho autocad, acarretando rapidez e limpeza de informação.
Em relação à avaliação acerca da qualidade de espaço, nem sempre a representação
cartográfica possibilita a visualização da intenção e da análise. Nesse caso, as fotografias e
croquis foram mais eficazes.
Outra percepção é a de que nenhum instrumento tecnológico exclui a necessidade de ir a
campo e "sentir o lugar", ao passo que se confirme impressões, características e informações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Autodesk. 2013. Autodesk [Em linha]. Disponível em: http://www.autodesk.com. [Consult. 01/07/2013]. Caligari. 2013. Caligari [Em linha]. Disponível em: http://www.caligari.com. [Consult. 01/07/2013]. Castriota, Leonardo Barci. 2009. Patrimônio Cultural: conceitos, políticas, instrumentos, Belo Horizonte, IEDS. Choay, Françoise. 2001. A alegoria do Patrimônio, São Paulo, UNESP. Conzen, Michael R.G. 1981. Historical townscapes in Britain: A Problem of applied Geography, Londres, Academic Press. Esri. 2013. Esri: Understanding our world [Em linha]. Disponível em: http://www.esri.com. [Consult. 01/07/2013]. IPAC. 2013. Inventário de Proteção do Acervo Cultural de Minas Gerais [Em linha]. Disponível em: http://www.ipac.iepha.mg.gov.br/. [Consult. 30/06/2013]. Maptek. 2013. Maptek [Em linha]. Disponível em: http://www.maptek.com/. [Consult. 01/07/2013]. Oliveira, Erivam Morais de. 2013. Da fotografia analógica à ascensão da fotografia digital [Em linha]. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/oliveira-erivam-fotografia-analogica-fotografia-digital.pdf. [Consult. 30/06/2013]. Ricouer, Paul. 2010. Memória e Imaginação. In:_____. A memória, a história e o esquecimento. Campinas, UNICAMP. p: 23-70. Ricouer, Paul. 2010. História / Epistemologia. In:____. A memória, a história e o esquecimento. Campinas, UNICAMP. p: 151-192. Robbi, Cláudia. 2000. Sistema para visualização de informações cartográficas para planejamento urbano. Tese (Doutorado) em Computação Aplicada. São José dos Campos, INEP. Sketchup. 2013. SketchUp [Em linha]. Disponível em: http://www.sketchup.com. [Consult. 01/07/2013]. VEIGA, Ana Cecília R. 2005. Mapeamento urbanístico: a materialidade da dimensão intangível do patrimônio cultural urbano. 356 f. Dissertação (Mestrado) – Escola de Arquitetura, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2005.
Top Related