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São Paulo, 28 de abril de 2009.

Caro Marco Antonio,

Eu vim passar uns dias aqui em São Paulo e resolvi conhecer um pouco

mais sobre a cidade.

Pesquisei na internet pontos turísticos da cidade e achei o Bairro do

Brás.

Observei uma foto do bairro e adorei. Gostei tanto que decidi ir até o bairro para conhecer um pouco sobre sua história.

O bairro do Brás está situado na região central de São Paulo e era uma região de chácaras. Cresceu e se desenvolveu como bairro operário e ‘pátria’ dos imigrantes italianos. Depois, acolheu os migrantes nordestinos, conheceu sua decadência e deterioração urbana e, hoje, é conhecido como um dos principais centros do comér-cio popular na cidade.

Você sabia que antigamente o Brás era um bairro despovoado?

Além disso, tinha imensas áreas vazias e com fortes características rurais, com suas chácaras e ativida-des agrícolas.

As inundações do Rio Tamanduateí impediam um crescimento mais acelerado do bairro e o isolavam do centro da cidade.

Em 1836, um recenseamento apontava que a população era de 659 habitantes e 164 casas.

A partir do século XIX, a cultura do café impulsionou a urbanização e industrialização da cidade de São Paulo.

Chegaram à cidade os trilhos da São Paulo Railway, que ligava Santos a Jundiaí . A estação do Brás foi inaugurada em 1867 e, ao longo desses trilhos, desenvolveu-se a indústria e o pequeno comércio.

Com seus terrenos baratos e sujeitos a inundações, Brás e Mooca tornaram-se o principal destino da mai-oria dos trabalhadores que chegavam á cidade.

Espero que você tenha gostado da minha carta.

Um grande abraço,

Júlia Koller.

São Paulo, 27 de maio de 2009.

Cara Júlia,

Eu achei sua pesquisa muito interessante e por isso resolvi fazer uma pesquisa sobre a Rua 25 de março.

A Rua 25 de março tem cerca de 400 mil frequentadores diários e mais parece um rio de gente. Mas, sabia que essa rua já foi um rio?

Ela era um leito do rio Tamanduateí que desaguava no rio Tietê que até conti-nha um porto.

A Rua 25 de março teve o nome de Rua Sete voltas, pois ela seguia o contor-no do rio.

O rio teve seu curso redirecionado e drenado, o que deu origem às primeiras chácaras do lugar.

A rua se tornou mais próxima do que é hoje, mas a cidade foi dividida em alta e baixa, pois a rua foi dividida em duas: uma se tornou a Rua da Parte Baixa e a outra a Rua da Parte de Cima.

A Rua de Cima era usada para comércio pelos imigrantes árabes.

A Parte de Baixo era utilizada para moradias.

A rua foi rebatizada quando chegaram os bondes, em 1865, de rua 25 de mar-ço, em homenagem à data da promulgação da 1ª Constituição brasileira.

Até logo, Marco Antonio

São Paulo, 24 de maio de 2009.

Caro Marco Antônio,

Eu adorei a sua carta!Com ela, eu descobri muitas coisas sobre a Rua 25 de Mar-ço, e também me deu inspiração para fazer uma pesquisa mais detalhada sobre o Brás.

Você sabia que o nome do bairro tem o nome do português José Braz? Diz a his-tória que ele era proprietário de uma chácara na região, e teria construído a igreja do Se-nhor Bom Jesus de Matozinhos, ao redor da qual desenvolveu-se um povoado que daria origem ao Bairro Brás.

Posso te contar a história do bairro?

Os primeiros registros do bairro do Brás remontam ao início do século XVIII, quando foi pedida a edificação de uma capela em homenagem ao Senhor Bom Jesus de Matozinhos em uma chácara de José Braz ( assim mesmo, com “z” ). Ao que parece as primeiras referências a esse José Braz constam em atas da Câmara dos Vereadores de 1769, quando despacharam várias petições em nome do mesmo.Tal chácara ficava na margem de uma estrada que levava à Penha. Em determinado trecho da estrada, que era conhecida como Caminho do José Braz, e hoje passou a ser a Rua do Brás.

Espero que você tenha gostado da minha carta!.

Um grande abraço,

Júlia Koller.

São Paulo, 19 de Junho de 2009.

Cara Júlia,

Gostei muito da sua carta contando sobre José Bráz, então, resolvi pesquisar sobre o início da Rua 25 de março.

A rua 25 de março começou quando os Sírios, Libaneses e Árabes vieram para o Brasil para fazer comércio.

Eles moravam em uma rua apelidada de ruas dos Árabes. Em 1887 a primeira loja foi aberta por Benjamin Jafet.

Logo depois de Benjamin Jafet, os outros Sírios, Libaneses, e Ára-bes começaram a abrir lojas na Rua 25 de março.

As lojas da rua tinham e têm até hoje preços muito mais acessíveis à população. As mercadorias vendidas lá têm preços muito menores que em outros lugares.

Até Logo.

Marco Antonio

São Paulo, 23 de junho de 2009.

Caro Marco Antônio,

Eu adorei a sua carta. Gostei tanto que resolvi aprofundar a minha pesquisa sobre o bairro do Brás.

Como outros bairros paulistanos com fortes traços de imigração italiano, o Brás também criou a sua festa tradicional. É a festa de São Vito, comemorada nas ruas do bairro desde 1919. Em 1895, um grupo de imigrantes italianos trouxe a imagem de São Vito Mártir para o Brasil.O santo começou a ser reverenciado no bairro e, em 1940, foi criada a paróquia de São Vito.

Você sabia que o dia do bairro é dia 20 de junho?

Além disso, o Brás foi integrado à cidade no início dos anos 90, num ato simbólico, pela prefeita Luiza Erundina ao transferir a prefeitura do bairro do Ibirapuera para o Brás.

O Memorial do Imigrante, também localizado no Brás, é uma instituição museológica que, criada como museu da Imigração em setembro de 1993 e convertida em memorial do Imigrante em 6 de abril de 1998.

Um grande abraço,

Júlia Koller.

P.S.:Espero que você tenha gostado da minha carta.