MARIA CRISTINA MAYER
REESTRUTURACAO DE UM SISTEMA ADMINISTRATIVO DE UMA EMPRESADO RAMO DE ADMINISTRACAO DE IM6vEIS PARA LOCACAO: UM ESTUDO
DECASO
Trabalho de Conclusao de Cursoapresentado como requisito parcial paraobten<;ao do titulo de P6s-Gradua~o LatuSense - Especializa<;ao em Controladoria,Auditoria e Peri cia Contabil da UniversidadeTuiuti do Parana - Faculdade de CilmciasSocia is Aplicadas.Orientador: Prof. Msc. Alcides Neri Batistado Nascimento.
rr,c'/)~.c~ CURITIBA
2005L.e'
SUMARIO
LlSTA DE QUADROS............................................................................................. viii
LlSTADE FIGURAS................................................................................................. ix
INTRODUCAO 1
CAPiTULO I SISTEMAS 5
1.1 Dado e Informa~ao 5
1.2 A informa~ao contabil 7
1.3 Sistemas 9
1.4 Sistemas de informa~iies 11
1.5 Sistema de informa~ao contabil.. 13
1.6 Sistema de informa~ao gerencial (SIG) 14
CAPiTULO IIPROCEDIMENTOS CONTABEIS 16
2.1 Finalidade da contabilidade 16
2.2 Conceito de conta 17
2.3 Plano de Contas 18
2.4 Escritura~ao contabil 19
2.5 lan~amento contabil 22
2.6 Base legal para 0 lan~amento 23
2.7 Fun~iies do lan~amento 23
2.8 Historico Contabil 24
CAPiTULO IIICONTROlADORIA 27
3.1 Origens da controladoria 27
3.2 Conceito 28
3.3 Missao da controladoria 29
3.4 Fun~6es do Controller 30
3.5 Areas abrangidas pel a controladoria 32
CAPiTULO IV MAROCHI PODOLAN & CIA LTDA - UM ESTUDO DE CASO 34
4.1 Identifica~ao do caso 34
4.2 Apresenta~ao da empresa 34
4.3 Hist6rico da empresa 34
4.4 Loca~ao 36
4.5 Sistema Administrativo 37
4.6 Partes envolvidas em uma loca~ao 39
4.6.1 IMOVEL.. 39
4.6.2 LOCADOR. 41
4.6.3 LOCATARIO 42
4.6.4 CONTRATO DE LOCACAO 43
4.7 Situa~ao Anterior 45
4.8 0 que foi feito 51
4.8.1 ADAPTACAO DO PLANO DE CONTAS AO SISTEMA 52
4.8.2 0 LANCAMENTO 58
4.8.2.1 A Conta Creditada 61
4.8.2.2 0 Hist6rico 63
4.9 Resultados (antes e depois) 64
4.9.1 ANTES 65
4.9.2 DEPOIS 65
CAPiTULO V INTERPRETACAO E ANALISE 69
CONCLUSAO 72
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA 75
ANEXOS 77
vii
Anexo I Modelo de contrato de administray80 de im6vel 78
Anexo II Modelo de cadastro de loca~ao pessoa fisica 79
Anexo III Modelo de cadastr~ de loca~ao pessoa juridica 80
Anexo IV Modelo de contrato de loca~ao de im6vel 81
Anexo V Modelo de planilha manual de lan~amentos 82
Anexo VI Rela~aode c6digos de lan~amentos 83
Anexo VII Modelo de demonstrativo dos valores atribuidos ao locador 84
Anexo VIII Modelo de demonstrativo dos valores atribuidos ao localilrio 85
Anexo IX Plano de Contas Antigo 86
Anexo X Plano de Contas Atual 87
vin
iNDICEDE FIGURAS
FIGURA1: Caracterizayaoe funcionamentobasicode umsistema.. 10
FIGURA2: Ambientede umsistemaempresarial... 11
FIGURA3: Niveisde umsistema... 12
FIGURA4: Componentesde umSistema.. 13
FIGURA5: Criatividadee realiza9aodo executivono SIG.. 15
FIGURA6: Lan98mentocontabil,eventoecon6micoe modelode decisao.. 25
i...•
QUADRO1QUADR02QUADR03QUADR04QUADR05QUADR06QUADR07
QUADR08QUADR09QUADR010
QUADRO 11
QUADR012QUADRO13QUADR014QUADR015QUADR016QUADRO 17QUADR018
QUADR019QUADR020QUADRO20.1:QUADR021QUADR022QUADR023QUADR024QUADR025QUADR026
iNDICEDE QUADROS
Tela principal do sistema.................................................... 38Tela de consulta de imovel................................................. 41Tela de consulta a locador.................................................. 42Tela de consulta de locatArio.............................................. 43Tela de consulta de contrato.............................................. 44Tela de langamento para locatario..................................... 45Exemplo do langamento de uma fatura de agua para 0
locatario................................................................................ 46Tela de langamento para locador....................................... 47Exemplo do langamento de uma fatura de luz.................. 48Exemplo de demonstrativo do locatario casa de carnesorlando Ltda......................................................................... 49Tela demonstrativa do locador Maria da Graga DenckBatista Rosas....................................................................... 50Tela de apresentagao do sistema contabil........................ 51Tela de sub·rotinas na rotina de relatorios ( 05 )............. 52Sub·rotina de inclusao de contas....................................... 54Tela de consulta de conta - Alugueis a receber............... 55Tela de consulta a sub·conta da conta 1.1.2.01.001 56Tela de consulta a sub-conta da conta 2.1.1.01.001......... 57Tela de consulta a fomecedor. Exemplo: 91.0006 -Sanepar 57Tela de inclusao de compromisso a pagar........................ 59Exemplo de inclusao de compromisso.............................. 60Exemplo de inclusao de compromisso (continuagao)..... 61Exemplo de consulta 0 de compromisso.......................... 62Exemplo de consulta de hist6rico por periodo................. 63Exemplo de consuita de hist6rico...................................... 64Exemplo de consulta de hist6rico...................................... 66Exemplo de consulta de lote............................................... 67Exemplo de consulta 0 de compromisso.......................... 68
INTRODU9AO
Na contabilidade segundo FAvERO (1997, p. 13), os objetivos estao
definidos como as informavoes, que deverao ser geradas para que as diversos
usuarios possam tomar conhecimento da situac;:ao da organizac;:ao em dado
momento com a finalidade de tornar as decisOes que se fizerem necessarias.
Contabilidade e sistema de informac;:Oes podem ser entendidos de modo
similar, segundo afirma PADOVEZE (1998, p. 15), porque a contabilidade sempre se
apresenta de certa forma dentro de uma abordagem sistemica por sua propria
natureza de identificac;:ao, classificac;:ao e mensurac;:ao de urn conjunto de riquezas.
E ainda de PADOVEZE a afirmac;:ao de que as sistemas tradicionais de
informac;:ao conlabil estclo voltados para armazenar a informac;:ao segundo as
criterios contabeis aceitos. 0 autor entende que num sistema de informa9ao contabil
gerencial e necessario estudar qual 0 tratamento contabil a ser dado a informa9ao
para que a mesma possa atender as necessidades dos usuarios levando em conta 0
que cada empresa necessita de um sistema especifico que atenda as suas
necessidades. E, segundo 0 autor, e a control ado ria a responsavel pelo sistema de
informa9ao contabil gerencial da empresa e sua missao e assegurar 0 resultado da
companhia, e e a controladoria 0 setor que operacionaliza a fun9ao maxima da
contabilidade como ciE'mciado controle.
Um bom sistema de informa9ao contabil tem como elemento fundamental a
escritura~o, a qual realizando 0 lan9amento contabil registra as informa90es
necessarias. A importancia do lan9amento se traduz por sua fun9ao de estabelecer 0
historico dos procedimentos da empresa, de forma que a escritura9ao possibilite
informal'oes Mbeis para a promol'ao de al'oes. PADOVEZE (1998, p.124).
Quanto ao lan9amento, afirma 0 autor, seu principal componente e 0
historico, pois ele e 0 elemento que dara informa90es suficientes para ilustrar 0
lan9amento, dando ao mesmo urn carater de informa9ao que leva a a9a.o.
Uma das razoes que motivaram a realizaryao deste trabalho fai 0 fato de os
pesquisadores trabalharem em uma empresa do ramo de administra9ao de im6veis
para locac;ao que apesar de possuir urn sistema administrativ~, 0 mesmo nao
possibilitava informa90es uteis para os seus usuarios.
Observava-se que a empresa em questao era deficitaria de urn sistema de
informa90es que ao mesmo tempo possibilitasse 0 contrale de seus pagamentos,
mas que tambem gerasse informa90es detalhadas aos seus diferentes usuarios
sobre a origem e composic;:ao desses valores.
Sem esse contrale nao se podia saber se todas as despesas pagas foram
real mente reembolsadas e tampouco explicar de forma rapida e detalhada aos
clientes as origens dessas despesas. Tal situa9ao gerava uma falha no atendimento
ao cliente e tambem aos administradores que nao tinham a contra Ie efetivo e a
confirmac;:ao da restitui~o dessas despesas, deixando assim uma lacuna nesse
atendimento. Assim percebeu-se a necessidade de um sistema que melhorasse e
agilizasse 0 atendimento aos usuarios, ao mesmo tempo em que facilitasse 0
controle da empresa.
Neste contexto, 0 problema situa-se em como melhorar 0 controle dos
pagamentos efetuados, e a qualidade das informa90es prestadas, necessitando que
se formulasse urn estudo passivel de resultados positiv~s.
Assim, este estudo de caso objetiva reestruturar 0 sistema administrativo
de uma empresa de administraryao de im6veis para locac;ao, para melhorar 0
controle e a qualidade das informac;:6es. Para tanto buscou-se criar um banco de
dados contabil para ser integrado com 0 sistema de administraryao ja existente na
empresa; desenvolver urn novo plano de contas especifico para a empresa de
administraryao de im6veis; alterar a forma dos lanc;:amentos feitos pel a mesma; criar
uma forma de controle dos pagamentos efetuados; desenvolver uma planilha para
efetuar as lanryamentos, registrando as mesmos no sistema administrativo e de
forma integrada no sistema contabil; sistema de controle dos pagamentos efetuados;
demonstrar os resultados obtidos com 0 novo modelo, comparando 0 sistema (antes
eo depois).
As hip6teses levantadas partiram do pressuposto de que para haver uma
melhora no controle dos pagamentos efetuados e na qualidade das informac;6es
prestadas aos clientes, poder-se-ia criar primeiramente um sistema contabil que
acumulasse as informac;6es sabre as fatos contabeis atraves dos hist6ricos dos
lanc;amentos contabeis. Estas informac;6es dariam entrada de forma simultanea nos
sistemas: administrativo e contabil atraves de uma planilha de lanc;amentos, que
tambem poderia servir como forma de controle dos valores pagos.
A metodologia utilizada para a concretizac;ao dos propostos neste estudo,
orientou-se da seguinte forma:
Tipo de Pesquisa
- Segundo a forma de estudo, a presente pesquisa caracteriza-se como
sendo uma pesquisa-aC;o3.o,devido sua f1exibilidade e principalmente a aC;o3.odos
pesquisadores.
- Segundo os fins a que se destina, a pesquisa caracteriza-se como uma
pesquisa aplicada, pois requer determinadas teorias ou leis mais amplas como ponto
de partida, e tern par objetivo pesquisar, comprovar ou rejeitar as hip6teses
sugeridas pelos model as te6ricos, e fazer a sua apJicaC;o3.oas diferentes
necessidades humanas.
- Inicialmente procede-se a pesquisa bibliognflfica sabre 0 assunto utilizando-
se Jivros, internet, texlos de revistas e outras monografias, para a fundarnentac;ao
te6rica.
- Posteriormente realizar-se-a urn estudo de caso relativo ao tema em
questao.
Coleta de Dados
Os dados fcram coletados:
- Par pesqursa no sistema da empresa.
- Par meie de relat6rio5 emitidos pelo sistema, gerados pel a movimenta~ao
de despesas e receitas de loca<;8.o.
- Depoimentos de funcionarios citando exemplos de casas rears do dia-a-
dia da empresa.
- Atraves de exemplos reais de lanyamentos feitas no dia-a-dia da
empresa.
Limita~ao da Pesquisa
A pesquisa foj desenvolvida na area de locac;8.o da empresa Marochi
Po do/an & Cia Ltda., do ramo de administrac;8.o de imoveis situada na cidade de
Ponta Grossa - PR
CAPiTULO I
SISTEMAS
Neste ambiente competitiv~ em que vivem as empresas na atualidade, e de
grande importancia para as mesmas 0 suporte oferecido pela informa98:o contabil.
Nenhuma empresa sobrevivera. sem informar;ao.
Para que 5e possa melhor entender sistema de informay8:o, enecessaria que antes 5e tenha em maDS alguns conceitos basicos que 0 comp6em
como, par exemplo, as conceitas de dado, de informar;80 e de sistema.
Em entrevista dada RBC REVISTA BRASllEIRA DE
CONTABILIDADE, 0 contador e Presidente do CFC - Conselho Federal de
Contabilidade Jose Serafim ABRANTES (1998, p. 6) afirma que:
... a jnforma~o sempre fai instrumento essencial em qualquer atividadehumana, agora, quando vivemos em uma economia grobartzada, em que 0
nlvel de concorrencia e cada vez mais acirrado e complexo, econsiderando-se a sofistica(fao a que a homem chegou nas comunica¢es,o estar correto e tempestivamente informado e a (mica possibilidade demanter-se de pe e crescer de acordo com os objetivos estabelecidos.
A informac;ao possibilita a tomada de aC;oes rapidas, precisas e de custo
baixo. Entende-se per custo baixo aquela informaC;aocujo custo nao seja maior do
que 0 beneflcio que ela proporcionara, os resultados passam a valer cad a vez mais
no mercado e tornam-se um dos principais instrumentos de gestao para a tomada de
decis6es.
1.1 Dado e Informa~ao
E muito comum as termos "dadoH e "informac;ao" serem confundidos
quando se fala de conlabilidade. Segundo OLIVEIRA (1999, p.36) primeiramente
deve-se diferenciar dado de informac;ao: 0 principal ponto que os distingue e a
importimcia que cada um deles tem no processo decisorio, pais, para a autor, udado"
e qualquer elemento identificado em sua forma bruta, 0 qual sozinho nao pro picia a
compreensao/qualificaC;ao de um determinado fato ou situa~ao, ja uinforma~ao~ e 0
dado trabalhado e qualificado, que permite a tomada de decisoes.
Sobre 0 assunto, GIL (1999, p. 13), afirma que e necessario trabalhar
dados para se produzir informa~6es, logo, tem-se que "dado~ e a materia-prima com
que 0 sistema de informa~6es trabalha, e uinforma~ao e 0 produto final desse
sistema apresentado para que sejam tomadas as decis6es.
PADOVEZE (1998, p. 41) entende que "dado" ".. eo registm pum, ainda
nao interpretado, analisado e processado". Quanta a "informa~a.on, 0 autor a
concellua como dado ja processado e armazenado de forma compreensfvel para
seu receptor (de acordo com PADOVESE, receptor pode ser a executivo ou outra
pessoa que va tamar a decisao).
OLIVEIRA (1999, p. 36), entende que: "dado e qua/quer e/emento
identificado em sua forma bruta que, par si 56, nao conduz a uma compreen5ao de
determinado fato ou situa9ao." A uinformac;ao~, comenta OLIVEIRA, e 0 resultado
dos dados existentes na empresa, ja registrados e classificados de forma organizada
e inseridos dentro de um determinado contexto, para se transmitir conhecimento e
dessa forma possibilitar a lomada de decisoes. 0 autor ainda complementa que a
tomada de decisa.o nada mais e do que a conversao das informac;oes em a98.0.
OLIVEIRA ainda comenta que a informac;ao representa nos dias de hoje
poder para quem a detem, pois representa a possibilidade de otimiza9a.o de seus
conhecimenlos tecnicos, domlnio de pollticas e possibilidade de maior
especializa~ao e conseqUente respeito profissional ao executivo considerado.
TELES e VARTANIAN (1998, p. 63), conceituam "dado" e "informal'ao", de
maneira analoga a OLIVEIRA (1999). Segundo os autores: "Dado - e qua/quer
e/emenlo identificado em sua forma bruta polencia/mente uti!, mas que nao tern va/or
imediato, pOis, por si 56, nao conduz a urna cornpreensao de deterrninado fato ou
situaq8a". E complementando este raciocinio citam que "informac;ao· e: "... dado au
conjunto de dados Irabalhados que comunica uma mensagem, surpreendendo de
alguma forma 0 receptor, diminuindo a incerteza, e que patencia/mente estimu/e uma
resposta por parte do tomador de decisao."
MAGALHAES (2000, p. 35), esclarece que, para que a inforrna9aO atinja
todas as suas finalidades e necessaria que ela seja desejavel e util. Parem, mesmo
que ela seja uti I pode nao ser desejada, se por exemplo for conseguida a urn custo
maior do que 0 beneficio que ela propiciara, pois de maneira alguma a informac;ao
pode custar mais do que 0 seu valor economico.
Ao conjunto de dados da-se 0 nome de "banco de dados". OLIVEIRA
(1999, p. 57) elta uma definic;ao de "banco de dados" mUlto explorada dentro de
sistemas, que sem duvida nenhuma, acrescenta mUlto quando se fala de dad os,
informac;ao e sistemas. Para ele ..... banco de dados e uma co/ec;tio organizada de
dados e informac;oes que pode alender as necessidades de muilos sistemas, com
um minima de duplicaq8o, e que eslabe/ece re/aqoes nalurais entre dados einformaqoes. n
1.2 A informa4;Bo contilbil
Atualmente as empresas precisam adequar-se as transformac;6es que
ocorrem todos os dias num clima de dinamismo economico e globalizado. Diante
deste fato, fica mais nitida a importancia da informac;ao, pais e atraves da mesma
que os administradores conseguem identificar tanto as oportunidades quanto as
ameac;as que 0 ambiente externo, e as vezes interno oferecem as empresas.
CROZATTI E OUTROS (1992, p. 26) evidenciam que e de fundamental
importancia que na informac;ao transparec;am algumas "qualidades basicas", tais
como: "... relevfmcia, materialidade, verificabifidade, neulralidade, oportunidade,
predilibilidade e objelividade". Os mesmos autores ainda complementam dizendo
que na informaC;ao contabil, ainda existem algumas perguntas que precisam ser
respondidas para que as informac;6es atinjam todos os seus objetivos. Sao
perguntas basicas como: Para quem informar? Par que informar? Qual a quantidade
de informa4Yao necessaria? De que forma evidenciar a informa4Yao? Em que
momenta informar?
Entao par que devemos informar? Para evidenciar a composi4Yao e as
varia4Yoes ocorridas no patrimonio da entidade em fun4Yao das decisoes tomadas,
objetivando subsidiar a tomada de decisoes futuras. Muitas vezes e comum
comentarios de que a contabilidade s6 e urn monte de papel velho que nao serve
para nada, mas e atraves destes que se analisa a hist6rico da entidade para melhor
se fazer uma proje4Yaodo futuro. 0 passado da contabilidade e na realidade uma de
suas maiores virtudes, pais e pel a analise de ocorrencias passadas que se tomam
decisoes no presente com rela4Yaoao futuro.
Qual a quantidade de informa4Yao? Inicialmente tinha-se a premissa de que
a quantidade elevada de informa4Yoes acerca de determinado assunto facilitaria a
tomada de decisoes. Porem, verifica-se que um numero grande de informa4Yoes
tambem e prejudicial, pais mais confunde do que auxilia a usuario no processo de
tomada de decisoes. A informar;ao tem que ser clara e bem sucinta.
De que forma evidenciar a informa4Yao? Mesmo agrupados par
caracteristicas e interesses semelhantes, as usuarios apresentam peculiaridades
individuais. Em razao deste fato, a contabilidade pode apresentar demonstrativos
que nao atendam suas necessidades, au mesmo que acabem sendo
incompreensiveis para eles. Isto ocorre porque existem diferengas individuais de
interpreta4Yao das demonstra4Yoes, causadas pelas diferentes oticas de quem fornece
e de quem usa as informa4Yoes.
Na verdade a informar;ao deveria ser gerada em funr;ao do processo
decis6rio de cada usuario. Todavia, ainda estamos muito distantes de conhecer os
requisitos destes. Neste sentido, a caminho para buscarmos a aproximar;ao com
nossos usuarios, com 0 objetivo de gerar as informar;oes em funr;ao de suas
necessidades, passa pelo conhecimento de seu processo decisorio.
Em que momenta informar? A resposta esta na importancia que a
informac;:ao tem para 0 usuario em determinado momento. De nada adianta a
informac;:ao estar disponivel se ela surgiu em momenta inoportuno e/au atrasada.
luolclBUS (1988, p. 22), afirma que a contabilidade tem que adequar as
suas informac;:6es a necessidade de cad a tipo de usuario. 0 autar ressalta a
participac;:ao essencial que os pesquisadores contabeis, as te6ricos das disciplinas e,
afinal, as estruturas da disciplina devem ter nesse processo todo para que cada vez
mais a contabilidade alcance seus objetivos. IUO!CIBUS ainda complementa que: ••...
nao chegaremos a ser bem sucedidos se nao dotarmos a contabi/idade de um
arcabouqo te6rico e s6fido ..
1.3 Sistemas
o conceito de sistemas comec;:ou a se desenvolver a partir da Segunda
Guerra Mundial, quando se passou a falar de sistemas de defesa, sistemas
hidraulicos, sistemas economicos au outros mais.
Conforme BIO (1991, p.18) considera-se sistema "... urn canjunta de
elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem
formando um todo unitario e comp/exe"
Para OLIVEIRA (1999, p.23) ·sistema e urn canjunta de partes interagentes
e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitario com determinado
objetivo e efetuam determinada (unC;ao"
Na cancep~ao de GIL (1999, p.12) a defini~ao de sistema e apresentada
como "... uma entidade composta per dais ou mais componentes ou subsistemas
que interagem para aUngir um objetivo comum; sob esse aspecto, a termo apfica-se
a uma comunidade, a uma familia, a uma empresa".
10
PADOVEZE (199B, p.24) entende sistema como urn conjunto de elementos
interdependentes, au partes, que se interagem formando urn tado unitario e
complexo.
o autor coloca que fundamental mente 0 funcionamento de urn sistema
configura-se como urn processamento de recursos (entradas do sistema), obtendo-
se com esse processamento as saidas au produtos do sistema.
A figura n. 1 representa graficamente urn processo basico de
funcionamento de urn sistema:
Figura 1: Caracteriza~ao e funcionarnento bi3sico de urn sistema.
Entradas Processamentos Safdas
Fonte: PADOVESE, CI6vis Luis. Sistemas de informac;oes contabeis: fundamentos eanalise, Sao Paulo: Atlas, 1998. p. 24.
MAGALHAES (2000, p.26), defende que sistema pode ser entendido como:
... uma entidade de mais de um componente (subsistemas), os quais se integram
para chegar a um objetivo comum; dessa forma, 0 termo sistema pode ser aplicado
a um grupo pequeno (familia), um grupo maior (empresa), um grupo grande
(Estado), afe mesmo urn grupo muito grande (comunidade mundiaf)."
OLIVEIRA (1999, p.25), defende que todo sistema esta inserido em urn
ambiente que ele define como sendo 0 conjunto de elementos que nao pertencem
ao sistema, mas qualquer alterac;ao no sistema pode mudar estes elementos e
qualquer alterar;:c3onestes elementos pode mudar ou alterar 0 sistema. A figura 2
ilustra bern esta definiryc3o.
II
Figura 2 - Ambiente de urn sistema empresarial
/ 1 I SINDICATOS
I CONSUMIDORES IMAO-DE-OIlRA I ~ I / FORNECEDORES I
I SIST. rINAN I ~ I EMPRESA I. . -~ L. --' <---+ I COMUNIDAD" I
I TECNOLOGIAGOV!?:RNO
Fonte: OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebou~s de, Sistemas de informa~6es gerenciais.Sao Paulo: Atlas, 1999. p. 25.
1.4 Sistemas de informa~6es
Urn sistema de informac;ao e de fundamental importancia para qualquer
entidade, porque ah~m de ser um lema vital para as organizac;oes, en valve aspectos
tanto de ordem interna como externa, relacionados direta au indiretamente a esta,
com i550 sabe-se que 0 sistema de informac;ao deve servir de apoio a todo a
processo de gestao.
Conforme GIL (1999, p.14), "Sistemas de informat;6es compreendem urn
conjunto de recursos humanos, materiais, tecnof6gicos e financeiros agregados
segundo uma seqOencia 16gica para 0 processamento dos dados e acorrespondenle tradU(;ao em informa(}i5es."
PADOVEZE (1998. pAS). fornece uma defini,ao um pouco mais complexa.
porem muito semeJhante a de GJL, eJe entende sistema de informac;ao como "... um
conjunto de recursos humanos, materiais, lecno/6gicos e financeiras agregados
12
segundo urna seqUencia /6gica para 0 processamento de dados e traduq80 em
informaqoes, para com seu produto, permitir as organiz8goes 0 cumprimenlo de
seus abjetivos principais."
E passive! desmembrar 0 item "sistema~ em diverses Qutros sub-itens,
como par exemplo, sistema de informac;5es, sistemas de informac;ao contabil e
sistema de informac;ao gerencial.
Para OLIVEIRA (1999, p.26) urn sistema encontra-se dentro de urn meio
ambiente, assim pode-se considerar pelo menes tres niveis de hierarquia nos
sistemas:
Ecossistema: e 0 todo organizado; eo sistema e urn sUbsistema dele.
Sistema: e 0 que se esta considerando;
Subsistema: sao as partes identificadas que integram a sistema; e
Figura 3 Niveis de um sistema
ECOSSISTEMA
ISISTEMA
1 SUBS)STE"IA I SUnSIS'fEMA I
Fonte: OLIVEIRA, Ojalma de Pinho ReboUl;as de. Sistemas de informa~oes gerenciais.Sao Paulo: Atlas, 1999. p. 26.
OLIVEIRA complementa dizendo que urn sistema de informac;ao deve
conter as seguintes elementos:
Objetivos do sistema;
Entradas do sistema;
13
o processo de transformayc3!o;
Safdas do sistema;
as controles;
Realimentay80 au retroalirnentayc30 do sistema.
A figura 4 demonstra de forma gratica 0 que 0 autor quer demonstrar, como
as elementos do sistema interagem entre 5i:
Figura 4 Componentes de urn Sistema
PROCESSO DETRANSFORMA<;:Ao
; h h h j OBJETIVOS
SAIDASENTRADAS
! ~_~:r_f3~~_~I_~~~):~c;:~_9 ~
Fonte: OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouc;as de. Sistemas de informac;oes gerenciais.Sao Paulo: Atlas, 1999. p. 24.
1.5 Sistema de informa4,;30 contilbil
o sistema de informagi3o contabil e a ferrarnenta que 0 eantador utilizara
para efetivar a contabilidade e a informa98o contabil dentro das empresas, para que
a contabilidade seja utilizada com tada a sua plenitude.
o sistema de informagaa cantabil busca sua eficacia atraves da adequada
relay8a que mantem cam seu ambiente externa regulada par narmas, pracedlmentas
rigidamente estruturadas e a equilibria requerida par seus 5ubsistemas aperacianais.
ROCCHI (1989, p.23) comenta que a sistema de informa~ao contabil- SIC,
e urn dos componentes da estrutura organizacional, atraves do qual e processado,
de forma permanente e orden ada, a ftuxo de informac;oes e/ou comunicayoes
14
internas e externas das empresas. Logo, conclui 0 autor, que a SIC e urn subsistema
componente do Sistema de Informac;oes Gerenciais, que recebe as dados,
processa-os e gera a informaryao contabil como produto final.
o autor complementa enfatizando que, na sua 6tica, existem sete estagias
pelos quais a informalf3o Gontabil deve obrigatoriamente percorrer dentro de urn
sistema. Entende ele que, 56 assim um sistema pode ser considerado completo e
eficaz. Os estagias segundo ele sao estes:
Percep9ao: entrada do dado;
Coleta: captura fisica da informaryao;
Armazenamento: codific89ao;
Acesso: consiste numa consulta previa dos dados ate entao
capturados;
Processamento: transformayao dos dados capturados de forma que
satisfaya as necessidades da entidade;
Transmiss2l0: eo fluxo da informaC;2Io;
ApresentaC;2Io: relat6rios contabeis.
1.6 Sistema de informalitao gerencial (SIG)
Sistema de Informa,ao Gerencial na concep,ao de OLIVEIRA (1999, p.
40), ~.. e 0 processo de fransformaqao dos dados em informar;ao que sao utilizadas
na estrutura decis6ria da empresa, proporcionando, ainda, a sustentaqao
administrativa para otimizar as resultados esperados."
o autor entende que 0 SIG deve ser utilizado como instrurnento de auxilio
para os executivos das empresas. Para ele 0 desenvolvimento de urn SIG envolve
alto nivel de criatividade e realizaC;2Io das pessoas com ele envolvidas, pois, a partir
de um problema identificado deve-se demonstrar elevada criatividade para chegar
ate a decis2lo a ser operacionalizada. Na figura 5 melhor se visualiza 0 processo de
criatividade e realizaC;2Iodas decis5es de pessoas envolvidas em urn SIG.
15
Figura 5 Criatividade e realiza~ao do executivo no SIG
Fonte: OLIVEIRA, Ojalma de Pinho Rebouyas de. Sistemas de informa~oes gerenciais.Sao Paulo: Atlas, 1999, p.41.
'6
CAPiTULO II
PROCEDIMENTOS CONTAsEIS
2.1 Finalidade da contabilidade
A conlabilidade segundo FAVERO (1997, p. 13), lem por finalidade
analisar, interpretar e registrar as fenomenos que Deorrem no patrimonia, buscando
demonstrar aos seus diversos usuarios, as informa~6es sabre as neg6cios para a
tomada de decis6es.
o autor coloca que este processo aparentemente pareee bern simples, mas
existem pontcs fundamentais que devem ser considerados, como por exemplo:
.Quem sao as usuarios da informac;:ao conlabil;
•Como devem ser geradas as informac;6es para esses usuarios.
A contabilidade pode ser entendida como urn sistema de informac;:ao com a
finalidade de fornecer dados suficientes para ajudar seus usuarios na tomada de
decisao, segundo a concep,ao de MARION (1998, p.128). Sendo que sua principal
finalidade e fornecer informa~6es que permitam a cad a grupo de usuarios uma
avalia~ao da situa~ao econ6mica e financeira da entidade, num sentido estatico,
bern como fazendo inferencias sabre suas tenctencias futuras.
A finalidade da conlabilidade segundo FRANCO (1997, p. 22) e a de
eontralar os fen6menos ocorridos no patrim6nio de uma entidade, alraves do
registra, da classifiear;ao, da demonstrac;tio expositiva, da analise e interpretar;tio
dos fatos ocorridos, objetivando (omecer informar;6es e orientar;ao - necessaria alomada de decis6es - sobre sua composir;ao e variar;6es, bern como sobre 0
resultado econ6mico decorrente da gestao da riqueza patrimonial. "
Para a autor essas informa~oes sao indispensaveis para a orienta~ao dos
diversos usuarios da contabilidade, permitindo maior eficiencia na tomada de
17
decis6es. Para ele a finalidade mais importante da contabilidade e a de informar;
fornecer informac;oes e orientac;:ao de carater economico-financeiro, sem as quais a
administrac;:ao da entidade nao disp6e de elementos para a tomada de decisoes.
A contabilidade na concep~ao de FAVERO (1997, p.111), deve gerar
informaryoes de acordo com as necessidades de seus usuarios, e celiamente,
quanta mais rapidamente 0 usuario for informado, maior sera a possibilidade de
tomar boas decisoes.
Para atingir a sua finalidade, contabilidade utiliza-se das demonstrac;:oes
contabeis, que sao elaboradas atraves das tecnicas contabeis, partindo-se da
escritura~o.
Mas para um melhor entendimento, antes de se falar em escriturac;ao deve-
se falar de contas e plano de contas.
2.2 Conceito de conta
Para que se tenha noryao do que e um Plano de contas, e preciso que se
conherya primeiramente 0 conceito de conla, que para LOPES DE sA (1998, p.1S) e
a "expressao qualflativa e quantitativa, estatica e dinamica, de fatos pafrimoniais da
mesma natureza, ocorridos ou par ocorrer, em uma empresa ou em uma entidade".
No entendimento do autor ~contaH e portanto, 0 instrumento de mem6ria, reunindo
acontecimentos patrimeniais e de natureza identica.
As contas segundo FAVERO (1997, p.1111, devem apresentar:
Quante a sua caracterislica:
• Devem apresentar caracteristicas quanlilativas e qualilativas.
18
Devern ser identificadas par um titulo que qualifiquem um componente
do patrimonio;
Devern ter par finalidade reunir as fatos contabeis de urna mesma
natureza.
Para FRANCO (1996, p.75) ... conta e 0 registro de debitos e cr<,ditos da
mesma natureza, identificados par um titulo que distingue um componente do
patrimonio ou urna varia~ao patrimoniar 0 conceito de conta apresentado pelo
aulor e semelhante ao de FAVERO, sendo que 0 aular identifica como sendo
componentes do patrimonia, as bens, as direitos, as obriga<;oes e a SitU89c30 liquida;
e as varia96es como sendo as receitas e despesas.
2.3 Plano de Contas
a Plano de Contas conforme a defini<;ao de sA (1998, p. 22). pode ser
entendido como uma peG8 na tecnica contabil que estabelece antedpadamente qual
sera a condula que contador adotara para realizar a escriturac;ao, e e, portanto, um
conjunto de normas e intitulayoes de contas, destin ado a orientar a escriturayao
contabil. Embora os criterios utiHzados na elaborayao de um plano de contas
possam variar, a caracteristica essencial quanta a sua finalidade permanece
imutavel.
Para 0 autor um plano de contas pode ser entendido como um sistema, e
deve ser uma bussola, um guia para as tarefas da escriturayao contabil, pois para
sA, a principal utilidade de um plano de contas e a de servir de meio de orientayao
na escrituratrao contabil.
Na concep<;ao de MARION (1998, p.139) 0 Plano de Contas e 0
agrupamento ordenado de todas as contas que serao utilizadas pela contabilidade
da empresa, e e considerado indispensavel para 0 registro dos fatos contabeis.
Cada empresa, de acordo com sua atividade e tamanho, devera ter seu proprio
Plano de Contas. Na pratic8, 0 Plano de Contas e numerado ou codificado, para
19
facilitar 0 trabalho da contabilidade nele desenvolvida atraves dos processes,
mecanicos, eletronicos au manuais.
MARION (1998, p.219) ainda comenta que para se obter um melhor
detalhamento em determinadas centas, podem ser criadas subcontas. Como per
exemplo, a conta Banco Conta Movimento pade conter como subcontas a nome de
quantos banco fossem necessarios, criando assim urn controle contabil par banco.
o Plano de Contas e urn dos aspectos mai5 importantes da organizac;ao
contabil segundo FRANCO (1997, p. 124), pois ele orienta a registro das operar;oescom a vantagem da uniformizar;ao das contas utilizadas em cada registro. Segundo
a autor, a Plano de Contas consiste no elenco de todas as contas que se preve que
serao necessarias aos registros contabeis de urna entidade. Porem, 0 autor enfatiza
que 0 Plane de Centas nao pode ser rigido, deve ser flexlvel para perrnitir que sejam
feitas alterac;:oes, sempre que necessarias, no decorrer de sua utilizac;:ao.
FRANCO considera que a organizac;:ao do Plano de Contas facilita a
utilizac;:aa das centas, pais a classificac;:ao geral de cada eonta e identificada per urn
c6digo que a distingue das demais, essa codificac;:ao podera ser numerica ou
alfanumerica.
FAVERO (1997, p.112) afirma que as contas destinam-se ao registro dos
fatos de uma mesma natureza, e sao elencadas em urn Plano de Contas. E que para
se realizar os registros dos fatos, verifiea-se a necessidade de processar a
escriturac;:ao desses fatos.
2.4 Escriturac;ao contabil
Escritura9ao contabil, para FAVERO (1997, p.113), e 0 ato de registrar nos
Hvras da empresa as movirnentac;:oes ocorridas em seu patrimonia, e pode ser
definida como um conjunto de lanc;:amentas das aperac;:oes da empresa em ordem
cronol6giea.
20
A obrigatoriedade da escritura9ao contabil esta normatizada no artigo 177
da Lei n.' 6.404 de 15/1211976, que determina: "A escritura9ilo da companhia sera
man/ida em registras permanentes, com obediencia aDs preceitos da legis/a9ao
comercial e desta lei e aos Prine/pios de Contabilidade Gera/mente Aceitos, devendo
obseNar metodos ou criterios contabeis uniformes no tempo e registrar as muta90es
palrimoniais segundo 0 regime de compettmci8."
As formalidades da escriturac;:ao contabil estao descritas na Norma
Brasiteiras de Contabilidade NBC T 2.1, que foi aprovada pel a Resoluc;:ao 563 de 28
de Outubro de 1983. Segundo a NBC T 2.1 as formalidades da escriturar;:ao assim
devem ser cumpridas:
~2. 1. 1 - A Entidade deve manter urn sistema de escriluraqao uniforme dosseus alos e fatos adminislrativos, a/raves de processo manual, mecanizado ouelelr6nico.
2.1.2 - A escriluraqao sera executada:
a) em idioma e moeda corrente nacionais;
b) em forma contabif;
c) em ordem cronol6gica de dia, mes e ano;
d) com ausencia de espaqos em branco, entre lin/las, borraes, rasuras,emendas ou transporles para as margens;
e) com base em documentos de origem extema ou intema ou, na sua falta,em elementos que comprovem ou evidenciem falos e a pratica de alosadministrativos.
2.1,2.1 - A terminologia utilizada devera expressar 0 verdadeiro significadodas Iransar;6es.
2.1.2.2 - Admite se 0 uso de c6digos e/ou abrevia/uras nos hisl6ricos doslanqamenlos, desde que permanentes e uniformes, devendo conslar, em elencoidentificador, no "Diario" ou em registro especial revestido das formalidadesextrinsecas.
2.1.3 - A escriluraqao conlabil e a emissao de relat6rios, pec;as, analises emapas demonstrativos e demonstraq6es contabeis sao de atribuir;ao eresponsabilidade exclusivas de Conlabilista lega/mente habilitado.
21
Afirma PADOVEZE (1996, p. 86), que a forma de controle encontrada pela
contabilidade, preve 0 registro de todos as fatos administrativQs, nas respectivas
cenlas representativas do patrim6nio, e este registro e (eito atraves da escritura~ao,
que e a tecnica de lanc;:ar apontamentos em livros, que neste casa sao as livros
contc'lbeis.
Na contabilidade segundo afirma FRANCO (1997, p.57), pode-se distinguir
uma parte te6rica e uma parte pratica. A parte le6rica e a que ele chama de
"Contabilidade Cientifica", que trata da identificac;:ao de principios e a fixac;:ao de
narmas. A parte pratica de execuC;:13odo registro dos fen6menos patrimoniais,
segundo 0 autor, e (eita atraves da tecnica na qual a Contabilidade atinge 0 seu
objetivo de estudar e controlar 0 patrimonia, fornecendo informac;:6es e orientat;ao
sabre 0 estado patrimonial e suas variac;oes, e essa tecnica chama-se escriturac;ao.
Segundo 0 autor escriturar;:ao pode ser definida como It 0 registro dos fatos
contabeis, segundo os principios e rlOrmas tecnico-contabeis, tendo em vista
demonstrar a situar;ao economico-patrimonial da enUdade e os resultados
economicos por efa obtidos em um exercicio."
FRANCO (1997, p.58), comenta que 0 registro de um fato contabil e
chamado de lanr;:amento, e que escriturac;ao nada mais e do que a conjunto desses
lanc;amentos, e que esse registro e feito de acordo com urn metodo.
Para ele metodo e a forma de preceder, de fazer as coisas, e metodo de
escriturac;ao e a forma de registrar os fatos contabeis. Existem varias maneiras de se
escriturar os fatos contabeis, porem todos os metodos de escriturac;ao existentes
sao variantes dos dois metodos fundamentais: ~o metoda das partidas simples" e 0
gmetodo das partidas dobradas".
FRANCO (1997, p.58) entende que 0 "metodo das partidas simples" econsiderado deficiente e incompleto, e por esse motivo nao e usado atualmente,
neste metodo 56 se fazem as registros das operac;oes realizadas com pessoas,
omitindo-se 0 registro de elementos patrimoniais, bem como do lucro ou do prejuizo,
22
nele a (mica conta control ada e a conta "Caixa", e este contrale e feite em urn livro
especial.
o "metodo das partidas dobradas· no entendimento de PADOVEZE (1996,
p.87), e assim denominado porque 0 mesma valor e lanc;ado em no minima duas
contas, atraves do mecanisme de debito e do eredito, com a finalidade de manter a
equ8ryao patrimonial em igualdade. Pade-se resumir 0 metoda dizendo que para
todo debito existe um eredite correspondente e de igual valor, ou vice-versa.
Atualmente todes as fatos sao registrados de acordo com esse metoda.
2.5 Lanc;amento contitbil
A base para tad a a informac;ao contabil e 0 lanc;amento. Tem-se que
lan,amento e 0 registro de um fato contabit, que segundo FRANCO (1997, p.60),
deve ser feito pelo metoda das partidas dobradas e em ordem cronologica
obedecendo a determinada disposiC;ao tecnica.
Para PADOVEZE (1996, p.88), tan,amento pode ser definido como
MescrituraC;ao ou registro de cada fato administrativo nos livros contabeis" Um
lanc;amento deve conter, sob pena de nao ser considerado como tal, cinco
elementos obrigat6rios, e esses elementos devem ser apresentados no livro Diario
na seguinte ordem:
1° Data;
2° Conta debitada;
3° Conta creditada;
4° Hist6rico;
5° Valor.
Conforme afirma FAVERO (1997, p. 117), a data da ocorrencia do fato e
indispensavel para que se possa observar se a escriturac;ao esta sendo feita em
ordem cronol6gica. A conta a ser debitada e a conta a ser creditada sao informac;oes
23
necessarias para que se possa identificar as operac;:oes, pois at raves da simples
observac;:ao do lanc;:amento pode-se identificar 0 tipo de operac;:ao realizada. Como
por exemplo:
Data: 23103/X8. o - Energia Eh~trica
C - Caixa
Observando este lanc;:amento fica facil verificar que na data indicada acima
ocorreu 0 pagamento de uma fatura de energia eretrica em dinheiro a vista.
2.6 Base legal para 0 lanc;amento
Todo lanc;:amento deve ser baseado em um documenta que 0 habilite,
conforme entende PADOVEZE (1996, p. 89). Sendo que nenhum lan~amento
padera ser feito nos livros cantabeis sem que exista argum documento que 0
comprove, tanto para efeitos fiscais, comerciais, ou patrimoniais, haja visto que a
contador sempre tera de prestar contas dos registros efetuados.
Segundo a autor, a documentac;:ao em que a lanr;amenta se baseia pode
ser de origem externa au interna, de preferE'mcia deve-se procurar usar documentos
de origem externa, pais os mesmos sao mais imparciais que as de origem interna.
Mas, quando isto nao for passivel, deve-se valer da documentac;:ao criada
internamente na empresa ou entidade, para a comprovac;:ao do lanc;:amento.
2.7 Func;6es do lanc;amento
Na concep~ao de FRANCO (1997, p.60), 0 lan~amento apresenta duas
funC;:Oes:a func;:i!lomoneta ria e a func;:ao historica. Para 0 autor a func;:ao monelaria
traduz 0 valor do patrimonio e de suas variac;:oes.
24
FAVERO (1997, p.117), entende que 0 valor representa a caracteristica
quantitativa da opera~ao, demonstrando 0 patrim6nio das entidades em seu aspecto
quantitativo.
A fun~ao historica entende FRANCO (1997, p. 60,61), consiste em narrar 0
fato em ordem cronol6gica, contribuindo para a descric;ao de lodos os
acontecimentos que se verificam no patrim6nio.
o lan~amento deve possibilitar a a~ao, conforme entende PADOVEZE
(1998, p.143), e para isso ele deve ser completo e feito de forma cuidadosa, deve
evidenciar tudo que aconteceu no fato contabil, utilizando-se principalmente de seu
histOrico.
Para que se possa melhor entender a fun~ao hist6rica do lan~amento,
deve-se falar um pouco mais sabre histOrico.
2.8 Hist6rico Contabil
Conforme anteriormente mencionado, a fun~o historica do lanc;amento e a
narrac;ao do fato registrado, e essa narrac;ao da-se atraves do hist6rico.
Para PADOVEZE (1996, p.B9), 0 historico e 0 elemento que fara a clareza
necessaria para 0 entendimento do lanc;amento, porem ele devera ser sucinto, nao e
necessario que 0 historico prolongue-se de forma demasiada, desnecessariamente,
mas ele tambem nao pode ser breve demais, deve canter os elementos minimos
necessarios para 0 entendimento e a clareza do fato contabiL
Segundo a obra TPD lOB BOLETIM 29/92, na escritura,ao 0 historico e um
breve relato do fato administrativo, e sua tecnica de elaborac;ao consiste em abreviar
espac;o e tempo, sem prejuizos da clareza. De acordo com a obra 0 historico deve
ser redigido em vernaculo (idioma patrio), com clareza e exatidao, contendo os
elementos necessarios para a sua compreensao.
25
o hisl6rico e muilo importanle, na concep,ao de FAVERO (1997, p.117),
pois evidencia a caracterfstica qualitativa da operag8o, apresentando detalhes e
caracteristicas especificas da operag8o realizada.
o hisl6rico e 0 elemenlo fundamental do lan<;amento, segundo PADOVEZE
(1998, p.142), pais e ele que darc~ informa90es suficientes que ilustraraa
lan9amento, dando ao mesma can;~ter de informa98o que leva a 8980.
Segundo 0 autor alguns sistemas trazem historicos padronizados para
operac;:Oes repetitivas, porem ele propoem-se que 0 his tori CO, can forme a atividade,
seja elaborado com muito cuidado, pais e ele que trara lada a informag8o detalhada
sobre 0 laOl;amento. 0 hist6rico sera lad a a base do banco de dad as, sendo ele
portanto a alicerce para a lamada de decisao.
Com 0 objetivo de potencializar a informayao contabil 0 autor sugere 0
seguinte exposto na figura 6.
Figura 6: Lan4;amento contabH, evento econ6mico e modelo de decisao
Moddo de Dccis;io
EYcnlo Economic"
LaJl<,:.1rtK-nl0 Con!ahil
Fonte: PADDVEZE (1998, P.144)
26
o lanr;amento contabil deve ser urn veiculo que possibilite a posterior
tomada de decisao, par issa deve ser completo, contend a todos as elementos que
esclaregam 0 evento econ6mico que se quer demonstrar.
Como se pode observar na figura 6, 0 Langamento contabil e a base para
a tomada de decistlo, pois como demonstrado na figura, a evento economico acorre,
e e registrado com todos as detalhe atraves do Lanc;amento Contabil, que servirc:3
para posterior tomada de decisao, caracterizando-se assim como 0 lanc;amento que
leva a ac;ao.
Para PADOVEZE (1998, p.142) a historica deve ser campleta, ter tadas as
informac;oes que mostrem 0 evento acontecido, sem deixar duvidas, e sem que para
entende-Io necessite-se de informac;:c3o complementar.
Como anteriormente mencionado, para 0 autor, 0 hist6rico e 0 elemento
fundamental do lan~amento, pOis e ele a informa~ao gerada pelo lan9<3mento 0
carater de informa~ao que leva a a~ao, sendo que e atraves do hist6rico que 0
lan~amento se evidencia em urn maior grau de detalhe, contando tudo 0 que
aconteceu, e possibilitando assim uma a~ao futura.
27
CAPiTULO III
CONTROLADORIA
Para PADOVESE (1998, p. 98) a controladoria e a area que normalmente
exerce 0 papel de responsavel pelo sistema de informa~ao contabil e e, segundo 0
aulor, 0 setor que operacionaliza a funyao maxima da contabilidade como Glen cia do
controle. Oessa maneira adotaremos a seguir as conceitos de controladoria como
um instrumento da contabilidade, pois segundo a entendimento de PADOVESE a
controladoria pode ser entendida como a ciencia contabil evoluida.
3.1 Origens da Controladoria
Segundo KANITZ (1976, p. 5), as primeiros controladores fcram recrutados
entre as respons8veis pelo departamento de contabilidade ou entao pele
departamento financeiro da empresa. Islo 59 deve a varias fazoes:
a. Os contadores gerais e as administradores financeiros possuem,
em funC;ao do cargo que ocupam, uma visao ampla da empresa, 0 que os
torna capazes de enxergar as dificuldades como um todo e propor soluc;oes
gerais;
b. A controladoria e uma funC;ao diretamente subordinada itpresidencia da empresa, portanto, nada mais logico do que eseolher para 0
cargo de controlador uma pessoa que ja esta Iigada a presidencia, como
aconteee eom os eontadores e administradores finaneeiros;
c. As informac;oes que chegam ao controlador sao,
predominantemente de natureza quantitativa, e esses profissionais jil estao
familiarizados com as numeros
Entretanto, segundo KANITZ, a Control ado ria naQ existe apenas para
administrar 0 sistema contabil da empresa e, por isso, os conhecimentos de
contabilidade ou financ;as nao sao mais suficientes para 0 desempenho da funyao de
28
controlador. Oessa forma, a controladoria abre, para as antigos contadores e
administradores financeiros, urn campo de atuac;ao muito mai5 amplo, dinamico e
interessante, pois abrange praticamente teda empresa e requer do controlador
muitas qualidades e conhecimentos.
3.2 Coneeito
Segundo NOGAS e LUZ (2004, p. 19), a control ado ria consiste nurn
conjunto de conhecimentos e fungoes relacionados com a gestao econ6mica da
empresa. Seus principios e metodos utilizados sao titeis na gerac;ao e mensurac;aodos resultados das operac;Oes.
Para MOSIMANN (1999, p. 88) ela pode ser visualizada sob dois enfoques:
3. coma urn 6rgao administrativD, com miss;3o, funr;oes e
principios norteadores definidos no modele de gestao do sistema
empresa, cnde tern par finalidade garantir informar;oes adequadas ao
processo decisorio, alem de colaborar com os gestores no senti do de
obter eficacia em suas areas no aspecto econ6mico e assegurar a
eficacia empresarial, por meio da coordenar;ao das ar;oes dos
gestores.
b. como uma area do conhecimento humano com
fundamentos, conceitos, principios e metodos oriundos de outras
ciencias, tais como a economia, a estatistica e a contabilidade, entre
outras.
MOSIMANN et al. (1993 p. 85) afirmam que:
~Sob esse enfoque, a Controladoria pode ser conceituada como 0 conjunto de
principios, procedimenlos e metodos oriundos das ciencias da Administra~o, Economia,
29
Psicologia, Estatis1ica e principalmente da Contabilidade, que se ocupa da gestao
economica das empresas, com 0 tim de orienta-las para a eficacia."
PADOVESE (1998, p. 99) afirma que, na visao desses autores, a
Controladoria e urna ciencia aut6noma, nao confundindo-se com a contabilidade,
apesar de utiliza-Ia pesadamente. Entretanto, para PADOVESE, esse e urn aspecto
questionavel dessa definiryao. Em sua opiniao a control ado ria pode ser entendida
como a ciencia contabil evoluida, decorrente do alargamento de seu campo de
atua9ao.
3.3 Missao da Controladoria
MOSIMANN (1999, p. 89) diz que a Controladoria deve esfor,ar-se para
garantir 0 cumprimento da missao e a continuidade da organizac;:ao. Assim, seu
papel fundamental consiste em coordenar esforgos para conseguir urn resultado
global superior a soma dos resultados de cada area, otimizando os resultados
econ6micos da empresa, para garantir sua continuidade, por meio da interac;:ao dos
esforc;:os nas diversas areas.
MOSCOVE e SIMKIM (1990, p. 148) afirmam que a Controladoria
desempenha um importante papel para 0 exito empresarial, tendo como missao
primordial a gerac;:ao de informac;:6es relevantes para tomada de decisao no ambito
da organizac;:ao.
Para NOGAS (2004, p. 19), a Controladoria deve garantir informac;:6es uteis
ao processo decisorio, colaborando com os gestores na busca da eficacia gerencial
e que, de forma resumida, a Control ado ria tern as seguintes atribuic;:6es:
responsabilidade pela gestao economica do sistema empresa, enfocando os
resultados operacionais e financeiros; apoiar os gestores na execuc;:ao das
atividades empresariais e desenvolver, implementar e manter um sistema de
informac;:6es que possibilite aos gestores conduzir de forma adequada 0 processo de
gestao.
JO
3.4 Fun~6es do Controller
Segundo HERNANDEZ (1995, p.35) 0 papel do controller difere
grandemente de empresa para empresa, em func;:ao do porte e da estrutura
organizacional. Basicamente, e5sa func;:aoe exercida atraves de dais enfoques:
a. No primeiro enfoque, 0 Controller tern as responsabilidades de
urn Ugerente de contabilidade" au de urn Mcontador geral", situado na
estrutura organizacional como urn 6r980 de linha, normal mente
subordinado ao principal executivo financeiro da empresa.
b. 0 segundo enfoque envolve a compilae;ao, sintese e analise das
informac;:6es geradas, e nao a responsabilidade par sua elaborac;:ao. Sua
func;:ao basica e garantir que as informac;oes sejam preparadas e
distribuidas oportunamente dentro da entidade. Neste enfoque a controller
atua como um 6rgao de staff ligado diretamente a alta administrac;ao,
selecionando e filtrando as informac;6es oriundas dos diversos
departamentos.
Para KANITZ (1976, p. 7) as fun~Oes do Controller podem ser assim
resumidas:
a. Informac;ao: compreende as sistemas contabeis-financeiros-
gerenciais;
b. Motivac;ao: refere-se aos efeitos dos sistemas de controle sabre
a comportamento;
c. Coordenac;ao: visa centralizar informac;6es com vistas aaceitac;ao de planas. 0 controller toma conhecimento de eventuais
inconsistencias dentro da empresa e assessora a direc;ao, sugerindo
soluc;6es;
31
d. Acompanhamento: verifiea e control a a evolue;ao e 0
desempenho dos pianos trac;ados a fim de corrigir falhas au de revisa-Ios.
RUSSEL e FRASURE (p. 152-154) afirmam que as fun,iles do controller
em senti do rnais amplo consistem em:
a. reunir, analisar e interpretar a informac;ao que a Administrac;ao
necessita para operar a empresa;
b. manter as registros contabeis adequados, com a finalidade de
prover informac;5es carretas para as varias entidades externas.
Para MOSIMANN (1999, p. 93), a controller responsabiliza-se basicamente
pelos seguintes pontcs:
conjunto de sistemas contabeis empregados na empresa;
refon;o do controle interna par meio da auditoria interna;
preparac;ao e explicac;ao das analises financeiras;
manutenc;ao dos contratos celebrados pela empresa com
terceiros;
administrac;ao das questoes fiscais e tributarias;
estabelecimento, coordenaC;:8o e administraC;:8o de um plana
adequado para 0 contrale das aperac;:oes empresariais;
fiscalizaC;:8o dos objetivos, efetivac;:ao das politicas, processos e
estrutura organizacional da empresa estabelecidos em conjunto com
os demais gestores;
coordenac;:ao e preparaC;:80 da informaC;:80 para auditoria externa,
bem como ser 0 elo de ligac;:ao da empresa com as auditores
independentes;
proteC;:8odos ativos da empresa;
estudos economica-financeiros, incluindo as influencias de
forc;:aseconomicas e sociais e do governo sobre 0 resultado economico
das atividades da empresa;
32
aprOV8C;:80 do pagamento e assinatura de tftulos de eredilo em
consonancia com 0 tesoureiro;
aplicac;ao de regulamento da empresa quanta as cauc;:oesprestadas e 8c;oes emitidas pel a empresa;
preparac;:ao e aprovac;:aode normas internas para 0 cumprimento
de declsoes administrativas;
assessoramento aos demais gestores para COrre98:0dos desviosentre 0 planejamento e a execuc;:a.o;
gerenciamento do sistema de informac;:6es que dB suporte ao
processo decis6rio da gestao economica;
preparac;:ao de informac;:6es econ6mico-financeiras para as
entidades governamentais, acionistas controladores au a quem tern
neg6dos com a empresa;
gerenciamento da area de controladoria.
3.5 Areas abrangidas pela Controladoria
Segundo NOGAS (2004, p. 22), as areas abrangidas pela Controladoria
sao as seguintes:
a. Contabilidade
Societaria e Fiscal
Custos
Gerencial
b. Planejamento financeiro e operacional
De Resultado
De Investimentos
De Caixa
Estudos de viabilidade econOmica de projetos
C. Financeiro
Contas a Pagar
Contas a Receber
34
CAPiTULO IV
MAROCHI PODOLAN & CIA LlOA - UM ESTUDO DE CASO
4.1 Identifica~iio do caso
Reestrutura.;;ao de urn sistema administrativo buscando melhorar 0
centrale dos pagamentos e a qualidade das informa(foes em urna empresa do ramo
de administraryao de imoveis para IOC89aO.
4.2 Apresentaf;ao da empresa
A pesquisa foi desenvolvida na area de locar;c3o da empresa Marochi
Pode/an & Cia Ltda., que atua no ramo de administrar;c30 de imoveis situada na
cidade de Ponta Gressa - PR
4.3 Hist6rico da empresa
Com rnais de 17 anos de experiencia no ramo imobiliario, a Marochi
Podol an & Cia Ltda - MP IM6vEIS - lem como principal objelivo. a salisfa~ao. a
qualidade no atendimento e serviryos oferecidos aos seus clientes.
Fundada em 1984 por Alcy Antonio Marochi, conta hoje dentre Qutros, com
as socios-diretores Joao Antunes Neto, que ingressou na sociedade em 1989 e
Fabio Baptista Machado, socia desde 1996.
Atualrnente instalada em urn pn§dio com aproxirnadamente 600 rn2 de area
construlda, localizado a Rua Balduino Taques, 1300, a Imobiliaria possui urn
ambiente funcional e versatil, 0 que a torn a urna das mais modernas do Parana.
Em todos esses anos de atuac;ao, a Marochi Podolan & Cia Uda vern
rnantendo firme 0 proposito de inovar e implementar 0 atendimento a seus clientes
J5
quer seja na area de vendas, loca~6es, administra9ao de bens, condominios,
loteamentos e lanc;amentos de edificios. Proporcionando um atendimento eficiente,
personalizado e sem burocracias, direcionado a identific89ao dos interesses e
necessidades de sua clientela.
Considerando que 0 profissionalismo e a seriedade sao essenciais no
atendimento ao publico, 0 quadro de funcionarios recebe formac;ao especifica,
atraves de seminarios de marketing, relac;oes interpessoais no trabalho e
treinamentos constantes relacionados aos produtos e servic;os oferecidos pela
empresa.
A MP Imoveis passui uma vasta carteira de im6veis, tanto para venda
como IOC89030, anunciados nos melhores jornais locais e na Internet. Conta ainda
com um departamento juridico proprio, especializado em transac;:6es imobiliarias,
garanlindo tranqOilidade nas Iransac;:oes realizadas.
Visando a atual diversificac;:ao do mercado, a MP Imoveis participa, atraves
de seus diretores, de sociedades em outras empresas como a MP Corretora de
Seguros, RETIMAQ Retifica de Motores Uda e API Associac;:ao Pontagrossense de
Investimentos.
Tambem mantem parcerias com outras empresas, lais como:
- VB Construc;ao Civil Ltda.
- Wosgrau Empreendimentos Imobiliarios
- Construtora IIhabela Ltda.
- Unisul Projetos e Construc;:oes
36
4.4 Loca~iio
o processo de loc8vao da empresa Marochi Pad alan & Cia Ltda passa par
duas etapas.
Na primeira etapa e estabelecido urn contralo de administrac;ao entre a
imobiliaria, nesse caso ADMINISTRADORA e 0 proprietario do imovel, 0 LOCADOR,
a qual transfere a empresa as poderes para administrar 0 seu im6vel.
o Contralo de Administrac;ao (Anexo I), contem os termos da administrac;ao
para ambas as partes, como par exemplo, a taxa a ser cobrada pela administradora
e a prazo de durac;ao da administrac;ao. Anexo ao contralo estao a descri9ao do(s)
im6vel(is) e urna procurac;ao delegando poderes a administradora junto as mais
diversas entidades como par exemplo: COPEL, SANEPAR, e outras. Urna vez
contratada a administradora, eSla passa a anunciar a imovel para loc8c;ao nos mais
diversos veiculos de comunicac;ao, gerando assim a oferta.
Na segunda etapa e a locac;ao propriamente dita, ou seja, quando um
cliente procura a administradora interessado em locar 0 imovel ofertado.
A partir desse momento e solicitado ao cliente que apresente um fiador e
que ambos preencham um cadastro (Anexos II e III), que sera posteriormente
analisado.
Anexo a esse cadastre e solicitada a seguinte documentac;ao:
locatario
Copia do R.G;
Copia do CPF/MF;
Camprovante de Renda; au
Declarac;ao de Impasto de Renda;
37
Fiador
C6pia do RG;
Copia do CPF/MF;
Comprovante de Renda: ou
Declara9ao de Impasto de Renda;
Capla do Registro do [movel, Atualizado.
Ap6s 0 cadastre ser analisado e aprovado, e emitido 0 Contralo de
Loea<;.o (Anexo IV).
No Centralo de LoCa9<30, estaa estabelecidos as termos da loCa9c3.0, como
por exemplo:
Objeto da loea<;ao;
Valor da loea<;ao;
Prazo da loca~o.
Urna vez firmado a Centrale de LoCa9c3.0, 0 interessado passa a condi~o
de Locatario.
4.5 Sistema AdministrativQ
A empresa passuia somente um sistema administrativ~ que era utilizado
em suas opera90es e, que ate aquele momento satisfazia suas necessidades
operacionais, administrativas e gerenciais. Esse sistema foi desenvolvido em
ambiente UNIX®1 e ainda e utilizado dentro da empresa em rede sendo apresentado
p~r meio de rotinas. Ele esta apresentado atraves de rotinas. Essas retinas estao
dispostas em itens que por sua vez sao apresentadas por meio de sub-rotinas. A
rotina de locatario, por exemplo, contem sub-retinas como a de consulta, cadastr~,
exclusao, altera~ao e relatOrios.
! Um tipo de Sistema Opcracional
38
A imobiliaria utilizava-se desse sistema para gerenciar todas as suas
informac;:oes, OU seja, era atraves desse sistema que se visualizava todo a
movirnento de pagamentos e recebimentos, tanto dos locatarios como dos
locadores. 0 grande problema ocorria quando era necessaria consultar a origem e a
composic;:ao dos valores lanc;:ados. Era preciso empreender a busea do registro
correspondente ao lan!;(amento efetuado em uma planilha, pesquisando-se pela data
de registro do lanc;:amento.Tudo jssa porque nao existia 0 detalhamento dos valoreslanc;:ados e registrados dentro do sistema.
No quadro 1 e passivel verificar a apresentac;:ao da tela principal do sistema
composto atraves das retinas de:
Manutenc;:ao de Locatario;
Manuten,ao de Imoveis;
Lan9amento e Processamento:
Rescisoes Contratuais, e outras.
Quadro 1 Tela Principal do sistema
19
4.6 Partes envolvidas em urna loca~ao
Como se pade verificar anteriormente, as partes envolvidas em uma
locatyao sao as locadores, locatarios, im6veis e as contratos firmados entre eles. 0
sistema administrativo utilizado pela empresa as identifiea par c6digos compostos
par seis digitos, sendo que as dais primeiros digitos definem a distintyao entre as
partes. Para melhor visualiza9a.o e entendimento apresentamos em seguida cada
um desses itens.
4.6.1 IMOVEL
No c6digo dos imoveis as dais primeiros digitos VaG variar de acordo com 0
tipo do imovel, classificando-os da seguinte forma:
Imoveis residenciais:
Casas - 0 c6digo iniciara sempre em 11.
Exemplificando:
11.0001 - Cas a de Carnes Orlando Cia Llda.
11.3597 - Jose Roberto Pereira
Apartamentos - a c6digo iniciara sempre em 12.
Exemplificando:
12.0001 - Rua Balduino Taques, 159 Ap 32
12.0402 - Avenida Vicente Machado, 588 Ap 21
Im6veis comerciais - 0 c6digo iniciara sempre em 13.
Exemplificando:
- 13.0891 - R. Sete de Setembro, 730 Sala 25
- 13.0002 - Avenida 0 Pedro II, 225
40
Barracoes - 0 c6digo iniciara sempre em 14.
Exemplifrcando:
- 14.0001 - Avenida Souza Naves, 2569
- 14.0002 - Rodovia BR 376 KM 4,5
Terrenos - 0 c6digo iniciara sempre em 15.
Exemplificando:
- 15.0001 - R. Alvaro Alvin, sin Lado 214
- 15.0002 - Rodovia PR 101 KM 25
o sistema possibilitara levantar diferentes informa~6es sabre determinado
im6vel, como por exemplo:
Verificar a situ8c;ao atual do im6vel, informando se 0 mesma esta
lacado au disponivel para loc8c;ao;
A identificayao de seu proprietario;
A data em que 0 im6vel passou a ser administrado pela empresa;
Valor da loea,ao;
Identific8C;c30 do locatar;o;
A data que 0 imovel deixa de ser administrado da empresa.
No quadro 2, representa-se a rotina do sistema para a Manutenc;:ao dos
Im6veis (03).
41
Quadro 2 Tela de consulta de im6vel
4.6.2 LOCADOR
No c6digo dos locadores 05 dais primeiros dfgitos serao sempre iniciados
em 50.
Exemplifrcando:
50.0001 - Alcy Antonio Marochi
50.5262 - Pedro Napoli.
Atraves da consulta da rotina de MANUTENt;:AO DE LOCADOR ( 02 ) do
sistema e passivel verificar, par exemplo, as dados do loeador do im6vel como:
Nome completa;
Endere\=o para correspondencias;
42
Data do cadastro do loeader;
Valor cobrado pela imobiliaria, contendo a taxa de administray8o, a
incidencia de impasto de renda, a data do cadastra, a tipo de pagamento a ser
realizado.
Quadro 3 Tela de Consulta a Locador
Estes dados sao visualizados no quadro 3:
SISTEMA II E AIIMINISTRACAU IMUVEIS
Codlgo
Soft HOllse : Copyriyllt (el l']'H I.r l11f,tmpr",,, 01 MAnOCHIPODOLAN8 CIA LTDA CONSULTnLOCADOn
[!)o.'!l1'JJ P"sta [·H1'Jl Inllicador [1] OJ fisica (2) Juridica
Lnr.alinpc.p.r'rndt:rt!L:u'Rilirrntld.deDt Nilscim.f.sl.Civi IConjugeJlt'ufis'Si.lUObsf!PU'l.r.ao
"'[;,IXiI AdmImp RennaDt. C.d.Tipu rytu
IHI.I.Y CRISTINA D[III)A'111[ 20.770.009.00l R.y.[n. AL\.\1ROALVIM. 2(}1rVII.F.I.A 1 Tr. h~f[)ne[PONTn GROSSI) 1 ur[(}1/1O/1970rSOI.TF.IRA ttasr.inn.[-[AUXILIAR ADMINISTIlATI\i(]110 AI.llr,IIEI. UHRAOII
7,9]](()2 lIPRII
IfBoVlInJ.?01?lIPRI (.e.p 101.01G.0201
IRRASILf.IRAII1
110,001[SI (Sl sim (n) lIan[ 1G/I1/1999[21
Hi, Dem.: I~J (s) sim (11) I1dUF.tiqllf~l.il. [Sl (sl sim (Ill llilO
VI Taxa [ ]Subrt: 12J
,Pressiolle Enter para InfurITi1.coes Compierrentares
4.6.3 LOCATARIO
em11.
[)
No c6diga dos Jocatarios as dais primeiros digitas seraa sempre iniciados
Exemplificando:
43
11.0001 - Casa de Carnes Orlando
11.7012 - Silvio Ferreira
do sistema e passivel verificar, por exemplo, as dados do locatario do im6vel como:
Atraves da consulta da rotina de MANUTENCAo DE LOCATARIO ( 01 )
Nome completo;
Endere~o para correspondencia;
Data de cadastro do locatario;
o quadro 4 representa as informac;:oes sabre 0 LOCATARIO:
Quadro 4 Tela de Consulta de Locatino
olSTEMA HE ADMINISTHACAli IMUVEISSoft !louse: Copyri!lht (el 1')'31I.r Inf,
. Empl'csiI 01 MAnOCIl! roDOLAN ~ CIA LTDA CONSULm LOCOmlllO
Codlgo
I.or.al.arioC.G.C-mf[udel'ceulIairroCidil.de
'RrSIIUIIS,Fllnr.anTelefone
Imp Renrlil.Dt. Cad.
[11.0Xl1] Pasta [10(1) Illtlicador : [2] (1) fisica (2) Juridica
ICOSA IlE COHNES IIHI.ANllIl tIDA[7S.G07.Q20/£OOl,,)O I I,E.IAV. DDNlfACIO V1LELA. 530rCENTRO 1 Tr. I ef one[PONTA GROSSfi I Uf
1-I
1flJ421m7.5R571IPRI C.e.p: 104.010.3301
ICORLOS ALBElll1J PEREIRA VA,:IPROPHlI:mHln[()}121[22J.~1()JI
rSI (S) sim (n) IlaoIOl/Ol/l'J13 I
F.t.iqUNiI rSl (~;) ~im (11) lIi1n
VI Taxa [ ]ClIle, Out. lNJ (s) sim (II) 1I1IU
1 I.. PressiOlle Enter Jlara f'tIstrar os Dildos do rialiOl'
4.6.4 CONTRATO DE LOCA<;:AO
Para os contratos, as dois primeiros digitos serao sempre iniciados em 10.
44
Exemplificando:
10.0001 - Casa de Carnes Orlando
10.7012 - Silvio Ferreira
Esse c6digo refere-se ao contrata de loca~ao. Nele sao agrupados
locadores, locatario e imovel. t. atraves desse c6digo que se identifica para qual
locatario se esta sendo ferta 0 lan~amento.
o quadro 5 demonstra a tela de MANUTENCAo DE CONTRATOS (04),
que fornece informa90es do imovel, do locatario, do loeador, da vigemcia contratual e
do valor ora objeto do centrate infarmada:
Quadro 5 Tela de Consulta de Contrato
--- :,]Stf'11l1 nclmllllst 111(,II',It'--- fl} mllll!lI! "[][)[I[()N ~ (In ITOI)Diltil. Emlr<;'i1O • 71/tflP(05 IImYI t4 I?
--- V1Slhllhl<:"t.:,lU J1ur lwiliju dl! LUt.:"lilIIU --- l"'ljlll,l ItI' 1
ontrillo 10,1'171 Tl\m 7 HillinI In,llr.p 'RPi\IlIst!" 1 IPCat,l PrUIJUI'C Ul/Oi/l'J'j I U,lll' IIIl.htl Ul/Oj/l'J'::!1 D.ll,\ 1ll!,IJ ~tI/(~Jl'j':lBD,lt,j Tl'rmllltJ :-'11j(v/l'J'/U D,ll,\ lilt IlI"t r OI/O'J/I'J'I,' 1),lt.1 lid I~t 1()/()1/I')'1IIocatario 11 fOll ft)SH Df. CARNE'>OFlIHNnn I TnAol,;clclOl' SO tl::X:Jl fill'! IlN IUNIU I11IlUCHIIIIIM'I 11 (v.lln flV mlNll fl( III VII I I (I, 'liN
1£11'AIII\luel :Jlon,m nonlf Ie '10,0.1
ontl'<lto 10 ~1',1 TIIHI ? 011110'] 111.\111 Ilt,IIHstt' : 1 11'(!'Iti! Propnrc or/m/I'1')l Data Inr:l.d . 01/0'117001 Data Reill :JO;mpfO?ittil TCI'mlllu 30/00rL(:):Q lhll.1 Uil He., J • O1/l:JYrLool [J.lt.1 11.1IXiI 00/00/
Inc.ltal'jn 11 (Ull ((l~fl lJ~ IOHNI') IlHlflNllIr I rllflnCi!clor '10 W-17 RtmEN'l WI[CltETi CI<Inu~1 13 l:Ql~ f1V lJUNIHIUU VILUO, ~dl:l<1101' nluYllt'l ','JO,()] IhulIl h 11,',',0
• Tf>l'mlnoli - P"t''':SlnllP I nlpl' t r 1
I
45
4.7 Situa~ao Anterior
Na situayao anterior a implantac;ao do sistema, a registro do lan-;;:amento
dos val ores pagos era realizado atraves de partida simples, em que as valores eram
so mente debitados e/au creditados na conta do IDeador au do locatario.
No quadro 6 e passive I verifrcar a tela utilizada para efetuar a lanc;amento
de valores na conla do local;;rio na rolina de lAN<;:AMENTO E PROCESSAMENTO
(05) e Sub-rotina ( 01 ) do sislema:
Quadra 6 Tela de lanc;amento para locatario.
Para efetuar lanc;amentos para locatarios procedia~se da seguinte forma:
Primeiramente inseria-se 0 c6digo do centrato, 0 qual automaticamente
trazia as c6digos do locatario, imovel e loeader ao qual tal centrate estava atrelado;
46
Em seguida colocava-se a data ern que 0 lanyamento seria realizado;
Ap6s, informava-se qual a c6digo referente ao lanyamento que seria
efetuado. Os c6digos de lanyamento sao compostos de tres digitos e referem-se a
que tipo de lanyamento esta sendo efetuado, por exemplo, um lanyamento referente
a uma fatura de consume de agua, utiliza-se 0 c6digo 210, com a nomenclatura -
agua. (Anexo VI)
Exemplificando:
C6digo de fatura relativa a con sumo de agua
C6digo de fatura relativa a con sumo de luz
C6digo de despesa com condominia
210211213
• Por ultimo insere-se 0 valor do lanc;amento.
No quadro 7 demonstra-se a tela com 0 exemplo de um lanyamento de
consum~ de agua para um locatario.
Quadra 7 Exemplo do lanl;amento de uma fatura de agua para 0 locatario
47
No quadra 8 esta exposto a tela de lan9amentos a [ocador na retina de
LANCAMENTO E PROCESSAMENTO (05) e Sub-rotina ( 11 ) do sistema:
Quadra 8 Tela de lan~amento para loeador
Para efetuar lanyamentos para locadores procedia-se da seguinte forma:
Primeiramente inseria-se 0 c6digo do [acad or;
Em seguida inseria-se 0 c6digo do imovel a que se referia 0
lanyamento.
Apes colocava-se a data da realizar;:ao do lanyamento;
Colocava-se 0 c6digo do lanyamento a ser efetuado.
Por ultimo informava-se 0 valor do lanryamento.
48
Quadro 9 Exemplo do lan~amento de uma fatura de luz
Os lan~amentos relativQs as faturas de agua e luz sao contabilizados nas contas do
loeador au locatario, gerando assim urn movimento a seguir demonstrado:
49
Quadra 10 Exemplo de demonstrativQ do locatario Casa de Carnes OrlandoLtd.
- __ SI·,t,'n., flflmlui t 1111,h ,ltl --- lJ\ I"rlHtUHI I'Il1HllflN x (in ITlm
D.ll,. tmi' '"HI • .'l/tJtt:'O'O Ilm,1 1/ '.(.--- VI'S.Uillt••U.1I1i"" 1),lt,\ I' [m.lt.,rlll --- I',HIIHI II[' 1
o lanc;:amento do valor do aluguel debitado no demonstrativo do locatario
(Anexo VIII) e que gerava a movimento a cn§dito para a lacador. No momento da
emissao do contralo 0 sistema automaticamente lanc;:ava 0 valor pertinente ao
mesmo, tanto para 0 locatario como para 0 lacador, durante 0 peri ado de vigemcia
do contralo, da seguinte forma:
o - LocaiarioC - Locador
No quadro 11 esti'! exposta a tela demonstrativa de movimento de valores
atribuidos a conla do locador,
50
Quadra 11: Tela demonstrativa do loeador Maria da Grat;a Denck BatistaRosas
--- !)Islema Admllllsl. locacao --- 01 r,,\'HlUt.:HI PUDULAN 8. CIA lTUAData Emlssilo 21/O'J!20c0 flora to'lG
--- Vlsuul hIGLlc.IU pUI' Ddt.l l: LUCtHIIJ!' --- I\IY!H.1 ur. 1
Como se pode observar nos quadros demonstrativQs, 0$ lanc;:amentos no
demonstrativo de lacador (Anexo VII) se apresentavam de forma bastante sintetica,
naD evidendando com muita clareza 0 que significavam as valores.
Os lanc;:amentos efetuados eram relacionados em urna planilha (Anexo V).
Se a cliente necessitasse de maiores informac;:oes sobre as valores lanc;:ados em seu
demonstrativo, 0 funcionario teria que procurar a explicac;ao na planilha. E se ainda
precisasse dos comprovantes dos valores pagos, tais comprovantes teriam de ser
procurados nos caixas de forma manual. Tal situagao tornava 0 atendimento
demorado, causando insatisfa<;ao aos clientes.
Para melhorar a qualidade dos servic;os e tambem aumentar a qualidade
das informac;:ces prestadas, a empresa procurou uma forma de melhorar 0 controle
dos pagamentos efetuados.
51
4.80 que foi feita
Para melhorar a qualidade da informayao, buscou-se modificar 0 sistema
administrativo existente, criando urn sistema contabil, nas mesmas bases do sistema
administrativQ anterior, tambem composto por rotinas e sub - ratinas.
o sistema contabil foi crjado para auxiliar 0 sistema administrativo.
Exemplificando: Rotina de CADASTRO DE CONTAS (01), Rotina de RELATORIOS
(05) e outras.
No quadro 12, expoe-se a tela de apresenta,ao do SISTEMA CONTABIL:
Na retina de RELATOR lOS ha outras sub-retinas.
Exemplificando: DlARIO (01), EXTRATO DAS SUBCONTAS (03) e
Qutras, conforme visualizac;:ao do quadro 13.
52
Tal sistema serviu como banco de dad as das informac;:6es inseridas, para
posteriormente ser utilizado como forma de consulta.
Para este sistema entrar em funcionamento, necessitou coletar
informac;:6es necessarias para que se criasse urn banco de dados. 0 que fai feito
atraves do cadastramento das contas, elencadas no plano de contas.
4 ..8.1 ADAPTA9AO DO PLANO DE CONTAS AD SISTEMA
A imobiliaria ja utilizava urn plano de contas que era 0 elaborado e utilizado
pela empresa responsavel pela contabilidade da empresa (Conforme Anexo IX).
Porem tal plano de contas naD se adequava ao novo sistema contabil, devido ao tipo
de codificac;:ao que as contas recebiam. Assim, fai necessario estabelecer urn novo
plano de contas para a empresa.
53
Na elabora\=ao do novo plano de contas (Anexo X), a maiaria das contas
continuou com a mesma nomenclatura, alterando-se apenas as respectivQs c6digos.
As contas foram separadas em sinteticas e analfticas:
Sinteticas - representando 0 grupo de contas e;
Analiticas - representando as contas que receberao as lan9amentos.
Em seguida fcram classificadas ate 0 quinto grau de detalhamento, ficando
o Plano de Contas, assim estruturado:
0.0.0.00.000 Classificadas ale 0 5' Grau.
1.1.1.01.001
'
AliVO
Circulante
Oisponivel
Caixa Movimento
Caixa
Sintetica
SinteticaSintetica
Sintetica
Analitica
As contas fcram inseridas no sistema atraves de urna rotina de
cadastramento de contas.
54
Quadra 14 Sub-rotina de inclusao de contas.
Essa rotina possibilila 0 cadastre da seguinte forma:
o c6digo de conta sempre seguindo a estrutura de cinco niveis;
o antigo codigo da conta utilizado pelo escritorio contabil;
A denominag.ao da conta;
o indicativa: conta sintetica au analitica;
Um indicador de a conta possuir ou nao uma subconta.
No casa da existencia de uma subconta, indicagao e feita pelos dais
primeiros digitos da subconta.
A conta superior indica a qual grupo a conta pertence.
55
Quadro 15 Tela de consulta de conta - ALUGUEIS A RECEBER
::;iendo este novo Sistema contabll concebido como um complemento ao
sistema administrativo, aproveitou-se entao os c6digos de locadores e locatarios ja
eXlstentes. t-oram cnadas comas paia locadores e locatimos e subcontas que os
individualizam dentro das mesmas conforme sugere MARION2 Este e6digo e 0
mesmo que eada loeatario e loeador recebem no sistema administrativo.
Exemplificando:
1. Locatanos:
Conta
Subeonta
1.1.2.01.001
11.0001
Alugueis a Receber
Casa de Carnes Orlando
l MClodo sugcrido por Milrion (19911:.p. 216)
56
Cuadro 16: Tela de consulta a subconta da conta 1.1.2.01.001.
2. Locadores:
Conla
Subconta
2.1.1.01.001
50.4159
Proprietarios
Kelly Cristina Deodato
57
Quadro 17 Tela de consulta a subconta da conta 2.1.1.01.001.
Oa mesma forma foram criadas subcontas para as fomecedores.
Exemplificando:
58
Pela tela nota-se que 0 c6digo 91.0006 corresponde a conta SANEPAR -
uma conta analitiea que recebe lanc;amentos. Ao mesma tempo, e uma subconta da
conta 2.1.2.07.001 - Obriga<;5es Terceiros.
4.8.2 0 LANC;:AMENTO
Como se constatou anterionnente, a grande problema no atendimento aos
clientes era a falta de controle dos pagamentos efetuados e a necessidade de se
melhorar a qualidade das informac;oes prestadas, informando de forma mais
detalhada, precisa e rapida.
A analise detalhada da situac;ao permite constatar que 0 problema do
sistema contabil antigo da imobiliaria estava na forma que as lanyamentos eram
efetuados. Oecidiu-se entaD mudar esta forma de fazer as lan9amentos.
Conforme anteriormente ja comentado. 0 lanc;amento no sistema de
adminislrac;ao apenas continha:
Conta debitada;
Data e;
Valor.
A nova pro posta visando rnelhorar a forma anterior de lan<;arnento incluiu
elementos essenciais de urn lanc;amento contilbil, de acordo com as tecnicas e
normas contabeis. A modificac;ao realizada possibilitou 0 lanc;amento da seguinte
forma:
• Data;
• Conta a ser debitada;
• Conta a ser creditada;
• Hist6rico, e;
• Valor.
59
Este novo metoda de lan.ysmento difere-se do anterior, pois, e mais
completo e apresenta alam dos Qutros itens a conta creditada e 0 hist6rico.
Para a realiza9.8o do lam;amento foi criada urna planilha de inserc;ao dos
dados no sistema. A planilha de lanyamentos insere as inforrna90es ao mesma
tempo no sistema administrativo e no contabil.
Quadro 19 Tela de inclusao de compromisso a pagar
SISTEMA DF (flHTftS j) P(l(;AHSoft Hou~e : Cop!jPi~hl Ie) 1'391 J.F Inf.
Emppf'\i\ : 01 t'\IROCHI PIJfilH.lIN S. ! Itt lTllil INCW\iIU
t(lteDilld 1111111'111'Tlltlll
Contn DebitoSull-nUllaContrato VI Lilllctohi-::tnricoIdstur'icu IDatil entradll Data cmissl10 INr', Dnr;uhrlltu VI Ji[JClIfll'lIl[l
Hr. r:nmprnm. T i po I:omprnm.Co,1. rur'llrc.TaXil jtU'u:,
Hr. parcelas P,1rceiaVt'IiC Ifll~lItn
VI pilrr:elil Dp"t~mll,nPortarlorTotal Debito Tutill (relll ttl
Para S9 efetuar um lanc;amento na planilha deve-se:
Inserir um numera de lote (os lan9amentos sao agrupados por lote,
assim, ao consultar um lote, conhece-se 0 conteudo de determinado lan9amento,
quais foram as contas debitadas e quais foram as creditadas).
Em seguida informa-se a data em que 0 lan9amento vai ser efetuado.
60
Informa-se qual vai ser a conta debitada. Se a conta possuir uma
subconta, deve-se informar a c6digo da conta e do lan~mento efetuado.
Posteriormente descreve-se 0 historico do lanc;:amento.
Em seguida vem 0 numero do compromisso que sera agendado, e 0
c6digo do fomecedor a que se fara 0 posterior pagamento, (conta creditada)
Par ultimo deve-se informar S9 0 compromisso possui mais de umaparcela e qual sera a sua data de vencimento.
Cuadra 20 Exemple de inclusao de compromisso
61
Quadro 20.1 Exemplo de inclusao de compromisso (continua~ao)
4.8.2.1 A Conta Creditada
A conta creditada variara confonne 0 tipo do lanyamento.
Num lanc;:amento de uma fatura de consumo de agua, ao inves de apenas
utilizar 0 c6digo de lan""mento referente ao valor da fatura (210). credita-se a conta
correspondente ao fomecedor, neste casa a SANEPAR.
Nesse ponto, passa a existir um controle dos compromissos, pois S8
aproveita para acrescentar no lanc;amento um numero de compromisso. Ao realizar
esse lanc;:amento cria-s8 uma obriga9ao na conta Fomecedores - SANEPAR. Esse
compromisso sera baixado mediante 0 pagamento e havera urn lanc;:amento em uma
conta-caixa.
62
o numero do compromisso possibilitara saber exatamente em que dia
detenninada fatura de agua foi paga, e em que conta-caixa esta, nao mais
precisando procurar de forma manual como 0 era anteriormente.
Quadra 21: Exemplo de consulta 0 de compromisso
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A tela anterior possibilita a consulta de determinado compromisso,
Inserindo-se 0 c6digo do tomecedor e 0 numero do compromisso que se deseja
consultar, ela informa a data em que 0 mesmo toi cadastrado, 0 seu vencimento, a
valor do compromisso, e caso 0 mesmo ja tenha sido baixado, ela informa a data da
respectiva baixa.
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4.8.2.20 Historico
Com a insen;:ao do historico cum primos nossa outro objetivo, que era
melhorar a qualidade das informac;6es, pais 0 historico vai relatar exatamenle a que
ocorreu com a detalhamento necessario. Exemplificando:
Utilizando 0 mesma exemplo do pagamento da fatura de consumo de aQua
anteriormente mencionado, constata-se que naD basta para 0 cliente saber que
determinado valor refere-S9 a urna falura de consumo de agua. Ele necessita de
uma informayao mais detalhada como, par exemplo, qual mes refere-s8 tal fatura, S8
e apenas urn mes, ou trata-s8 de rnais de urn meso
Como a planilha de lanc;amentos insere automaticamente as informac;:5es
no sistema administrativo e no contabil, pode-s8 consultar em qualquer urn as
hist6ric05 dos lan9amentos contidos no movimento de valores de locadores ou
locatarios, atraves da consulta do razao de suas contas.
Quadro 22 Exemplo de consulta de historico por periodo
o
sistema possibilita a consulta por data.
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Quadro 23 Exemplo de consulta de hist6rico
4.9 Resultados (antes e depoisj
Neste t6pico, procurar-se-a demonstrar como ficou 0 atendimento aos
clientes antes e depois da criayao do sistema contabil, e da modifica~ao da forma de
lanyamento.
Demonstrar-se-a como a inseryao de apenas dois ltens 80 lanvamento, a
conta creditada e 0 hist6rico, fizeram toda a diferen98 para a melhoria do
atendimento aDs clientes.
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Simulac;ao:
o cliente Casa de Carnes Orlando Uda procura a imobiliaria para tirar urna
duvida sabre a valor de agua 1ancrado em seu demonstrativo de aluguel do mes de
setembro de 2001.
4.9.1 ANTES
o atendente teria de procurar na planilha de lanc;amentos manual 0
lanc;amento que S8 referia ao valor da fatura de consumo da agua lanc;ada para 0
locatario Gasa de Carnes Orlando. Ap6s procurar na planilha e encontrar 0
lanc;amento, ele telia que verificar a data em que 0 lanc;:amento foi feito para procurara comprovante no arquivo dcs caixas em urna data aproximada a do lanc;amento.
Tal operac;ao demorava e era feita de forma manual. Durante esse tempo
todo 0 cliente estaria sentado na mesa do atendente, aguardando urna resposta.
Resultado: cliente e funcionario desperdi98ndo tempo.
4.9.2 DE POlS
o atendente consu\ta no sistema 0 razao da conta do \ocatario, e verifica
atraves do hist6rico a que se refere 0 lan9CImento.
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Quadro 24 Exemplo de consulta de hist6rico.
Neste momento 0 atendente ja respondeu ao cliente do que se trata 0
langamento. Se 0 mesma desejar ver as comprovantes que originaram tal
lanc;amento, 0 atendente consultaria atraves do numero do late do lanc;amento qual
e 0 numero do compromisso da fatura de con sumo de agua lanc;ada.
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Quadro 25 Exemplo de consulta de lote
Tendo conhecimento do numera do compromisso da fatura de consumo de
agua lan<;ada, 0 atendente consulta qual a data do pagamento de tal compromisso.
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Quadro 26 Exemplo de consulta 0 de compromisso
De posse da data de pagamento da fatum, a atendente vai ao arquivo dos
calxas e, na data constatada, verifica qual fatura foi paga para certificar-se do
respective comprovante de pagamento.
Resultado: atendimento rapido e melhor detalhado ao cliente.
A principal diferenc;:a entre 0 "antes" e 0 udepois" e a qualidade do
atendimento ao cliente, que se tomou muito mais rapido e preciso, transmitindo uma
imagem de organiza9ao da empresa.
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CAPiTULO V
INTERPRETACAO E ANALISE
A atividade imobiliaria, mais especificamente a de administratyBo de
im6veis para locac;ao, passui algumas particularidades que a distingue das demais,
tais como 0 grande volume de despesas de terceiros que sao pagas pela
administradora para posteriormente serem restituidas.
o sistema administrativo que existia na imobiliaria informava quais as
despesas pagas, mas em momento algum informava quais as origens de tais
despesas, nem tampouco fomecia urna informa9ao detalhada da composic;ao das
mesmas.
Esta defici~ncia de informac;ao incentivQu que se buscasse urna forma de
reestruturar 0 sistema administrativo existente, para melhorar 0 controle dos
pagamentos efetuados e a qualidade e agilidade nas informac;oes prestadas.
Ap6s a constata<;80 da dificuldade de coletar as infonnac;5es dos
lan<;amentos, procurou-se uma forma para corrigi-Ia. Nesta procura, concluiu-se que
o erro estava na fonna em que os lanc;amentos eram efetuados e, portanto, esta
forma deveria ser modificada. Porem, os resultados nao seriam eficazes,
modificando-se somente a forma de lanc;amento, havia a necessidade de tambem
corrigir 0 problema do controle dos pagamentos efetuados e melhorar a qualidade
da infonnayao prestada sobre esses pagamentos. Para tanto, alguns passos
precisaram ser seguidos.
o primeiro passo foi criar um sistema contabil para ser integrado com 0
sistema administrativo ja existente na empresa. Tal sistema serviu como banco de
dados para as informa<;oes inseridas no sistema. 0 sistema contabil foi criado para
servir como fonna de consulta das infonna<;oes sobre os lanc;amentos, atraves da
consulta dos hist6ricos no razao das contas au subcontas.
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Para que a sistema contabil pudesse entrar em opera<;8o primeiro houve
necessidade de estrutura-Io, ou seja, cadastrar urna estrutura de contas que
representasse as operac;oes da empresa. 1550 foi feito com a criac;ao de urn plano
de contas, como segundo passo.
Antes de implantar 0 novo sistema, a imobiliaria utllizava 0 mesma plano de
contas utilizado pela empresa responsavel pela contabilidade. Mas tal plano de
contas nao poderia ser utilizado no sistema contabil ora reformulado, pais esse plano
de contas era alfanumerico, e faltavam alguns elementos para que 0 plano de contas
da empresa de contabilidade pudesse ser utilizado.
Diante disso, criau-s9 urn novo plano de contas para a imobiliaria, baseado
no plano de contas anterior. A maioria das contas continuou com a mesma
nomenclatura, mas os c6digos das contas foram totalmente modificados. Foram
utilizados cinco niveis de grupos de classificaC;ao para codificar as contas. A
numeragao foi iniciada com a seguinte ordem: 1 (um) para contas do Ativo, 2(dois)
para contas do Passiv~, 3 (tres) para as contas de Receita, 4 (quatro) para as contas
de Despesa, 5 (cinco) para as contas de Resultado nao operacional.
Para aproveitar os c6digos de locatarios e locadores, que ja eram utilizados
pelo sistema administrativo, implantou-se uma classificagao com subcontas, para
algumas contas do plano, como por exemplo, a conta de Alugueis a Receber. Para
um melhor detalhamento foram criadas subcontas representando cada um dos
locatarios e 0 c6digo utilizado para tal subconta, foi 0 mesmo que constava no
sistema administrativ~.
o terceiro passo, considerado pelos autores deste trabalho como 0 mais
importante, foi alterar a forma dos lanc;amentos feitos na empresa.
Antes os lanyamentos eram feitos atraves de partidas simples, ou seja,
apenas efetuava-se 0 debito au 0 credito de determinado valor na conta
correspondente, e encerrava-se 0 lanyamento.
71
o lancramento continha apenas tres elementos:
Data;
Conta debitada, au credltada, e
Valor.
Para corrigir tal situac;:ao, foi alterado a lan~mento para que 0 mesmo
contivesse as cinco elementos essenciais de acordo com as normas e tecnicas da
contabilidade, au seja, incluiu-se ao lanyamento a conta creditada e a hist6rico, e
entao este passou a ser efetuado de acordo com 0 metodc das partidas dobradas.
Para operacionalizar essa forma de lanyamento crieu-s9 urna planilha de
lanc;:amentos na qual, alem da data, valor, conta debitada, conta creditada e
hist6rico, tambem foi incluido urn numera de compromisso, para que as
comprovantes das despesas pagas pudessem ser posteriormente locaHzados com
maior agilidade e precisao.
Ao S9 confirmar urn lanyamenta na planilha, esta registra simultaneamente
os dados do lanyamento no sistema administrativo e contabil. No sistema
administrativo, ela registra 0 valor do lanyamento e seu c6digo no movimenta de
valores do locador ou locatario. No sistema contabil, fica registrado na razao de cada
conta ou subconta 0 hist6rico referente ao lanc;amento efetuado. A planilha tambam
reglstra 0 numero do compromisso lanyado.
Atravas do registro do numero de comprornisso €I passivel, por exemplo,
consultar qual a vencimento de determinado campromisso e, se ja pago pode-se
saber exatamente a data do pagamenta e em que dia do mavimenta de caixa esta
arquivada 0 comprovante de tal pagamento.
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CONCLusAo
Atraves do casa em questao, buscou-se demonstrar a situac;ao pera qual
uma empresa do ramo imobiliario estava passando, no que se referia ao sistema de
lanc;amento contabil das contas de seus clientes. Apesar da mesma ja possuir urn
sistema administrativo que ate certo momento era eficiente para suprir as
necessidades de controle da empresa, a medida que aumentaram as negocias, e
gradativo aumento no volume das opera90es, percebeu-se que esse sistema se
tomou deficitario, apresentando-se falho e obsoleto. Constatou-S8 que a empresa
era carente de urn sistema contabil que funcionasse simultaneamente com 0 sistema
administrativo.
Entende-se que 0 lanc;amento e a base de todo 0 sistema contabil, pais e a
partir dele que todas demais informac;:oes irao ser geradas.
Para que pudessemos atingir nosso principal objetivo que era 0 de
aumentar 0 controle dos pagamentos efetuados e melhorar a qualidade das
informac;:oes prestadas desses pagamentos, reestruturamos 0 sistema administrativo
da empresa adicionando a ele um sistema contabil. E a base para que esse sistema
se tomasse eficaz foi a alterac;:ao na forma dos lanc;:amentos da empresa.
o lan<;amento como era feito na forma anterior apenas cumpria a sua
fum;ao monetaria, de traduzir 0 valor do fato registrado, faltando para ele a func;:ao
historica, que, no entender dos autores deste trabalho, e a func;:ao mais importante
do lanyamento, pois a func;:ao historica demonstra a descriyao do acontecimento, ou
seja, tudo 0 que ocorreu no fato contabil, gerando assim a informar;:ao que possibilita
a tomada de decisoes.
Com a simples alterayao na forma do lanc;:amento, incluindo a ele dois
itens: a conta creditada e a hist6rico, cumprimos nOSSQprinCipal objetivo que era 0
de aumentar 0 controle dos pagamentos efetuados e melhorar a qualidade das
informa<;oes prestadas sobre esses pagamentos. Exemplificando:
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• Com a inserCf80 da conta creditada cumpriu-se a primeiro objetivo que
era 0 de aumentar 0 controle dos pagamentos efetuados, pois, juntamente com a
conta creditada correspondente ao fornecedor, incluiu-se um numera de
compromisso pago, 0 que possibilitou estabelecer urna data e assim localizar
facilmente em que conta caixa 0 comprovante estava;
• Com a inserC;8o do historica, atin9iu-58 0 segundo objetivo que era 0 de
melhorar a qualidade das informa<;6es prestadas, pais a hist6rico e 0 elemento
essencial para que S8 obtenha a clareza necessaria de tudo que aconteceu no fata
contabil registrado. Atualmente, atraves da consulta do razao da conta ou subconta
no sistema, a atendente e 0 cliente visualizam de imediato 0 historico do lanc;amento
efetuado obtendo atraves dele todo a detalhamento necessaria para entender a
composic;ao dos lanc;amentos efetuados.
Com a reestruturac;ao do sistema administrativo, em que se incluiu um
sistema contabil, houve significativa melhora no atendimento aos clientes,
destituindo aquele metoda em que a atendimento era demasiadamente lento e de
forma manual. Atualmente, a atendimento e todo feito atraves do sistema, a que
proporciona maior agilidade e qualidade nos servic;os prestados aos clientes. Mesmo
com a implantayao de um sistema contabil na imobiliaria a contabilidade da empresa
continua sendo feita pelo escritorio de contabilidade contratado e os sistemas ainda
nao sao integrados, ficando assim 0 sistema contabil utilizado na empresa apenas
como um instrumento gerencial.
Podemos entender contabilidade e sistema de informayao de modo similar,
pois a contabilidade sempre apresentou-se, de certa forma, dentro de urna
abordagem sistemica. Atualrnente e a controladoria a responsavel pel a implantac;ao
e bom funcionamento de urn sistema de informac;ao, pOis e dele que a controladoria
ira obler as informac;:6es necessarias para fomece suporte as decis6es de negocios
da empresa. Porem, conforme exposto nos paragrafos anteriores, concluiu-se que a
base de todo a sistema contabil e 0 lan~mento, e que a mesmo deve ser feito de
forma cuidadosa e completa, pois e a partir dele que serao geradas as informac;:6es
de todo 0 sistema contabil. De nada adianta analisarmos relat6rios procurando trac;:ar
74
tendemcias para a empresa, S9 nao conhecermos e pudermos confiar na forma em
que os lan,amentos foram efetuados.
75
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