Alfredo Saad
IT Sourcing Consultant at Saad Consulting
Más Notícias: Riscos da Terceirização de TI são Cumulativos Quando Não Tratados
22 Abril 2015
Duas características conflitantes, porém inseparáveis, ocorrem em qualquer projeto: o objetivo de materializar uma
oportunidade de melhoria e a inevitabilidade de correr os riscos inerentes à sua consecução
Também num projeto de terceirização de TI a consecução dos benefícios é absolutamente dependente da forma com
que os inúmeros riscos do processo sejam gerenciados. Além disso, a capacidade de identificá-los e tratá-los
proativamente é fundamental para minimizar o gráu de exposição ao risco da organização.
A maior ou menor urgência com que essa identificação e tratamento sejam implementadas ao longo de todas as
etapas do projeto é determinante do sucesso ou do fracasso do projeto.
Consideremos as fases de um projeto de implantação de serviços de terceirização de TI numa organização:
Tomada de decisão
Seleção do provedor
Negociação do contrato
Transição dos serviços
Gestão do contrato
Finalização do contrato
Cada uma dessas etapas possui riscos inerentes à sua natureza. A má notícia é que riscos não identificados ou não
tratados adequadamente numa etapa podem se materializar com efeitos agravados numa etapa seguinte como
consequência dos possíveis efeitos cumulativos observados pela materialização de outros riscos inerentes a essa etapa posterior. Tal agravamento pode ocorrer tanto como um simples aumento da probabilidade de sua ocorrência quanto
como o aumento do impacto resultante de sua materialização sobre prazos e custos do projeto.
Conceitualmente, o efeito cumulativo resultante sobre a exposição ao risco do projeto pode ser visto na figura abaixo.
Ela mostra tanto a possibilidade de um atingimento de gráus inaceitáveis de exposição ao risco como consequência
dos efeitos cumulativos negativos observados pela gestão inadequada dos riscos quanto a minimização do gráu de
exposição ao risco a níveis na prática desprezíveis, no caso contrário. Os dois caminhos, radicalmente opostos,
caracterizam a rota para o insucesso ou a rota para o sucesso do projeto.
Em futuros posts, discutiremos quais são os riscos inerentes a cada uma das fases componentes da terceirização de TI,
tanto no caso de um projeto de outsourcing tradicional quanto no caso de uma terceirização implementada através da
adoção da alternativa da computação em nuvem.
Abordagens distintas e complementares desse tema foram já discutidas em posts anteriormente publicados:
“Cloud: Velhos Riscos Desaparecem, Novos Surgem”,
“Cloud x Outsourcing Tradicional: (Des)semelhanças na Gestão de Riscos” e
“Contratos de IT Outsourcing: Céu ou Inferno ? Você Escolhe”
Você concorda com os conceitos aqui emitidos ? Enriqueça a discussão com seus comentários.
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