Módulo 8Transformação &
ConservaçãoProjecto Celeiro da Vida
Manual de Facilitação de PráticasAgrárias e de Habilidades para a Vida
Para os Facilitadores das Jffls
2
Projecto Celeiro da Vida
Manual de Facilitação de Práticas Agrárias e de Habilidades para a Vida
Módulo 8: Transformação & Conservação
Índice
Introdução: O que são transformação e conservação? 1
Tópicos especiais –
Agricultura
Página Tópicos especiais – Vida Página
Tópico M8-3: Importância
da biodiversidade e dos
recursos naturais
Parte 1: Introdução
Parte 2: Género e
recursos
naturais
Parte 3: Prática,
Semeando árvores
Tópico M8-4: Criação de
animais de pequena espécie
Parte 1: Introdução
Parte 2: Caprinos
Parte 3: Galinhas e
outras aves
Parte 4: Piscicultura
16-29
16-22
23-24
25-29
30 - 41
30
31-33
34-38
39-41
Tópico M8-1: Boa nutrição ao
longo do ano: segurança alimentar,
como dispersar riscos
Tópico M8-2: Processamento de
alimentos
Tópico M8-5: Preparando para a
graduação JFFLS
3-8
9-15
42-43
Resumo do módulo 44
Lista de Referências 45
1
Introdução: O que são Transformação e Conservação?
Este módulo, em conjunto com o 9º Módulo, cobre os últimos três meses do currículo
JFFLS, para completar o ciclo agrícola e a discussão sobre processos da vida. Ao
longo destes três meses, serão realizadas muitas actividades visando tornar os jovens
mais independentes e a fazê-los entender melhor como poderão garantir a segurança
alimentar de forma sustentável.
Este módulo trata dois temas: a Segurança Alimentar e a Biodiversidade. No tópico de
segurança alimentar, irão conjugar-se os diferentes elementos discutidos
anteriormente e serão igualmente introduzidos novos conhecimentos, de forma a dar
uma visão completa desta componente. Os temas “Nutrição” e “Segurança Alimentar”
serão discutidos ao longo dos seguintes tópicos:
Métodos de conservação pós-colheita – diversificando as culturas e
reservando-as por um período mais longo.
Aprendendo sobre árvores – como estabelecer um viveiro de árvores e
como aproveitar as diferentes partes da planta para efeitos de
alimentação, medicina e outros usos.
Criação de animais de pequena espécie – será discutida a forma como
esta actividade de criação de cabritos, galinhas e outras aves, poderá
apoiar na economia agrícola.
A componente de piscicultura será igualmente introduzida para zonas
em que esta actividade é viável (i.e., em locais com disponibilidade de
água ao longo de todo ano).
No segundo tema será abordada a necessidade de respeitar a biodiversidade, para que
os jovens fiquem conscientes da importância das árvores, de preservação do meio
ambiente e dos malefícios das queimadas descontroladas. Eles aprendem que, ao
fazerem um uso eficiente dos recursos naturais estão a melhorar a sua segurança
alimentar e nutrição e a subsistência, em geral.
Duração recomendada das sessões para cobrir as diferentes componentes (total
de 22 h):
Tópico M8-1 e M8-2: 3 sessões de 5 h e 15 min.
Tópico M8-3: 3 sessões de 8 h.
Tópico M8-4: 9 sessões de 8 h, mais tempo para construção das infra-estruturas
para os animais.
Resumo: 1 sessão de 45 min.
Os tópicos cobertos neste módulo são complementados pelo Módulo 9, onde se trata
dos aspectos de comercialização, para concluir o curso de JFFLS.
Fim do currículo: avaliação e graduação
Em Julho1, é necessário realizar a graduação dos jovens. No fim deste módulo, são
dadas algumas orientações para organizar a cerimónia de graduação, que deve ter
lugar em Agosto.
1 Com a institucionalização da abordagem de JFFLS pelo MINED, prevê-se conformar o calendário
curricular ao período escolar, ou seja, com início em Fevereiro e término em Outubro.
2
Início do novo grupo (selecção)
Para além de pensar no fim do ano curricular de JFFLS, é também tempo para fazer a
selecção dos 30 jovens que irão frequentar o ano seguinte, a partir de Setembro.
DURAÇÃO DO MÓDULO: 16 sessões para um total de 22 horas
3
Tópico M8-1: Boa Nutrição Todo o Ano:
Segurança Alimentar, Como Dispersar os Riscos
OBJECTIVO: Conhecer a importância da segurança
alimentar e de como poderemos dispersar
os riscos para ter uma boa nutrição ao
longo do ano.
DURAÇÃO: 2 h 15 min.
MATERIAIS: Papel gigante e marcadores para 4-5 grupos,
100 sementes/feijões/pedras para cada grupo.
PASSOS: 1. (10 min) Plenário: introdução da componente “Segurança Alimentar”
Chuva de Ideias:
a) Pergunte aos jovens: “De que precisamos para viver?” (alimentação e
água, roupas, abrigo, amigos, família, educação, etc.).
b) Explique que a comida é uma das necessidades básicas para a nossa
sobrevivência.
c) Pergunte em seguida: “O que comemos e onde encontramos os alimentos
de que precisamos?”.
d) Através deste exercício, introduza o termo “Segurança Alimentar”.
Explique que vão fazer um exercício para compreender o que é a
segurança alimentar, e que se chama “100 sementes”. Esclareça como se
faz o exercício, ilustrando com um exemplo numa folha gigante ou no
chão, usando um pau e pedras.
Divida os jovens em grupos de 5-8 pessoas e dê 100 sementes (ou
pedras...) a cada grupo.
Explique o processo do exercício de “100 sementes” antes de separá-los
em grupos (veja a 1a Ficha de Apoio, na pág. 5).
2. (40 min) Trabalho em grupos: exercício de “100 Sementes” (veja págs. 5-
6)
3. (20 min) Plenário: apresentações dos trabalhos em grupo
4. (40 min) Pequenos grupos e plenário: discussão do calendário
Peça aos jovens para em grupos de 3 pensarem, durante 10 min, em:
a) Diferentes razões para a escassez de comida durante todo o ano.
b) Diferentes medidas que poderemos tomar para ultrapassar estes problemas.
Em plenário, faça duas colunas numa folha gigante: numa coluna deverão
escrever “Razões para a Escassez de Comida” e noutra “Medidas para
Ultrapassar esses Problemas”. 1. Peça aos pequenos grupos para apresentarem as suas conclusões e faça
uma lista de todas as contribuições. (NB: veja a parte final da 1a Ficha de
Apoio na página seguinte para mais ideias. Haverá alguma repetição – ex.:
muitos problemas poderão ser resolvidos através das mesmas medidas).
4
Tópico M8-1: Boa Nutrição Todo o Ano:
Segurança Alimentar e como Dispersar Riscos (pág. 2)
5. (20 min) Plenário: conclusões do facilitador
Explique que agora poderemos pensar conjuntamente no que
precisamos para planear a nossa segurança alimentar para o próximo
ano.
Faça um cartaz, copiando o desenho na 2a Ficha de Apoio (pág. 8).
Usando a 2a Ficha de Apoio (págs. 7-8) resuma os assuntos para
explicar o que é a segurança alimentar.
5
1a Ficha de Apoio para o Tópico M8-1:
Exercício de 100 Sementes
1. Como Fazer o Exercício:
1. Explique que as 100 sementes representam toda a comida disponível durante o
ano para uma determinada unidade (por exemplo, comunidade em geral,
agregado das famílias de jovens do programa Celeiro da Vida...).
2. Definir o tipo de comida a que nos referimos: se é apenas a que é produzida
pelo agregado/comunidade, se a esta se adiciona a que é comprada, e se, para
além destas, ainda se inclui a alimentação escolar, bem como outras.
3. Cada grupo vai preparar um calendário com 12 colunas, representando os 12
meses do ano (este poderá ser feito numa folha grande de papel ou no chão).
Peça aos participantes para distribuírem as 100 sementes pelos meses, de
acordo com a disponibilidade de comida. Meses com muita comida levarão
mais sementes e os com menos comida, menos sementes (veja o exemplo na
tabela abaixo). Assim poderemos visualizar a disponibilidade de comida ao
longo do ano.
NOME DO LUGAR:
Jan Fev Mar Abril Maio Jun Jul Agost Set Out Nov Dez
o
ooo
ooo
ooo
oooo
ooo
oooo
oooo
oooo
oooo
oooo
oooo
oooo
oo
oooo
oooo
oooo
oooo
oooo
o
oooo
oooo
oooo
o
oooo
oooo
ooo ooo ooo oo
1 6 7 11 22 21 13 8 3 3 3 2
2. Discussão:
Algumas razões para a escassez de comida no “tempo de fome”:
Fraco conhecimento de técnicas agrícolas e de métodos de conservação;
Má gestão/planificação dos excedentes agrícolas;
Falta de sementes, fraca colheita, falta de terra fértil;
Irregularidade de chuvas;
Pouca diversificação de culturas e de actividades agrárias;
Pouca mão-de-obra para produzir comida suficiente, falta de tempo, por causa de
doenças e envolvimento noutras actividades;
Pouca diversidade de fontes de rendimento (ex.: uma família que depende
exclusivamente da agricultura).
6
1a Ficha de Apoio para o Tópico M8-1:
Exercício de 100 Sementes (pág. 2)
Algumas Medidas para Mitigar os Problemas de Escassez:
Aprender técnicas melhoradas de produção (ex.: sementes melhoradas,
etc.);
Diversificar as culturas e outras actividades agrárias (p. ex.: criação de
animais);
Melhorar/introduzir a criação de animais de pequena espécie;
Acrescentar tipos de culturas, incluindo vegetais, árvores de fruta/nozes,
com diferentes épocas de colheita, culturas resistentes à seca, etc.;
Aprender formas melhoradas de agricultura de conservação;
Construir celeiros e secadores melhorados;
Fazer bom uso de Gestão Integrada contra Pragas (GIP);
Usar melhores métodos de conservação e fertilização de solo;
Usar melhores métodos de conservação de água;
Acrescentar/melhorar o agro-processamento dos alimentos para consumo e
mercado. Buscar oportunidades de mercado, com culturas que possam
gerar rendimento, como o ananás e a castanha de caju;
Diversificar as fontes de rendimento, por exemplo, desenvolvendo um
pequeno negócio, participando numa associação de produtores, ou fazendo
algum trabalho sazonal;
Participar em esquemas de poupança e crédito;
Envolver-se em actividades comunitárias (ex.: celeiros comunitários).
7
2a Ficha de Apoio para o Tópico M8-1:
O que é a Segurança Alimentar
O que é a Segurança Alimentar?
Ter comida suficiente, nutritiva,
apropriada e segura ao longo de todo o
ano de forma a permitir uma vida activa
e saudável para todos.
A Segurança Alimentar implica também
a capacidade de procurar comida
adequada e nutritiva, através de
rendimentos, produção ou troca.
Então, a Segurança Alimentar integra duas componentes: disponibilidade de comida e
acesso à comida disponível.
1. Disponibilidade de comida: fornecimento de comida adequada em termos
de quantidade, qualidade e variedade de forma estável e regular.
2. Acesso à comida disponível: a capacidade de adquirir comida,
rendimentos e bens adequados, incluindo a posse/propriedade de terra e de
outros recursos produtivos.
Quando pretendemos avaliar a situação de Segurança Alimentar, numa certa
comunidade, teremos de olhar para diferentes aspectos, que incluem:
Produção de comida – implica acesso a terra fértil, água limpa, mão de obra,
sementes, conhecimentos, um ambiente saudável, e à realização de um
levantamento sobre as quantidades produzidas para consumo próprio, para
comercialização ou para ambos.
Utilização da comida – apesar do aspecto saudável (as pessoas têm de comer
bem e de forma variada para manter a sua energia e saúde), é necessário também
olhar para a quantidade de produção vendida, trocada, armazenada e consumida.
Conservações dos alimentos – as comunidades precisam de locais de
armazenamento de alimentos para que estes durem ao longo das épocas secas e
chuvosas ou períodos longos de frio ou de seca. Se os ratos comerem metade da
comida haverá fome. É necessário ter comida suficiente durante 3 a 4 meses
(para, por exemplo, cobrir o período de fome) para que se garanta a Segurança
Alimentar na maioria das comunidades.
Transporte e distribuição de comida para os mercados – se não for possível
levar a comida ao mercado e se as pessoas não tiverem acesso a este, então a
Segurança Alimentar ficará comprometida. Se houver uma distribuição desigual
de comida, uma parte da comunidade beneficiará e outra sofrerá.
8
2ª Ficha de Apoio para o Tópico M8-1:
O que é a Segurança Alimentar? (pág. 2)
Dinheiro, poupanças e crédito – para as comunidades/agregados que dependam
de dinheiro para comprar comida, uma parte fundamental da Segurança Alimentar
depende da disponibilidade de dinheiro suficiente ou facilidades de crédito para
comprar comida. Mesmo que um agregado não dependa apenas do dinheiro para
comprar comida, ainda assim precisa de um certo rendimento para garantir a
segurança alimentar (para comprar sementes e outros insumos agrícolas, para
pagar despesas médicas, custos de mão de obra, manter animais de pequenas
espécies e despesas de educação).
Planeamento da Segurança Alimentar
Quando pensamos na Segurança Alimentar, é importante considerarmos a
disponibilidade de comida ao longo do ano. Visto que há épocas em que existem
excedentes e outras em que há escassez de comida, é importante fazer um plano para
dispersar os riscos de ficar sem comida, distribuindo os excedentes nos períodos de
escassez, através de:
- Armazenamento/ conservação;
- Venda;
- Poupança;
Outros, como através da diversificação de culturas (veja a lista no fim da 1a Ficha
de Apoio na pág. 6)
9
Tópico M8-2: Processamento de Alimentos
OBJECTIVO: Conhecer a importância do processamento de
alimentos para a segurança alimentar e boa nutrição durante
todo o ano.
DURAÇÃO: Introdução: 45 min + Prática: 2 h 15 min.
MATERIAIS: Papel gigante, marcadores para 4-5 grupos;
Ingredientes, utensílios e recipientes para conservar e cozinhar
os alimentos.
PASSOS:
1. (15 min) Plenário: chuva de ideias para rever os conteúdos de
Segurança Alimentar
O que poderemos fazer em casa para planear e melhorar a Segurança
Alimentar? Ou seja, como poderemos aumentar a disponibilidade de
comida ao longo do ano e diversificar a nossa comida?
Qual é o interesse e a importância do processamento dos alimentos?
Quais são os diferentes métodos de processamento? (Faça uma lista
das contribuições, com acréscimos retirados da lista no fim da
ficha).
2. (15 min) Trabalho em grupos e apresentações
Cada grupo escolhe 3 métodos.
Explique como fazer e, se for possível, dê um exemplo.
3. (15 min) Plenário: apresentações e discussão
Cada grupo deverá fazer uma apresentação sobre um método (cada
grupo deve apresentar um método diferente).
Facilitador: para os métodos não escolhidos, explique-os com
palavras simples – que métodos são possíveis na sua comunidade?
4. (2¼ horas) Prática: vamos processar alimentos em conjunto
Escolha pessoas para processarem alguns alimentos – peça o mesmo
número de meninos e meninas.
Veja:
1a Ficha de Apoio: O que é Processamento de
Alimentos? (pág. 10)
2a Ficha de Apoio: Como Processar Alimentos (págs.11-
13)
3a Ficha de Apoio: Receitas Básicas para Processar
Alimentos (págs. 14-15)
10
1a Ficha de Apoio para o Tópico M8-2:
O que é Processamento de Alimentos?
Porque Processar os Alimentos?
A Segurança Alimentar das famílias depende de um fornecimento regular de
alimentos diversificados e adequados, em termos de quantidade e qualidade,
durante o ano.
A produção da maior parte dos alimentos é sazonal (pratica-se num certo período
do ano). Por isso, temos de pensar em como aumentar a disponibilidade de
alimentos fora deste período.
Os alimentos podem deteriorar-se (estragar-se) de muitas formas: por reacções
internas entre os seus componentes, através da reacção dos componentes com a
água e o ar ou através de efeitos enzimáticos e tóxicos devidos ao
desenvolvimento de microrganismos e à presença de elementos químicos.
Então: Recorre-se ao processamento dos alimentos para:
Reduzir o ritmo de deterioração, interferindo nas reacções físicas e químicas e
atenuando o desenvolvimento de microrganismos indesejáveis;
Aumentar o sabor dos alimentos;
Torná-los mais atractivos para o consumidor;
Facilitar a comercialização.
EM RESUMO: O processamento de alimentos permite aumentar a disponibilidade alimentar além
da área e do período de produção, assegurando o abastecimento e aumentando a
Segurança Alimentar aos níveis nacional e familiar.
O que é o Processamento/a Transformação de Alimentos?
O processamento baseado na comunidade inclui actividades básicas de transformação,
como a moagem, assim como outras formas de processamento de produtos
alimentares para os quais existe um mercado potencial. A secagem e fumagem de
peixe são um bom exemplo de transformação e transporte a longas distâncias de um
produto altamente perecível.
Principais Métodos de Processamento de Alimentos
Cozinhar
Fazer conservas
Extrair óleo
Adicionar conservantes químicos
Esterilizar
Refrigerar
Congelar
Secar
Salgar
Fermentar
Germinar
Prensa de óleo
11
2a Ficha de Apoio para o Tópico M8-2:
Como Processar Alimentos?
Principais Etapas para Processar Alimentos:
1. Escolher só vegetais e frutas de boa qualidade e
frescos. As frutas não devem ser verdes, mas também
não devem ter atingido ainda o estado de maturação
completa.
2. Lavar bem os produtos para remover toda a poeira.
3. Lavar cuidadosamente as mãos e esterilizar todos os
utensílios, toalhas, panelas, recipientes, que vai usar.
Como esterilizar frascos/garrafas:
i. Lavar os recipientes (também as tampas
e as borrachas) com água e sabão. Lavar bem com água limpa;
ii. Colocar os recipientes limpos dentro de uma panela forrada com um
pano;
iii. Colocar água dentro da panela, enchendo-a até metade da sua
capacidade. Tapar e deixar ferver por 15 min;
iv. Colocar dentro da panela com água fervendo, as tampas e as borrachas
dos recipientes que serão usadas para guardar as conservas. Deixar
ferver por 5 min;
v. Retirar os recipientes e as tampas da panela onde foram fervidos com
auxílio de uma colher de pau limpa;
vi. Colocar os frascos vazios sobre um pano limpo, fora de correntes de ar
para evitar que os recipientes se quebrem (devido ao choque térmico).
Os frascos não devem ser limpos com pano, devendo secar
naturalmente;
vii. Não tocar com as mãos dentro dos frascos/garrafas, tampas e
borrachas.
4. Etiquetar os frascos/garrafas (tipo de conserva, data de fabricação, ingredientes
usados).
5. Assegurar que as condições de armazenagem (secador e celeiro) já estão em
ordem (reveja os pontos levantados nos Módulo 6 - Tópico M6-4, 1a Ficha de
Apoio e Módulo 7 - Tópico M7-4: 1a e 3
a Fichas de Apoio).
Limpar bem e secar ao sol os sacos, cestos e outros recipientes e tirar a poeira,
sujidade e grãos velhos (queimar ou enterrar resíduos que possam estar
infestados) do celeiro. Se possível, usar fumo para afastar os insectos do
celeiro ou armazém.
6. Cada hortícola e fruta têm a sua particularidade. Por isso, deve-se estudar bem as
condições de cada cultura que se queira conservar, para obter bons resultados.
12
2ª Ficha de Apoio para o Tópico M8-2:
Como Processar Alimentos? (pág. 2)
Fazendo Conservas
1. Esterilizar os frascos/garrafas como foi explicado na página anterior.
2. Seguir a receita para conservar diferentes vegetais e frutas (3a Ficha de Apoio).
3. Encher os recipientes com as conservas.
4. “Pasteurizar” (ferver as conservas dentro do recipiente para que ele fique bem
fechado e a conserva não se estrague) as garrafas
cheias, como se segue:
i. Forrar uma panela com pano limpo ou grelha de
madeira, para evitar o atrito do frasco/garrafa,
devido ao contacto com o fundo da panela;
ii. Colocar os recipientes (NB: usar só recipientes
de vidro, e com tampas herméticas) em pé
dentro da panela previamente preparada para
esta finalidade, envolvidos em panos para evitar
o atrito entre os mesmos;
iii. Colocar água dentro da panela. A água deverá cobrir ¾ da altura do
recipiente. A temperatura da água dependerá da temperatura do recipiente
que será pasteurizado.
iv. Ferver os recipientes dentro da água durante 10-30 min em panela tapada até
completar o tempo necessário (conforme a tabela abaixo) para haver uma
boa pasteurização do produto;
v. Retirar os recipientes da água ou deixá-los esfriar dentro da panela onde foi
feita a pasteurização;
vi. Se retirar os recipientes da água enquanto estiverem quentes, deverá abrigá-
los de ventos e de superfícies frias para evitar que se quebrem devido ao
choque térmico.
Tempo de Fervura necessário Capacidade do Recipiente Tempo de Fervura
½ l
1 l
2 l
15 min
30 min
60 min
4. Guardar as conservas
Para os 3 primeiros dias: observar as conservas para verificar se há alguma
modificação (formação de espuma, inchaço ou formação de borbulhas na
superfície do líquido). Caso note alguma modificação dentro das conservas,
deve usá-las imediatamente a fim de não deixar que se estraguem.
Guardar somente os frascos que apresentarem um líquido claro, sem espuma
ou bolhas de ar na superfície do líquido.
Ao verificar uma conserva não se deve virar os frascos. Mantenha-os na sua
posição normal.
Passados 3 dias, deve guardá-los num sítio fresco, escuro, seco e limpo.
5. Consumir a conserva num prazo máximo de seis meses: Quando se abre uma
conserva, deve-se consumi-la toda, não devendo guardá-la, pois esta estragar-se-á
mais rapidamente.
NB: Os principais meios de conservação são vinagre, sal, azeites/óleos e açúcar
13
2ª Ficha de Apoio para o Tópico M8-2:
Como Processar Alimentos? (pág. 3)
Secagem de Frutas e Hortícolas
Frutas de Moçambique que se pode secar Vegetais mais usados para a secagem banana
massanica, massanji
ananás
manga
uva
figo
coco
damasco
tâmara
maçã, pêra
abóbora (incluindo as folhas)
cenoura
cebola
alho
quiabo
feijão verde
pimento ou piri-piri
tomate
couve e repolho
Também milho (maçaroca)
Mandioca (tubérculo, folhas)
1. Lavar as culturas rigorosamente em água fria, pois ajuda a manter a frescura dos
mesmos.
2. Descascar os produtos e cortá-los em pequenos pedaços (cubos, tiras, fatias,
metades).
3. Mergulhar os vegetais (não as frutas) por 1-5 min (o tempo depende da
consistência do alimento) em água fervida ou vapor até ao aquecimento interno do
produto. (Este processo chama-se “branqueamento.” Inactiva as enzimas
responsáveis pelo escurecimento e acelera a secagem;
intensifica a cor, o aroma e o sabor; promove a
desinfecção superficial. No entanto, este processo
destrói as vitaminas hidrossolúveis e retira alguns sais
minerais).
4. Secar as culturas numa hora de muito sol,
protegidos da poeira. De vez em quando, deve-se mudar
a posição do alimento para uma melhor e completa
secagem. À noite deve-se ter o cuidado de se retirar o
produto para se evitar que apanhe humidade ou chuva. (A secagem leva 6-8 dias).
5. Armazenar os pedaços desidratados (OU pilar para fazer Farinha):
a. Guardar em recipientes (ex.: frascos, sacos de plástico) que não permitam
a passagem de ar ou humidade para o seu interior.
b. Agitá-los diariamente para separar os pedaços e observar durante os 3
primeiros dias se há formação de água, fungos ou presença de insectos.
Se há formação de água dentro do recipiente: expor os pedaços outra
vez ao sol para desidratar mais.
Se houver presença de fungos ou insectos: deitar fora o produto.
6. Reidratação dos produtos: se preferir, mergulhar o produto em pequena
quantidade de água durante um período (indicado em baixo) antes de os consumir.
Tempo necessário para a reidratação: Produto Tempo
Raízes
Grãos
Frutas
30 min a 1 e ½ h
1 pernoita
8 h
14
3a Ficha de Apoio para o Tópico M8-2:
Receitas Básicas para Processar Alimentos
1. Conservas Simples
Alho e sal
Descasque os dentes de alho e pile-os.
Acrescente sal até atingir a consistência e o teor de mistura desejados. A mistura
também pode ser feita em partes iguais de alho esmagado e sal.
Massa de Tomate com Sal
Ingredientes: tomate, cebola, alho, pimento, piri-piri, sal
Coloque o tomate bom e maduro em pedaços numa
panela tapada;
Deixe o tomate cozer – se quiser, pode juntar cebola,
alho, pimento e/ou piri-piri; retire do lume;
Passe o tomate numa peneira ou passe-vite, para obter
uma massa homogénea. Acrescente 1 colher (sopa) de sal para cada litro de massa
de tomate;
Leve a mistura ao lume para engrossar. Mantenha a panela sem tampa para que a
água evapore, mexendo de vez em quando. Deixe no lume até a massa de tomate
começar a despegar dos lados da panela;
Meta a massa em frascos de boca larga ou garrafas de vidro esterilizados. Limpe a
borda dos recipientes com um pano limpo humedecido em água a ferver. Tape,
usando tampas contendo anel de borracha ou, no caso de reutilizar garrafas, com
rolhas, previamente mergulhadas em água a ferver;
Pasteurize durante 15 minutos;
No caso de usar garrafas, use tampas herméticas, ou vede as rolhas com cera de
abelha.
Feijão-verde
Ingredientes: 1 kg de feijão-verde, água, sal, vinagre
Corte o feijão-verde em pedaços. Dê uma fervura
durante 2 min. Escorra e coloque em frascos de boca
larga. Ferva a água com o sal e o vinagre. Ainda a
ferver, despeje sobre o feijão-verde. Coloque nos
frascos. Pasteurize.
Receita Básica para Conservas em Vinagre (“picles”)
Ingredientes: diversos legumes (cenoura, pimento, cebola...), água, sal, vinagre; mais
diversas especiarias (alho, canela, pimenta, cravinhos...)
Lave os legumes e corte-os;
Prepare, na panela, uma solução de vinagre, água e sal. Se
gosta, seleccione as especiarias (sem cortar). Deixe ferver com a
solução durante 10 min;
Noutra panela, ferva ligeiramente os legumes;
Deite um pouco da água das especiarias dentro de um frasco
esterilizado. Introduza os legumes nos frascos com utensílio
limpo. Cubra com mais água das especiarias;
Feche o frasco e pasteurize;
Deixe durante um mês, antes de consumir.
15
3ª Ficha de Apoio para o Tópico M8-2:
Receitas Básicas para Processar Alimentos (pág. 2)
2. Conservas de “Achar”
Achar de manga verde
Ingredientes: mangas, sal, alho, temperos de achar, piri-piri,
óleo
Escolha mangas novas e bem verdes (ainda sem caroço).
Corte-as ao meio;
Lave-as bem e cubra-as com sal, deixando durante toda a
noite;
De manhã, mexa-as bem, no líquido, e depois enxugue-as com um pano bem
limpo;
Coloque as mangas ao sol, até secarem bem (sem ficarem murchas);
Leve óleo ao lume e introduza dentes de alho cortados até estes cozerem. Fora do
lume, junte os temperos para achar (de loja indiana) com piri-piri, se gosta de
picante;
Misture bem as mangas com o tempero e coloque-as em camadas em frascos
esterilizados. Cubra com óleo fervido, depois de arrefecido;
Feche o frasco e armazene (não é necessário pasteurizar,
basta colocar o óleo fervido).
3. Conservas Doces
Doce de Manga, Papaia, Goiaba, Banana, Ananás
Ingredientes: Polpa de fruta (quantidade à vontade), açúcar
igual à quantidade da polpa, água.
Lava-se muito bem a fruta, descasca-se e remove-se a
polpa dos caroços/ sementes;
Corta-se a fruta e põe-se numa panela com água a ferver até cozer, adiciona-se o
açúcar, coze-se até que a água e os sólidos não se separem;
Tira-se depois do lume e deixa-se esfriar;
Enche-se as garrafas ou frascos limpos e fecha-se com uma rolha ou tampa.
Jam de Tomate
Ingredientes: tomate, água, sal, vinagre, água fria, farinha de trigo, açúcar
Escolha tomate muito maduro, lave-o muito bem e corte-o em 4 partes;
Deite o tomate cortado numa panela, ponha água até alcançar o nível do tomate e
cozinhe até ficar mole;
Moa o tomate cozido com uma colher de pau, até ficar papa;
Coe para tirar as sementes e a casca do tomate cozido. Ponha de novo no lume até
começar a ferver;
Num recipiente à parte, prepare uma mistura de água fria com farinha de trigo.
Mexa bem até desaparecerem as bolhas do trigo e vá deitando na massa de tomate
a ferver para ajudar a engrossar;
Ao mesmo tempo, junte açúcar na massa de tomate a ferver (quantidade: para
cada 2 medidas da massa junte 1 medida de açúcar);
Mexa para não queimar e retire do lume quando a massa tiver a grossura de jam;
O Jam está pronto para pôr em garrafas esterilizadas e pode ser consumido durante
2 meses sem se estragar, fora da geleira.
16
Tópico M8-3: Importância de Biodiversidade e Recursos Naturais (1ª
Parte)
OBJECTIVO: 1. Conhecer a importância da Biodiversidade e dos Recursos
Naturais e a diferença entre eles.
2. Conhecer o uso e conservação dos Recursos Naturais.
DURAÇÃO: Parte 1: Conceitos - 3 h.
Parte 2: Exercício Género e Recursos Naturais - 2 h.
Parte 3: Práticas (fazendo viveiro) – 3 h.
MATERIAIS: Papel gigante e marcadores para 4-5 grupos;
Para o Passo #5, é preciso uma caneta e papel para cada
participante.
PASSOS:
Parte 1: Introdução aos Conceitos
1. (10 min) Plenário: chuva de ideias
Dê exemplos do que podemos usar
da natureza (ou do ambiente) e de
como o devemos usar.
Elabore uma lista: explique que a
maior parte daquilo que vem da
natureza, chamamos “Recursos
Naturais”.
Pergunte em seguida se há
também organismos/seres na
natureza, que não podemos usar
directamente. Explique que estes
seres são também importantes.
Explique que a Biodiversidade inclui tudo o que vem do meio ambiente.
(Veja as definições na 1ª Ficha de Apoio, pág. 19).
2. (20 min) Jogo de “Reconhecimento das Diferentes Espécies”
Diga aos jovens para pensarem numa espécie (de planta ou de animal) que
gostassem de representar no jogo. Os jovens não poderão dizer uns aos
outros a espécie de animal ou planta que irão representar.
Explique como se realizará o jogo: Todos deverão representar, através de
mímica e sons, o animal ou a planta que escolheram, sem falarem! Cada
um deverá procurar outras pessoas que representem animais ou plantas da
mesma espécie (sem poderem falar!) para se agruparem de acordo com a
espécie escolhida (isto torna-se mais difícil em relação às plantas, visto
que estas não andam nem emitem sons facilmente reconhecíveis, mas esta
dificuldade também aumentará o gozo do exercício).
Em grupos: Quando os grupos estiverem formados, peça aos respectivos
membros para discutirem entre eles se realmente pertencem à mesma
espécie (desta vez cada um já terá de dizer o que é).
Depois, cada grupo deverá pensar numa característica positiva de cada
espécie de animal ou planta….
17
Apresentação: Finalmente, cada grupo irá apresentar, em plenário, essa
característica positiva, usando simultaneamente mímica/sons (exemplo:
“Somos um rinoceronte e apagamos as fogueiras”).
18
Tópico M8-3: Importância de Biodiversidade e Recursos Naturais (1ª
Parte, pág. 2)
3. (10 min) Plenário: discussão
Discuta as diversas maneiras pelas quais a biodiversidade ajuda as pessoas
e como não poderíamos viver sem essa diversidade de plantas, animais e
micro- organismos.
4. (40 min) Exercício sobre a Importância das Árvores Divida os jovens em grupos
mistos.
(15 min) Trabalho em grupos: Peça a cada um dos grupos para fazer uma
lista dos “benefícios” de um grupo
específico de recursos naturais: as florestas e
as árvores para a nossa vida. Recorde-os dos
benefícios que têm observado nas suas
casas, na escola e na comunidade, em geral.
(5 min) Plenário: cada grupo
apresenta as suas listas.
(20 min) Discussão em
plenário:
o Nas apresentações, que aspectos foram mais mencionados e que
outros aspectos foram esquecidos?
o Pergunte aos jovens que benefícios/utilidades das árvores e florestas
são mais importantes para eles e porquê. Peça-lhes para darem
exemplos.
o Acrescente alguns benefícios não mencionados pelos jovens (veja 1ª
Ficha de Apoio, na página 18).
5. (20 min) Trabalho em grupos: ameaças para a biodiversidade na
comunidade
Agora que sabemos a importância dos recursos naturais, como as árvores,
a que ameaças estes estão sujeitos na sua comunidade? Peça para os jovens
fazerem uma lista ou desenharem as ameaças.
Como poderemos proteger os recursos contra essas ameaças? Pensem em
exemplos para cada ameaça (refira-se á página 18).
6. (30 min) Apresentações e conclusões.
7. (15 min) Teatro sobre as Queimadas: Conclua, sugerindo aos jovens para prepararem uma peça de teatro sobre a
prevenção de queimadas descontroladas.
(Nos próximos meses…) Trabalhe nesta peça, para que os jovens estejam
preparados para a apresentar no dia da graduação.
19
Árvores apoiam-nos muito na
vida. Na figura, veja que elas
dão sombra e madeira para
construir móveis, fazer lápis e
papel
1a Ficha de Apoio para o Tópico M8-3 (pág. 1)
Definições de Biodiversidade e Recursos naturais
Biodiversidade: A biodiversidade é a variedade de todas as formas de vida – de
animais, plantas e micro-organismos.
Recursos naturais: Os recursos produzidos pela natureza são a base para a produção
alimentar, medicinal, industrial, um ambiente saudável, etc.
Definição de Floresta
Uma floresta é uma área com uma alta densidade de árvores. Estas áreas cobrem cerca
de 9.4% da superfície do planeta (ou 30% do total da área terrestre), apesar de já
terem coberto muito mais (cerca de 50% do total da área terrestre). Em diferentes
regiões elas funcionam como habitats de muitos organismos e constituem um dos
mais importantes aspectos da biosfera do Planeta terra.
A Importância da Floresta e das Árvores
As florestas dão alimentos (frutas, nozes, etc.) e
abrigo para pessoas, animais, insectos e micro-
organismos.
As árvores dão sombra.
As árvores ajudam a proteger as culturas e o solo
contra os efeitos da erosão provocados pelo vento e
água.
As árvores fornecem produtos medicinais.
As árvores fornecem matéria-prima para a
indústria, como polpas para papel, látex para
borracha, biomassa para combustíveis, madeira
para diversos fins, etc.
A casca e os troncos de árvores são também usados para produzir colmeias onde
se produz mel.
As árvores produzem oxigénio e alimentam-se de dióxido carbono, sendo um
elemento fundamental na prevenção da mudança do clima e na manutenção do
equilíbrio ecológico.
Ameaças contra a Biodiversidade
e os Recursos Naturais
Sobre-exploração por parte de
pessoas e empresas para venderem
madeira, para fazerem machamba, para
a usarem como lenha ou para
produzirem carvão, etc.
Queimadas descontroladas para
fazer machamba, caçar, sabotagem (gente descontente), jovens brincando com
fósforos, etc. Danos causados pelos fogos = destruição de árvores, destruição da
camada de matéria orgânica do solo, facilitando a erosão do solo; morte de muitos
seres vivos existentes na floresta.
20
Erosão do solo causada, nomeadamente, pela sobre-exploração e queimadas piora
a situação de destruição de florestas e de outros recursos naturais. (Reveja o
conceito de Erosão no Tópico M1-4: Preparação da Terra no Módulo 1).
21
Usando fogões poupa-lenha
diminuiremos a intensidade de
abate de árvores
1a Ficha de Apoio para o Tópico M8-3:
Protegendo os Recursos Naturais (pág. 2)
Como Podemos Proteger os Recursos contra essas Ameaças?
1. Combate à Sobre-exploração
Consciencializar a população sobre a importância da
conservação das árvores e do plantio de árvores.
NB: Para cada planta cortada deve-se plantar duas.
Divulgar as leis sobre a exploração e
reutilização de recursos.
Incentivar implantação de viveiros de árvores
comunitários ou individuais.
Usar fogões Poupa-lenha (veja a ilustração à
direita: pôr as panelas nos buracos grandes em
cima e a lenha nos buracos em baixo).
2. Combate a Queimadas Descontroladas
Uma árvore produz um milhão de fósforos...
... um fósforo destrói um milhão de árvores.
Prevenção
1. O principal aspecto na prevenção é a consciencialização da população
sobre os danos do fogo e de como o utilizar controladamente para usos
fundamentais.
2. O segundo aspecto é a detecção do fogo logo após o seu início. Quanto
mais cedo for detectado, menor será a área queimada.
3. Maior atenção deve ser prestada durante a época seca e no período fresco.
(Nota: o Facilitador poderá especificar o tempo perigoso para sua zona).
Pré supressão e supressão
A existência de diversos tipos de vegetação influi na propagação do incêndio.
Para a eliminação do material combustível recorre-se a várias técnicas, a citar:
1. Aceiros: são faixas de vegetação que se queimam anualmente, feitas com
a finalidade de impedir o avanço do fogo e, principalmente, para facilitar o
acesso do pessoal no caso da necessidade de combate a um incêndio.
22
1a Ficha de Apoio para o Tópico M8-3:
Protegendo os Recursos Naturais (pág. 3)
2. Queimadas controladas: quando utilizado de forma controlada, o fogo é
um bom auxiliar para o maneio da floresta, sendo porém necessário
obedecer a certos requisitos, tais como:
i. Abrir um caminho
de 3 m de largura
denominado de
quebra-fogo, à
volta da área a
queimar (veja a
ilustração);
ii. Não fazer
queimadas em
dias de muito
vento;
iii. Acender o fogo de
modo a que se propague contra o vento;
iv. Fazer os fogos no início ou no fim do dia, nunca no período muito
quente.
3. Combate à Erosão nos Solos
Use métodos de conservação do solo e da água, de forma a prevenir a erosão,
incluindo o uso mínimo de queimadas, cobertura do solo, curvas de nível, plantio
de árvores, etc. (Reveja o material do Módulo 1 – Tópico M1-4).
Proteja o solo contra a erosão, usando
métodos como barreiras de vegetação ou de
pedra.
23
Tópico M8-3: Importância da Biodiversidade e dos Recursos
Naturais (Parte 2)
Parte 2: Género e Recursos Naturais
OBJECTIVOS: 1. Identificar as diferenças de Género
no uso e decisão sobre os recursos na
comunidade.
2. Discutir as diferenças de Género.
DURAÇÃO: 2 h e 5 min.
MATERIAIS: Cartões/papelinhos,
canetas/marcadores, pequenas pedras para os segurar.
PASSOS:
1. (15 min) Plenário: chuva de ideias para resumo das diferenças de Género
Juntamente com os jovens, faça um resumo dos resultados obtidos com os
exercícios já feitos sobre as diferenças de Género:
1. Relógios Diários (do Módulo 2: Tópico M2-1(1a e 2
a Fichas de
Apoio);
2. Calendários de Culturas (do Módulo 1: Tópico M1-3).
Conclua com a explicação de que, desta vez, queremos saber sobre o uso e
decisão sobre os recursos.
2. (60 min) Trabalho em grupos
Peça aos jovens para fazerem uma lista dos recursos da família, como, por
exemplo, a sua terra, casa e animais. Depois, que desenhem esses recursos
ou bens em cartões ou papéis.
O facilitador: coloque no chão, em fila, três desenhos grandes: 1. um
homem, 2. uma mulher e 3. um homem e uma mulher juntos, com bastante
espaço entre eles.
Peça aos jovens para colocarem os cartões debaixo dos três grandes
desenhos, dependendo de quem usa o recurso: as mulheres, os homens ou
ambos. Modere a discussão entre elas sobre as razões de terem feito tais
escolhas.
Coloque o segundo grupo de desenhos e cartões no chão, próximo do
primeiro grupo.
Repita o exercício, mas desta vez centrando-se em quem tem controlo,
propriedade ou poder decisório sobre cada recurso. Ajude-os a
compreender este aspecto, colocando perguntas, como por exemplo:
“Quem na família pode tomar a decisão de vender a casa? O Homem toma
essa decisão sozinho ou só depois de consultar a mulher? A mulher pode
dizer que não?” ou “A mulher pode decidir matar uma galinha para
preparar uma refeição sem consultar o marido?” Modere a discussão entre
os jovens sobre as razões de terem feito tais escolhas.
Peça aos jovens para compararem o modo como dispuseram os dois grupos
de Cartões.
24
Tópico M8-3: Importância da Biodiversidade e dos Recursos
Naturais (Parte 2, pág. 2)
3. (40 min) Plenário: discussão
Quais são os recursos utilizados pelos homens?
Pelas mulheres? Por ambos?
São as mulheres, os homens ou ambos que
utilizam os recursos de maior valor? Por exemplo, a terra,
gado, tecnologia.
Quais são os recursos controlados pelas mulheres? Pelos homens? Por
ambos?
São as mulheres, os homens ou ambos que decidem sobre os recursos de
alto valor?
Como poderemos reduzir essas diferenças para criar mais igualdade de
oportunidades para meninos e meninas no futuro?
4. (10 min) Faça um resumo das
conclusões retiradas durante a
discussão.
25
Tópico M8-3: Importância de Biodiversidade e Recursos Naturais
(Parte 3)
Parte 3: Prática, Plantando Árvores
OBJECTIVO: Praticar a conservação da
biodiversidade e dos
recursos naturais.
DURAÇÃO: 3 h.
MATERIAIS: Carrinhos de mão, corda,
pás, enxadas, ancinhos,
tesouras de poda, facas para enxertia, sementes, vasos de
plástico, estrume e solo arável.
PASSOS:
1. Preparação antes da sessão
Antes da sessão, procure sementes de diversas árvores com fins múltiplos
para fazer um viveiro.
2. (20 min) Plenário: chuva de ideias e discussão
Pensando nos conhecimentos adquiridos na introdução deste tópico,
coloque a seguinte questão: “Que recursos queremos obter das árvores”?
(ex.: alimentos, adubo e pesticidas naturais para a nossa machamba,
produtos medicinais, material de construção, lenha, etc.);
Pensando nas condições locais, escolham tipos de árvores a plantar;
Dê informação sobre as árvores que existem localmente... (veja a 2ª Ficha
de Apoio nas páginas 24-25, para exemplos).
3. (2½ horas) Prática na machamba de aprendizagem
Revendo a prática de viveiros para hortícolas do Tópico M5-2, porque é
que os viveiros são também relevantes para as árvores?
Discuta as etapas para fazer um viveiro de árvores.
Explique os termos alfobre, vaso, repicagem.
Discuta também as condições necessárias e a melhor localização para
plantar árvores.
Depois da prática, faça um resumo da sessão (das principais conclusões e
recomendações).
(Veja a 2ª Ficha de Apoio, nas páginas 26-27).
26
2ª Ficha de Apoio para o Tópico M8-3:
Prática Semeando árvores (pág. 1)
Etapas Necessárias para Fazer Viveiros
de Árvores
1. Identificar um lugar onde:
Os solos recebam luz solar durante a
maior parte do dia.
Haja solos férteis com boa drenagem.
Haja disponibilidade de água ou tenha
perto fontes de água, tais como, rios,
lagoas, barragem, etc.
Seja pouco acidentado e protegido do
vento.
Esteja protegido dos animais, pois estes podem estragar as plantas.
2. Dimensões de um viveiro, dependendo do número de plantas:
Considerar 10 m x 10 m para cada 5000 plantas.
3. Procedimentos:
Para assegurar um bom resultado, as sementes ou o material a propagar deve
ser de boa qualidade. Certas sementes de árvores devem ser submetidas a um
tratamento para a quebra da dormência antes de serem lançadas ao solo, como
por exemplo mergulhando-as em água fria ou em água quente, por 24 h
(geralmente usado para as acácias).
Sementeira:
o As sementes muito finas podem ser misturadas com areia e espalhadas
regularmente ao longo do sulco (profundidade da sementeira, não devendo
ultrapassar 3 vezes a espessura da semente);
o Podem estar directamente semeadas em vasos ou em alfobres;
O que é um Alfobre? É o canteiro para as sementes de
árvores que, após atingirem a altura apropriada, são
repicadas para os vasos, onde permanecerão até
atingirem o tamanho adequado para serem levadas
para o campo definitivo.
o Na preparação do alfobre há que ter atenção à largura, pois esta deverá
permitir a realização da rega e mesmo das práticas culturais sem que as
pequenas plantas sejam prejudicadas (dimensões aconselhadas são: 1 m x
60 cm, com profundidade de 20 cm);
o Nivelar o alfobre, tirar ervas daninhas e remexer o composto/adubo com a
terra;
o Pôr uma cobertura morta (ex.: capim sem
sementes);
o Se for necessário, fazer um “tecto” de
bambu/ramas em cima do canteiro (altura de 1 m)
para maior protecção do sol, etc;
o Regar bem todos os dias – 2 vezes por dia.
27
2ª Ficha de Apoio para o Tópico M8-3:
Prática Semeando árvores (pág. 2)
2. Repicagem: é a operação que consiste em transferir a pequena planta do
alfobre para o vaso. Esta operação é delicada e deve ser realizada nas
primeiras horas da manhã ou ao fim do dia. As plantas repicadas devem ser
protegidas do sol, criando-se uma protecção contra o sol no viveiro.
o Em geral, a repicagem realiza-se decorridos 45 dias após a germinação.
Após a germinação das plantas, deve-se retirar a cobertura.
3. Transplante:
o O transplante só deverá ser realizado durante (ao início de) o período
chuvoso para assegurar que a planta pegue bem.
o Tire as plantas fortes (com raízes) depois de atingirem uma altura de 20 a
30 cm. Regue as plantas antes de as tirar, para facilitar o processo.
o Deixe ficar as raízes com terra, para minimizar os danos. Conserve as
plantas à sombra para minimizar os danos resultantes de a planta estar fora
do solo (não deverá ser mais de 1 h).
o O tamanho da cova depende do tipo e do tamanho da planta e raízes.
o Misture uma boa quantidade de
composto ou de estrume com o
solo.
o Regue imediatamente após o
plantio.
o Proteja as árvores pequenas
transplantadas dos animais e do
vento.
o Compassos: pelo menos 1,5 m
entre cada árvore.
o As fruteiras precisam de rega
regular durante os dois primeiros
anos para crescerem bem.
Qual é a Localização Ideal para as Árvores?
À volta da casa, escola, etc. (mas deixando espaço suficiente para o crescimento
das raízes sem estragar as fundações).
Numa plantação de árvores (de fruteiras, etc.).
Dentro da machamba: que características serão necessárias?
o Árvores que aumentem a fertilidade do solo (ex.: Leucaena);
o Árvores que não criem demasiada sombra e que não entrem em competição
com as hortícolas;
o Árvores que tenham componentes que sirvam como pesticidas naturais (ex.:
Mutica).
Como parte de uma horta medicinal (muitas árvores também têm propriedades
medicinais).
28
2ª Ficha de Apoio para o Tópico M8-3:
Prática - Semeando Árvores (pág. 3)
Diferentes Tipos de Árvores e sua Utilização
Nome da
Espécie
Usos Características
Especiais
Moringa
(Moringa
oleifera
Lam.)
- Frutas para consumir;
- Sementes são ervilhas, como tempero ou para óleo;
- Folhas extremamente ricas em nutrientes essenciais
como o caroteno B, vitamina C (ácido ascórbico)
ferro e leucina livre;
- Folhas, flores e frutas jovens cozinham-se depois
de piladas numa solução potássica para fazer uma
espécie de matapa;
- Medicina natural: ajuda no tratamento do
reumatismo, gota e no controlo da tensão arterial e
possui propriedades anti-bacterianas;
- Forragem: a folhagem dá boa forragem.
- Pode atingir uma altura
de até 10 m
Fruteiras
- Mangueiras, Abacateiras, Goaiabeiras, Papaieiras,
Laranjeiras, Limoeiros e outros Citrinos, Cajueiros,
Palmeiras, Bananeiras, Maçaniqueiras e outras
fruteiras indígenas;
- Fruto muito nutritivo, para sumo e fruto fresco e
seco.
- Muito comum em
Moçambique,
existindo várias
variedades
Canhoeiro
(Sclerocarya
birrea)
- Frutos comestíveis, ricos em vitamina C, muito
perfumados e que servem para fazer doces, sumos e
uma bebida alcoólica “Amarula”;
- O caroço do fruto é constituído por 2 ou 3
amêndoas comestíveis que contêm um óleo rico em
proteínas e que arde como uma vela;
- A madeira é usada para esculturas, móveis, soalhos
e fósforos;
- A casca é usada como corda ou fio;
- As estacas cortadas podem ser usadas como postes
de cercas vivas;
- Dá boa comida para todos os tipos de animais.
- Árvore indígena e de
tamanho médio, pode
atingir uma altura de
15 m com uma copa
frondosa
Margoza
Azadirachta
indica
- Madeira moderadamente pesada, rija e durável;
resistente ao apodrecimento e ao ataque dos
insectos; dá uma excelente lenha; é usada na
construção, postes de madeira, móveis, alfaias
agrícolas e escultura;
- Valor medicinal: anti-malária;
- O óleo das sementes usa-se para sabões,
desinfectantes, drogas, cosméticos e lubrificantes;
- A semente é um excelente adubo; as folhas e os
ramos pequenos têm sido usados como cobertura
morta e adubo verde;
- Usa-se para sombra, quebra ventos ao longo das
estradas e pastagens e para a restauração de terras
áridas;
- Pesticida natural: As sementes e as folhas dão um
repelente de insectos. As folhas secas usam-se para
proteger as colheitas armazenadas, roupa e livros
dos ataques dos insectos.
- Árvore semi-perene,
de tamanho médio,
com uma altura
variável entre 10 a 15
m de altura.
- Esta árvore cresce
muito depressa e
rapidamente regenera.
- Quase todas as partes
da árvore fornecem
produtos secundários
com valor comercial
29
2ª Ficha de Apoio para o Tópico M8-3:
Prática, Semeando Árvores (pág. 4)
Jatrofa
- Sementes produzem óleo para fazer sabão e como
combustível para lamparinas;
- Em produção industrial, o óleo é utilizado para
produzir bio-diesel;
- Utilizada para o estabelecimento de cercas vivas
para a protecção das hortas e machambas contra
animais e redução da erosão do solo e efeitos dos
ventos.
Atenção!: é tóxico e não é para consumir.
- Planta de rápido
crescimento, podendo
atingir uma altura de 3
m em três anos.
- Pode ser propagada
por sementes,
plântulas e estacas.
- Pode produzir 0,8 kg
de sementes por metro
de cercado por ano
com um rendimento
de 0,17 l de óleo.
Leucaena
(Leucaena
spp)
- Fertilizante: é fixadora de azoto no solo. As folhas
podem ser usadas como composto, que é muito
eficaz.
- Árvore de rápido
crescimento (até +/- 5-
8 m de altura)
- Tolerante à seca.
- Atenção: é
susceptível ao ataque
de térmitas e animais.
Mutica
(Tephrosia
tetraptera)
- Pesticida natural: (As folhas contêm 15% de
tefrosina e as sementes, 30%) é usado para combater
várias pragas (ex.: a broca dos caules do milho).
- Arbusto herbáceo de 2
a 3 m.
30
Tópico M8-4: Criação de Animais de Pequena Espécie
(Parte 1)
OBJECTIVO: Compreender a importância de
e como criar animais de
pequena espécie, incluindo
caprinos, aves, e peixes de
água doce.
DURAÇÃO: 3 semanas Parte 1: Introdução: 50 min.
Parte 2: Componente Caprinos: 1h 45m + Prática (1 dia).
Parte 3: Componente Galinhas:
1a aula: 65 min + Prática: 40 min;
2a aula: 50 min + Prática: 60 min + 1 dia.
Parte 4: Componente Piscicultura: 2 h + Prática.
Parte 1: Introdução
MATERIAIS: Papel gigante e marcadores.
PASSOS:
1. (5 min) Plenário: chuva de ideias
O que são animais de pequena espécie? Peça para darem exemplos de
animais criados na comunidade.
2. (30 min) Trabalho em grupos
Peça aos jovens para desenharem todos os animais de pequena espécie
criados na comunidade, assinalando os que são mais comuns, colocando
um círculo à volta.
Cada grupo deverá escolher um dos animais mais mencionados e fazer um
esquema de subprodutos. Desenha-se o animal como figura central e à
volta, todos os produtos que se poderão tirar desse animal e qual a sua
utilização.
3. (15 min) Apresentações e conclusões
Como podemos incluir animais na nossa casa para melhorar a nossa
Segurança Alimentar?
31
Tópico M8-4 Criação de Animais de Pequena Espécie
(Parte 2, pág. 1)
Parte 2: Criação de Caprinos (Cabritos)
OBJECTIVO: Compreender a importância de e
como criar caprinos.
DURAÇÃO: 1 h 45 min + Prática (3-6 h?).
MATERIAIS: Papel gigante e marcadores +
ilustrações;
Curral: dependendo dos materiais locais disponíveis: Bambu,
capim, estaca, tijolos; se for possível: pregos, arame...
PASSOS:
1. (5 min) Plenário: resumo da introdução
2. (20 min) Pequenos grupos: faça as seguintes perguntas:
Porque as pessoas gostam de criar cabritos?
Alimentação: o que come o cabrito?
Alojamento: o que teremos de ter em conta para construir um abrigo para
cabritos?
Saúde: o que podemos fazer para prevenir doenças dos cabritos?
Uso e aproveitamento do estrume: o que podemos fazer com o estrume
do cabrito?
3. (20 min) Plenário: apresentações dos grupos
Fazer uma lista com todos os pontos apresentados pelos grupos. Acrescentar
outras informações, se necessário (veja a 1ª Ficha de Apoio na página
seguinte).
4. (60 min) Na comunidade: discussão
Se for possível: Dê uma volta pela comunidade e observe como os
camponeses constroem os seus currais.
Discuta se seria necessário introduzir melhorias, considerando as
recomendações saídas dos trabalhos em grupos.
Mostre ilustrações/fotografias de currais melhorados e peça aos jovens
para indicarem o que é diferente/melhor.
Como podemos colocar o estrume dos cabritos, e como temos de tratar o
estrume para usarmos na nossa horta?
Conclua sobre as formas de melhorar os currais.
5. (3-6 h?) Aprender fazendo na prática:
construindo um curral melhorado
Recolha de material local apropriado
para fazer o curral.
Adapte os princípios de uma
construção melhorada, apresentados nas ilustrações
da página seguinte, às necessidades e costumes locais.
32
1a Ficha de Apoio para o Tópico M8-4: Criação de Caprinos
Porquê criar Caprinos?
Sobrevivem bem em climas secos e quentes;
Comem quase tudo, requerendo assim muito pouco investimento e cuidados de
maneio;
Podem por vezes pastar em locais onde o bovino não entra, isto é, os caprinos
podem utilizar pastos com forte invasão arbustiva;
Fornecem boa carne e a bom preço – funcionam como um “Banco”, ou seja, uma
“poupança” para os momentos de necessidade, para situações imprevisíveis.
Alimentação para Caprinos
Base:
Vegetais: capim, ervas e folhas de árvores e arbustos;
Água: podem fazer bebedouros de troncos de árvores escavados, tambores ou
barris cortados ao meio;
Dar um suplemento de proteínas e minerais, durante a época seca, e aos animais
jovens e fêmeas em gestação ou em aleitamento.
Melhorar a alimentação:
Produção de forragens (ex.: banca de forragem de
Leucaena (veja a ilustração à esquerda) e conservação
da forragens.
Outras alternativas alimentares: folhas e ramos de
mangueiras, mafurreiras e massaniqueiras (em algumas
regiões do país), amoreiras, cascas de laranja e capim
elefante.
Alojamento para Caprinos
1. Manter em cercados de áreas de pastagem ou pastando livremente, mas sempre com
um pastor.
2. Construir currais melhorados com material local:
Em lugar seco;
Com uma pequena elevação;
faça o piso com estacas de
madeira ou de bambu, para
que o excremento caia e seja
facilmente recolhido para ser
usado como estrume;
Posicionados de tal forma que
os animais estejam protegidos
dos ventos fortes
predominantes;
Se for possível, construir uma
divisória para as crias ou
animais doentes.
33
1a Ficha de Apoio para o Tópico M8-4:
Criação de Caprinos (pág. 2)
Como Cuidar da Saúde
Os animais terão menos doenças se estiverem bem
alimentados e mantidos em locais limpos;
Inspeccionar os animais antes de se dirigirem ao pasto,
durante a pastagem e na recolha ao curral, para detectar os
possíveis comportamentos anormais dos animais no rebanho;
Principais doenças dos caprinos e formas de tratamento:
Os parasitas são o problema mais grave na criação de
caprinos. Por isso é necessário fazer a desparasitação regular
– pelo menos duas vezes por ano (no fim da época chuvosa e
fim da época seca).
As doenças transmitidas por carraças (DTC´s): fazer
banhos carracicidas regulares para prevenir DTCs.
Uso e Aproveitamento do Estrume
Os excrementos devem ser retirados com uma
certa periodicidade e podem ser tratados da
seguinte forma:
Retirar para o campo e enterrar
imediatamente para a "cura";
Fazer um monte ao lado do curral e levar
para os campos na altura das lavouras
(para rever como fazer um monte de
composto, veja as 2as
Fichas de Apoio
para o Tópico M4-2 no Módulo 4).
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Tópico M8-4: Criação de Animais de Pequena Espécie
(Parte 3, pág. 1)
Parte 3: Criação de Galinhas e de Outras Aves
OBJECTIVO: Conhecer a importância de criar
aves e como fazer um bom maneio
DURAÇÃO: Aula 1: 65 min + Prática: 40 min.
Aula 2: 50 min + Prática: 60 min
+ 3 h.
MATERIAIS: 2 Guiões de aprendizagem: manuais gigantes de IRPC.
Prática da 1ª Aula: 6 ovos + balde + materiais para
Ovoscopia.
Prática da 2ª Aula: Materiais para construção da Capoeira
(capim, madeira, funis, pregos/ramos, etc.).
PASSOS:
1a Aula: A Reprodução da galinha
1. (Preparação antes da aula) Reveja e pratique como usar o manual de IRPC: A
reprodução da Galinha.
Traga 5-6 ovos e um balde para água.
Prepare os materiais para fazer uma ovoscopia.
2. (15 min) Plenário: introdução e chuva de ideias Explique que falará sobre a criação de aves.
Chuva de ideias:
o Quais são os diferentes tipos de aves criados na região (galinhas
landim ou comercial, galinhas do mato, perus, patos, pombos)?
o Porque queremos criar aves?
Explique que falará sobre a reprodução da galinha.
Chuva de ideias: o que é a reprodução (em termos simples)?
3. (50 min) Plenário: seguindo o manual (40 min) Siga o manual e dê espaço para os jovens responderem às
perguntas, façam comentários e coloquem outras perguntas.
(10 min) Pergunte se os pontos levantados também servem para outras
aves. Discuta.
4. (40 min) Práticas (fazem parte do manual de IRPC):
i. Identificando ovos frescos num balde com água.
ii. Fazendo e usando uma ovoscopia (NOTA: uma outra maneira de
fazer a prática de ovoscopia. Em lugares sem electricidade: pode usar
uma lanterna portátil, depois de tirar o vidro).
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2a Ficha de Apoio para o Tópico M8-4:
Criação de Galinhas e outras Aves
Porquê criar Aves?
São de fácil criação.
Podem procurar alimentos (veja mais sobre a alimentação na próxima aula).
Dão boa carne e ovos e vendem-se facilmente.
Períodos de Incubação dos Ovos das Diferentes Espécies de Aves
Ave Período de incubação
Pata 28 dias
Galinha 21 dias
Galinha-do-mato 21 dias
Pata muda 34-37 dias
Perua 28 dias
Gansa 30-34 dias
Avestruz 40-43 dias
Pomba 14-15 dias
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Tópico M8-4: Criação de Animais de Pequena Espécie
(Parte 3, pág. 2)
2a Aula: Galinhas Saudáveis, Pessoas saudáveis
DURAÇÃO: 50 min + Prática: 1 h + uma semana (depende de material e
mão-de-obra disponível).
PASSOS:
1. (Antes da aula) reveja e pratique como usar o segundo
manual de IRPC: galinhas saudáveis, pessoas saudáveis.
2. (50 min) Plenário: seguir o manual.
(40 min) Siga o manual e dê espaço para os jovens
responderem às perguntas, fazerem comentários e
colocarem perguntas.
(10 min) Pergunte se os pontos levantados também se
aplicam a outras aves. Discuta-os.
3. (60 min) Na comunidade: discussão sobre capoeiras
Se for possível: dê uma volta na comunidade para observar a forma
como os camponeses constroem as capoeiras.
Discuta se, de acordo com as construções observadas, estas deveriam
ser modificadas/melhoradas (ex. do IRPC, na página seguinte) e peça
aos jovens para indicarem o que é diferente/melhor.
Questione se a estrutura para galinhas é adequada para outras aves.
Conclua sobre as formas de melhorar as capoeiras.
6. (3-6 h?) Aprender fazendo na prática: construindo uma capoeira
melhorada
Recolha o material local apropriado, da
escola ou de casa para fazer a capoeira.
Adapte os princípios de uma
construção melhorada, apresentados nas
ilustrações da página seguinte, às necessidades
e costumes locais.
Construa a Capoeira Melhorada.
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3ª Ficha de Apoio para o Tópico M8-4: Criação de Galinhas
Ilustração de diferentes Capoeiras Melhoradas
Capoeira melhorada
elevada Capoeira para a galinha com pintos Capoeira elevada feita com
ramos
NB: Para assegurar a saúde das
aves, não misture diferentes tipos
de aves numa capoeira única.
Cada espécie precisa do seu
próprio alojamento.
Capoeira elevada feita com
ramos
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3a Ficha de Apoio para o Tópico M8-4:
Criação de Galinhas (pág. 2)
Nutrição Equilibrada para Aves
A maior parte dos alimentos necessários (restos de comida dos donos de casa e restos
da machamba) encontram-se à volta da capoeira.
É muito importante fornecer água limpa às galinhas, em quantidades de cerca de
um quarto de litro por dia por galinha. Pois, se as galinhas não beberem o
suficiente não farão bom uso dos alimentos consumidos.
Alimentos de base: Os alimentos que comem em maior quantidade e com mais
frequência são:
Farelo de cereais (milho, mapira, mexoeira e arroz);
Grãos inteiros ou triturados de milho, principalmente durante a época da colheita
ou quando estão a pilar os cereais.
Alimentos acompanhantes:
Alimentos mais apropriados para Crescer e para a produção das penas, dos ovos...
Exemplos:
Alimentos de origem vegetal, como leguminosas, folhas de feijões, mandioca, etc.
Alimentos de origem animal, como peixe, térmitas, gafanhotos, minhocas...
Outros, para desenvolvimento dos ossos e cascas de ovo: cascas de ovo, ossos,
conchas...
Alimentos mais apropriados para Proteger: que contêm sobretudo vitaminas e sais
minerais e têm como função principal proteger o corpo contra algumas doenças
Exemplos: legumes ou verduras, frutas, ervas e bagaços.
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Tópico M8-4: Animais de Pequena Espécie (Parte 4)
Parte 4: Piscicultura
OBJECTIVO: Aprender a criar peixes de água doce.
DURAÇÃO: 2 h + prática.
MATERIAIS: Papel gigante, marcadores + ilustrações
de tanques;
Prática: materiais para construir o tanque.
PASSOS:
1. (15 min) Plenário: chuva de ideias
Quem gosta de peixe? De onde vem o nosso peixe?
O que é a piscicultura?
Praticamos esta actividade na nossa zona?
Se não, porquê?
Se sim, quais são as condições necessárias para construir um tanque?
2. (Tempo de deslocação) No caso de se praticar a piscicultura na zona,
organize uma visita a tanques de piscicultura na região.
ou:
Se não existem pessoas com tanques na região: mostre ilustrações de
tanques e discuta com os jovens diferentes aspectos da piscicultura.
(1-2 horas) Plenário - discussão
Assegure que a discussão inclua os seguintes pontos:
Que tipos de peixe podem ser criados nos tanques?
Que tipo de alimentação o peixe precisa?
Como poderemos assegurar a saúde dos peixes?
Como se constrói um tanque para piscicultura?
O que temos que ter em conta no maneio do tanque?
3. (1 semana?) Se as condições existirem, construa um tanque de
piscicultura na Escola de JFFLS.
(NB: isso não está incluso no pacote financeiro do Projecto Celeiro da Vida
– será necessário usar recursos locais e procurar financiamento de outras
fontes...).
(Veja a 4ª Ficha de Apoio nas páginas seguintes...)
40
4a Ficha de Apoio para o Tópico M8-4:
Como fazer a Piscicultura
O que é a Piscicultura:
A criação de peixes num ambiente controlado (qualidade da água, alimento e
temperatura). Pode-se criar peixe em tanques de terra, em barragens, em instalações
de rede e em tanques de cimento.
Condições Necessárias para Fazer a
Piscicultura
Terreno (Limo-Argiloso) impermeável;
Água em quantidade (i.e., todo o ano) e
com qualidade;
Instrumentos e materiais;
Conhecimentos da técnica de produção;
Alevinos ou reprodutores;
Alimentos para o peixe.
Exemplos de Espécies Criadas em Moçambique
(O Facilitador deverá informar-se sobre espécies relevantes na sua região...)
1- Tilapia Moçambicana
2- Tilapia Rendalli
3- Tilapia Nilótica
4- Carpa Comum
5- Carpa escama
6- Carpa espelho
7- Carpa Cabedal
8- Carpa com uma fila de escamas no seu corpo
Alimentação do Peixe
A necessidade de fertilização e a quantidade de fertilizantes a usar dependem da:
Qualidade dos materiais usados;
Do estado do tempo (Temperatura/nublado).
Geralmente, pode aplicar em 100 m2 da área de tanque, por semana:
8 kg de estrume de porco 1 vez, ou
10-12 kg de estrume de ovinos, e
8 a 10 kg de folhas.
Por dia ou de 3 em 3 dias, pode colocar em 10 m2 água de tanque:
0,2 a 0,3 kg de farelo de milho, trigo, etc.
Folhas locais tais como Teketera Nungumira, folhas de batata-doce, feijão,
bananeira, mandioca e outras.
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4a Ficha de Apoio para o Tópico M8-4:
Como fazer a Piscicultura (pág. 2)
Gestão de Tanques de Piscicultura
Deve cuidar do seu tanque todos os dias, quando vai dar de comer ao seu peixe:
Controlar a cor da água (para ter uma ideia de quantidade de fito plâncton
existente e ver se há restos de comida). Se há comida em excesso, deve-se
diminuir a quantidade de comida e/ou estrume a administrar no dia seguinte.
Verificar se o peixe está a nadar bem, se não vem à superfície à procura de
oxigénio. Se isso acontecer, deve-se trocar um pouco a água, deixando entrar
nova água e sair alguma água do tanque através do tubo de controlo de nível.
Não deixar o nível da água baixar, pois, quando isto acontece, a pouca
profundidade provoca alterações bruscas da temperatura da água, de acordo com
o ambiente e o peixe fica mais visível aos predadores.
Certifique-se de que está cheio de água, mas que não ultrapassa o nível do tubo de
controlo, pois não queremos que o plâncton que resultou da fertilização se perca.
Não deixe as infestantes cobrirem o tanque, deve-se cortar o capim/erva em
excesso nas margens do tanque e aquelas que possam crescer no tanque.
Livre-se de pássaros, sapos, cegonhas, cobras porque estes podem ferir e/ou
comer os peixes.
Construção do Tanque Local para a Construção do Tanque
Terreno adequado e fonte de água.
Acessível, perto da sua casa ou machamba.
Abrigado do vento e da erosão, num local nem muito alto, nem muito baixo, onde
a água corre muito quando há chuvas.
Não deve construir o tanque na sombra.
Não construir longe de casa por razões de segurança.
Tamanho e Forma do Tanque
No mínimo 10 m2, mas, quanto maior for, melhor.
A forma do tanque depende das condições, a melhor é a rectangular.
Materiais de construção necessários: depende da zona – material local ou tubos
A profundidade depende do objectivo da criação (espécie de reprodução
crescimento, policultura/monocultura): o Produção para consumo h = 1,4 a 1,8 m
o Criação de Alevinos h = 1,0 a 1,3 m
o Reprodução de Tilapia h = 0,7 a 1,0 m
o Zona profunda/época fria h = 1,7 a 2,0 m
42
Tópico M8-5: Preparando para a Graduação JFFLS Nota para o Facilitador: No momento em
que damos este módulo, o currículo da
JFFLS está a chegar ao fim. É por isso
importante começar a planear a
graduação dos jovens. Este exercício não
tem fins académicos, mas sim visa
verificar o grau de assimilação e a
capacidade de aplicação das matérias
dadas ao longo deste período. Esta
avaliação não tem em vista chumbar, mas
apurar aqueles que devem continuar a
participar no programa, para o seu
próprio bem. Por outro lado, mesmo os
jovens graduados que continuem na
mesma escola, terão a oportunidade de
beneficiar de mais assistência no ano
seguinte para consolidação dos seus
conhecimentos, organizados já em grupos associativos juvenis, com fortes possibilidades de
beneficiarem de actividades de geração de rendimento, através de actividades para pós-
graduados.
1. Critérios e Procedimentos para a Graduação
Ao longo das sessões e módulos de JFFLS, a participação, comportamento e grau
de assimilação e aplicação dos conhecimentos agrários e de vida, é avaliado pela
equipa de facilitadores.
Quem faz a avaliação?
Facilitadores da Escola JFFLS;
Se for possível, em consulta a um Facilitador Sénior da Subunidade, que tenha
realizado a monitoria regular das actividades de JFFLS;
Se relevante, graduados da JFFLS de outros anos, que auxiliam a equipa de
facilitadores.
Como fazer a avaliação?
Verificando a lista de presenças no Livro do Facilitador: os jovens deverão ter
participado em pelo menos 70% das sessões para graduarem.
Revendo os resultados das avaliações registadas no Livro do Facilitador e
através de indicadores de assimilação e progressão dos jovens (ver Guião de
Facilitadores, para mais detalhes sobre instrumentos de registo da avaliação ao
longo do programa).
Outros indicadores muito importantes do grau de assimilação e aplicação dos
conhecimentos são os resultados de trabalhos práticos desenvolvidos pelos
jovens na machamba de aprendizagem e a aplicação dos conhecimentos
adquiridos na machamba familiar.
43
Tópico M8-6: Preparando para a Graduação JFFLS (pág. 2)
1. Lista de Verificação para a Cerimónia de Graduação
Depois da identificação de jovens a graduar, é tempo
para organizar uma cerimónia de graduação. Use a
Lista abaixo descrita, para ajudar-lhes a pensarem
nos preparativos necessários:
i. Escolha uma data que seja conveniente
para as pessoas da comunidade.
ii. Consulte os líderes locais, posto
administrativo, direcções distritais (DDA, DDE,
DMMAS) e Administrador(a) quanto à melhor data
para a realização da cerimónia de graduação.
Proponha que sejam algumas destas entidades a
entregar os certificados aos jovens.
iii. Organize os certificados de graduação – preencha os nomes dos jovens,
e peça assinaturas de pessoas relevantes em bom tempo.
iv. A equipa de facilitação – juntamente com os jovens e o Director da
escola (ou responsável do Centro) - deverá fazer um programa, o qual
deverá incluir:
a. Tempo para os líderes da comunidade e do governo distrital
fazerem intervenções;
b. Se há alguma coisa para mostrar: demonstrações pelos jovens da
machamba de aprendizagem e das infra-estruturas, das conservas
feitas, etc.;
c. Actividades culturais (Canções, Dança, Teatro);
d. Colabore com a escola e com a comunidade para organizar um
lanche para os líderes comunitários, equipa de facilitação e jovens
da JFFLS (e se possível para outros membros da comunidade –
dependendo dos recursos disponíveis);
e. Faça um orçamento, incluindo a comida, e considere outros itens
que irá precisar (cartolinas, decorações, etc.). Use o mais possível
os recursos locais.
v. Em Junho/Julho: Mande o programa e o orçamento da Cerimónia de
Graduação para a Coordenação do Projecto Celeiro da Vida e para as
subunidades. Entregue também a lista com nomes de jovens a graduar.
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Resumo do Módulo 8
(45 min) Plenário: resumo
No fim do módulo (e antes da graduação), faça um resumo com os jovens. Escolha
diversos assuntos, e discuta-os. Por exemplo:
Explique 3 maneiras de mitigar problemas de escassez de comida.
Explique 2 processos de processamento de comida.
Dê um exemplo de uma conserva.
Explique o processo de secagem de produtos. Dê 5 exemplos de culturas que
podemos secar bem.
O que poderemos fazer para assegurar que as conservas durem mais tempo?
Nomeie 5 benefícios de árvores/floresta.
Nomeie 3 maneiras de proteger os recursos naturais incluindo as florestas.
Indique 3 tipos de árvores e os seus benefícios nas nossas vidas.
O que é importante ter em conta na construção de currais ou capoeiras
melhorados?
Como podemos testar se um ovo é fresco e se estava fertilizado ou não?
Indique 2 condições necessárias para fazer um tanque de piscicultura.
Lista de Referências
Este módulo foi compilado por Mundie Salm, Consultora da JFFLS.
Ilustrações: por Hélder Moisés João Macamero, com excepção das ilustrações de
M8-4, Parte 2, que vêm de IPRC - Centro Internacional para a Avicultura Rural da
Fundação Kyeema.
Os textos foram baseados e adaptados de diferentes fontes:
Tópico M8-1: Segurança Alimentar (incluindo as Fichas 1 e 2) Escrito por Annette Jaitner, Consultora de Segurança Alimentar (FAO Manica/ Sofala).
2ª Ficha de Apoio: Definições de Segurança Alimentar de: A Community Guide to
Environmental Health, Hesperian Foundation, draft, 2005, pág. 3, e de FAO (World Food
Summit), 1997.
o A figura está baseada em e foi adaptado de A Community Guide to Environmental Health,
Hesperian Foundation, draft, 2005, pág. 4.
Tópico M8-2: Processamento de Alimentos Escrito por Isabel Almeida, Consultora de Nutrição (FAO Manica/ Sofala) e Mundie Salm,
Consultora de JFFLS.
1ª Ficha de Apoio: elaborada por Isabel Almeida.
2ª Ficha de Apoio: compilada por Mundie Salm, baseada em: o Secagem de frutas e hortícolas, de Nina R. Szymanski, INDER (GoM), 1993;
o Conservação de Tomate, de Nina R. Szymanski, INDER(GoM), 1992;
o Aprenda a fazer conservas salgadas, de B. Palla e Carmo, Mundo Editorial, 1991.
3ª Ficha de Apoio: compilada por Mundie Salm, Receitas vêm de: o Receitas de Conservação de Tomate, de Nina R. Szymanski, INDER(GoM), 1992;
o Aprenda a fazer conservas salgadas, de B. Palla e Carmo, Mundo Editorial, 1991; e
o Tecnologias melhoradas de Produção e Processamento Agro-pecuário para o sector familiar
das regiões áridas e semi-áridas de Moçambique, de Pedro Tomo, Instituto Marquês de Valle
Flôr; Out, 2005 (Manual do curso de formação da DPA Manica);
o Manual de programas e material de educação nutricional, MISAU(GoM), 1998.
Tópico M8-3: Importância de Biodiversidade e Recursos Naturais Parte 1: escrito por Annette Jaitner, Consultora de Segurança Alimentar, Mundie Salm,
Consultora de JFFLS (FAO Manica/ Sofala), com Engenheiro Mateus Macuacua, SPFFB,
Chimoio (Manica).
Parte 2: de Leonor Quinto, Consultora de Género (FAO Manica/ Sofala), adaptado de ASEG Manual de Trabalho de Campo, 2001, págs. 94-96.
Parte 3: baseado nas notas do Engenheiro Mateus Macuacua, SPFFB, Chimoio (Manica) para o
ToT JFFLS, Chimoio, Março, 2006.
Tópico M8-4: Criação de Animais de Pequena Espécie Parte 1: baseado na apresentação “Maneio das pequenas espécies”, por Carlos João Quembo,
DVM, MTVsc, Laboratório Regional de Veterinária em Chimoio, ToT JFFLS, Chimoio, Março,
2006.
Parte 2: baseado nos módulos (Galinhas saudáveis Pessoas saudáveis e A reprodução da
galinha) desenvolvido por IRPC - Centro Internacional para a Avicultura Rural da Fundação
Kyeema- em parceria com MINAG, FAO e Areias Pesadas de Chibuto, IRPC, Maputo, 2006.
Parte 3: baseado no treinamento dado pelo Engenheiro Godinho Rafael, DDA Manica, no ToT
JFFLS, Chimoio, Agosto, 2005.
Tópico M8-5: Preparando para a Graduação JFFLS Escrito por Mundie Salm, Consultora JFFLS e Rogério Mavanga, Coordenador de JFFLS (FAO
Manica/Sofala).
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