Alda PatrAlda Patríícia Marques Portugal 20031639cia Marques Portugal 20031639Joana Malheiro Menezes do Vale 20031693Joana Malheiro Menezes do Vale 20031693Maria Isabel Pinto Lisboa 20031776Maria Isabel Pinto Lisboa 20031776Milena Ferreira Lopes 20031783Milena Ferreira Lopes 20031783Susana Margarida Coutinho Felicidade 20031728Susana Margarida Coutinho Felicidade 20031728Rui Armando Ferreira de SRui Armando Ferreira de Sáá 2003169920031699JosJoséé RamonRamon Gil Gil MartiMarti
Modelos Modelos SistSist éémicosmicosSíntese da aula 15/11
2006/2007
Docente: Dr.ª Ana Paula Relvas
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação
Universidade de Coimbra
Exercício da Máquina Registadora
Os grupos A, B, D e E, numa abordagem analítica, tentaram não ir para além dos factos. Verificaram-se alterações dos sinónimos das palavras.
Parcelarmente chegaram a conclusões idênticas.
Evidenciaram-se 2 grupos: um constituído por A, B, D e E e o outro pelo C.
Partindo das mesmas premissas os grupos A e o B construíram duas realidades diferentes.
Exercício da Máquina Registadora (cont).
Grupo B: necessidade de construir uma história diferente da original - mais complexa (mas com as mesmas bases).
Grupo C: criou uma história nova, contrariando a versão e afirmações originais.
Caminho Cognitivo para chegar à sequência de afirmações:
Critério da ambiguidade Grupos:
Sem sequência Sem relação
causa-efeito
Conclusões mais objectivas
Exercício da Máquina Registadora (cont).
QUAL A HISTÓRIA MAIS REAL?
não existem histórias reais pois em termos lógicos todas são viáveis e, consequentemente verdadeiras. NUNCA SABERÁS A VERDADE! Já que se criam dúvidas, críticas e principalmente a perda de Omnipotência do saber.
Conclusão
Exercício da Máquina Registadora (cont).
Multiversus o nosso pensamento é organizado a partir da ideia do Universus e coma nossa fisica é necessário pensar no multiversus (realidade construída a partir de dados que já temos, como significamos).
Observador e o observado não se podem encontrar separados. O observador analisa o contexto de que não se pode desligar e, em última análise, auto analisa-se.
O observador percebe que está dentro do sistema e que depende dele o desejo de se manter igual ou mudar, adicionando ele próprio algo ao sistema.
Exercício da Máquina Registadora (cont).
Criatividade dos grupos…”imaginamos mesmo sem querer imaginar”
(Com uma mesma técnica, podemos lhe dar aplicações, utilizações e conclusões diferentes.)
Este exercício vem na sequência da cibernética de 2ºordem e suas implicações: é um pouco a metáfora do que se passa na terapia.
Ao atender alguém na terapia, se seguirmos apenas os factos que o paciente nos forneceu, acrescentamos sempre algo que não foi dito.
È possível reunir 9 pontos em quadrado com a ajuda de 4 segmentos de recta sem levantar o lápis da folha e sem a enrugar.
ExercExerc íício dos 9 pontos Icio dos 9 pontos I
Instruções
Abelmalek & Gérard, 1999; pp.26
É necessário transgredir os limites do quadrado para conseguir elaborar convenientemente os segmentos d recta
ExercExerc íício dos 9 pontos IIcio dos 9 pontos II
SoluSoluççãoão
Quase todos os sujeitos que se deparam com este problema pela 1º vez adoptam uma hipótese que torna a resolução impossível.
De facto tendem a pensar que já que os pontos formam um quadrado, a solução deve também inscrever-se nesse quadrado.
Impõem uma condição que não é dada no enunciado
ExercExerc íício dos 9 pontos IIIcio dos 9 pontos III
INSUCESSOINSUCESSO
ExercExerc íício dos 9 pontos IVcio dos 9 pontos IV
Não é relativa à impossibilidade de resolver o exercício mas sim devido ao tipo de solução escolhida
Uma vez colocado o problema desta maneira podem experimentar todo o tipo de combinações das 4 linhas que sobra sempre um ponto para ligar aos outros.
“Changements paradoxeset psycothérapie”
P. Watzlawick, J.Weakland & R. Fish
Mesmo utilizando todas as possibilidades de mudança 1no interior do quadrado, não se alcance a SOLUÇÃO.
A SOLUÇÃO encontra-se numa mudança tipo 2 que consiste em ultrapassar este campo.
ExercExerc íício dos 9 pontos VIcio dos 9 pontos VI
Poucas pessoas resolvem o exercício
Os desistentes são surpreendidos pela simplicidade da SOLUÇÃO.
P. Watzlawick, J.Weakland & R. Fish
ExercExerc íício dos 9 pontos VIIcio dos 9 pontos VII
Mudança 1SOLUÇÃO aparece como uma ideia surpreendente FORA do nosso campo de controle
Mudança 2SOLUÇÃO: simples passagem de um conjunto de premissas para outras com o mesmo carácter lógico
P. Watzlawick, J.Weakland & R. Fish
Encontramos a SOLUÇÃOexaminando as suposições feitas acerca dos pontos e não os estudando em si mesmos.
Regra passa pelo quadrado
Não existe esta regra
Comunicação Humana
Pode ser estudada segundo três dimensões:
A sintaxe
A semântica
A pragmática
Sumário:
1. A sintaxe tem como objectivo a transmissão das informações pelo emissor, debruçando-se, entre outros aspectos, sobre os problemas da codificação, os canais de transmissão e a recepção da mensagem pelo receptor. Esta dimensão é análoga à matemática.
2. A semântica preocupa-se com o sentido/significado da mensagem e com a forma como esse significado éproduzido e compreendido. Esta dimensão é análoga àfilosofia.
Comunicação Humana (cont).
3. A Pragmática
Sentido etimológico significa “partilhar” ou “transmitir”.
À medida que a sociedade vai evoluindo, a comunicação vai perdendo o seu sentido original,
A pragmática tenta recuperar a ideia de partilha, uma vez que a comunicação não é só a transmissão de uma mensagem ou de uma imagem digital, ela é todo o nosso comportamento.
Ocupa-se dos efeitos da comunicação no comportamento não isolando a relação, mas sim estudando-a no ambiente/contexto em que se produz.
“Presença de uma abstracção constituída por variantes especificas daquela relação, logo “o que manda é o que está”.
Comunicação Humana (cont).
O que é comunicar…
“Communicare”Pôr em relação, em comunhão
Pôr em comum
“estar em relação”Existimos porque nos relacionamos com os
outros
Comunicação Todos nós temos necessidade de comunicar
Necessidades de identidade
Necessidades sociais
Necessidades práticas
Necessidades físicas
Escola de Palo Alto
Grupo de investigadores com origens científicas diversas
Trabalham em Palo Alto – EUA
Objecto de estudo:Pragmática da comunicação humanaProjecto de estudo:Evidenciar a lógica integral da comunicação
Emissor e Receptor com importância similar no processo e comunicação
ReferênciaIdeias e conceitos sistémicosLinguagem da cibernética
Abordagem dedutiva(uso de conceitos e Modelos sistémicos)
Abordagem indutiva da comunicação(fundamentação empírica desses modelos, análise de comunicação real)
Escola de Palo Alto (cont).
1. A essência da comunicação reside nos processos relacionais e interrelacionais , importando mais as relações entre indivíduos que estes tomados isoladamente. A abordagem sistémica é o quadro mais indicado para estudar a comunicação.
2. Todo o comportamento tem um valor de comunicação.
3. Os problemas psíquicos podem ser atribuídos a perturbações na comunicação.
Escola de Palo Alto (cont).
A teoria da comunicação elaborada por Palo Alto baseia-se em
3 Hipóteses:
Estudo da comunicação;
Explica o funcionamento dos sistemas sociais e humanos;
Realiza uma análise do que de específico existe nas relações humanas
Interacção como um sistema, uso do Modelo Circular de Comunicação
Escola de Palo Alto (cont).
Premissas da Pragmática da Comunicação Humana
1. Valor comunicacional do comportamento;
2. Contexto;
3. Relação;
4. Redundância;
5. Metacomunicação.
Sumário:
Todo o comportamento é comunicação.
"São os gestos que se servem de nós, somos seus instrumentos, suas marionetas, suas encarnações".
M.Kundera in “Imortalidade”
1. Valor Comunicacional do Comportamento:
“(…) toda a comunicação necessita de um contexto pois sem contexto não há significado (…) ”.
Bateson
2. Contexto
Teoria Ecossistémica da Comunicação:
2. Contexto (cont).
Organismo vivo + meioCo –evoluem
Indissociáveis na sua relação constante
Ecossistema
Meio complexo, vasto e dinâmico no qual os sistemas se inserem, do qual fazem parte e com o qual interagem reciprocamente, estabelecendo relações, numa lógica circular e multideterminada.
3. Relação
Analogia com a matemática;
A relação entre as variáveis constitui o conceito de função;
A relação constitui um dos dois níveis da mensagem (conteúdo e relação);
Comunicação aspecto relacional;
Há que ter em conta que, inclusive, a consciência que o sujeito tem de si mesmo depende das suas relações com os outros.
Bateson forneceu uma metáfora: jogo de xadrez – em qualquer ponto determinado, a situação de jogo só pode ser entendida pela configuração presente das peças no tabuleiro.
3. Relação (cont).
4. Redundância
Ashby, demonstra que nos sistemas naturais: as antigas adaptações não são destruídas quando se encontram novas;
Se um sistema é dotado da capacidade de armazenar adaptações prévias para uso futuro, então certos comportamentos, atitudes... tornam-se repetitivos e, por tanto, mais prováveis do que outros;
Assim, a percepção de quem “está de fora”é totalmente diferente.
Metáfora do jogo de xadrez (Bateson) .
Identificam-se padrões complexos de redundâncias
4. Redundância (cont).
“A comunicação humana é constituída por sinais verbais, corporais e comportamentais. Se observarmos do exterior um interacção entre duas ou mais pessoas, podemos notar que certas sequências se repetem e que os mesmo comportamentos se implicam mutuamente”.
Alarcão, M. (2000).
4. Redundância (cont).
5. Metacomunicação
Qualquer comportamento ou acto de comunicar sobre a comunicação.
Querido... Apetecia-me algo excepcionalmente
bom...
... QueresMETACOMUNICAR ?
Uma pequena nuance...
1. J.H. Flavell a metacomunicação remete para o conhecimento que o sujeito tem dos factores que intervêm em todo o comportamento de comunicação (verbal ou não);
- Nesta perspectiva, todas as formas de comunicação podem utilizar-se como meios de metacomunicação.
2. Outros autores a metacomunicação refere-se unicamente ao domínio consciente dos aspectos não verbais da situação de comunicação.
Num caso como no outro, trataNum caso como no outro, trata--se de um domse de um domíínio de aspectos nio de aspectos não especificamente lingunão especificamente linguíísticos dasticos da comunicacomunicaçção.ão.
5. Metacomunicação (cont).
Na interacção...
A metacomunicação tem como finalidade especificar e pontuar o contexto de interacção. Este contexto determina como devem ser interpretados os comportamentos relacionais.Nos sistemas contínuos de interacção...
... Como é o caso da família
Há regras que definem a relação de forma relativamente estável
(ex: os rituais sociais)
5. Metacomunicação (cont).
NO ENTANTO...
Uma mensagem pode pôr em causa esta definição ! IMAGINEMOS...
“Passa-se alguma coisa entre nós?”
“A metacomunicação constitui uma condição sine qua non da comunicação bem sucedida ou da comunicação funcional”
(Madalena Alarcão)
Vamos metacomunicar !
5. Metacomunicação (cont).
Ainda assim...
O recurso à metacomunicação pode estar dificultado ou impossibilitado por diversas razões:
- Famílias do tipo “as discordâncias devem ser evitadas” ou “quanto mais se conversa mais se
discute”;- Famílias do tipo “a emoção é vulnerabilidade e
deve ficar lá fora!”;- Famílias do tipo “tabu ”.
5. Metacomunicação (cont).
LLííngua dos Versosngua dos Versos
Língua;língua da fala;língua recebida lábio a lábio; beijoou sílaba;clara, leve, limpa;línguada água, da terra, da cal;Materna casa da alegriaE da mágoa;Dança do sol e do sal;língua em que escrevo;ou antes: falo.
Eug
Eug
éé nio
de
nio
de
And
rade
And
rade
Escuridão: Jorge Palma
(…) dizes vermelho, respondo azulse vou para norte, vais para sulmas tenho de te convencer
que, às vezes, também posso... (…).
Atenção! os dois podemos ter razãovai por mim há momentos em que se faz luz e depois regressamos os dois
à escuridão
dizes que sou chato e rezingãose digo sim, tu dizes não
como é que te vou convencerque, às vezes, também podes...
Bibliografia
Alarcão, M. (2002). (Des)equilíbrios familiares: uma visão sistémica. 2ª ed. Coimbra: Quarteto Editora. (Cap. 1).
Doron, R. & Parot, F. (2001). Dicionário de psicologia. Lisboa: Climpesi Editores.
Gomes, P., F., C. (2001). A relação família – jardim de infância: uma abordagem sistémica. A comunicação. Dissertação de mestrado da FPCE.
Silva, J. M. (1998). “O cão que não sabia não comunicar”, Pragmática da comunicação humana, Fevereiro de 1998.
Watzlawick, P. Helmick, J. B. & D. Jackson, D. J. (1967). Pragmática da comunicação humana: um estudo dos padrões, patologias e paradoxos da interacção. São Paulo: Editora Cultrix. ( Cap. 1).
Watzlawick, P. Weakland, J & Fish, R. Changements, paradoxes et psycothérapie”. Paris: Ed. DuSeuil.(Cap 2, 7 e 8).
Bibliografia