O Pensamento Econmico na Antiguidade
Prof.: Damaris Bento
Economia Poltica
Contedo para a 1 bimestral
1. Introduo O inicio predominava a economia natural, com os
agrupamentos humanos vivendo em estado selvagem. Em constante nomadismo em busca de caa, representa um longo perodo da histria da humanidade
Com a agricultura rudimentar, foram abandonados os hbitos de nmades e passaram a viver em pequenos grupos, a sociedade
Os seres humanos, para sobreviver precisam organizar-se em sociedade; estes progridem porque, vivem sempre em grupos, aprendem a subdividir tarefas e a utilizar instrumentos de trabalho;
1. Introduo Aps o tempo do surgimento da
conglomerao humanas estveis (sociedades), costuma-se assimilar cinco grandes perodos na histria da humanidade
Antiguidade Clssica
Antiguidade
Idade Mdia
Mercantilismo
Revoluo filosfica
1.1 Antiguidade Clssica 4000 a 1000 a. C. Predominada Assria, Babilnia, Egito,
China, Mesopotmia e ndia;
Trabalho escravo, ausncia de moeda; comrcio embrionrio, e, regime teocrtico;
Ausncia de um pensamento econmico
Os fatos econmicos surgiram naturalmente e a atividade econmica ainda era embrionria.
Os agrupamentos humanos ainda no se haviam impregnado das caractersticas de sociabilidade;
Quando o nomadismo passou a ser substitudo pela fixao dos primeiros grupos nas sociedades patriarcais, surgiu o direito de propriedade agrria
O trabalho era geralmente escravo, sendo raro ou reduzido o comercio entre os diferentes agrupamentos; prevalecendo uma economia de subsistncia ou escambo, sem preocupaes com sobras para trocas;
As trocas nasceram de doaes recprocas, rituais, permutas, oferendas ou de presentes;
1.1 Antiguidade Clssica
Os fenmenos econmicos exerciam seu efeito , sem que houvesse uma preocupao de analisa-los em suas inter-relaes de causa e efeito.
A economia ainda estava ligada as cincias filosficas, religiosas e jurdicas, moral e politica tambm no eram estruturadas
1.1 Antiguidade Clssica
A era crist - 1000 a.C a 500 d. C. predominou Grcia e Roma
Inicio das preocupaes com os fatos econmicos.
Conceitos embrionrios como riqueza, valor econmico e moeda;
Fase inicial da economia agrria, seguida da economia urbana;
Queda do imprio Romano do Ocidente, surgimento do feudalismo.
Pensadores Xenofonte (440 149 a.C)
Plato ( 427 347 a.C)
Aristteles ( 384 322 a. C)
Plinio, o Antigo (23 79 d. C)
1.2 Antiguidade
A diviso de trabalho e a acumulao de instrumentos de trabalho (ou capital), em quantidade cada vez maior e de qualidade cada vez melhor, possibilitam ao homem ampliar extraordinariamente seu poder sobre a natureza, bem como desenvolver seu potencial para produzir e satisfazer as necessidades materiais de vidas;
A distribuio do trabalho, motivada pela necessidade, resultou tambm numa diferenciao dos papeis desempenhados pelos membros de uma sociedade
1.2 Antiguidade
Com o crescimento da produtividade, surge uma classe ociosa, numericamente reduzida, que passou a viver custa do trabalho dos demais membros da sociedade;
A partir desse processo houve uma reestruturao que deu origem as classes sociais. A diferenciao hierrquica se seu membros em classes obedecia a razes econmicas:
Classe baixa: Trabalhavam
Classe Alta: Se beneficiava do trabalho dos demais
Exerciam atividades paralelas, com cultos, ritos ou executavam funes congneres, alguma das quais trazendo, sem dvida, benefcios para a sociedade;
1.2 Antiguidade
Embora ainda bastante reduzida a atividade econmica, surgiam os embries dos conceitos de Propriedade
Herana;
Tributos;
Moeda; e
Prticas comerciais
Os tempos bblicos representam um dos maiores espaos de tempo registrado pela histria escrita da humanidade
1.2 Antiguidade
Foi institudo o ano stimo para a agricultura
Surgimento do Dizimo para a manuteno dos templos
Existiam outras obrigaes (primcias) que eram oferecidas aos sacerdotes
Embora o trabalho caracterstico seja o escravo, nas escrituras que surge a notcia de salrio Jac - (Genesis 29: 15- 20)
1.2 Antiguidade
Existiam normas reguladoras do comrcio, com graves punies fraude ou desonestidade;
Houve at um mercado monopolista quando houve fome na terra e Jos coordenava os cereais do Egito e teve o monoplio deste setor durante 14 anos;
1.2 Antiguidade
Em Roma e na Grcia, cerca de 80% da populao compunha-se de escravos. Os escravos executam todo o trabalho e os senhores de escravos usufruam de todo o excedente, onde os escravo apenas recebiam comida e vestimenta para sobrevivncia
A escravido deu origem que todo o trabalho era indigno, assim, essa afirmao desestimulou a atividade inventiva e, no perodo romano, limitou o progresso tecnolgico, contribuindo para uma estagnao econmica;
O imprio entrou em colapso no ocidente, e a partir deste caos que se instaurou surgiu um novo sistema: O Feudalismo
1.2 Antiguidade
De 500 a 1500 d.C
Sistema feudal, economia artesanal e regime corporativo;
Subordinao da economia moral (justo preo, justo salrio, justo lucro);
Economia a servio do homem e combate a escravido
Pensadores Santo Tomas de Aquino ( 1225 1274) Oresmo (1328 1382) Alberto Magno, Pennafort e outros;
1.3 Idade Mdia
O Feudalismo
O foi um modo de organizao social e poltico baseado nas relaes servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadncia do Imprio Romano. Predominou na Europa durante a Idade Mdia. Esta estrutura baseava-se principalmente na agricultura, realizada nas grandes propriedades rurais.
Com o esfacelamento do Imprio Romano do Ocidente e as invases brbaras, ocorridas em diversas regies da Europa, favoreceram sensivelmente as mudanas econmicas e sociais que vo sendo introduzidas e que alteraram completamente o sistema de propriedade e de produo caractersticos a Antiguidade principalmente na Europa Ocidental.
1.3 Idade Mdia
A sociedade feudal era composta por:
O clero tinha como funo oficial rezar. Na prtica, exercia grande poder poltico sobre uma sociedade bastante religiosa, onde o conceito de separao entre a religio e a poltica era desconhecido.
A nobreza (tambm chamados de senhores feudais) tinha como principal funo a de guerrear, alm de exercer considervel poder poltico sobre as demais classes. O Rei lhes cedia terras e estes lhe juravam ajuda militar (relaes de suserania e vassalagem).
Os servos constituam a maior parte da populao camponesa: estavam presos terra, sofriam intensa explorao, eram obrigados a prestarem servios nobreza e a pagar-lhes diversos tributos em troca da permisso de uso da terra e de proteo militar.
1.3 Idade Mdia
Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei lhes dava. Os camponeses cuidavam da agropecuria dos feudos e, em troca, recebiam o direito a uma gleba de terra para morar, alm da proteo contra ataques brbaros.
A igreja catlica foi durante a idade mdia o maior proprietrio de terras
A igreja esteve o mais prximo possvel do governo neste perodo
1.3 Idade Mdia
Toms de Aquino (1225-1274) foi um telogo e escritor italiano sobre questes econmicas.
No tratado Suma Teolgica, Aquino tratou do conceito de preo justo, que ele considerava necessrio para a reproduo da ordem social.
Tendo muitas semelhanas com o conceito moderno de equilbrio de longo prazo, um preo justo deveria ser o suficiente para cobrir os custos de produo, incluindo a manuteno de um trabalhador e sua famlia.
1.3 Idade Mdia
Ele argumentou que imoral os vendedores elevarem seus preos, simplesmente porque os compradores estavam em necessidade permanente de um produto.
Algumas questes defendidas por Aquino dizem respeito a questes econmicas, principalmente as relacionadas com o que um preo justo, e sobre a lealdade de um vendedor que distribui mercadorias com defeito.
Aquino argumentou contra qualquer forma de trapaa e recomendou que a compensao sempre fosse paga na falta de um bom servio.
1.3 Idade Mdia
Do sculo XV a XVIII 1400 1700
Renascimento e reforma
Surgimento do individualismo, dos capitais e do Estado moderno;
Nascimento do Capitalismo e da Empresa, desenvolvimento das manufaturas, capitalismo comercial e financeiro;
1.4 Mercantilismo
Formas: Mercantilismo espanhol ou bulionista
Mercantilismo francs ou industrialista
Mercantilismo ingls ou comercial (contratos)
Ideia inicial de balana do comrcio, revoluo na vida econmica, desenvolvimento do comercio e da indstria, obteno de metais preciosos (condio essencial para a atividade econmica);
Pensadores A. Serra (1580 1650)
J Bodin (1530 1596)
1.4 Mercantilismo
O termo mercantilismo foi criado a partir da palavra latina mercari, que significa mercantil, no sentido de levar a cabo um negcio, e que procede da raz merx que significa mercadoria.
O mercantilismo originou um conjunto de medidas econmicas diversas de acordo com os Estados. Caracterizou-se por uma forte interveno do Estado na economia.
Consistiu numa srie de medidas tendentes a unificar o mercado interno e teve como finalidade a formao de fortes Estados-nacionais.
1.4 Mercantilismo
O mercantilismo originou-se no perodo em que a Europa estava a passar por uma grave escassez de ouro e prata, no tendo, portanto, dinheiro suficiente para atender ao volume crescente do comrcio.
As polticas mercantilistas partilhavam a crena de que a riqueza de uma nao residia na acumulao de metais preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam atravs do incremento das exportaes e da restrio das importaes (procura de uma balana comercial favorvel). Essa crena conhecida como bulionismo ou metalismo.
1.4 Mercantilismo
O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas indstrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegrios sobre as importaes, (protecionismo), controlando os consumos internos de determinados produtos, melhorando as infraestruturas e promovendo a colonizao de novos territrios (monoplio), entendidos como forma de garantir o acesso a matrias-primas e o escoamento de produtos manufaturados.
1.4 Mercantilismo
O mercantilismo um conjunto de ideias econmicas que considera a prosperidade de uma nao ou Estado dependente do capital que possa ter.
Os pensadores mercantilistas preconizam o desenvolvimento econmico por meio do enriquecimento das naes graas ao comrcio exterior, o que permite encontrar sada aos excedentes da produo.
O Estado adquire um papel primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao adotar polticas protecionistas, e em particular estabelecendo barreiras tarifrias e medidas de apoio exportao.
1.4 Mercantilismo
Princpios Mercantilistas Incentivos s manufaturas: O governo estimulava o
desenvolvimento de manufaturas em seus territrios. Como o produto manufaturado era mais caro do que as matrias-primas ou gneros agrcolas, sua exportao era certeza de bons lucros.
Protecionismo alfandegrio: O governo de uma nao deve aplicar uma poltica protecionista (foco na nao) sobre a sua economia, favorecendo a exportao e desfavorecendo a importao, sobretudo mediante a imposio de tarifas alfandegrias.
Eram criados impostos e taxas para evitar ao mximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indstria e manufaturas nacionais e tambm evitar a sada de moedas para outros pases.
1.4 Mercantilismo
Balana comercial favorvel: O esforo era para exportar mais do que importar, desta forma os ingressos de moeda seriam superiores s sadas, deixando em boa situao financeira.
Soma zero: Acredita que o volume global do comrcio mundial inaltervel. Os mercantilistas viam o sistema econmico como um jogo de soma zero, no qual o lucro de uma das partes implica a perda da outra.
1.4 Mercantilismo
Colnias de explorao: A riqueza de um pas est diretamente ligada quantidade de colnias de que dispunha para explorao.
O mercantilismo indiretamente impulsionou muitas das guerras europeias do perodo e serviu como causa e fundamento do imperialismo europeu, dado que as grandes potncias da Europa lutavam pelo controlo dos mercados disponveis no mundo.
Sob este aspecto, vale salientar que, nas expanses martimas e comerciais das naes, um pas no poderia invadir o caminho percorrido constantemente por outro, como no caso da procura pelas ndias Ocidentais.
Isto perdurou at que, aps o descobrimento da Amrica, a Inglaterra decidiu "trilhar" o seu prprio caminho.
1.4 Mercantilismo
Os exrcitos, que contavam com muitos mercenrios, eram pagos com ouro e exceto os poucos pases europeus que controlavam as minas de ouro e prata, a principal maneira de obter essas matrias-primas era o comrcio internacional. Se um Estado exportava mais do que importava, a sua "balana do comrcio" (o que corresponde atualmente balana comercial) era excedentria, o qual se traduzia numa entrada neta de dinheiro.
A maior parte dos tericos mercantilistas estavam de acordo na opresso econmica dos operrios e agricultores que deviam viver com uma renda perto do nvel de sobrevivncia, para maximizar a produo.
1.4 Mercantilismo
O mercantilismo desenvolveu-se numa poca na que a economia europeia estava em transio do feudalismo ao capitalismo.
As monarquias feudais medievais estavam sendo substitudas pelas novas naes-estado centralizadas, em forma de monarquias absolutas ou (em Inglaterra e Holanda) parlamentares.
Os cmbios tecnolgicos na navegao e o crescimento dos ncleos urbanos tambm contriburam decisivamente ao rpido acrscimo do comrcio internacional.
O mercantilismo focava em como este comrcio podia ajudar melhor os Estados.
1.4 Mercantilismo
De 1750 1850
Transformao radical do domnio das ideias
Anseio de liberdade total
Melhor aproveitamento das foras naturais
Invenes mecnicas
Capitalismo industrial
Liberdade econmica
Direito absoluto de propriedade
Racionalismo filosfico e econmico
Escola Fisiocrtica
1.5 Revoluo Filosfica e Industrial
Fisiocracia (do grego "Governo da Natureza") uma teoria econmica desenvolvida por um grupo de economistas franceses do sculo XVIII, que acreditavam que a riqueza das naes era derivada unicamente do valor de "terras agrcolas" ou do "desenvolvimento da terra" e que produtos agrcolas deveriam ter preos elevados.
Suas teorias surgiram na Frana e foram mais populares durante a segunda metade do sculo XVIII. A Fisiocracia talvez seja a primeira teoria bem desenvolvida da economia.
1.5 Revoluo Filosfica e Industrial
A teoria surgiu na Frana e foi mais popular durante a segunda metade do sculo XVIII.
A Fisiocracia talvez seja a primeira teoria bem desenvolvida da economia.
O movimento foi particularmente dominado por Franois Quesnay (1694-1774) e Anne Robert Jacques Turgot (1727-1781).
Esse movimento imediatamente precedeu a primeira escola moderna, a economia clssica, que se iniciou com a publicao do livro de Adam Smith, A Riqueza das Naes, em 1776.
1.5 Revoluo Filosfica e Industrial
A contribuio mais significativa dos fisiocratas era a sua nfase no trabalho produtivo como fonte de riqueza nacional.
Esse pensamento contrastante em relao ao das escolas anteriores, em particular o mercantilismo, que muitas vezes focava na riqueza do governante, no acmulo de ouro, ou no saldo da balana comercial.
A escola Fisiocrtica de economia foi a primeira a ver o trabalho como a nica fonte de valor.
1.5 Revoluo Filosfica e Industrial
Para os fisiocratas, apenas o trabalho agrcola criava este valor nos produtos da sociedade.
Todo o trabalho "industrial" e no agrcola eram "apndices improdutivos" para o trabalho agrcola.
Na poca em que fisiocratas estavam formulando suas ideias, a economia era quase totalmente agrria. Esse talvez seja o motivo pelo qual a teoria tenha considerado apenas o trabalho agrcola como sendo valioso.
1.5 Revoluo Filosfica e Industrial
Fisiocratas viam a produo de bens e servios como consumo do excedente agrcola, uma vez que a principal fonte de energia era o msculo humano ou animal e toda a energia era derivada a partir do excedente de produo agrcola.
O lucro na produo capitalista era apenas o "aluguel" obtido pelo proprietrio do terreno em que a produo agrcola estava ocorrendo.
1.5 Revoluo Filosfica e Industrial
Os fisiocratas condenavam cidades para a sua artificialidade e elogiavam estilos mais naturais de vida.
Os fisiocratas celebravam agricultores.
Se chamavam "conomistes", mas so geralmente referidos como fisiocratas para distingui-los das muitas escolas do pensamento econmico que os seguia.
1.5 Revoluo Filosfica e Industrial
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