O QUE É A ARTE?
Criação humana com valores estéticos (beleza, Equilíbrio, harmonia, revolta)
que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua
cultura.
É um conjunto de procedimentos que utilizados para realizar obras, e no qual
aplicamos nossos conhecimentos. Se apresenta sob variadas formas como: a
plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc.
Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas,
ouvidas ou mistas (audiovisuais), hoje alguns tipos de arte permitem que o
apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da técnica para
comunicar-se.
Quem faz arte?
O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as
ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são
criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem
cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para
divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo
e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.
Por que o mundo necessita de arte?
Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função
da arte que pode ser ...feita para decorar o mundo... para espelhar o nosso
mundo (naturalista)... para ajudar no dia-a-dia (utilitária)...para explicar e
descrever a história...para ser usada na cura doenças... para ajuda a explorar o
mundo.
Como entendemos a arte?
O que vemos quando admiramos uma arte depende da nossa experiência e
conhecimentos, da nossa disposição no momento, imaginação e daquilo que o
artista pretendeu mostrar.
O que é estilo? Por que rotulamos os estilos de arte?
Estilo é como o trabalho se mostra, depois de o artista ter tomado suas
decisões. Cada artista possui um estilo único.
Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje fossem expostas numa sala
gigantesca. Nunca conseguiríamos ver quem fez o que, quando e como. Os
artistas e as pessoas que registram as mudanças na forma de se fazer arte, no
caso os críticos e historiadores, costumam classificá-las por categorias e rotulá-
las. É um procedimento comum na arte ocidental.
Ex.: Renascimento, Impressionismo, Cubismo, Surrealismo, etc.
Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?
Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta
maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender
as mudanças que o mundo tiveram.
Como as idéias se espalham pelo mundo?
Exploradores, comerciantes, vendedores e artistas costumam apresentar às
pessoas idéias de outras culturas. Os progresssos na tecnologia também
difundiram técnicas e teorias. Elas se espalham através da arqueologia ,
quando se descobrem objetos de outras civilizações; pela fotografia, a arte
passou a ser reproduzida e, nos anos 1890, muitas das revistas internacionais
de arte já tinham fotos; pelo rádio e televisão, o rádio foi inventado em 1895 e a
televisão em 1926, permitindo que as idéias fossem transmitidas por todo o
mundo rapidamente, os estilos de arte podem ser observados, as teorias
debatidas e as técnicas compartilhadas; pela imprensa, que foi inventada por
Johann Guttenberg por volta de 1450, assim os livros e e arte podiam ser
impressos e distribuídos em grande quantidade; pela internet, alguns artistas
colocam suas obras em exposição e podemos pesquisá-las, bem como saber
sobre outros estilos.
RENASCIMENTO O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média. Características gerais: * Racionalidade * Dignidade do Ser Humano * Rigor Científico * Ideal Humanista * Reutilização das artes greco-romana ARQUITETURA Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque. “Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura) Principais características: * Ordens Arquitetônicas * Arcos de Volta-Perfeita * Simplicidade na construção * A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas * Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções militares) O principal arquiteto renascentista: Brunelleschi - é um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Foi como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi. PINTURA Principais características: * Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria. * Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos.
* Realismo: o artistas do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada. * Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo. * Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes. * Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, conseqüentemente, pelo individualismo. Os principais pintores foram: Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus. Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus. Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano. Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa. Michelângelo - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem. Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de “Madonas”. Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã. ESCULTURA Em meados do século XV, com a volta dos papas de Avinhão para Roma, esta adquire o seu prestígio. Protetores das artes, os papas deixam o palácio de Latrão e passam a residir no Vaticano. Ali, grandes escultores se revelam, o maior dos quais é Michelângelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI. Algumas obras: Moisés, Davi (4,10m) e Pietá. Outro grande escultor desse período foi Andrea del Verrochio. Trabalhou em ourivesaria e esse fato acabou influenciando sua escultura. Obra destacada: Davi (1,26m) em bronze. Principais Características: * Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade * Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade
* Profundidade e perspectiva * Estudo do corpo e do caráter humano O Renascimento Italiano se espalha pela Europa, trazendo novos artistas que nacionalizaram as idéias italianas. São eles: * Dürer * Hans Holbein * Bosch * Bruegel Para seu conhecimento - A Capela Sistina foi construída por ordem de Sisto IV (retangular 40 x 13 x 20 altura). E é na própria Capela que se faz o Conclave: reunião com os cardeais após a morte do Papa para proceder a eleição do próximo. Lareira que produz fumaça negra - que o Papa ainda não foi escolhido; fumaça branca - que o Papa acaba de ser escolhido, avisa o povo na Praça de São Pedro, no Vaticano - Michelângelo dominou a escultura e o desenho do corpo humano maravilhosamente bem, pois tendo dissecado cadáveres por muito tempo, assim como Leonardo da Vinci, sabia exatamente a posição de cada músculo, cada tendão, cada veia. - Além de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenções estão: “Parafuso Aéreo”, primitiva versão do helicóptero, a ponte elevadiça, o escafandro, um modelo de asa-delta, etc. - Quando deparamos com o quadro da famosa MONALISA não conseguimos desgrudar os olhos do seu olhar, parece que ele nos persegue. Por que acontece isso? Será que seus olhos podem se mexer? Este quadro foi pintado, pelo famoso artista e inventor italiano Leonardo da Vinci (1452-1519) e qual será o truque que ele usou para dar esse efeito? Quando se pinta uma pessoa olhando para a frente (olhando diretamente para o espectador) tem-se a impressão que o personagem do quadro fixa seu olhar em todos. Isso acontece porque os quadros são lisos. Se olharmos para a Monalisa de um ou de outro lado estaremos vendo-a sempre com os olhos e a ponta do nariz para a frente e não poderemos ver o lado do seu rosto. Aí está o truque em qualquer ângulo que se olhe a Monalisa a veremos sempre de frente.
As origens do Art Nouveau
William Morris e John Ruskin: dois grandes precursores do Art Nouveau.
No século XVIII, o processo de industrialização provocou um grande número de
transformações na Europa. Em pouco tempo, os centros urbanos eram tomados
por trabalhadores que assumiriam os seus postos de trabalho nas fábricas. A
rotina de milhares de pessoas era agora determinada por uma jornada de trabalho
e subordinada à eficiência das máquinas. Ao mesmo tempo, a tecnologia
possibilitava a produção em massa de mercadorias a serem consumidas em
diferentes lugares do mundo.
Ao longo desse processo, observamos o nascimento de um forte interesse em
conciliar a demanda acelerada por manufaturas das indústrias e as limitações
impostas pelo trabalho artesanal. A fabricação em grandes escalas podia, cada
vez menos, se sujeitar ao detalhismo e à demora do artesanato. Por volta de
1830, o governo britânico incentivou a criação de escolas de desenho que
preparassem profissionais comprometidos com o desenvolvimento de um desing
aliado à produção industrial.
Na medida em que essas situações ganhavam público, observamos a
manifestação de vários críticos avessos a esse processo de interferência do
capitalismo industrial no mundo das artes. Para muitos desses, a padronização
esperada pela Revolução Industrial viria a determinar um sério atentado contra
as formas livres e originais que guiaram o fazer artístico ao longo dos séculos.
Com isso, podemos ver que as origens do Art Noveau se impõem como uma
reação aos ditames da emergente sociedade industrial.
John Ruskin (1819 – 1900), um dos mais influentes críticos de arte da Inglaterra,
sai nessa época em defesa de uma arte inspirada no feito dos artesãos do período
medieval. Ele combate fortemente os padrões arquitetônicos da época e destaca
que a manutenção de uma arte genuina e verdadeira, só poderia acontecer em
função da liberdade criativa. Sem dúvida, podemos assinalar claramente que as
reflexões de Ruskin teriam enorme peso para que o Art Nouveau se firmasse
entre as décadas de 1890 e 1910.
Influenciado pelos ideais de Ruskin, o jovem arquiteto e sociólogo William
Morris (1834 – 1896) tenta repensar os limites entre a arte e o trabalho artesanal,
visando ao combate da vulgarização dos conteúdos artísticos realizado pela
Revolução Industrial. No tempo em que trabalhou na firma de George Edmund
Street, o jovem William viu que a negação da demanda industrial era impossível.
Desse modo, ele abria caminho para a síntese entre arte e indústria que marcou a
era do Art Noveau.
Com o passar do tempo, uma nova geração de decoradores e artesãos se
apropriaram dos materiais popularizados graças à industrialização para delinear
um novo tipo de concepção de desenho. Influenciados pelo movimento das Artes
e dos Ofícios (iniciado por William Morris), pelas artes decorativas, as
iluminuras medievais e a arte oriental, esses artistas do final do século XIX
organizaram novas concepções entre os ornamentos e formas arquitetônicas de
definir o que viria a ser o Art Nouveau.
Arte cristã primitiva – A fase catacumbária
Cristo na figura do “O Bom Pastor”: imagem comum em várias catacumbas cristãs. Após a morte de Jesus Cristo, a pregação do ideário cristão recaiu sobre os ombros dos discípulos do Primeiro Século. Em sua fase inicial, essa ação evangelizadora se restringiu ao perímetro da região da Judeia, local onde o próprio Jesus teria realizado a grande maioria de suas pregações. Contudo, com o passar do tempo, a ação dos discípulos se mostrou eficaz e determinou a divulgação dos valores cristãos para outras partes do Império Romano. Para os dirigentes romanos, a divulgação do cristianismo era uma séria ameaça aos valores e interesses do império. A crença monoteísta era contrária ao panteão de divindades romanas, entre as quais se destacava o próprio culto ao imperador de Roma. Ao mesmo tempo, o conceito de liberdade fazia com que vários escravos não se submetessem à imposição governamental que legitimava a posição subalterna dos mesmos. Dessa forma, os cristãos passaram a ser perseguidos das mais variadas formas. Eram torturados publicamente, lançados ao furor de animais violentos, empalados, crucificados e, até mesmo, queimados em vida. Para redimir e orar
pelos seus mártires, os cristãos passaram a enterrá-los nas chamadas catacumbas. Estas funcionavam como túmulos subterrâneos onde os cristãos poderiam entoar canções e pintar imagens que manifestavam sua confissão religiosa. Esses cantos funcionavam como orações pronunciadas em ritmo prosódico e sem nenhum tipo de instrumento musical acompanhante. Segundo alguns pesquisadores, esse tipo de canto, mais comumente conhecido como “salmodia” (em referência ao livro dos Salmos) fora trazida por São Pedro, ainda nos primeiros anos da Era Cristã. Posteriormente, a música cristã seria conhecida como cantochão ou cantus planus, tendo como marca principal sua leve variação melódica. A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia que indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. O mais recorrente símbolo era o crucifixo, que rememorava a disposição que Jesus teve de morrer pela salvação dos homens. A âncora significava o ideal de salvação. O peixe era bastante comum, pois a variação grega do termo (“ichtys”) era a mesma das iniciais da frase “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”. O desenvolvimento desse tipo de expressão artística acabou permitindo a execução de cenas cada vez mais complexas. Algumas cenas do texto bíblico começaram a tomar conta da parede das catacumbas. Entretanto, a imagem mais representada era a do próprio Jesus Cristo. Na maioria das vezes, o exemplo maior do cristianismo era simbolizado como um pastor entre as ovelhas. Tal alegoria fazia menção à constante importância que a ação evangelizadora tinha entre os cristãos. Essa fase inicial da arte primitiva não foi dominada por algum artista específico. A maioria das representações encontradas foi executada por anônimos que desejavam expressar suas crenças. A falta de um saber técnico anterior à concepção de tais obras marcou essa fase inicial da arte cristã com formas simples e bastante grosseiras.
Op-art
“Movement in Squares” de Bridget Riley.
A Op-art (abreviação de optical art) foi um movimento artístico que surgiu ao
mesmo tempo no início da década de 60 nos Estados Unidos e Europa. O termo
foi empregado pela primeira vez pela revista Time em 1965, se revelando
inicialmente como uma variação do expressionismo abstrato. A primeira obra
que se enquadra neste movimento foi “Zebra”, feita por Victor Vasarely nos
anos 30. Tal obra era composta por listras diagonais pretas, brancas e curvadas,
passando ao observador, a impressão de uma visão tridimensional.
Na Op-art, as cores têm a finalidade de passar ilusões ópticas ao observador.
Visando atingir o dinamismo, os artistas usam tons vibrantes e círculos
concêntricos, dando a idéia de movimento e interação entre os objetos e o fundo.
No ano de 1965, foi organizada a primeira exposição da Op-art no Museu de
Arte Moderna de Nova York: The Responsive Eye (O Olho que Responde).
Além de Victor Vasarely, expuseram suas obras: Richard Anusziewicz, Bridget
Riley, Ad Reinhardt, Kenneth Noland e Larry Poons. Mesmo assim, a Op Art
não é considerada um movimento genuíno, mas sim, uma vertente de outras
linhas artísticas.
São utilizadas cores que provocam grandes contrastes, além de diferentes níveis
de iluminação, explorando a criação de formas virtuais e efeitos ópticos. Após
ter ganhado significativo destaque nos anos 60, a Op-art quase caiu no
esquecimento. Um dos motivos para isso talvez seja o fato dela não despertar
sentimentos nas pessoas, estando mais próxima da ciência do que do homem em
si.
Grafite
Grafite: manifestação artística muitas vezes considerada como vandalismo.
Grafite é um tipo de manifestação artística surgida em Nova York, nos Estados
Unidos, na década de 1970. Consiste em um movimento organizado nas artes
plásticas, em que o artista cria uma linguagem intencional para interferir na
cidade, aproveitando os espaços públicos da mesma para a crítica social.
No Brasil, o grafite chegou ao final dos anos de 1970, em São Paulo. Hoje o
estilo desenvolvido pelos brasileiros é reconhecido entre os melhores do
mundo.
O movimento apareceu quando um grupo de jovens começou a fazer desenhos
nas paredes da cidade, ao invés de apenas escrever. É considerado por muitos
como um ato de vandalismo, por sujar as paredes. Nesse caso são chamados de
pichação, vistas apenas como diversão para provocar as pessoas.
As primeiras expressões apareceram nos muros de Paris em maio de 1968, com
a revolução contracultural. O grafite está ligado a movimentos como o hip hop.
A tinta mais usada pelos grafiteiros é o spray em lata. O látex é aplicado sobre
máscaras vazadas, para demarcar a região a ser pintada.
Origami
Cavalo feito com a arte da dobradura de papel
Origami é a arte da dobradura de papel. A palavra é oriunda do japonês ori, que
significa dobrar, e kami, que significa papel. A arte milenar consiste na criação
de objetos e formas a partir de um pedaço de papel quadrado, sem cortá-lo,
onde as faces podem ser de cores diferentes.
Muito praticada no Japão, a cultura do Origami japonês, que se desenvolveu
desde o período Edo, diferencia-se das outras por cortar o papel durante a
criação do modelo ou iniciar com outras formas de papel que não a quadrada,
podendo ser retangular, circular, etc.
De acordo com a cultura japonesa a pessoa que fizer mil origamis pode ter um
pedido realizado.
O origami popularizou-se na proporção em que o papel tornou-se menos caro,
com o desenvolvimento de métodos mais simples para sua criação.
O origami difundiu-se como atividade recreativa no Japão com a publicação do
livro Kan no mado, em 1845, esse continha uma coleção de aproximadamente
150 modelos de origami que estabeleceu o modelo do sapo, muito conhecido
atualmente.
Os estudiosos acreditam que a arte do origami tenha originado junto com o
papel. Os primeiros registros do surgimento do papel vêm da China, no ano de
105 d.C.
Em 1950, ocorreu a grande divisão entre a antiga e a nova dobragem do papel,
período que o trabalho de Akira Yoshizaka tornou-se conhecido. Yoshizaka foi
responsável pela criação da idéia da dobragem criativa e pela invenção de todo
um conjunto de métodos que permitia dobrar uma série de animais e pássaros
que em nada tinha haver com o origami do passado.
Artesanato
Peças de artesanato
O artesanato consiste no próprio trabalho manual ou criação de um artesão.
Com a mecanização da indústria, o artesão é visto como aquele que produz
objetos que fazem parte da cultura popular. Geralmente os objetos utilitários
ou decorativos que são feitos, possuem em sua estética características da
cultura da comunidade ou da região onde são criados.
Por tradição, o artesanato é a produção de especificidade familiar, onde o
artesão é o proprietário dos meios de produção e trabalha em conjunto com a
família em sua própria casa.
Os primeiros objetos feitos pelo homem eram artesanais. No período neolítico
(6.000 a.C.) o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica como
utensílio para armazenar e cozer alimentos, e descobriu a técnica de tecelagem
das fibras animais e vegetais.
Historicamente o artesão é responsável pela seleção da matéria-prima a ser
usada, pelo projeto do produto a ser executado, transformação da matéria-
prima em produto acabado.
As técnicas do artesanato brasileiro que se sobressaem são a cerâmica, as
rendas, a cestaria, a tecelagem e os trabalhos em madeira, pedra e couro. A
cerâmica utiliza dois ingredientes básicos: argila e água. A partir disso se fabrica
vasos, louças, imagens de santos, bonecas e figuras de bichos.
A cestaria é feita com fibras vegetais, como o buriti, a carnaúba, a piaçava e o
babaçu. As técnicas do artesanato que receberam forte influência indígena são
comumente encontradas nos estados do Ceará, Piauí, Maranhão, Bahia, Rio
Grande do Norte, Tocantins, Roraima e Amazonas.
O trabalho com a madeira é muito empregado pelos santeiros de Ibimirim (PE)
e de várias cidades do Piauí que aplicaram um estilo próprio para representar
cenas religiosas.
Futurismo Movimento artístico e literário iniciado oficialmente em 1909 com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti (1876-1944), no jornal francês Le Figaro. O texto rejeita o moralismo e o passado, exalta a violência e propõe novo tipo de beleza, baseada na velocidade. O apego do futurismo ao novo é tão grande que chega a defender a destruição de museus e cidades antigas. Agressivo e extravagante, encara a guerra como forma de "higienizar" o mundo. O futurismo produz mais manifestos - cerca de 30, de 1909 a 1916 - do que obras, embora esses textos também sejam considerados manifestações artísticas. Há grande repercussão principalmente na França e na Itália, onde muitos artistas, entre eles Marinetti, se identificam com o fascismo nascente. Após a I Guerra Mundial, o movimento entra em decadência, mas seu espírito influencia o dadá. Artes plásticas –Tem o objetivo de criar obras com o mesmo ritmo e espírito da sociedade industrial. Para refletir a velocidade na pintura, os artistas recorrem à repetição dos traços das figuras. Se querem mostrar vários acontecimentos ao mesmo tempo adaptam técnicas do cubismo. Na escultura, os futuristas fazem trabalhos experimentais com vidro e papel. O grande expoente é o pintor e escultor italiano Umberto Boccioni (1882-1916). Sua escultura Formas Únicas na Continuidade do Espaço (1913) - interseção de vários volumes distorcidos - é uma das obras emblemáticas do futurismo. Nela se percebe a idéia de movimento e força. Preocupados com a interação entre as artes, alguns pintores e escultores se aproximam da música e do teatro. O pintor italiano Luigi Russolo (1885-1947), por exemplo, cria instrumentos musicais e os utiliza em apresentações públicas. Na Rússia, o futurismo tem papel importante na preparação da Revolução Russa (1917) e caracteriza as pinturas de Lariónov (1881-1964) e Gontcharova (1881-1962). Literatura –As principais manifestações ocorrem na poesia italiana. Sempre a serviço de causas políticas, a primeira antologia sai em 1912. O texto é marcado pela destruição da sintaxe, dos conectivos e da pontuação,
substituída por símbolos matemáticos e musicais. A linguagem é espontânea e as frases são fragmentadas para expressar velocidade. Os autores abolem os temas líricos e incorporam à poesia palavras ligadas à tecnologia. As idéias de Marinetti, mais atuante como teórico do que como poeta, influenciam o poeta cubista francês Guillaume Apollinaire (1880-1918). Na Rússia, o futurismo expressa-se principalmente na literatura. Mas, enquanto os autores italianos se identificam com o fascismo, os russos aliam-se à esquerda. Vladímir Maiakóvski (1893-1930), o poeta da Revolução Russa, aproxima a poesia do povo. Outro poeta de destaque é Viktor Khlébnikov (1885-1922). Teatro –Introduz a tecnologia nos espetáculos e tenta interagir com o público. O manifesto de Marinetti sobre teatro, de 1915, defende representações de apenas 2 ou 3 minutos, com pequeno ou nenhum texto, poucos atores e vários objetos em cena. As experiências na Itália concentram-se no teatro experimental fundado em 1922 pelo italiano Anton Giulio Bragaglia (1890-1960). Marinetti também publica uma obra dramática em 1920, Elettricità Sensuale, mesmo título de uma peça sua escrita em 1909. FUTURISMO NO BRASIL –O movimento colabora para desencadear o modernismo, que dominou as artes a partir da Semana de Arte Moderna de 1922. Os modernistas usam algumas das técnicas e discutem as idéias do futurismo, mas rejeitam o rótulo, identificado com o fascista Marinetti.
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