OBJECTIVOS
AS ÁREAS RURAIS EM MUDANÇA
GEOGRAFIA A 11º ANO
Adelaide Inês
Dar uma definição de agricultura.Identificar os factores que condicionam a prática da agricultura.
Factores NaturaisFactores humanos
Caracterizar a Agricultura tradicionalCaracterizar a Agricultura ModernaCaracterizar os diferentes tipos de agricultura
Itinerante sobre queimadaSedentária de sequeiroDe OásisDa Ásia das MonçõesDe plantaçãoTipo norte – americanoTipo Europeu.
Características das Explorações agrícolasDistinguir Espaço Rural de Espaço AgrárioDefinir os conceitos de
Morfologia agráriaSistema de cultura Tipo de povoamento
Apresentar os condicionalismos físicos e humanos dos sistemas agrários em Portugal.Caracterizar a Agricultura portuguesa quanto:
Gestão e utilização do solo arável.Principais produções agrícolas.Características das explorações agrícolas (dimensão, forma de exploração e
sistemas de cultura)Características da população agrícola.
Conhecer as condições de vida das populações das áreas rurais.Apresentar soluções para revitalizar estes espaços.Caracterizar a balança comercial agrícola portuguesa.Identificar os principais problemas do actual uso do solo.
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AS ÁREAS RURAIS EM MUDANÇA
“ … O Grupo preocupa-se em produzir em quantidade suficiente para garantir a satisfação das necessidades alimentares. A preocupação fundamental dos grupos será então a de subsistir e não muito a de produzir. O consumo é a medida do cultivo.”
O início da evolução histórica da agricultura é certamente a “arte de domesticar plantas e animais”. O estudo das origens da domesticação tanto de plantas como de animais tem de considerar, desde o início, as primeiras economias produtoras de alimentos vegetais e animais do Velho Mundo.
Os grupos humanos enraízam-se e introduzem na paisagem um elemento novo, os seus estabelecimentos: as povoações, as culturas e outras formas de utilização do solo que lhes asseguram a subsistência.
Admite-se hoje, que o centro mais antigo de domesticação de plantas e animais é o Próximo Oriente e que esta domesticação foi uma invenção única que ocorreu na área, que é ocupada por Israel, Jordânia, Síria, Turquia, Irão e Iraque.
Do próximo Oriente teria irradiado a agricultura com o arado para a Europa; para Leste até à Índia China e Sudeste asiático.
Actividade económica orientada no sentido da produção de bens destinados à alimentação e à indústria, obtidos a partir de plantas e animais por intermédio de transformações biológicas e tecnológicas.
“… O agricultor trabalha cada vez mais para alimentar os mercados urbanos e torna-se cada vez mais um consumidor de produtos estranhos à sua exploração. Pode não descurar a produção para auto consumo mas esta tem relativamente pouca importância.
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C- Elevada percentagem de população agrícola que executam tarefas exclusivamente manuais.
F- É uma agricultura mecanizada em todo o processo produtivo. Os agricultores são empresários bem informados que necessitam cada vez mais de se articulares com a banca e os seguros.D- Organização das explorações de
tipo familiar cuja produção se destina ao auto consumo e uma relação com o mercado mínima.
H- É uma agricultura cada vez mais ligada à indústria fornecendo a esta actividade e matérias primas necessárias para a transformação em agro-indústrias
B-É uma agricultura científica que utiliza técnicas cada vez mais sofisticadas como os fertilizantes, sistemas de irrigação, estudo dos solos, selecção de espécies, manipulação genética.
G- Sistemas poli culturais que possibilitam a produção diversificada de bens por ano e assim respondem às necessidades alimentares da família.
A- Agricultura extensiva já que a ocupação do espaço é apenas a necessária para garantir a produção de alimentos para o grupo.
E- Fracos conhecimentos técnicos por parte dos agricultores que utilizam técnicas agrícolas primitivas com processos arcaicos o que explica a baixa produtividade registada.
I- É uma agricultura especializada, em que cada região ou exploração se especializa em produções adaptadas às características naturais numa perspectiva de mercado, produzir o máximo com o menor custo.
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OS DIFERENTES TIPOS DE AGRICULTURA
TIPO CARACTERÍSTICAS
Itinerante sobre queimada
É a forma mais primitiva de praticar agricultura, baseia-se na queima de floresta para o arroteamento de terras e utilização das cinzas como fertilizante. O esgotamento dos solos obriga ao deslocamento das populações, pratica-se a poli cultura com instrumentos rudimentares sendo a organização das terras comunitária. Existe em regiões de fraca densidade populacional e grande disponibilidade de território.
Sedentária de sequeiroDesenvolve-se em regiões com maior densidade populacional nos planaltos de Africa é mais intensiva e minuciosa que a anterior, recorre à rotação de culturas e ao pousio, a fertilização dos solos é feita com estrume do gado.
De oásisPratica-se no Norte de Africa nas regiões de Oásis, há uma grande intensidade de ocupação do solo, num sistema de poli cultura e com grande divisão da propriedade.
Da Ásia das monções
Desenvolve-se no Sudeste asiático e está de acordo com as condições climáticas desta região (quente e húmida). Utiliza grande quantidade de mão-de-obra, pois existe muita população, asa tarefas são simples mas minuciosas e intensivas, o arroz é produzido em sistema de monocultura.
De plantação
Existe nas regiões tropicais e tem características de agricultura moderna. A produção destinada ao mercado internacional utiliza processos modernos para produção de matérias-primas de interesse industrial (café, borracha, cacau) é explorada por grandes empresas multinacionais.
Tipo Norte-AmericanoPraticada em extensas propriedades de forma muito regular, elevada mecanização em sistema de monocultura com uma especialização regional muito acentuada.
Tipo Europeu
É uma agricultura muito intensiva praticada em explorações de pequena e média dimensão em sistema de poli cultura. É mecanizada é mecanizada e recorre ao uso de fertilizantes químicos. É fortemente apoiada pelo estado o que faz aumentar os níveis de produção.Portugal inclui-se neste tipo de agricultura embora devido à diversidade climática se possa encontra dois tipos principais de agricultura
POLICULTURA INTENSIVA E IRRIGADA
MONOCULTURA EXTENSIVA DE CEREAIS
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OS ASPECTOS ESTRUTURAIS DA AGRICULTURA
CONCEITOS BÁSICOS:
ESPAÇO RURAL – Engloba tudo o que é visível no campo e que está ligado à actividade agrícola ( parcelas cultivadas,
unidades pecuárias, habitações, áreas florestais, unidades industriais, o comércio e os serviços)
ESPAÇO AGRÁRIO – Limita-se aos espaços destinados às actividades agrícolas, como as parcelas cultivadas, os campos
com gado, o espaço inculto, e as construções relacionadas com a actividade.
MORFOLOGIA AGRÁRIA
Tamanho das parcelas – Minifúndio – pequenas e Latifúndio – grandes
Forma das parcelas – Regulares ou irregulares
Delimitação – Campos abertos (Openfield) ou campos fechados (Bocage).
POVOAMENTO
Concentrado – Aldeias grandes mas muito distanciadas umas das outras (tipo Alentejo)
Agrupado ou disperso – Quando as habitações se encontram espalhadas um pouco por todo o espaço dando origem a uma certa continuidade do povoamento.
SISTEMA DE CULTURAS
Associação de culturas – Monocultura (uma única cultura com o objectivo de maximizar a produção ao mínimo de custo) ou Poli cultura (várias culturas em simultâneo mais usuais na agricultura de subsistência)
Intensidade de utilização do solo – Sistema intensivo (a terra é cultivada continuamente recorrendo-se à rega e adubação. Sistema Extensivo – recorrem ao pousio com rotação de culturas não utilizando a totalidade do solo
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AFOLHAMENTO TRIENAL COM POUSIO
QUANTO À PRODUÇÃO PODEMOS DISTINGUIR DOIS CONCEITOS:
PODUTIVIDADE AGRÍCOLA – Produção por agricultor durante um ano ( mede-se em toneladas por agricultor
RENDIMENTO AGRÍCOLA – É a relação entre a produção e a superfície usada (mede-se em toneladas por hectare).
CONCENTRADO DISPERSO
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AS FRAGILIDADES DOS SISTEMAS AGRÁRIOS
QUE CONDICIONALISMOS PARA PORTUGAL?
A actividade agrícola em Portugal conheceu desde os seus primórdios, um quadro de condicionalismos que criou várias dificuldades que perduram até aos nossos dias.
CONDICIONALISMOS FÍSICOS:
Portugal possui um quadro natural que não é o mais favorável à prática da agricultura.
CLIMA
Uma grande irregularidade em termos totais de precipitação anual fazendo alternar anos secos e anos húmidos.
Um predominância de influência mediterrânea em cerca de 2/3 do território, que faz coincidir a época de maior precipitação com o período mais frio do ano, época em que a mesma é menos necessária para as culturas.
Temperaturas muito elevadas na estação seca, aumentando a evapotranspiração, contribuindo para a secura do solo inviabilizando muitas vezes a vida vegetal.
Ocorrência frequente de chuvas intensas que provocam por vezes inundações nos campos de cultivo.
Tudo isto leva a que se registe um claro contraste entre as regiões a norte e a sul do Tejo e a Oeste ou a Leste da Cordilheira Central.
O Noroeste, a Beira litoral e a região Oeste são climaticamente mais aptas a actividade agrícola. O Alentejo devido à secura regista produções muito irregulares
O RELEVO
Este é um factor importante em termos de agricultura sendo esta desejavelmente praticada em regiões planas ou com pequenos declives pois com fortes declives há mais erosão do solo.
As planícies aluviais localizadas na faixa litoral possuem melhores condições dado que possuem solos férteis. As regiões do Maciço Central e de Trás-os-Montes devido à altitude têm poucas condições para a prática da agricultura.
O SOLO
As características do solo dependem do clima, da natureza da rocha, da cobertura vegetal e da topografia entre outros factores.
O clima mediterrâneo que predomina no nosso país não favorece a formação de solos profundos uma vez que a escassa precipitação e a coincidência do período quente com a época mais seca não permite a alteração química das rochas.
A natureza da rocha também vai interferir no tipo de solo. Os solos mais ricos situam-se nas regiões onde predominam os granitos (Noroeste e Beira interior) os mais pobres são os de xisto (Alentejo) argilas e arenitos (litoral do país).
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OS CONDICIONALISMOS HUMANOS
A DENSIDADE POPULACIONAL
As assimetrias na densidade populacional sobretudo entre o Norte e o Sul, o Litoral e o Interior reflecte-se na grande divisão da propriedade no Noroeste (Minifúndio) e a existência de grandes propriedades no Alentejo.
OS ASPECTOS HISTÓRICOS
A história de Portugal marcou profundamente a agricultura portuguesa:
A influência das civilizações Romana e Árabe – A introdução de novas culturas (trigo, vinha, oliveira e citrinos) e em sistemas agrícolas de irrigação que permanecem até aos nossos dias.
A conquista do país de Norte para Sul manteve sempre desequilíbrios em termos demográficos. A entrega de grandes extensões de território às ordens militares provocou uma concentração da propriedade que esse mantém até aos nossos dias.
A acção de alguns reis como D. Dinis, foi responsável pela plantação de grandes áreas de pinhal e pelo arroteamento de terras.
Os descobrimentos que permitiram a introdução de culturas originárias de outros espaços como o milho a batata e o tomate.
A
DENSIDADE
POPULACIONAL
E
A
HISTÓRIA
Foram responsáveis pela dimensão da propriedade agrícola em Portugal
ESTRUTURA FUNDIÁRIA
Em oposição ao minifúndio do Norte (Noroeste) encontramos grandes propriedades a Sul.
As causas já apontadas foram agravadas com o fim da lei de Morgadio no século XIX, que reservava a herança ao filho mais velho da família. Com esta alteração houve uma maior divisão da propriedade (dividida por todos os herdeiros) o que dificulta a mecanização das culturas e é um condicionalismo para a agricultura.
O OBJECTIVO DA ACTIVIDADE AGRÍCOLA
Portugal possui um número significativo de explorações agrícolas que praticam uma agricultura de subsistência. È praticada em sistema de policultura, por vezes de forma extensiva, devido aos poucos meios utilizados.
No plano oposto temos unidades agrícolas que praticam uma agricultura de mercado por vezes para fins industriais (tomate, beterraba, girassol) são explorações que recorrem a meios mecanizados e técnicas mais modernas visando produções elevadas.
SISTEMAS DE CULTURAS
O recurso à policultura, muito relacionado com a agricultura de auto-consumo contribui para o atraso da nossa agricultura pois a produtividade é bastante reduzida.
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A AGRICULTURA PORTUGUESA
Portugal manteve até bastante tarde uma forte tradição rural com grande importância das actividades agrícolas no contexto da economia.
Esta tendência só se inverteu na última década com a retracção da superfície agrícola relativamente às outras classes consideradas.
Esta evolução foi acompanhada de uma diminuição do Produto Agrícola Bruto (PAB) no contexto do PIB não significando porém uma diminuição do nível de produção agrícola.
Para esta evolução muito contribuiu as alterações ocorridas após a adesão de Portugal à CEE hoje União Europeia, devido à aplicação de fundos comunitários que transformaram este sector:
A população activa passou de cerca de 1,5 milhões para 600 000 em 2001.
A superfície agrícola total diminuiu 3% cerca de 150 000 hectares.
O número de explorações diminuiu.
A média de superfície por exploração aumentou de 6,69 hectares para 9,29 mostrando uma
tendência para o emparcelamento.
O número de parcelas diminuiu cerca de 35%.
A estrutura de utilização das terras também sofreu alterações aumentando a percentagem de
explorações de maior dimensão.
Diminuíram o número de explorações arrendadas.
A área de superfície irrigada diminuiu.
Existe uma tendência geral para a diminuição das culturas praticadas. Resulta das alterações
introduzidas pela PAC preconizando incentivos à não produção de acordo com a aptidão dos solos.
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A GESTÃO E UTILIZAÇÃO DO SOLO ARÁVEL
CONCEITOS BÁSICOS:
SAU – Superfície Agrícola útil – superfície de exploração
que inclui terras aráveis, horta familiar, culturas e
pastagens permanentes.
REGIÕES AGRÁRIAS – Delimitação do território
nacional em termos agrícolas para fins
administrativos e estatísticos.
A superfície utilizada para fins agrícolas foi aumentando em consequência do arroteamento de terras e do
aproveitamento de certas regiões menos aptas para agricultura até aos anos 60. A partir desta data esta
tendência inverteu-se devido a vários factores:
A Emigração e o despovoamento do interior.
A guerra colonial.
O desenvolvimento económico do país (indústria e turismo)
Após a adesão de Portugal à União Europeia esta regressão manteve-se em benefício da superfície florestal e
de outros usos do solo.
Nem toda a superfície agrícola é ocupada por culturas, a SAU é constituída por;
Culturas permanentes – Culturas que ocupam a terra durante longos períodos de tempo (vinha, olival,
pomares).
Pastagens permanentes – conjunto de plantas herbáceas semeadas ou espontâneas, destinadas a servirem de
alimentação ao gado ocupando o solo por um período superior a 5 anos.
Hortas familiares – pequenas áreas cultivadas com o objectivo de assegurar o abastecimento familiar e não o
mercado.
Terras aráveis – superfícies que são semeadas com culturas temporárias ou deixadas em pousio.
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Em Portugal de acordo com o último recenseamento da agricultura existe um reforço das pastagens permanentes em desfavor das terras aráveis (diminuição das culturas temporárias imposta pela PAC)
Em termos regionais verifica-se que há um domínio das pastagens nos Açores contrapondo às culturas permanentes em Trás-os-Montes, no Algarve e na Madeira
As regiões da Beira Litoral e de Entre Douro e Minho apresentam um predomínio da classe das terras aráveis.
No Alentejo existe também um domínio das terras aráveis devido aos incentivos da PAC e das terras deixadas em pousio
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AS PRINCIPAIS PRODUÇÕES AGRÍCOLAS EM PORTUGAL
A evolução recente da produção agrícola em Portugal resultou da adesão de nosso país à União Europeia e da integração da nossa agricultura na PAC, foram os mecanismos desta, os fundos enviados e a sua aplicação, que alteraram o panorama do sector agrícola.
CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO REGIONAL
Os cereais com maior importância em Portugal são o trigo, o milho, o centeio e de certo modo o arroz.
Após a adesão à UE os cereais sofreram uma redução da superfície de cultivo, em especial o trigo, o centeio, a aveia e a cevada e uma quebra na produção que resulta dos incentivos à não produção.
Este grupo de culturas tem vindo a perder importância no contexto da produção vegetal do país.
A cultura do trigo distribui-se por todo o
país, mas a região agrária do Alentejo é a
que regista maior produção (85%), segue-
se Trás-os-Montes com 7% e Ribatejo e
Oeste com 5%.
O milho domina nas regiões agrárias do
Ribatejo e Oeste, Alentejo e Entre Douro e
Minho, estas regiões contribuem com 73%
para a produção total deste cereal.
Trás-os-Montes é a região do país onde a
cultura do centeio é mais significativa com
63% da produção nacional.
Quanto ao arroz, a sua produção
concentra-se no Alentejo, Ribatejo e Oeste
e na Beira Litoral
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CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO REGIONAL
A evolução desta cultura tem apresentado uma redução em termos de produção e superfície cultivada. Esta redução acentuou-se com a adesão à UE que passa a valorizar a qualidade relativamente à quantidade.
A vinha adapta-se a uma grande variedade de tipo de solos e é exigente do ponto de vista climático.
A vinha é a cultura portuguesa por excelência pois está presente em mais de 50% do total das explorações agrícolas.
Os vinhos de qualidade têm um peso cada vez maior no contexto da produção vinícola portuguesa na qual aos consagrados vinhos do Porto e da Madeira se juntam os VPQRD ( Vinhos de Qualidade Produzidos em Região Demarcada)
Mais de 50% da superfície de vinha é
produtora de “Vinhos de Qualidade
Produzidos em Regiões Demarcadas”
(VPQRD) que têm maior
expressividade nas regiões :
Entre Douro e Minho (cerca de 90%)
Beira Litoral (cerca de 79%)
Trás-os-Montes (cerca de 68%)
Alentejo (cerca de 51%)
CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO REGIONAL
A oliveira adapta-se a diversos tipos de solo, mas é muito sensível às condições meteorológicas, exigindo verões longos quentes e secos.
A cultura depara-se com alguns problemas devido ao fecho de lagares por não cumprirem as normas europeias, a falta de mão-de-obra especializada e a existência de olivais abandonados e envelhecidos.
A maior área destinada ao olival localiza-se na região do Alentejo, seguida de Trás-os-Montes, Beira interior e Ribatejo e Oeste.
Devido à elevada pluviosidade e aos ventos húmidos de Oeste a região de Entre Douro e Minho não é muito favorável à oliveira que exige verões longos quentes, e secos.
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CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO REGIONAL
Sendo uma cultura introduzida no nosso país após os descobrimentos, a sua área de cultivo é bastante significativa (54 000 ha).
A batata adapta-se a quase todos os tipos de solos, desde que sejam ricos em matéria orgânica ou adubados e estrumados.
Actualmente faz parte da alimentação diária de mais de 90% da população nacional.
As regiões que registam superfícies de cultivo mais significativas são Trás-os-Montes, Ribatejo e Oeste e ainda a Beira Litoral.
CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO REGIONAL
Estas têm um carácter emergente por
sobressaírem na tendência geral da
agricultura portuguesa pois têm aumentado
em termos de superfície cultivada e produção
representando no total da produção vegetal
36,1% no caso dos hortícolas e 22,4% no caso
da fruta, ultrapassando culturas tradicionais
como os cereais, a vinha e o azeite.
Este crescimento resulta dos apoios da
UE para a introdução de sistemas de rega,
construção de estufas e substituição de
culturas.
É na região de Ribatejo e Oeste que
se situa a principal produção de
hortícolas. Existem outras áreas onde
predomina o regadio, o Algarve, Entre
Douro e Minho e a Beira Litoral onde a
produção hortícola também tem
significado.
A repartição das frutas por região
tem especialização no Algarve em
citrinos e frutos secos, Trás-os-Montes
em frutos secos, Beira Litoral a maçã e
Ribatejo e Oeste a pêra.
CARACTERÍSTICAS DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS
REGIÕES Propriedade e Exploração da Terra Sistemas de Cultura e principais produções
NORTE
Atlântico
Estende-se de Entre Douro e Minho até à Beira Litoral.Predomina a pequena propriedade (minifúndio). As propriedades são transmitidas de pais para filhos o que leva a uma fragmentação da propriedade.
As culturas são feitas de forma intensiva sem recurso a pousio praticando a poli cultura. As produções mais importantes são: o milho, o feijão e as hortaliças, a vinha aparece associada com outras culturas. A paisagem agrícola é o campo-prado onde se associa a criação de gado e a agricultura. A utilização intensiva da terra leva à existência de um povoamento disperso.
Interior
Estende-se de Trás-os-Montes até à parte interior da Beira Alta.A dimensão das explorações embora seja superior à região anterior, também predomina a pequena propriedade.
Junto à aldeia cultivam-se os produtos hortícolas que precisam de rega, mais afastados ficam os cereais (centeio e trigo). O sistema de cultura é o afolhamento bienal com pousio (esta parcela é usada para alimentar o gado).
SUL
Alentejo
O número de explorações agrícolas é inferior ao Norte Litoral mas domina a grande propriedade – Latifúndio.
Predomina a agricultura extensiva baseada no cultivo do trigo e na prática do pousio. A produção de cereais é quase toda feita em sistema de sequeiro, é possível vermos associações deste cereal com cevada e aveia. É possível ver campos arborizados (azinheira, sobreiro, oliveira) a que se chama Montado. O povoamento é concentrado com um número pequeno de proprietários agrícolas.
Algarve
Apresenta dois tipos distintos: a serra e o litoral. Enquanto na serra predominam explorações de grande dimensão de terras pouco férteis, no litoral com mais população predomina a pequena exploração.
Na serra predomina o cultivo do trigo associado a outras árvores características do clima mediterrâneo (figueira, alfarrobeira). No Litoral surge a poli cultura irrigada com domínio das hortícolas e das frutas e da floricultura em estufas.
REGIÕES Propriedade e Exploração da Terra Sistemas de Cultura e principais produções
REGIÕESAUTÓNOMAS
AÇORES
Domina a pequena propriedade – Minifúndio – sendo a maioria das explorações de tipo familiar.
A zona de cultivo raramente ultrapassa os 400 metros de altitude organizando-se por andares: até aos 150 m predomina a poli cultura; dos 150 aos 400m cultiva-se o milho; dos 400 aos 800m existem pastagens para o gado bovino; acima dos 800m existem matos. Os campo são fechados com muros ou sebes. Além do milho cultiva-se a batata, o chá, o tabaco e o ananás em estufas. A Pecuária de bovinos é a actividade económica mais importante que se destina à indústria de lacticínios.
MADEIRA
As ilhas da Madeira e Porto Santo não são favorecidas para a actividade agrícola devido ao relevo, a exposição geográfica das vertentes (Norte/Sul). A propriedade é muito fragmentada tratando-se por isso de uma região de minifúndio.
A agricultura desta região assenta na utilização de técnicas como: construção de socalcos; irrigação intensiva e estrumação das terras.A irrigação associada às características climáticas da vertente Sul permite o crescimento de plantas de origem tropical – Banana, Maracujá e Anona.Assume grande importância o cultivo da vinha, da cana-de-açúcar e algumas de subsistência.
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AS CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA
A caracterização da população agrícola passa necessariamente pela análise da estrutura etária e do nível de
instrução.
Se em 1960 ainda havia muitos efectivos a trabalhar na agricultura, o que testemunhava o real atraso tecnológico deste sector, a partir desta data o decréscimo começou a verificar-se de forma acentuada, devido:Aos progressos tecnológicos, sobretudo ao nível da mecanização dos campos;Ao êxodo rural motivado pela procura de trabalho noutros sectores de actividade, primeiro na indústria e depois nos serviços
e no comércio;Ao envelhecimento da população agrícola;À fraca capacidade atractiva deste sector, sobretudo da população jovem;À redução do número de explorações devido à diminuição da população agrícola;
Além do decréscimo da população agrícola verifica-se um duplo
envelhecimento (um decréscimo no número de jovens e um
aumento do número de idosos) A nível regional a região que apresenta uma estrutura agrícola familiar
mais envelhecida é o Algarve, seguida do Alentejo; A região que tem uma maior percentagem de população activa
agrícola mais jovem é os Açores; O Algarve é a região que tem menos efectivos com idade inferior a 25
anos e os Açores a que tem menor percentagem de trabalhadores com
idade igual ou superior a 65 anos. A nível nacional mais de 60% da população agrícola tem mais de 55
anos e apenas 0,4% até 25 anos.
O envelhecimento da população agrícola em geral, e dos produtores em particular, constitui um entrave à inovação e à modernização do sector, o que consequentemente conduz à manutenção do baixo rendimento e fraca produtividade.
Os agricultores trabalham o solo a partir de um saber de experiências acumuladas, a partir dos ensinamentos dos seus pais.
A elevada qualificação profissional e a preparação cultural são a chave do sucesso dos agricultores e da agricultura praticada em países onde o nível de vida da população rural é semelhante ao da população urbana.
O grau da população agrícola é baixo:
17% da população não sabe ler nem escrever;
16% sabe ler e escrever mas não tem qualquer grau de ensino;
49% tem o 1º e 2º ciclo do ensino básico.
A situação agrava-se quando se considera a população com 55 ou mais anos:
29,6% não sabe ler nem escrever;
26,6% sabe ler e escrever mas não tem qualquer nível de instrução;
3,9% não tem mais do que o 2º ciclo.
AS CONDIÇÕES DE VIDA DA POPULAÇÃO DAS ÁREAS RURAIS
Quando alguém exerce mais do que uma actividade como é o caso de alguns agricultores que trabalham na indústria ou de pescadores que também são agricultores diz-se que existe Pluriactividade
Actualmente a pluriactividade permanece no sector agrícola, (apenas 16% se dedica em exclusivo à actividade agrícola) constituindo um entrave à renovação e modernização do sector.
No entanto este é um factor que pode contribuir para a fixação da população nas áreas rurais, poderá constituir uma base económica alternativa invertendo a actual tendência de abandono das áreas rurais.Além da pluriactividade outros factores precisam de ser modificados com vista à revitalização do espaço rural.A forma de exploração agrícola:Conta Própria - que domina no nosso país, onde o produtor é também proprietário da exploração.Arrendamento – as terras são exploradas por produtores mediante o pagamento de uma renda.A promoção de acções de emparcelamento – Junção de várias parcelas de diferentes proprietários numa só, passando esta a ser explorada por um único produtor.Desta forma podemos aumentar a dimensão média das propriedades dando-lhe maior rentabilidade económica, permitindo a sua mecanização e diminuindo os incultos. No caso dos Latifúndios a divisão da propriedade irá aumentar a área produtiva e minorar a terra abandonada.
A AGRICULTURA PORTUGUESA E A DEPENDÊNCIA EXTERNA
Apesar dos condicionalismos físicos e humanos que influenciam a sua produtividade Portugal produzia a maior parte do que consumia em termos alimentares.
A integração na União europeia (1986) a que se seguiu a abertura do mercado português aos produtos agrícolas dos outros estados no início da década de 90 alterou completamente esta tendência.
Esta quebra na tendência de auto-suficiência gerou um problema à agricultura portuguesa, o de não conseguir escoar os seus produtos.
A concorrência dos produtos estrangeiros mais baratos levou a um aumento cada vez maior do consumo de produtos com origem nos países comunitários.
Esta situação gera duas consequências:
A diminuição dos preços dos produtos para os consumidores
A quebra do escoamento para os produtores e a falência económica da actividade e sucessivo abandono da produção.
FORTE DEPENDÊNCIA EXTERNA EM TERMOS ALIMENTARES
A balança comercial é desfavorável em quase todos os produtos com excepção de alguns frutos secos (pinhões), castanha e ainda produtos derivados do vinho e as conservas de tomate, com forte tradição e especialização no nosso país.
OS PROBLEMAS DO ACTUAL USO DO SOLO
DESTACAM-SE OS PRINCIPAIS PROBLEMAS:
A SUPERPRODUÇÃO – Nomeadamente no sector da fruta e do leite, é complicado de gerir
sobretudo junto dos produtores.
A DEGRADAÇÃO E POLUIÇÃO DOS SOLOS E O AGRAVAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS –
Resulta do uso exaustivo de fertilizantes químicos, que se agravou com a adesão de
Portugal à União Europeia.
A IRREGULARIDADE CLIMÁTICA – Afecta ciclicamente a actividade agrícola muito relacionada
com as condições naturais.
AS CARACTERÍSTICAS DA MÃO-DE-OBRA AGRÍCOLA – Existe falta de mão-de-obra
especializada devido à grande percentagem de população idosa com falta de qualificação. A
actividade agrícola não é atractiva para a população jovem.
A INTRODUÇÃO DE TRANSGÉNICOS OU OGM (ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS) –
Embora sem significado no nosso país, constitui uma preocupação na maioria dos países
onde se pratica pois desconhece-se os efeitos desta prática no organismo humano.
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OBJECTIVOS
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AS ÁREAS RURAIS EM MUDANÇA
A AGRICULTURA PORTUGUESA E A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM (PAC)
Conhecer as principais etapas da política Agrícola Europeia.
Conhecer os objectivos da PAC de 1962.
Compreender os objectivos do FEOGA.
Explicar a inversão da tendência inicial da PAC.
Conhecer os objectivos da PAC 2000.
Compreender o impacto da PAC na agricultura portuguesa.
Conhecer os benefícios do PEDAP na agricultura portuguesa.
Relacionar a atribuição dos subsídios com o grau de investimento e o rendimento líquido.
Apontar os principais aspectos em que se traduziu a modernização da agricultura portuguesa.
Compreender as transformações da agricultura portuguesa após as alterações introduzidas na PAC (1992)
Apontar medidas para a potencialização do solo agrário em Portugal.
Conhecer as alterações impostas pela Agenda 2000 para o caso português.
Compreender o papel da agricultura portuguesa no contexto da globalização da economia.
Conhecer os benefícios para Portugal resultantes das negociações da UE com a OMC.
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PRINCIPAIS ETAPAS DA POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM
1957 Assinatura do Tratado de Roma
1958 Definição dos pilares da PAC
1968Plano Manssholt – Trava a tendência de intensificação e visa evitar as derrapagens orçamentais.
1972Introdução de medidas de modernização da mão-de-obra agrícola através da qualificação e do rejuvenescimento.
1979Introdução da taxa de co-responsabilidade visando a redução dos excedentes.
1984Introdução de quotas leiteiras para redução da produção de leite.
1992 Primeira reforma da PAC.
1997Agenda 2000 – avaliação da reforma da PAC de 1992 e início da discussão da Nova Reforma.
2002 Discussão sobre a Nova reforma da PAC.
A Europa que tinha sofrido duas guerras num curto período de tempo precisava de definir uma estratégia de produção alimentar, pois só assim seria auto-suficiente deste ponto de vista. Esta estratégia assenta em três grandes pilares:
UNICIDADE DE MERCADO – Cada produto abrangido pela PAC teria um preço institucional e regras de concorrência comuns.
PREFERÊNCIA COMUNITÁRIA – Os preços dos produtos são garantidos a nível interno quer para os importados (preço mínimo) e subsídios para os produtos internos terem preços concorrenciais nos mercados exteriores.
SOLIDERIEDADE FINANCEIRA – Os custos do financiamento da PAC serão suportados pelo FEOGA.
FEOGA – Fundo Europeu de Orientação Agrícola. Visava o desenvolvimento e a modernização da agricultura europeia.
Para que se reduzisse a dependência alimentar externa foram dados todos os apoios, nomeadamente através do FEOGA, que permitiram o desenvolvimento da agricultura europeia, que passou a produzir três vezes mais e permitiu a subida do rendimento médio dos agricultores.
AS ÁREAS RURAIS EM MUDANÇA
GEOGRAFIA A 11º ANO
Adelaide Inês
O crescimento contínuo da oferta leva à criação de EXCEDENTES AGRÍCOLAS o que conduz a grandes despesas de armazenamento. Para escoar os produtos era preciso exporta-los, com a ajuda de subsídios para baixar os preços.
Esta intensificação da produção gerou também graves PROBLEMAS AMBIENTAIS e de ocupação desordenada do solo.
É necessário que se introduzam alterações que visem diminuir os incentivos à produção e reduzam os excedentes:
Incentivo ao abandono da actividade dos agricultores cujas as explorações não apresentam viabilidade e à substituição das terras aráveis por áreas florestais.
Abandono da actividade por parte dos agricultores mais idosos e formação e qualificação dos mais jovens.
EM MAIO DE 1992 DÁ-SE A INVERSÃO DA TENDÊNCIA INICIAL DA PAC:
AS NOVAS PRIORIDADES PASSAM A SER:
A reforma de 1992 foi geralmente considerada um êxito, com efeitos positivos para a agricultura europeia.
Porém a evolução que se registou nos anos seguintes, sobretudo devido à conjuntura internacional, à preparação para a moeda única, à competitividade dos produtos de países terceiros, conduziu a uma nova adaptação da PAC.
Em 1997 a Comissão propôs a reforma da PAC no âmbito da Agenda 2000 que para além da PAC integrava também outras reformas da União Europeia para o período 2000-2006.
A Agenda 2000 constituiu a reforma mais radical e mais global da PAC desde a sua fundação.
Concretamente, a reforma contempla medidas destinadas a:
Reforçar a competitividade dos produtos agrícolas no mercado doméstico e nos mercados mundiais;
Promover um nível de vida equitativo e digno para a população agrícola;
Criar postos de trabalho de substituição e outras fontes de rendimento para os agricultores;
Definir uma nova política de desenvolvimento rural, que passa a ser o segundo pilar da PAC;
Melhorar a qualidade e segurança dos alimentos;
Incorporar na PAC considerações de natureza ambiental e estrutural mais amplas;
Simplificar a legislação agrícola e a descentralização da sua aplicação, a fim de tornar as normas e regulamentos mais claros, mais transparentes e de mais fácil acesso.
O IMPACTO DA PAC NA AGRICULTURA PORTUGUESA
Portugal aderiu à Comunidade em 1986 . Como a nossa agricultura se encontrava em grande atraso relativamente à dos outros Estados-membros, foi necessário promover um programa específico de ajuda à sua modernização, o PEDAP (Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa).
Portugal foi considerado em estado de transição durante 10 anos portanto susceptível de receber um apoio especial.
Este apoio traduziu-se na modernização e transformação do sector nomeadamente:
A sua mecanização com redução dos activos;
O alargamento das produções de regadio;
A electrificação das explorações;
Florestação;
Modernização e construção de novos caminhos rurais;
Promoção do emparcelamento;
Desenvolvimento da formação profissional dos agricultores e da investigação agrária;
Encorajamento à pré-reforma dos agricultores mais idosos;
Incentivo ao associativismo agrícola.
A atribuição de subsídios aos agricultores, feita com base na produção por hectare, é prejudicial é para a agricultura portuguesa, pois as dimensões das explorações são de um modo geral reduzidas.
Aumento de quotas em alguns produtos agro-pecuários como por exemplo, trigo duro, o tomate, a vinha e o leite, que são produtos tradicionais na nossa agricultura.
Os preços ao produtor diminuíram devido à concorrência dos produtos vindos do exterior.
A utilização de plantas transgénicas dá origem a maiores rendimentos, levando por isso à descida dos preços no mercado mundial.
O aumento da produção devido à concorrência do mercado mundial levou a uma perda de qualidade dos produtos e o aumento do perigo de poluição dos solos e das águas, provocado pelo abuso dos produtos químicos.
O abandono de terras aráveis, que foi incentivado por directivas da Comunidade é um dos efeitos negativos que se faz sentir na agricultura portuguesa e foi um dos factores que concorreu para a desertificação do interior do país.
Após a reforma da PAC em 1992 verificou-se uma acentuada crise no sector agrícola português, verificamos que no período pós 1992 até à actualidade houve uma inversão do crescimento que o sector tinha conhecido entre 1986 e 1992.
A actual PAC não deve servir como desculpa para justificar a crise no sector mas sim ser aproveitada para aumentar a nossa produtividade e o rendimento dos agricultores, através de medidas como:
A posta em sectores tradicionais como a vinha e a oliveira, valorizando a qualidade relativamente à quantidade e criando regiões demarcadas.
Apoiar as produções que melhor se adaptam ao nosso clima e das quais podemos retirar vantagens comparativas, como o sector da horto-fruticultura.
Aproveitar os apoios da PAC para culturas que não sejam excedentárias como a beterraba, a soja, o tomate ou o tabaco dando-lhe o posterior tratamento industrial.
A Agenda 2000 implica profundas alterações na PAC:
MEDIDAS DA VELHA PAC MEDIDAS DA NOVA PAC
Agricultura tradicional Agricultura biológica
Massificação Qualidade
Produção intensivaProdução Extensiva – protecção dos solos
Prioridade ao produtor Prioridade ao consumidor
Reprodução artificial na pecuária Reprodução natural na pecuária
Uso de medicamentos / AntibióticosUso controlado de medicamentos e eliminação do uso de antibióticos
Maior consumo de produtos alimentares nacionais e estrangeiros
Maior consumo de produtos regionais e locais
Subsídios à produçãoSubsídios centrados no progresso rural
FIM DA LÓGICA DA PRODUÇÃO COMO PRIORIDADE MÁXIMA
A AGRICULTURA BIOLÓGICA – Constitui uma nova forma de encarar a actividade
agrícola, aproximando-a das técnicas tradicionais no que estas têm de melhor
(carácter não poluente) e utilizando o que a ciência tem de mais inovador, numa
perspectiva de preservação ambiental.
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