INEPAD
CONSULTING
OPTIMISTIC NEWS
janeiro 2016
Notícias presentes nesta edição:
Franquia compacta é mais procurada na crise
Confiança na economia da Zona do Euro melhora, com queda no desemprego
Macri é eleito presidente da Argentina e põe fim a 12 anos de kirchnerismo
Franquia em casa custa a partir de R$3.600; veja 10 dicas para gerenciar
Brasil exporta milho para África do Sul, afetada pelo El Niño
É tempo de reflexão, orçamentária
Walter Torre estreia na área de portos
A economia sob uma nova perspect iva
OPTIMISTIC NEWS
EDIÇÃO DE JANEIRO 2016
FRANQUIA COMPACTA É A MAIS PROCURADA NA CRISE
UOL, 21/09/2015
A procura por franquias de baixo investimento
tende a aumentar em períodos de crise, segundo
Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mer-
cado da ABF (Associação Brasileira de Franchi-
sing). No entanto, ele diz que o preço não deve
ser o principal ponto a ser avaliado por quem
procura uma oportunidade de negócio.
"Historicamente, a busca por franquias aumenta
em períodos de instabilidade econômica por se
tratar de um modelo de negócio já testado. As
redes também procuram diminuir o capital neces-
sário para começar o negócio para se adequar ao
cenário econômico, com modelos compactos de
lojas, quiosques e carrinho, por exemplo", diz.
Além disso, há as franquias que já nascem com a
proposta de baixo custo, principalmente as de
serviços. "Empresas de limpeza e conservação e
de serviços digitais, que são uma tendência, não
exigem ponto comercial, por isso, o investimento
é mais baixo", afirma Tieghi.
Por outro lado, o gasto médio dos clientes dessas
redes também tende a ser menor, de acordo com
o especialista, e o retorno do investimento pode
demorar tanto quanto o de uma franquia con-
vencional.
"Esses negócios, em geral, exigem dedicação
integral do franqueado. Por isso, é importante
escolher um ramo com o qual tenha afinidade",
diz o especialista.
É comum que o investidor, nesses casos, não
tenha experiência anterior em gestão, por isso, é
importante ficar atento aos treinamentos e ao
suporte oferecido pela rede antes de assinar o
contrato.
CONFIANÇA NA ECONOMIA DA ZONA DO EURO MELHORA, COM QUEDA NO DESEMPREGO
Reuters, 07/01/2016
A confiança econômica da zona do euro
melhorou inesperadamente em dezembro,
com o desemprego dando continuidade ao
declínio visto no mês anterior, mostraram
dados da agência de estatísticas da União
Europeia, Eurostat, e da Comissão Europeia.
A pesquisa mensal da Comissão mostrou
nesta quinta-feira que a confiança econômica
da zona do euro melhorou para 106,8 pontos
em dezembro, de 106,1 pontos em novembro.
Economistas consultados pela Reuters não
esperavam mudança. A confiança do consu-
midor subiu para -5,7, de -5,9.
Separadamente, a Eurostat informou que o
desemprego da zona do euro caiu a seu menor
nível em mais de quatro anos em novembro,
para 10,5 por cento da força de trabalho, ante
o número revisado de 10,6 por cento em outu-
bro. Esse foi o terceiro mês seguido de queda.
Comparado com um ano antes, a taxa caiu em
todos os países exceto na Áustria e Finlândia.
As maiores quedas foram na Espanha, para
21,4 por cento de 23,7 por cento, e Itália,
para 11,3 por cento de 13,1 por cento.
Mas em contraste, as condições e a perspecti-
va para os varejistas não foram tão boas.
Dados da Eurostat mostraram que as vendas
no varejo caíram 0,3 por cento em novembro
em comparação com o mês anterior, após
uma queda revisada de 0,2 por cento em
outubro e de recuo de 0,1 em setembro.
Economistas consultados pela Reuters espe-
ravam alta mensal de 0,2 por cento nas ven-
das.
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EDIÇÃO DE JANEIRO 2016
MACRI É ELEITO NA ARGENTINA E PÕE FIM A 12 ANOS DE KIRCHNERISMO
G1, 22/11/2015
O empresário Mauricio Macri, 56 anos, é o
novo presidente da Argentina. Atual prefeito
de Buenos Aires, ele é ex-presidente do clube
Boca Juniors e líder de uma frente de centro-
direita opositora do atual governo de Cristina
Kirchner. Macri foi eleito neste domingo (22),
na primeira vez na história do país em que
uma eleição presidencial foi decidida no se-
gundo turno, e vai governar por quatro anos.
Ele irá assumir a presidência no dia 10 de
dezembro deste ano.
Às 5h45 (horário de Brasília), com 99,17%
dos votos apurados, Macri tinha 51,40%
(12.903.301 votos), e Scioli, 48,60%
(12.198.441 votos), segundo a comissão elei-
toral.
A vitóira de Macri foi confirmada às 21h43
(horário de Brasília), quando com 63,26% dos
votos apurados, ele alcançou 53,50%
(8.524.551 votos), e Scioli, 46,50%
(7.410.389 votos). Neste momento, o chefe
do órgão eleitoral argentino afirmou que a
tendência a favor de Macri era irreversível.
Por volta das 22h20, Daniel Scioli telefonou
para o adversário e admitiu a derrota, de acor-
do com o jornal "Clarin". Os dois são amigos
de longa data e Scioli afirmou que Macri era
um "justo ganhador".
O resultado após a realização do inédito se-
gundo turno gerou festa entre os apoiadores
de Macri e lágrimas entre eleitores de Daniel
Scioli - candidato apoiado pela presiden-
te Cristina Kirchner, que governa o país desde
2007 e é viúva do falecido presidente Néstor
Kirchner (2003-2007). A Argentina teve 12
anos de kirchnerismo no poder.
O índice de participação chegou a 78% dos mais
32 milhões de eleitores no segundo turno.
Esta é a primeira vez um líder da direita liberal
chega ao poder pelas urnas em eleições livres,
sem o apoio de uma ditadura, fraudes ou candi-
datos proscritos. Em sua vida democrática,
a Argentina apenas teve no poder a alternância
entre o Partido Justicialista (PJ, peronista) e a
UCR.
Mudanças
Conservador, Macri defende a abertura de inves-
timentos estrangeiros, a diminuição da inflação
para um dígito em dois anos e o levantamento
dos limites das exportações do setor agropecuá-
rio. Também diz que vai criar uma agência na-
cional contra o crime organizado e desenvolver
um sistema de estatísticas criminais.
Acusado de formação de quadrilha em um caso
de espionagem ilegal, Macri tentou fazer com
que a justiça argentina suspendesse o processo
durante a campanha, mas não conseguiu. Filho
de um conhecido empresário, sua passagem à
política aconteceu também após se tornar uma
figura conhecida no âmbito esportivo: foi presi-
dente do Boca Juniors. Durante a campanha,
tentou se desprender da imagem de empresário
milionário e capitalista.
Veja o que o novo presidente argentino eleito
defende em relação a temas-chave:
Disputa Cambial:
Eliminará a banda cambial assim que assumir.
Propõe abrir a economia. Nega uma 'mega-
desvalorização' e diz que o atual governo "já
desvalorizou de 3 para 15 pesos", atual preço do
dólar no mercado paralelo. Considera que o
preço do dólar deve ser fixado "pelo mercado".
Afirma que vai liberar as importações e eliminar
as retenções sobre as exportações agrícolas,
exceto a soja. Promete chegar à "pobreza zero"
com crescimento e obras de infraestrutura. Paga-
rá os fundos especulativos para voltar aos
mercados financeiros.
Subsídio vs Déficit:
Durante a campanha prometeu ampliar os
auxílios às famílias e manter os programas
sociais. Defende as empresas estatizadas
(YPF e Aerolíneas Argentinas) mas votou
contra a estatização. Reduzirá o gasto público
e eliminará subsídios aos serviços de luz, água
e gás.
Relação Regional?
Promete uma virada na política externa. Bus-
cará retomar as relações com os Estados Uni-
dos e a Europa como prioritárias. Revisará a
aproximação com China e Rússia, países que
Kirchner converteu em sócios estratégicos.
Quer "descongelar" as relações com Grã-
Bretanha, abaladas pelo conflito envolvendo
as Ilhas Malvinas. Defende o "abandono do
eixo bolivariano" e o pedido para que o Mer-
cosul execute a "cláusula democrática" para
suspender a Venezuela.
Trabalhadores:
Defende a eliminação dos acordos paritários e
a remuneração da produtividade com base nos
empregadores. Promete devolver o imposto
de renda pago pelos trabalhadores.
Direitos Humanos:
Uma vez defendeu "deixar de olhar para trás e
acabar com a questão dos direitos humanos",
mas na campanha negou terminar com os
julgamentos.
Mauricio Macri
BRASIL EXPORTA MILHO PARA ÁFRICA DO SUL, AFETADA PELO EL NIÑO
7. Liste as pendências
Escolha uma ferramenta como agenda,
iPhone, Outlook ou caderno, que faça
com que você tire as pendências e tarefas
da cabeça e as centralize em um lugar
confiável.
8. Cuide da alimentação
"Uma atitude de descaso com a alimenta-
ção vai deteriorar sua saúde e causar
problemas futuros. Reserve, então, tempo
para as refeições".
9. Trace uma rotina
"Organize a sua rotina para que tenha
horários fixos para começar e parar.”
10. Saia às vezes
No caso de um profissional autônomo ou
dono do próprio negócio, é possível que-
brar a rotina visitando clientes esporadi-
camente. "É uma forma de manter conta-
tos, ver pessoas e sair um pouco de casa".
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As exportações são indicações da crescente
influência do Brasil como produtor de mi-
lho no mercado global.
Os números também apontam para os im-
pactos do fenômeno climático El Niño no
comércio internacional.
A África do Sul pode precisar importar 5
milhões de toneladas de milho este ano,
aproximadamente metade de suas necessi-
dades, por causa da pior seca no país em
três décadas, disse a maior associação de
produtores do país na quarta-feira.
A Índia, outro tradicional exportador de
milho que também sofre com uma seca,
lançou uma licitação para importar 320 mil
toneladas de milho não transgênico, disse-
ram operadores europeus na terça-feira.
Dados da alfândega brasileira mostram
que 4.020 toneladas de milho foram ex-
portadas para a Índia entre janeiro e no-
vembro de 2015, ante 126 toneladas no
mesmo período em 2014, embora as
exportações para o país asiático não te-
nham sido incluídas no relatório anual.
Não há nenhuma previsão de embarque
de milho para a Índia nas escalas de navi-
os nos portos brasileiros.
As exportações de milho pelo Brasil em
2015 somaram 30,75 milhões de tonela-
das, ante 20,96 milhões em 2014, graças
principalmente à desvalorização do real,
que torna o produto nacional bastante
competitivo no exterior, disse a Associa-
ção Nacional dos Exportadores de Cere-
ais (Anec).
Reuters, 15/11/2015
O Brasil está exportando milho para a África
do Sul, um tradicional exportador do cereal
que sofre com uma seca relacionada ao fenô-
meno El Niño, em um momento em que o
país sul-americano busca novos mercados
para sua crescente produção.
O Brasil exportou 321.662 toneladas de milho
para a África do Sul em 2015, ante nenhum
volume no ano anterior, mostraram dados do
Ministério de Indústria e Comércio (MIDC).
De três a cinco novos carregamentos estão a
caminho ou deverão deixar o país nos próxi-
mos dias, de acordo com dados de escalas de
navios nos portos brasileiros e com uma fonte
do mercado sul-africano.
Nada de trabalhar de pijama! Usar roupa
adequada para o trabalho influencia no
clima de profissionalismo, segundo especi-
alistas.
4. Foque na atividade
A internet oferece um leque de distrações
que precisam ser evitados para manter o
foco no trabalho. "Ao longo da jornada
mantenha as redes sociais e sites de entrete-
nimento bem fechados".
5. Estabeleça metas
Trace metas de produtividade e divida os
horários para garantir uma hora de almoço
tranquila e intervalos para descanso.
6. Mantenha a privacidade
Dê credibilidade ao home-office e preserve
a privacidade dos assuntos da empresa.
"Uma boa dica é a compra de um notebook,
um chip de celular e uma linha telefônica
exclusivos da empresa, para não misturar
com assuntos de família", afirma Lima.
UOL, 29/09/2015
As redes de franquias oferecem opções de
negócio de baixo investimento para quem
quer trabalhar em casa, as chamadas home
based. Há opções como a Ahoba Viagem,
com custo a partir de R$ 3.600, por exemplo,
até negócios como o da Eventt, rede de mar-
keting TV dentro de lojas, que exige capital
inicial de R$ 41.930.
Veja, a seguir, dicas para manter uma franqui-
a home based:
1. Tenha um ambiente próprio
"Ter um espaço organizado gera uma sensa-
ção de bem-estar e aumenta a produtividade.
Equalize conforto e zelo", diz Lima.
2. Organize o material de trabalho
Veja tudo o que você vai precisar usar para
trabalhar em casa, compre e ajeite os detalhes
antes de começar as atividades.
3. Vista-se adequadamente
EDIÇÃO DE JANEIRO 2016
FRANQUIA EM CASA CUSTA A PARTIR DE R$3.600; VEJA 10 DICAS PARA GERENCIAR
Exportação brasileira para a África do Sul
O Brasil deverá exportar 5,5 milhões de toneladas de milho já negoci-
ado para entrega em janeiro e depois verá uma queda nas exportações
em fevereiro, com novas exportações devendo ser registradas a partir
de junho ou julho, disse o analista de milho da Safras & Mercado,
Paulo Molinari.
Por outro lado, a grande oferta de
milho e a alta demanda pelo grão
poderão atrasar o início da tem-
porada de exportação de soja,
disse o diretor-geral da Anec,
Sérgio Mendes, que também
estimou que os embarques de milho do Brasil poderão avançar até
março.
TEMPO E REFLEXÃO ORÇAMENTÁRIA
Valor Econômico, 06/01/2016
Se você comeu lentilha, guardou sementes
de romã na carteira ou optou pela carne de
porco na ceia porque é de um animal que
'cisca para frente' na virada do ano para atra-
ir prosperidade, está na hora de ajudar o
destino.
Como parte do esforço para manter as contas
equilibradas em 2016 e - se possível - iniciar
um processo de acúmulo de capital, analistas
sugerem que a montagem de um orçamento
realista faça parte das promessas de ano-
novo.
Há toda sorte de sugestões para melhorar as
finanças pessoais - incluindo mais uma meia
dúzia de simpatias e afins -, mas o ponto
comum dos discursos é que a pessoa comece
por uma retrospectiva, financeira, para iden-
tificar gargalos, pontos positivos e negati-
vos. "Fazer um bom orçamento é como ir ao
médico em busca de tratamento, tudo depen-
de primeiro de um diagnóstico benfeito;
portanto, o primeiro passo é olhar para trás e
identificar de onde vem o dinheiro e para
onde vai", resume Samy Dana, professor da
Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).
A sugestão é que o candidato a ter as finan-
ças equilibradas se debruce sobre suas con-
tas, pelo menos, dos últimos três meses, mas
desde que não sejam meses atípicos. Depois,
a proposta do professor da FGV é que os
gastos sejam divididos em três grandes gru-
pos.
O primeiro deve ser composto pelo custo
básico de vida, ou seja, gastos fixos e que
são difíceis de mudar no curto prazo, como
condomínio, alimentação, colégio de filho,
aluguel etc.
No segundo grupo, devem ser incluídas as
despesas com algum controle, como roupa,
calçados, lazer e TV a cabo.
No terceiro, deve-se colocar os recursos
destinados a formar o patrimônio, aos inves-
timentos, explica Dana.
Em termos de divisão percentual, o ideal é
que o grupo 1 represente 50% do orçamen-
to, o grupo 2, algo entre 20% e 25%, e o
grupo 3, os demais 20% a 25%. "Mas em
um momento de perda de renda como o
atual é esperado que a participação do
grupo 3 caia, sofra um ajuste para baixo,
enquanto o percentual do grupo 1 ganhe
mais espaço.
Como boa parte dos brasileiros não faz
este acompanhamento, Roberto Verta-
matti, diretor de economia da Associação
Nacional dos Executivos de Finanças,
Administração e Contabilidade (Anefac),
sugere o uso do extrato bancário como
fonte. "Dá para ter uma estimativa sobre
o destino do dinheiro, o nível de gastos
com esta ou aquela despesa e assim
por diante. O importante é evitar o erro
mais comum de lançar dados incomple-
tos, esquecendo-se de itens importantes",
comenta Vertamatti.
O segundo erro mais frequente, segundo
o executivo, é esquecer-se de lançar as
compras parceladas para o ano seguinte.
"Compras parceladas que vão invadir o
próximo ano já devem ser lançadas, mas
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EDIÇÃO DE JANEIRO 2016
é comum que as pessoas simplesmente se esqueçam e comecem a
comprometer a qualidade do orçamento, diz.”
Para tornar as estimativas de despesas para o ano seguinte mais
realistas, Mauro Calil, fundador da Academia do Dinheiro, sugere
que os números sejam lançados inflacionados. "O orçamento é
uma ferramenta de controle de receitas e despesas estimadas.
Por via de regra, o ideal é replicar em 2016 os gastos de 2015 com
um acréscimo de 10% a 15%. Ao menos o primeiro trimestre
acredito que será tão ruim quanto foi 2015 com tendência de pre-
ços ainda em alta", justifica Calil.
Na parte das receitas, os especialistas também sugerem cautela e,
acima de tudo, um certo grau de pessimismo ao incluir valores
ainda incertos. "Tem que ser conservador ao estimar receita e não
otimista, principalmente em uma crise como a atual.
Para um profissional liberal, cujo rendimento oscila, o melhor é
olhar os 12 meses anteriores, pegar os piores três meses e fazer
uma média", propõe André Massaro, consultor especializado em
finanças pessoais. "É pessimista, mas qualquer surpresa será posi-
tiva." Nas receitas, na avaliação do consultor, não devem ser in-
cluídas as comissões ou bônus, apenas o 13º salário para quem
recebe.
Montado o diagnóstico com base na retrospectiva e lançadas as
receitas na planilha para o próximo período, o terceiro passo é
adotar estratégias para um início de ano proveitoso do ponto de
vista de gestão orçamentária.
Lidar com os custos extras de começo de ano é o primeiro desafio.
O cenário ideal é que a pessoa tenha feito um provisionamento
para o começo de ano quando há muitas despesas extras como o
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Seguro de Danos
Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres
(DPVAT), afirma Vertamatti, da Anefac.
E vale sempre colocar na conta as despesas considerando um rea-
juste. Neste ano, por exemplo, o aumento médio para o IPTU de
São Paulo foi de 9,5% e para o Rio, de 10,71%. No caso do IPVA
em São Paulo, o reajuste médio foi de 7,44% na tabela Fipe e, no
Rio, por conta de mudança de alíquota, o aumento chegou a 33%
para carros de passeio flex.
"É preciso ainda avaliar se vale a pena pagar à vista, com desconto,
mas essa é uma decisão individual, porque cada Estado concede
um percentual diferente para quitação do IPVA. O mesmo ocorre
em relação ao IPTU, definido pelas prefeituras. Tem cidade conce-
dendo 20% de desconto no IPTU ou mesmo no IPVA, o que bate
qualquer aplicação, mas tem de olhar caso a caso", ressalta Verta-
matti.
WALTER TORRE ESTREIA NA ÁREA DE PORTOS
Valor Econômico, 06/01/2016
A empresa WPR São Luís Gestão de Por-
tos e Terminais vai estrear no setor portuá-
rio. A Secretaria de Portos (SEP) assina,
hoje, o contrato de autorização para a WPR
instalar um terminal de uso privado (TUP)
em São Luís (MA), batizado de "Porto São
Luís", conforme adiantou o Valor PRO,
serviço em tempo real do Valor.
A instalação será um complexo multiuso
que reunirá a movimentação de granéis
sólidos, granéis líquidos e carga geral com
capacidade anual para movimentar 24,8
milhões de toneladas. A intenção da empre-
sa é, no futuro, operar também contêineres.
O empreendimento demandará investimen-
tos de R$ 1 bilhão, sendo R$ 780 milhões
na primeira fase da obra. Pelo contrato de
adesão que será firmado com a SEP, a WPR
terá até três anos, prorrogáveis por igual
período, para construir o terminal.
"É um investimento elevado que vai adicio-
nar uma grande capacidade à região do clus-
ter São Luís - Vila do Conde (PA)", disse o
ministro dos Portos, Helder Barbalho.
O projeto será desenvolvido em uma área de
2 milhões de metros quadrados, com acesso
direto à BR-135 (que liga o Maranhão a
Minas Gerais) e às ferrovias Carajás e Trans-
nordestina.
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EDIÇÃO DE JANEIRO 2016
A WPR tem em seu controle os acionistas Paulo Remy Gillet
Neto e Walter Torre Jr., respectivamente presidente executivo
e presidente do conselho de administração do grupo WTorre.
Apesar de o projeto ter nascido dentro do grupo, a empresa é
hoje independente.
Novata no setor, a WPR está selecionando um operador portuá-
rio para tocar o negócio. "Estamos em negociação com várias
corporações, mas por questões de confidencialidade não pode-
mos divulgar no momento. Vale ressaltar que o papel da WPR
é o de investir e desenvolver. Nós não seremos um operador do
segmento", disse Gillet Neto.
A capital maranhense foi escolhida pelas características geo-
gráficas privilegiadas. Está próxima aos mercados europeu,
americano e asiático, via canal do Panamá - cuja expansão está
próxima de ser inaugurada -, e tem infraestrutura de acesso.
O Porto São Luís terá seis berços de atracação com calado
natural de 18 metros. A capacidade de movimentação será
distribuída da seguinte forma: 6 milhões de toneladas de grãos;
2,2 milhões de toneladas de fertilizantes; 1,5 milhão de tonela-
das de celulose e 2,4 milhões de metros cúbicos de litros de
combustível.
Atualmente, a WPR está estruturando o processo de captação
de recursos junto a investidores estrangeiros e bancos de fo-
mento local. "Por se tratar de um projeto estratégico e de infra-
estrutura, mesmo neste momento de crise, acredito que não
teremos dificuldades para captar os recursos necessários", afir-
mou Gillet Neto.
Por ser um TUP - modalidade de terminal construído em área
privada, fora do porto público -, a instalação do Porto São Luís
dispensa licitação. O contrato de adesão será válido por 25 anos,
podendo ser sucessivamente renovado. Para obter a prorrogação,
contudo, a autorizada deverá apresentar o pedido 18 meses antes
do fim do contrato.
O Porto São Luís será o 11º TUP autorizado pela SEP desde o
anúncio da segunda fase do Programa de Investimento em Logís-
tica (PIL 2), em junho de 2015, que prevê 63 novos TUPs.
O ministro Helder Barbalho adiantou ao Valor que, ainda neste
mês, mais dois TUPs serão aprovados. Um é o investimento de
R$ 850 milhões da Bahia Terminais, em Candeias (BA), para um
terminal de carga geral com capacidade para 3,6 milhões de tone-
ladas por ano. O outro será uma instalação de apoio offshore da
Nu t r ip e t ro , e m Ara c ru z (ES ) , q u e o p e ra rá
carga geral e granel líquido, com investimento de R$ 279 mi-
lhões.
Walter Torre
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OPT News é um jornal virtual de notícias que apresenta informações sobre a economia, sob uma ótica otimista. O objetivo é compartilhar notícias positivas, que resultem em análises de mercado sob uma perspectiva de oportunidades. O INEPAD - Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração - é uma organização sem fins lucrativos, que conta com cerca de 200 professores doutores ligados a renomadas instituições de ensino, nacionais e internacionais e tem como missão a geração e a disseminação de conhecimentos relacionados à Adminis-tração de Organizações por meio da pesquisa, do ensino executivo e da extensão.
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