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Page 1: Página sindical do Diário de SP - Força Sindical - 25 de agosto de 2015

Trabalho

Os efeitos da crise econômica afetam os trabalhadores das dife-

rentes categorias. Alguns mais, outros menos, de acordo com presidentes de Sindicatos. “Os trabalhadores recla-mam da alta do custo de vida”, declara Eunice Cabral, presidenta do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco.

Para Eduardo Annunciato, Chicão, presidente do Sindicato dos Eletri-citários de São Paulo, a crise ocorre desde 2012, mas atingiu seu ápice agora. “No setor elétrico, o marco desta crise são as MPs 577 e 579, já convertidas em leis, que alteraram o regime do setor elétrico, pressiona-ram as empresas, atingiram os tra-balhadores e a população com o con-

sequente acúmulo repassado como aumentos exagerados. Tudo isto desencadeando em demissões de trabalhadores, aumento das tarifas e aumento da inflação”, observa.

Já o sindicalista Carlos Vicente de Oliveira, Carlão, presidente do Sindi-cato da Alimentação de São Paulo e Região, afirma que no seu setor exis-te a rotatividade normal. A falta de água afeta mais do que a crise eco-nômica”, destaca.

Na área de edifícios e condomínios, o desemprego também ocorre devi-do a rotatividade, mas a crise afeta a situação dos trabalhadores, que sen-tem a alta do custo de vida. Segundo Paulo Ferrari, presidente do Sindica-

Publieditorial

A crise econômica vem de 2012, mas somente neste ano atingiu seu ápice

Várias propostas ligadas aos di-reitos dos trabalhadores, contidas na Pauta Trabalhista – documento que engloba um conjunto de reivin-dicações formalizado no Congresso da Classe trabalhadora (Conclat) de 2010 –, estão paradas na Câmara dos Deputados aguardando análise para posterior votação. Aprovadas, as propostas trarão benefícios in-discutíveis à classe trabalhadora.

Entre as reivindicações estão a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução salarial; a recomposição do poder de compra das aposentadorias; a correção da tabela do IR; juros bai-xos; a regulamentação da Conven-ção 151 (negociação coletiva dos servidores) e a ratifi cação da 158 (que coíbe demissões imotivadas), ambas da Organização Internacio-nal do Trabalho (OIT).

Nossa luta tem por único objetivo a ampliação dos direitos trabalhis-tas. Necessitamos que o sistema produtivo brasileiro seja moderni-zado. Mas esta modernização só será efetivada como resultado de investimentos no parque industrial brasileiro e na valorização e qua-lifi cação dos trabalhadores. Juros altos, tarifas e crédito caros, retirada de direitos trabalhistas e previden-ciários dos trabalhadores, desin-dustrialização e desemprego só nos levarão a mais recessão.

Neste sentido, a Pauta Trabalhista é importante e prioritária para a re-tomada do crescimento econômico nacional.

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

A importância da Pauta Trabalhista

OPINIÃO

Miguel Torres

da Força Sindical

CRISE ECONÔMICA

Chicão: “No setor elétrico, o marco da crise são as MPs 577 e 579”

Auxiliadora: “O foco agora é produzir para o Dia da Criança e o Natal”

Alguns setores da economia sofrem mais do que outros

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Os 53 Sindicatos de Metalúrgicos do Estado de São Paulo fi liados à Federa-ção dos Metalúrgicos do e à Força Sin-dical deram a largada para a Campanha Salarial 2015. E a palavra de ordem é: MOBILIZAÇÃO!!!

Mobilização para a conquista da re-posição das perdas, do aumento real, do aumento dos pisos e da manutenção das cláusulas sociais da Convenção Co-letiva de Trabalho. A data-base é 1º de novembro.

O início da Campanha foi aprovado pela plenária dos Sindicatos, realizada no último dia 18. Agora, os Sindicatos vão convocar suas assembleias para discutir a pauta de reivindicações. O

MOBILIZAÇÃO

Metalúrgicos dão a largada para a Campanha Salarial

presidente do Sindicato dos Metalúr-gicos de São Paulo e Mogi, e da Força Sindical, Miguel Torres, alerta: “É funda-mental que todos participem para for-

talecer a luta neste momento de crise. Os patrões vão jogar pesado, mas é a categoria quem vai dar o rumo da Cam-panha, com unidade na mobilização”.

Miguel: “Com unidade na mobilização, nós daremos o rumo da Campanha”

to dos Trabalhadores em Edifícios de São Paulo (Sindifícios), “a nossa ex-pectativa é obtermos aumento real de salário, no valor do vale-refeição e da cesta básica”.

Maria Auxiliadora dos Santos, presi-denta do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Brinquedos de São Paulo, observa que, apenas neste ano, ocorreram 5.500 demissões. “Mas agora as empresas estão focadas na produção para o Dia das Crianças e para o Natal”, diz. Na Baixada Santista “as indústrias do polo petroquímico de Cubatão negociam a redução da jor-nada de trabalho e salários”, informa Hebert Passos, presidente do Sindicato dos Químicos da Baixada Santista

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