PUC-SP e Supervisão Técnica de Saúde da
Fó-Brasilândia: Pró-Saúde II (2008-2014)e ProPetSaúde III (2012-2014)
Apresentação dos projetos e balanço da experiência CIES/março 2013
ParticipantesCursos envolvidos: Fonoaudiologia,
Psicologia e Serviço SocialServiços envolvidos: 4 UBS (Silmarya
Rejane Marcolino Souza; Vila Ramos; Dr. Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão; Paulistano): NASF; CECCO; CAPS adulto; CAPS Ad; CAPSi
E o território: GTs; Fóruns; PNH
Condições de possibilidade: histórias cruzadas serviço e IES tradição de estágios e de participação de
professores em iniciativas de educação permanente (Integração Docente – Assistencial (anos 80); pesquisa interdisciplinar de reconhecimento de território (1998); “Projeto Saúde na Cidade” (2003);
história consistente de construção do SUS na Zona Norte: movimentos pelo direito à saúde; experiências pioneiras na atenção básica (apoio matricial; saúde mental e saúde bucal no PSF, em 1998); e no Fórum dos trabalhadores de saúde mental (2000); formação de apoiadores institucionais da PNH (2008); Gts e Fóruns.
Princípios e decisões estratégicas Pró-Saúde como articulador de todas as ações
da universidade no território da Fó/Brasilândia; eleger um eixo transversal, ordenador do
conjunto de atividades: a territorialização; articular as ações intra/inter cursos e entre
semestres e anos; delimitar temas ou demandas para as ações seguintes;
realizar dois eventos por ano, visando à planificação coletiva das ações e a discussão de temas/ metodologias de trabalho.
Objetivos do PRÓ-SAÚDE II • formar para ações de promoção da saúde,
prevenção de agravos, tratamento e recuperação , ponto de partida de uma linha de cuidado integral e contínuo
• aprofundar a parceria entre PUC-SP e coordenadoria Norte da SMS/Supervisão Técnica Freguesia do Ó/Brasilândia
• preparar os estudantes para o trabalho em equipe multiprofissional e em rede, para a atuação interdisciplinar e intersetorial planejada segundo as necessidades da população de um território
• promover mudanças nos currículos e articular os projetos pedagógicos dos cursos
Modos de fazer
. Construção de processos de trabalho co-gestionários entre IES e serviços
. Orientação das atividades segundo o eixo da territorialização
. Articulação da lógica territorial com as ações de atenção à saúde
DispositivosReuniões sistemáticas do Comitê Gestor Local
AmpliadoOficinas de planejamento e avaliaçãoProjetos de Educação Permanente: rodas de conversa,
oficinas de formação, de apoio à produção científica SemináriosParticipação no Encontro anual de Pesquisadores de
SaúdeOficinas de escrita das experiênciasOficinas com usuários (participação nos conselhos)Site sobre as ações do Projeto:
http://www.pucsp.br/pro_saude/index.html
Site:
http://www.pucsp.br/pro_saude/index.html
PROPETSAUDE III (2012-2014)4 UBS e equipes NASF+ rede de saúde
mental (CAPS, CAPSi, CAPSAd, CECCO) 3 tutores (Edna Kahalle, Elisa Zaneratto
Rosa; M. Cristina Vicentin)13 preceptores 24 bolsistasProjetos de pesquisa: ATENÇÃO BÁSICA E
APRIMORAMENTO DO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NO TERRITÓRIO DA FREGUESIA DO Ó E BRASILÂNDIA (TRANSTORNOS MENTAIS e ALCOOL e OUTRAS DROGAS)
Objetivos PROPET SAUDE III Ampliar/consolidar repertórios dos alunos e trabalhadores do
território para o cuidado em saúde mental (na interface com a AB) e para o trabalho em equipe e em rede.
Desenvolver pesquisas e ações em rede no campo da atenção à saúde mental na interface com Atenção Básica, abrangendo os problemas relacionados aos transtornos mentais, e ao uso álcool e outras drogas, que atendam as necessidades de saúde da população e a territorialização das ações.
Aprimorar os processos de formação em saúde na IES e nos serviços de modo a contribuir nos processos de transformação das práticas de saúde, orientadas pelos princípios do SUS, no sentido de uma visão de integralidade da assistência.
Criar mecanismos para a institucionalização da parceria PUC-SP/Coordenadoria de Saúde Norte/Supervisão Fó/Brasilândia e para a integração curricular dos cursos envolvidos.
Percurso (agosto 2012-fev 2013)Seleção/pactuação/conhecimento do projetoItinerários no território (imersão) (setembro-
outubro)Mapeamento casos de saúde mental
(outubro-novembro) Conhecimento das trajetórias UBS Sylmaria
em saúde mental Sistematização do produzido em 3 GTs Organização do I Seminário PROPET
(abril/2013)
Pesquisa (Itinerários de cuidado)JustificativaDesejo de gestores e profissionais por
mudança no modelo de atençãoDemanda e necessidade de cuidado aos
casos de transtorno mental no território, implicando ações da Atenção Básica
Medicalização dos usuáriosNecessidade de formação das equipes para
atuar em saúde mentalDebate sobre a atenção em álcool e outras
drogas
Pesquisa (Itinerários de cuidado)Objetivos Identificar os casos e analisar o acesso às
ações de cuidado na rede de saúde em relação aos problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas e aos transtornos mentais no território
Identificar os itinerários terapêuticos e de cuidado/auto-cuidado dos usuários já inseridos em ações de saúde mental
PET Saúde Conquistas Estreitamento das relações entre
profissionais de diferentes serviçosReflexão acerca do processo de trabalho
(fluxos, registros) Legitimação/problematização da relação
entre a assistência e pesquisa/produção de conhecimento
Maior compreensão da função preceptoria e do serviço como formador
Aproximação do microterritório da UBS Silmarya e sua complexidade
PET SaúdeDesafios Desenvolver tecnologia para mapear
itinerários e casos em relação com o cotidiano do serviço
Qualificar a formação em saúde mental e as metodologias de pesquisa-ação/pesquisa-intervenção.
Ampliação da estratégia de cuidado e monitoramento para a Rede
Resultados esperadosDiagnóstico das ações e demandas de saúde mental;
Produção de linhas-guias de cuidado em saúde mental; Projetos Terapêuticos articulados entre UBS e outros serviços de saúde/saúde mental;
Ampliação da formação das equipes dos serviços e dos alunos para metodologias do cuidado em saúde mental e para o trabalho em rede; ampliação da parceria Clínica Psicológica/Derdic e território;
Rede temática de troca de saberes na universidade relativa aos temas da saúde mental;
Definição conjunta (IES e serviços) de projetos de pesquisa interdisciplinares;
Publicação com registros das experiências e resultados da pesquisa-ação (PET) e das experiências do Pró-Saúde e produção de vídeos.
Avanços (territorialização)conexão das ações desenvolvidas pelo aluno em vários
momentos de formação e integração do aluno por níveis de formação; aprofundamento/desdobramento da intervenção;
ampliação da atuação intersetorial e em rede (articulação de políticas no território e da Universidade como parte da rede);
ganhos quanto à continuidade/sustentabilidade da ações, bem como na complexificação, integração e processualidade das mesmas;
identificação de novos temas e demandas do território (construção do PROPET foi efeito deste processo).
Avanços (formação)ampliação da participação dos profissionais dos
serviços de saúde nas atividades de ensino e a participação de docentes e alunos nos serviços, com consolidação de mudanças no processo de trabalho.
estágio se desloca dos tradicionais lugares de uso instrumental do serviço e/ou de suplência para co-responsabilidade na formação, percepção da contribuição do estagiário e construção de soluções conjuntas.
crescente assunção da atitude de formador do profissional do serviço; inserção dos estudantes na equipe.
a preocupação em trabalhar métodos e técnicas profissionais dá lugar ao trabalho de desvelar a complexidade do vivido; alunos e professores mais conectados com o território.
Avanços (formação)ampliação da participação dos três cursos no território
com envolvimento de maior número de docentes, de alunos e de diferentes campos de competências;
processo de integração entre disciplinas e estágios dos três cursos envolvendo professores e alunos de diferentes disciplinas.
ampliação do interesse dos alunos pelo campo da saúde pública
fortalecimento do processo de organização e ampliação de uma equipe de professores que pensa o campo da saúde, permitindo vislumbrar mudanças metodológicas e de conteúdo programático de diferentes disciplinas.
aproximação das linhas de pesquisa já existentes nos Programas de Pós do território.
Desafios (formação)estrutura curricular e horários dos três cursos envolvidos são
muito diferentes e dificultam o desenvolvimento de ações conjuntas.
sensibilização dos docentes vem ocorrendo gradativamente; o aprofundamento das temáticas trazidas pelo serviço se mostra como possibilidade de implicar outros professores e pesquisadores em questões complexas para o cuidado em saúde;.
é preciso avançar no desenvolvimento de atividades que coloquem os estudantes desde os primeiros anos de formação em contato mais sistemático no território, considerando-se as possibilidades de ação de acordo com o nível de formação que possuem (PET tem permitido isto).
avançar na integração das atividades discentes com os movimentos populares do território e com as ações de controle social.
tal “integração” não se dá sem tensionamentos. IES e serviços são, cada um, territórios heterogêneos quanto às práticas de formação e de atenção à saúde. (lógicas fragmentares e reducionistas estão tanto no serviços quanto na IES).
Desafios (gestão)professores envolvidos com o Pró-Saúde são
demandados em tarefas de grande complexidade que exigem processamento e articulações constantes. A ausência de apoio financeiro ou institucional para tal tarefa resulta na configuração de um sobre-trabalho.
inexistência do financiamento para a universidade nos primeiros dois anos do Projeto (derivado da lenta processualidade nas instâncias de sua tramitação), com restrições (na oferta de ações de formação para os serviços e de melhoria de condições de infra-estrutura dos contextos de aprendizagem)
modalidades (legítimas e importantes) de controle do uso da verba (licitações, editais) não caminham na mesma velocidade, dinâmica e necessidades das ações colocadas pelos projetos concretos e cotidianos.
Desafios (institucionalização)insuficiente valorização da extensão pela
CAPES e pelo MEC/INEP. A busca de espaço na instituição para melhores condições do trabalho realizado e para a ampliação da participação docente requer investimentos permanentes.
políticas de estágio das secretarias de saúde muitas vezes dificultam institucionalização dos processos de integração; burocratizam e minimizam efeitos de formação, privilegiando relações mercantis.
necessidade de maior articulação MS e MEC para induzir mudanças curriculares.
Em síntese:Pró-Saúde tem se mostrado indutor de
mudanças nas práticas de saúde e de formação. fortaleceu o vínculo estagiários, docentes,
equipes/gestores; aprimorou os modos de inserção/articulação da
universidade nos serviços e o planejamento das ações entre as unidade/academia, colocando alunos e professores em contato com os princípios norteadores do SUS.
crescente problematização e reflexão de que as mudanças desejadas nas práticas em saúde estão diretamente relacionadas à formação que se inicia na graduação.
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