FAM – Faculdade Manancial (Centro Educacional)
Em parceria com a
ACB - Academia Científica do Brasil
Curso: Pós-graduação Stricto Senso - Mestrado em Letras
Pesquisa: Em Produção de Textos
AULA III:
PESQUISA CIENTÍFICA, GRAMÁTICA E
ESTÓRIA.
Autor: Dr. João Domingos Soares de Oliveira
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Senhor (a) Seminarista em teu terceiro Material Didático, você
estudará as seguintes Matérias:
METODOLOGIA CIENTÍFICA, na página 3;
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO, na página 32;
GRAMÁTICA, na página 38;
CRIATIVIDADE, na página 64;
FICÇÃO, na página 69;
Bons estudos!
Acreditamos no teu potencial...
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VIII. METODOLOGIA CIENTÍFICA
Teoria científica é o conjunto de conhecimentos que procura explicar,
com alto grau de exatidão, fenômenos abrangentes da natureza, ou seja, é
diferente do significado da palavra "teoria" utilizada no dia a dia, no senso
comum, quando dizemos que algo “é apenas uma teoria”, no sentido de que é
uma mera especulação. Um exemplo de teoria científica é a Teoria da
Evolução, que explica como espécies se transformam ao longo do tempo.
O método científico engloba a observação de um fato; elaboração de
uma “pergunta” acerca desse fato, com base em uma teoria que precisa ser
explicada; e formulação de uma hipótese, consistindo em possíveis respostas
testáveis para esta pergunta.
Muitas vezes o cientista testa sua hipótese por meio de situações
experimentais como forma de confirmar ou refutar suas deduções. Quando é
refutada, esse deverá modificar a hipótese ou substituí-la por outra.
Geralmente, quando são necessárias experimentações, utiliza-se um
“grupo-controle”, que será o objeto de comparação. Por exemplo, para verificar
se a água de determinado ribeirão está poluída pode-se utilizar métodos de
ecotoxicologia, que constitui em depositar concentrações crescentes desta
água em diferentes aquários contendo dois peixes de mesma espécie e idade
(grupo experimental) e, como grupo controle, dois peixes em um aquário
contendo água de torneira. Após o tempo necessário, compara-se a situação
dos animais das diferentes concentrações com o grupo experimental,
permitindo que os resultados e hipóteses sejam validados ou não.
A publicação em revistas científicas especializadas seria a última etapa
do processo. Esta é uma forma de divulgar o trabalho e permitir que outros
cientistas repitam a experiência e confiram os resultados ou se baseiem para
outras pesquisas.
Hipóteses confirmadas por diversas experiências e experimentos
poderão ser consideradas leis e um conjunto de leis e hipóteses poderão
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formar uma teoria. Todas as duas, apesar da credibilidade no meio científico,
podem ser corrigidas e aperfeiçoadas à medida que novas descobertas são
lançadas. O fato, muitas vezes confundido também com o que vem a ser teoria,
reformula e rejeita esta, na medida em que teorias são passíveis de
modificação: ele redefine e esclarece-as, melhorando os conceitos propostos
por elas.
1. COMO FAZER MONOGRAFIA?
Redação da Monografia
Fonte: Manual de orientação de monografia da Uniceub
Apresentação
Parte-se da premissa de que os trabalhos serão realizados com o emprego
do programa processador de textos Word, da Microsoft, pois, de acordo com
pesquisa feita na comunidade interessada, este é o mais. Ademais, referido
programa está disponível nos computadores do laboratório de informática da
instituição.
O manual tem por meta servir como fonte rápida e prática de consulta aos
alunos; assim, somente os tópicos mais comuns serão tratados, buscando-se a
concisão e a simplicidade na exposição.
Na elaboração do presente manual, foram empregadas como principais
fontes de consulta as normas da ABNT - Associação Brasileira de Normas
Técnicas, especialmente a NBR 6032/1989 e a NBR 6023/2000, além de
outras fontes bibliográficas indicadas no final deste volume.
2. TERMINOLOGIA
Não obstante o uso de muitos termos concernentes ao tema não ser
uniforme entre os pesquisadores, neste capítulo pretende-se estabelecer uma
padronização do emprego dos vocábulos mais comuns, o que, por certo, será
de utilidade geral e para a compreensão deste trabalho.
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Termo Significado
Projeto de
pesquisa
Relatório escrito apresentado ao final da disciplina
MONOGRAFIA I, no qual o acadêmico especifica o problema
que pretende pesquisar, situando-o espacial e temporalmente,
expõe qual é o seu marco teórico de referência (impressões
iniciais sobre o problema) e indica os meios e os métodos a
serem empregados. [15]
Relatório de
pesquisa
Narração escrita, ordenada e minuciosa daquilo que foi
apurado em um trabalho de pesquisa.
Monografia Genericamente, qualquer relatório de pesquisa versando
assunto específico; destarte, opõe-se a manual, que trata de
toda uma disciplina ou de assuntos amplos.
Trabalho
acadêmico
Qualquer relatório de pesquisa apresentado em disciplinas
de cursos de graduação e pós-graduação.
Monografia de
conclusão de
curso
Relatório de pesquisa versando assunto específico como
requisito para a conclusão de curso de graduação ou pós-
graduação lato sensu. Também conhecido como “trabalho
de conclusão de curso”.
Dissertação Relatório de pesquisa versando assunto específico, no qual
o autor deve demonstrar capacidade de sistematização e de
domínio sobre o tema, como requisito para a conclusão de
curso de mestrado.
Tese Relatório de pesquisa versando assunto específico, no qual
o autor deve demonstrar capacidade de sistematização e de
domínio sobre o tema, abordando-o de maneira original e
contributiva ao progresso da ciência, como requisito para a
conclusão de curso de doutorado.
Artigo Trabalho monográfico publicado em revista ou jornal e, por
isso, geralmente de pequena extensão.
Resenha Trabalho de síntese de obra de terceira pessoa.
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Abstratou
resumo
Síntese da monografia (geralmente teses e dissertações),
apresentada em um único parágrafo, inserida logo após o
sumário, escrita na língua do texto principal e também
traduzida para a língua estrangeira.
Orientador Professor da instituição encarregado de conduzir a pesquisa
dos acadêmicos na elaboração de monografias.
3. FORMATAÇÃO BÁSICA
1.1. IMPRESSÃO
O papel de impressão das monografias de conclusão de curso e demais
trabalhos acadêmicos deve ter o tamanho 210x297mm (modelo A4), ser branco
e apresentar boa qualidade de absorção da tinta.
A impressão deve ser feita somente em um dos lados do papel.
A impressão do texto principal deve ser feita em tinta preta, podendo ser
empregados tons de cinza na formatação dos títulos; outras cores, mormente
as mais vivas, devem ser de uso restrito às eventuais ilustrações, fotos e
tabelas.
3.2. ENCADERNAÇÃO
A encadernação serve para facilitar o manuseio e a conservação das
laudas da monografia e deve ser feita, preferencialmente, com mola espiral e
com o emprego de capas plásticas, sendo a primeira branca e transparente, e
a última, preta e opaca.
Depois de aprovada a monografia, o aluno deverá depositar um volume
da versão definitiva em disquete no formato Word.
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3.3. MARGENS
Adotam-se as seguintes margens-padrão, na visualização da
configuração da página do Word (alt+A/o) [16]:
3.4. FONTES
Deve ser utilizada, para o corpo da monografia, a fonte Times New
Roman, estilo normal, tamanho 12.
3.4.1. USO DE ASPAS E DOS ESTILOS NEGRITO, ITÁLICO E
SUBLINHADO
Antigamente indicava-se o uso de aspas e dos estilos de fonte itálico,
negrito e sublinhado indistintamente para destacar palavras estrangeiras,
títulos das obras, dos capítulos, de palavras não usuais, de transcrições etc..
Isso encontrava justificativa no passado, pois não se podia exigir que os
acadêmicos dispusessem de máquinas datilográficas com tantos tipos
diferenciados. Todavia, não há mais justificativa para tanto, tendo em vista que
o programa processador de textos dispõe de todos estes recursos. Assim,
recomenda-se o seguinte:
O emprego de aspas para destacar transcrições de textos;
O uso do itálico para destacar palavras ou frases em língua estrangeira;
O emprego do negrito para destacar o nome de uma monografia ou um
de um capítulo, bem como palavras de efeito e expressões principais contidas
em um parágrafo;
O uso do estilo sublinhado somente para destacar links (vínculos) empregados
em informática.
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3.5. PARÁGRAFOS
A formatação específica dos principais estilos de parágrafos será
estabelecida a seguir. Devem ser evitadas as linhas órfãs/viúvas. É
recomendável que o acadêmico, para facilitação do seu trabalho, tenha
domínio do uso da função estilo do processador de texto (alt+F/s).
2. NOTAS DE RODAPÉ
Empregam-se notas de rodapé para a inclusão de textos e explicações
de importância não essencial para a compreensão do texto principal, remissões
a outras partes do trabalho (referências cruzadas), advertências, bem como
para indicações bibliográficas, transcrições e ideias contidas em outros
trabalhos.
O objetivo da inclusão das notas de rodapé é o de não desviar a atenção
do leitor do texto principal para elementos de importância secundária,
mantendo-o enxuto.
A citação em nota de rodapé terá o formato deste, independentemente
do número de linhas, sendo iniciada e encerrada pelas aspas.
A apresentação do parágrafo de notas de rodapé deve vir em fonte 2
pontos menor que a do parágrafo normal e seguir as seguintes orientações:
3. CABEÇALHO
O cabeçalho é opcional e pode conter o título da monografia, o nome do
autor ou ambos, ou ainda o título do capítulo ou da seção.
Não deve ser visível na primeira página de cada seção (capítulo) nem nos
elementos pré-textuais.
A apresentação do parágrafo de cabeçalho deve vir em fonte 2 pontos
menor do que a do parágrafo normal e seguir as seguintes orientações:
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4. CAPÍTULOS
A divisão da monografia em capítulos, seções etc. tem por objetivo
facilitar a identificação de partes do texto integral, quer para despertar a
atenção do leitor para a ideia central do trabalho, quer para facilitar a sua
localização.
Sendo assim, não existem regras fixas para sua determinação – divide-se
um texto em capítulos e subcapítulos quando o autor entender necessário,
conforme perceba que o tema mereça destaque. Não se nomeiam como
capítulos a introdução e a conclusão.
5. TÍTULOS
Título é a designação que se põe no começo da monografia, de suas
partes, capítulos e seções, e que indica o tema-objeto do texto a seguir,
servindo para facilitar a identificação do trabalho ou de parte dele.
5.1. TÍTULO DA MONOGRAFIA
O título da monografia é inserido na folha de rosto, na seguinte formatação:
parágrafo: centralizado verticalmente; espaçamento entre linhas: 1,2; sem
recuos; fonte: tamanho 16, negrito, todas maiúsculas. O título da monografia,
evidentemente, não recebe qualquer numeração, pois é único.
5.2. TÍTULOS DOS CAPÍTULOS E SEÇÕES
Os títulos dos capítulos e de suas seções (tantas quantas houver) são
apresentados em parágrafos com alinhamento justificado, espaçamento entre
linhas simples, com recuo especial de deslocamento, fontes e espaços
variados conforme seu nível, recebendo numeração em algarismos arábicos,
da seguinte forma:
nível
Fonte espaçamento recuo
especial
deslocamento
numeração
Tamanho estilo antes depois
10
título 1(nível de
capítulo)
14 todas em
maiúsculas,
negrito
66 18 0,76 1.
título 2 (1.ª
seção ou
divisão de um
capítulo)
13 negrito,
minúsculas
12 12 1,02 1.1.
título
3(subdivisão)
13 itálico,
minúsculas
12 12 1,27 1.1.1.
título 4(próxima
subdivisão)
12 negrito,
minúsculas
12 12 1,52 1.1.1.1.
título 5(próxima
subdivisão)
12 itálico,
minúsculas
12 12 1,78 1.1.1.1.1.
Os números (1.1...) seguem a formatação do título.
Mesmo quando dois ou mais títulos se encontram em sequencia, sem
texto principal entre si, não devem ser adicionados espaços extras entre a
margem esquerda e o número do título inferior (para destacá-lo), ou seja, o
alinhamento vertical dos primeiros números dos diversos níveis de títulos é
sempre o mesmo, junto à margem esquerda. Desta forma:
1. TÍTULO 1
Texto textotexto
1.1 Título 2
Texto textotexto
1.1.1 Título 3
Texto textotexto
9. PAGINAÇÃO
As páginas que compõem o trabalho seguem duas numerações:
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os elementos pré-textuais recebem numeração em algarismos romanos,
colocada no centro da margem inferior das páginas. Tal contagem é iniciada
com a folha de rosto, mas esta, por questão de estética, não recebe número;
o texto principal recebe numeração em algarismos arábicos, colocada na
margem superior direita (junto ao cabeçalho, se houver), independente dos
elementos pré-textuais (inicia, portanto, em 1). Também por questão de
estética, a página de início de capítulo não recebe número (nem cabeçalho);
os elementos pós-textuais seguem a numeração do texto principal, mas não
recebem cabeçalho.
5. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
As monografias são compostas dos seguintes elementos, na ordem de
apresentação:
elementos pré-textuais, isto é, tudo o que vem antes do texto principal:
CAPA;
FOLHA DE ROSTO;
EPÍGRAFE (opcional);
FOLHA DE APROVAÇÃO;
DEDICATÓRIA;
AGRADECIMENTOS;
SUMÁRIO;
LISTAS;
RESUMO.
Texto principal, composto de introdução, desenvolvimento e conclusão;
Elementos pós-textuais, isto é, tudo o que vem após o texto principal:
GLOSSÁRIO;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS;
ÍNDICES;
ANEXOS;
6. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
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6.1. CAPA
A capa serve de proteção às páginas do volume que compõe a
monografia; deve ser do mesmo tamanho das páginas (A4), de plástico
transparente branco, para melhor proteger o documento e para permitir ao
leitor a visualização da folha de rosto.
Uma capa também deve ser posta após a última página do trabalho, com o
mesmo escopo de proteção e manuseio; esta, todavia, deve ser de cor escura,
de preferência preta, e opaca.
Como já se viu, a capa não é contada na numeração das páginas.
6.2. FOLHA DE ROSTO
A folha de rosto serve para permitir ao leitor a imediata identificação do
autor da monografia, do seu tema (através do título), da instituição para a qual
foi apresentada, quem foi o seu orientador e o ano de conclusão.
Variadas formatações das folhas de rosto são apresentadas nos diversos
manuais de orientação. Entrementes, optou-se pela seguinte:
No alto da página (a 3 cm da margem superior): nome do autor;
No fim do primeiro terço da página (em 11 cm), centralizado, o título da
monografia;
Logo abaixo (em 15cm), um parágrafo cuja margem esquerda se inicia
no alinhamento vertical do centro do parágrafo do título da monografia,
indicando a natureza acadêmica do trabalho, a instituição de ensino e o nome
do professor ou orientador;
Na parte mais baixa (em 26cm), em parágrafos centralizados e
sobrepostos, a localidade (a indicação da unidade federativa somente será
obrigatória se a localidade tiver homônima) e a data de conclusão do trabalho,
incluindo, no mínimo, o ano. Exemplo:
JOAQUIM JOSÉ DA SILVA
O SISTEMA TRIBUTÁRIO PORTUGUÊS
E A DERRAMA NO BRASIL
13
Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de
bacharelado em Direito do Centro Universitário de Brasília
Orientador: Prof. Lima e Silva
BRASÍLIA
2002
6.3. FOLHA DE APROVAÇÃO
Ver exemplo na ultima página de esta Matéria
6.4. SUMÁRIO
O sumário é a enumeração dos títulos dos capítulos e suas divisões,
com indicação da página de seu início, tendo por objetivo facilitar ao leitor a
localização de textos na monografia. Deve ser adequado ao tamanho do
trabalho.
É importante destacar que, se o acadêmico tiver domínio do uso da
função estilos do processador de textos Word, e os tiver empregado no corpo
do trabalho, poderá se poupar do esforço de elaborar o sumário, pois o
programa insere-o automaticamente quando requerido (Alt+I/c/l) [25], inclusive
indicando a página em que o título é encontrado.
6.5. RESUMO
Elemento obrigatório, constituído de uma sequência de frases concisas e
objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos, não ultrapassando 500
palavras, seguido, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do
trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, conforme a NBR 6028.
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7. ELEMENTOS TEXTUAIS
12.1. INTRODUÇÃO
A introdução é a apresentação sucinta e objetiva do trabalho, que
fornece informações sobre sua natureza, sua importância e sobre como foi
elaborado: objetivo, métodos e procedimentos seguidos.
Em outras palavras, é a parte inicial do texto, onde devem constar a
delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos
necessários para situar o tema do trabalho.
Lendo a introdução, o leitor deve sentir-se esclarecido a respeito do
tema do trabalho como do raciocínio a ser desenvolvido.
Como forma de esclarecer nossos clientes a respeito do trabalho
desenvolvido por nossa equipe, bem como para explicar como é feita a divisão
do texto em capítulos, seções e subseções, a seguir apresentar-se-á
comentários sobre a metodologia utilizada, que segue rigorosamente os
padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Conheça os seis elementos, indispensáveis, mas, responsáveis por uma
prefeita introdução: APRESENTAÇÃO TEMÁTICA (Contextualização, para
prosas e didáticos; ou Problemática para trabalhos de cateter científicos);
JUSTIFICATIVA (Mostrar de forma clara e convincente a importância do tema –
ou, simplesmente explicar porque escolheu o tal tema); OBJETIVO GERAL
(Mostrar o principal objetivo do trabalho); OBJETIVO ESPECÍFICO (mostrar
objetos secundários e terciários, e mostrar como atingir esses objetivos);
METODOLOGIA [Apresentar o porquê e como surgiu a ideia do tema; mostrar
como foram, ou como serão as pesquisas; podendo mostrar as suas citações;
pode revelar o grau acadêmico do autor e o seu ponto de vista (sem, porém
porem revelá-lo); mostrar o período as datas de início e fim do trabalho; e etc.],
e APRESENTAÇÃO DOS PONTOS ABORDADOS (Mostrar de forma
hierárquica crescente os pontos abordados, ou os capítulos do
desenvolvimento).
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12.2. DESENVOLVIMENTO
É a parte principal do texto, descrevendo com detalhes a pesquisa e como foi
desenvolvida.
Os resultados destas pesquisas devem ser inseridos seguindo a
seguinte ordem:
12.2.1. O QUE
No primeiro capítulo é demostrado com detalhes do se trata a
sua temática.
12.2.2. PORQUE
No segundo capítulo são explicados os fatores responsáveis
porque isso estar acontecendo.
12.2.3. CONSEQUÊNCIAS
No terceiro capítulo são explanados os danos, os prejuízos
que a sociedade, ou o grupo, ou alguém estão tendo
consequentemente a esse fator principal.
12.2.4. COMPARAÇÃO ENTRE AS TEORIAS PESQUISADAS
No quarto capítulo o acadêmico mostrará as concordância
e as discrepâncias entre os autores pesquisados.
12.2.5. POSSÍVEIS SOLUÇÕES
No quinto capítulo o acadêmico pode até mesmo mudaros
pronomes na terceira pessoa, para a primeira. Porque aqui, ele
mostrará a sua opinião, sobre a possível solução para o problema.
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12.3. CONCLUSÃO
Como um lavrador lavra a terra aguardando a colheita, ou um pescador
lança as redes esperando pescar o peixe; assim, um escritor escreve
aguardando o resultado na conclusão.
A conclusão é efetuada da seguinte forma: com base em cada capítulo
que foi introduzido e desenvolvido o escritor irá fazer um apelo aos leitores a se
identificar com o seu ideal. Todas estas estratégias procuram persuadir o leitor.
Aqui é repetido de maneira mais intensa o Objetivo Geral. Faça
também um apelo, ou uma dissertação com base em cada capítulo introduzido
e desenvolvido. Na conclusão, o escritor precisa colher o que plantou na
introdução e no desenvolvimento. Portanto, precisa ser bem criativa e
estratégica, visto que, é preciso prevalecer o objetivo.
Observações, os capítulos nascidos, ou apresentados na Introdução,
precisam estar todos (sem tirar, ou acrescentar) no Desenvolvimento, esses
capítulos precisam ser relembrados na Conclusão.
13. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
São os elementos que tem relação com o texto, mas que, para torná-lo
menos denso e não prejudicá-lo, costumam vir apresentados após a parte
textual.
Dentre os elementos pós-textuais temos as referências, o glossário, o
apêndice, o anexo, o índice.
Dentre os elementos pós-textuais, destacam-se:
1) Referências (obrigatório): conjunto padronizado de elementos descritivos,
retirados de documentos, de forma e permitir sua identificação individual. As
referências bibliográficas das monografias devem seguir o padrão NBR 6023,
que fixa a ordem dos elementos das referências e estabelece convenções para
transcrição e apresentação da informação originada do documento e/ou outras
fontes de informação;
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2) Anexo(s) (opcional): é um texto não elaborado pelo autor, que serve de
fundamentação, comprovação e ilustração para a monografia. Em monografias
jurídicas, por exemplo, pode-se colocar uma lei de importância fundamental
para o entendimento do texto.
14. DA APRESENTAÇÃO GRÁFICA
A seguir está descrito o padrão recomendado pela ABNT (NBR 14724),
que foi elaborado para facilitar a apresentação formal dos trabalhos
acadêmicos.
14.2. FORMATO E MARGENS
Os trabalhos devem ser digitados em papel branco A4 (210 mm x
297mm), digitados em uma só face da folha.
De acordo com a NBR 14724, o projeto gráfico é de responsabilidade do
autor do trabalho.
Recomenda-se, para digitação, a utilização de fonte tamanho 12 para o
texto e tamanho menor para citações de mais de três linhas, notas de rodapé,
paginação e legendas das ilustrações e tabelas.
Com relação às margens, a folha deve apresentar margem de 3 cm à
esquerda e na parte superior, e de 2 cm à direita e na parte inferior.
14.3. ESPACEJAMENTO
Todo o texto deve ser digitado com espaço duplo, exceto nas citações
diretas separadas do texto (quando com mais de três linhas), nas notas de
rodapé, nas referências no final do trabalho e na ficha catalográfica.
As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por
espaço duplo.
Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede ou que
os sucede por dois espaços duplos.
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15. NOTAS DE RODAPÉ
As notas devem ser digitadas dentro das margens, ficando separadas do
texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da
margem esquerda.
16. NDICATIVOS DE SEÇÃO
O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado à
esquerda, separado por um espaço de caractere.
17. NUMERAÇÃO PROGRESSIVA
Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, deve-se
adotar a numeração progressiva para as seções do texto. Os títulos das seções
primárias, por serem as principais divisões de um texto, devem iniciar em folha
distinta. Destacam-se gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os
recursos de negrito, itálico ou grifo e redondo, caixa alta ou versal, e outro,
conforme a NBR 6024, no sumário e de forma idêntica, no texto.
Exemplo:
1 Seção Primária – (TÍTULO 1)
1.1 Seção Secundária – (TÍTULO 2)
1.1.1 Seção terciária – (Título 3)
1.1.1.1 Seção quartenária – (Título 4)
1.1.1.1.1 Seção quinária – (Título 5)
Na numeração das seções de um trabalho devem ser utilizados
algarismos arábicos, sem subdividir demasiadamente as seções, não
ultrapassando a subdivisão quinária.
Importante ressaltar, também, que os títulos das seções primárias – por
serem as principais seções de um texto, devem iniciar em folha distinta.
Os títulos sem indicativo numérico, como agradecimentos, dedicatória,
resumo, abstract, referências e outras, devem ser centralizados.
18. DAS CITAÇÕES
19
Esta seção aborda o assunto das citações, que trata-se da menção, no
texto, de uma informação extraída de outra fonte.
O autor utiliza-se de um texto original para extrair a citação, podendo
reproduzi-lo literalmente (citação direta), interpretá-lo, resumi-lo ou traduzi-lo
(citação indireta), ou extrair uma informação de uma fonte intermediária.
De acordo com a NBR 14724 (AGO 2002), recomenda-se, para
digitação, a utilização de fonte tamanho 12 para o texto e tamanho menor para
citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, entre outros
elementos.
O item 5.6 da NBR 14724 orienta que “as citações devem ser
apresentadas conforme a NBR 10520”. Portanto, as regras referentes as
citações, que podem ser diretas ou indiretas, se encontram na NBR 10520
(AGO 2002).
18.1. CITAÇÕES DIRETAS
Para citações diretas com mais de três linhas, deve-se observar apenas
o recuo de 4 cm da margem esquerda. A citação ficaria da seguinte forma:
Para viver em sociedade, necessitou o homem de uma entidade com
força superior, bastante para fazer as regras de conduta, para construir o
Direito. Dessa necessidade nasceu o Estado, cuja noção se pressupõe
conhecida de quantos iniciam o estudo do Direito Tributário. (MACHADO, 2001,
p. 31).
Importante observar que nas citações indiretas deve-se colocar o
sobrenome do autor (em letra maiúscula), o ano da publicação da obra e o
número da página onde foi retirado o texto.
Por outro lado, na lista de referências bibliográficas, ou seja, no final da
monografia, deverá constar a referência completa da seguinte forma:
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 19. ed. São Paulo:
Malheiros, 2001.
As citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas
entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no
interior da citação. A seguir, temos o exemplo deste tipo de citação:
20
Bobbio (1995, p. 30) com muita propriedade nos lembra, ao comentar
esta situação, que os “juristas medievais justificaram formalmente a vaidade do
direito romano ponderando que este era o direito do Império Romano que tinha
sido reconstituído por Carlos Magno com o nome de Sacro Império Romano”.
Na lista de referências:
BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico: lições de Filosofia do Direito.
São Paulo: Ícone, 1995.
18.2. CITAÇÕES INDIRETAS
Citações indiretas (ou livres) são a reprodução de algumas ideias, sem
que haja transcrição literal das palavras do autor consultado. Apesar de ser
livre, deve ser fiel ao sentido do texto original. Não necessita de aspas. A
seguir, alguns exemplos de citações indiretas:
De acordo com Machado (2001), o Estado, no exercício de sua
soberania, exige que os indivíduos lhe forneçam os recursos de que necessita,
instituindo tributos. No entanto, a instituição do tributo é sempre feita mediante
lei, devendo ser feita conforme os termos estabelecidos na Constituição
Federal brasileira, na qual se encontram os princípios jurídicos fundamentais
da tributação.
Conforme visto supra, nas citações indiretas, diferentemente das
citações diretas, não é necessário colocar o número da página onde o texto foi
escrito.
18.3. NOTAS DE RODAPÉ
No que se refere a notas de rodapé, de acordo com a NBR 10520, deve-
se utilizar o sistema autor data para as citações do texto e o numérico para
notas explicativas.
As notas de rodapé podem ser conforme as notas de referência (ver
tópico 3.5) e devem ser alinhadas, a partir da segunda linha da mesma nota,
abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e
sem espaço entre elas e com fonte menor.
21
Exemplos:
_________________
1 Veja-se como exemplo desse tipo de abordagem o estudo de Netzer (1976).
Encontramos esse tipo de perspectiva na 2ª parte do verbete referido na nota
anterior, em grande parte do estudo de Rahner (1962).
18.4. NOTAS DE REFERÊNCIA
Ao fazer as citações, o autor do texto pode fazer a opção de colocar
notas de referência, que deverá ser feita por algarismos arábicos, devendo ter
numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte. Não se inicia a
numeração a cada página.
A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua
referência completa.
Exemplo: No rodapé da página:
_____________________
8 FARIA, José Eduardo (Org.). Direitos humanos, direitos sociais e justiça. São
Paulo: Malheiros, 1994.
Conforme visto supra, a primeira citação de uma obra, obrigatoriamente,
deve ter sua referência completa. As citações subsequentes da mesma obra
podem ser referenciadas de forma abreviada, podendo ser adotadas
expressões para evitar repetição desnecessária de títulos e autores em nota de
rodapé.
As expressões com abreviaturas são as seguintes:
a) apud – citado por;
b) idem ou Id. – o mesmo autor;
c) ibidem ou Ibid. – na mesma obra;
d) sequentia ou et. seq. – seguinte ou que se segue;
e) opus citatum, opere citato ou op. cit. – na obra citada;
f) cf. – confira, confronte;
g) loco citato ou loc. cit. – no lugar citado;
h) passim – aqui e ali, em diversas passagens;
3.20. Notas explicativas
22
Notas explicativas são as usadas para a apresentação de comentários,
esclarecimentos ou considerações complementares que não possam ser
incluídas no texto, devendo ser breves, sucintas e claras. Sua numeração é
feita em algarismos arábicos, únicos e consecutivos e não se inicia a
numeração a cada página.
19. O LINGUAJAR NA MONOGRAFIA
Nunca diz em trabalhos acadêmicos: “para mim”, “eu acho”,
ou,“tem que ser assim”. Mas sempre diz: “segundo as pesquisas”,
ou,“segundo”, ou, “para”, ou, “conforme” (fulano). Evite repetição de
palavra e não afirma nada, tudo é: “segundoo resultado da (s) pesquisa
(s).”
Sempre quando é dito conforme as pesquisas é preciso mostrar as
referências de onde foram efetuadas.
20. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Referência é o “[. . . ] conjunto padronizado de elementos descritivos,
retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (ABNT,
2002, p. 2) no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de
suporte.
Consultar a ABNT específica para elaboração de referências: NBR 6023/2002.
Incluir na lista apenas as fontes que efetivamente foram utilizadas para a
elaboração do trabalho.
Pode-se separar os documentos bibliográficos de outros tipos de fonte
(discos, filmes, fitas, etc.), recebendo o título de FONTES CONSULTADAS.
Pode-se incluir, também, uma BIBLIOGRAFIA RECOMEDADA onde são
indicadas outras referências para aprofundamento do assunto.
As referências devem ser listadas em ordem alfabética única de autor
(es) e/ou título(s). Em casos específicos, podem ser numeradas e arranjadas
23
por assunto, autor ou correspondendo ao sistema numérico adotados nas
citações Substituir o nome do autor de várias obras referenciadas
sucessivamente por um traço equivalente a 6 (seis) toques e ponto (______.),
nas referências seguintes à primeira.
As referências devem aparecer, sempre, alinhadas somente à margem
esquerda e de forma a se identificar individualmente cada documento, em
espaço simples e separadas entre si por espaço duplo.
Os elementos da referência devem ser obtidos na folha de rosto, no
próprio capítulo ou artigo e, se possível, em outras fontes equivalentes.
Para mais informações, consultar a norma da ABNT específica para
elaboração de referências: NBR 6023/2002.
19.1. EXEMPLO DE REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DE UM LIVRO
AUTOR: SOBRENOME, Prenome.
OBRA: Título: subtítulo.
EDIÇÃO: a partir da 2ª Edição.
LOCAL: Somente a Cidade seguida de dois pontos (:)
EDITORA: Se a Editora tiver em seu título a palavra, “Editora”, só registre as
demais palavra, isente registrar a palavra editora.
ANO: ano de publicação.
PAGINAS: nº de pág. (opcional)
NÚMERO DE SÉRIE; (Série) (opcional)
Ex.:
WEISS, Donald. Como Escrever com Facilidade. São Paulo: Círculo do Livro,
1992.
6023/2002.
FORMAS DE ENTRADA NAS REFERÊNCIAS
SEGUNDO A NBR 6023/2002
24
ENTRADA EXEMPLOS
Um autor CASTRO, Cláudio de Moura.
Dois autores CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino.
Três autores ENRICONE, Délcia; GRILLO, Marlene; CALVO
HERNANDEZ, Ivone.
Mais de três autores RIBEIRO, Ângela Lage et al.
Organizador,
compilador, etc.
D'ANTOLA, Arlette (Org.).
Entidade coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO
SUL. Faculdade de Educação. Programa de Pós-
Graduação em Educação.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente.
BRASIL. Ministério da Educação.
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO (RS).
Eventos (congressos,
conferências,
encontros...)
CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO PRÉ-
ESCOLAR, 6., 1995, Porto Alegre.
Referência Legislativa
(leis, decretos,
portarias...)
BRASIL. Constituição, 1988.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Título (autoria não
determinada)
AVALIAÇÃO da Universidade, Poder e Democracia.
DOCUMENTOS CONSIDERADOS NO TODO
Livro SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo.
Nota de tradução.* Edição.** Local: Editora,
ano de publicação. nº de pág. (opcional)
(Série) (opcional)
Ex.:
WEISS, Donald. Como Escrever com
Facilidade. São Paulo: Círculo do Livro, 1992.
25
Periódico TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. Local: editor, ano
do primeiro volume e do último, se a
publicação terminou. Periodicidade (opcional).
Notas especiais (títulos anteriores, ISSN etc.)
(opcional).
Ex. :
EDUCAÇÃO & REALIDADE. Porto Alegre:
UFRGS/FACED, 1975-
Entrevista ENTREVISTADO. Título. Local: data. Nota da
Entrevista.
Ex. :
CRUZ, Joaquim. A Estratégia para Vencer.
Pisa: Veja, São Paulo, v. 20, n. 37, p. 5-8, 14
set. 1988. Entrevista concedida a J.A. Dias
Lopes.
Dissertação e Tese SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo.
Local: Instituição, ano. nº de pág. ou vol.
Indicação de Dissertação ou tese, nome do
curso ou programa da faculdade e
universidade, local e ano da defesa.
Ex.:
OTT, Margot Bertolucci. Tendências
Ideológicas no Ensino de Primeiro Grau. Porto
Alegre: UFRGS, 1983. 214 p. Tese
(Doutorado) – Programa de Pós-Graduação
em Educação, Faculdade de Educação,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, 1983.
Evento (congresso,
conferência, encontro...)
NOME DO EVENTO, nº do evento, ano, local.
Título. Local: Editor, ano de publicação. nº de
pág. (opcional)
Ex. :
SEMINÁRIO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO,
3., 1993, Brasília. Anais. Brasília: MEC, 1994.
300 p.
26
Documento eletrônico SOBRENOME, Prenome. Título. Edição.
Local: ano. Nº de pág. ou vol. (Série) (se
houver) Disponível em: <http://...> Acesso em:
dia mês (abreviado) ano.
Ex. :
MELLO, Luiz Antônio. A Onda Maldita: como
nasceu a Fluminense FM. Niterói: Arte &
Ofício, 1992. Disponível em:
<http://www.actech.com.br/aondamaldita/
creditos.html> Acesso em: 13 out. 1997.
Dicionário e Enciclopédia SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo.
Edição. (se houver) Local: Editora, data. Nº de
páginas ou vol. (opcional)
Ex. :
FERREIRA, Aurélio B. de Hollanda. Novo
Dicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1986. 1838 p.
ou
ENCICLOPÉDIA Mirador Internacional. São
Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil,
1995. 20 v.
Programa de Televisão e
Rádio
TEMA. Nome do Programa. Cidade: nome da
TV ou Rádio, data da apresentação do
programa. Nota especificando o tipo de
programa (rádio ou TV)
Ex. :
UM MUNDO ANIMAL. Nosso Universo. Rio de
Janeiro, GNT, 4 de agosto de 2000. Programa
de TV.
CD-ROM AUTOR. Título. Edição. Local de publicação:
Editora, data. Tipo de mídia.
Ex. :
ALMANAQUE Abril: sua fonte de pesquisa.
São Paulo: Abril, 1998. 1 CD-ROM
27
E-MAIL (não é
recomendado seu uso
como fonte científica ou
técnica de pesquisa pelo
seu caráter efêmero,
informal e interpessoal)
NOME do remetente. Assunto. [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por <Endereço
eletrônico> em data de recebimento.
Ex.:
BIBLIOTECA CENTRAL DA UFRGS. Alerta.
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por
<[email protected]> em 18 jul. 2000.
*Tradução: quando for documento traduzido, colocar a expressão
‘Tradução por’ ou ‘Tradução de’ seguida do nome do tradutor, logo após o
título da obra.
**Edição: indicar, a partir da segunda edição, logo após o título da obra, em
algarismo arábico seguido de espaço e da abreviatura da palavra edição.
Ex.: 2. ed., 2. ed. rev.
PARTES DE DOCUMENTOS
DESCRIÇÃO ELEMENTOS E EXEMPLOS
Capítulos de livro:
a) autoria diferente da autoria
do livro no todo
SOBRENOME, Prenome (autor do capítulo). Título. In:
SOBRENOME, Prenome (autor da obra no todo). Título.
Local: Editora, ano. Pág. inicial e final.
Ex. :
SCHWARTZMAN, Simon. Como a Universidade Está se
Pensando? In: PEREIRA, Antônio Gomes (Org.). Para
Onde Vai a Universidade Brasileira? Fortaleza: UFC,
1983. P. 29-45.
ou
CECCIM, Ricardo Burg. Exclusão e Alteridade: de uma
nota de imprensa a uma nota sobre a deficiência mental.
In: EDUCAÇÃO e Exclusão: abordagens sócio-
antropológicas em educação especial. Porto Alegre:
Mediação, 1997. P. 21-49.
SOBRENOME, Prenome. Título (do capítulo) In: ______.
Título (do livro no todo) Local: Editora, ano. Cap nº (se
28
b) autoria igual à autoria da
obra no todo
houver), página inicial e final.
Ex. :
GADOTTI, Moacir. A Paixão de Conhecer o Mundo. In:
______. Pensamento Pedagógico Brasileiro. São Paulo:
Atlas, 1987. Cap. 5, p. 58-73.
Artigo de revista SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo do artigo.
Título do periódico, local, volume, fascículo, página inicial
e final, mês e ano.
Ex. :
SAVIANI, Demerval. A Universidade e a Problemática da
Educação e Cultura. Educação Brasileira, Brasília, v. 1,
n. 3, p. 35-58, maio/ago. 1979.
Artigo de jornal SOBRENOME, Prenome. Título do artigo. Título do
jornal, local, dia, mês e ano. Título do caderno, seção ou
suplemento, página inicial e final.
Ex. :
AZEVEDO, Dermi. Sarney Convida Igrejas Cristãs para
Diálogo sobre o Pacto. Folha de São Paulo, São Paulo,
22 out. 1985. Caderno econômico, p. 13.
ou
SOBRENOME, Prenome. Título do artigo. Título do
jornal, local, página inicial e final, dia, mês e ano.
LEAL, L. N. MP Fiscaliza com Autonomia Total. Jornal do
Brasil, Rio de Janeiro, p. 3, 25 abr. 1999.
Fascículo de periódico
a) com título específico
TÍTULO DO PERIÓDICO. Título do fascículo,
Suplemento ou nº especial. Local: Editor, nº do volume,
nº do fascículo, mês e ano. nº de pág. (opcional). Tema
de fascículo: título específico
Ex.:
EDUCAÇÃO & REALIDADE. Currículo. Porto Alegre:
UFRGS/FACED, v. 26, n. 2, jul./dez. 2001. Tema do
fascículo: Pedagogia, docência e cultura.
TÍTULO DO PERÓDICO. Local: Editor, nº do Volume, nº
do fascículo, mês e ano. nº de pág. (opcional).
29
b) sem título específico
Ex. :
CIÊNCIA HOJE. São Paulo: SBPC, v. 5, n. 27, nov./dez.
1995.
Trabalho apresentado em
congresso
SOBRENOME, Prenome (autor do trabalho). Título:
subtítulo. In: NOME DO CONGRESSO, nº. Ano, local de
realização. Título (da obra no todo). Local de publicação:
Editora, ano. Páginas inicial e final do trabalho.
Ex.:
MOREIRA, A. F. B. Multiculturalismo, Currículo e
Formação de Professores. In: SEMINÁRIO ESTADUAL
DE EDUCAÇÃO BÁSICA, 2., 1998, Santa Cruz do Sul.
Anais... Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 1998. P. 15-30.
ou
SOBRENOME, Prenome (autor do trabalho). Título:
subtítulo. Ano. Trabalho apresentado ao nº do evento (se
houver), nome, cidade e ano.
Ex.:
MALAGRINO, w. et al. Estudos Preliminares sobre o
Efeito... 1985. Trabalho apresentado ao 13. Congresso
Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Maceió,
1985.
20. FOLHA DE ROSTO E FOLHA DE APROVAÇÃO
20.1. PÁGINA DE ROSTO
Elementos necessários para identificação do documento, ou seja:
Nome completo do autor;
Título do trabalho e subtítulo quando houver, separado do título por dois pontos
(quando for explicativo) ou ponto e vírgula (quando se tratar de subtítulo
complementar);
Nome da instituição e departamento;
30
Indicação da disciplina ou área de concentração (dissertações de mestrado,
teses de doutorado ou livre docência, etc.);
Nome do orientador (monografias, dissertações e teses);
Local e data.
Logotipo da universidade
NOME DO autor Do trabalho
Título do trabalho
Subtítulo (SE HOUVER)
Tese apresentado ao Curso de Doutorado
em Aconselhamento Cristão do Seminário
Teológico Evangélico Bíblico, como
requisito à obtenção do título de Doutor
em Aconselhamento Cristão.
Orientador: Prof. Th.D. José Evaristo de Oliveira Filho
CIDADE
ANO
FIGURA 3 - Página de rosto
20.2.1. FOLHA DE APROVAÇÃO
Deve conter data de aprovação, nome completo e local para assinatura dos
31
membros da banca examinadora. Outros dados como notas, pareceres, etc.,
podem der incluídos nesta página a critério da instituição.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Nome do Aluno
Título do Trabalho
Tese apresentado ao Curso de Doutorado em Educação Cristã do Seminário Teológico Evangélico Bíblico, como requisito à obtenção do título de Doutor em Educação Cristã.
Aprovado em: ________________________
BANCA EXAMINADORA
Prof. ThD. HERNANI HEINZ Assinatura: ______________________________ Seminário Teológico Evangélico Bíblico Prof. ThD. JOHN BUCKMAN Assinatura: ______________________________ Faculdade Teológica Reformada Prof. Th.D. DEBORA BARNETT Assinatura: ______________________________ Seminário Teológico Evangélico Bíblico
FIGURA 5 - Folha de aprovação.
32
IX. NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Pra quem ainda não sabe, a partir de janeiro de 2009 entra em vigor o
novo acordo ortográfico, as mudanças no idioma visam universalizar a língua
portuguesa. Facilitando o intercâmbio cultural entre os países lusófonos entre
outras coisas.
No Brasil 0,5% das palavras sofrerão modificações, em Portugal e nos
restantes países lusófonos, as mudanças afetarão cerca de 2.600 palavras, ou
seja, 1,6% do vocabulário total.
Seguindo uma sugestão do Inagaki decidi criar um conversor ortográfico,
a principal dificuldade, além das regras que já não são simples, foi encontrar
essas regras resumidas em um único local.
O conversor ortográfico está pronto e pode ser acessado aqui e para
facilitar ainda mais a sua vida e a minha decidi publicar esse resumão com as
principais mudanças:
1. ALFABETO
Nova Regra: O alfabeto agora é formado por 26 letras
Regra Antiga: O 'k', 'w' e 'y' não eram consideradas letras do nosso alfabeto.
Como Será: Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes
próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron,
byroniano
2. TREMA
Nova Regra: Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em
casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano
• Regra Antiga: agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, frqüência,
freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo,
linguiça.
33
Como Será: aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência,
frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo,
linguiça.
3. ACENTUAÇÃO
Nova Regra: Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em
palavras paroxítonas.
Regra Antiga: assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia,
Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico.
Como Será: assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia,
hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico.
Observações:
Nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento
continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.
O acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu, ilhéu. Nova
Regra: O hiato 'oo' não é mais acentuado. Regra Antiga: enjôo, vôo, corôo,
perdôo, côo, môo, abençôo, povôo.
Como Será: enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo. Nova
Regra: O hiato 'ee' não é mais acentuado
Regra Antiga: crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem
Como Será: creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem.
Nova Regra: Não existe mais o acento diferencial em palavras
homógrafas
Regra Antiga: pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), pêra
(substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo)
Como Será: para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera
(substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo)
Observação:
o acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa do Pretérito
Perfeito do Indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 'por’.
34
Nova Regra: Não se acentua mais a letra 'u' nas formas verbais
rizotônicas, quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou 'i' (gue, que, gui, qui).
Regra Antiga: argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, obliqúe
Como Será: argui,apazigue,averigue,enxague, enxaguemos, oblique
Nova Regra: Não se acentua mais 'i' e 'u' tônicos em paroxítonas quando
precedidos de ditongo.
Regra Antiga: baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, feiúme.
Como Será: baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume
4. HÍFEN
• Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de
prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por 'r' ou 's',
sendo que essas devem ser dobradas
• Regra Antiga: ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-
romântico, arqui-rivalidae, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso,
contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som,
ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível.
Como Será: antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial,
antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha,
extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal, ultrarromântico,
ultrassonografia, suprarrenal, suprassensível
Observação:
Em prefixos terminados por 'r', permanece o hífen se a palavra seguinte
for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado,
inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-
resistente etc.
35
Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de
prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra
vogal.
Regra Antiga: auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-
escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-
ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-
expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-
embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado.
Como Será: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola,
autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem,
extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista,
neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado,
semiobscuridade, supraocular, ultraelevado.
OBSERVAÇÕES:
• esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo,
antiamericano, socioeconômico etc.
• esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h':
anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.
• Nova Regra: Agora utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou
falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.
Regra Antiga: antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário,
antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus,
microorgânico.
Como Será: anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-
inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico.
Observações:
esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal +
palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal +
palavra inicia com mesma vogal = com hífen
• uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o',
36
NÃO utiliza-se hífen. Nova Regra: Não usamos mais hífen em compostos que, pelo
uso, perdeu-se a noção de composição
• Regra Antiga: manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa,
pára-choque, pára-vento.
Como Será: mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama,
parabrisa, parachoque, paravento
OBSERVAÇÃO:
o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento
de ligação e constitui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio,
bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-
escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-
coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.
5. O USO DO HÍFEN PERMANECE
• Em palavras formadas por prefixos 'ex', 'vice', 'soto': ex-marido, vice-presidente,
soto-mestre.
Em palavras formadas por prefixos 'circum' e 'pan' + palavras iniciadas
em vogal, M ou N: pan-americano, circum-navegação.
Em palavras formadas com prefixos 'pré', 'pró' e 'pós' + palavras que
tem significado próprio: pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação
• Em palavras formadas pelas palavras 'além', 'aquém', 'recém', 'sem': além-mar,
além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número,
sem-teto.
5.1. NÃO EXISTE MAIS HÍFEN
Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais,
adverbiais, prepositivas ou conjuncionais): cão de guarda, fim de semana, café com
leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de,
acerca de etc.
37
Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-
meia, ao-deus-dará, à queima-roupa.
6. CONSOANTES NÃO PRONUNCIADAS
Fora do Brasil foram eliminadas as consoantes não pronunciadas:
• ação, didático, ótimo, batismo em vez de ação, didático, óptimo, baptismo
38
X. GRAMÁTICA
A Gramática tem como finalidade orientar e regular o uso da língua,
estabelecendo um padrão de escrita e de fala baseado em diversos critérios. A
Gramática brasileira é dividida em fonologia, Morfologia e Sintaxe.
1. FONOLOGIA
Em linguística, um fonema é a menor unidade sonora (fonética) de uma
língua que estabelece contraste de significado para diferenciar palavras. Por
exemplo, a diferença entre as palavras PRATO e TRATO, quando faladas, está
apenas no primeiro fonema: /P/ na primeira e /t/ na segunda.
O fonema não pode ser confundido com letra. Enquanto o fonema é o
som em si mesmo, a letra é a representação gráfica desse som. É bastante
comum que um mesmo fonema seja representado por diferentes letras, como o
caso do fonema /z/ que no português pode ser representado pelas letras S
(CASA), Z (ZERO) ou X (EXAME). Também acontece de uma mesma letra
representar mais de um fonema, isso acontece, por exemplo, com a letra X que
no português pode ter o som (fonema) de /z/ (EXEMPLO), /chê/ (ENXAME), /s/
(APROXIMAR) e /ks/ (FIXO).
Obs.: na escrita os fonemas devem sempre ser representados entre
barras. Isto é o que os distingue das letras. Ao se escrever uma letra sem
barras, está se referindo a letra em si mesmo, e não ao fonema.
Nem sempre há coincidência entre o número de letras e o número de fonemas
em uma palavra. Exemplos: TAXI - letras T A X I = 4 fonemas /t/ /a/ /k/ /s/ /i/ = 5
MANHÃ - letras M A N H Ã = 4 fonemas /m/ /a/ /nh/ /a/
Algumas letras, em determinadas palavras, não representam fonemas.
Por exemplo, o N e o M nas palavras "VENDO" e "BOMBA" não representam
um som isolado, mas servem para indicar a nasalização da letra que lhes
precede. Algumas palavras são escritas com letras que não possuem qualquer
som, e portanto não representam nenhum fonema, como o caso do H em
39
palavras como "HARMONIA" ou "HOJE", s em palavras como "NASCER" ou
"DISCÍPULO" ou u nos grupos gu e qu seguidos de e ou i, em palavras como
"GUERRA" e "QUERO" e o x em palavras como "EXCEÇÃO" ou "EXCEDER".
Essas letras são conservadas na escrita, embora não apareçam na oralidade
por razões etimológicas.
Alofone: são as várias possibilidades de pronúncia de um mesmo
fonema. Exemplo: o fonema final /l/ da palavra "SOL" pode ser pronunciado
como /l, /w/ ou /r/. Isto ocorre por causa de diferenças regionais, sociais ou
individuais.
1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes:
1.1.1. VOGAIS
Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz
vibrar as cordas vocais e não encontra nenhum obstáculo na sua passagem
pelo aparelho fonador. Classificam-se em:
1.1.1.1. QUANTO À INTENSIDADE
Vogal tônica: é a vogal onde se encontra o acento principal da palavra.
Vogal subtônica: é a vogal onde se encontra o acento secundário da
palavra.
Vogal átona: é uma vogal onde não existe qualquer acento da palavra.
Exemplo: Na palavra automaticamente, o primeiro "a" é a vogal tônica, o
segundo "a" é a vogal subtônica, e as demais vogais são átonas.
Nota 1: Em alguns idiomas como o chinês não existe o conceito de intensidade
da vogal. Em seu lugar, existe o conceito de tom, em que as sílabas são
distinguidas pela maneira como são entonadas. Em português, o conceito de
"tom" existe quando se diferencia uma pergunta de uma afirmação (ex.: "o
açúcar é branco."; "o açúcar é branco?") ou em uma frase exclamativa: "(ex.:
"como o açúcar é branco!"). Então percebemos que realmente o açúcar é
40
branco, porque isso é uma parte dos fonemas.
Nota 2: Em nenhuma palavra de até três sílabas existem vogais subtônicas em
português. E em algumas preposições, artigos, pronomes e conjunções com
uma ou duas sílabas (ex.: por, em, para, um, o, pelo), não existem vogais
tônicas.
1.1.1.2. QUANTO AO TIMBRE
Vogais abertas: São as vogais articuladas ao se abrir o máximo a boca.
Por exemplo: no Brasil, nas palavras "amora" e "café", todas as vogais
são abertas.
Vogais fechadas: São as vogais articuladas ao se abrir o mínimo a boca.
Por exemplo: nas palavras "êxodo" e "fôlego", todas as vogais são
fechadas.
Alguns gramáticos da língua portuguesa ainda classificam as vogais "e" e "o"
na categoria de vogais reduzidas quando são átonas no fim de uma palavra,
que em geral são pronunciadas como "i" e "u". Por exemplo, nas palavras
"análise" e "camelo".
1.1.1.3. QUANTO AO MODO DE ARTICULAÇÃO
Vogais orais: São as vogais pronunciadas completamente através da
cavidade oral. Em português, existem de sete a nove vogais orais, de
acordo com o dialeto, a saber: "á" [ä], "â" [ ], "ê" [e], "é" [ɛ], "i" [ ], "í" [i],
"ô" [o], "ó" [ɔ] e "u" [u] (as vogais representadas pelos símbolos [ , ]
são comumente representados por [ɨ, ɐ] por sua proximidade e também
por sua semelhança gráfica).
Vogais nasais: São as vogais pronunciadas em que uma parte do ar
usado para a pronúncia escapa pela cavidade nasal. Em português,
existem cinco vogais nasais. Nas palavras: "maçã", "sempre", "capim",
"bondade", e "fundo", os grafemas assinalados em negrito representam
vogais nasais. Também são nasais os ditongos "ão", "ãe", "õe" e o
ditongo "ui" da palavra "muito".
41
1.1.1.4. QUANTO AO PONTO DE ARTICULAÇÃO
Vogais posteriores: São as vogais pronunciadas com a língua
posicionada no fundo da boca, entre o dorso da língua e o véu palatino.
Em português, são posteriores as vogais "ô", "ó" e "u".
Vogais anteriores: São as vogais pronunciadas com a língua
posicionada na frente da boca entre o dorso da língua e o palato duro.
Em português, são anteriores as vogais "ê", "é" e "í".
Vogais centrais: São as vogais pronunciadas com a língua posicionada
no centro da boca. Em português, são centrais as vogais "á", "â", e em
alguns dialetos também têm o "i" átono, pronunciado ora central ora
quase posterior.
1.1.2. SEMIVOGAIS
As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de núcleo da
sílaba, devendo, portanto, associar-se a uma vogal para formarem uma sílaba.
Em português, somente os fonemas representados pelas letras "i" e "u" em
ditongos e tritongos são considerados semivogais. Um ditongo é sempre
formado por uma vogal mais uma Semivogal. Quando a semivogal vem antes
da vogal, o ditongo é dito "crescente" (como em "jaguar"). Quando a semivogal
vem depois, o ditongo é dito "decrescente" (como em "demais"). Nos ditongos
"ui" e "iu", uma das letras é sempre considerada vogal e a outra é semivogal.
No caso dos tritongos, todos eles são formados por uma vogal intercalada
entre duas semivogais.
1.1.3. CONSOANTES
Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem após ultrapassar
um obstáculo que se opõe à corrente de ar no aparelho fonador. Estes
obstáculos incluem os lábios, os dentes, a língua, o palato, o véu palatino e a
úvula.
1.1.3.1. QUANTO AO PAPEL DAS CORDAS VOCAIS
42
Consoantes surdas (ou desvozeadas): São as consoantes pronunciadas
sem que as cordas vocais sejam postas em vibração. São surdas as
seguintes consoantes em português: f, k, p, c, s, t, x, ch.
Consoantes sonoras (ou vozeadas): São as consoantes pronunciadas
com a vibração das cordas vocais. São sonoras as seguintes
consoantes em português: b, d, g, j, l, lh, m, n, nh, r, v, z.
1.1.3.2. QUANTO AO MODO DE ARTICULAÇÃO
Consoantes oclusivas: São as consoantes pronunciadas fechando-se
totalmente o aparelho fonador, sem dar espaço para o ar sair. São
oclusivas as seguintes consoantes: p, t, k, b, d, g.
Consoantes fricativas: São as consoantes pronunciadas através de uma
corrente de ar que se fricciona em um obstáculo. São fricativas as
seguintes consoantes em português: f, j, s, ch, v, z.
Consoantes laterais: São as consoantes pronunciadas ao fazer passar a
corrente de ar nos dois cantos da boca ao lado da língua. Em português,
são laterais apenas as consoantes "l" e "lh".
Consoantes vibrantes: São as consoantes pronunciadas através da
vibração de algum elemento do aparelho fonador, em geral a língua ou o
véu palatino. Em português, são vibrantes apenas as duas variedades
do "r", como em "carro" e em "caro".
Consoantes nasais: São as consoantes em que o ar sai pelas fossas
nasais, em vez da boca. Em português, são nasais as consoantes "m",
"n" e "nh".
1.1.3.2. QUANTO AO PONTO DE ARTICULAÇÃO
43
Consoantes bilabiais: São as consoantes pronunciadas com o contato
dos dois lábios. Em português, são bilabiais as consoantes: p, b, m.
Consoantes dentais: São as consoantes pronunciadas com a língua
entre os dentes. Em português são dentais as consoantes: t, d e n.
Consoantes alveolares: São as consoantes pronunciadas com o contato
da língua nos alvéolos dos dentes. Em português, são alveolares as
consoantes: s, z, l e o "r" fraco.
Consoantes labiodentais: São as consoantes pronunciadas com o
contato dos lábios na arcada superior dos dentes. Em português, são
labiodentais as consoantes "f" e "v".
Consoantes palatais: São as consoantes pronunciadas com o contato da
língua com o palato. Em português, são palatais as seguintes
consoantes: j, ch, lh e nh, e, em alguns dialetos, também as consoantes
"t" e "d" antes de "i".
Consoantes retroflexivas: São as consoantes pronunciadas com a língua
curvada. Em português, somente alguns dialetos do Brasil têm uma
consoante retroflexiva, o chamado "r" caipira.
Consoantes velares: São as consoantes pronunciadas com a parte
traseira da língua no véu palatino. Em português, são velares as
consoantes: k, g e rr (em alguns dialetos brasileiros).
Consoantes uvulares: São as consoantes pronunciadas através da
vibração da úvula. Em português, existem na variedade europeia e no
dialeto fluminense; no caso, o "r" forte.
Consoantes glotais: São as consoantes pronunciadas através da
vibração da glote. Não há consoantes glotais em português e em
praticamente nenhum dos idiomas ocidentais. Exemplos de idiomas com
consoantes glotais são o hebraico e o árabe.
44
Nota: No Brasil, é perceptível a diferença de pronúncia da palavra tia entre
pessoas do Rio de Janeiro e Nordeste, por exemplo. De modo geral, para os
primeiros, a letra "t" é um fonema palatal (pronunciado mais ou menos como
"txia", enquanto para os segundos representa um fonema alveolar. Ainda que
— assim como em prato e trato — os sons correspondentes à letra t de tia
sejam diferentes (isto é, letras iguais e sons diferentes), o fonema é um só,
visto que, na língua, não se estabelece distinção de significado ao pronunciar-
se /tia/ ou /txia/. As letras do alfabeto representam os sons recebem o nome de
FONEMA.1
2. MORFOLOGIA
Resumindo, a Morfologia é o estudo da palavra e sua função na nossa
língua.
2.1. SUBSTANTIVO
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. A palavra que
indica o nome dos seres pertence a uma classe chamada substantivo. O
substantivo é a palavra que dá nome ao ser.
Além de objeto, pessoa e fenômeno, o substantivo dá nome a outros seres,
como: lugares, sentimentos, qualidades, ações e etc.
2.1.1. CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO
-Comum - é aquele que indica um nome comum a todos os seres da mesma
espécie.
-Coletivos - entre os substantivos comuns encontram-se os coletivos, que,
embora no singular, indicam uma multiplicidade de seres da mesma espécie
-Próprio - é aquele que particulariza um ser da espécie.
-Concreto - é aquele que indica seres reais ou imaginários, de existência
1In: WIKIPÉDIA, (2013)
45
independente de outros seres.
-Abstrato - é aquele que indica seres dependentes de outros seres.
2.2. ARTIGO
Na frase, há muitas palavras que se relacionam ao substantivo. Uma
delas é o artigo.
Artigo é a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo.
2.2.1. CLASSIFICAÇÃO DO ARTIGO
O artigo se classifica de acordo com a ideia que atribui ao ser em
relação a outros da mesma espécie.
Definido - é aquele usado para determinar o substantivo de forma
definida: o, as, os, as.
Indefinido - é aquele usado para determinar o substantivo de forma
indefinida: um, uma, uns, umas.
2.3. ADJETIVO
Outra palavra que, na frase, se relaciona ao substantivo, é o adjetivo.
Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo.
2.3.1 FORMAÇÃO DO ADJETIVO
Como o substantivo, o adjetivo pode ser:
-Primitivo - é aquele que não deriva de outra palavra.
-Derivado - é aquele que deriva de outra palavra (geralmente de substantivos
ou verbos).
-Simples - é aquele formado de apenas um radical.
-Composto - é aquele formado com mais de um radical.
2.3.2 LOCUÇÃO ADJETIVA
Para caracterizar o substantivo, em lugar de um adjetivo pode aparecer uma
46
locução adjetiva, ou seja, uma expressão formada com mais de uma palavra e
com valor de adjetivo.
2.4. NUMERAL
Entre as palavras que se relacionam, na frase, ao substantivo há
também o numeral.
Numeral é a palavra que se refere ao substantivo dando a ideia de
número.
O numeral pode indicar:
-Quantidade - Choveu durante quatro semanas.
-Ordem - O terceiro aluno da fileira era o mais alto.
-Multiplicação - O operário pediu o dobro do salário.
-Fração - Comeu meia maça.
2.4.1 CLASSIFICAÇÃO DO NUMERAL
-Cardinal - Indica uma quantidade determinada de seres.
-Ordinal - Indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série.
-Multiplicativo - Expressa a ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a
quantidade foi aumentada.
-Fracionário - Expressa a ideia de divisão, indicando em quantas partes a
quantidade foi dividida.
2.5. PRONOME
Além do artigo, adjetivo e numeral há ainda outra palavra que, na frase, se
relaciona ao substantivo: é o pronome.
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo,
relacionando-o à pessoa do discurso.
As pessoas do discurso são três:
-Primeira pessoa - a pessoa que fala. Exemplos: eu, nós me, mim; meu, minha,
etc.
-Segunda pessoa - a pessoa com quem se fala. Exemplos: te, tu, você, vós,
47
vos, teu, tua etc.
-Terceira pessoa - a pessoa de quem se fala. Exemplos: ele, ela, seu sua, dele,
dela, lhe, etc.
5.1 Classificação do Pronome
Há seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos,
interrogativos e relativos.
-Pronomes pessoais:
Os pronomes pessoais substituem os substantivos, indicando as pessoas do
discurso. São eles: retos, oblíquos e de tratamento.
-Pronomes Possessivos:
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam
a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).
-Pronomes Demonstrativos:
São palavras que indicam, no espaço ou no tempo, a posição de um ser em
relação às pessoas do discurso.
-Pronomes Indefinidos:
Pronomes Indefinidos são palavras que se referem a Terceira pessoa do
discurso, dando-lhe sentido vago ou expressando quantidade indeterminada.
-Pronomes Interrogativos:
Pronomes Interrogativos são aqueles usados na formulação de perguntas
diretas ou indiretas. Assim como os indefinidos, referem-se a Terceira Pessoa
do Discurso.
-Pronomes Relativos:
São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados
anteriormente e com os quais se relacionam.
2.6. VERBO
48
Quando se pratica uma ação, a palavra que representa essa ação,
indicando o momento que ela ocorre, é o verbo. Uma ação ocorrida num
determinado tempo também pode constituir-se num fenômeno da natureza
expresso por um verbo.
Verbo é a palavra que expressa ação, estado e fenômeno da natureza situados
no tempo.
2.6.1 CONJUGAÇÕES DO VERBO
Na língua portuguesa, três vogais antecedem o “r” na formação do
infinitivo: a-e-i. Essas vogais caracterizam a conjugação do verbo. Os verbos
estão agrupados, então, em três conjugações: a primeira conjugação
(terminados em ar), a segunda conjugação (terminados em er) e a terceira
conjugação (terminados em ir).
2.6.2 FLEXÃO DO VERBO
O verbo é constituído, basicamente, de duas partes: radical e
terminações.
As terminações do verbo variam para indicar a pessoa, o número, o tempo, o
modo.
2.6.3 TEMPO E MODO DO VERBO
O fato expresso pelo verbo aparece sempre situado nos tempos:
-Presente - Ele anuncia o fim da chuva.
-Passado - Ele anunciou o fim da chuva.
-Futuro - Ele anunciará o fim da chuva.
49
Além de o fato estar situado no tempo, ele também pode indicar:
-Fato certo - Ele partirá amanhã.
-Fato duvidoso - Se ele partisse amanhã...
-Ordem - Não partas amanhã.
As indicações de certeza, dúvida e ordem são determinadas pelos modos
verbais. São, portanto três modos verbais: Indicativo (fato certo), Subjuntivo
(fato duvidoso), Imperativo (ordem).
2.6.4 VOZES DO VERBO
Voz é a maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em
relação ao sujeito. São três as vozes verbais:
-Ativa - o sujeito é o agente da ação, ou seja, é ele quem pratica a ação.
-Passiva - o sujeito é paciente, isto é, sofre a ação expressa pelo verbo.
-Reflexiva - o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da ação verbal, isto
é, pratica e sofre a ação expressa pelo verbo.
2.7. ADVÉRBIO
Há palavras que são usadas para indicar as circunstâncias em que
ocorre a ação verbal: são os advérbios.
Advérbio é a palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
2.7.1 CLASSIFICAÇÃO DO ADVÉRBIO
De acordo com as circunstâncias que exprime, o advérbio pode ser de:
-Tempo (ontem, hoje, logo, antes, depois)
-Lugar (aqui, ali, acolá, atrás, além)
-Modo (bem, mal, depressa, assim, devagar)
-Afirmação (sim, deveras, certamente, realmente)
50
-Negação (não, absolutamente, tampouco)
-Dúvida (talvez, quiçá, porventura, provavelmente)
-Intensidade (muito, pouco, mais, bastante).
2.7.2 LOCUÇÃO ADVERBIAL
É um conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio.
2.7.3 ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS
São advérbios interrogativos: quando (de tempo), como (de modo), onde (de
lugar), por que (causa). Podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto
nas indiretas.
2.8. PREPOSIÇÃO
Há palavras que, na frase, são usadas como elementos de ligação: uma delas
é a preposição.
Preposição é a palavra invariável que liga dois termos.
Nessa ligação entre os dois termos, cria-se uma relação de subordinação em
que o segundo termo se subordina ao primeiro.
2.8.1 LOCUÇÃO PREPOSITIVA
É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de uma preposição.
2.9. CONJUNÇÃO
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de
ligação: a conjunção. Conjunção é a palavra que liga duas orações ou dois
termos semelhantes de uma mesma oração.
9.1 Classificação das conjunções
As conjunções podem ser coordenativas e subordinativas.
2.10. INTERJEIÇÃO
51
Há palavras que expressam surpresa, alegria, aplauso, emoções. Essas
palavras são as interjeições. Interjeição é a palavra que procura expressar, de
modo vivo, um sentimento.
2.10.1 CLASSIFICAÇÃO DE INTERJEIÇÃO
As interjeições classificam-se segundo as emoções ou sentimentos que
exprimem:
-Aclamação: Viva!
-Advertência: Atenção!
-Agradecimento: Grato!
-Afugentamento: Arreda!
-Alegria: Ah!
-Animação: Coragem!
-Pena: Oh!
2.10.2. LOCUÇÃO INTERJETIVA
São duas ou mais palavras com valor de interjeição.2
3. SINTAXE
Porque estudar Sintaxe. Frase, oração, período.
1 – TEMA: Noções de Sintaxe. Frase, oração, período. Importância do estudo
da sintaxe.
2 – PRÉ-REQUISITO: Ler com compreensão. Ter noções de morfologia.
2MORFOLOGIA INFOESCOLA (2007)
52
3 – META: Este roteiro foi elaborado com o objetivo de:
. Desenvolver habilidades de interpretar textos
. Conscientizar o aluno da importância do estudo da Sintaxe da Língua
Portuguesa
. Proporcionar condições para estabelecimento dos conceitos de frase, oração
e período.
4 – PRÉ-AVALIAÇÃO: O objetivo da pré-avaliação é diagnosticar o quanto se
tem conhecimento de um assunto. Para isso, basta que você responda à Auto
avaliação que está no final deste Roteiro, antes de ler qualquer texto existente
nele. Se você alcançar um resultado igual ou superior a 80 pontos, não precisa
estudar o assunto, pois você já o domina suficientemente. Caso contrário, vá
direto para as Atividades de Estudo.
5 – ATIVIDADES DE ESTUDO: Ler com entendimento é pré-requisito para se
aprender qualquer coisa através da leitura. Por isso, leia o texto do Anexo A
para treinar sua interpretação. Embora a leitura dos anexos em si seja também
interpretação de texto, ela é voltada para uma finalidade mais específica que é
a aprendizagem dos conceitos gramaticais. O texto do Anexo A é mais
genérico e serve de treinamento para a compreensão geral da língua. Portanto,
faça o seguinte:
a) Tenha um dicionário de Português ao seu alcance, para consultá-lo sobre as
palavras que você desconhece o significado;
b) Procure um lugar sossegado para os textos e fazer os exercícios;
c) Leia primeiro o texto; faça em seguida os exercícios; compare suas
respostas com o gabarito e veja o que errou; retorne ao texto para verificar o
porquê do erro.
6 – PÓS-AVALIAÇÃO: Após ter feito o estudo dos textos e os exercícios,
responda às questões propostas na Auto avaliação. Creio que você agora,
53
acertará todas. Caso isso não aconteça, consulte as orientações dadas nas
Atividades Suplementares.
7 – ATIVIDADES SUPLEMENTARES: Se você não conseguiu alcançar 80
pontos na Pós-avaliação, volte à leitura dos textos, agora com mais atenção.
Sem pressa. A leitura com compreensão é à base da aprendizagem.
ANEXO A – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
A FUGA (Fernando Sabino)
1. Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar
uma cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal.
2. – Para com esse barulho, meu filho – falou, sem se voltar.
3. Com três anos já sábia reagir como homem ao impacto das grandes
injustiças paternas: não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma
cadeira.
4. – Pois então para de empurrar a cadeira.
5. – Eu vou embora – foi à resposta.
6. Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato
de juntar do chão suas coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a
sua bagagem: um caminhão de plástico com apenas três rodas, um resto de
biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa? – a mãe mais
tarde irá dizer), metade de uma tesourinha enferrujada, sua única arma para a
grande aventura, um botão amarrado num barbante.
7. A calma que baixou então na sala era vagamente inquietante. De
repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua
aberta, correu até ao portão:
54
8. – Viu um menino saindo desta casa? – gritou para o operário que
descansava diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.
9. – Saiu agora mesmo com uma trouxinha – informou ele.
10. Correu até a esquina e teve tempo de vê-lo ao longe, caminhando
cabisbaixo ao longo do muro. A trouxa, arrastada no chão, ia deixando pelo
caminho alguns de seus pertences: o botão, o pedaço de biscoito e – saíra de
casa prevenido – uma moeda de 1 cruzeiro. Chamou-o, mas ele apertou o
passinho, abriu a correr em direção à Avenida, como disposto a atirar-se diante
do ônibus que surgia à distância.
11. – Meu filho, cuidado!
12. O ônibus deu uma freada brusca, uma guinada para a esquerda, os
pneus cantaram no asfalto. O menino, assustado, arrepiou carreira. O pai
precipitou-se e o arrebanhou com o braço como a um animalzinho:
13. – Que susto você me passou, meu filho – e apertava-o contra o peito,
comovido.
14. – Deixa eu descer, papai. Você está me machucando.
15. Irresoluto, o pai pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas
palmadas:
16. – Machucando, é? Fazer uma coisa dessas com seu pai.
17. – Me larga. Eu quero ir embora.
18. Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o
cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera com a da
despensa.
19. – Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.
20. – Fico, mas vou empurrar está cadeira.
21. E o barulho recomeçou.
“– Fique aí, quietinho, está ouvindo?” Papai está trabalhando.
- Fico, mas vou empurrar está cadeira.
E o barulho recomeçou.
55
Isso significa que tudo iria começar novamente, pois a criança queria mesmo
era chamar a atenção do pai. Há, no entanto, uma ação na história que não se
repetirá. Qual é essa ação e por que não se repetirá?
III – Reescreva as frases abaixo, substituindo as palavras grifadas por outras
de sentido equivalente (escolha entre as que estão no quadro), fazendo as
modificações, se necessário.
Reuniu – uniu – economizou – associou –
reduziu – apressou –Espremeu – ajustou –
abraçou – recobrou – observou –
consertou
1. O pai não reparou que o menino juntou ação às palavras.
2. O menino juntou as suas coisinhas.
3. Ele juntou duas cadeiras para formar uma cama.
4. O menino juntou um dinheirinho para comprar uma bola.
5. O menino apertou o passinho.
6. A costureira apertou várias roupas para mim.
7. Quando ele apertou a fruta, o caldo escorreu no copo.
8. Ele apertou as despesas porque estava em dificuldades.
9. O pai apertou o filho contra o peito, comovido.
10. O pai reparou que o menino havia ficado triste.
11. O pedreiro já reparou o muro.
12. Ele só reparou as forças porque parou um pouco.
ANEXO B – A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA SINTAXE
Alguns alunos, às vezes, questionam os professores sobre gastar tempo
estudando alguns assuntos que, segundo eles, não vão usar no dia-a-dia da
vida profissional. Um desses assuntos é a SINTAXE. Mas, o que é mesmo
isso? Do que trata? Qual o seu valor para o exercício profissional, qualquer que
seja ele?
Primeiro temos que saber que a língua constitui-se de um todo quando a
usamos para nos comunicar. É verdade que, ao falarmos com alguém, não
56
vamos nos “ ligar ” se estamos usando um substantivo, verbo, se a palavra é
masculina ou se está no plural. Não nos preocupamos com a classificação
gramatical. O que nos preocupa, no momento da comunicação, é se aquele
que nos ouve ou lê, entende o que estamos informando. Mas, de repente, o
nosso ouvinte ou leitor pode ficar bravo conosco, porque entendeu diferente o
que foi informado. É o que costumamos classificar como “ruído na
comunicação”.
Às vezes, esses “ruídos” acontecem porque o comunicador da
mensagem não a construiu dentro dos padrões da língua, por pura falta de
conhecimento desta língua. E naturalmente, quanto mais se conhece um
instrumento, mais sucesso teremos em manejá-lo. Assim também acontece
com a Língua Portuguesa. Quanto mais você souber a respeito dela, mais
sucesso você terá, ao usá-la.
Não há nenhuma área da vida profissional que dispense o uso da língua.
Em qualquer situação de sua profissão você a usará, seja para escrever um
relatório, para ler ou dar uma informação, para escrever uma receita médica
ou uma receita culinária, a língua vai estar presente, falada ou escrita.
ANEXO B – A DIVISÃO SISTEMÁTICA PARA SE ESTUDAR A LÍNGUA
PORTUGUESA
Para melhor estudarmos o Português, os estudiosos desta língua (os
gramáticos) estabeleceram como estudar sistematicamente os elementos que
a constituem: é o que chamamos de GRAMÁTICA.
A Gramática classifica e sistematiza os fenômenos da língua, fixando
regras que, de acordo com a época, representam o ideal da expressão correta.
Quando dizemos “de acordo com a época”, queremos dizer que, por a língua
ser dinâmica, ela evolui, altera-se, muda. É por isso que, de vez em quando,
ouvimos falar em reforma ortográfica da língua.
O estudo da Gramática se divide em três grandes partes: a Fonética, a
Morfologia e a Sintaxe.
A Fonética ocupa-se dos sons da língua. Descreve e classifica os sons
produzidos e usados na fala, fixando a pronúncia correta das palavras.
57
A Morfologia se ocupa da estrutura e classificação das palavras e do tipo
de relacionamento entre o ser e a palavra que o representa.
A Sintaxe trata do arranjo das palavras e da construção das frases. É o
estudo do valor que uma palavra tem em relação às outras que a
acompanham. A Sintaxe procura verificar qual é a importância que cada
palavra tem dentro da frase e o melhor lugar em que cada uma deve ficar para
melhor expressar nosso pensamento.
Portanto, estudar Sintaxe nos habilita a usar a língua portuguesa de
maneira correta, eficaz e elegante. Um dos pré-requisitos para estudar Sintaxe
é sabermos distinguir bem as classes das palavras. Para isso você precisa
estudar Morfologia.
O estudo da Sintaxe também nos ajuda a interpretar melhor os textos.
Por isso, se você tem algumas dificuldades na interpretação de textos, você
precisa se esforçar e deixar de lado a indisposição para o estudo da Sintaxe.
Você verá que o estudo desta área da língua só lhe trará benefícios e não vai
gastar tempo à toa.
ANEXO C – FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO. DIFERENÇAS.
Você já deve ter ouvido muito falar em frase, oração e período. Mas
você sabe qual é a diferença entre elas? Vamos começar nosso estudo
fazendo uma pergunta: o que é frase? Observe os exemplos abaixo:
1 – Tenha cuidado com os espinhos, meu filho!
2 – Cuidado com os espinhos!
3 – Cuidado!
Nos exemplos, há uma mesma mensagem estruturada de várias maneiras, o
que não impede que cada uma delas transmita a ideia completa, ou seja, que
cada uma delas comunique alguma coisa. Pois bem, cada um dos exemplos
acima é uma frase. Então, nossa resposta à pergunta é:
Frase é todo enunciado suficiente em si mesmo para estabelecer comunicação.
58
É a expressão de um pensamento, por meio de uma ou várias palavras. A frase
sempre tem um sentido completo. Então, todos os exemplos acima são frases,
porque transmitem uma mensagem de sentido completo.
A frase tem sempre um sentido intencional, isto é, exprime aquilo que temos
intenção de dizer. O sentido intencional que damos a nossas palavras, faz com
que as pronunciemos com um determinado tom de voz, isto é, com uma certa
entoação ou melodia. Assim, cada frase possui uma entoação
própria. Considerando a entoação das frases, podemos classificá-las em:
DECLARATIVAS – quando declaram alguma coisa. Ex.: Eles vão ao cinema.
EXCLAMATIVAS – indicam surpresa, alegria, tristeza. Ex.: Eles vão ao cinema!
INTERROGATIVAS – indicam uma pergunta. Ex.: Eles vão ao cinema?
Você percebeu a diferença existente entre as frases acima? Elas estão
compostas das mesmas palavras, mas, por causa da entoação da voz que
deve ser usada, a mensagem não é a mesma.
Também, pela simples entoação, podemos diferenciar a fala de um português
da de um brasileiro e entre os brasileiros, a de um carioca, nordestino, gaúcho
ou mineiro. Entretanto, na escrita, essas marcas melódicas não podem ser
distinguidas a não ser através do uso da linguagem usada pelos falantes e os
sinais gráficos usados para indicá-los. Mas, mesmo assim, só ouvindo os
falantes é que vamos distingui-los.
Vamos, agora, analisar as frases quanto a sua estrutura.
1º exemplo: Tenha cuidado com os espinhos, meu filho!
Aqui, a frase é formada por um grupo de palavras entre as quais há um verbo.
Você sabe: verbo é a palavra que exprime ação, estado ou fenômeno.
2º exemplo: Cuidado com os espinhos!
Aqui, retiramos algumas palavras (o verbo) que apareciam na primeira frase,
entretanto a mensagem continua sendo transmitida.
3º exemplo: Cuidado!
59
Aqui, há apenas uma palavra que expressa a ideia contida nas duas primeiras
frases, mas não é um verbo.
Na primeira frase, a ideia é que alguém: meu filho; faz uma ação: ter; que
resulta em algo: cuidado com os espinhos.
Nessa estrutura, a ideia está expressa por palavras que apresenta alguém que
faz a ação (sujeito) mais o verbo indicativo da ação e seus complementos
(predicado). Quando a estrutura da frase aparece assim, dizemos que esta
frase é uma oração.
Portanto, a oração é uma frase que obrigatoriamente apresenta um verbo na
sua estrutura em volta do qual gravitam outras palavras que lhe completam o
sentido.
Já as frase 2 e 3, embora expressem ideias completas, não apresentam verbo
na sua estrutura.
A oração é a frase onde encontramos um sujeito e um predicado que podem
ser claramente separados ou identificados. O exemplo abaixo é uma oração:
A sala está suja.
Pois temos o sujeito (a sala) e o predicado (está suja).
Mas, se dissermos: Que sala suja! - é apenas uma frase e não uma oração,
porque não podemos distinguir ou identificar claramente o sujeito e o
predicado.
Há certas orações que podem não apresentar o sujeito Ex.: Chove lá fora.
Assim, o fator indispensável para que haja uma oração é a presença do
verbo na frase. É por isso que afirmamos:
Toda oração é uma frase, mas nem frase é uma oração.
E o que é um período? Período é uma frase organizada com uma ou
mais orações. O período termina sempre por uma pausa bem definida, que se
marca, na escrita com um ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação,
reticências e, às vezes, com dois pontos.
Ex.: 1. A excursão durou cerca de meia hora.
2. Lia comentou o ocorrido e calou-se em seguida.
O sentido das frases apresentadas é completo. Mas observe que
existem verbos (durou, comentou, calou-se). Na frase 1 temos apenas um
verbo: durou. Já na frase 2 temos dois verbos: comentou e calou. No primeiro
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exemplo temos um período simples: é formado apenas por uma oração. No
segundo exemplo, temos um período composto: é formado por duas orações.
RESUMINDO:
FRASE – é um enunciado de sentido completo com ou sem verbo.
ORAÇÃO – é um enunciado de sentido completo onde deve aparecer
obrigatoriamente um verbo.
PERÍODO – é um enunciado com sentido completo formado por uma ou mais
orações.
LEITURA REFLEXIVA
PÁ, PÁ, PÁ
A americana estava há pouco tempo no Brasil. Queria aprender o
português depressa, por isto prestava muita atenção em tudo que os outros
diziam. Era daquelas americanas que prestam muita atenção.
Achava curioso, por exemplo, o “pois é”. Volta e meia, quando falava com
brasileiros, ouvia o “pois é”.
Era uma maneira tipicamente brasileira de não ficar quieto e ao mesmo
tempo não dizer nada. Quando não sabia o que dizer, ou sabia, mas tinha
preguiça, o brasileiro dizia “pois é”. Ela não aguentava mais o “pois é”.
Também tinha dificuldades com o “pois sim” e o “pois não”. Uma vez
quis saber se podia me perguntar uma coisa.
- Pois não – disse eu, polidamente.
- É exatamente isso! O que quer dizer “pois não”?
- Bom. Você me perguntou se podia fazer uma pergunta. Eu disse “pois não”.
Quer dizer, “pode, esteja à vontade, estou ouvindo, estou às suas ordens…”
- Em outras palavras, quer dizer “sim”.
- É.
- Então por que não se diz “pois sim”?
- Porque “pois sim” quer dizer “não”.
- O quê?!
- Se você disser alguma coisa que não é verdade, com a qual eu não
concordo, ou acho difícil de acreditar, eu digo “pois sim”.
- Por quê?
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- Porque o “pois”, no caso, dá o sentido contrário, entende? Quando se diz
“pois não”, está-se dizendo que seria impossível, no caso, dizer “não”. Seria
inconcebível dizer “não”. Eu dizer não? Aqui, ó.
- Onde?
- Nada. Esquece. Já o “pois sim” quer dizer “ora, sim!”. “Ora, se eu vou aceitar
isso.” “Ora, não me faça rir. Rá, rá, rá.”
- “Pois” quer dizer “ora”?
- Ahn… Mais ou menos.
- Que língua!
Eu quase disse: “E vocês, que escrevem ‘tough’ e dizem ‘tâf’?”, mas me
contive. Afinal, as intenções dela eram boas. Queria aprender. Ela insistiu:
- Seria mais fácil não dizer o “pois”.
Eu já estava com preguiça.
- Pois é.
- Não me diz “pois é”!
Mas o que ela não entendia mesmo era o “pá, pá, pá”.
- Qual o significado exato de “pá, pá, pá”.
- Como é?
- “Pá, pá, pá”.
- “Pá” é pá. “Shovel”, Aquele negócio que a gente pega assim e…
- “Pá” eu sei o que é. Mas “pá” três vezes?
- Onde foi que você ouviu isso?
- É a coisa que eu mais ouço. Quando brasileiro começa a contar história,
sempre entra o “pá,pá,pá”.
Como que para ilustrar nossa conversa, chegou-se a nós, providencialmente,
outro brasileiro. E um brasileiro com história:
- Eu estava ali agora mesmo, tomando um cafezinho, quando chega o Túlio.
Conversa vai, conversa vem e coisa e tal e pá, pá, pá…
Eu e a americana nos entreolhamos.
- Funciona como reticências – sugeri eu. – Significa, na verdade, três
pontinhos. “Ponto, ponto, ponto.”
- Mas por que “pá” e não “pó”? Ou “pi” ou “pu”? Ou “etcétera”?
Me controlei para não dizer – “E o problema dos negros nos Estados Unidos?”.
62
Ela continuou:
- E por que tem que ser três vezes?
- Por causa do ritmo. “Pá, pá, pá.” Só “pá, pá” não dá.
- E por que “pá”?
- Porque sei lá – disse, didaticamente.
O outro continuava sua história. História de brasileiro não se interrompe
facilmente.
- E aí o Túlio com uma lengalenga que vou te contar. Porque pá, pá, pá…
- É uma expressão utilitária – intervim. – Substitui várias palavras (no caso toda
a estranha história do Túlio, que levaria muito tempo para contar) por apenas
três. É um símbolo de garrulice vazia, que não merece ser reproduzida. São
palavras que…
- Mas não são palavras. São só barulhos. “Pá, pá, pá.”
- Pois é – disse eu.
Ela foi embora, com a cabeça alta. Obviamente desistira dos brasileiros.
Eu fui para o outro lado. Deixamos o amigo do Túlio papeando sozinho.3
3Português Irado (2010)
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XI. CRIATIVIDADE
Criatividade é a capacidade de trazer à tona aquilo que não existia. É ter
uma brilhante ideia, é inventar, ou achar uma saída. Você já parou para
imaginar o poder de criação que tem os escritores de filmes, de novelas, de
teatro e etc.? Eles são extraordinários.
Não há nada de outro mundo, é só colocar a mente para funcionar um
pouquinho mais.
Vamos prosseguir estudando esta Áurea Matéria:
1. COMO CRIAR?
Indubitavelmente, nosso cérebro comanda o nosso corpo e com muita
habilidade ele quer nos proteger. Normalmente, esta proteção estende para
segundos e terceiros. É devido o ato de autoproteção cerebral que muitas
pessoas tiveram grandes ideias em meio tremenda crise.
Exemplos:
a) Em críticas crises pessoas pararam para raciocinar e tiveram a ideia
exata e muitos deles são hoje megaempresários.
b) Santo Dumont querendo voar, mais sem nenhuma perspectiva, para
tal, ele parou para raciocinar, surgiu uma brilhante ideia e hoje temos
o avião.
Isto funciona assim:
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O cérebro humano tem dois hemisférios, a saber, o direito e o esquerdo.
Através do hemisfério direito nós armazenamos tudo o que vemos, ouvimos e
sentimos. E por meio do hemisfério esquerdo nós criamos, nós inventamos.
Como o escritor é uma pessoa pública, ele é do povo, vou te ensinar um
importante truque psicológico para se lidar no meio do povo:
Com base nas informações acima explicitas, quando fizeres uma
pergunta a alguém olhe atentamente para os seus olhos. Antes de ele te
responder a pergunta, naturalmente, ele olhará bem rápido para cima e
inclinará seus olhos para a esquerda, ou para direita.
Se após ele olhar para cima e inclinar os olhos para a direita à resposta
é verdade. Porque estás consultando o hemisfério direito do cérebro, onde já
estar armazenado as informações.
Mas se após ele olhar para cima e inclinar os olhos para a esquerda à
resposta é mentira. Porque estás consultando o hemisfério esquerdo do
cérebro onde se cria, se inventa.
Segundo os psicólogos, estas informações têm mais de oitenta por cento
de acerto. Esta é a tática usada pelos delegados, juízes, e demais profissionais
que trabalha com o povo.
Para sermos criativos precisamos utilizar mais o lado esquerdo do nosso
encéfalo. Há ainda muitas coisas para ser criadas. Felizardo é aquele que
encontre uma grande ideia e tenha a coragem de coloca-la em prática.
Há nossa comunicação tem dois sentidos, a saber: interno e externo.
Através do sentido interno falamos com nós mesmos, e por meio do sentido
externo comunicamos verbalmente, isto é, falamos com os outros. A
comunicação com nós mesmos é chamada de intrapessoal, e a comunicação
com os outros se chama, extra pessoal.
É muito importante estarmos em o meio do povo e falando com o povo.
Mas para podermos ter uma excelente comunicação intrapessoal, ou melhor,
para falarmos com nós mesmos, é preciso ficar a sós.
1) ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: Uma alimentação com menos
gorduras e menos sal, priorizando mais as verduras e legumes,
nos proporciona mais capacidade de memorização.
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2) ASSISTIR: Assistir bons filmes, especialmente,
documentários, pode nos inspirar.
3) BEBER ÁGUA UM POUCO MAIS: Ingerir, pelo menos, 150
ml de água pelo uns trinta minutos antes do café da manhã, faz
um bem tremendo aos sistemas: urinário, sanguíneo, digestório,
nervoso, epitelial e ao cabelo. E se é bom ao sistema nervoso
automaticamente é bom para o cérebro.
4) CAMINHADAS: A caminha além de exercitar nosso corpo,
e enriquecer o nosso cérebro de oxônio, temos a oportunidade
de ficarmos a sós para refletirmos. As caminhadas é preciso ser
efetuadas, no mínimo, três vezes na semana, e pelo menos,
trinta minutos cada uma delas.
5) DORMIR BEM: Uma boa noite de sono é imprescindível
para repormos as energias. Lembre-se, um escritor precisa de
muita energia. Trabalhar com o cérebro é uma tarefa que exige
muito esforço e é bastante cansativa.
6) EXÉRCISSIOS FÍSICOS: Um esporte que faz soar trabalha
o corpo e a mente. Proporcionando força física e mental dando
a pessoa grande poder de criatividade. Mas é preciso
orientação médica.
7) FICAR A SÓS: Este item não tem o objetivo de ensinar a
isolação das demais pessoas, mas sugerir que quando você for
iniciar a escrita de um livro, fique um pouco só contigo mesmo.
E quando estiveres escrevendo ninguém pode tirar a tua
atenção.
8) LER: A leitura de bons livros com certeza contribui: para
enriquecer nosso intelecto, para nos inspirar e para
aprendermos com os mestres. Ler, ler e ler. É lendo que se
aprende como escrever. E sem dúvida também desenvolve a
criatividade. Afinal, quando você lê a obra de um bom autor,
está alimentando-se da criatividade de um ser criativo.
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9) ANOTAR TUDO: Esteja sempre com uma pequena
caderneta e um lápis, ou uma caneta, anota tudo aquilo que te
chama atenção.
10) OUVIR OS OUTROS: Há pessoas que só quer falar,
e fala sem interrupção. Mas lembre-se: quando estamos falando
estamos nos esvaziando intelectualmente. Aquilo que sabemos
estar se fazendo comum a todos. Mas quando estamos
ouvindo, estaremos abastecendo intelectualmente. Portanto,
ouça...
11) PESQUISA: Pesquise como foi à origem da
população da sua cidade e emancipação desta cidade, escreve
um livro que interessa uma população. Pesquisa
minuciosamente a ocorrência de um grande evento. Escreve
algo que interessa muita gente.
12) PROVAÇÃO: Esta é a parte mais difícil, mas as
dificuldades, ou as enfermidades acostumam ser uma grande
fonte de inspiração para o poeta.
13) VIAJAR: Ao viajar não esquece a caderneta e o lápis
e tudo o que você ver e ouvir (que te chame atenção) anote.
Além disto, as lindas, ou feias paisagens; construções antigas,
ou novas; pessoas e etc. podem ser para você importantes
fontes de inspirações.
14) ENTREVISTAS: Ao encontrar uma pessoa com
história importante, ver com ela a possibilidade de escrever um
livro ao seu respeito. Havendo uma possibilidade, antes de
publicar o livro faz um documento dessa pessoa te autorizando
escrever respectivo livro. No documento inclui: naturalidade,
nacionalidade, endereço, estado civil, cônjuge (se houver), RG,
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CPF, de ambos. Se a pessoa tiver mais de sessenta anos é
preciso à assinatura dos filhos.
15) OBSERVAÇÃO: Seja perspicaz. Perceba tudo com
facilidade e anote. A observação é indubitavelmente uma
verdadeira arma da criatividade. Se você escreve sobre
pessoas, observe estas criaturas. Na escola, no restaurante,
seja onde for. O que fazem o que falam. Achou algo
interessante? Vá até o banheiro e tome nota (para não parecer
doido ou fofoqueiro).
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XIV FICÇÃO
Em literatura, ficção (latim fictionem, de fíngere= modelar, criar,
inventar, imaginar) é uma história inventada, uma criação da fantasia, uma obra
do talento inventivo do escritor.
A literatura de ficção pertence ao gênero narrativo e abrange o romance,
o conto, a novela, a fábula, o apólogo, a lenda e a história.
Dentre essas formas de ficcionismo, destaca-se, pela sua extensão,
complexidade e importância, o romance, gênero literário para o qual sempre se
voltaram às preferências do público leitor.
Num romance cumpre distinguir:
1. TEMA OU ASSUNTO
A ideia central da história.
2. PERSONAGENS
As pessoas que figuram na história e tomam parte na ação, nos
acontecimentos. A figura central no romance é o protagonista.
3. NARRADOR
É o que narra os fatos e descreve o ambiente. O narrador é onisciente e
pode ser ao mesmo tempo, personagem, participando da ação. Nesse caso, a
narrativa é feita na primeira pessoa, como se dá, por exemplo, no romance
“São Bernardo”, de Graciliano Ramos.
4. ENREDO
É a trama ou urdidura dos acontecimentos e das ações das
personagens. Abrange as seguintes frases: apresentação, complicação, clímax
e epílogo. Para que o enredo tenha unidade, os fatos devem estar inter-
relacionados, de tal modo que uns sejam a consequência dos outros.
5. AMBIENTE (CONCEITO FÍSICO, ESTÁTICO)
É o espaço físico, o lugar onde se desenrolam os acontecimentos, e
também o meio social, a situação, a atmosfera mental e moral que envolve as
personagens e atua sobre as suas ações.
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6. TEMPO (CONCEITO MUTATIVO, DINÂMICO)
É a duração do tempo, mais ou menos longa, a hora do dia e a época em
que transcorrem os fatos narrados. Pela movimentação dos personagens e a
sucessão dos eventos e incidentes, o autor faz com que sintamos a marcha
dos acontecimentos.
7. DISCURSO
É a transmissão ou a referência que o narrador faz da falsa ou do pensamento
das personagens.
O discurso pode ser direto ou indireto.
O discurso é direto quando são as personagens que falam. O narrador
interrompendo a narrativa coloca-as em cena e cede-lhes a palavra.
No discurso indireto, não há diálogo, o narrador não põe as personagens
para falar diretamente, mas se faz intérprete delas, transmitindo ao leitor o que
disseram ou pensaram.
Nota: Resultante da mistura dos discursos direto e indireto, existe uma
terceira modalidade d técnica narrativa, o chamado discurso indireto livre,
processo mais difícil e menos comum, porém de grande efeito estilístico. É uma
espécie de monólogo interior das personagens, mas expresso pelo narrador.
Este interrompe a narrativa para registrar e inserir reflexões ou pensamentos
das personagens, com as quais passa a confundir-se.
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