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DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS � SEXTA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 20 1 6 5

E conomia

Baixo crescimento afetou economias centrais, afirma a Mapfre

AT I V I DA D E

� Gestores notaram sinais debaixo crescimento nas princi-pais economias mundiais noúltimo mês de agosto, motiva-do por diversos fatores em paí-ses como Estados Unidos, Chi-na e Europa, segundo umdocumento divulgado ontempela Mapfre Investimentos.

No Brasil, porém, prevale-ceu o compasso de esperaem relação à evolução dos in-dicadores de confiança e dadefinição do calendário demedidas do ajuste fiscal.

No caso dos mercados inter-nacionais, os gestores observa-ram que as perspectivas decrescimento nas economiascentrais seguiram marcadaspelo baixo dinamismo.

Cenário macroeconômicoNos Estados Unidos, a econo-mia deu sinais de que caminhacom gradualismo, com cresci-mento dos salários relativa-mente fraco, reduzindo a pres-são inflacionária no médioprazo. Esse resultado pode seratribuído ao baixo crescimentoda produtividade, que explicaem boa parte a divergência en-

tre o avanço robusto no em-prego e a desaceleração na ati-vidade. “Isso significa que oFederal Reserve [Fed, o BancoCentral dos Estados Unidos]deverá se manter cauteloso emrelação à elevação da sua taxabásica de juros”, diz o texto.

Na Europa, medidas restriti-vas de comércio e imigraçãodevem levar a menores ganhosde produtividade e no nível deocupação em prazos mais lon-gos na Europa, reduzindo opotencial de crescimento eco-nômico da região.

Na China, as medidas derestrição à saída de capitais re-

sultaram em estabilidade docâmbio e do nível de reservas.Por outro lado, há desequilí-brios que impõem riscos a essecenário de relativa calmaria.

Os gestores também avalia-ram que na economia brasilei-

ra persistem incertezas sobre apolítica econômica sobre aconcretização de reformas querevertam a tendência de altado endividamento público.

O relatório destacou que flu-xo de investimentos estrangei-ros na Bolsa brasileira foi ne-gativo em R$ 2,2 bilhões, masno ano ainda acumula superá-vit de R$ 15 bilhões. /Agências

Apesar de leve queda em julho, especialistas indicam que a atividade deve voltar a crescer em2017; para isso, seriam necessários bons projetos de concessões e a aprovação de medidas fiscais

PIB diminui, mas analistas mantêm otimismoDE SENVOLVIMENTO

Renato GhelfiSão Paulorenato.cor [email protected]

� Indicadores apontaram re-dução de 0,1% no Produto In-terno Bruto (PIB) brasileiroem julho frente ao mês ante-rior. Entretanto, especialistasmantiveram a previsão de re-tomada econômica para 2017.

A análise da Serasa Expe-rian indicou que baixas emagropecuária (-1,5%) e indús-tria (-1,4%) puxaram a quedado PIB. Por outro lado, o setorde serviços teve leve avanço,de 0,3%, em julho.

Já o levantamento do It a úUn i b a n c o mostrou recuosem indústria de transforma-ção (-0,1%) e varejo ampliado(-0,5%). Pelo lado positivo, foiregistrada alta de 1,6% para aindústria extrativa.

Para Luiz Rabi, economistada Serasa, a leve queda vistaem julho sinaliza que a reces-são está chegando ao fim. “Aretração do terceiro trimestrenão deve ser tão forte quantoaquela do segundo trimes-t re”, explicou o entrevistado.Entre abril e junho, o PIB doPaís caiu 0,6%.

Ele também afirmou que a

atividade econômica deve vol-tar a crescer no ano que vem,depois de ficar estável nos últi-mos meses de 2016. Para que aretomada aconteça, seguiu Ra-bi, será necessária a aprovaçãode medidas fiscais.

“Vai depender da confirma-ção de algumas reformas dogoverno, como o teto para gas-tos públicos e o estabeleci-mento de uma idade mínimapara a previdência”, disse.

Anunciadas pelo presidenteMichel Temer na última ter-

ça-feira, as concessões e priva-tizações também devem forta-lecer o PIB. “Esse pacote terápapel importante para puxar oinvestimento, mas os projetosprecisam ser bem elaborados,para que atraiam o capital pri-va d o”, ponderou Rabi.

ProjeçõesO resultado do terceiro trimes-tre deve ser igual ao de julho,de acordo com a consultoriaGO Associados.

“Nossa projeção mostra

uma queda marginal de 0,1%para estes três meses, mas comum avanço de 0,7% no investi-m e n t o”, afirmou Luiz Castelli,economista da GO.

Em julho, o indicador da Se-rasa apontou uma redução de2,3% na formação bruta de ca-pital fixo (investimento), apósaumento de 6,4% em junho.

Para o quarto trimestre, aconsultoria calculou avanço de0,4% no PIB, o que seria a pri-meira expansão da atividadeeconômica em dois anos. Com

isso, o resultado de 2016 ficarianegativo em 3,2%.

No ano que vem, os dadosdevem melhorar e a economiadeve crescer 1%, segundo aGO. “Vai ser uma recuperaçãotímida, já que o mercado detrabalho continuará frágil e asfamílias e empresas estarãoe n d i v i d a d a s”, explicou Castelli.

Setor externoOs entrevistados pelo DCItambém ressaltaram a impor-tância do setor externo para aeconomia brasileira.

“É a única área que traz boasnotícias. Com as exportaçõescrescendo [em volume] e asimportações caindo, a entradade capital no Brasil é mantida.A recessão seria maior se nãocontássemos com esse fator”,afirmou Rabi.

Em julho, a Serasa indicoualta de 4,9% das vendas para oexterior e queda de 6,9% dascompras de outros países. “Es-se movimento é favorável paraa indústria exportadora, espe-cialmente de celulose, aviaçãoe proteína animal”, completouo economista.

Entretanto, a valorização doreal deve alterar essa trajetória.Para o terceiro trimestre deste

ano, a GO projeta queda dasexportações (-0,7%) e aumentodas importações (+1%).

D R E A M ST I M E

Entre os setores econômicos, a agropecuária teve o pior resultado de julho, com retração de 1,5% no mês

I N F L AÇ ÃO

� O Índice Geral de Preços – 10(IGP-10) variou 0,36%, emsetembro. Em agosto, contudo,houve queda de 0,27%. Essamudança foi devido,principalmente, à inflação noatacado, medido pelo Índice dePreços ao Produtor Amplo (IPA)que subiu 0,39% em setembro,ante retração de 0,57%registrada em agosto.Por outro lado, em igual mês de2015, o indicador havia subido0,61%. A taxa acumulada em2016, até setembro, é de 6,55%.Em 12 meses, o IGP-10 registroualta de 11,23%. / Da Redação

� A alta dos preços dosalimentos e bebidas prejudicouo bolso do paulista. De acordocom pesquisa da FecomercioSP,o Custo de Vida por Classe Social

(CVCS) na região metropolitana deSão Paulo subiu 0,38% nacomparação com junho, quandohouve alta de 0,34%. Somente ogrupo Alimento e Bebidas, quepossui peso de 22% no orçamentofamiliar, foi responsável por 76%do total da alta no mês. Noacumulado dos sete meses desteano a elevação desse custo de vidafoi de 4,80% e de 9,24% nosúltimos 12 meses. / Da Redação

� O Índice de Preços aoConsumidor (IPC) de Salvadoraumentou 0,82% em agosto. Avariação foi superior à apurada nomês anterior (0,19%). Em agostode 2015, o IPC havia registradovariação de -0,53%, segundodados da Superintendência deEstudos Econômicos e Sociais daBahia (SEI). /Da Redação

TRIBUTOS

I m p o st ô m e t r oalcança R$ 1,4 trilhãohoje às 17 horas

� O Impostômetro daAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP) alcança a marcade R$ 1,4 trilhão às 17 horas dehoje. Em 2015, esse mesmomontante foi arrecadado cincodias antes, em 11/9.

O valor representa o total detributos (taxas, contribuições eimpostos) pagos pelapopulação desde o início doano, segundo a ACSP.

O atraso da marca em 2016decorre da crise. Conformenota da Associação Comercial,o Impostômetro aponta que aarrecadação nominal enacional de tributos continuaem queda. /Da Redação

R AT I N G S

Moody’s explica diferenças norisco entre o Brasil e a Rússia� A agência de classificação derisco Moody’s avaliou ontem,por meio de comunicado, que,nos últimos dois anos, osratings do Brasil (Ba2 negativa)e da Rússia (Ba1 negativa),foram rebaixados devido aoenfraquecimento substancial deseus perfis de crédito. Mas ascausas para ambos são“m a rc a d a m e n t e ” diferentes.

Segundo a agência, emconsequência de choqueseconômicos e políticos, tanto oBrasil quanto a Rússia têmenfrentado recessõesprofundas, inflação elevada edéficits fiscais significativos.Contudo, enquanto a contração

da Rússia resultou de fatoresexternos, como o colapso dospreços do petróleo e a tensãogeopolítica, a recessão doBrasil foi provocada por fatoresd o m é st i c o s .

“A fonte de choque para ocrescimento econômico doBrasil remonta à investigaçãode corrupção Lava Jato quecomeçou na Petrobras, e queenvolveu mais tarde as maioresempresas de construção doPaís [...]. As autoridades nãoconseguiram lidar com osdesafios estruturais de longadata do Brasil que foramexpostos pela contração doPIB”, aponta. / Da Redação

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOLeonardo Vale Veras, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cédula de identidade RG nº 6366321-5 IFP/RJ e inscrito no CPF/MF sob o nº 024.951.367-61. Declara, nos termos do art. 6º do Regulamento Anexo II à Resolução nº 4.122, de 2 de agosto de 2012, sua intenção de exercer cargo de administração no Banco Rabobank International Brasil S.A., inscrito no CNPJ/MF sob o nº 01.023.570/0001-60. Esclarece que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da data da divulgação, por aquela Autarquia, de comunicado público acerca desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que os declarantes podem, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. Banco Central do Brasil - Departamento de Organização do Sistema Financeiro - Gerência Técnica em São Paulo II - Deorf/GTSP2 - Avenida Paulista, 1804 - 5º andar - 01310-922 - São Paulo - SP. São Paulo (SP), 15 de setembro de 2016. Leonardo Vale Veras.