PLANO DE DESENVOLVIMENTO
INSTITUCIONAL DA UFSCar (PDI)
RELATÓRIO DO GRUPO DE TRABALHO
ASPECTOS ORGANIZACIONAIS
Tema: Estrutura multicampi
São Carlos, agosto de 2012.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - UFSCar
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DA UFSCar (PDI)
RELATÓRIO DO GRUPO DE TRABALHO ASPECTOS ORGANIZACIONAIS
Tema: Estrutura multicampi
Equipe:
Prof. Alceu Gomes Alves Filho - Coordenador
Profa. Elisabeth M. Martucci - Chefe de Gabinete da Reitoria
Prof. Jorge Oishi - Assessor da Reitoria para Análise Estatística
Profa. Kelen Cristina Leite - Chefe Departamento de Ciências
Humanas e Educação
Prafa. Luzia Sigoli Fernandes Costa - Assessora da Reitoria para
Análise e Disseminação de Informações
Profa. Maria Virginia Urso Guimarães - Coordenadora de
Desenvolvimento Pedagógico
Prof. Mauro Rocha Côrtes - Pró-Reitor de Gestão de Pessoas
Profa. Vania Aparecida Gurian Varoto - Docente do Departamento de
Enfermagem
Colaboradoras:
Aline Lamon Cerra - Doutora em Engenharia de Produção
Paula Costa Castro - Doutora em Fisioterapia
Estagiários:
Allan Gustavo Brigola - Graduando de Gerontologia
Amanda Carolina Confronieri - Graduando de Estatística
Eric Emiliano Amaral Fonseca - Graduando de Engenharia de
Produção
Estela Barbosa Ribeiro - Graduanda de Gerontologia
Josemara Aparecida de Moraes - Graduanda de
Biblioteconomia e Ciência da Informação
Maiara Cavallaro - Graduanda de Administração
Monize Rezende de Sousa - Graduanda de Gerontologia
Veranice Batista Guimarães - Graduanda em Ciências Biológicas
São Carlos
2012
Ficha catalográfica elaborada
pelo DePT da Biblioteca Comunitária da UFSCar
Universidade Federal de São Carlos.
Plano de desenvolvimento institucional da UFSCar (PDI):
Relatório do grupo de trabalho aspectos organizacionais:
Tema: Estrutura Multicampi / Universidade Federal de São
Carlos. -- São Carlos: UFSCar, 2012.
45 f.
1. Universidade Federal de São Carlos.
2. Universidades e faculdades - administração.
I. Título.
CDD – 378.155 (20ª)
CDU – 378.4
U58p
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao Reitor da UFSCar, Pró-Reitores,
Diretores de Centros Acadêmicos, Prefeito Universitário,
Coordenadores, docentes, estudantes, servidores técnicos,
administrativos, terceirizados e consultores pela
oportunidade concedida ao Grupo de Trabalho “Aspectos
Organizacionais”, pelas contribuições para realização
deste trabalho, e pela dedicação para uma universidade
cada vez melhor, mais humana e democrática.
DEDICATÓRIA
A Equipe do Plano de Desenvolvimento Institucional –
Aspectos Organizacionais dedica o presente relatório a
toda Comunidade Universitária da Universidade Federal
de São Carlos, especialmente àqueles que contribuíram e
contribuem para uma universidade cada vez melhor, mais
humana e democrática.
LISTA DE MODELOS DE ESTRUTURAS
Modelo 1 - Representação da estrutura atual da UFSCar ........................................................ 24
Modelo 2 - Representação nos campi das Pró-Reitorias por Coordenadorias e
Secretarias .............................................................................................................. 25
Modelo 3 - Representação no campus de Pró-Reitorias e Secretarias com Pró-Reitores
Adjuntos ................................................................................................................. 25
Modelo 4 - Representação no campus de Pró-Reitorias e Secretarias, com Diretor de
Campus e com Conselho de Campus..................................................................... 26
Modelo 5 - Representação no campus de Pró-Reitorias e Secretarias, com Diretor de
Campus, sem Conselho de Campus ...................................................................... 26
Modelo 6 - Coordenações subordinadas à Diretoria de Centro ............................................... 27
Modelo 7 - Coordenações subordinadas a uma Diretoria Administrativa ou uma Pró-
Reitoria Adjunta de Administração ....................................................................... 27
Modelo 8 - Estrutura administrativa dos Centros 1 ................................................................. 28
Modelo 9 - Estrutura administrativa dos Centros 2 ................................................................. 28
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Organograma simplificado de um campus fora de sede ......................................... 38
Figura 2 - Organograma simplificado de um campus fora de sede ......................................... 42
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Número de Universidade por quantidade de campi que possui ............................. 18
Tabela 2 - Universidade por grau de duplicação de unidades pelos campi ............................. 18
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
UFSCar Universidade Federal de São Carlos
Adm Administração
ago. agosto
Art. Artigo
CCBS Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
CCET Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia
CD Cargos de Direção
CDD Classificação Decimal de Dewey
CDP Coordenadoria de Desenvolvimento Pedagógico
CDU Classificação Decimal Universal
CECH Centro de Educação e Ciências Humanas
CEPE Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão
CoACE Conselho de Assuntos Comunitários e Estudantis
CoAd Conselho de Administração
CoAdAdj Conselho de Administração Adjunto
CoC Conselho de Centro
CoCurs Conselho de Curso
CoD Conselho de Departamento
CoEx Conselho de Extensão
CoG Conselho de Graduação
ConsUni Conselho Universitário
Coord Coordenação de Curso de Graduação
CoordAd Coordenação Administrativa
CoordGrad Coordenação de Curso de Graduação
CoPG Conselho de Pós-Graduação
CoPq Conselho de Pesquisa
CoUnM Conselho de Unidade Multidisciplinar
CPPG Comissão de Programa de Pós-Graduação
DePT Departamento de Processamento Técnico
Des Desenvolvimento
DiCA Divisão de Controle Acadêmico
Dir Adm Diretoria Administrativa
Dir Centro Diretoria de Centro
DirCampus Diretoria de Campus
Div Divisão
Dpto Departamento
Dr. Doutor
ed. edição
Est Estação
FG Funções Gratificadas
Fin Finanças
GT Grupo de Trabalho
Infraestr Infraestrutura
nº número
p. página(s)
PDI Plano de desenvolvimento institucional
PPG Programa de Pós-Graduação
Pref Prefeituras
ProAcad Pró-Reitoria Acadêmica
ProACE Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis
ProAd Pró-Reitoria de Administração
ProEx Pró-Reitoria de Extensão
Prof. Professor
Profa. Professora
ProGPe Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
ProGrad Pró-Reitoria de Graduação
ProPG Pró-Reitorias de Pós-Graduação
ProPq Pró-Reitoria de Pesquisa
s.d. sem data
Scr.. Secretarias
Seç Seção
Secr Secretaria
Serv Serviços
TAs Técnico-Administrativos
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação
UNESP Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
UNISor Universidade Federal de Sorocaba
UnM Unidade Multidisciplinar
USP Universidade de São Paulo
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 10
1.1 Breve histórico ............................................................................................................................. 10
1.2 Justificativas e objetivo ................................................................................................................ 11
2 METODOLOGIA .............................................................................................................................. 14
2.1 Metodologia geral ........................................................................................................................ 14
2.2 Metodologia específica do tema estrutura multicampi ................................................................. 14
3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ........................................................................................ 16
3.1 Busca bibliográfica ....................................................................................................................... 16
3.2 Levantamento de configurações de estruturas multicampi adotados por universidades
federais ......................................................................................................................................... 18
3.3 Contribuições dos levantamentos para avaliação dos órgãos intermediário e superior e da
caracterização dos órgãos colegiados de base .............................................................................. 19
3.4 Diretrizes do PDI que impactam diretamente na estrutura organizacional .................................. 21
3.5 Discussões de reuniões e encontro com a comunidade ................................................................ 21
3.6 Modelos de estrutura para subsidiar as discussões de reuniões e encontro com a
comunidade .................................................................................................................................. 24
3 RECOMENDAÇÕES PARA SUBSIDIAR AS DISCUSSÕES NA PROPOSIÇÃO DE
ESTRUTURA MULTICAMPI PARA A UFSCar ........................................................................... 28
4 CRONOGRAMA DE DISCUSSÃO DA ESTRUTURA MULTICAMPI ......................................... 32
APÊNDICES ......................................................................................................................................... 33
APÊNDICE A - Síntese das discussões do Grupo Multicampi .......................................................... 34
APÊNDICE B - Transcrição na íntegra ............................................................................................. 35
APÊNDICE C - Desenho institucional das unidades da UFSCar e da estrutura de Funções
Gratificadas (FG) e Cargos de Direção (CD), a partir de levantamento nos sites ....................... 37
APÊNDICE D - Síntese das reuniões sobre o tema Estrutura Organizacional Multicampi ............... 38
APÊNDICE E - Síntese para aprovação no Conselho ....................................................................... 40
APÊNDICE F - Resolução ConsUni .................................................................................................. 45
10
1 INTRODUÇÃO
Antes de apresentar os resultados dos levantamentos e das discussões realizados junto
à comunidade da UFSCar, com o intuito de oferecer contribuições que possam subsidiar o
ConsUni nas discussões e tomada de decisão sobre a “estrutura multicampi”, faz-se um breve
resgate histórico para contextualizar o tema.
1.1 Breve histórico
Com a implantação das Pró-Reitorias em 1989 e a subsequente Reforma
Administrativa, de 1991 a UFSCar passou, naquele momento, por um processo de
reformulação substancial na sua Estrutura Organizacional.
Após esse momento, houve um período de estabilidade até que novamente houvesse a
necessidade se buscar alternativas que trouxessem aperfeiçoamentos na Estrutura
Organizacional da UFSCar, tornando-a mais eficaz e, ao mesmo tempo garantisse os
processos democráticos como princípio.
A proposta de construção do primeiro Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)
da UFSCar foi apresentada ao Conselho Universitário em março de 2002 e surgiu de
demandas concretas a partir do término do Plano Diretor, elaborado em 1985. O Plano Diretor
já não atendia todo o espectro de necessidades colocando-se como principal desafio de
apreender a diversidade e de identificar convergências para favorecer o desenvolvimento da
Instituição.
A proposta do PDI passou por um longo processo de discussão até o momento de sua
aprovação, em abril de 2004 pelo Conselho Universitário (ConsUni), tendo como princípio a
participação democrática de toda a comunidade da UFSCar. Esse PDI orientou a implantação
de mudanças significativas e importantes na estrutura da UFSCar, especialmente, no que se
referem à configuração das instâncias decisórias instituídas em seus órgãos colegiados
superiores e intermediários.
Assim, em 2004, foram propostas algumas alternativas para a estruturação dos níveis
superior e intermediário. Essas alternativas foram debatidas amplamente com a comunidade
que escolheu a que considerou, naquele momento, a mais eficaz e coerente com a sua história
e sua prática nos processos deliberativos, democráticos e de valorização das políticas
institucionais.
Essas mudanças ocorreram tendo como base os vários problemas que foram
detectados, associados à estrutura organizacional, dentre eles os relativos aos papéis,
composições e relações dos Conselhos de Centros, das Pró-Reitorias e do próprio Conselho
Universitário.
Nos anos seguintes ocorreu um série de mudanças na UFSCar e em setembro 2008
foram criadas as Pró-Reitorias de Pós-Graduação (ProPG) e a Pró-Reitoria de Pesquisa
(ProPq) como decorrências de um desmembramento da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e
Pesquisa.
11
Em 2009, foi criada a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE) e
recentemente a criação do seu correspondente órgão colegiado e em 2010 houve a criação da
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (ProGPe).
Todas essas mudanças foram incorporadas no novo Estatuto, aprovado em 2008, e no
Regimento Interno da UFSCar, aprovado em 2011 merecendo, ainda, estudos detalhados da
estrutura organizacional para as possíveis novas adequações na dinâmica de funcionamento da
UFSCar, agora, além do campus de Araras, com mais dois campi, com a criação, em 2005, do
campus de Sorocaba, implantado em 2006, e o do campus Lagoa do Sino, localizado no
município de Buri, criado em 2010, em fase de implantação.
1.2 Justificativas e objetivo
A abertura de novos campi, associados ao incentivo de expansão da universidade
pública brasileira, pelo Governo Federal, trouxeram profundos reflexos no funcionamento da
UFSCar provocando, inclusive, uma série de mudanças. As necessidades e desafios
apresentados fizeram com que a UFSCar buscasse se estruturar com base em princípios e
diretrizes que mantivessem a sua identidade.
No momento anterior a implantação da estrutura atual, em relação aos Órgãos
Colegiados, havia uma junção das deliberações sobre Ensino, Pesquisa e Extensão pelo antigo
CEPE (Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão) e que hoje são exercidas pelos diferentes
conselhos como: o Conselho de Ensino de Graduação (CoG), Conselho de Pós-Graduação
(CoPG), Conselho de Pesquisa (CoPq) e o Conselho de Extensão (CoEx). Na medida em que
novas unidades vão surgindo e ganhando importância é preciso buscar, adequações ou
mesmos novos modelos de organização.
Na Administração Superior, a reformulação da composição e da dinâmica de
funcionamento dos órgãos colegiados superiores, implantada, em 2008, implicou em
mudanças nos papéis exercidos por membros desses conselhos e ampliou a participação de
membros que atuam na base da instituição (Departamentos, Coordenações de Cursos e nos
Programas de Pós-Graduação). Cabendo-lhes, inclusive, o desafio de homogeneizar ações e,
ao mesmo tempo, refletir sobre a diversidade existente entre os campi, ocasionada, entre
outros fatores, pelos diferentes momentos históricos em que se encontra cada um deles.
No nível dos órgãos colegiados intermediários, houve a criação das Comissões de Pós-
Graduação, além do reconhecimento e valorização da coordenação de curso atribuiu-se,
também, importância aos Conselhos de Departamento, inclusive com representação em
instâncias superiores.
O Estatuto, aprovado em 2008, estabelece critérios para a criação de novos
departamentos e, apenas, define mais claramente as funções dos Departamentos e das
Coordenações de Cursos e das Coordenações de Pós - Graduação, de acordo com os artigos a
seguir:
Art. 35. O Departamento compõe a base da estrutura acadêmica da
Universidade e, para todos os efeitos de organização administrativa,
12
didático-científica e de distribuição de pessoal, compreenderá disciplinas
afins.
Art. 42. A Coordenação de Curso de Graduação compõe a base da estrutura
acadêmica da Universidade e compreenderá a gestão das atividades didático-
científicas, relacionadas a um curso de graduação.
Art. 49. A Coordenação de Programa de Pós-Graduação compõe a base da
estrutura acadêmica da Universidade e compreenderá a gestão das atividades
didático-científicas e administrativas relacionadas a um programa de pós-
graduação.
Cabe, aos estudos da estrutura organizacional estabelecer as articulações, os processos
comunicativos facilitadores para o funcionamento das unidades da UFSCar em todas as suas
instâncias.
A experiência da UFSCar acumulada ao longo de sua história, em relação ao
funcionamento da estrutura organizacional, as pesquisas sobre as experiências de outras
universidades, os levantamentos sobre os órgãos colegiados de base, intermediários e
superiores e as discussões decorrentes do processo de atualização do PDI permitiram que se
fizesse uma primeira avaliação, bem como a proposição de estudos sobre aspectos da
estrutura organizacional tendo em vista uma futura proposição de estrutura multicampi que
seja apropriada ao funcionamento da UFSCar.
Em 2002, quando das discussões para a elaboração do primeiro Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI) alguns problemas associados à estrutura organizacional,
principalmente aqueles relacionados com a qualidade da integração entre o campus de Araras
e o de São Carlos foram detectados e elencados pelo grupo de trabalho dedicado aos estudos e
proposição de alternativas paras as estruturas superior, intermediária e básica para a UFSCar.
Também, foram evidenciados alguns aspectos, no documento que serviu de subsídio para as
discussões sobre a estrutura organizacional da UFSCar em 2002, que devem ser levados em
consideração no momento de se pensar uma estrutura multicampi para a UFSCar, tais como:
Integração entre a estrutura formal e informal;
Permissão de diferentes medidas de centralização e descentralização;
Convivência entre a especialização/departamentalização e a da interdisciplinaridade;
Produção de conhecimento pela indissociabilidade entre o ensino, pesquisa e extensão;
Facilidade para integração das atividades técnicas, administrativas e acadêmicas.
Além do mais, as universidades são regidas por leis, portarias, estatutos e regimentos,
normas e etc. que regulam as suas atividades de ensino, pesquisa e extensão e administração.
Assim, uma universidade multicampi pode necessitar de um estudo que de visibilidade de
como as suas unidades são articuladas, de como as pessoas desenvolvem as suas atividades -
meios e fins - e de que forma essas atividades são facilitadas ou dificultadas pela tecnologia
disponível e pelos meios de comunicação. Sabe-se que a preservação dos espaços de
participação para a promoção da democracia exige que a comunicação e a circulação de
informação sejam facilitadas e ágeis.
13
Em algumas situações o rápido crescimento da universidade pode requerer medidas
emergenciais para que ocorram melhorias na relação entre campi, como por exemplo: criação
de sistema de comunicação, implantação da logística de circulação de pessoas, materiais,
equipamentos, etc. reforço das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), entre outros
aspectos, para que não ocorram maiores prejuízos no funcionamento cotidiano.
Além desses aspectos, no caso da UFSCar, as discussões sobre estrutura
organizacional vêm se pautando em alguns pontos, desde o momento da construção do PDI e
que ainda são válidos, que envolvem:
A definição clara da estrutura acadêmica e da estrutura administrativa e do sistema de
papéis, de responsabilidades e de autoridade;
O estabelecimento de políticas institucionais que definam os âmbitos da autonomia
dos campi, dos centros, etc. de modo a facilitar os processos decisórios e
administrativos e o sistema de comunicação e de circulação de informações, intra e
intercampi,
O conhecimento e a valorização da história institucional e dos contextos de criação e
desenvolvimentos de cada um dos campi, centros, etc. como fator estruturante para o
seu desempenho e para a formação ou manutenção da identidade.
Passados quase 10 anos, em um novo contexto, deu-se início em 2011 ao processo
revisão do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e, nesse bojo, da revisão da
estrutura organizacional da UFSCar, com o objetivo principal de conceber, de forma
participativa, uma estrutura que seja capaz de comportar a dinâmica exigida por uma
universidade multicampi, levando-se em consideração as implicações que as dimensões
histórico-culturais, humanas e tecnológicas podem ter sobre o seu funcionamento em geral.
O presente relatório reúne alguns conjuntos de dados e de observações a respeito de
estruturas organizacionais, especialmente, estruturas multicampi, que são apresentados de
acordo com os diferentes momentos ou tipos de levantamentos realizados. Além das
considerações sobre o levantamento da literatura nacional e internacional, sobre o tema
estrutura multicampi, apresentam-se como resultados dos levantamentos e discussões os
seguintes tópicos:
a) Dados dos levantamentos feitos, via web, de modelos de estruturas multicampi
adotados por outras universidades brasileiras, apresentando diferentes
configurações;
b) Contribuições dos levantamentos feitos junto à comunidade sobre os órgãos
colegiados de base, intermediário e superior se referindo a estrutura
organizacional;
c) Levantamento de proposta de diretrizes que impactam na estrutura organizacional;
d) Registros das discussões produzidas durante os encontros com a comunidade e
reuniões do grupo do GT “Aspectos Organizacionais”, especialmente, sobre o
tema “Estrutura multicampi”.
14
A partir das exposições desses dados e de leituras sobre os fundamentos teóricos e
conceituais, relacionados ao tema, são apresentadas algumas considerações com o intuito de
fornecer subsídios para um cronograma de estudos que possam resultar em propostas de
estrutura multicampi, que sejam compatíveis com as necessidades e os anseios, atuais e
futuras, da UFSCar.
2 METODOLOGIA
O Grupo de Trabalho “Aspectos Organizacionais”, instituído para atualização do
Plano de Desenvolvimento Institucional da UFSCar, estabeleceu uma metodologia para o
desenvolvimento das suas atividades.
2.1 Metodologia geral
O GT Aspectos Organizacionais definiu quatro temas de trabalho abrangendo: 1)
Revisão do bloco das diretrizes “3.6. Organização e gestão”, 2) Avaliação dos colegiados
superiores e intermediários, 3) Caracterização dos colegiados de bases e 4) Gestão
multicampi.
Algumas atividades foram comuns a todos os temas, tais como: a realização de estudos
preliminares por meio de levantamentos - documental e bibliográfico - realização de reuniões
internas para explanação sobre o andamento das atividades, discussão e tomada de decisões
sobre novos encaminhamentos e reuniões com a comunidade para coleta de informações e
apresentação de resultados parciais.
Os estudos sobre estrutura multicampi se desenvolveram no âmbito do Grupo de
Trabalho constituído para contribuir com a atualização das diretrizes relativas aos “Aspectos
Organizacionais” que irão compor o PDI.
2.2 Metodologia específica do tema estrutura multicampi
Além das atividades que caracterizam como parte da metodologia geral, adotado pelo
GT Aspectos Organizacionais, a exploração do tema estrutura multicampi adotou como base
um método de trabalho exploratório envolvendo atividades sobre o tema “Gestão multicampi”
foram realizadas de acordo com os seguintes tópicos:
● Busca bibliográfica via internet de estudos nacionais e internacionais
Embora este tópico estivesse previsto para ser realizado em todos os temas, no caso da
Gestão Multicampi houve muita dificuldade para encontrar material disponível.
15
● Levantamento, via web, e análise das diferentes configurações e modelos de estruturas
multicampi, apresentados por universidades brasileiras
O levantamento da estrutura multicampi foi feito através de pesquisas na internet, no
site da UFSCar e em sites de outras universidades federais multicampi, e das contribuições da
comunidade acadêmica.
Uma pesquisa na internet acessando cada site de algumas universidades federais
brasileiras e de duas estaduais (USP e UNESP), que são multicampi, para analisar a estrutura
destas com o objetivo de fazer comparações com a estrutura atual da UFSCar. Foi montada
uma tabela com os seguintes itens a ser coletados de cada instituição: Nome e sigla da
Universidade; Configuração dos Campi; Campus; Estrutura; e identificação do local da sede.
A equipe analisou os dados da tabela montada através dos sites das universidades para,
a partir desta analise, fazer comparações e buscar sugestões de melhoria para a atual estrutura
da UFSCar, ou até propor novos modelos de estrutura multicampi, para o melhor
funcionamento organizacional da universidade.
● Análise das contribuições vindas da comunidade para atualização das diretrizes e que
de impactam na estrutura organizacional
Neste tópico, as contribuições vindas da comunidade, via aplicativo, e incorporada nas
diretrizes “3.6. Organização e gestão” ajudaram na reflexão sobre o tema e complementaram
os registros das discussões.
● Realização de reuniões com Pró-Reitores, membros dos campi e encontro com a
participação de docentes, técnico-administrativos e alunos dos três campi (São Carlos,
Araras e Sorocaba)
Foram realizadas duas reuniões, uma em cada campus (Araras e Sorocaba), para
discutir sobre estrutura multicampi com a comunidade acadêmica presente, entre os
participantes estavam o diretor de Centro, docentes, TAs e discentes. Depois houve uma
reunião final do PDI em Araras aberta a comunidade acadêmica dos três campi, na qual foi
tratado e debatido o tema, trazendo importantes contribuições. Nestas reuniões primeiramente
foi contextualizado o tema, explicando a comunidade acadêmica como funciona a estrutura
atual da universidade, pois muitos não sabem, por isso é importante conhecer primeiro como
funciona para depois poder discutir sobre o que precisa ser mudado ou melhorado para um
melhor funcionamento da estrutura da universidade como um todo.
Além dessas reuniões, com um público mais amplo, em 31 de janeiro de 2012 o
secretário da Coordenação Administrativa do Campus de Sorocaba, Carlos Eduardo Vanucci,
este em São Carlos e fez uma apresentação oral sobre uma proposta de reorganização da
estrutura administrativa do Campus de Sorocaba entregou um documento apresentado se
divide em duas partes, a primeira apresenta a Organização atual das funções e de setores do
Campus, e a segunda uma proposta de repactuação, que tem como objetivo oferecer subsídios
16
para permitir estudos e ênfase não só da Reitoria da UFSCar, mas também dos Ministérios
competentes.
Foram feitos os registros das discussões produzidas durante as reuniões, realizadas nas
seguintes datas e locais:
31 de janeiro de 2012, em São Carlos1;
15 de fevereiro de 2012, em Araras;
28 de março de 2012, em Sorocaba;
04 de abril de 2012, em Araras, reunindo os três campi.
● Análise das respostas abertas dos questionários aplicados pra avaliação dos órgãos
superiores, intermediários e da base
Utilização das respostas abertas dos questionários aplicados levantamento de
contribuições vindas da comunidade sobre estrutura organizacional, por meio de questionário
aplicado aos membros dos conselhos, superior (Conselho Universitários), intermediário
(Conselho de Centro) e Conselhos de base (Coordenações de cursos de graduação,
Coordenações de pós-graduação e Departamentos).
A equipe analisou as respostas abertas dos questionários aplicados, retirando as
respostas, comentários e sugestões referentes à estrutura, para uma posterior analise.
Analisando brevemente, o que foi bastante ressaltado foi a questão da comunicação entre os
Campi e também dentro de cada Campus, em relação a circulação de informações e
documentos.
3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Primeiramente a equipe fez várias pesquisas na internet sobre o tema: a estrutura
multicampi das universidades. Para entender o que realmente é, suas características,
atribuições, funcionamento, divisões de poder e obrigações e outras informações acerca do
tema. Cabe observa que existe uma variação quanto ao uso das nomenclaturas “multicampi” e
“multicampus”. Ambas as palavras são consideradas corretas, mas como a palavra
“multicampi” é mais usual para efeito deste relatório convencionou-se adotá-la para se referir
a uma estrutura organizacional que comporta mais de um campus universitário.
3.1 Busca bibliográfica
Na literatura, o tema estrutura organizacional é muito relevante e as discussões
teóricas apresentam linhas de pensamento bastante diversificadas, desde a primeira década do
século XX. Algumas teorias defendem os modelos lineares, hierárquico e de centralização de
comando, enquanto outras defendem os arranjos em rede, com comandos compartilhados.
1 Apresentação de uma proposta de reorganização da estrutura administrativa do Campus de Sorocaba.
17
Entre esses modelos extremos existe uma gama de modelos intermediárias com arranjos mais
ou menos centralizados.
Os conceitos de estrutura organizacional também são diversos e, em geral, estão mais
próximos das estruturas de organizações empresariais. No caso de universidades, embora
tenha as suas especificidades, podem ser reconhecidos alguns elementos comuns a qualquer
tipo de estrutura que é o definir como a hierarquia está dividida, como o sistema de
comunicação é delineado, além de demonstrar como as pessoas realizam as atividades e
exercem a autoridade que lhes competem (VASCONCELLOS, 1989)2. Em qualquer que seja
o modelo adotado alguns fatores são condicionantes e devem ser levados em consideração nos
estudos e propostas de estrutura como o ambiente, a tecnologia e, principalmente, o fator
humano.
Em relação às especificidades relativas a modelos de estrutura multicampi percebe-se
que há uma escassez de literatura que trata de estudos sobre universidades brasileiras. Alguns
poucos artigos e textos encontrados, na Internet, versam sobre universidades de outros países
(principalmente América do Norte e Europa)3.
Nos últimos anos, no Brasil, foram criadas novas universidades e algumas delas já
nasceram numa configuração estrutural multicampi. A título de exemplos podem ser citadas
tanto a Universidade Federal da Fronteira Sul4 como a Universidade Federal do Pampa.
Enquanto outras universidades têm passado por adequações, em suas estruturas, para
transformar-se em modelos multicampi. Se levado em consideração os aspectos histórico-
culturais de cada campus cabe indagar se o modelo de estrutura ideal para um campus recém-
criado seria o mesmo de um campus já consolidado? Nesse ponto, há uma grande
complexidade no exercício de se fazer a convergência de interesses e necessidades dos campi
que vivem momentos históricos diferentes.
O crescimento da UFSCar, dos últimos anos, por si só justifica a necessidade de
estudo para adequação da sua estrutura organizacional. Com o intuito de reunir informações
que possam contribuir com os estudos de adequação da estrutura organizacional da UFSCar,
este relatório se fundamenta menos em teorias e mais nas contribuições vindas da própria
comunidade da UFSCar, nos últimos meses. Essas contribuições tem origem em diferentes
oportunidades como nos encontros realizados, nas contribuições postadas via aplicativo do
2 VASCONCELLOS, Eduardo. Estrutura das organizações. 2a ed. São Paulo: Pioneira, 1989.
3 PAPPAS Consulting Group. Multi-campus public universities and public university systems.
Pappas Consulting Group: Palm Beach Gardens, s.d. Disponível em:
<http://www.wlu.ca/documents/47004/Multicampus_Task_Force_Report_Final.pdf>. Acesso em: 24
ago. 2012.
WILFRID Laurier University. Report of the Presidential Task Force on Multi‐Campus
Governance. 2011. Wilfrid Laurier University: Waterloo, 2011. Disponível em:
<http://www.pappas-consulting.com/systems.html>. Acesso em: 24 ago. 2012.
4 ALMEIDA JÚNIOR, V. P.; TOSTA, K. C. B. T. Universidade pública, democrática e popular: os
desafios da implantação da Universidade Federal da Fronteira Sul. Rev. GUAL, Florianópolis, Edição
especial, p. 25-36, 2011.
18
PDI e em respostas de questionário, aplicados com objetivo de avaliar os órgãos colegiados
superiores e caracterizar os órgãos colegiados de base.
3.2 Levantamento de configurações de estruturas multicampi adotados por
universidades federais
Na tentativa de conhecer um pouco sobre como universidades federais estão
estruturadas, foram realizadas visitas em sites e foi possível perceber, minimamente, que as
universidades apresentam uma diversidade de situações, sendo que muitas delas estão
passando por reestruturações, neste momento. Embora os sites nem sempre estejam
atualizados e, em geral, não informam detalhes sobre a estrutura organizacional foi possível
concretizar buscas em vinte e duas universidades federais que abrangeu todas as
universidades da Região Sudeste duas ou três de universidades de outras regiões brasileiras.
Dentre os aspectos observados, foram: ano de fundação, número de campi que possui,
variando entre de dois e onze, conforme demonstram as tabelas 1 e 2, estrutura
organizacional, quando encontrada e localização da Reitoria (se separada ou não dos Campi).
Tabela 1 - Número de Universidade por quantidade de campi que possui
Número de Universidades Número de campi
4 2
8 3
2 4
2 4
3 5
4 6
1 11
Total 22 universidades
Do total de cinquenta e nove universidades federais, vinte e duas informam possuir
mais de um campus, sendo que a maioria delas apresenta entre três e cinco campi.
Percebe-se, ainda, que existem universidades que são criadas numa concepção
multicampi enquanto outras passaram por transformações e necessidade de adequação na sua
estrutura, como é o caso da UFSCar. Cabe ressalvar que a grande maioria das universidades
não informam claramente se duplicam ou não as suas unidades e quais unidades são
duplicadas, como pode ser visto na Tabela 2, a seguir:
Tabela 2 - Universidade por grau de duplicação de unidades pelos campi
Número de
campi Não duplica Duplica
Duplica
parcialmente Não informa
2 4 4
3 1 4 3
19
Número de
campi Não duplica Duplica
Duplica
parcialmente Não informa
4 2 2
5 1 2
6 2 2
11 1
O material levantado sobre outras universidades, apesar de pouco informativo, sugere
que os modelos de estrutura multicampi podem ser mais podem funcionar com pouca ou
quase nada de duplicação, com apenas algumas unidades duplicadas e outras não e, ainda,
com muitas unidades duplicadas. Cabe uma análise das necessidades, da história e da cultura
organizacional para se definir o modelo mais adequado para a UFSCar.
3.3 Contribuições dos levantamentos para avaliação dos órgãos intermediário e superior
e da caracterização dos órgãos colegiados de base
Os dados obtidos, por meio de questionários, com a finalidade de avaliar os órgãos
colegiados intermediários e superiores e de caracterizar os órgãos colegiados de base, também
contribuíram para se perceber aspectos do funcionamento da universidade que estão
relacionados à estrutura organizacional.
Um dos aspectos bastante mencionado foi relativo à comunicação, tais como:
Melhorar os recursos comunicação entre os campi.
Mais comunicação entre as Pró-Reitorias.
Devido ao tamanho da UFSCar, agenda lotada das pessoas, falta de um meio
de comunicação público (como um blog ou site) para divulgação as
informações e atividades de cada conselho.
Há pouquíssima comunicação entre o conselho de departamento e a
coordenação de cursos e comissão de pós-graduação.
Outros aspectos, que tem relação com a estrutura multicampi, da UFSCar, também
muito citado, referem-se ao fluxo de informações, sendo que os principais foram:
Melhorar o repasse e divulgação de informações;
Disponibilizar rapidamente as informações online;
Colocar um site profissional que permita um fácil acesso pela comunidade;
Mecanismos para maior participação de todos, basicamente. Incluir melhor
a divulgação em todos os aspectos;
Disponibilizar virtualmente as discussões.
Falta de clareza sobre as funções e atribuições das diversas unidades que compõem
a estrutura, como por exemplo, departamento, coordenação de graduação e coordenação de
pós-graduação, bem como as atribuições dos conselhos.
Há, também, indefinição das atribuições administrativas do Campus e do Centro. Esta
falta de definição e clareza de responsabilidades torna o modelo não aplicável à realidade da
20
UFSCar. A figura do diretor do campus existirá efetivamente? Qual a relação com a direção
do Centro?
Foram mencionadas, também, as mudanças almejadas que impactam diretamente na
estrutura organizacional e dizem respeito especificamente a:
Divisão de um centro em dois (Ex: biológicas e saúde);
Criação de prefeitura para cada campus;
Estrutura insuficiente.
A falta de conhecimento da estrutura atual é assim expressa:
Falta divulgação da estrutura organizacional;
Falta de conhecimento da estrutura organizacional.
A falta de agilidade na operacionalização das decisões dos conselhos, também, é
mencionada, em expressões como: “diminuir o tempo para resposta institucional às demandas
apresentadas pelos Conselhos”.
A questão de infraestrutura de comunicação para a participação aparece, também
como demanda e podem ser sintetizadas nos seguintes tópicos:
Melhorar recursos de participação à distância;
Necessidade de recursos para videoconferência, para agilizar o processo;
Realizar algumas reuniões por videoconferência;
Reuniões itinerantes (multicampi).
Sobre aspectos do funcionamento dos conselhos que podem impactar na estrutura
organizacional, são apresentadas as seguintes observações:
O Conselho do Centro está bem colocado, mas é preciso definir, para os campi
fora da Sede, a relação dos Conselhos de Centro com a "direção" do campus.
Com a criação do Centro (Sorocaba) houve a extinção do "Conselho de
Campus", ficando o Conselho de Centro com atribuições que deveriam ser
discutidas no colegiado extinto.
Reunião geral de conselhos. Por exemplo, a eleição de um tema único,
exemplo, o crescimento da UFSCar, deveria ser a ocasião de uma reunião
conjunta com todos os conselhos ao mesmo tempo.
Pensar sobre os conselhos no sistema multicampi.
No campus de Sorocaba o Centro e seu respectivo conselho não é um Conselho
que congrega uma área, como em São Carlos (CCET, CCBS e CECH), mas um
conselho em que estão às áreas tecnológicas, biológicas e humanas
desequilibradamente representadas. Imaginando o crescimento do campus seria
necessário imaginar também o desmembramento deste conselho para que seja
capaz de atender as especificidades de cada área.
21
3.4 Diretrizes do PDI que impactam diretamente na estrutura organizacional
Das diretrizes sugeridas pela comunidade algumas impactam diretamente nos estudos
e decisões sobre a estrutura organizacional e no funcionamento da UFSCar. O teor das
diretrizes pode influenciar nas adequações de estrutura necessárias para o funcionamento que
vão desde especificidades, como por exemplo, a inserção de conceitos de “sustentabilidade
em atividades rotineiras” até aspectos mais abrangentes, como a “descentralização das
decisões de forma articulada entre os setores acadêmico e administrativo”.
Quanto á aspectos do planejamento físico e ambiental associados à sustentabilidade
das atividades rotineiras.
A atualização das diretrizes “Aspectos Organizacionais” está em processo de
atualização e podem indicar elementos importantes para serem levados em consideração no
momento de adotar um modelo de estrutura multicampi para a UFSCar.
3.5 Discussões de reuniões e encontro com a comunidade
Muitas foram às contribuições vindas da comunidade e representam os seus anseios
por um modelo de estrutura que possa melhor integrar e articular, de forma harmônica, os
quatro diferentes campi pertencentes a UFSCar, hoje.
Uma questão central foi superada e colocada em discussão, assim apresentada: A
UFSCar quer reafirmar a sua estrutura multicampi ou quer preparar os campi para sua total
autonomia?
O grupo responsável por conduzir as discussões do tema “Gestão multicampi” da
UFSCar, reunido em 04 de abril de 2012, no campus Araras, integrou gestores, docentes,
alunos e servidores técnicos e administrativos e discutiu de maneira ampla aspectos
pertinentes à temática.
Para abordar esse tema, os membros do grupo fizeram uma retrospectiva da história da
Universidade Federal de São Carlos e também da criação e implantação dos campi, tanto de
Araras, quanto de Sorocaba. Nessa discussão, ficou evidente que existiam peculiaridades da
trajetória histórica de cada campus, que merecem atenção.
Hoje, o Campus Araras está vivenciando uma etapa de renovação e expansão,
enquanto o Campus Sorocaba vive uma fase conclusiva de implantação. Neste resgate
histórico foi levantado que em Sorocaba, no seio político da comunidade local, havia a
intenção inicial de que fosse criada a Universidade Federal de Sorocaba (UNISor), mas que
este pensamento está superado.
A partir dessa premissa, foi realizada uma discussão sobre a busca de uma identidade
da Universidade Federal de São Carlos, com os quatro campi e que não está na pauta do
processo de atualização do PDI ou de qualquer outra instância institucional a discussão sobre
a UFSCar ser uma incubadora de futuras universidades federais.
O caráter multicampi da UFSCar indicou a necessidade de reforçar o significado da
identidade institucional (“o que é ser UFSCar?”) e ao mesmo tempo respeitar as
22
particularidades e singularidades de cada Campus: devendo partir do todo para as partes,
buscando a integração entre os campi e maior aproximação entre os seus servidores.
O diagnóstico feito no grupo expressou que a UFSCar está em uma fase de transição,
por decorrência de sua expansão numa configuração de caráter multicampi e que é necessário
avançar na maneira de organizar e gerir a universidade, enfrentado os desafios e propondo
ajuste no atual modelo de gestão.
Na ocasião, reuniões de 04 de abril de 2012, várias propostas foram formuladas
merecendo destaque para algumas mais consensuais entre os participantes do grupo, são elas:
a) A primeira proposta foi relativa ao cargo de Diretor de Campus, que seria o
representante da administração Superior em determinado campus e integraria uma
chapa sucessória de gestão administrativa, que incluiria candidatos a Reitor, Pró-
Reitores e também de Diretores de Campus. Assim, os Diretores de Campus seriam
eleitos conjuntamente com a equipe que seria eleita para a Reitoria.
Apesar de esta ter sido uma proposta consensual, o grupo indicou que ela precisa ser
cuidadosamente analisada, com o planejamento de uma etapa de transição, considerando que
existem processos diferenciados em curso em cada campus.
Foi discutido, também, que essa proposta teria melhor viabilidade de implementação
em processo sucessório de gestão posterior à criação de dois centros em cada campus,
considerando que hoje há uma sobreposição das funções de Diretor de Campus e de Diretor
de Centro pela existência de apenas um centro acadêmico nos campi de Araras e Sorocaba.
b) A segunda proposta consensual foi sobre a implantação de representação de cada Pró-
Reitoria em todos os campi da UFSCar, tendo como base a exitosa experiência da Pró-
Reitoria de Gestão de Pessoas.
Sobre este aspecto, já existem iniciativas de outras Pró-Reitorias, como por exemplo, a
da Pró-Reitoria de Graduação e de Assuntos Comunitários e Estudantis. Neste sentido, parece
uma ideia promissora alguma duplicação de unidades na estrutura multicampi, porém a falta
de servidores técnico-administrativos por vir a ser uma das maiores dificuldades a ser
enfrentada.
c) Outra proposta surgida no contexto das discussões foi a de que os colegiados
superiores focassem apenas temáticas relativas às políticas mais gerais da UFSCar e
que delegassem as outras atribuições aos conselhos de centro.
O principal argumento que norteou esta proposição foi de que esta mudança resultaria
em um menor número de reuniões e com isto a garantia da participação dos representantes de
todos os campi. O encaminhamento sugerido para esta questão foi a de um estudo mais
aprofundado, considerando a necessidade de revisão das atribuições dos centros acadêmicos.
23
d) Por fim, no sentido de proporcionar uma aproximação qualificada entre os quatro
campi foi apresentada uma proposta de implantação de um sistema de mobilidade
intercampi, através de um sistema regular de transporte coletivo.
Além dessas propostas, mais abrangentes, o GT - Gestão multicampi apresentou,
também, outras de caráter pontual ou complementar, mas não menos importantes, tais como:
Proposta 1 - Os Órgãos Colegiados Superiores só devem cuidar da política e delegar as
atribuições aos conselhos de centro.
Proposta 2 - O Diretor de Campus deverá ser um representante da administração superior
(eleito junto com a equipe) e atuará com a ajuda de um Pró-Reitor adjunto de
administração.
Proposta 3 - Descentralizar os órgãos colegiados e as Pró-Reitorias.
Proposta 4 - Ter representante direto do Reitor em cada Campus.
Proposta 5 - Promover a aproximação entre os campi – transporte regular/ com horários.
Proposta 6 - Descentralizar por meio da criação de câmaras dos conselhos (Graduação/Pós-
graduação/Extensão e outras).
Proposta 7 - Promover maior aproximação entre a administração superior e o campus e vice-
versa.
Proposta 8 - Reproduzir a experiência da ProGPe para as demais Pró-Reitorias e unidades, a
partir de um estudo do que é necessário nuclear como, por exemplo, ProGrad,
ProACE, Ações Afirmativas, DiCA e outras).
Proposta 9 - Reunir os conselhos superiores nos outros campi.
Proposta 11 - Realizar estudo sobre os centros acadêmicos – como composição, atribuições e
áreas de conhecimento que abrangem.
Proposta 12 - Repensar a composição do Conselho de Graduação – CoG.
Após essa ampla discussão, realizada no dia 04 de abril de 2012, ficou claro que a
comunidade da UFSCar quer, sim, reafirmar a sua estrutura multicampi. Ao fazer essa
reafirmação alguns desafios são evidenciados e algumas questões permaneceram, ainda, sem
repostas requerendo o desenvolvimento de estudos mais aprofundados.
Portanto, uma reflexão ampla se faz necessária para nortear as ações do presente e
garantir o futuro da UFSCar, levando-se em conta, entre outros aspectos a sua origem e
trajetória histórica. As discussões suscitam algumas questões.
O quanto centralizar ou descentralizar as decisões e as ações?
Quais unidades as estruturas dos campi devem ter em comum?
Como as unidades devem se articular com a sede?
Como deve ser a articulação intercampus?
Nesse sentido, um estudo deve abranger o entendimento dos papéis, das
responsabilidades, da delegação de autoridade e dos processos decisórios. O entendimento dos
24
fluxos dos processos administrativos e o delineamento dos sistemas de informações e das
tecnologias requeridas, também, são fundamentais.
3.6 Modelos de estrutura para subsidiar as discussões de reuniões e encontro com a
comunidade
A seguir é apresentada a estrutura atual, usada para fomentar a discussões na ocasião
da reunião de 04 de abril de 2012, em Araras.
Modelo 1 - Representação da estrutura atual da UFSCar
O modelo atual, embora tenha sido eficiente, parece ter esgotado a sua capacidade
funcional diante das mudanças ocorridas. Com base nos levantamentos e, principalmente, nas
discussões realizadas o estudo de modelo alternativo deve levar em consideração a
necessidade de empreender agilidade tanto nas decisões quanto nos processos e
procedimentos e, para tanto, requer estudos de descentralização de ações e delegação de
competências, quando for o caso. Deve, ainda, permitir mais facilidade de articulação,
integração e comunição intercampi e intracampus, quer seja horizontal ou verticalmente.
Na sequência, os modelos do 2 ao 9, são apresentadas algumas alternativas são
apresentados alguns modelos de estrutura, também objeto de discussões com a comunidade da
UFSCar, reunidas neste relatório, com o objetivo de registro para posterior estudo.
Como estudo complementar, foi feito um levantamento nos sites doas unidades da
UFSCar e da estrutura de Funções Gratificadas (FG) e Cargos de Direção (CD) na tentativa de
esboçar um organograma atual completo com todos os níveis hierárquicos (APÊNDICE A)
foi coletado no site da UFSCar os organogramas dos três campus e o geral, ao menos os que
25
estavam disponíveis. Os Campi de Araras e Sorocaba, não tinham muitas informações do seu
organograma no site e foi preciso pedir informações para os diretores de cada campus.
Embora o Estatuto da UFSCar, Art. 35 e 42, apresente uma definição para algumas
unidades como Chefia de Departamentos, Coordenação de Cursos de Graduação e
Coordenação de Pós-graduação, as demais unidades funcionais apresentam uma variedade de
nomenclaturas que são usadas de forma heterogenia, sem um padrão de referência e sem
critério em relação a sua posição hierárquica no organograma.
Modelo 2 - Representação nos campi das Pró-Reitorias por Coordenadorias e Secretarias
O Modelo 2 prevê a descentralizar por meio da criação representações das Pró-
Reitorias por meio de coordenadorias, câmaras dos conselhos (Graduação/Pós-
graduação/Extensão e outras) e secretarias. Este modelo permite reproduzir algo parecido com
a experiência da ProGPe para as demais Pró-Reitorias. A partir de estudos é possível levantar
as necessidades de reprodução ou não das unidades, como por exemplo, ProGrad, ProACE e
outras.
Modelo 3 - Representação no campus de Pró-Reitorias e Secretarias com Pró-Reitores Adjuntos
O Modelo 3 é semelhante ao Modelo 2, com a criação da figura dos Pró-Reitores
Adjuntos. Em termos práticos os efeitos de funcionamento poderá ser semelhante ao Modelo 2,
porém pode conferir mais autonomia com a presença de Pró-Reitorias nos campi.
26
Modelo 4 - Representação no campus de Pró-Reitorias e Secretarias, com Diretor de Campus e com
Conselho de Campus
Este Modelo 4 combina a representação no campus de Pró-Reitorias e secretarias com a
criação da figura do diretor de campus. Este modelo amplia ainda mais a autonomia nos campi,
mas mantém os vínculos bem articulados por meio das representações.
Modelo 5 - Representação no campus de Pró-Reitorias e Secretarias, com Diretor de Campus,
sem Conselho de Campus
No Modelo 5 se reproduz a mesma proposta do Modelo 4, sem o Conselho de
Campus. Ambas as proposta parecem só fazer sentido para campus com mais de um centro.
Este modelo, a semelhança do anterior confere autonomia aos campi, mas mantém os vínculos
bem articulados por meio das representações e dos conselhos superiores.
27
Modelo 6 - Coordenações subordinadas à Diretoria de Centro
O Modelo 6, acima, pode apresentar soluções para os campi que possuem apenas um
campus e ou para períodos de transição na mudança de estrutura. Este modelo pode implicar
em menor agilidade nas decisões e dificuldades nas articulações e na comunicação
intercampi.
Modelo 7 - Coordenações subordinadas a uma Diretoria Administrativa ou uma Pró-Reitoria Adjunta
de Administração
O Modelo 7 pode funcionar de forma semelhante ao Modelo 2, com a criação de uma
Diretoria Administrativa ou Pró-Reitoria Adjunta de Administração. Este modelo pode facilitar
a articulação e a agilização dos processos administrativos. Os processos acadêmicos de ensino
pesquisa e extensão podem ser compensados via aperfeiçoados dos sistemas de comunicação e
de processamento de dados e informações.
28
Modelo 8 - Estrutura administrativa dos Centros 1
A semelhança do Modelo 7, o Modelo 8 acima reforça a estrutura administrativa, porém
coloca-a subordinado a figura do Diretor de Centro. Este modelo também pode apresentar
soluções para centros com poucos departamentos ou em períodos de transição na mudança de
estrutura. Porém, pode implicar em menor agilidade nas decisões e dificuldades dar
encaminhamento ás ações pelo fato de haver uma concentração de responsabilidades a no cargo
de Diretor de Centro.
Modelo 9 - Estrutura administrativa dos Centros 2
Em maior medida que no Modelo 8, o Modelo 9 reforça a estrutura administrativa e dá
maior autonomia administrativa ao Diretor de Centro. No entanto este modelo também pode
implicar em menor agilidade nas decisões e dificuldades dar encaminhamento ás ações pelo
fato de haver uma concentração de responsabilidades a no cargo de Diretor de Centro. Tanto
no Modelo 8 e, principalmente, no modelo 9 é preciso refletir sobre o papel do Diretor de
Centro. Caso os estudos indicarem que o Diretor de Centro deve ter como principal função a
gestão das atividades acadêmicas estes últimos modelos podem implicar num desvio do foco
de atenção do Diretor de Centro.
3 RECOMENDAÇÕES PARA SUBSIDIAR AS DISCUSSÕES NA PROPOSIÇÃO DE
ESTRUTURA MULTICAMPI PARA A UFSCar
Nos últimos anos a UFSCar cresceu e, consequentemente, requer estudos para
adequação da sua estrutura organizacional. Essas adequações exigem, primeiramente, a
29
definição de uma série de questões para que possa ser criada uma nova estrutura que venha
atender as reais necessidades de cada um dos seus campi.
No momento anterior a implantação da estrutura atual, havia uma junção das
deliberações sobre Ensino Pesquisa e Extensão Conselhos pelo CEPE, o que resultava em
unicidade de comando e aumento da amplitude de controle. Hoje, as deliberações são
exercidas pelos diferentes conselhos como o Conselho de Graduação (CoG), Pesquisa (CoPq)
e Conselho de Extensão (CoEx) e, dependendo do assunto pela sua instância máxima, o
Conselho Universitário.
Na medida em que novas unidades vão surgindo e ganhando importância foi preciso
rever as políticas e buscar novos modelos de organização e fazer a reformulação da
composição e da dinâmica de funcionamento dos órgãos colegiados superiores.
Historicamente, percebe-se também que houve, ao longo do tempo, maior delegação e
descentralização, bem como mudança nos papéis dos conselhos, como instâncias decisórias, e
de seus conselheiros, cabendo-lhes o desafio de, ao mesmo tempo, fazer a integração e
compreender a diferenciação apresentadas pelos campi.
Um breve levantamento da estrutura organizacional atual apontou uma série de
problemas em relação à estrutura formal versus informal, falta de padrão para as
nomenclaturas em relação à posição hierárquica, dentre outros fatores que merece estudos
específicos e aprofundados. Neste ponto, documentos oficiais como Estatutos e regimento,
portarias e outros quando bem definem as características das unidades funcionais, ajudam não
só no desenho da estrutura existente, mas principalmente, na concepção e criação de novas
unidades.
A passagem do modelo de estrutura atual para outro mais apropriado ao
funcionamento de uma universidade multicampi requer amadurecimento. Até o momento, a
luz das discussões realizadas, foi possível reuniu-se e apresentar a seguir, alguns subsídios
que podem contribuir como ponto de uma discussão mais aprofundada a respeito da estrutura
multicampi da UFSCar.
Cabe ressaltar que as ideias aqui apresentadas têm como base as experiências, as
discussões sobre a UFSCar, as pesquisas e leituras, principalmente, dos poucos artigos
encontrados na internet, sobre outras universidades, especialmente, de outros países da
América do Norte e Europa.
Mesmos com realidades diferentes da brasileira, os artigos e textos lidos apresentaram
conteúdos bastante relevante para a construção do conhecimento básico.
O desenvolvimento de um modelo estrutural para administração da universidade
multicampi, deve basear-se em alguns pilares, mais gerais. Alguns aspectos de consenso
foram encontrados e são pontuados aqui, como segue:
1) A estrutura da universidade não está claramente definida em documentos como o
estatuto e o regimento interno
30
O Trabalho em desenvolvimento sobre a definição da estrutura da UFSCar, acadêmica,
administrativa e de decisão, permitirá uma analisar e entendimento de todas as relações entre
setores da universidade. Nesse contexto, é necessário definir quais serviços devem ou não ser
centralizados, ou duplicados.
2) A UFSCar está presente em três campi (São Carlos, Sorocaba e Araras), e
nenhum tem autonomia sobre os outros
Este aspecto implica em algumas consequências como, por exemplo, o fato de que os
estudantes de qualquer um dos campi tem o mesmo grau de importância para a universidade,
quanto para todo o sistema de educação.
Um programa de inovação local é crucial para o sucesso de uma universidade
multicampi, já que cada um dos campi deve lidar com as diferenças que existem, com o
cuidado de manter e fazer crescer a identidade da universidade como um todo. Para promover
o que há de melhor em ensino, pesquisa e extensão, ou seja, cada campus deve usufruir da
melhor forma possível das peculiaridades locais, seguindo as diretrizes geria da universidade.
3) O trabalho que está sendo feito deve ser entendido como uma etapa de um
processo multiestágio
A preocupação com a estrutura administrativa da UFSCar deve ser constante, para
acompanhar o crescimento da universidade. O processo de análise e revisão deve ser
periódico, pois o crescimento sempre trará novas questões para serem discutidas.
A apresentação de um modelo e estudo sobre a universidade multicampi é, apenas,
uma etapa de todo o processo, através do qual se consegue estruturar a universidade, de forma
que seja capaz de apoiar o crescimento esperado.
4) A universidade é regida pelo conselho universitário, sua instância máxima
Seria o caso de se pensar em um ConsUni multicampi? Com subdivisões (câmaras,
comitês) desse conselho trabalhando ativamente em cada campus?
Nesse ponto, devem ser analisados aspectos históricos e geográficos que possam
justificar um conselho multicampi. Além disso, outro aspecto a ser analisado é o impacto da
cisão ou do distanciamento que uma decisão como essa pode provocar.
5) As diretrizes e não os aspectos geográficos devem nortear a configuração da
estrutura superior da universidade. No entanto, as estruturas das subunidades
podem ser definidas e aprovadas pelos conselhos competentes
Como tem sido percebido, recentemente, o crescimento de cada campus faz surgir a
necessidade de uma estrutura que reflita as funções acadêmicas e não-acadêmicas, ou seja os
as funções administrativas. Para isso, deve se definir como identificar a necessidade de um
diretor de campus, de um chefe de departamento e um coordenador de curso e também do
chefe de um setor administrativo de uma pessoa responsável por uma secretaria e, assim por
diante.
A estruturação de cada subunidade deve levar em consideração as diretrizes na
universidade, e garantir a inovação através das características de cada localidade.
31
6) Com crescimento e expansão, pode ser necessário alterar também a estrutura
acadêmica
Em uma universidade canadense as disciplinas que são oferecidas em campi diferentes
são coordenadas por um único departamento. Por exemplo, existe um único departamento de
matemática que oferece disciplinas em todos os campi.
Esse ponto é interessante de ser analisado, pois com o crescimento da universidade
pode-se perder um pouco da identidade acadêmica, já que teremos vários departamentos
oferecendo as mesmas disciplinas, de formas potencialmente diferentes.
7) Um balanço entre integração e coordenação dentro e entre os campi é essencial
para que as características de cada campus sejam entendidas e mantidas
Dois eixos devem servir de base para integração e coordenação: o primeiro, em Pró-
Reitorias que oferecem serviços em mais de um campus, o Pró-Reitor representa um papel
importante de integração e coordenação, para manter a unidade do setor; o segundo,
mecanismos e estruturas de liderança devem existir para coordenação e integração.
8) Cursos oferecidos em campi diferentes devem ter consistência em termos de
conteúdo e, portanto, permitir mobilidade (de ensino, pesquisa e extensão) entre
os campi
Uma universidade multicampi pode se tornar mais coesa e oferecer uma melhor
experiência para os membros de sua comunidade, através da mobilidade entre os campi.
Cada disciplina oferecida em cada campus deve ser a mesma (em relação a conteúdo)
em outros campi. Um curso de Cálculo 1 em São Carlos, deve ser o mesmo que um curso de
Cálculo 1 em Sorocaba. Além disso, uma graduação em Física em São Carlos deve ser a
mesma que uma graduação em Física em Araras.
9) Como dividir os recursos da universidade entre os campi?
Este é um ponto crucial e delicado que requer mais conhecimento para ser discutido.
10) Os serviços administrativos devem ser oferecidos de forma equitativa entre os
campi
Talvez esse seja o ponto mais importante e mais difícil da estruturação, pois resume
o trabalho que está sendo feito.
Para isso deve-se realizar um estudo completo dos serviços da universidade, para se
definir em quais pontos a centralização é favorável e em quais deve ocorrer um distribuição
entre os campi, dos cursos que oferecem, das pesquisas que desenvolvem e as atividades
extencionistas e culturais.
Além desses aspectos outras recomendações, que dizem respeito mais aos aspectos
formais podem subsidiar as discussões na para uma proposição de um modelo de gestão
multicampi, traduzida pela estrutura organizacional. Dentre essas considerações, podem ser
mencionados os aspectos sobre a composição do organograma, tais como:
• A definição clara das linhas de responsabilidades, autoridade e dos processos
decisórios, bem como da missão e dos papéis precisam ficar claros;
32
• O reconhecimento não só da existência de unidades informais e informa;
• A articulação interdisciplinar entre áreas de conhecimento e indissociável entre o
ensino, pesquisa e extensão;
• A clareza da integração vertical e horizontal das funções administrativa e acadêmica;
• A agilidade da comunicação e da circulação das informações sobre as decisões e
demais assuntos de interesse.
Muitas foram às contribuições vindas da comunidade da UFSCar, que representam a
legitimidade dos anseios por adequações no modelo de estrutura de modo que essas
adequações possa melhor integrar e articular, de forma harmônica, os diferentes campi e
unidades da UFSCar.
Além disso, cabe finalmente sinalizar que nos casos de elaboração de propostas de
mudanças na estrutura e nos modelos de gestão, como já foi mencionado, a importância de se
levar em consideração a história das unidades funcionais, em particular, e da cultura da
universidade como um todo, para uma implantação exitosa, das mudanças planejadas.
4 CRONOGRAMA DE DISCUSSÃO DA ESTRUTURA MULTICAMPI
Este cronograma tem como objetivo propiciar a discussão da estrutura multicampi para
a entrega de um documento ao ConsUni.
Itens Atividades Prazos
1
Realização de mais uma reunião do grupo para continuar a discussão
iniciada, sobre o tema, no encontro do PDI – Aspectos
Organizacionais realizado no Campus de Araras em 04/04/2012. Tal
reunião será realizada no Campus de Sorocaba.
Segunda quinzena
de setembro de
2012
2
Realização de seminário sobre Estrutura Multicampi com convidados
de duas ou três universidades ou especialista que possam contribuir
com o assunto.
Outubro de 2012
3 Apresentações e discussões nos três campi, das alternativas de
estrutura organizacional propostas pelo grupo de discussão.
Novembro de
2012
4 Entrega de documento ao ConsUni, com a síntese das atividades
realizadas e as propostas formuladas e debatidas nos campi. Dezembro de 2012
34
APÊNDICE A - Síntese das discussões do Grupo Multicampi
EVENTO: PDI – ASPECTOS ORGANIZACIONAIS
DATA: 04 DE ABRIL DE 2012
LOCAL: UFSCar, CAMPUS ARARAS
ASSUNTO: Síntese do Grupo Gestão Multicampi
1) História da criação e da construção do Campus de São Carlos, Araras e Sorocaba
Diferenças históricas.
Sorocaba – finalizando a etapa de implantação
o Resgate histórico da UNISor (desejo inicial).
Araras – etapa de renovação/ Expansão.
2) Foi reafirmado que somos a UFSCar, com vários campi.
Reforçando sua identidade “ser UFSCar”
o Problema de Sorocaba: Sentimento Separatista.
Respeitando a identidade de cada Campus.
3) Estrutura Multicampi: “Partir do todo para as partes”
Relato das dificuldades vivenciadas.
Integração das partes
Encarado como um “ajuste do modelo de gestão” - etapa de transição.
Proposta 1 (Pedro): Colegiados superiores só cuidam da política e delegam
atribuições aos conselhos de centro – pauta, para ter diminuir as reuniões.
Proposta 2 (Pedro): Diretor de Campus – representante da administração
superior (eleito junto com a equipe) – com a ajuda de um Pró-Reitor
adjunto de administração.
Proposta 3: Descentralizar os órgãos colegiados e as Pró-Reitorias.
Proposta 4: Representante direto do Reitor em cada Campus.
Proposta 5: Promover a aproximação entre os campi – transporte regular/
com horários.
Proposta 6 (Caju e Emilia): Bom caminho! Descentralização por meio de
câmaras dos conselhos (Graduação/Pós-graduação/Extensão).
Proposta 7: A questão da UFSCar como incubadora de universidades não
está pautada no PDI
Proposta 8: Maior aproximação entre a administração e o Campus e vice-
versa. “Mais presente nos campi”.
Proposta 9 (Alceu): Reproduzir a experiência da ProGPe para as demais
Pró-Reitorias – apenas o que é nuclear (ProGrad, ProACE – CDP/ Ações
Afirmativas/DiCA)
Proposta 10 (Alceu): Reunir conselhos superiores nos outros campi.
Proposta 11 (Alceu): Estudo sobre os centros acadêmicos – composição e
atribuições (áreas).
Proposta 12 (Emilia): Repensar a composição do conselho de Graduação –
CoG.
35
APÊNDICE B - Transcrição na íntegra
EVENTO: PDI – ASPECTOS ORGANIZACIONAIS
DATA: 04 DE ABRIL DE 2012
LOCAL: UFSCar, CAMPUS ARARAS
ASSUNTO: Síntese do Grupo Gestão Multicampi
O grupo, integrado por gestores, docentes, alunos e servidores técnico-administrativos,
discutiu de maneira ampla, acalorada e densa a temática Gestão Multicampi.
Para abordar esse tema, membros do grupo fizeram uma retrospectiva da história da
Universidade Federal de São Carlos e também da criação e implantação dos campi de Araras
e Sorocaba. Ficou evidente que existiram peculiaridades na trajetória histórica de cada
campus. Hoje, o Campus Araras está vivenciando uma etapa de renovação e expansão e o
Campus Sorocaba uma fase conclusiva de implantação. Neste resgate histórico foi levantado
também que em Sorocaba, no seio político da comunidade local, havia a intenção inicial de
que fosse criada a Universidade Federal de Sorocaba (UNISor) e que este posicionamento,
ainda presente em alguns setores, tem contaminado a comunidade universitária.
A partir dessa assertiva, foi realizada uma discussão sobre a identidade da Universidade
Federal de São Carlos, tendo sido reconhecido por todos os membros do grupo que a nossa
universidade possui quatro campi e que não está na pauta do processo de atualização do PDI
ou de qualquer outra instância institucional discussão sobre a UFSCar ser uma incubadora de
futuras universidades federais. Assim, devemos nos esforçar para que este sentimento
separatista que existe em Sorocaba seja amenizado e que poucas pessoas não influenciem a
trajetória da nossa Universidade como um todo. Também foi falado que se houver algum
movimento político que queira capitanear este processo que o faça, mas não no seio da nossa
universidade.
Com a consagração do caráter multicampi da UFSCar, o grupo indicou a necessidade de
reforçar o significado da identidade institucional (“o que é ser UFSCar”) e ao mesmo tempo
respeitar as particularidades e singularidades de cada Campus: devemos partir do todo para as
partes e buscar a integração entre os campi e maior aproximação entre todos nós.
O diagnóstico feito no grupo expressou que a UFSCar está em uma fase de transição. Em
decorrência de sua expansão e de seu caráter multicampi, precisamos avançar na maneira de
organizar e gerir a universidade, encarando esse desafio como um ajuste no nosso modelo de
gestão.
Várias propostas foram feitas, com destaque para algumas que parecem ter mais consenso
entre os participantes do grupo.
A primeira proposta foi relativa ao cargo de Diretor de Campus, que seria o representante da
administração Superior em determinado campus e integraria uma chapa sucessória de gestão
administrativa, que incluiria candidatos a Reitor, Pró-Reitores e também de Diretores de
Campus. Assim, os Diretores de Campus seriam eleitos conjuntamente com a equipe que seria
eleita para a Reitoria. Apesar de ser uma proposta consensual, o grupo indicou que ela precisa
36
ser cuidadosamente analisada, com o planejamento de uma etapa de transição, considerando
que existem processos diferenciados em curso em cada campus. Foi levantado que essa
proposta teria melhor viabilidade de implementação em processo sucessório de gestão
posterior à criação de dois centros em cada campus, considerando que hoje há uma
sobreposição das funções de Diretor de Campus e de Diretor de Centro pela existência de
apenas um centro acadêmico nos campi de Araras e Sorocaba.
A segunda proposta consensual é a implantação de representação de cada Pró-Reitoria em
todos os campi da UFSCar, tendo como base a exitosa experiência da Pró-Reitoria de Gestão
de Pessoas. Já existem iniciativas da Pró-Reitoria de Graduação e da Pró-Reitoria de Assuntos
Comunitários e Estudantis neste sentido, porém a maior dificuldade é a falta de servidores
técnico-administrativos.
Outra proposta feita é que os colegiados superiores, considerando a indicação de
aperfeiçoamento/otimização de suas pautas na avaliação que está sendo feita para subsidiar o
processo de atualização do PDI, focassem apenas temáticas relativas às políticas mais gerais
da UFSCar e que delegassem atribuições menores aos conselhos de centro, o que resultaria
em menor número de reuniões com garantia da participação dos representantes de todos os
campi, o que foi encaminhado para um estudo mais aprofundado, considerando a necessidade
revisão das atribuições dos centros acadêmicos.
Por fim, no sentido de proporcionar uma aproximação qualificada entre os quatro campi, foi
apresentada proposta de implantação de um sistema de mobilidade intercampi, através de um
sistema regular de transporte coletivo.
37
APÊNDICE C - Desenho institucional das unidades da UFSCar e da estrutura de Funções
Gratificadas (FG) e Cargos de Direção (CD), a partir de levantamento nos sites
38
APÊNDICE D - Síntese das reuniões sobre o tema Estrutura Organizacional Multicampi
Foram realizadas três reuniões nos dias 4 de abril, 9 de setembro e 1 de outubro de 2012, nos
campi de Araras, Sorocaba e São Carlos, respectivamente, com a participação de gestores
(Reitor, Vice-Reitor, Pró-Reitores e Diretores de Centro), de estudantes, de servidores
técnico-administrativos e de docentes.
Diversas propostas foram apresentadas, chegando-se a um desenho preliminar (ver Figura 1, a
seguir) de uma possível estrutura organizacional que, após cuidadosa discussão, poderia servir
como referência para as mudanças (nas estruturas organizacionais) que serão implementadas
nos campi.
Figura 1 - Organograma simplificado de um campus fora de sede
Foram praticamente consensuais na discussão as seguintes propostas:
A estrutura acadêmica de centros, departamentos, coordenações de curso e programas
de pós-graduação (representada em azul no lado esquerdo da Figura 1) deve ser
mantida tal como foi definida no Estatuto da UFSCar;
A prefeitura deve fazer parte da estrutura organizacional de cada campus (representada
em roxo à direita na figura), responsabilizando-se pela implantação, aperfeiçoamento e
manutenção da infraestrutura e dos serviços gerais no campus. Foi sugerido se pensar
sobre a criação de um sistema de prefeituras à semelhança do sistema de bibliotecas
que já vem sendo implantado;
Órgãos de apoio e serviços coordenados por algumas das pró-reitorias, secretarias da
reitoria, editora entre outros (representados em verde no centro da figura) devem ser
implantados em cada campus conforme a necessidade e a disponibilidade de recursos.
As etapas e os ritmos de implantação desses órgãos serão discutidos em cada campus.
Já há iniciativas de algumas pró-reitorias nesse sentido. Foi feita a recomendação de
que, por um lado, cada pró-reitoria estudasse como implantar seus “braços” nos campi
e, por outro, que os diretores de centro e prefeitos pudessem definir quais serviços e
unidades de apoio deveriam ser implementados e com qual prioridade;
39
Tendo-se um desenho de estrutura organizacional como referência e diretrizes gerais,
deve-se planejar um processo de transição para cada campus considerando suas
especificidades (história de desenvolvimento, áreas de atuação, estrutura já
implantada, necessidades, mandatos dos executivos etc.)
Foi proposta e discutida ainda:
A criação de um diretor de campus (representado em cinza no centro da figura), com
papel e atribuições a serem definidos.
Quanto a esta proposta, diversas considerações foram feitas sobre o papel e as atribuições de
tal executivo, sua potencial contribuição para a gestão do campus, sobre a forma de sua
eleição. Foi mencionado que um diretor de campus, mesmo na situação em que houver apenas
um centro, poderia auxiliar na gestão acadêmica e administrativa e na representação política
do campus, dado o volume, a abrangência e a complexidade do trabalho.
Foi discutida também a necessidade de que os papeis a serem exercidos pelos diretores de
centro, de campus, e pelo prefeito universitário sejam bem definidos e distintos. O papel a ser
desempenhado pelo diretor de campus deve ser mais administrativo e, também, atender às
demandas políticas. O papel do diretor de centro deve estar mais relacionado às questões
acadêmicas. O papel do prefeito do campus seria (como já é) o de exercer a função de
administrar a infraestrutura e de alguns serviços no campus. A discussão sobre a posição
hierárquica do diretor de campus deve também ser aprofundada.
Foi indicada a alternativa de o diretor de campus ser um representante da administração
superior no campus e assim deveria integrar as chapas nos processos sucessórios da reitoria ao
lado dos candidatos a reitor, vice-reitor e pró-reitores. Foram propostos nas discussões como
próximos passos:
Estabelecimento de um processo de transição, que seria diferenciado (e discutido) em
cada campus;
Criação de um sistema de prefeituras à semelhança do sistema de bibliotecas;
Amadurecimento sobre como será a implantação e a organização nos campi dos
“braços” das Pró-Reitorias e secretarias da Reitoria;
Formação de uma comissão que deve discutir sobre a estrutura organizacional
multicampi e mostrar resultados dessas discussões ao ConsUni;
Ampliação da discussão nos campi;
Apresentação e discussão nos três campi, durante o mês de novembro, de propostas e
alternativas de estrutura e de suas implicações;
Encaminhamento no final de novembro de documento final ao ConsUni.
40
APÊNDICE E - Síntese para aprovação no Conselho
Atualização do PDI - Aspectos Organizacionais - Estrutura Multicampi
Procuramos reunir neste documento, de maneira sintética e objetiva, as principais propostas
formuladas até o momento na UFSCar sobre uma estrutura organizacional administrativa
multicampi. O objetivo é fornecer subsídios para que o Conselho Universitário possa deliberar
sobre um desenho geral para a estrutura organizacional de um campus fora da sede que
contemple as principais funções organizacionais e que possa servir de referência para a
elaboração de propostas detalhadas das unidades administrativas a serem implantadas e de
seus papeis específicos. Tais propostas detalhadas deveriam ser submetidas então à apreciação
do Conselho de Administração.
O grupo coordenador do PDI - Aspectos Organizacionais conduziu as discussões sobre o
tema, com o objetivo mencionado, tendo em vista a elaboração de possíveis propostas de
reformulações das estruturas e unidades administrativas nos campi de Araras e de Sorocaba e
para a implantação no campus Lagoa do Sino.
Note-se, inicialmente, que a “gestão multicampi”, tema abrangente e complexo, envolve, além
do desenho da estrutura organizacional, outras questões extremamente importantes – mas não
tratadas aqui – como melhorias nos sistemas e processos de informação, decisão e
comunicação, nos transportes intercampi, na administração presencial da Reitoria nos campi,
nas relações entre as áreas acadêmicas dos diferentes campi etc... No atual processo de
atualização do PDI, abordamos apenas o desenho geral da estrutura organizacional
multicampi, como já mencionado.
A preparação das reuniões com representantes da comunidade envolveu o levantamento de
informações sobre as diretrizes relacionadas à estrutura organizacional propostas pela
comunidade por meio do aplicativo de atualização do PDI – Aspectos Acadêmicos e sobre
algumas estruturas e propostas de estruturas organizacionais de outras universidades,
especialmente de algumas universidades federais. Envolveu também a formulação preliminar
de alguns desenhos alternativos de estrutura, procurando-se contemplar estruturas
administrativas com diferentes níveis de autonomia em relação à administração central da
Reitoria e dos órgãos superiores.
O grupo coordenador promoveu então a realização de reuniões nos campi buscando coletar
questões, sugestões e propostas para o delineamento de uma estrutura organizacional geral
para um campus (fora de sede) da UFSCar e contou com contribuições de um grande número
de pessoas (gestores, servidores técnico-administrativos e docentes, e estudantes).
Além de reuniões preparatórias para levantamento das características das estruturas já
implantadas nos campi, foram realizadas reuniões com:
A Reitoria e com os Pró-Reitores em São Carlos;
As diretorias dos Centros em Araras e Sorocaba;
41
Representantes da comunidade (estudantes e servidores) e com gestores em Araras, no
dia 04/04/12; em Sorocaba, no dia 09/09/12; em São Carlos, no dia 01/10/12.
De posse de algumas propostas para a estrutura organizacional, foram então realizadas
reuniões abertas nos campi de Araras, no dia 22/11/12, e de Sorocaba, no dia 06/12/12, e,
ainda, reuniões no CCET (do Conselho do Centro), no dia 14/11/12, no CCBS (no Conselho
do Centro), no dia 27/11/12, no CECH (reunião aberta), no dia 15/01/13.
Apresentamos a seguir uma síntese das propostas e das principais questões colocadas nessas
reuniões, mas cabe destacar antes algumas diretrizes gerais (e propostas) formuladas que
contaram com amplo apoio dos participantes das discussões:
Diretriz 1: os estudantes e os servidores devem ter condições adequadas e homogêneas
para desenvolver suas atividades em todos os campi da UFSCar;
Diretriz 2: as políticas institucionais devem ser únicas e podem ser desdobradas e
detalhadas nos centros e nos campi;
Diretriz 3: o desenho de estrutura aprovado no ConsUni deve servir como orientação
geral para as reformulações das estruturas organizacionais nos campi;
Diretriz 4: a sequência de implantação das funções e das unidades organizacionais e o
ritmo de implantação de tais unidades deverão respeitar as condições, necessidades e
especificidades de cada campus;
Diretriz 5: as propostas detalhadas de implantação ou de reformulação das estruturas
organizacionais deverão ser submetidas à apreciação do CoAd;
Diretriz 6: as estruturas acadêmicas dos centros devem ser mantidas;
Diretriz 7: as estruturas das prefeituras deverão ser definidas e implementadas tendo-
se como referência a estrutura da prefeitura no campus de São Carlos;
Diretriz 8: as propostas – de implantação ou de reformulação de estruturas
organizacionais – que forem consensuais no âmbito das discussões do PDI poderão ser
submetidas ao CoAd (e algumas já foram submetidas e aprovadas), mesmo antes da
aprovação do desenho geral de estrutura organizacional pelo ConsUni, desde que
todas as mudanças sejam acordadas entre direção(ões) de centro (do campus onde as
reformulações serão implantadas), Pró-Reitorias e Reitoria;
Diretriz 9: os serviços e unidades de apoio devem estar distribuídos nos campi para
bem atender toda a comunidade universitária.
As propostas específicas quanto ao desenho da estrutura organizacional estão reunidas no
organograma a seguir apresentado:
42
Figura 2 - Organograma simplificado de um campus fora de sede
Neste organograma estão representadas, com cores distintas, três “áreas” organizacionais,
imaginando-se a situação de um campus (fora de sede) da UFSCar já com 2 centros
implantados. A primeira área, em azul (à esquerda na figura), envolve justamente as estruturas
acadêmicas específicas dos centros. A segunda área, em roxo (à direita na figura), envolve a
estrutura da prefeitura do campus. A terceira área, em verde (no centro da figura), abrange as
unidades organizacionais que estariam subordinadas diretamente a Pró-Reitorias e secretarias
(localizadas no campus de São Carlos) e, portanto, não subordinadas às direções de centro ou
à prefeitura. Em função das necessidades dos campi e da disponibilidade de pessoal e de
recursos, devem ser decididas que unidades ligadas às Pró-Reitorias e às secretarias serão
implantadas em cada campus.
Embora algumas questões – a seguir indicadas – tenham sido apresentadas sobre as áreas até
aqui abordadas, constatamos amplo consenso entre os que participaram das reuniões quanto à
necessidade de que o desenho da estrutura organizacional contemple tais características
gerais.
As principais questões formuladas nas reuniões quanto a essas três áreas foram as seguintes:
Os papéis e a hierarquia dos cargos executivos no primeiro escalão estão bem
definidos?
Foram pensadas e avaliadas as possíveis interfaces entre as áreas de atuação?
Como contemplar as diferentes histórias, culturas e necessidades dos campi?
Como lidar com as situações de duplo/triplo comando (unidades com supervisão de
diretores de centro e de Pró-Reitores, por exemplo)?
Como tornar efetiva a gestão à distância de Pró-Reitores e secretários?
Como aperfeiçoar as relações entre áreas administrativas e acadêmicas em cada
campus e entre os campi?
Há recursos suficientes para implantar a nova estrutura?
A implantação de unidades específicas será debatida por diretores e Pró-Reitores?
Há necessidade das estruturas serem iguais nos diferentes campi?
43
Será necessário estabelecer um sistema de avaliação do funcionamento das estruturas
organizacionais em reformulação?
Com base nas discussões realizadas até o momento, o grupo coordenador do PDI – Aspectos
Organizacionais propõe ao ConsUni que os organogramas dos campi fora de sede
contemplem as linhas gerais até aqui destacadas.
Está ainda representada no organograma, no centro da figura e em cinza, uma unidade
organizacional denominada “direção de campus” e que seria chefiada pelo executivo “diretor
de campus”. Segundo a proposta inicialmente apresentada, o diretor de campus seria um
representante da Reitoria no campus distante da sede, nomeado pelo Reitor ou eleito
juntamente com a equipe da Reitoria. Suas principais atribuições seriam fundamentalmente de
coordenador e articulador das ações definidas pelos demais executivos e pela Reitoria, sem
necessariamente envolver a execução direta de ações ou de direção das unidades de apoio e
serviço instaladas no campus.
Para exercer os papeis de coordenador e articulador, o diretor de campus poderia ter assento
no CoAd (pelo menos, dentre os órgãos colegiados superiores) e nos conselhos de centro
existentes no campus.
São indicadas algumas possíveis atribuições desse executivo:
Representar o Reitor no campus;
Representar o campus junto a órgãos internos à UFSCar – sem prejuízo das
representações dos demais executivos em seus âmbitos (Diretores de centro, Pró-
Reitores e Prefeito);
Representar a Reitoria ou o campus, junto a órgãos ou entidades externas, por
delegação do Reitor;
Assistir a Reitoria em assuntos pertinentes ao Campus;
Supervisionar as atividades realizadas no campus pelas unidades vinculadas às Pró-
Reitorias e às Secretarias Gerais;
Auxiliar na coordenação e articulação, garantindo consistência e coerência, das
atividades realizadas pelas diversas unidades vinculadas às Pró-Reitorias, secretarias,
diretorias de centro e prefeitura;
Promover (e contribuir para) a eficácia, a eficiência e a agilidade dos processos
administrativos que envolvem unidades no campus e unidades em outros campi da
UFSCar;
Elaborar, em conformidade com as diretrizes da instituição, o plano anual de
atividades do campus e submetê-lo à Reitoria;
Elaborar e encaminhar anualmente à Reitoria, a proposta orçamentária do campus;
Submeter à Reitoria o relatório anual de atividades do campus;
Identificar, de maneira participativa, os problemas existentes, e contribuir para a sua
resolução visando à melhoria do desempenho do Campus;
Coordenar projetos ad hoc em benefício do campus e da UFSCar ou designar
comissões e grupos de trabalho com tais propósitos.
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A respeito da unidade “direção de campus” e do cargo “diretor de campus” foram
apresentadas nas reuniões os seguintes principais questionamentos:
Quais serão o papel e as atribuições do diretor de campus?
O diretor de campus deverá ter um papel executivo ou articulador?
Não haveria uma duplicação de papeis com a implantação dos diretores de campus?
A implantação de uma estrutura com duplo ou triplo comando – por parte de diretor de
centro, Pró-Reitor e diretor de campus – não seria ineficaz?
Qual deveria ser a posição hierárquica do diretor de campus em relação a diretores de
centro e prefeito?
A implantação da diretoria de campus seria apropriada antes do campus atingir
determinado porte ou abrigar pelo menos dois centros?
Que poder o diretor de campus teria em relação a diretores de centro e Pró-Reitores?
O diretor de campus poderia chefiar as unidades (no campus) vinculadas às Pró-
Reitorias e secretarias?
O título do cargo, “diretor de campus”, é o mais apropriado?
O diretor de campus seria eleito ou nomeado?
Haveria necessidade de se constituir um órgão colegiado do campus, correspondente à
unidade “direção do campus”?
O diretor de campus participaria de quais órgãos colegiados?
Há necessidade efetivamente de se implantar a diretoria de campus?
Quando deveria ou poderia ser introduzida? Poderia ser implantada posteriormente
(após as demais reformulações)? Poderia ser implantada no momento da instalação do
segundo centro no campus?
Será necessário estabelecer um sistema de avaliação do funcionamento das diretorias
de campus e das estruturas organizacionais em reformulação?
Com base no que foi discutido sobre a criação da diretoria de campus, o grupo coordenador
do PDI – Aspectos Organizacionais sugere que sejam discutidas no ConsUni duas
alternativas:
1a - a implantação da diretoria de campus nos campi fora de sede (respeitando-se as
diretrizes apresentadas);
2a - a implantação, num primeiro momento, da estrutura organizacional com os órgãos
e serviços vinculados às Pró-Reitorias e secretarias e, depois, após determinado
período de tempo e a partir de uma avaliação do funcionamento da estrutura, o
ConsUni poderia decidir sobre a implantação da diretoria de campus.
Por fim, o grupo reitera a necessidade de que as propostas detalhadas de modificações nas
estruturas organizacionais dos campi sejam submetidas à apreciação do CoAd.
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APÊNDICE F - Resolução ConsUni
RESOLUÇÃO ConsUni nº 766, de 20 de dezembro de 2013.
Aprova a atualização do Plano de Desenvolvimento Institucional da UFSCar.
O Conselho Universitário da Universidade Federal de São Carlos, reunido nesta data para sua
reunião extraordinária, no exercício de suas atribuições legais e estatutárias que lhe conferem
o Estatuto e o Regimento Geral da UFSCar, considerando as deliberações deste colegiado em
reuniões ocorridas em 19/10, 23/11/2012, 11/01, 15/03, 07/06, 14/06, 21/06, 05/07 e
22/11/2013,
R E S O L V E
Art. 1º. Aprovar a atualização do Plano de Desenvolvimento Institucional da UFSCar, cujas
diretrizes gerais e específicas constituem-se anexo desta Resolução.
Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor nesta data, revogando-se as disposições em contrário.
Prof. Dr. Targino de Araújo Filho
Presidente do Conselho Universitário
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