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www.escardio.org
EUROPEAN
SOCIETY OF
CARDIOLOGY
para a Preveno da Doena Cardiovascular
Comisso da ESC para as Recomendaes PrticasPara melhorar a qualidade da prtica clnica e o tratamento dos doentes na Europa
PACINGCARDACORECOMENDAES PARAPACINGCARDACO E TERAPUTICADE RESSINCRONIZAO CARDACA
Para mais informaes
PORTUGUESE
VERSION
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Distribuio no mbito de Colaborao
para a formao cintifica
Traduo: Traverses, lda.
Reviso: Joo de Sousa
Coordenao: Cndida Fonseca, Hugo Madeira
Os Patrocinadores no estiveram envolvidos
no contedo cientfico do documento
Patrocinio de
binio 2007-09
www.spc.pt
2
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Recomendaes para pacing cardaco
e teraputica de ressincronizao cardaca*Grupo de trabalho da ESC para pacingcardaco
e teraputica de ressincronizao cardaca
Desenvolvido em colaborao com a European Heart Rhythm Association
Presidente:
Panos E. Vardas
Departamento de Cardiologia
Heraklion University HospitalP.O. Box 1352 Stavrakia
GR-711 10 Heraklion
(Creta), Grcia
Telef: (+30) 2810 392706
Fax: (+30) 2810 542 055
E-mail: [email protected]
Membros do Grupo de Trabalho
Membros da ESC
1. Keith McGregor, Sophia Antipolis (Frana)
2. Veronica Dean, Sophia Antipolis (Frana)3. Catherine Desprs, Sophia Antipolis (Frana)
* Adaptado das Recomendaes para pacingcardaco e teraputica de ressincronizao cardaca de 2007 (European Heart Journal 2007; doi: 10.1093/eurheartj/ehm305).
1. Angelo Auricchio, Lugano (Sua)2. Jean-Jacques Blanc, Brest (Frana)
3. Jean-Claude Daubert, Rennes (Frana)
4. Helmut Drexler, Hannover (Alemanha)
5. Hug Ector, Leuven (Blgica)
6. Maurizio Gasparini, Milo (Itlia)
7. Cecilia Linde, Estocolmo (Sucia)8. Francisco Bello Morgado, Lisboa (Portugal)
9. Ali Oto, Ankara (Turquia)
10. Richard Sutton, Londres (UK)
11. Maria Trusz-Gluza, Katowice (Polnia)
Recomendaes de Bolso da ESC
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ndice
Introduo........ 5Classes de recomendaes . 5
Nveis de evidncias 5
1. Pacingem caso de arritmia ............. 6
1.1. Doena do ndulo sinusal............. 6
1.2. Perturbaes da conduo aurculo-ventricular e intraventricular ............... 8
1.3. Enfarte do miocrdio recente ............... 11
1.4. Sncope reflexa............. 11
As principais causas da sncope reflexa....................... 11
1.5. Pediatria e doenas cardacas congnitas................ 13
1.6. Transplante cardaco............... 15
2. Pacing em condies especficas............. 16
2.1. Miocardiopatia hipertrfica.. 16
3. Teraputica de ressincronizao cardaca em doentes com insuficincia cardaca............ 17
3.1. Introduo ........... 173.2. Recomendaes........... 17
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Introduo
As Recomendaes para a utilizao adequada de dispositivos de pacemaker apresentadas neste
documento, uma iniciativa conjunta da European Society of Cardiology (ESC) e da EHRA, tm por
objectivo proporcionar, pela primeira vez na Europa, uma opinio actualizada de especialistas neste
campo. As recomendaes abarcam duas reas principais: a primeira inclui o pacingpermanente em
casos de bradiarritmias, sncope e outras condies especiais, enquanto a segunda se encontra
relacionada com a ressincronizao ventricular como terapia complementar em doentes com
insuficincia cardaca.
Informamos o leitor que as recomendaes, texto, figuras e quadros includos nas presentes
recomendaes de bolso constituem um resumo sucinto da base alargada de evidncias, avaliao
crtica, texto de apoio, quadros, figuras e referncias includos na verso integral das recomendaes.
Por este motivo, aconselhamo-lo veementemente a consultar o texto integral.
A Classificao das Recomendaes e o Nvel de Evidncia so expressos pela European Society ofCardiology (ESC) do seguinte modo:
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Classes de recomendaes
Nveis de evidncias
Existem evidncias e/ou consenso geral de que determinado
procedimento/tratamento benfico, til e eficaz.
Existem evidncias contraditrias e/ou divergncia de opinies sobre a
utilidade/eficcia de determinado tratamento ou procedimento.
Evidncias/opinies maioritariamente a favor da utilidade/eficcia.
Utilidade/eficcia pouco comprovada pelas evidncias/opinies.
Existem evidncias e/ou consenso geral de que determinado procedimento/trata-
mento no benfico/eficaz e poder, em certas situaes, ser prejudicial.
Classe I
Classe II
Classe IIa
Classe IIb
Classe III
Dados recolhidos a partir de ensaios clnicos aleatorizados mltiplos
ou de meta-anlises.
Dados recolhidos a partir de um nico ensaio clnico aleatorizado
ou de estudos alargados no aleatorizados.
Opinio consensual dos especialistas e/ou pequenos estudos,
estudos retrospectivos, e registos.
Nvel de evidncia A
Nvel de evidncia B
Nvel de evidncia C
* Recomendaes para incluso nas Recomendaes da ESC em www.escardio.org.
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1. Pacingem caso de arritmia
1.1. Doena do ndulo sinusal
Recomendaes para pacingcardaco na doena do ndulo sinusal
1. Doena do ndulo sinusal que se manifesta como bradicardia sintomtica
com ou sem taquicardia dependente de bradicardia. A correlao
sintoma-ritmo deve ter sido:
- de ocorrncia espontnea
- induzida por frmacos na ausncia de terapia farmacolgica
alternativa
2. Sncope com doena do ndulo sinusal, quer de ocorrncia espontnea,
quer provocada no estudo electrofisiolgico
3. Doena do ndulo sinusal que se manifesta como incompetncia
cronotrpica sintomtica:
- de ocorrncia espontnea
- induzida por frmacos na ausncia de terapia farmacolgica alternativa.
1. Doena do ndulo sinusal sintomtica, espontnea ou induzida por um
frmaco para o qual no existe alternativa, em que no foi documentada
qualquer correlao sintoma-ritmo. A frequncia cardaca em repouso
deve ser < 40 b.p.m.
2. Sncope para a qual no se pode atribuir outra explicao mas que
apresenta resultados electrofisiolgicos anormais (TRNSC > 800 ms).
1. Doentes com sintomas mnimos com doena do ndulo sinusal,
com frequncia cardaca em repouso < 40 b.p.m. enquanto acordados e
sem evidncias de incompetncia cronotrpica.
1. Doena do ndulo sinusal sem sintomas, incluindo frmacos indutores de
bradicardia.2. Evidncia electrocardiogrfica da disfuno do ndulo sinusal com
sintomas no directa ou indirectamente relacionados com bradicardia.
3. Disfuno do ndulo sinusal sintomtica, em que os sintomas podem
com fiabilidade ser atribudos a medicao no essencial.
Nota: Quando diagnosticada doena do ndulo sinusal, so provveis as arritmias auriculares, mesmo quando no registadas, pelo que
tambm deve ser seriamente considerada a teraputica com anticoagulantes orais.
Classe Indicaes clnicasNvel
de evidncia
C
C
Classe I
Classe IIa
Classe IIb
Classe III
C
C
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Figura 1. Seleco do modo de pacemakerna doena do ndulo sinusal.
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Doena do ndulo sinusal
Bradicardia sinusal
Bloqueio
aurculo-ventricular
Ausncia de incompetncia
cronotrpica
Presena/ausncia
de incompetncia
cronotrpica
Presena/ausncia
de incompetncia
cronotrpica
Presena de taquiarritmias
auriculares
Ausncia de taquiarritmias
auriculares
Ausncia de
taquiarritmias auriculares
DDDR+MPV
Classe IIa
Nvel de evidncia C
DDDR+MPV+
ANTITAQUI
Classe IIb
Nvel de evidncia C
AAIR
Classe I
Nvel de evidncia C
DDDR+MPV
Classe IIa
Nvel de evidncia C
DDDR+MPV
Classe I
Nvel de evidncia C
ANTITAQUI = algoritmos de antitaquicardia em pacemaker;MPV = minimizao do pacingventricular.
Nota: Na doena do ndulo sinusal, os modos VVIR e VDDR no so considerados apropriados e no so recomendados. Em caso de bloqueioaurculo-ventricular, o AAIR no considerado apropriado.
No Sim
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1.2. Perturbaes da conduo aurculo-ventricular e intra-ventricular
Recomendaes para pacingcardaco em caso de bloqueio aurculo-ventricular
adquirido
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1. Bloqueio aurculo-ventricular de segundo ou terceiro graus (Mobitz I ou II).
2. Doena neuromusculares (e.g. distrofia muscular miotnica, sndrome
de KearnsSayre, etc.) com bloqueio aurculo-ventricular de segundo
ou terceiro graus.
3. Bloqueio aurculo-ventricular de segundo ou terceiro graus (Mobitz I ou II):
(i) aps ablao por cateter da juno aurculo-ventricular
(ii) aps cirurgia valvular quando no se espera que o bloqueio seja
resolvido.
1. Bloqueio aurculo-ventricular de segundo ou terceiro graus (Mobitz I ou II)
assintomtico.
2. Bloqueio aurculo-ventricular de primeiro grau significativo com sintomas.
1. Doenas neuromusculares (distrofia muscular miotnica, sndrome de
KearnsSayre, etc.) com bloqueio aurculo-ventricular de primeiro grau.
Classe Indicaes clnicasNvel
de evidncia
C
B
C
C
C
B
Classe I
Classe IIa
Classe IIb
1. Bloqueio aurculo-ventricular de primeiro grau assintomtico.
2. Bloqueio de segundo grau Mobitz I assintomtico com bloqueio
supra-hisiano.
3. Bloqueio aurculo-ventricular passvel de resoluo.
C
C
C
Classe III
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Recomendaes para pacingcardaco em caso de bloqueio bifascicular
e trifascicular crnico
1. Bloqueio aurculo-ventricular de terceiro grau intermitente.
2. Bloqueio aurculo-ventricular de segundo grau Mobitz II.
3. Bloqueio alternado dos ramos.
4. Estudo electrofisiolgico com intervalo HV particularmente prolongado
(> 100 ms) ou bloqueio infra-Hisiano induzido porpacingem doentes com
sintomas.
Classe Indicaes clnicasNvel
de evidncia
CClasse I
1. Sncope com origem no demonstrada em bloqueio aurculo-ventricular
quando outras causas provveis foram excludas, especialmente a
taquicardia ventricular.
2. Doenas neuromusculares (e.g. distrofia muscular miotnica, sndrome
de KearnsSayre, etc.) com qualquer grau de bloqueio fascicular.
3. Resultados de estudos electrofisiolgicos com intervalo HV particularmente
prolongado (> 100 ms) ou bloqueio infra-Hisiano induzido porpacingem
doentes sem sintomas.
B
Classe I
C
C
NenhumClasse I
1. Bloqueio do ramo sem bloqueio aurculo-ventricular ou sintomas.
2. Bloqueio do ramo com bloqueio aurculo-ventricular de primeiro grau sem
sintomas.
Classe IB
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Figura 2. Seleco do modo de pacemakerem caso de bloqueio bifascicular
e trifascicular crnico e aurculo-ventricular adquirido.
Bloqueio aurculo-ventricular
bifascicular e trifascicular
Ritmo sinusal
Incompetncia cronotrpica Incompetncia cronotrpica
VVI
Classe I
Nvel de
evidncia C
VVIR
Classe I
Nvel de
evidncia C
VDD/DDD*
Classe IIa
Nvel de evidncia A
VVI
Classe IIb
Nvel de evidncia C
DDDR*
Classe IIa
Nvel de evidncia A
VVIR
Classe IIb
Nvel de evidncia C
NoSim
No SimNo Sim
Quando o bloqueio aurculo-ventricular no permanente, devem ser seleccionados pacemakers com algoritmos para a preservao
da conduo aurculo-ventricular natural.
*VVIR pode ser uma alternativa, especialmente para doentes com um nvel baixo de actividade fsica e para doentes com uma pequena
esperana de vida.
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1.3. Enfarte do miocrdio recente
Recomendaes para pacingcardaco permanente em caso de perturbaes da
conduo relacionadas com enfarte agudo do miocrdio
1.4. Sncope reflexa
Principais causas de sncope reflexa
1. Bloqueio cardaco de terceiro grau persistente precedido ou no por
perturbaes da conduo intra-ventricular.
2. Bloqueio cardaco de segundo grau - Mobitz tipo II persistente associado a
bloqueio do ramo, com ou sem prolongamento PR.
3. Bloqueio cardaco de segundo ou terceiro graus - Mobitz tipo II transitrio
associado a bloqueio do ramo de novo.
Classe Indicaes clnicasNvel
de evidncia
B
B
Classe I
Classe Ila
Classe Ilb
Classe Ill
Nenhum
Nenhum
1. Bloqueio cardaco de segundo ou terceiro graus transitrio sem bloqueio
do ramo.
2. Hemibloqueio anterior esquerdo desenvolvido de novo ou presente na
admisso.
3. Bloqueio aurculo-ventricular de primeiro grau persistente.
Sncope vasovagal (desmaio comum)
Sncope do seio carotdeo
Sncope situacional:
Hemorragia aguda (ou depleo aguda de fluido)
Tosse e espirro
Estimulao gastrointestinal (engolir, defecar e dor visceral)
Miccional (ps-miccional)
Ps-exerccio
Ps-prandial
Outras (e.g. tocar instrumentos de sopro ou praticar levantamento de pesos)
Neuralgia glossofarngea
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Sncope recorrente causada por presso involuntria no seio carotdeo e
reproduzida por massagem do seio carotdeo, associada a assstole ventricular
com durao superior a 3 s. (o doente pode estar sincopal ou pr-sincopal), na
ausncia de medicao que se saiba reduzir a actividade do ndulo sinusal.
Classe Indicaes clnicasNvel
de evidncia
CClasse I
Classe IlaSncope recorrente no explicada, sem presso involuntria clara no seio
carotdeo, mas com sncope reproduzida por massagem do seio carotdeo,
associada a assstole ventricular com durao superior a 3s. (o doente pode estar
sincopal ou pr-sincopal), na ausncia de medicao que se saiba reduzir aactividade do ndulo sinusal.
B
C
C
Classe IlbPrimeira sncope, com ou sem presso involuntria no seio carotdeo, mas com
sncope (ou pr-sncope) reproduzida por massagem do seio carotdeo,
associada a assstole ventricular de durao superior a 3 s, na ausncia de med-
icao que se saiba reduzir a actividade do ndulo sinusal.
Classe Ill Hipersensibilidade reflexa do seio carotdeo sem sintomas.
Recomendaes para pacingcardaco em caso de sndrome no seio carotdeo
Recomendaes para pacingcardaco em caso de sncope vasovagal
Nenhuma.
Classe Indicaes clnicasNvel
de evidncia
C
Classe I
1. Doentes com idade superior a 40 anos com sncope vasovagal recorrentegrave que revelam assstole prolongada durante o ECG e/ou teste de Tilt, aps
ineficcia de outras opes teraputicas e aps serem informados dos resulta
dos contraditrios dos ensaios.
C
C
Classe I
Classe I
Classe I
1. Doentes com idade inferior a 40 anos com sncope vasovagal recorrente grave
que revelam assstole prolongada durante o ECG e/ou teste de Tilt, aps
ineficcia de outras opes teraputicas e aps serem informados dos resulta
dos contraditrios dos ensaios.
1. Doentes sem bradicardia demonstrvel durante a sncope reflexa.
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1.5. Pediatria e doenas cardacas congnitas
Recomendaes para pacingcardaco em pediatria e doena cardaca congnita
1. Bloqueio aurculo-ventricular de terceiro grau congnito com qualquer das
seguintes condies:
Sintomas
Frequncia ventricular < 50-55/min em bebs
Frequncia ventricular < 70/min em doena cardaca congnita
Disfuno ventricular
Ritmo de escape QRS alargado
Ectopia ventricular complexa
Pausas ventriculares abruptas > 2-3x a extenso do ciclo bsico QTc prolongado
Bloqueio mediado pela presena de anticorpos maternos
2. Bloqueio aurculo-ventricular de segundo ou terceiro graus com
Bradicardia sintomtica*
Disfuno ventricular
3. Bloqueio de segundo ou terceiro graus - Mobitz tipo II ps-operatrio que per
siste pelo menos 7 dias aps cirurgia cardaca.
4. Disfuno do ndulo sinusal com correlao de sintomas.
Classe Indicaes clnicas
Nvel
de evidncia
BClasse I
C
C
C
1. Bradicardia sinusal assintomtica na criana com doena cardaca congnita
complexa e
Frequncia cardaca em repouso < 40/min ou
Pausas na frequncia ventricular > 3 s
2. Sndrome de bradicardia-taquicardia com necessidade de antiarrtmicos quan
do outras opes teraputicas, como a ablao por cateter, no so possveis.
3. Sndrome QT-longo com
Bloqueio aurculo-ventricular de terceiro grau ou 2:1
Bradicardia sintomtica* (expontnea ou induzida por beta-bloqueador)
Taquicardia ventricular dependente de pausa.
4. Doena cardaca congnita e alterao hemodinmica provocada por
bradicardia sinusal* ou perda de sincronia aurculo-ventricular.
Classe IlaC
C
B
C
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1. Bloqueio aurculo-ventricular congnito de terceiro grau sem indicao para
pacingde Classe I.
2. Bloqueio aurculo-ventricular transitrio de terceiro grau no ps-operatrio com
bloqueio bifascicular residual.
3. Bradicardia sinusal assintomtica em adolescentes com doena cardaca con-
gnita e
Frequncia cardaca em repouso < 40/min ou
Pausas na frequncia ventricular > 3 s
4. Doenas neuromusculares com bloqueio aurculo-ventricular de qualquer grau
sem sintomas.
Classe Indicaes clnicasNvel
de evidncia
Classe Ilb
Classe Ill
B
1. Bloqueio aurculo-ventricular transitrio no ps-operatrio com regresso da
conduo aurculo-ventricular num perodo de 7 dias.
2. Bloqueio bifascicular assintomtico no ps-operatrio com ou sem bloqueio
aurculo-ventricular de 1 grau.
3. Bloqueio aurculo-ventricular de segundo grau - tipo I assintomtico.
4. Bradicardia sinusal assintomtica no adolescente com frequnciacardca mnima > 40/min e pausa mxima do ritmo ventricular < 3 s.
C
C
C
B
C
C
C
* O significado clnico da bradicardia varia conforme a idade
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1.6. Transplante cardaco
Recomendaes para pacingcardaco aps transplante cardaco
1. Bradiarritmias sintomticas provocadas por disfuno do ndulo sinusal ou
bloqueio aurculo-ventricular persistentes 3 semanas aps o transplante.
Classe Indicaes clnicas
Nvel
de evidncia
Classe I C
1. Incompetncia cronotrpica que dificulta a qualidade de vida no perodo
ps-transplante tardio.
Classe IIa C
1. Bradiarritmias sintomticas entre a primeira e a terceira semanas aps o
transplante.
Classe IIb C
1. Bradiarritmias assintomtcas e incompetncia cronotrpica tolerada.
2. Monitorizao da rejeio cardaca exclusivamente.
3. Bradiarritmias durante a primeira semana aps o transplante.
Classe IIl C
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2. Pacingem condies especficas
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2.1. Miocardiopatia hipertrfica
Recomendaes para pacingcardaco em caso de miocardiopatia hipertrfica
Nenhuma.
Classe Indicaes clnicasNvel
de evidncia
Classe I
CBradicardia sintomtica induzida por beta-bloqueadores quando no so
aceitveis terapias alternativas.Classe Ila
ADoentes com miocardiopatia hipertrfica refractria aos frmacos com gradientesignificativo do TSVE, em repouso ou provocado, e contra-indicao para ablao
septal ou miectomia.
Classe Ilb
C1. Doentes assintomticos.
2. Doentes sintomticos que no apresentam obstruo TSVE.
Classe III
TSVE = tracto de sada do ventrculo esquerdo
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3.1. Introduo
Efeitos clnicos da teraputica de ressincronizao cardaca com base na evidncia
O tratamento moderno da insuficincia cardaca congestiva (ICC), para alm de aliviar os sintomas,
prevenir a morbilidade major e reduzir a mortalidade, tenta igualmente prevenir a progresso da
doena, especialmente a transio entre a disfuno VE assintomtica e a ICC declarada. Os efeitos
clnicos da TRC a longo prazo foram primeiro avaliados em estudos no controlados, nos quais se
mediram os benefcios continuados conferidos pelo pacingbiventricular. Foram posteriormente efec-
tuados ensaios multicntricos aleatorizados com tratamentos transversais ou paralelos, de forma a
comprovar o valor clnico da TRC em doentes com ICC avanada e em casos de ritmo sinusal com ousem indicaes para desfibrilhador cardioversor implantvel (CDI). Foram tambm publicadas
meta-anlises. Os critrios habituais utilizados nos estudos foram: (i) ICC em classe funcional III ou IV
da New York Heart Association (NYHA) apesar do tratamento farmacolgico ptimo (TFO); (ii) FEVE 55 mm e durao QRS > 120 ou 150 ms.
3.2. RecomendaesO pacingna insuficincia cardaca pode ser aplicado atravs de pacingbiventricular ou, em casos
seleccionados, pacingdo VE isolado. As recomendaes seguintes tm em conta o pacingcardacoatravs de pacingbiventricular para a insuficincia cardaca, uma vez que este modo de estimulao
sustentado pelo maior conjunto de evidncia. Esta situao no exclui, no entanto, outros modos
de pacing, como o pacingVE, para corrigir a dissincronia ventricular.
A perturbao da conduo ventricular continua a ser definida de acordo com a durao QRS (QRS
> 120 ms). Sabe-se que o atraso da conduo intra-ventricular pode no provocar dissincronia
mecnica. A dissincronia definida como um padro localizado de descoordenao da
contraco-relaxamento. Embora do ponto de vista terico possa ser mais apropriado utilizar a
dissincronia mecnica do que o atraso na conduo elctrica, nenhum grande estudo controlado
avaliou de forma prospectiva o valor da dissincronia mecnica nos doentes com insuficinciacardaca sob pacingpara a insuficincia cardaca.
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3. Teraputica de ressincronizao cardaca emdoentes com insuficincia cardaca
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Recomendaes para a utilizao da teraputica de ressincronizao cardaca com
pacemaker biventricular (TRC-P) ou pacemaker biventricular combinado com um
cardioversor desfibrilhador implantvel (TRC-D) em doentes com insuficincia cardaca
Recomendaes para a utilizao de pacingbiventricular em doentes com insuficincia
cardaca com indicao concomitante para pacingpermanente
Recomendaes para a utilizao de um cardioversor desfibrilhador implantvel combina-do com um pacemakerbiventricular (TRC-D) em doentes com insuficincia cardaca comindicao para um cardioversor desfibrilhador implantvel
Recomendaes para a utilizao de pacingbiventricular em doentes com insuficinciacardaca com fibrilhao auricular permanente.
Doentes com insuficincia cardaca sintomtica, em classes III-IV da NYHA apesar do tratamento far-
macolgico ptimo, com fraco de ejeco do ventrculo esquerdo reduzida (FEVE < 35%),dilatao VE*, ritmo sinusal normal e complexo QRS alargado (> 120 ms).
- Classe I: Nvel de evidncia A para TRC-P para reduzir a morbilidade e a mortalidade.
- A TRC-D uma opo aceitvel para doentes com uma esperana de sobrevivncia e com um bom
status funcional por um perodo superior a um ano; Classe I: Nvel de evidncia B.
Doentes com insuficincia cardaca sintomtica, em classes III-IV da NYHA, FEVE reduzida
(FEVE < 35%), dilatao VE* e indicao concomitante para pacingpermanente (primeiro implante
ou upgradingde pacemakerconvencional).
- Classe IIa: Nvel de evidncia C.
Doentes com insuficincia cardaca com indicao de Classe I para CDI (primeiro implante ou
upgrading na substituio do dispositivo) que apresentam ICC sintomtica, em classes III-IV da NYHA
apesar do TFO, com fraco de ejeco reduzida (FEVE < 35%), dilatao VE*, e complexo QRS
alargado ( > 120 ms).
- Classe I: Nvel de evidncia B.
Doentes com insuficincia cardaca sintomtica, em classes III-IV da NYHA apesar do TFO, com
fraco de ejeco reduzida (FEVE < 35%), dilatao VE*, FA permanente e indicao para ablao
da juno AV.
- Classe IIa: Nvel de evidncia C.
* Dilatao do ventrculo esquerdo/ Foram utilizados critrios diferentes para definir a dilatao do VE em estudos controlados sobre TRC:
dimetro tele-diastlico do VE > 55mm; dimetro tele-diastlico do VE > 30mm/m2, dimetro tele diastlico do VE > 30mm/m (altura).
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2007 European Society of Cardiology Todos os direitos reservados.
O contedo destas Recomendaes da European Society of Cardiology (ESC) foi publicado
unicamente para uso pessoal e educativo. No est autorizado o seu uso comercial. Nenhuma parte
das presentes Recomendaes pode ser traduzida ou reproduzida sob qualquer forma sem a
autorizao por escrito da ESC. A autorizao pode ser obtida mediante apresentao de um pedido
por escrito dirigido ESC, Practice Guidelines Department, 2035, route des Colles Les Templiers
06903 Sophia Antipolis Cedex - France.
Renncia de responsabilidade:
As Recomendaes da ESC expressam a opinio da ESC e foram elaboradas aps cuidadosa
considerao das evidncias disponveis data da sua redaco. Os profissionais de sade so
encorajados a t-las em considerao no exerccio da sua avaliao clnica. No entanto, as
recomendaes no se devem sobrepor responsabilidade individual dos profissionais de sade de
tomarem as decises ajustadas com base nas circunstncias especficas dos doentes de forma
individualizada, de mtuo acordo com cada doente e, se for caso disso e exigido, com o
representante ou encarregado do doente. Cabe igualmente ao profissional de sade verificar as regras
e regulamentos aplicveis aos medicamentos e dispositivos mdicos data da prescrio dotratamento.
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2007 EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY
Nenhuma parte das presentes Recomendaes pode ser traduzidaou reproduzida sob qualquer forma sem a autorizao por escrito da ESC.
O contedo destas consiste numa adaptao das Recomendaes para pacingcardaco e teraputica de ressincronizao cardaca. (European Heart Journal
2007; 10 1093/eurheartj/ehm305)
Para consultar o Texto Integral na European Heart Journale Europace visite o nosso site:
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