UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA
Flávio Henrique de Oliveira Fernandes
PRODUÇÃO DE FORRAGEM E ESTRUTURA DO DOSSEL DE CULTIVARES
DE Urochloa brizantha DIFERIDAS
Uberlândia –MG
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA
Flávio Henrique de Oliveira Fernandes
Monografia apresentada à coordenação do curso graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Uberlândia, como requisito parcial a obtenção do título de Zootecnista
Uberlândia –MG 2019
Flávio Henrique de Oliveira Fernandes
PRODUÇÃO DE FORRAGEM E ESTRUTURA DO DOSSEL DE CULTIVARES
DE Urochloa brizantha DIFERIDAS
Monografia apresentada à coordenação do curso graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Uberlândia, como requisito parcial a obtenção do título de Zootecnista
APROVADA EM 05 de junho de 2019
Manoel Eduardo Rozalino Santos
Universidade Federal de Uberlândia
Gabriel de Oliveira Rocha Universidade Federal de Uberlândia
Leandro Galzerano
Instituto Federal de Brasília
Uberlândia – MG 2019
Agradecimentos
Agradeço a Deus pelas bênçãos concedidas em todos os dias da minha
vida.
Agradeço aos meus pais, Flávio e Marilda, pela educação primorosa que
me deram, pelo apoio emocional e financeiro que foi fundamental na minha
formação. Agradeço também as minhas irmãs e sobrinhos que tornam minha
vida mais prazerosa.
Sou grato aos docentes e amigos que conheci ao longo da graduação,
em especial à Ana Carolina, que hoje mais que amiga é a pessoa com quem
compartilho meus sonhos.
Agradecimento especial aos membros do Grupo de Estudos em
Forragicultura, que conviveram comigo na fazenda e colaboraram com o
desenvolvimento deste trabalho.
Ao professor e orientador Manoel, deixo registrado não só minha
gratidão, mas também a admiração pelo profissional que conheci desde as
disciplinas de forragicultura e que fez despertar meu interesse pela área.
Resumo
O diferimento de pastagens é um método de manejo utilizado para
minimizar os efeitos negativos da sazonalidade da produção forrageira. As
cultivares de Urochloa brizantha, no geral, são recomendadas para o
diferimento. O objetivo deste trabalho foi comparar a produção de forragem e
as características estruturais dos dosséis diferidos de Urochloa brizantha cvs.
Marandu, Piatã, Xaraés e Paiaguás. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e três repetições. O trabalho
foi realizado no Setor de Forragicultura da Universidade Federal de Uberlândia,
em Uberlândia, MG, durante outubro de 2017 a junho de 2018. A taxa de
produção de forragem (TPF) durante o período de diferimento (PD) foi superior
para o capim-paiaguás, intermediária para o capim-xaraés e inferior nos capins
marandu e piatã. Não houve diferença na percentagem dos componentes
morfológicos na massa de forragem entre as cultivares. A massa de forragem
no fim do período de diferimento foi maior nas cultivares paiaguás e xaraés do
que nas cultivares Marandu e Piatã. Assim, as cultivares Marandu, Piatã,
Xaraés e Paiaguás podem ser utilizadas para o diferimento, porém a cultivar
Paiaguás se destaca pela alta TPF durante o PD.
Palavras Chave: capim-marandu, capim-paiaguás, capim-piatã, capim-xaraés,
composição morfológica, período de diferimento, produção de forragem.
Abstract
Pasture deferment is a management method used to minimize the negative
effects of seasonal forage production. Urochloa brizantha cultivars, in general,
are recommended for deferral. The objective of this work was to compare the
forage production and the structural characteristics of the deferred canopy of
Urochloa brizantha cvs. Marandu, Piatã, Xaraés and Paiaguás. The
experimental design was completely randomized, with four treatments and three
replicates. The work was carried out in the Forage Sector of the Federal
University of Uberlândia, in Uberlândia, MG, during November 2017 to June
2018. The forage production rate (TPF) during the deferment period (PD) was
higher for the grass -paiaguás, intermediary for the Xaraés grass and inferior in
the marandu and piatã grasses. There was no difference in the percentage of
morphological components in the forage mass among the cultivars. The forage
mass at the end of the deferment period was higher in the paiaguás and xaraés
cultivars than in the Marandu and Piatã cultivars. Thus, the cultivars Marandu,
Piatã, Xaraés and Paiaguás can be used for the deferment, but the cultivar
Paiaguás stands out for the high TPF during the PD.
Keywords: marandu palisade grass, paiaguás palisade grass, piatã palisade
grass, xaraés palisade grass, morphological composition, deferment period,
forage production.
SUMÁRIO
1. Introdução .................................................................................................. 8
2. Objetivos .................................................................................................... 9
3. Hipótese ...................................................................................................... 9
4. Referencial teórico................................................................................... 10
4.1. Diferimento do uso de pastagens ........................................................ 10
4.2. Ações de manejo em pastagens diferidas ........................................... 11
4.3. Planta forrageira para o diferimento .................................................... 11
4.4. Urochloa brizantha cv. Marandu ......................................................... 13
4.5. Urochloa brizantha cv. Piatã ............................................................... 14
4.6. Urochloa brizantha cv. Xaraés ............................................................ 15
4.7. Urochloa brizantha cv. Paiaguás ......................................................... 15
5. Metodologia .............................................................................................. 16
6. Resultados ............................................................................................... 18
7. Discussão ................................................................................................. 20
8. Conclusão ................................................................................................ 22
9. Referências .............................................................................................. 22
8
PRODUÇÃO DE FORRAGEM E ESTRUTURA DO
DOSSEL DE CULTIVARES DE Brachiaria brizantha
DIFERIDAS
1. Introdução
O diferimento da pastagem consiste em selecionar determinada área de
pastagem existente na propriedade e excluí-la do pastejo, geralmente no fim do
verão e, ou, no outono. Dessa maneira, é possível garantir acúmulo de
forragem para ser pastejada durante o período de sua escassez e, com isso,
minimizar os efeitos da sazonalidade de produção forrageira (Santos et al.,
2009).
Umas das primeiras recomendações de manejo que deve ser seguida no
pastejo diferido consiste na avaliação das características da espécie e, ou,
cultivar de planta forrageira que será utilizada. Recomenda-se usar gramíneas
com colmo delgado e alta relação folha/colmo, que possuam bom potencial de
acúmulo de forragem durante o outono e que tenham baixa taxa de redução do
valor nutritivo durante o crescimento (Santos & Bernardi, 2005). Em geral,
essas características estão presentes nas gramíneas do gênero Urochloa,
como a U. brizantha.
Uma das características da planta que influencia negativamente o seu
valor nutritivo é a época de florescimento, em que é natural o alongamento do
colmo, a senescência das folhas mais velhas e a diminuição do aparecimento
de folhas novas. Nesse sentido, seria apropriado escolher plantas forrageiras
que não florescem de forma acentuada durante o período de diferimento, que
normalmente ocorre entre os meses de março e julho nas regiões Sudeste e
Centro-Oeste do Brasil.
Dentre as cultivares de Urochloa brizantha, existe variabilidade quanto à
época de florescimento. Tem sido relatado que o capim-piatã tem florescimento
precoce, nos meses de dezembro e janeiro, o que a torna uma planta
adequada para o diferimento, pois a concentração do florescimento ocorreria
antes do período de diferimento. De lançamento mais recente, o capim-
9
paiaguás também teria essa mesma característica, sendo inclusive
apresentado como um capim que produz mais folha viva durante a época de
seca e, portanto, seria apropriado para o uso sob pastejo diferido. Por outro
lado, o capim-xaraés tem florescimento tardio, concentrado em abril e maio,
meses em que normalmente ocorre o período de diferimento, o que
teoricamente o torna inapropriado para o pastejo diferido. O capim-marandu
tem florescimento intermediário aos demais, ocorrendo geralmente em
fevereiro e março. Assim, caso o diferimento inicie no fim de março, essa
planta forrageira também se torna uma boa opção para o uso sob pastejo
diferido.
2. Objetivos
Identificar através da análise dos componentes morfológicos e da
produção de forragem durante o período de diferimento, qual(ais) cultivar(es)
de Urochloa brizantha apresenta(m) melhores resultados e consequentemente,
seja(m) considerada(s) adequada(s) para o diferimento da pastagem.
3. Hipótese
Espera-se que o capim-paiaguás tenha maior produção de forragem no
período de diferimento e com maior percentual de folhas vivas, devido seu
florescimento precoce e sua característica genética que permite maior
crescimento no período seco do ano.
10
4. Referencial teórico
4.1. Diferimento do uso de pastagens
O significado do verbo diferir pode ser, dentre outros, “adiar, retardar e
delongar”. Desse modo, o diferimento, também denominado de pastejo diferido
ou protelado, “vedação” da pastagem e “produção de feno em pé”, pode ser
entendido como o adiamento de sua utilização pelo animal. Nesse sentido, o
diferimento do uso de pastagens é estratégia que consiste em selecionar
determinadas áreas da propriedade e excluí-las do pastejo, geralmente no fim
do verão e, ou, no outono. Dessa maneira, é possível garantir acúmulo de
forragem para ser pastejada durante o período de sua escassez e, com isso,
minimizar os efeitos da sazonalidade de produção forrageira (Santos et al.,
2009). O estoque de forragem gerado com o diferimento da pastagem constitui-
se mecanismo de tamponamento do sistema pastoril (Barioni et al., 2003).
Embora seja considerada uma modalidade do método de pastejo em
lotação intermitente (Pedreira et al., 2002), em que determinados piquetes do
sistema são submetidos a um maior período de descanso, que corresponde ao
período de diferimento, o pastejo diferido também pode ser empregado quando
se utiliza o método de lotação contínua. Nesse caso, é necessário subdividir a
área da pastagem a ser diferida na época de início do diferimento e, após o uso
do pasto diferido, essa subdivisão pode ser desfeita. Atualmente, a utilização
de cerca eletrificada, inclusive móvel, facilita essa estratégia.
O diferimento da pastagem é uma das estratégias para aumentar o
período de pastejo com base em três princípios técnicos: acúmulo de forragem
possível de ser obtido no terço final do período de crescimento de verão;
decréscimo mais lento da qualidade das gramíneas forrageiras tropicais à
medida que estas crescem na fase final do período de verão; e elevada
eficiência de utilização da forragem acumulada (Corsi, 1994). Este último
princípio técnico é questionável, pois há indícios de que, durante o período de
11
pastejo, as perdas de forragem podem ser altas, sobretudo em pastagens
diferidas por maiores períodos (Santos et al., 2009).
Corsi (1994) também afirmou que o diferimento da pastagem tem a
desvantagem de não possibilitar grandes mudanças nas taxas de lotação das
pastagens, uma vez que o vigor da rebrotação durante o “período seco” é
limitado por fatores ambientais. Segundo Martha Júnior & Balsalobre (2001),
empreendimentos baseados na exploração de pastagens diferidas são
caracterizados por taxas de lotação animal raramente superiores a 1,5 a 2,0
UA/ha.ano, o que limita seu uso em sistemas produtivos em fase inicial de
intensificação. Rolim (1994) afirmou que o diferimento da pastagem seria a
primeira técnica de manejo a ser adotada visando minimizar os efeitos da
estacionalidade da produção forrageira e intensificar o sistema de produção.
4.2. Ações de manejo em pastagens diferidas
A percepção das vantagens do diferimento da pastagem como estratégia
eficiente para conviver com a realidade da estacionalidade de produção das
gramíneas tropicais motivou técnicos e pecuaristas a recomendá-la e adotá-la
efetivamente, porém sem critérios bem definidos, principalmente no que diz
respeito ao seu manejo.
Existem inúmeras possibilidades de interferência, via manejo, para
otimizar a produção animal no pastejo diferido, dentre as quais destacam-se a
escolha da planta forrageira apropriada para o diferimento.
4.3. Planta forrageira para o diferimento
A primeira recomendação de manejo que deve ser seguida no pastejo
diferido consiste na avaliação das características morfológicas e agronômicas
da espécie e, ou, cultivar de forrageira que será utilizada. Da mesma forma que
existem gramíneas mais indicadas para o método de pastejo em lotação
12
contínua e em lotação intermitente, também há gramíneas com características
desejáveis para o diferimento da pastagem.
Do ponto de vista morfológico, recomenda-se usar gramíneas de porte
baixo, com colmo delgado e alta relação folha/colmo, pois essas características
conferem melhor valor nutritivo à forragem diferida e estrutura de pasto
adequada ao consumo animal. De fato, plantas de menor altura têm, em geral,
colmos mais delgados, o que concorre para aumento da relação folha/colmo.
Maior relação folha/colmo é desejável pelo fato da folha ser o componente
morfológico do pasto de melhor valor nutritivo (Santos et al., 2009d), de mais
fácil apreensão e preferencialmente consumido pelo animal (Carvalho et al.,
2001).
As forrageiras indicadas para o diferimento também devem possuir bom
potencial de acúmulo de forragem durante o outono, época em que
normalmente os pastos permanecem diferidos e as condições de clima
começam a desfavorecer o crescimento das plantas. Além disso, forrageiras
aptas ao pastejo diferido devem ter baixo ritmo de redução do valor nutritivo
durante o crescimento, característica intimamente relacionada à sua época de
florescimento (Santos & Bernardi, 2005). De fato, perfilhos em estádio
reprodutivo são de pior valor nutritivo do que perfilhos em estádio vegetativo e,
sendo assim, deve-se dar preferência a forrageiras que não apresentem pico
de florescimento no outono.
Gramíneas do gênero Urochloa (U. decumbens, U. brizantha cv.
Marandu), Cynodon (capins estrela, coastcross e tifton) e Digitaria (capim-
pangola) são boas opções para o diferimento. Euclides (2001) fez outras
considerações: Urochloa humidicola tem grande capacidade de acúmulo de
forragem, porém, seu valor nutritivo é baixo em comparação ao das outras
espécies de Urochloa; as gramíneas de crescimento cespitoso, como as do
gênero Panicum, Pennisetum e Andropogon, quando diferidas por períodos
longos, apresentam acúmulo de colmos grossos e baixa relação folha/colmo,
portanto, não são indicadas para o diferimento. Também não se recomenda
diferir áreas de U. decumbens com histórico de infestação de cigarrinhas-das-
pastagens.
13
4.4. Urochloa brizantha cv. Marandu
O capim-marandu foi lançado pelo Centro Nacional de Pesquisa de
Gado de Corte e o Centro de Pesquisa Agropecuária do Cerrado. Marandu, no
idioma guarani, significa novidade. Naquela época, essa novidade surgiu como
ótima alternativa de gramínea forrageira para uso na região do Cerrado
(Nunes, 1984). Esta gramínea é originária de uma região vulcânica da África,
onde a pluviosidade anual é em média 700 mm, com período seco de oito
meses, e os solos no geral possuem boa fertilidade (Rayman, 1983).
As principais características morfológicas do capim-marandu são:
crescimento cespitoso; robustez, com altura que pode chegar a 2,5 m; bainhas
pilosas e mais longas que os entrenós; lâminas foleares largas e compridas,
sendo glabras na parte superior; e bordas não cortantes (Nunes, 1984). O
capim-marandu apresenta alta produção de forragem (em geral 8-14 t/ha de
MS), desde que bem manejada, e é recomendada para solos de média
fertilidade e com boa drenagem. Quando adubado com fósforo, o capim-
marandu apresenta resultados satisfatórios (Flores et al., 2008).
Júnior et al. (2011), em experimento realizado no Piauí, observaram que o
capim-marandu diferido em março ou abril, com utilização de julho a outubro,
apresentou maior produção de matéria seca verde. Contudo, quando diferido
em maio e utilizado em julho, apresentou melhor relação material vivo/material
morto. Independente da época de diferimento, a forragem com melhor valor
nutritivo foi a utilizada nos meses de julho e agosto. Entretanto, segundo os
autores, a recomendação é que o diferimento do capim-marandu ocorra em
abril ou maio para utilização em julho ou agosto.
A principal desvantagem do capim-marandu é sua intolerância aos solos
encharcados e mal drenados, que causa a morte do capim em algumas regiões
do Brasil. Nessa condição, a ocorrência de pragas e, ou doenças ligadas com o
apodrecimento das raízes, mancha foliar (Rhizoctonia), somado ao manejo
inadequado da pastagem, causam a morte do capim-marandu (Camarão &
Filho, 2005).
14
4.5. Urochloa brizantha cv. Piatã
Lançada em 2007 pela EMBRAPA, a cultivar Piatã não é um híbrido e
sim uma variedade resultante de um processo de seleção. Sua origem é
africana, mais especificamente na Etiópia. Seu nome é uma homenagem ao
povo tupi-guarani. O capim-piatã se caracteriza pelo porte baixo, poucos pêlos
nas bainhas, com lâmina foliar glabra. Uma das características que a diferencia
das demais cultivares de Urochloa brizantha é sua grande quantidade de
racemos, podendo chegar a 12. Apresenta florescimento precoce e é uma das
alternativas de forrageira para o Cerrado (Lucena, 2011).
A cultivar é apropriada para solos de média fertilidade e possui maior
tolerância aos solos maus drenados do que o capim-marandu (Almeida et al.,
2009); possui maior acúmulo de folhas do que os capins xaraés e marandu,
além do florescimento no início do verão e colmos finos, o que favorece o
manejo no período de estiagem (Valle et al., 2007).
Valle et al. (2007) contataram tolerância da cultivar Piatã à cigarrinha
das pastagens das espécies Natozulia entreriana e Deois flavopicta por
promover menor sobrevivência das ninfas, porém esta característica não foi
encontrada para a espécie Mahanava fimbriolata.
No trabalho realizado por Euclides et al. (2005), onde avaliaram o
desempenho animal nos pastos de capim-marandu e capim-piatã, observaram
que o desempenho foi melhor no pasto de capim-piatã, indicando maior
qualidade desta gramínea forrageira durante o período de seca.
O elevado valor nutricional e a alta taxa de crescimento são os
destaques da cultivar. Possui maior aptidão para o diferimento das pastagens
em relação ao capim-xaraés além da rebrota mais rápida do que o capim-
marandu (Valle et al., 2007).
15
4.6. Urochloa brizantha cv. Xaraés
Nos anos de 1984 e 1985 na região de Cibitoke na África foi coletada a
cultivar xaraés. Em crescimento livre o capim-xaraés chega em média a 1,5 m,
seu crescimento é cespitoso, colmos finos que quando em contato com o solo
pode enraizar (Valle et al., 2004). Apresenta florescimento tardio e, assim,
possibilita estender o período de pastejo até o período seco (Valle et al., 2010).
A cultivar é indicada para as regiões de clima tropical de Cerrados, com
estação chuvosa e seca distintas. Podendo produzir até 21 t/ha/ano é indicado
para solos de média fertilidade (Valle et al., 2001). Apesar de ser adaptado à
solos ácidos sua melhor produção se dá em solos corrigidos (Valle et al.,
2004).
Dias Filho (2002) afirmou que a cultivar Xaraés tem tolerância
intermediária ao alagamento, quando comparado com a cultivar Marandu.
Em ensaios sob condições controladas, notou-se que a cultivar possui
moderada resistência às espécies de cigarrinha Notozulia entreriana e Deois
flavopicta (Valle et al., 2004).
O capim-xaraés responde bem à adubação fosfatada e apresenta alta
taxa de crescimento. Como consequência, é mais exigente em fertilidade do
solo, quando comparado com as demais cultivares de Urochloa. Nesse sentido,
a orientação para calagem é feita para elevar para, no mínimo, 40% a
saturação de base no solo (Valle et al., 2004).
4.7. Urochloa brizantha cv. Paiaguás
Avaliado a mais de 18 anos na Embrapa Gado de Corte e com
lançamento em 2013, o capim-paiaguás foi selecionado para solos de média
fertilidade e regiões com estação seca bem definida. A cultivar Paiaguás é uma
alternativa para bons resultados zootécnicos na seca, sendo que no período
seco do ano, essa gramínea mantém bom valor nutritivo. A cultivar possui boa
capacidade de resposta aos fertilizantes, com resultados parecidos com a
cultivar Marandu (Valle, 2013).
16
Andrade (2015), ao avaliar a produtividade do capim-paiaguás, obteve
resultados satisfatórios, com destaque para a produtividade no período seco do
ano. Quando comparado com o capim-piatã, durante a estação seca do ano, a
cultivar Paiaguás teve maior crescimento foliar e melhor valor nutricional,
gerando maiores desempenho animal e taxa de lotação (Valle, 2013).
5. Metodologia
O experimento foi conduzido de outubro de 2017 a junho de 2018, em
área da Fazenda Capim-branco, pertencente à Faculdade de Medicina
Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia, em Uberlândia, MG. As
coordenadas geográficas do local são 18°30’ de latitude sul e 47°50’ de
longitude oeste de Greenwich, e sua altitude é de 776 m. O relevo da área
experimental é plano e solo é classificado como Latossolo Vermelho Escuro
Distrófico (Embrapa, 1999). O clima da região de Uberlândia, segundo a
classificação de Köppen (1948), é do tipo Aw, tropical de savana com estação
seca de inverno. A temperatura média anual é de 22,3ºC. A precipitação média
anual é de 1.584 mm. As informações referentes às condições climáticas
durante o período experimental foram monitoradas na estação meteorológica
localizada aproximadamente a 200 m da área experimental (Tabela 1).
17
Tabela 1 - Médias mensais de temperaturas médias diárias, radiação solar média, precipitação e evapotranspiração mensais durante janeiro a junho de 2018
Mês
Temperatura média do ar (°C) Precipitação
pluvial (mm)
Evapotranspiração (mm)
Média Mínim
a Máxima
Janeiro 23,2 18,8 28,9 192,1 97,6
Fevereiro 22,9 19,1 28,6 180,9 81,7
Março 23,1 19,1 28,8 74,6 86,2
Abril 21,7 17,3 27,7 191,3 80,5
Maio 19,5 14,5 23,8 17,6 40,6
Junho 20,0 13,9 27,0 0,0 18,6
Méd: média; Mín: mínima; Máx: máxima.
Foram avaliadas quatro cultivares de Urochloa brizantha, sendo elas a
Marandu, Xaraés, Piatã e Paiaguás. O experimento foi conduzido em
delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. A área
experimental foi constituída de 12 parcelas (unidades) experimentais de 9 m².
Nestas, as quatro cultivares de Urochloa brizantha (marandu, xaraés, piatã e
paiguás) já haviam sido estabelecidas previamente, em novembro de 2015,
sendo três parcelas para cada cultivar.
Em outubro de 2017, foi efetuado um corte de uniformização de todas as
plantas a 5 cm da superfície do solo. Posteriormente, as plantas não foram
cortadas até atingirem 25 cm de altura. Esta altura foi mantida para todas as
plantas até o início do diferimento.
Em janeiro de 2018, foram retiradas amostras de solo na camada de 0 a
20 cm, para análise do nível de fertilidade, cujos resultados foram: pH em H2O:
5,4; P: 1,3 (Mehlich-1); K: 123 mg/dm3; Ca2+: 2,6; Mg2+: 0,6 e Al3+: 0,0
cmolc/dm3. Com base nesses resultados, não foi necessário efetuar a calagem
e nem a adubação potássica (Cantarutti et al., 1999). As adubações fosfatada e
nitrogenada foram realizadas após corte das plantas, em janeiro de 2018, com
a aplicação de 50 kg ha-1 de N e de P2O5. Em fevereiro de 2018, também foi
aplicado mais 50 kg ha-1 de N. Utilizaram-se a ureia e o superfosfato simples
18
como fontes de adubo. As adubações foram realizadas ao fim da tarde e em
cobertura.
O início do diferimento ocorreu em 15 de março de 2018 e terminou em
15 de junho de 2018, totalizando 93 dias. Tanto no início quanto no fim do
diferimento, duas amostras de massa de forragem foram colhidas rente ao solo
de cada parcela, utilizando um quadrado de 50 cm de lado. As amostras foram
pesadas e subdivididas em duas partes, sendo uma delas pesada, colocada
em estufa de ventilação forçada a 65°C por 72 h e novamente pesada. A outra
subamostra foi separada em lâmina foliar viva, lâmina foliar morta, colmo vivo e
colmo morto. Esses componentes morfológicos também foram secos em estufa
e pesados. Com esses dados foram calculadas as massas de forragem no
início e fim do diferimento. Pela diferença entre as massas de forragem no fim
e no início do diferimento, foi estimada a produção de forragem durante este
período.
As análises dos dados experimentais foram feitas usando o Sistema para
Análises Estatísticas - SAS®, versão 9.0. Para cada característica avaliada, foi
realizada análise de variância, em delineamento inteiramente casualizados.
Posteriormente, os efeitos dos níveis dos fatores foram comparados pelo teste
de Tukey ao nível de significância de até 5 % de probabilidade de ocorrência
do erro tipo I.
6. Resultados
A massa de forragem (MF) no início do período de diferimento foi menor
no dossel de capim-paiaguás, em comparação aos demais dosséis forrageiros.
As percentagens de folha viva, colmo vivo e forragem morta na MF não
variaram entre as cultivares de U. brizantha (Tabela 2).
19
Tabela 2– Massa e composição morfológica da forragem no início do período
de diferimento de cultivares de Urochloa brizantha
Característica
Cultivar
P-valor CV
(%) Paiaguás Marandu Xaraés Piatã
MF (kg/ha de MS) 3433 b 4908 a 4864 a 4993 a 0,0010 17,3
Folha viva na MF (%) 22,4 a 19,7 a 19,8 a 19,9 a 0,1100 14,4
Colmo vivo na MF (%) 30,9 a 35,0 a 35,3 a 31,1 a 0,0322 16,1
Forragem morta na MF (%) 46,8 a 45,3 a 44,9 a 49,0 a 0,1707 33,3
MS: matéria seca; MF: Massa de forragem; Para cada característica, médias seguidas por letras diferentes diferem
(P<0,05) pelo Teste de Tukey.
No final do período de diferimento a massa de forragem foi superior nos
dosséis dos capins xaraés e paiaguás, em relação aos dosséis dos capins
marandu e piatã. As percentagens de folha viva, colmo vivo e forragem morta
na MF não variaram entre as cultivares de U. brizantha (Tabela 3).
Tabela 3– Massa e composição morfológica da forragem no final do período de
diferimento de cultivares de Urochloa brizantha
Característica
Cultivar
P-valor CV
(%) Paiaguás Marandu Xaraés Piatã
MF (kg/ha de MS) 9334 a 8272 b 9894 a 8338 b 0,0028 19,2
Folha viva na MF (%) 21,4 a 23,0 a 26,5 a 19,0 a 0,0097 21,2
Colmo vivo na MF (%) 24,1 a 28,5 a 27,4 a 27,7 a 0,1500 15,1
Forragem morta na MF (%) 54,6 a 48,4 a 46,1 a 53,3 a 0,3740 28,8
APE: altura da planta estendida; MF: massa de forragem; MS: matéria seca; Para cada característica, médias seguidas
por letras diferentes diferem (P<0,05) pelo Teste de Tukey.
20
A taxa de produção de foragem (TPF) foi maior no dossel de capim-
paiaguás, intermediária no dossel de capim-xaraés e inferior nos dosséis dos
capins marandu e piatã (Figura 1).
Figura 1 – Taxa de produção de forragem de cultivares de Urochloa brizantha
durante o período de diferimento
7. Discussão
A genética da planta forrageira influencia a produção de forragem durante
o período de diferimento e as características estruturais do pasto diferido
(Gouveia et al., 2017). Por isso, é importante a realização de estudos para a
comparação entre diferentes cultivares de U. brizantha manejados sob
diferimento.
Euclides et al. (2016) compararam a estrutura e a taxa de produção de
forragem dos pastos de U. brizantha cvs. Paiaguás e Piatã e verificaram,
durante o período seco do ano, que englobou os meses de outono e de
inverno, que o capim-paiaguás também apresentou maior TPF, bem como
superior percentual de folha viva na massa de forragem, quando comparado ao
capim-piatã.
Barbosa (2018) realizou um experimento paralelo ao presente estudo,
com o objetivo de obter as características morfogênicas das cultivares de
65,6 a
37,4 c
55,9 b
37,2 c
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Paiaguás Marandu Xaraés Piatã
kg/h
a.d
ia d
e M
S
Cultivar
B
21
Urochloa brizantha durante o período de diferimento. Essa autora, verificou que
o capim-paiaguás teve maior taxa de aparecimento de foliar, uma resposta que
condiz com a maior produção de forragem do capim-paiaguás obtida neste
experimento (Figura 1).
Os altos valores de TPF do capim-xaraés podem estar relacionados ao
seu maior potencial genético para produção de forragem (Flores et al., 2008).
Realmente, em trabalho conduzido por Rodrigues et al. (2012), com o objetivo
de identificar, a partir das características morfogênicas e estruturais das
plantas, grupos funcionais de gramíneas forrageiras tropicais, o capim-xaraés
foi agrupado com o Panicum maximum cv. Mombaça, uma gramínea forrageira
reconhecidamente de alto potencial de produção de forragem.
A hipótese da maior produtividade do capim-paiaguás foi aceita. A
explicação pode estar relacionada com características morfológicas e genéticas
que proporcionam melhor desempenho com menor oferta de água e
temperatura, ambiente este, característico do período de diferimento. É
importante ressaltar que os motivos ainda são desconhecidos, as discussões
são hipotéticas.
A magnitude dos valores de TPF obtidas neste trabalho (Figura 1) foi
inferior ao relatado por Paula et al. (2012), onde observaram TPF de 56,7
kg/ha.dia de MS para o capim-marandu sob lotação contínua durante o outono
em Campo Grande no estado brasileiro Mato Grosso do Sul, valor este,
superior ao obtido neste trabalho.
A hipótese de que o capim-paiaguás teria maior percentagem de folha
viva na massa de forragem foi rejeitada. Era esperado que a maior produção
de forragem do capim-paiaguás, durante o período de diferimento, resultasse
em um maior número de folhas vivas no dossel e consequentemente maior
percentagem de folha viva na MF, o que também poderia ser um indicativo de
melhor valor nutritivo. Porém, as cultivares estudadas não apresentaram
diferenças estatísticas na composição morfológica. Uma provável explicação é
o fato de que as cultivares já iniciaram o diferimento sem diferença estatística
na composição morfológica e as diferentes produções de forragem
apresentadas não foram o suficiente para alterar a composição morfológica.
22
Apesar da percentagem de folha viva na MF não ter apresentado
diferença estatística entre as cultivares (Tabelas 2 e 3), os dosséis com maior
MF apresentam maior quantidade de folha viva por hectare, o que ocorreu com
os capins paiaguás e xaraés, em comparação aos capins marandu e piatã. Por
apresentar maior quantidade de folha viva por área e maior produtividade, a
cultivar paiaguás é recomendada para situações em que o pecuarista almeja
maiores taxa de lotação e melhor desempenho dos animais mantidos na
pastagem diferida durante o período de seca do ano.
8. Conclusão
As cultivares de Urochloa brizantha, Marandu, Piatã, Xaraés e Paiaguás,
podem ser utilizadas para o diferimento do uso da pastagem. As cultivares
Paiaguás e Xaraés se destacam pelo alto potencial de produção de forragem
durante o período de diferimento (outono), com boa composição morfológica.
9. Referências
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