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C a m p u s d e C a m p o M o u r ã o
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UEPR – CAMPUS DE CAMPO MOURÃO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
AGROIDUSTRIAL
PROJETO DO TRABALHO
PROFESSORA THAYS PERASSOLI BOIKO
CAMPO MOURÃO 2011
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III PROJETO DO TRABALHO
3.1 DEFINIÇÕES E CONCEITOS
3.1.1 O que é Projeto do Trabalho
O Projeto do Trabalho pode ser definido como o dimensionamento do trabalho das
pessoas em uma organização.
O Projeto do Trabalho é uma Sub-área de Conhecimento da Área de Engenharia de
Produção denominada Engenharia do Trabalho (ABEPRO, 2008).
Num Projeto do Trabalho, conforme é possível visualizar na Figura 1, deve-se
considerar de um lado o operador (trabalhador) de outro a organização e entre eles:
i) o contrato de trabalho;
ii) o trabalho prescrito pela organização;
iii) o trabalho executado/real realizado pelo operador;
iv) a atividade de trabalho, que influencia e é influenciada pelo trabalho real;
v) a Saúde, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho, influenciada pela atividade de
trabalho realizada pelo operador e que influencia diretamente o operador;
vi) o desempenho, qualidade e produtividade, diretamente relacionada a atividade de trabalho
e que influencia toda a organização.
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Ao realizar o Projeto do Trabalho deve-se considerar, conforme a Figura 1:
i) as características pessoais do operador: idade, sexo; antropometria; formação; experiência
momentânea; fadiga, ritmo biológico, vida pessoal;
ii) os objetivos da organização: meios de produção – máquinas, materiais, meios de
comunicação, transportes, instalações; normas e regras – softwares, regulamentos, horários,
ritmos; organização do trabalho – divisão de tarefas, critérios de qualidade, treinamento,
ambiente.
Figura 1 – Aspectos a serem considerados no Projeto do Trabalho
OPERADOR ORGANIZAÇÃO
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As decisões envolvidas no Projeto do Trabalho podem ser consideradas os
elementos constituintes deste Projeto:
1) QUAIS SÃO AS TAREFAS EXISTENTES;
2) POR QUAIS RECURSOS ESTAS TAREFAS SÃO E/OU DEVEM SER
DESEMPENHADAS;
3) DENTRE AS TAREFAS EM QUE RECURSOS HUMANOS ESTÃO ENVOLVIDOS
EM SUA EXECUÇÃO, QUAIS TAREFAS PROJETAR;
4) QUEM ESTÁ ENVOLVIDO NA EXECUÇÃO DAS TAREFAS;
5) QUAL A SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO DAS TAREFAS;
6) ONDE LOCALIZAR AS TAREFAS NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL – QUEM,
NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, SERÁ RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO
DAS TAREFAS;
7) QUAIS AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS NA EXECUÇÃO DAS TAREFAS;
8) COMO AS TAREAS SE RELACIONAM OU DEVEM SE RELACIONAR COM AS
INSTALAÇÕES;
9) QUAIS HABILIDADES, COMPETÊNCIAS, REQUISITOS, EXPERIÊNCIA E
FORMAÇÃO SÃO NECESSÁRIOS NA EXECUÇÃO DAS TAREFAS;
10) QUANTA AUTONOMINA OS TRABALHADORES PODEM OU DEVEM TER NA
EXECUÇÃO DAS TAREFAS?
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3.1.2 Quando realizar um Projeto do Trabalho
Nas seguintes situações faz-se necessário realizar um Projeto do Trabalho:
i) PROJETO DE PRODUTO;
ii) PROJETO DO PROCESSO;
iii) PROJETO DE INSTALAÇÃO;
iv) MELHORIAS NO TRABALHO: aumento de produtividade; redução de ociosidade;
problemas de ergonomia; redução da taxa de absenteísmo; redução da taxa de rotatividade
de funcionários; problema de qualidade; problemas de divisão de tarefa;
v) MUDANÇAS NA CULTURA E/OU POLÍTICA ORGANIZACIONAL.
3.1.3 A relação com o Projeto do Produto, Processo e das Instalações
No desenvolvimento do Projeto do Trabalho deve considerar as decisões tomadas no
Projeto do Produto, Processo e das Instalações.
3.2 LEGISLAÇÃO
No desenvolvimento do Projeto do Trabalho deve considerar a legislação nos níveis
internacionais, federais, estaduais e municipais. É preciso ficar atento a à legislação civil e
trabalhista.
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É necessário também, no desenvolvimento do Projeto do Trabalho, considerar as
questões sindicais.
3.3 ETAPAS DO PROJETO DO TRABALHO
O Projeto do Trabalho deve ser realizado seguindo as seguintes etapas que são
dependentes:
1) Estudo do Produto;
2) Estudo do Processo;
3) Estudo da Instalação;
4) Estudo da Legislação;
5) Levantamento e descrição das tarefas e/ou operações
6) Designação das tarefas e/ou operações aos recursos;
7) Determinação das tarefas e/ou operações a serem projetadas;
8) Localização das tarefas e/ou operações na estrutura organizacional - descrição de cargos e
funções;
9) Designação das tarefas e/ou operações a indivíduos ou grupos;
10) Decisões sobre grupos;
11) Decisão sobre a habilidade e autonomia dos trabalhadores
12) Estudo do trabalho:
12.1) Estudo do método;
12.2) Medida do trabalho/estudo do tempo;
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13) Projeto ergonômico.
3.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
I INTRODUÇÃO
1.1 A ÁREA DE PROJETO DO TRABALHO NA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA DO PROJETO
1.3 O PRODUTO, O PROCESSO E A INSTALAÇÃO CONSIDERADOS
1.4 METODOLOGIA
1.4.1 Organização
1.4.2 Estrutura Organizacional Considerada
1.4.3 Tipo de Pesquisa quanto aos meios
1.4.4 Técnicas de Pesquisa
1.4.4.1Técnicas de Coleta de Dados
1.4.4.2 Técnicas de Tratamento dos Dados
1.4.4.3 Técnicas de Análise dos Dados
1.4.4.4 Instrumentos de Pesquisa
1.4.4.4.1 Recursos de Hardware
1.4.4.4.2 Recursos de Software
1.4.4.4.3 Materiais e/ou Instrumentos e/ou Utensílios
1.5 DEFINIÇÃO DE TERMOS
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO
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II LEVANTAMENTO E DESCRIÇÃO DAS TAREFAS E SUAS OPERAÇÕES
2.1 DESIGNAÇÃO DAS TAREFAS E/OU OPERAÇÕES AOS RECURSOS
2.2 DETERMINAÇÃO DAS TAREFAS E/OU OPERAÇÕES A SEREM PROJETADAS
III LOCALIZAÇÃO DAS TAREFAS E/OU OPERAÇÕES NA ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL
IV DESIGNAÇÃO DAS TAREFAS E/OU OPERAÇÕES A INDIVÍDUOS OU
GRUPOS
4.1 DECISÕES SOBRE GRUPOS
V HABILIDADE E AUTONOMIA DOS TRABALHADORES
VI ESTUDO DO TRABALHO
6.1 ESTUDO DO MÉTODO
6.2 MEDIDA DO TRABALHO/ESTUDO DO TEMPO
6.2.1 Cronometragem
6.2.2 Tempo Básico
6.2.3 Tempo-padrão
VII PROJETO ERGONÔMICO
7.1 ASPECTOS ANTROPOMÉTRICOS
7.2 PROJETO ERGONÔMICO DO AMBIENTE
7.3 TEMPERATURA DO TRABALHO
7.4 NÍVEIS DE ILUMINAÇÃO
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7.5 NÍVEIS DE RUÍDO
7.6 ERGONOMIA NO ESCRITÓRIO
3.5 IMPLICAÇÕES EM PROJETO DO TRABALHO – A RELAÇÃO ENTRE PROJETO
DO TRABALHO E A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Existe uma forte relação entre Projeto do Trabalho e Estrutura Organizacional.
As organizações se baseiam em diferentes Teorias das Organizações que levam as
diferentes formas, maneiras de Organização do Trabalho. Estas diferentes formas, maneiras
de Organização do Trabalho levam à diferentes formas, maneiras de dimensionar o trabalho,
ou seja, a diferentes maneiras de projetar o trabalho (de realizar o Projeto do Trabalho).
3.5.1 Conceitos importantes
3.5.1.1 Estrutura Organizacional
Podem-se citar as seguintes definições de estrutura organizacional:
a) Forma pela quais as atividades de uma organização são divididas, organizadas e
coordenadas;
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b) Representação gráfica ou descritiva das áreas que compõem as unidades de uma
organização, distribuídas em níveis hierárquicos.
A partir destas definições é possível constatar que a estrutura organizacional projeta
e organiza os relacionamentos dos níveis hierárquicos e o fluxo das informações essenciais de
uma organização.
3.5.1.2 Teoria das Organizações
A Teoria das Organizações é uma maneira de ver e analisar organizações de modo
mais acurado e profundo, baseando-se em padrões e métodos do projeto e comportamento
organizacional.
3.5.1.3 Organização do Trabalho
Pode-se definir Organização do Trabalho:
a) Especificação do conteúdo, métodos e inter-relações entre cargos, de modo a satisfazer
tanto os requisitos organizacionais e tecnológicos quanto os requisitos sociais e individuais do
ocupante do cargo (DAVIS Apud BRESCIANI, 1991);
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b) Definição das atividades e responsabilidades de cada pessoa ou grupo de pessoas que
participa de uma organização produtora de bens e serviços (FLEURY In CONTADOR,
2001).
Desta forma, pode-se dizer, conforme Vidal (1997), que, a Organização Trabalho
determina a atividade das pessoas e cuida de pelo menos seis itens interdependentes:
1. a repartição de tarefas no tempo (estrutura temporal, horários, cadências de produção) e no
espaço (arranjo físico);
2. os sistemas de comunicação, cooperação e interligação entre atividades, ações e operações;
3. as formas de estabelecimento de rotinas e procedimentos de produção;
4. a formulação e negociação de exigências e padrões de desempenho produtivo, incluindo os
sistemas de supervisão e controle;
5. os mecanismos de recrutamento e seleção de pessoas para o trabalho;
6. os métodos de formação, capacitação e treinamento para o trabalho.
A estes seis itens Morin (2001) acrescenta as condições de trabalho: ambiente físico
(temperatura, pressão, barulho, vibração, irradiação, altitude, etc.); ambiente químico
(produtos manipulados, vapores e gases tóxicos, poeiras, fumaças, etc.); ambiente biológico
(vírus, bactérias, parasitas, fungos); as condições de higiene, de segurança; as características
antropométricas do posto de trabalho.
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Assim, são aspectos da Organização do Trabalho:
- a divisão do trabalho;
- o conteúdo da tarefa;
- o sistema hierárquico;
- as modalidades de comando;
- as relações de poder;
- as questões de responsabilidades.
Ao se falar de organização do trabalho, faz-se necessário apresentar as seguintes
definições:
- tarefa: objetivo que o operador tem a atingir, para o qual são atribuídos meios (máquinas e
equipamentos) e condições (tempos, paradas, ordem de operação, espaço e ambiente físicos,
regulamentos) para realizá-la. Corresponde ao trabalho prescrito. Ou seja, é o que tem de ser
feito, com os meios que são oferecidos;
- atividade: é a maneira como uma tarefa é executada pelos trabalhadores ou grupo de
trabalhadores, no local de trabalho, tanto do ponto de vista físico (gestos, posturas) como
mentais (raciocínio, verbalização). Corresponde ao trabalho executado/real. Ou seja, é como a
tarefa realmente acontece.
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3.5.1.4 Teoria das Organizações x Organização do Trabalho
As diferentes formas de Organização do Trabalho estão diretamente relacionadas com
as diferentes Teorias das Organizações.
O Quadro 02 apresenta as diferentes Teorias das Organizações (TO) e suas
implicações para a Organização do Trabalho, conforme Oliveira (2008).
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ABORDAGEM TO IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Teoria da Administração Científica TAYLOR: - Racionalização da produção – eliminação de tarefas que não agregam valor; - Estudo de tempos; - Divisão do trabalho – repetitividade das tarefas; - Especialização – dedicação a uma única tarefa ou função; - Pagamento por peças; - Seleção e treinamento, com abordagem científica dos trabalhadores; - Papel de gerência x papel operário. FORD: - Desconhecimento do Processo Global; - Linhas de Montagem; - Intercambialidade de Operadores; - Aparecimento de trabalhadores indiretos.
Escola Clássica
Teoria do Processo Administrativo FAYOL – Princípios da Teoria Clássica da Administração: 1 – Divisão do Trabalho; 2- Autoridade e Responsabilidade; 3 – Disciplina; 4 – Unidade de Comando; 5 – Unidade de Direção; 6 – Subordinação do interesse individual ao interesse geral; 7 – Remuneração justa do pessoal; 8 – Centralização na tomada de decisão. 9 – Hierarquia; 10 – Ordem; 11 – Eqüidade no tratamento das pessoas; 12 – Estabilidade; 13 – Iniciativa por parte dos gerentes; 14 – União do pessoal
Quadro 02 – Teorias das Organizações e Organização do Trabalho (Continua...)
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ABORDAGEM TO IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Escola Burocrática
Teoria da Burocrática WEBER: 1 – Divisão do Trabalho; 2- Hierarquia de Autoridade; 3 – Seleção Formal; 4- Regras e Regulamentos Formais; 5 - Impessoalidade; 6 - Orientação de Carreira.
Teoria das Relações Humanas - Equipes multidisciplinares de trabalho. - Liderança pelo conhecimento – tipos de lideres; - Importância da comunicação; - Facilitadores da explicitação e aplicação da criatividade.
Teoria Comportamentalista - Qualidade vida no trabalho; - Dinâmicas de grupo; MASLOW – Hierarquia das necessidades humanas: - Sobrevivência: necessidades fisiológicas; necessidades de segurança; necessidades sociais; - Motivação: necessidades de estima; necessidades de auto-realização.
Teoria Estruturalista - Consideração dos conflitos entre gerência e empregados; - Sistemas de incentivos mistos; - Estrutura organizacional formal e informal: - relações formais x informais.
Escola Humanística
Teoria do Desenvolvimento Organizacional
- Formação e atuação de equipes multidisciplinares; - Produtividade e qualidade de vida no trabalho; - Conhecimentos das pessoas que trabalham na organização; - Conhecimento do efeito das mudanças sobre as pessoas; - Conhecimento da causa de resistência às mudanças; - Agente de mudanças; - Melhoria na qualidade dos relacionamentos das pessoas que trabalham na organização.
Quadro 02 – Teorias das Organizações e Organização do Trabalho (Continua...)
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ABORDAGEM TO IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Escola Sistêmica
Teoria Sistêmica - Definição e divulgação de objetivos; - Todos são partes integrantes, interagentes e interdependentes da organização.
Escola Quantitativa
Teoria Matemática - O processo decisório se dá por meio de aspectos quantitativos e programáveis: pesquisa operacional; indicadores de desempenho; análise de risco e de decisão.
Teoria da Administração por objetivos
- Responsabilidades estabelecidas por objetivos; - Objetivos individuais são negociados por uma técnica estruturada e interativa; - Foco nos objetivos individuais e não em trabalhos realizados em equipes.
Escola Contingencial
Teoria da Contingência - Recursos Humanos com um fator estratégico; - O Planejamento de Recurso Humanos como parte do Planejamento Estratégico: plano de recrutamento e seleção; plano de treinamento; plano de cargos e salários; plano de promoções; plano de capacitação interna; - No Planejamento de Produção, que faz parte do Planejamento Estratégico, faz-se o plano de utilização de mão-de-obra.
Teoria da Administração por processos
- Todas as atividades são identificadas e organizadas no conceito de processo. Escola Moderna
Teoria da Excelência das Organizações
- Máxima utilização do conhecimento e da inteligência das pessoas.
Quadro 02 – Teorias das Organizações e Organização do Trabalho (Fim.)
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As Teorias das Organizações apresentadas no Quadro 02 representam as teorias
ocidentais, no entanto, existem ainda os Modelos Japoneses de Administração. Nestes
modelos destacam-se três características fundamentais de organização do trabalho, como
afirma Fleury In Contador (2001): 1) o trabalho em grupo; 2) o emprego vitalício - pacto de
não-demissão e de permanente aperfeiçoamento e reciclagem de todos os trabalhadores; 3) e,
a promoção por senioridade - relação de cooperação e de não-competição entre os indivíduos
da organização.
3.5.2 Abordagens práticas para o Projeto do Trabalho
Entre as várias Teorias das Organizações existem algumas abordagens práticas para
o Projeto do Trabalho.
Os seguintes conhecimentos são necessários ao desenvolvimento do Projeto do
Trabalho:
1) Divisão do Trabalho;
2) Administração Científica:
a) Estudo do Trabalho:
i) Estudo do método;
ii) Medição do Trabalho - Estudo dos Tempos;
3) Ergonomia;
4) Questões contemporâneas para o Projeto do Trabalho:
a) Abordagens Comportamentais do Projeto do Trabalho;
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b) Empowerment;
c) Trabalho de Equipe;
d) Trabalho Flexível.
A Figura 2 mostra a evolução história das abordagens práticas para o Projeto do
Trabalho.
Figura 2 - Evolução história das abordagens práticas para o Projeto do Trabalho.
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REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ABEPRO Áreas e Sub-áreas de Engenharia de Produção. 2008. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/interna.asp?p=399&m=424&s=1&c=362>. Acesso em: 15 de junho de 2009 às 13 hs 15.
BRESCIANI, L. P. Tecnologia, organização do trabalho e ação sindical: da resistência à contratação. 1991. Dissertação (Mestrado) – Departamento de Engenharia de Produção, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. (Publicação posterior: São Paulo, CNI-SESI/DN, 1994, p. 19-20. Série Indústria e Trabalho, n. 3, 1. Concurso Sesi de Teses Universitárias.)
FLEURY, A. Organização do Trabalho Na Produção: A Abordagem Sócio-Técnica. In: CONTADOR, J. C. (Org.). Gestão de Operações. São Paulo: Edgard Blücher, 1997.
HACKMAN, Richard; OLDHAM, Greg; JANSON, Robert; PURDY, Kanneth. A new strategy for job enrichment. California Management Review, v. 17, n. 4, p. 57-71, Summer 1975.
ILDA, I. Ergonomia: Projeto e Produção. São Paulo, Edgard Blucher, 1990.
MOREIRA, Daniel A. Administração da Operação e Produções. 5 ed. São Paulo: Pioneira, 2000.
MORIN, E. M. Os Sentidos do Trabalho. Revista de Administração de Empresas (RAE). São Paulo: FGV/EAESP, v. 41, n. 3, jul/set, 2001, p. 8-19.
OLIVEIRA, D. de P. R. Teoria Geral da Administração: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2008.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
VIDAL, M. C. A materialidade da Organização do Trabalho como Objeto da Intervenção Ergonômica: Slides. Universidade Federal de São Carlos. São Carlos/SP: 1997.
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Disponível em: <http://www.simucad.dep.ufscar.br/AETpos/seminario-Douglas-Vidal.pdf>. Acesso em 20 de março de 2009 às 18 hs.
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