QUE CUIDADOS À PESSOA PORTADORA DE DISPOSITIVOS CARDÍACOS
AUTORES: Madalena Carvalho
Madalena Vitorino Mónica Morgado Susana Oliveira
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
QUE CUIDADOS À PESSOA PORTADORA DE DISPOSITIVOS
CARDÍACOS
OBJECTIVOS
Contribuir para o processo de capacitação de grupos.
Cooperar na vigilância epidemiológica dos fenómenos de
saúde/doença que ocorrem numa determinada área
geodemografica.
Participar na avaliação multicausal e nos processos de
tomada de decisão.
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
DISPOSITIVOS DE ESTIMULAÇÃO CARDIACA
APARELHO ELETRÓNICO
MONITORIZA O RITMO CARDÍACO
PERTURBAÇÃO DA GENESE DA ACTIVIDADE ELÉTRICA
ALTERAÇÃO NA CONDUÇÃO DO ESTIMULO ELÉTRICO
EMITE ESTIMULO ELÉTRICO
DESENCADEIA A CONTRAÇÃO DO MUSCULO CARDÍACO
DEC
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
DISPOSITIVOS DE ESTIMULAÇÃO CARDIACA
GERADOR
BATERIA DE LÍTIO
COMPONENTE ELÉTRICO
ELETROCATETERES
UM, DOIS OU TRÊS
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
DISPOSITIVOS DE ESTIMULAÇÃO CARDIACA
TIPO DE DEC
CÂMARA ÚNICA
UM ELETROCATÉTER NA AURÍCULA DTº AAI
UM ELETROCATÉTER NO VENTRICULO DTº VVI
INDICAÇÕES
GARANTE UMA FREQUENCIA MINIMA
FRIBRILHAÇÃO AURICULAR
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
DISPOSITIVOS DE ESTIMULAÇÃO CARDIACA
TIPO DE DEC
DUPLA CÂMARA
DOIS ELETROCATÉTERES – AURICULA E VENTRICULO
DDD
INDICAÇÕES
DISFUNÇÃO DO NÓDULO SINUSAL
BRADICARDIA
TONTURAS, SINCOPES, FADIGA E DISPNEIA
DISFUNÇÃO DO NÓDULO AV
BAV TONTURAS, SENSAÇÃO DE DESMAIO, ICC E ESTADOS CONFUSIONAIS
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
DISPOSITIVOS DE ESTIMULAÇÃO CARDIACA
TIPO DE DEC
TERAPÊUTICA DE RESSINCRONIZAÇÃO CARDÍACA
CRT
TRÊS ELETROCATETERES – AURICULA, VENTRICULO DTº
E OUTRO NUMA VEIA CORONÁRIA LATERAL ESQº
INDICAÇÕES
IC EM CLASSE FUNCIONAL III/IV
FEVE INFERIOR OU IGUAL 35%
QRS SUPERIOR OU IGUAL A 120 ms
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
DISPOSITIVOS DE ESTIMULAÇÃO CARDIACA
TIPO DE DEC
CARDIO-DESFIBILHADOR IMPLANTÁVEL
CDI
DOIS ELETROCATETERES - AURICULA E VENTRICULO
DTº OU SÓ UM ELETROCATETER NO VENTRICULO DTº
DESFIBRILHAÇÃO
ESTIMULAÇÃO
CARDIOVERSÃO
INDICAÇÕES
PARAGEM CARDIACA POR TV OU FV
TAQUICARDIA VENTRICULAR MANTIDA
TAQUICARDIA VENTRICULAR NÃO MANTIDA
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
DISPOSITIVOS DE ESTIMULAÇÃO CARDIACA
TIPO DE DEC
TERAPÊUTICA DE RESSINCRONIZAÇÃO CARDIACA
E CARDIODESFIBRILHADOR
CRT-D
TRÊS ELETROCATETERES – AURICULA, VENTRICULO
DTº E VENTRICULO ESQº
INDICAÇÕES
MORTE SÚBITA ARRITMICA
ICC
DESSINCRONIA ELETROMECÂNICA VENTRICULAR
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
HOSPITAL DE SANTAREM
300 DISPOSITIVOS DE ESTIMULAÇÃO CARDIACA - VVI E DDD
6 CRT
PARA INICIAR AINDA EM 2013
CDI
IMPLANTAÇÃO
CIRURGIA
RÁPIDA
SIMPLES
LABORATÓRIO DE PACING
EQUIPA MULTIDISCIPLINAR
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
PERIODO DE INTERNAMENTO
CURTO
PACEMAKER PERMANENTE
VIA TRANSVENOSA
VEIA CEFÁLICA
VEIA SUBCLÁVIA
REGIÃO INFRACLAVICULAR
VIA EPICÁRDICA
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
ACOLHIMENTO E ENSINO
VIGILÂNCIA E DETEÇÃO PRECOCE DE COMPLICAÇÕES
ÁREAS DE INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATORIO
Diminuir medo, angústia e ansiedade da pessoa
Estabelecer uma relação de empatia com a pessoa, se a
situação clínica permitir
Fazer ensino sobre o dispositivo de estimulação cardiaca
com recurso a uma linguagem acessível: O que é?
Como atua? Quais as fases da intervenção? Tempo médio da cirurgia?
Promover uma visita ao local da cirurgia Explicar que irá ser sempre acompanhado de um enfermeiro
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATORIO (CONT)
Jejum de 6 horas
Tricotomia do local da implantação se necessário
Punção de veia periférica do membro superior oposto
ao local da implantação .
Preparação da mesa cirúrgica
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
CUIDADOS DE ENFERMAGEM INTRA-OPERATORIO
Assegurar a assepsia na sala cirúrgica
Verificar a operacionalidade do carro de urgência e
desfibrilhador
Colocar a pessoa em decúbito dorsal
Administração de terapêutica (analgesia, antibioterapia
profiláctica e medicação de urgência)
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
CUIDADOS DE ENFERMAGEM INTRA-OPERATORIO
Vigilância e monitorização do estado hemodinâmico
Vigiar nível de consciência
Reacções a estímulos verbais
Orientação espaço-temporal
Discurso
Tratamento à ferida cirúrgica
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
CUIDADOS DE ENFRMAGEM NO PÓS-OPERATORIO IMEDIATO
Vigiar sinais vitais
Vigiar estado de consciência
Minimizar desconforto da pessoa
Proporcionar um ambiente calmo
Necessidade de repouso no leito, mantendo
imobilizado o membro superior do lado da implantação
do dispositivo de estimulação cardíaca durante 24
horas
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATORIO IMEDIATO (cont.)
Motivar a pessoa a mobilizar os membros inferiores e o
membro superior não imobilizado
Avaliar as características da dor
Administrar terapêutica prescrita: analgésicos
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATORIO IMEDIATO(cont.)
Vigiar penso para deteção de sinais e sintomas de
hemorragia, hematoma e infecção no local da inserção do
dispositivo: hipertermia, rubor, edema, dor
Vigiar presença de sinais e sintomas de pneumotórax e
hemotórax quando a via de inserção dos eletrocateteres foi a
veia subclávia.
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATORIO IMEDIATO (cont.)
Necessidade de monitorização contínua por ECG ou
telemetria
Assistir no autocuidado ( ex: comer, beber, uso de sanitário)
APÓS 24 H
Assistir no 1º levante
Ensino sobre cuidados a ter em casa ( folheto informativo)
Executar Tratamento à ferida cirúrgica
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
COMPLICAÇÕES FREQUENTES
PRECOCES
TARDIAS
RELACIONADAS
CIRURGIA
COMPONENTES INSTALADOS NA PAREDE TORÁCICA
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
Infecção
Hemorragia e/ ou hematoma do local de inserção
Perfuração do músculo cardíaco
Acidente vascular cerebral ou enfarte agudo do miocárdio
Pneumotórax ou hemotórax
COMPLICAÇÕES FREQUENTES
IMPLANTAÇÃO
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
Deiscência da sutura
Migração do gerador
Extrusão
Pericardite
Estimulação diafragmática
COMPLICAÇÕES FREQUENTES
IMPLANTAÇÃO
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
Deslocamento dos eléctrocateteres
Falha na conexão eléctrocateter – gerador
Lesão do isolamento de silicone do eletrocateter
Fratura do condutor metálico do eletrocateter
COMPLICAÇÕES FREQUENTES
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
REGRESSO A CASA
CUIDADOS GERAIS
Manter a ferida operatória sempre limpa e seca.
Evitar traumatismos sobre o local de implantação do dispositivo
Evitar dormir do lado em que foi implantado o dispositivo
nos primeiros dez dias.
Evitar atividades físicas como natação, ténis, volei, futebol e outras,
antes de completar 3 meses.
Evitar carregar, suspender ou empurrar pesos
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
REGRESSO A CASA
CUIDADOS GERAIS
Deve caminhar em ritmo lento para não forçar o movimento dos
membros superiores.
Evitar até completar um mês após o implante, realizar movimentos
agressivos usando o membro superior do lado onde está o dispositivo.
Se necessário erguer o membro superior para, por exemplo lavar ou
Pentear os cabelos, procurar fazê-lo sem realizar movimentos rápidos.
Evitar conduzir veículos até completar 1mês após o Implante
No caso de CDI a inibição de condução pode ir até aos 6 meses.
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
REGRESSO A CASA
EM CASA
Pode utilizar a maioria dos aparelhos elétricos
No entanto ,deve ser evitado o contato direto da região
do corpo onde está o gerador com o aparelho em
funcionamento
Telemóvel
Utilizar no lado contrario ao do implante e manter uma
distancia de 15cm
Microondas
Manter afastado dois metros do microondas quando
em funcionamento.
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
REGRESSO A CASA
EM CASA
Colchão magnético
Pode propiciar a competição entre o ritmo
próprio e o ritmo do dispositivo, favorecendo o
aparecimento ou desencadeando arritmias.
Aparelhos que produzem vibração
Podem afetar o circuito de sensibilidade dos
dispositivos de estimulação cardiaca
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
REGRESSO A CASA
Evitar a prática de desportos que envolvam o contacto físico
Não existe qualquer tipo de interferência nos dispositivos durante
a atividade sexual
A realização de Ressonância magnética, requer reprogramação
previa do dispositivo
Recomenda-se aos portadores de dispositivos de estimulação
cardíaca que não se exponham a detectores de metais em
aeroportos, instituições bancarias entre outras
AMBIENTE SOCIAL
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
ACOMPANHAMENTO
ALTA
Consulta médica 6 semanas após implantação
Cartão de portador de dispositivo
Carta de transferência de enfermagem
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
ACOMPANHAMENTO
ENFERMEIRO CSP
Proximidade da pessoa/ família
Natureza da relação de cuidados
Regularidade e duração de tratamentos
Planear/ Implementar
Conhecimentos /Capacidades
Adaptação à nova condição
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
CONCLUSÃO
ARTICULAÇÃO INTERINSTITUCIONAL
Vantagens para os enfermeiros
Melhor planeamento de cuidados
Melhor qualidade de cuidados
Benefícios para as pessoas portadores de dispositivos/ família
ENFERMAGEM ATUANTE
Assistência de qualidade
Garantindo qualidade de vida
PRAIA D’EL REY, NOVEMBRO 2013
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALMEIDA, I, C, A continuidade dos cuidados de enfermagem e a sua articulação
entre os Cuidados de Saúde Diferenciados e os Cuidados de Saúde Primários.
Geriartria- Ano XII, Volume XII, Feveriero 1999, nº12, Lisboa
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRÁCTICA DE ENFERMAGEM- CIPE,
VERSÃO 1.0 (2005) International Council of Nurses; Geneva, Switzerland
CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMEIRA (2006), classificação Internacional
para a Pratica de CIPE/INCP.Versão1.0 Lisboa:IGIF.
HANSON, S. M. (2005). Avaliação e intervenção familiar in Hanson, S. M. H. (2005),
Enfermagem de cuidados de saúde à família, 2ª ed., Loures: Lusociência p.181-206
LAGE, I. (2006). “ Cuidar de idosos no contexto da família: perspectivas dos
cuidadores”. In: I Leal, J.P. Ribeiro e S.N. Jesus (Eds), Actas do 6º congresso
Nacional da psicologia da saúde - Saúde, Bem-estar e Qualidade de vida. Lisboa:
Edições ISPA..
ROBERT,A.O´Rouke, ALEXANDER- Manual de Cardiologia, 10ª edição,McGraw-Hilll,
Lisboa, Julho 2002,ISBN 972-773-160-0
ROBIN RICE- Pratica de enfermagem Nos cuidados domiciliários- Conceitos e
aplicações, 3ª edição, Lusociencia Loures, 2004 ISBN 972-8383-46-0
STANHOPE M., LANCASTER, J. (2008). Enfermagem de Saúde Pública. Cuidados
de Saúde na Comunidade Centrados na População. 7ª Edição. Lisboa: Lusociencia