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ANAIS DO XXXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, RIO DE JANEIRO, 1984

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REGISTRO DO BLOQUEIO DA C I R C U L A Ç Ã ~ ATMOSFERICA MERIDIANA NA GEOMETRIA DOS CORDdES LITORÄNEOS D A COSTA BRASILEIRA

Louis Maein, ÕRSTOM/CNPq, Observatório Nacional L.

Departamento de Geof ísica Jean-Marie Flexor CNPqlObservatÓrio Nacional Departamento de Geoflsica Abflio C.S.P. Bittencourt Programa de Pesquisa e Pb-Graduçb CT Geofísica e Instituto de Geociências UFBa Jose M. 1. Dominguez Programa de Pesquisa e P6s-GraduaçZo em Geofísica e Instituto de Geociências UFBa

ABSTRACT I '

,-

d- ..+--

Regressive beach-ridges records t h e d i r e c t i o n of c o a s t a l t r a n s p o r t and thus i n d i r e c t l y t h e quadrant i n which t h e sea waves has reacri ed t h e coast . The Rio Paraiba do Sul c o a s t a l p l a i n beach-ridges shows t h a t during the l a s t 5000 years the c o a s t a l t r a n s p o r t ocurred permanent l y from south t o no r th , i nd ica t ing t h e dominancy of a S S-E sea s w e l l : S imi l a r ly , t h e Rio São Francisco c o a s t a l p l a i n beach-ridges shows that during t h e same per iod t h e c o a s t a l t r a n s p o r t ocurred from mrth.to south, i n d i c a t i n g t h e predoninance of a NE sea s w e l l . However, i n t h e Rio D o c e c o a s t a l p l a i n , t h e beach rid$% shows t h a t between 5100 and 3900years B .P . , t h e c o a s t a l t r a n s p o r t ocurred from nor th t o south and a f t e r 3600 years B.P . , from south t o no r th , i n d i c a t i n g t h e dominancy of S S-E sea s w e l l . This invers i lm i n t h e d i r e c t i o n of t h e c o a s t a l t r a n s p o r t seems t o be r e l a t e d t o an ?poch i n which t h e meridian atmospheric c i r c u l a t i o n was blocked, causing a predominance of NE sea s w e l l .

I. INTRODUÇÃO

0 ano de 1983 f o i marcado p e l a e x i s t ê n c i a de um in tenzo fenÔme no " E l Niño" que acar re tou perturbações profundas da c i r cu laçao a tmosfs r ica na América do Sul. no outono e no inverno são carac te r izados p e l a passagem de uma sucessao de ondas meridianas na mRdia e a l t a t r o p o s f e r a e dos sistemas f r o n t a i s c o r respondentes na s u p e r f í c i e . Nos oceanos estes Últimos condicionam um regime de ondas na d i reção S-SE. Ao longo da c o s t a b r a s i l e i r a , alguns d e s t e s s i s temas f r o n t a i s alcançam loos de l a t i t u d e e constituem um mec5 nismo importante na produção de p rec ip i t ações na maior p a r t e do Nordes t e (KOUSKY, 1 9 7 9 ; V I R J I e t KOUSKY, 1983) . Em período de f o r t e a t i v i d a de do fenõmeno " E l Nifio", a passagem das ondas meridianas na média e a z - t a t ropos fe ra B bloqueada pe la p e r s i s t ê n c i a de um in t enso e permanente j a t o s u b t r o p i c a l . Pac í f i co a t é o s u l do B r a s i l passando pelo n o r t e do Chile e da Argentina. Em pe r íodo de bloqueio, as zonas f r o n t a i s permanecem e s t a c i o n á r i a s du ran të longos períodos no s u l e sudes te . E s t a r eg ião f ica então s u j e i t a a pre c ip i t ações excess ivas enquanto que a reg ião norte-nordeste permanece SE ca. Por ou t ro lado , o regime de ondas S-SE gerado pe la passagem das f r e n t e s f r i a s não alcança a reg ião no r t e .

N a p a r t e c e n t r a l do l i t o r a l b r a s i l e i r o coexistem do i s regimes de ondas. O primeiro, de d i reção S-SE e s t á relacionado com a p e n e t r a ção das massas po la re s no cont inente s u l americano, ocorrendo com maior frequência no outono e nc inverno, o seu e f e i t o fazendo s e n t i r - s e a t 5 cerca de l o o S . O segundo, de d i r eção N-E, está relacionado com os ven

Padrões normais da c i r cu lação atmosférica-

E s t e se estende a p a r t i r da cos t a leste do

133 ORSTOM Fonds Rocumentaire

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t o s a l i s e o s e seu e f e i t o 5 air:da percebido na região s u l . Entre tan t o nas regiões onde esces do i s t i p o s de regimes äe ondas coexistem impor t an te notar que o de direçã0 5-SE predomina sobre o de d i reção N-E.

O t ranspor te das a re iaã sobre uma p ra i a é essencialmente devido ao regime de ondas e o sen t ido do t ranspor te é função da ä i r eçä0 segun do a qual e s t e a t inge a cos t a . Em periodo äe bloqueio da c i rcu lação a; mosférica meridiana, o regime de ondas de direçã0 S-SE não alcança a r e gião nor te o que permite ao de direção N-E descer bas tan te para o sul; provocanco uma inversão do sen t ido de t r anspor t e l i t o r â n e o (MARTIN e t a l , 1 9 8 3 ) . Se o bloqueio t i v e r ocor r id 7 durante um periodo longo, e s t a inversão do sen t ido do t r anspor t t l i to rhneo poderá ter s ido r eg i s t r ada na geometria dos numerosos cordoe.: l i t o rdneos ex i s t en te s nas p l an ic i e s qua ternär ias do l i t o r a l b r a s i l e i r o .

II. DINhMICA DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS GROSSEIROS DO LONGO DAS P a 1 - AS ARENOSAS.

Nas vizinhanças da l i nha de cos t a , a arrebentação das ondas é a companhada de uma f o r t e l i b e r t a ç ã o de energ ia que se t raduz pe la s areias e m suspensão e pe la formação de uma c o r r m t e pa ra l e l a d p r a i a ("Lon2 shore cu r ren t " , f i g . 1 A ) que apaiece qucndo as ondas incidem obliqua mente. Esta cor ren te f l ú i d a , de baixa velocidade, l imitada à zona d ë arrebentação , desempenha um papel importante no t r anspor t e das a r e i a s em suspensão (KOMAR, 1576). Acrescenta-se a i s t o o f a t o äe que proje_

O t ranspor te pulsado de a r e i a s e m "dente de s e r r a " ("swash transporY,€iig . LB) , que cons t i t ue um dos f a t o r e s p r inc ipa i s da der iva l i t o r â n e a ao lon go da l i nha äe cos ta . Por ou t ro lado , o sent ido des t a de r iva sendo fuñ ção da direção segundo a qual as f i e n t e s de onda atingem a c o s t a , par: ce s e r evidente que o conhecimento da d i reçã0 äo t r anspor t e pa ra l e lo a p r a i a numa época dada, deveria impl-car nc conhecimento do quadrante SE gundo o qual as ondas at ingiram o l L t o r a l nes ta mesma época.

Na s i tuação de um desequ i l í i x io e n t r e aportes e r e t i r a d a s de a r e i a , ocor rerä , conforme CI caso, um recuo ou um avanço da l i n h a de cog t a . Em c e r t a s c i r cuns t ânc ia s , este avan2c produzir-se-á a t r avés do em_ pilhamento de s é r i e s importantes äe cordoes l i t o râneos que, sob certas condições, poderão r e g i s t r a r na sua geometria, o sen t ido da de r iva .

A s var iações äo n ive l médio r e l a t i J o do mar constituem uma caz s a importante de r e t i r a ä a s ou apor tes de a r e i a numa p ra i a . Uma e leva ção do n ive l r e l a t i v o do mar traduz-se por uma erosão äa a l t a p r a i a que

seguida de uma acumulação na ante-praia (p r inc íp io de B R U " , 1562). Reciprocamente, uma diminuiçäa do n ive l r e l a t i v o do mar provoca uma e r g são na ante-praia seguida de uma acuniulação de a r e i a na a l t a p r a i a . A s s i m e m periodo de abaixamento do n íve l r e l a t i v o do mar, ocor rerã um a por te importante de a r e i a na d i reção da a l t a p r a i a se a äec l iv idade da ante-praia f o r suave e s e e s t a , naturalmente, f o r arenosa. A a r e i a t ransportada na direção da a l t a p r a i a s e r á a r r a s t ada pe l a der iva l i t o r ? nea e e m c e r t a s condições i r á con t r ibu i r pars a construção de cor6Ses cos t e i ros .

Na pa r t e c e n t r a l do l i t o r a l b r a s i l e i r o , as var iações do n ive l r e l a t i v o do mar são bem conhecidas: após t e r alcançado um n i v e l s i tuado a cerca de 4 a 5 m acima do n í v e l a t u a l por v o l t a dos 5100 anos B . P . , retornou ao n ive l presente durante t r ê s periodos de abaixamento (5100- 3900 anos B.P.; 3600-2900 anos E .P . e 2500-0 B . P . ) , que foram ent recor tados por dois períodos de elevaç& (3800-3600 anos B . p . e 2700-2500 nos B . P . ) . No campo, é poss íve l d i f e renc ia r t e r r aços arenosos cober tos por cordões l i t o râneos que e s t ão correlacionados com e s t e s três perio_ dos de abaixamento do n ive l médio r e l a t i v o do mar.

çÕes de äqua das ondas produzidas durante a arrebentação provocam

III. INDICADORES GEOMORFICOS DO SENTIDO PREFERENCIAL DO T-SITO LITORf; - NEO DE SEDIMEETOS kFtENOSOS .

- Esporões ("Hooked s p i t s " - AGI,15:2). As f lechas arenosas as sociadas a äesemDocaduras de canais de maré apresentam ao longo de seus corpos fe ições geomdrficas do t i p o esporão, sugerindo que sua o r l gem s e deve a um processo de acréscimo l a t e r a l de sucessivos esporoes acompanhado pela migração no mesmo sent ido äa entrada do canal de maré

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associado. T a l acréscimo 6 alimentado pe la de r iva l i t o r â n e a de sedimen t o s confome a Fig. IC. - Pontais arenosos ( "Sp i t s " - A G I , 1 9 7 2 ) . Trata-se de l í nguas de a r e i a que se desenvolvem a p a r t i r de um enraizamento num ponto de a marração s i tuado na l i n h a de c o s t a . D e forma d i f e r e n t e das f l echas ar- nosas acima mencionadas, esses pon ta i s não apresentam fe i ções do t i p o esporão e m seu corpo nem tampouco são associados a en t radas de cana i s de maré. Em funçao do ponto de amarração, foram i d e n t i f i c a d o s d o i s ti - pos de ponta is : a) pon ta i s arenosos que crescem enraizados e m uma ou ambas a s margens da desembocadura f l u v i a l (F ig . 1 D ) , b) pon ta i s areno SOS que crescem enraizados e m s a l i ê n c i a s da l i n h a de c o s t a ( "Sa l i enz t r a p s " - DAVZES, 1 9 7 2 ) (Fig. 1 E ) . O desenvolvimento desses do i s t i p o s de ponta is arenosos G alimentado pe la s de r iva l i t o r â n e a de sedimentos e seu sen t ido de crescimento c o n s t i t u i po r t an to um bom indicador do s e n t i do da de r iva CKOMAR, 1 9 7 6 ) . - I l h a s lunadas arenosas CI'Lunate Sandkeys" - A G I , 1 9 7 2 ) . E s t a s i lhas , e m forma de c re scen te , parecem e s t a r re lac ionadas com o r e t r a b a lhamento pe la s ondas da b a r r a de desembocadura (F ig . 1 F ) . A refraçãÕ das ondas ao redor do obs táculo , representado por essas b a r r a s , f a z com que as m e s m a s adquiram extremidades recurvadas. E s t a s extremidades por aç= da de r iva l i t o r â n e a , tendem a aumentar e m comprimento ao mesmo tem PO e m que apontam no sen t ido p r e f e r e n c i a l d e s t a der iva . - Configuração de l i n h a de cos t a . TANNER (1958) in t roduz iu o conceito de p r a i a e m e q u i l i b r i o segundo o qua l a s configuraçÕes e m p l a p tas e em p e r f i l de uma p r a i a e s t ã o de t a l maneira a jus tados ao regime de ondas que predomina e m uma determinada r eg ião , que a s m e s m a s , ao al- cançarem a l i n h a de c o s t a , fornecem a ene rg ia precisamente requer ida pa ra t r a n s p o r t a r a carga de sedimentos de que d svpr ida a p r a i a . Resul tä d a i que a configuração da l i n h a de c o s t a B cont ro lada principalmente pe l a curvatura e o r i en tação das c r i s t a s de ondas r e f r a t a d a s . E s t e f a t ö t e m s i d o bem demonstrado principalmente pe los t r aba lhos de XOMAR (1976) que u t i l i z o u simulação por computador para prever a configuração da li nha de c o s t a em va r i adas s i t uações de ene rg ia e clireção de aproximação das ondas. E s t e fenômeno 0 bem i l u s t r a d o para t r echos c o s t e i r o s c o n t i dos e n t r e do i s promontdrios (Fìg. lG), quando a i i n h a de cos t a se o r i e Ï j t a de t a l maneira que o s e t o r s i t uado a sotamar ("downdrift") prograda m a i s rapidamente, 3s expensas dos sedimentos carregados de barlamar ("q d r i f t " ) p e l a de r iva l i t o r â n e a . - Acumulação c o s t e i r a a s s imé t r i ca d um c u t r o t i p o de ind icador do sen t ido p r e f e r e n c i a l do t r a n s p o r t e de sedimentos. (Fig. U) (ZENKOVICH, 19671.

D e s t e modo, e m cos t a s expostas 5. açã0 da l e r iva l i t o r â n e a , a ob servaçã0 da configuração da l i n h a de c o s t a , b e m como da o r i en tação dos f e i x e s de cordões l i t o r â n e o s que constituem ant igos testemunhos dessas l i nhas , pode p o s s i b i l i t a r o estabelecimento do s e n t i d o p r e f e r e n c i a l do t r â n s i t o l i t o r â n e o de sedimentos. E s t a a n á l i s e pode ser, e n t r e t a n t o ,

k d i f i c u l t a d a p e l a presença de um curso f l u v i a l que pode induz i r uma con f iguração e m cúspide pa ra a l i nha de cos t a , fazendo com que a l a r g u r a da p l a n i c i e c o s t e i r a aumente em di reçã0 5. desembocadura f l u v i a l s e m que

l i t o r â n e a . En t r e t an to , i s t o sd poderá oco r re r no caso e m que as f r en tes de ondas alcançam paralelamente a cos t a . Com e f e i t o , se as f r e n t e s de onda atingem a p r a i a obliquamente, o fluxo do curso f l u v i a l (quando suficientemente in t enso ) bloqueia o t r a n s p o r t e l i t o r â n e o . A p l a n i c i e c o s t e i r a apresenta en tão uma as s ime t r i a c a r a c t e r í s t i c a , com a p a r t e que esta a barlamar m a i s desenvolvida do-que a que estâ e m sotamar. D e f a t o , em periodo de f o r t e vazão do curso f l u v i a l , o seu f luxo c o n s t i t u i r - se-ã num obstáculo que tenderá a bloquear o t r a n s p o r t e das a r e i a s do mo do como costuma ocor re r no caso de um esporão a r t i f i c i a l numa p r a i a a r e nosa. produzir-se-á uma acumulação de areia do laco da desembocadura onde se v e r i f i c a o bloqueio acompanhada de uma poss ive l e rosão do ou t ro lado: e n t r e t a n t o , na maior ia dos casos, esta s e r 6 compensada por apog tes de sedimentos g rosse i ros ca r r e i ados pe lo própr io curso f l u v i a l ( F i g . 2 B ) . Em periodo de vazão f r a c a , o obstdculo formado pe lo f luxo do cuy so de dgua i r á praticamente desaparecer e a de r iva l i t o r â n e a provocara a construção de uma l ingua de a r e i a que o b s t r u i r á a desembocadura(Fig. 2 C l . Ocorrerá igualmente uma erosão p a r c i a l do depósito que se formou no periodo precedente e que apresentava uma s a l i ê n c i a com r e s p e i t o 5. 1&

4 este f a t o ind ique necessariamente um sen t ido p r e f e r e n c i a l para de r iva

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nha de p r a i a (F..g. 2 C ) . Se o período de f r a c a energ ia do curso f l u v i a l äu ra r bas tan te temp>, a l íngua de areia poderá a t i n g i r uma l a rgu ra Suf i c i en te que permi t i r - lhe-á resist ir parcialmente ao período seguin te d e a l t a energia . Em ctfrtos casos , somente a extremidade da l íngua arenosa 5erá des t ru ida e o bloqueio provocado pe lo f luxo do curso f l u v i a l ter- se-ã deslocado no sen t ido da der iva l i t o r â n e a (Fig. 2 D ) . Como consequdn c i a , a p a r t e da p l a n í c i e s i tuada a barlamar s e r á formada por uma s u c e s são de cordões l i t o r â n e o s , enquanto que a p a r t e a sotamar deverá ser formada de uma a l t e rnânc ia de cordões arenosos e zonas baixas a r g i l o - arenosas. AlSm d i ; to , os deslocamentos a que a desembocadura t e r ã s ido s u j e i t a se rão marcidos pe l a presença de uma sucessão de degraus s u b l i

nalmente, as c a r a c t e r i s t i c a s morfoscdpicas (grau de arredondamento) d o s grãos de areia deverao ser d i f e ren te s de um lado e de ou t ro da p l a n i c i e c o s t e i r a (SUGUIO e t a l , 1984) .

I V . SENTIDO DO TRENSITO L I T O S N E O REGISTRADO NOS CORDdES DAS PLANICIES COSTEIRAS DOS R I O S PARAIBA DO SUL, DOCE E SÃ0 FRANCISCO DURAKTE OS ULTIMOS 5000 ANOS.

nhados por d iscordâ ic i \ i s nos alinhamentos dos cordões l i t o râneos . FT

A a n á l i s e detalhada dos indicadores do sen t ido da der iva l i t o r a ' nea na p l a n í c i e c o s t e i r i do Rio Paraíba do Sul mostra que no decor re r dos Últimos 5 0 0 0 anos o t r anspor t e efetuou-se do s u l para o no r t e (F ig . 3 ) . Efetivamente, todos os indicadores geom6rficos, ponta i s arenosos, configuração da l i nha de c o s t a , i l h a s lunadas, l inguas arenosas , assL metr ia da p l a n í c i e com r e s p e i t o Z desembocadura, deslocamento da foz e m degraus na d i r eçã0 riorte, discordância nos alinhamentos dos cordões a r e nosos, c a r a c t e r i s t i c a s morfosc6picas dos grãos de areia - mostram um t r â n s i t o l i t o r â n e o d i scll para nor te e consequentemente um regime de on das dominante de S S--E. Ao con t r á r io , na p l a n í c i e c o s t e i r a do Rio SáÖ Francisco, os indicac:.ore- - ass imet r ia da p l a n í c i e com respe i to 2 desem bocadura, pon ta i s a r m o s o s , l ínguas arenosas (Fig. 4 ) - mostram a e x i s t dnc ia de um t r â n s i t c 1it.orbneo de n o r t e para s u l . Consequentemente pg de se deduzir que o regin.e de ondas dominante sempre proveio de nordes t e . A Fig. 5 que representa as desembocaduras dos 'Rios Paraiba do Sur e São Francisco ind ica c?.aramente a e x i s t ê n c i a da inversão do sen t ido de t r â n s i t o l i t o r â n e o . € o r outro lado , se no decorrer dos Últimos 5000 anos as d i reções de t r anspor t e permaneceram constantes nas desembocadu ras dos Rios Paraíba do Sul e São Francisco, o mesmo não aconteceu p a r ã a p l a n i c i e c o s t e i r a do Rio Doce (F ig . 6). Efetivamente, para a primei r a geração de cordões l i t o râneos cons t ru idos e n t r e 5100 e 3900 anos B, P . , -os indicadores do t r â n s i t o l i t o r â n e o (pon ta i s arenosos e a configu raçao das an t igas l i nhas ?e cos ta ) mostram que o t ranspor te efetuou-se durante este período de no r t e para s u l e que por tan to o regime dominan t e das f r e n t e s de onda chegava de N-E. Por ou t ro lado, para a segunda geração dos cordões construidos após os 3600 anos B.P.; os indicadores äo t r anspor t e l i t o râneo (ponta is arenosos e confiquraçao das an t igas 12 nhas de p ra i a ) mostram que o t r ã n s i t o efetuou-se de s u l para nor te e q;e por tan to o regime d2 ondas dominante provinha de S S-E. U m a i n v e r sao suplementar parece t e r .>corrido m a i s recentemente, porém a mesma não parece es ta r bem def in ida .

v. CONCLUSGES . No decor re r dos Últimos 5 0 0 0 anos, o t r anspor t e l i t o râneo e f e t u

ou-se de maneira permanente de s u l para no r t e na p l an íc i e c o s t e i r a dÖ Rio Paraiba do Sul o que ind ica a predominância de um regime de ondas S S-E. Analogamente, na p l a c i c i e c o s t e i r a do Rio São Francisco, o t r â E s i t o l i t o râneo ocorreu, durante o mesmo periodo, de nor te para s u l o que mostra a predominância de um regime de ondas proveniente de N-E. En - t r e t a n t o na p l a n í c i e do Rio Doce, o t r anspor t e l i t o râneo efetuou-se en t r e 5 1 0 0 e 3900 anos B.P . äe nor te para s u l , o que ind ica a predominZiE

t r â n s i t o l i t o r â n e o efetuou-se de s u l para n o r t e o que mostra a predomi riância de f r e n t e s de onda chegando de S S-E. parece então que du ran të o pr imeiro per íodo, o caminhamento das f r e n t e s de onda de regime S S-E f icou bloqueado na a l t u r a do no r t e do Estado do Rio de Jane i ro . Por ou t r o lado, durante o ano de 1 9 8 3 , e m periodo de bloqueio da c i r c u l a ç ã 5

- c i a de um regime de ondas proveniente de N-E; após 3 6 0 0 anos E . P . , O

a

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atmosférica meridiana causada pe lo fenômeno "El Niño" , as massas pol: res não conseguiram u l t r a p a s s a r o no r t e do Estado do Rio de Janeiro o m e s m o acontecendo para a s f r e n t e s de onda de regime de d i r eçã0 S S-E. Pode-se indagar en tão se um mecanismo d e s t e t i p o tendo, e n t r e t a n t o , a tuado numa e s c a l a de tempo muito m a i s importante, não poderia expl ica? a s inversões do t r d n s i t o l i t o r â n e o de te tadas na p l a n i c i e do Rio Doce. Com e f e i t o , pode-se supor que o fenômeno " E l Niño", atualmente c f c l i c o , possa, além de um c e r t o l i m i a r de in t ens idade , ter-se tornado permane: t e . Nestas condições, o fenômeno de bloqueio te r ia s i d o acompanhado de um aumento s u b s t a n c i a l de pluviosidade na metade s u l do B r a s i l e de SE ca na metade norte. O desaparecimento p a r c i a l da f l o r e s t a amazõnica na mesma época (SOUBIES, 1980) parece r e f o r ç a r esta h ipó te se . Finalmente, se t a i s va r i ações existiram efetivamente, a sedimentação l a c u s t r e deve te r s ido modificada profundamente e testemunhos co le tados e m sedimentos de lagos que permaneceram em dgua no decor re r des t e s Ú l t i m o s 3000 anos deveriam p e r m i t i r v e r i f i c a r a adequação dos fundamentos d e s t a h ipó te se .

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h

rl

CORRENTE e-- \ DE ONDAS

e-

+---

I

G

H

FIG. I - AGENTES RESPONSÁVEIS PELA DERIVA LlTORaNEA DE SEDIMENTOS ARENOSOS AO LONGO DA COSTA: A) CORRENTE DE ONDAS , B)"SWASH TRANSPORT': INDICADORES GEOMÓRFICOS DO SENTIDO PREFERENCIAL DO TRANSITO LlTORaNEO DE SEDIMENTOS ARENOSOS: C) ESPORÄO , D) e E ) PONTAIS ARENOSOS F) ILHA LUNADA ARENOSA , G) CONFIGURAÇÄO DA LINHA DE COSTA H) ACUMULAÇÄO COSTEI R 4 ASSIMÉTRICA.

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21°40' 21°35'

,+=

- SENTIDO DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS

PARE E R o D l m \ ~ ~ ~ ~ ~ ~ r -4 ARENOSO

-VAZÄO FRACA

AREIA DO RIO BLOQUEIO DO TRANS- PORTE DE SEDIMENTOS

PARTE , ERODIDA

DI SCORDÂN c IA

- VAZÄO IMPORTANTE

FIG. 2 BLOQUEIO DO TRANSPORTE LITORÂNEO POR UM RIO. EXEMPLO DA FOZ DO RIO PARAIBA DO SUL.lNDlCADORES DA DIREÇ~O DO TRANSPORTE ASSIMETRIA DA PLANíCIE COSTEIRA ; DESLOCAMEN- TO DA FOZ EM DEGRAUS; DISCORD~NCIA NO ALINHAMENTO DOS CORDÖES LITORSNEOS

41O05'

41°00

140

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I IO 2O(Km

I TERRAGO MARINHO HOLOCÊNICO

4 - TERRA$:O MARINHO PLEISTOCÊNICO

7 , ALINHAMENTOS DE CORDÖES HOLO&-

2- SEDIMENTOS LAGUNARES 3, SEDIMENTOS FLUVIAIS

5 - FORMAÇÃO BARREIRAS 6 - PRECAMBRIAN0

NICOS.

CZNICOS 8 - ALINHAMENTOS DE CORDõES PLEISTO-

9 - PALEOCANAIS '

:$. . ::: .. d..

t%. ...

\ LAGOAS:

I - SALGADAS 2- OSTRAS 3- FLECHAS 4- MOLOTO

\ \

FIG. 3 MAPA GEOLÓGICO DA PLANíCIE COSTEIRA ASSOCIADA À DESEMBOCADURA DO RIO PARAíBA DO SUL. INDICADORES GEOMdRFICOS DO SENTIDO PREFERENCIAL DA DERIVA LITOR~NEA DE SEDIMENTOS ARENOSOS

141

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I, TERRAÇO MARINHO HOLOCEINICO 2, SEDIMENTOS LAGUNARES 3, SEDIMENTOS FLUVIAIS 4, TERRAÇO MARINHO PLEISTOCÊNICO 5 - LEQUES ALUVIAIS PLEISTOCÊNICOS

7, CRETÁCIO 8, ALINHAMENTOS DE CORDÖES I /

6 - FORMAÇÄO BARREIRAS

/ /

I I I

I / /

\ PLEISTOC~NICOS

\ I \ I

FIG. 4, MAPA GEOL~GICO DA PLANI'CIE COSTEIRA ASSOCIADA A DESEMBOCADURA DO RIO SÄ0 FRANCISCO. INDICADORES GEOMÓRFICOS DO SENTIDO PREFERENCIAL DA DERIVA LITOR6NEA DE SEDIMENTOS ARENOSOS.

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I :

t

FIG. 5 - COMPARAÇÄO DA REGIAO DA FOZ DO RIO PARAíBA DO SUL MOSTRANDO UM TRANSPORTE LlTORaNEO DO SUL PARA O NORTE COM A DO RIO SÄ0 FRANCISC0,QUE INDICA UM TRANSPORTE DO NORTE PARA O S U L

. . .... 143

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I - TERRAÇO MARINHO HOLOCÊNICO

4 - TERRAÇO MARINHO PLEISTOCEINICO

7 - ALINHAMENTOS DE CORDÖES PLEISTOCÊNICOS

2 - SEDIMENTOS LAGUNARES 3 - SEDIMENTOS FLUVIAIS

5 - FORMAÇÄO BARREIRAS 6 - PRECAMBRIAN0

8 - ALINHAMENTOS 9 - PALEOCANAIS

DE CORDÖES HOLOCÊNICOS

0 0

0 0

8'40'

8 O 5 0 '

9000'

9010'

19'20'

19O30'

19O40'

19050'

\ \

\ \ \

SENTIDO DA DERIVA INDICADO POR:

\ # ESPORÄO \ \ @ CONFIGURAÇÄO DA LINHA DE COSTA

ACUMULAÇÄO COSTEIRA DISSIMÉTRICA

FIG. 6, MAPA GEOLdGlCO DA PLANI'CIE COSTEIRA ASSOCIADA À DESEMBOCADURA DO RIO DOCE. INDICADORES GEOMÓRFICOS DO SENTIDO PREFERENCIAL DA DE- RIVA LlTORaNEA DE SEDIMENTOS ARENOSOS

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