Rio de Janeiro 2010
UNIVERSIDADE CNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PS-GRADUAO LATU-SENSU
RELAES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
Autor: ANDERSON DE SOUZA FARIA Orientador: MARIO LUIZ
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UNIVERSIDADE CNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PS-GRADUAO LATU-SENSU
RELAES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
OBJETIVOS:
Este trabalho tem por objetivo analisar a relao do
desenvolvimento das relaes interpessoais com a obteno de
melhores resultados pelas empresas.
CURSO:
Gesto Empresarial
AUTOR:
Anderson de Souza Faria
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RESUMO
A proposta que se apresenta a busca da reflexo para o entendimento
das caractersticas e fatores que regem os relacionamentos entre os indivduos,
seja em ambientes sociais, seja nos ambientes de trabalho. No campo do
desenvolvimento individual, o texto foca os efeitos mtuos proporcionados pelas
relaes interpessoais, considerando o ambiente, formao e experincias do
indivduo. Para o coletivo, so apresentados, no somente tcnicas para criao
de verdadeiras equipes de trabalho, bem como argumentos e reflexes que
buscam conscientizar o leitor para a importncia dessas equipes para o sucesso
das corporaes.
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METODOLOGIA
A proposta desse trabalho esclarecer, atravs da apresentao e
esclarecimento de estudos e tcnicas prticas e tericas, a importncia do
desenvolvimento pessoal e coletivo do indivduo para o sucesso das corporaes.
Com a utilizao de livros associados s questes emocionais, individual e
coletivo no dia-a-dia de corporaes, busca-se a reflexo do leitor para a
importncia do equilbrio emocional e do relacionamento interpessoal dos
indivduos para se obter um ambiente de trabalha mais favorvel ao
desenvolvimento profissional individualizado, ao desenvolvimento de equipes de
trabalho produtivas e formao de lideranas competentes.
O texto desenvolve o assunto desde a apresentao das aptides
caractersticas dos indivduos, passando pelos conceitos de interpessoalidade, at
promover a devida associao com o ambiente de trabalho, nunca deixando de
lado o que vem a ser o fator central, e desta forma o mais importante da pesquisa:
a individualidade emocional.
Questes como motivao e liderana tambm receberam considervel
destaque, j que esto intimamente associadas s questes interpessoais, quer
seja no meio social, quer seja no ambiente de trabalho, objeto central dessa
pesquisa.
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SUMRIO
INTRODUO 5
CAPTULO I
RELAES INTERPESSOAIS 7
CAPTULO II
RELAES INTERPESSOAIS NO TRABALHO 15
CAPTULO III
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E LIDERANA 32
CONCLUSO 37
BIBLIOGRAFIA 40
NDICE 41
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INTRODUO
O homem tem modificado o ambiente em que vive e recebe o refluxo de
sua ao como um problema de adaptao contnua s mudanas ambientais e
de ajustamento s outras pessoas, grupos e sociedades em geral. O problema se
agrava com o ritmo exponencial de descobertas e inovaes tecnolgicas sem
respostas educacionais e sociais imediatas e adequadas.
A defasagem entre progresso tecnolgico e progresso humano
amplamente reconhecida nos sentimentos de perplexidade, inadequao,
alienao e despersonalizao do homem contemporneo.
Qualquer empresa, independentemente do seu porte ou ramo de atuao,
deseja contar com profissionais que formem uma verdadeira equipe e no apenas
um grupo desordenado de colaboradores que convivem em um mesmo espao
fsico. Hoje, concebe-se no mundo corporativo que quando os funcionrios so
capazes de realizar suas atividades baseados em um comportamento de sinergia,
melhor ser o clima organizacional e, conseqentemente, os resultados para o
negcio.
Por esse motivo muitas empresas voltam suas atenes para as relaes
interpessoais no ambiente corporativo, envolvendo muitos profissionais de RH no
desenvolvimento de aes que estimulem a cooperao entre os profissionais e
atenda s necessidades empresa.
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Considerando o cenrio corporativo atual, em que predomina um
subdesenvolvimento dos programas de formao de equipes de trabalho, de
programas motivacionais e de seleo adequada de profissionais, com ocupao
de cargos compatveis com suas habilidades, o trabalho foi desenvolvido com o
propsito de levar o leitor a refletir sobre a importncia das questes emocionais e
de relacionamento do indivduo no processo produtivo das corporaes. Assim,
so apresentadas tcnicas para o desenvolvimento individual e coletivo, tcnicas
motivacionais, de desenvolvimento para liderana, etc, sempre considerando as
particularidades e individualidades, afastando ao mximo a associao
equivocada e muito comum nas corporaes ainda nos dias de hoje, de tratar os
funcionrios como mquinas.
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CAPTULO I
RELAES INTERPESSOAIS
A forma como as pessoas se relacionam varia consideravelmente de
indivduo para indivduo, mesmo quando em condies similares de educao,
formao, participao em crculos sociais e profissionais. Isso se deve pr-
disposio gentica caracterstica do indivduo para o relacionamento
interpessoal.
Para um melhor entendimento dessa caracterstica, originalmente menos ou
mais desenvolvida em cada ser, utilizaremos o conceito das Inteligncias Mltiplas
de Gardner.
1.1 Teoria das Inteligncias Mltiplas.
Howard Gardner, nascido em 11 de Junho de 1943, psiclogo e professor
na Universidade de Harvard. A Teoria das Inteligncias Mltiplas foi apresentada
em 1983, no livro Estrutura da Mente, que descrevia sete dimenses da
inteligncia, o que seria uma inovao, j que tradicionalmente os testes de
inteligncia s levam em considerao duas: a lingstica e a lgico-matemtica.
Gardner identificou, alm das tradicionais inteligncias lingstica e lgico-
matemtica, a espacial, musical, cinestsica, interpessoal e intrapessoal. Postula
que essas competncias intelectuais so relativamente independentes, com sua
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origem e limites genticos prprios, substratos neuroanatmicos especficos e
dispem de processos cognitivos prprios. Segundo ele, os seres humanos
dispem de graus variados de cada uma das inteligncias e maneiras diferentes
com que elas se combinam e organizam e se utilizam dessas capacidades
intelectuais para resolver problemas e criar produtos. Gardner ressalta que,
embora estas inteligncias sejam, at certo ponto, independentes uma das outras,
elas raramente funcionam isoladamente. Embora algumas ocupaes
exemplifiquem uma inteligncia, na maioria dos casos as ocupaes ilustram bem
a necessidade de uma combinao de inteligncias. Por exemplo, um cirurgio
necessita da acuidade da inteligncia espacial combinada com a destreza da
cinestsica.
1.1.1 - Inteligncia lingstica
Os componentes centrais da inteligncia lingistica so uma sensibilidade
para os sons, ritmos e significados das palavras, alm de uma especial percepo
das diferentes funes da linguagem. a habilidade para usar a linguagem para
convencer, agradar, estimular ou transmitir idias. Gardner indica que a
habilidade exibida na sua maior intensidade pelos poetas. Em crianas, esta
habilidade se manifesta atravs da capacidade para contar histrias originais ou
para relatar, com preciso, experincias vividas.
1.1.2 - Inteligncia musical
Esta inteligncia se manifesta atravs de uma habilidade para apreciar,
compor ou reproduzir uma pea musical. Inclui discriminao de sons, habilidade
para perceber temas musicais, sensibilidade para ritmos, texturas e timbre, e
habilidade para produzir e/ou reproduzir msica. A criana pequena com
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habilidade musical especial percebe desde cedo diferentes sons no seu ambiente
e, freqentemente, canta para si mesma.
1.1.3 - Inteligncia lgico-matemtica
Os componentes centrais desta inteligncia so descritos por Gardner
como uma sensibilidade para padres, ordem e sistematizao. a habilidade
para explorar relaes, categorias e padres, atravs da manipulao de objetos
ou smbolos, e para experimentar de forma controlada; a habilidade para lidar
com sries de raciocnios, para reconhecer problemas e resolv-los. a
inteligncia caracterstica de matemticos e cientistas Gardner, porm, explica
que, embora o talento cientfico e o talento matemtico possam estar presentes
num mesmo indivduo, os motivos que movem as aes dos cientistas e dos
matemticos no so os mesmos. Enquanto os matemticos desejam criar um
mundo abstrato consistente, os cientistas pretendem explicar a natureza. A
criana com especial aptido nesta inteligncia demonstra facilidade para contar e
fazer clculos matemticos e para criar notaes prticas de seu raciocnio.
1.1.4 - Inteligncia espacial
Gardner descreve a inteligncia espacial como a capacidade para perceber
o mundo visual e espacial de forma precisa. a habilidade para manipular formas
ou objetos mentalmente e, a partir das percepes iniciais, criar tenso, equilbrio
e composio, numa representao visual ou espacial. a inteligncia dos artistas
plsticos, dos engenheiros e dos arquitetos. Em crianas pe
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