Maio de 2014
ANEXO 1 – RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS CUSTOS UNITÁRIOS
Relatório de
Avaliação Custos Unitários
Ana Vanessa Mendes e Selene Martinho ESTÁGIO CURRICULAR
Índice
ENQUADRAMENTO ..................................................................................................... 2
METODOLOGIA ............................................................................................................. 5
DEFINIÇÃO DA AMOSTRA - pressupostos .............................................................. 6
Tipologia 1.2 – Cursos profissionais ......................................................................... 7
Tipologia 1.3 – Cursos de educação e formação ....................................................... 8
ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................................... 10
Cursos Profissionais – Ano letivo 2010/2011 ............................................................. 11
Elementos Físicos .................................................................................................... 11
Financiamento ......................................................................................................... 11
Cursos Profissionais – Ano letivo 2011/2012 ............................................................. 15
Elementos Físicos .................................................................................................... 15
Financiamento ......................................................................................................... 15
ANEXOS ........................................................................................................................ 42
Anexo I – Lista de cursos e respetivas entidades (Cursos Profissionais) ................... 43
Anexo II - Lista de cursos e respetivas entidades (Cursos de Educação e Formação) 45
ENQUADRAMENTO
Com a aprovação do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), para
o período de 2007 a 2013, foram definidas as linhas gerais, para a utilização dos fundos
comunitários com caráter estrutural, dos programas operacionais (PO).
Assim, surge a necessidade de lançar ajustamentos, na legislação nacional que
enquadra os apoios concedidos pelo Fundo Social Europeu (FSE), tendo em conta, por
um lado, os princípios orientadores do QREN com as novas exigências regulamentares
recorrentes dos regulamentos comunitários e, por outro, a garantia de uma significante
continuidade relativamente à legislação anterior.
As alterações introduzidas visam, conjuntamente, garantir a adequação aos
novos regulamentos comunitários e reforçar os níveis de relevância, qualidade e
eficiência das ações apoiadas por fundos públicos, nacionais e comunitários.
No âmbito da adequação às novas normas toma especial relevância a
simplificação e a desburocratização no acesso das entidades ao FSE.
Assim, foi constituído um grupo de trabalho, no âmbito do Instituto de Gestão
do Fundo Social Europeu (IGFSE), contanto com a participação do Programa
Operacional do Potencial Humano (POPH), em Abril de 2009, tendo como objetivo a
identificação de potenciais áreas de intervenção. Entre outras, destacou-se as ofertas
formativas de dupla certificação destinadas a jovens. O financiamento para estas ofertas,
partiu de um modelo já utilizado, desde 2004, pelo Ministério da Educação (ME), no
que diz respeito aos cursos profissionais administrados por escolas profissionais
privadas.
Tendo em conta a experiência e resultados positivos que o ME tem obtido com
este modelo de financiamento, desde 2004, considerou-se adequado transpô-lo para o
FSE.
O Decreto Regulamentar nº 84 – A/2007, de 10 de Dezembro, veio estabelecer o
regime geral de aplicação do FSE, de acordo com a legislação relativa ao novo QREN,
tendo sido redefinido pelo Decreto Regulamentar nº4/2010, de 15 de Outubro, com o
objetivo de definir uma metodologia de financiamento numa perspetiva de
desburocratização. Esta metodologia visa a implementação de um modelo de declaração
de custos elegíveis que se poderá processar através de custos reais, base forfetária,
custos unitários ou montante fixo.
Em relação aos custos unitários, objeto do presente estudo, constata-se no
Decreto Regulamentar nº4/2010, de 15 de Outubro, que a aplicação de escalas
normalizadas será definida nos regulamentos específicos em que for adotada esta
modalidade.
Incluídas no estudo estão as tipologias de intervenção relativas ao eixo 1,
nomeadamente o eixo 1.2. cursos profissionais e 1.3. cursos de educação e formação.
No caso dos cursos profissionais, cujo regulamento específico se define no
Despacho nº 18224/2008, de 8 de Julho, foi no ano da 2010 que se estabeleceu a
alteração da modalidade de financiamento de custos reais para custos unitários, nas
entidades proprietárias de estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, através
do Despacho 18619/2010, de 15 de Dezembro.
Assim, o montante de financiamento a ser concedido é determinado por
referência ao valor anual por turma por curso constante na seguinte tabela:
Escalão
Valor anual do
subsídio pior
turma/curso
1 80.080.00€
2 86.200.00€
3 91.850.00€
4 98.920.00€
O valor anual, por turma, por curso, definido no regime de custos unitários, nos
termos da tabela anteriormente apresentada, é objeto de redução, em sede de análise de
candidatura, quando as ofertas de formação autorizadas não cumpram os limites
relativamente ao número mínimo de alunos, sempre que este seja inferior a 22 alunos.
Já nos cursos de educação e formação, com o regulamento específico
apresentado no Despacho nº 18228/2008, de 8 de Julho, assiste-se a uma alteração do
método de financiamento, nas entidades proprietárias de estabelecimentos de ensino
particular e cooperativo, a 17 de Janeiro de 2011, aquando do Despacho nº 1402.
Assim, também por referência ao valor anual por turma por curso, o montante
concedido é o seguinte:
Escalão de
Custos 1º Escolão 2º Escalão 3º Escalão 4º Escalão
Tipo 1 51.087.26€ 51.912.23€ 52.673.85€ 53.626.88€
Tipo 2 46.073.93€ 46.930.00€ 47.720.34€ 48.706.30€
Tipo 3 52.856.89€ 53.749.48€ 54.573.52€ 55.604.67€
Tipo 4 54.803.48€ 55.723.11€ 56.572.13€ 57.634.52€
Tipo 5 49.029.20€ 49.960.56€ 50.820.40€ 51.896.33€
Tipo 6 61.705.01€ 62.800.47€ 63.811.79€ 65.077.29€
Tipo 7 52.149.04€ 53.001.06€ 53.787.64€ 54.771.92€
Fonte: Informação Nº 1706/2010 poph
O valor anual, por turma, por curso, definido no regime de custos unitários, nos
termos da tabela constante acima, é objeto de redução, em sede de análise de
candidatura, quando as ofertas de formação autorizadas não cumpram o limite mínimo
de 15 alunos.
Esta metodologia de financiamento, de escalas normalizadas de custos unitários,
a atribuir às escolas profissionais privadas adota os seguintes pressupostos: custo/aluno
e consequente determinação do custo/turma, por área de formação/curso, determinados
para o ano letivo 2003/2004, a partir dos custos históricos apurados no Programa de
Desenvolvimento Educativo para Portugal III (PRODEP III); definição da dimensão da
turma; custo/turma, excluindo apoios a formandos, já que estes continuam a ser
concedidos por custos reais para garantir a sua atribuição aos respetivos destinatários
(apenas custos com pessoal docente, pessoal de apoio e de funcionamento); e, redução
do financiamento determinada através da diminuição verificada em sede de execução
física (volume da turma).
As entidades devem prestar contas das suas despesas através de centros de
custos, onde sejam organizadas as despesas por custos elegíveis, denominados por
rúbricas, sendo eles, conforme o disposto no despacho normativo n.º 12/2009 de 17 de
Março que veio alterar o despacho normativo n.º 4-A/2008, de 24 de Janeiro: rúbrica 1-
encargos com formandos; rúbrica 2 – encargos com formadores; rúbrica 3 – encargos
com outro pessoal afeto ao projeto, rúbrica 4 – rendas, alugueres e amortizações; rúbrica
5 – encargos diretos com a preparação, desenvolvimento, acompanhamento e avaliação
dos projetos; e, rúbrica 6 – encargos gerais do projeto.
Dado o contexto de implementação das escalas normalizadas de custos unitários,
com alterações significativas e inovadoras, sobretudo nas tipologias do eixo 1, existe a
necessidade de um forte acompanhamento. Assim, foi solicitado pela Inspeção Geral de
Finanças (IGF) que dois anos após a sua implementação fosse realizada uma revisão ao
modelo implementado, tendo em vista a aferição da justeza dos custos unitários
existentes, sendo esse o objetivo do presente estudo.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada como suporte para a aferição da justeza do
financiamento por escalas normalizadas de custos unitários (custo/curso/turma), está
assente numa lógica comparativa entre os custos efetivamente incorridos pelas entidades
na execução da formação e o valor financiado pelo POPH.
O apuramento dos custos reais foi realizado através de uma ficha de
levantamento dos custos, enviada às entidades inseridas no estudo, posteriormente
apresentadas, com suporte em evidências contabilísticas, designadamente o balancete
analítico dos respetivos centros de custos.
Tendo como objetivo uma comparação entre a informação financeira recolhida e
a estabelecida nas tabelas desta metodologia de financiamento inovadora, foi realizada
uma análise, não só entre os balancetes analíticos e os dados inseridos, pelas entidades,
na ficha analítica, por forma a verificar a sua coerência, como também entre estes e o
valor financiado registado no Sistema de Informação Integrado do Fundo Social
Europeu (SIIFSE). Assim, pôde-se chegar ao valor real dos custos por turma em cada
projeto financiado. Posteriormente, foi realizado o cálculo que veio ditar o objetivo
primordial do presente estudo, compreender em que medida o valor financiado se ajusta
às despesas que as entidades suportam inerentes à formação. O estudo prevê uma
possível revisão ou manutenção da metodologia de custos unitários, podendo ainda
subsistir a necessidade de desenvolvimento de estudos complementares, com vista a
procurar uma maior abrangência e representatividade das conclusões.
DEFINIÇÃO DA AMOSTRA - pressupostos
Os pressupostos que suportam a constituição da amostra no estudo são os
seguintes:
Ano de análise – ano letivo 2010/2011, por ser o primeiro ano da implementação
dos custos unitários; ano letivo 2011/2012, por se considerar os valores mais atuais do
que o ano letivo anterior, respeitando o facto de os dados da execução física estarem já
claramente estabilizados, conforme os pressupostos do modelo de custos unitários.
Entidades selecionadas – entidades com projetos apoiados pelo POPH em anos
letivos que permitam a comparabilidade dos resultados (2010/2011, 2011/2012)
Cursos – o objeto de análise recai sobre os cursos/turmas de primeiro ano
curricular dado não estarem afetados pela regra transitória, traduzindo em plenitude as
conclusões/consequências da aplicação da metodologia de custos unitários (cf. Art.º 17.º
dos Despachos n.º 18224/2008 e 18228/2008, para as tipologias 1.2 e 1.3,
respetivamente).
A metodologia definida assenta em critérios de representatividade dos
cursos/entidades, a saber:
Representatividade dos escalões de custo/curso: a análise deve recair sobre
cursos/turmas enquadrados de forma equitativa em cada escalão, de forma a
poder concluir-se quanto à distribuição da oferta – relevância e adequação da
distribuição da oferta formativa em quatro escalões de custo;
Representatividade dos cursos: a análise deve basear-se nos cursos com maior
número de ocorrências em cada escalão de custo (maior número de turmas);
Representatividade regional: a análise dos escalões de custo e cursos deve
assumir representatividade regional (ao nível de cada região NUTII).
Tipologia 1.2 – Cursos profissionais
1º. Análise da representatividade de cada escalão de custo
Foi apurada a frequência dos cursos por escalão de custo/turma, no universo
considerado – 476 turmas:
1.º Escalão 2.º Escalão 3.º Escalão 4.º Escalão
80.080,00 € 86.200,00 € 91.850,00 € 98.920,00 €
Freq. Absoluta 170 157 46 103
Freq. Relativa 35,71% 32,98% 9,66% 21,64%
Verifica-se a concentração de cursos no 1º e 2º escalão – 69% da oferta; por
outro lado, o 4º escalão representa 22% da oferta.
2.º Análise da representatividade de cada curso
Foi apurado o curso mais representativo em cada escalão – curso com maior
número de ocorrências (turmas):
1.º Escalão 2.º Escalão 3.º Escalão 4.º Escalão
80.080,00 € 86.200,00 € 91.850,00 € 98.920,00 €
Freq. Absoluta 170 157 46 103
Curso Mais
Frequente
Técnico de
Informática
de Gestão
Técnico
Multimédia
Técnico de
Manutenção
Industrial
Técnico de
Restauração
30 24 11 49
Freq. Relativa
(por escalão)
17,65% 15,29% 23,91% 47,57%
Neste exercício foi verificado que o curso Técnico de Restauração está sobre
representado no âmbito do 4º escalão – regista uma frequência superior a todos os
restantes, independentemente do escalão, representando cerca de 50% da oferta
integrada no 4º escalão, o que pode contaminar a análise, uma vez que estamos perante
um escalão capturado por um tipo de oferta muito específico, em que as respetivas
particularidades podem condicionar os resultados. Assim, por questões de
representatividade e equilíbrio, optou-se por considerar o segundo curso mais frequente
no 4º escalão, visando garantir-se o equilíbrio da análise face à representatividade dos
cursos em cada escalão de custo.
1.º Escalão 2.º Escalão 3.º Escalão 4.º Escalão
80.080,00 € 86.200,00 € 91.850,00 € 98.920,00 €
Freq. Absoluta 170 157 46 103
Curso Mais
Frequente
Técnico de
Informática
de Gestão
Técnico
Multimédia
Técnico de
Manutenção
Industrial
Técnico de
Energias
Renováveis
30 24 11 19
Freq. Relativa
(por escalão)
17,65% 15,29% 23,91% 18,45%
3.º Seleção das entidades que ministram a oferta identificada
Procedeu-se à identificação das entidades que lecionam os cursos lecionados no
ano letivo 2010/2011; dos 142 projetos/entidades que reuniam as condições definidas
(terem sido financiadas cumulativamente em 2009/2010 e 2010/2011), sessenta
ministraram um ou mais dos cursos selecionados.
Por questões de operacionalidade, a amostra de entidades foi constituída a partir
do seguinte critério: entidades que, cumulativamente, ministraram dois ou mais cursos
do referencial selecionado, de onde resultou a identificação de 15 escolas a inquirir.
Atendendo a que este critério não permitiu concluir cursos/escolas da região
Alentejo e sendo a variável região importante, foi decidido alargar a amostra dirigida a
três entidades da região Alentejo, o que determinou uma amostra constituída por 18
entidades, abrangendo o universo das regiões, com a seguinte distribuição:
Região
Técnico de
Informática
de Gestão
Técnico de
Multimédia
Técnico de
Manutenção
Industrial
Técnico de
Energias
Renováveis
Total
Alentejo 1 5 0 0 6
Centro 4 4 3 2 13
Norte 4 6 4 8 22
Total 9 15 7 10 41
A listagem dos cursos/entidades encontra-se discriminada no anexo 1.
Tipologia 1.3 – Cursos de educação e formação
No que se refere à constituição da amostra de cursos/turmas/entidades nesta
tipologia, o universo base é constituído pelas entidades que optaram pelos custos
unitários em 2010/2011, uma vez que a aplicação do modelo de financiamento foi
opcional no ano em análise.
1.º Análise da representatividade de cada escalão de custo
Desta forma e relativamente a turmas de 1.º ano curricular, a base de análise é
substancialmente menor, apurando-se um total de 49 cursos/turmas, que não integram,
neste primeiro ano de aplicação, todas as tipologias e escalões de custo previstos a
financiamento:
CEF T2 CEF T3 CEF T4
1.º Escalão 2.º Escalão 3.º Escalão 4.º Escalão 1.º Escalão 2.º Escalão 3.º Escalão 4.º Escalão 1.º Escalão 2.º Escalão 3.º Escalão 4.º Escalão
46.073,93 € 46.930,00 € 47.720,34 € 48.709,30 € 52.856,89 € 53.749,48 € 54.573,52 € 55.604,67 € 54.803,48 € 55.723,11 € 56.572,13 € 57.634,52 €
Freq.
Absoluta 16 5 7 0 13 4 4 0 0 0 0 0
Freq.
Relativa 32,65% 10,20% 14,29% 0,00% 26,53% 8,16% 8,16% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
2.º Análise da representatividade de cada curso
A menor diversidade de cursos foi determinante para que, ao contrário do
procedimento efetuado para os cursos profissionais, se tenha constituído a amostra a
partir exclusivamente dos cursos mais frequentes em cada um dos escalões onde foi
registada oferta formativa apoiada pelo POPH.
CEF T2 CEF T3
1.º Escalão 2.º Escalão 3.º Escalão 1.º Escalão 2.º Escalão 3.º Escalão
46.073,93 € 46.930,00 € 47.720,34 € 52.856,89 € 53.749,48 € 54.573,52 €
Freq.
Absoluta 16 5 7 13 4 4
Curso Mais
Frequente
Práticas
Técnico-
Comerciais
Instalação e
Reparação de
Computadores
Cuidados e
Estética do
Rosto e
Corpo
Práticas
Técnico-
Comerciais
Instalação e
Reparação de
Computadores
Cozinha
5 3 2 7 2 2
Freq. Relativa
(por escalão) 31,25% 60,00% 28,57% 53,85% 50,00% 50,00%
3.º Seleção das entidades que ministram a oferta identificada
Conforme procedimento realizado para os cursos profissionais, definiu-se a
amostra a partir de entidades que lecionaram em 2010/2011 cumulativamente dois ou
mais cursos do referencial selecionado.
Tendo da aplicação deste critério resultado apenas a seleção de entidades da
região norte e considerando-se a variável região um fator importante, considerou-se a
não aplicação deste critério, optando-se por incluir todas as turmas identificadas para os
cursos com maior número de ocorrências.
Resulta desta metodologia uma amostra que integra 14 projetos/13 entidades,
com a seguinte distribuição:
CEF T2 CEF T3
Total Região
Práticas
Técnico-
Comerciais
Instalação e
Reparação de
Computadores
Cuidados e
Estética do
Rosto e
Corpo
Práticas
Técnico-
Comerciais
Instalação e
Reparação de
Computadores
Cozinha
Alentejo 1 0 0 0 0 0 1
Centro 0 0 0 0 0 0 0
Norte 4 1 2 5 2 2 16
Total 5 3 2 7 2 2 21
A listagem dos cursos/entidade encontra-se discriminada no Anexo II.
ANÁLISE DOS DADOS
No presente capítulo procede-se à análise e discussão dos dados recolhidos
segundo a metodologia supra mencionada. Esta discussão será desenvolvida por
critérios como o ano letivo, a tipologia de formação (cursos profissionais e CEF), a
região, o curso (técnico de energias renováveis, técnico de informática de gestão,
técnico de manutenção industrial e técnico de multimédia, no caso dos cursos
profissionais; cuidados e estética do rosto e corpo, instalação e reparação de
computadores e práticas técnico comerciais, no caso da tipologia 2 dos CEF; cozinha,
instalação e reparação de computadores e práticas técnico comerciais, no caso da
tipologia 3 dos CEF), e entidades formadoras.
Cursos Profissionais – Ano letivo 2010/2011
Elementos Físicos
Tendo em conta a amostra anteriormente apresentada, importa referir que, para
os cursos profissionais, no ano letivo de 2010/2011, o financiamento permitiu abranger
um total de 777 formandos: 74 no Alentejo, com 20 no curso de técnico de informática
de gestão e 54 no curso de técnico de multimédia; 246 no centro, com 36 no curso de
técnico de energias renováveis, 73 no curso de técnico de informática de gestão, 56 no
curso de técnico de manutenção industrial e 81 no curso de técnico de multimédia; e
457 no norte do país, com 71 no curso de técnico de energias renováveis, 67 no curso de
técnico de informática de gestão, 97 no curso de técnico de manutenção industrial e 122
no curso de técnico de informática. Assim, a amostra abrange um total de 207 alunos
financiados no curso de técnico de energias renováveis, 160 no curso de técnico de
informática de gestão, 153 no curso de técnico de manutenção industrial e 257 no curso
de técnico de multimédia.
No entanto, salienta-se o facto de, no início do ano letivo, terem iniciado nos
cursos supracitados um total de 894 formandos, sendo que 177 desistiram do curso.
Assim, assiste-se a uma taxa de desistência de 15% equivalente a uma média de 3
alunos desistentes por curso, com a seguinte distribuição geográfica: Alentejo, 12% com
uma média 4,7 desistências por curso; Norte, 31%, com uma média de 3 desistências
por curso e Centro, 57%, com 2.8 desistências por curso.
Financiamento
Conforme os elementos físicos anteriormente apresentados, e seguindo a lógica
das escalas normalizadas de custos unitários, ou seja, custo/curso/turma, dita-se que
foram financiados no total 3.407.572,28€.
Este financiamento foi distribuído, por região e por curso, da seguinte forma:
Alentejo, 323.681,20€, sendo que, 80.080,00€ foram destinados ao curso de técnico de
informática de gestão e 243.401,20€ dirigidos ao curso de técnico de multimédia (1
entidade e 2 entidades, respetivamente); Centro, 1.123.244,54€, sendo que 193.536,98€
foram destinados ao curso de técnico de energias renováveis, 313.353,04€ dirigidos ao
técnico de informática de gestão, 271.554,52€ couberam ao curso de técnico de
manutenção industrial, e 344.800,00€ foram para o curso de técnico de multimédia (1,
4, 2 e 4 entidades, respetivamente); Norte, 1.960.646,54€, sendo que, 778.640,00€
foram destinados ao curso de técnico de energias renováveis, 295.935,64€ dirigidos ao
curso de técnico de informática de gestão, 367.400,00€ couberam ao curso de técnico de
manutenção industrial, e 518.670,90€ foram para o curso de técnico de multimédia.
Assim, o curso de técnico de energias renováveis foi financiado com 972.176.98€, o
curso de técnico de informática de gestão recebeu 689.368.68€, o curso de técnico de
manutenção industrial teve direito a 638.954.52€ e ao curso de técnico de multimédia
coube a quantia de 1.107.072.10€.
Por forma a fazer uma análise mais pormenorizada das despesas tidas pelas
entidades, para posterior comparação com o financiamento efetivamente recebido pelo
POPH, foram calculadas as médias dos valores reais das rúbricas, por região e por
curso.
Assim, estima-se que no Alentejo, se gastou em média na rúbrica 1- 38.448,01€,
na rúbrica 2- 46.654.76€, na rúbrica 3- 35.782.11€, na rúbrica 4- 13.461.80€, na rúbrica
5- 2.167.58€ e na rúbrica 6- 13.966.30€. Quanto ao curso de técnico de informática de
gestão, apenas se pode apontar a soma das rúbricas dado que apenas uma turma foi
incluída na amostra. Já no curso de técnico de multimédia, existe uma despesa de, em
média, 45.165.99€ para a rúbrica 1, 52.988.56€ para a rúbrica 2, 39.098.88€ para a
rúbrica 3, 15.642.85€ para a rúbrica 4, 3.159.33€ para a rúbrica 5 e 17.250.59€ para a
rúbrica 6.
No Centro, em média, as despesas inerentes à formação prestada nos cursos
incluídos na amostra, são de na rúbrica 1- 25.349.45€, na rúbrica 2- 40.577.60€, na
rúbrica 3- 19.733.46€, na rúbrica 4- 7.839.03€, na rúbrica 5- 2.008.03€ e na rúbrica 6-
15.967.41€. Quanto ao curso de técnico de energias renováveis, apenas se pode apontar
a soma das rúbricas dado que apenas uma turma foi incluída na amostra. Já no curso de
técnico de informática de gestão existe uma despesa de, em média, 22.362,54€ para a
rúbrica 1, 40.506,23€ para a rúbrica 2, 18.836,48€ para a rúbrica 3, 6.694,81€ para a
rúbrica 4, 2.357,04€ para a rúbrica 5 e de 13.101,85€ para a rúbrica 6. No curso de
técnico de manutenção industrial a média de valores referente à rúbrica 1 é de
31.425.36€, à rúbrica 2 é de 33.336,44€, à rúbrica 3 é de 18.010,19€, à rúbrica 4 é de
5.373,65€, à rúbrica 5 é de 493,00€ e, por fim, à rúbrica 6 o valor é de 33.617,28€. Já
para o curso de técnico de multimédia, gastou-se, em média na rúbrica 1- 23.671,51€,
na rúbrica 2- 42.592,20€, na rúbrica3- 20.469,34€, na rúbrica 4- 8.797,51€, na rúbrica
5- 373,77€ e, na rúbrica 6- 12.705,45€.
Na região norte, assiste-se, em média a uma despesa de, na rúbrica 1-
21.693,73€, na rúbrica 2- 48.023,45€, na rúbrica 3- 22.913,53€, na rúbrica 4-
10.795,49€, na rúbrica 5- 2.462,20€ e na rúbrica 6- 11.594,01€. No curso de técnico de
energias renováveis existe uma despesa de, em média, 24.310,74€ para a rúbrica 1,
48.890,99€ para a rúbrica 2, 23.173,39€ para a rúbrica 11.149,83€ para a rúbrica 4,
2.904,77€ para a rúbrica 5 e de 10.206,22€ para a rúbrica 6. No curso de técnico de
informática de gestão a média de valores referente à rúbrica 1 é de 18.636,54€, à rúbrica
2 é de 43.458,04€, à rúbrica 3 é de22.251,64€, à rúbrica 4 é de 10.352,92€, à rúbrica 5 é
de 2.299,60€ e, por fim, à rúbrica 6 o valor é de 10.710,91€. Já para o curso de
manutenção industrial, gastou-se, em média na rúbrica 1- 24.033,88€, na rúbrica 2-
54.867,94€, na rúbrica 3-22.839,68€, na rúbrica 4- 13.124,09€, na rúbrica 5- 3.204,58€
e, na rúbrica 6- 12.605,15€. E, por fim, o curso de técnico de multimédia, teve como
valor de despesa na rúbrica 1- 18.682,42€, na rúbrica 2- 45.347,35€, na rúbrica 3-
23.057,54€, na rúbrica 4- 9.065,65€, na rúbrica 5- 1.485,60€ e, na rúbrica número 6-
13.359,03€.
Assim, as entidades, com o curso de técnico de energias renováveis, gastaram
em média 24.561,65€ na rúbrica 1, 48.100,71€ na rúbrica 2, 22.968,08€ na rúbrica 3,
11.150,89€ na rúbrica 4, 2.479,10€ na rúbrica 5, e, ainda, 9.953,30€ na rúbrica 6. O
curso de técnico de informática de gestão despendeu 21.000,93€ para a rúbrica 1,
41.093,80€ para a rúbrica 2, 21.500,11€ para a rúbrica 3, 8.587,86€ para a rúbrica 4,
2.090,07€ para a rúbrica 5 e, por último, para a rúbrica 6- 11.405,42€. O curso de
técnico de manutenção industrial teve como despesa na rúbrica 1- 27.201,66€, na
rúbrica 2- 47.690,77€, na rúbrica 3- 21.229,85€, na rúbrica 4- 10.540,61€, na rúbrica 5-
2.300,72€ e na rúbrica 6- 19.609,19€. No curso de técnico de multimédia, em média,
coube a quantia de 24.759,38€ para a rúbrica 1, 45.985,26€ para a rúbrica 2, 25.268,27€
para a rúbrica 3, 10.188,38€ para a rúbrica 4, 2.304,87€ para a rúbrica 5 e 13.888,34€
para a rúbrica 6.
Nesta análise, torna-se essencial e como foco primordial do estudo, encontrar o
custo médio por aluno e calcular a diferença entre o valor real das despesas incorridas
pelas entidades relativamente aos encargos de todas as rubricas à exceção da rúbrica 1
(já que, como mencionado esta não é suportada através de custos unitários) e o valor
efetivamente financiado pelo Fundo Social Europeu através do POPH.
Assim, na região do Alentejo o custo médio por aluno é de 4.676.97€, sendo que
existe uma diferença de -4.138.81€, já que o curso de técnico de informática de gestão
apresenta como média de custo por aluno 3.990,86€, com uma média de comparação de
262.76€, o curso de técnico de multimédia tem um custo por aluno de 5.020,02€, com
uma média de comparação de -6.339,60€.
No que respeita à região centro o custo médio por aluno é de 4.442,23€, com
uma diferença entre despesa e valor financiado de 3.001,48€, no curso de técnico de
energias renováveis a média de custo por aluno é de 4.888,81€ e a referida média de
comparação é de 8.808,85€, no curso de técnico de informática de gestão a média de
custo por aluno é de 4.490,50€ e a média de comparação é de -3.158,14€, no curso de
técnico de manutenção industrial a média de custo por aluno é de 4.483,15€, e o valor
médio de comparação é de 7.822,87€, por sua vez, o curso técnico de multimédia o
valor médio de custo por aluno é de 4.139,98€ e a média do valor comparativo entre as
despesas e o financiamento é de 2.641,37€.
Na região Norte o custo médio por aluno ronda o valor de 4.710,01€ e o valor
médio da diferença existente entre o valor pago pelo POPH e as despesas que as
entidades tiveram é de -6.668,38€, uma vez que o curso de energias renováveis
apresenta um valor médio de custo por aluno 4.548,28€ e a referida média de
comparação é de 1.004,81€, no curso de técnico de informática de gestão a média de
custo por aluno é de 5.541,17€ e a média de comparação é de -15.089,24€, no curso de
técnico de manutenção industrial a média de custo por aluno é de 4.388,14€, e o valor
médio de comparação é de -14.791,44€, por sua vez, o curso técnico de multimédia o
valor médio de custo por aluno é de 4.586,12€ e a média do valor comparativo entre as
despesas e o financiamento é de -5.870,02€.
Quando analisados os valores, tendo em consideração apenas o curso, constata-
se que o técnico de energias renováveis apresenta um valor médio de custo por aluno de
4.616,38€ e uma média da diferença entre o valor financiado e gasto 2.565,61€. O curso
de técnico de informática e de gestão o valor de custo por aluno é de 4.901,95€ e o valor
do diferencial é de -8.080,75€. No curso de técnico de manutenção industrial, o valor
médio por aluno é de 4.428.86 e o valor de comparação é -5.099,59€. E, por fim o curso
de técnico de multimédia apresenta um valor medio por aluno de 4.509,72€ e um valor
de comparação de -3.111,15€.
Assiste-se assim, a uma média total de custo por aluno de 4.615,79€ e, a uma
média total de comparação de -3.160,57€.
Cursos Profissionais – Ano letivo 2011/2012
Elementos Físicos
Tendo em conta a amostra anteriormente apresentada, importa referir que, para
os cursos profissionais, no ano letivo de 2011/2012, o financiamento permitiu abranger
um total de 688 formandos: 70 no Alentejo, com 33 no curso de técnico de informática
de gestão e 37 no curso de técnico de multimédia; 259 no centro, com 61 no curso de
técnico de energias renováveis, 57 no curso de técnico de informática de gestão, 59 no
curso de técnico de manutenção industrial e 82 no curso de técnico de multimédia; e
359 no norte do país, com 160 no curso de técnico de energias renováveis, 39 no curso
de técnico de informática de gestão, 91 no curso de técnico de manutenção industrial e
69 no curso de técnico de multimédia. Assim, a amostra abrange um total de 221 alunos
financiados no curso de técnico de energias renováveis, 129 no curso de técnico de
informática de gestão, 150 no curso de técnico de manutenção industrial e 188 no curso
de técnico de multimédia.
No entanto, salienta-se o facto de, no início do ano letivo, terem iniciado nos
cursos supracitados um total de 817 formandos, sendo que 125 desistiram do curso.
Assim, assiste-se a uma taxa de desistência de 15% equivalente a uma média de 3,6
alunos desistentes por curso, com a seguinte distribuição geográfica: Alentejo, 9,6%
com uma média 3 desistências por curso; Norte, 60%, com uma média de 4,2
desistências por curso e Centro, 30%, com 2,9 desistências por curso.
Financiamento
Conforme os elementos físicos anteriormente apresentados, e seguindo a lógica
das escalas normalizadas de custos unitários, ou seja, custo/curso/turma, dita-se que
foram financiados no total 3.054.629,94€.
Este financiamento foi distribuído, por região e por curso, da seguinte forma:
Alentejo, 297.725,20€, sendo que, 125.325,20€ foram destinados ao curso de técnico de
informática de gestão e 172.400,00€ dirigidos ao curso de técnico de multimédia (2
entidades e 2 entidades, respetivamente); Centro, 1.124.576,08€, sendo que 277.920,00€
foram destinados ao curso de técnico de energias renováveis, 226.306,08€ dirigidos ao
técnico de informática de gestão, 275.550,00€ couberam ao curso de técnico de
manutenção industrial, e 344.800,00€ foram para o curso de técnico de multimédia (2,
3, 2 e 4 entidades, respetivamente); Norte, 1.632.328,66€, sendo que, 778.450,94€
foram destinados ao curso de técnico de energias renováveis, 156.676,52€ dirigidos ao
curso de técnico de informática de gestão, 367.400,00€ couberam ao curso de técnico de
manutenção industrial, e 329.801,20€ foram para o curso de técnico de multimédia.
Assim, o curso de técnico de energias renováveis foi financiado com 1.056.370,94€, o
curso de técnico de informática de gestão recebeu 508.307,80€, o curso de técnico de
manutenção industrial teve direito a 642.950,00€ e ao curso de técnico de multimédia
coube a quantia de 847.001,20€.
Por forma a fazer uma análise mais pormenorizada das despesas tidas pelas
entidades, para posterior comparação com o financiamento efetivamente recebido pelo
POPH, foram calculadas as médias dos valores reais das rúbricas, por região e por
curso.
Assim, estima-se que no Alentejo, se gastou em média na rúbrica 1- 25.088,03€,
na rúbrica 2- 31.490,13 €, na rúbrica 3- 28.464,62€, na rúbrica 4- 7.098,79€, na rúbrica
5- 1.890,60€ e na rúbrica 6- 13.882,82€. Quanto ao curso de técnico de informática de
gestão, apresentam-se despesas de, em média, 21.836,05€ na rúbrica 1, 31.801,47€ na
rúbrica 2, 26.206,13€ na rúbrica 3, 8.246,89€ na rúbrica 4, 1.425,82€ na rúbrica 5 e
12.894,24€ na rúbrica 6. Já no curso de técnico de multimédia, existe uma despesa de,
em média, 28.340,01€ para a rúbrica 1, 31.178,78€ para a rúbrica 2, 30.723,11€ para a
rúbrica 3, 5.950,69€ para a rúbrica 4, 2.355,39€ para a rúbrica 5 e 14.871,40€ para a
rúbrica 6.
No Centro, em média, as despesas inerentes à formação, são na rúbrica 1 de
22.230,44€, na rúbrica 2 de 36.409,65€, na rúbrica 3 de 17.850,51€, na rúbrica 4 de
6.666,78€, na rúbrica 5 de 2.609,06€ e na rúbrica 6 de 19.636,21€. Quanto ao curso de
técnico de energias renováveis, na rúbrica 1 gastou-se 17.075,30€, na rúbrica 2-
40.514,21€, na rúbrica 3- 16.391,02€, na rúbrica 4- 8.759,99€, na rúbrica 5- 1.355,96€ e
na rúbrica 6- 13.875,69€. Já no curso de técnico de técnico de informática de gestão
existe uma despesa de, em média, 20.198,56€ para a rúbrica 1, 33.903,73€ para a
rúbrica 2, 17.769,36€ para a rúbrica 3, 6.430,16€ para a rúbrica 4, 2.668,49€ para a
rúbrica 5 e de 19.533,23€ para a rúbrica 6. No curso de técnico de manutenção
industrial a média de valores referente à rúbrica 1 é de 30.401,55€, à rúbrica 2 é de
31.161,44€, à rúbrica 3 é de 16.833,54€, à rúbrica 4 é de 1.710,26€, à rúbrica 5 é de
3.624,49€ e, por fim, à rúbrica 6 o valor é de 35.331,98€. Já para o curso de técnico de
multimédia, gastou-se, em média na rúbrica 1- 21.492,37€, na rúbrica 2- 38.309,83€, na
rúbrica 3- 20.069,15€, na rúbrica 4- 8.114,56€, na rúbrica 5- 3.125,79€ e, na rúbrica 6-
15.035,88€.
Na região norte, assiste-se, em média a uma despesa de, na rúbrica 1-
17.434,28€, na rúbrica 2- 41.345,13€, na rúbrica 3- 21.191,75€, na rúbrica 4-
10.046,86€, na rúbrica 5- 1.999,38€ e na rúbrica 6- 11.243,19€. No curso de técnico de
energias renováveis existe uma despesa de, em média, 20.573,13€ para a rúbrica 1,
45.146,19€ para a rúbrica 2, 21.556,91€ para a rúbrica 9.009,79€ para a rúbrica 4,
2.902,53€ para a rúbrica 5 e de 9.560,29€ para a rúbrica 6. No curso de técnico de
informática de gestão a média de valores referente à rúbrica 1 é de 6.560,86€, à rúbrica
2 é de 25.739,59€, à rúbrica 3 é de 21.117,75€, à rúbrica 4 é de 9.384,72€, à rúbrica 5 é
de 1.174,01€ e, por fim, à rúbrica 6 o valor é de 13.586,45€. Já para o curso de
manutenção industrial, gastou-se, em média na rúbrica 1- 23.699,16€, na rúbrica 2-
44.967,97€, na rúbrica 3- 24.179,65€, na rúbrica 4- 12.190,86€, na rúbrica 5- 1.468,86€
e, na rúbrica 6- 11.869,04€. E, por fim, o curso de técnico de multimédia, teve como
valor de despesa na rúbrica 1- 10.328,43€, na rúbrica 2- 37.922,93€, na rúbrica 3-
17.510,52€, na rúbrica 4- 10.308,06€, na rúbrica 5- 1.136,30€ e, na rúbrica número 6-
12.811,50€.
Assim, as entidades, com o curso de técnico de energias renováveis, gastaram
em média 19.619,17€ na rúbrica 1, 43.882,92€ na rúbrica 2, 20.148,03€ na rúbrica 3,
8.941,66€ na rúbrica 4, 2.480,74€ na rúbrica 5, e, ainda, 10.737,22€ na rúbrica 6. O
curso de técnico de informática de gestão despendeu 16.769,93€ para a rúbrica 1,
30.970,47€ para a rúbrica 2, 21.136,55€ para a rúbrica 3, 7.793,39€ para a rúbrica 4,
1.886,45€ para a rúbrica 5 e, por último, para a rúbrica 6- 15.937,29€. O curso de
técnico de manutenção industrial teve como despesa na rúbrica 1- 26.571,61€, na
rúbrica 2- 40.365,79€, na rúbrica 3- 21.730,94€, na rúbrica 4- 8.697,33€, na rúbrica 5-
2.187,40€ e na rúbrica 6- 19.690,02€. No curso de técnico de multimédia, em média,
coube a quantia de 18.396,32€ para a rúbrica 1, 36.553,20€ para a rúbrica 2, 21.299,53€
para a rúbrica 3, 8.608,59€ para a rúbrica 4, 2.070,37€ para a rúbrica 5 e 14.010,72€
para a rúbrica 6.
Nesta análise, torna-se essencial e como foco primordial do estudo, encontrar o
custo médio por aluno e calcular a diferença entre o valor real das despesas incorridas
pelas entidades relativamente aos encargos de todas as rubricas à exceção da rúbrica 1
(já que, como mencionado esta não é suportada através de custos unitários) e o valor
efetivamente financiado pelo Fundo Social Europeu através do POPH.
Assim, na região do Alentejo o custo médio por aluno é de 5.105,27 €, sendo
que existe uma diferença de -8.395,65€, já que o curso de técnico de informática de
gestão apresenta como média de custo por aluno 5.638,35€, com uma média de
comparação de -17.911,95€, o curso de técnico de multimédia tem um custo por aluno
de 4.572,20€, com uma média de comparação de 1.120,65€.
No que respeita à região centro o custo médio por aluno é de 4.148,91€, com
uma diferença entre despesa e valor financiado de 5.287,03€, no curso de técnico de
energias renováveis a média de custo por aluno é de 4.028,48€ e a referente média de
comparação é de 11.743,14€, no curso de técnico de informática de gestão a média de
custo por aluno é de 4.426,37€ e a média de comparação é de -4.869,61 €, no curso de
técnico de manutenção industrial a média de custo por aluno é de 4.400,69€, e o valor
médio de comparação é de 6.229,66€, por sua vez, o curso técnico de multimédia o
valor médio de custo por aluno é de 3.842,29€ e a média do valor comparativo entre as
despesas e o financiamento é de 7.355,45€.
Na região Norte o custo médio por aluno ronda o valor de 4.369,56€ e o valor
média da diferença existente entre o valor pago pelo POPH e as despesas que as
entidades tiveram é de 4.858,62€, uma vez que o curso de energias renováveis apresenta
um valor médio de custo por aluno 4.449,17€ e a referida média de comparação é de
9.130,66€, no curso de técnico de informática de gestão a média de custo por aluno é de
3.688,02€ e a média de comparação é de 7.335,76€, no curso de técnico de manutenção
industrial a média de custo por aluno é de 4.259,11€, e o valor médio de comparação é
de -2.826,39€, por sua vez, o curso técnico de multimédia o valor médio de custo por
aluno é de 4.661,56€ e a média do valor comparativo entre as despesas e o
financiamento é de 2.760,99€.
Quando analisados os valores, tendo em consideração apenas o curso, constata-
se que o técnico de energias renováveis apresenta um valor médio de custo por aluno de
4.334,43€ e uma média da diferença entre o valor financiado e gasto 9.843,15€. O curso
de técnico de informática e de gestão o valor de custo por aluno é de 4.561,69€ e o valor
do diferencial é de -5.108,75€. No curso de técnico de manutenção industrial, o valor
médio por aluno é de 4.319,79€ e o valor de comparação é 1.054,78€. E, por fim o curso
de técnico de multimédia apresenta um valor medio por aluno de 4.315,98€ e um valor
de comparação de 4.270,71€.
Assiste-se assim, a uma média total de custo por aluno de 4.371,68€ e, a uma
média total de comparação de 3.502,97€.
Cursos de Educação e Formação – Ano letivo 2010/2011
Elementos Físicos
Uma vez apresentada a amostra contida no presente estudo, urge salientar que,
para os cursos de educação e formação, no ano letivo de 2010/2011, o financiamento
permitiu abranger um total de 316 formandos: na tipologia dois, no total foram
abarcados 135 formandos, com a seguinte dispersão geográfica: 13 no Alentejo, com
apenas um dos cursos incluídos na amostra, práticas técnico-comerciais;; e 97 25 no
centro, igualmente, com apenas um curso dos incluídos na amostra, instalação e
reparação de computados no norte do país, com 28 no curso de cuidados estéticos do
rosto e corpo, 15 no curso de instalação e reparação de computadores, 54 no curso de
práticas técnico-comerciais. Na tipologia três, no total foram financiados 181
formandos, tendo uma dispersão geográfica menor que na tipologia dois, uma vez que
nesta a região do Alentejo não contempla nenhum dos cursos incluídos na amostra,
desta forma: a região Centro proporcionou esta oferta a 26 formandos, apresentado
apenas um dos cursos incluídos na amostra - práticas técnico-comerciais. Na região
Norte, foram abrangidos um total de 155 formandos, 36 no curso de cozinha, 30 no
curso de instalação e reparação de computadores e, 89 no curso de práticas técnico-
comerciais.
Assim, a amostra abrange um total, na tipologia dois, de 28 alunos financiados
no curso de cuidados e estética do rosto e corpo, 40 no curso de instalação e reparação
de computadores, 67 no curso de práticas técnico-comerciais. Na tipologia três foram
financiados, num total, 36 formandos no curso de cozinha, 30 no curso de instalação e
reparação de computadores e 115 no curso de práticas técnico-comerciais.
No entanto, salienta-se o facto de, no início do ano letivo, terem iniciado nos
cursos supracitados um total de 363 formandos, 166 na tipologia dois e 197 na tipologia
três, sendo que 48 desistiram do curso, 31 na tipologia dois e 17 na tipologia três.
Assim, assiste-se a uma taxa de desistência de 13%, em que 64% destes pertencem à
tipologia 2 e 36% à tipologia 3.
Financiamento
Conforme os elementos físicos anteriormente apresentados, e seguindo a lógica
das escalas normalizadas de custos unitários, ou seja, custo/curso/turma, dita-se que
foram financiados no total 982.667,22 €.
Este financiamento foi distribuído na tipologia dois, por região e por curso, da
seguinte forma: Alentejo, 41.466,54€, sendo que, existe apenas um curso financiado –
práticas técnico-comerciais; Centro, 82.127,50€, sendo que integra apenas um dos
cursos incluídos na amostra – instalação e reparação de computadores. Norte,
298.857,40€, sendo que, 90.668,64€ foram destinados ao curso cuidados e estética do
rosto e corpo, 46.930,00€ dirigidos ao curso instalação e reparação de computadores,
161.258,76€ couberam ao curso de práticas técnico-comerciais. Na tipologia três, a
distribuição do financiamento decorreu da seguinte forma: Centro, 84.571,02€, sendo
que esta região incluiu apenas um dos cursos da amostra do estudo, práticas técnico-
comerciais; Norte, 475.644,76€, sendo que 109.147,04€ destinaram-se ao curso de
cozinha, 107.498,96€ ao curso de instalação e reparação de computadores e
258.998,76€ ao curso de práticas técnico-comerciais.
Assim, na tipologia 2, o curso de cuidados e estética do rosto e corpo foi
financiado com 90.668,64€ (1 entidade), o curso instalação e reparação de
computadores recebeu 129.057,50€ (3 entidades), o curso práticas técnico-comerciais
teve direito a 202.725,30€ (5 entidades). Na tipologia 3, o curso de cozinha foi
financiado com 109.147,04€ (2 entidades), o curso de instalação e reparação de
computadores com 107.498,96€ (2 entidades) e o curso de práticas técnico-comerciais
com 343.659.79€ (6 entidades).
Por forma a fazer uma análise mais pormenorizada das despesas tidas pelas
entidades, para posterior comparação com o financiamento efetivamente recebido pelo
POPH, foram calculadas as médias dos valores reais das rúbricas, por região e por
curso.
Assim, estima-se que na tipologia dois, no Alentejo, se gastou em média na
rúbrica 1- 15.145,68€, na rúbrica 2- 32.266,44€, na rúbrica 3- 17.656,42€, na rúbrica 4-
1.760,45€, na rúbrica 5- 1.331,38€ e na rúbrica 6- 2.948,17€. Nesta região registou-se
apenas a abertura de um dos cursos incluídos na amostra, práticas técnico-comerciais.
No Centro, em média, as despesas inerentes à formação, são de na rúbrica 1-
8.717,38€, na rúbrica 2- 26.775,88€, na rúbrica 3- 7368.58€, na rúbrica 4- 2.612,33€, na
rúbrica 5- 224,86€ e na rúbrica 6- 4.728,92€. Tal como explicitado na região anterior,
também, na região Centro se constata apenas a existência de um curso, instalação e
reparação de computadores.
Na região norte, assiste-se, em média a uma despesa de, na rúbrica 1-
11.887,11€, na rúbrica 2- 30.829,90€, na rúbrica 3- 14.124,66€, na rúbrica 4- 8.936,70€,
na rúbrica 5- 4.635,79€ e na rúbrica 6- 5.834,66€. No curso de cuidados e estética do
rosto e corpo existe uma despesa de, em média, 15.241,60€ para a rúbrica 1, 29.935,68€
para a rúbrica 2, 19.472,33€ para a rúbrica 3, 12.000,88€ para a rúbrica 4, 4.212,97€
para a rúbrica 5 e de 9.864,00€ para a rúbrica 6. No curso instalação e reparação de
computadores a média de valores referente à rúbrica 1 é de 11.141,37€, à rúbrica 2 é de
32.186,65€, à rúbrica 3 é de 11.570,20€, à rúbrica 4 é de 9.983,08€, à rúbrica 5 é de
772,57€ e, por fim, à rúbrica 6 o valor é de 4.602,08€. Já para o curso de práticas
técnico-comerciais, gastou-se, em média na rúbrica 1- 10.396,30€, na rúbrica 2-
30.937,82€, na rúbrica 3-12.089,44€, na rúbrica 4- 7.143,02€, na rúbrica 5- 5.813,01€ e,
na rúbrica 6- 4.128,14€.
Na tipologia 3, na região do Centro gastou-se em média, na rúbrica 1-
11.989,30€, na rúbrica 2- 9.344,40€, na rúbrica 3- 14.313,06€, na rúbrica 4- 14.288,87€,
na rúbrica 5- 1.083,61€ e, na rúbrica número 6- 7.541,71€. Nesta região registou-se
apenas a abertura de um dos cursos incluídos na amostra, práticas técnico-comerciais.
No Norte, assiste-se, em média a uma despesa de, na rúbrica 1- 14.282,43€, na rúbrica
2- 29.378,89€, na rúbrica 3- 17.604,28€, na rúbrica 4- 7.871,20€, na rúbrica 5-
5.537.82€ e na rúbrica 6- 6.565,84€. No curso de cozinha existe uma despesa de, em
média, 14.217,03€ para a rúbrica 1, 24.756,27€ para a rúbrica 2, 9.182,46€ para a
rúbrica 3, 11.329,63€ para a rúbrica 4, 12.240,29€ para a rúbrica 5 e de 3.539,84€ para a
rúbrica 6. No curso instalação e reparação de computadores a média de valores referente
à rúbrica 1 é de 16.686,79€, à rúbrica 2 é de 38.572,63€, à rúbrica 3 é de 21.012,80€, à
rúbrica 4 é de 5.447,39€, à rúbrica 5 é de 1.973,01€ e, por fim, à rúbrica 6 o valor é de
5.798,43€. Já para o curso de práticas técnico-comerciais, gastou-se, em média na
rúbrica 1- 13.346,85€, na rúbrica 2- 27.550,45€, na rúbrica 3- 19.609,61€, na rúbrica 4-
7.457,36€, na rúbrica 5- 4.282,76€ e, na rúbrica 6- 8.083,21€.
Assim, as entidades contidas na tipologia 2, com o curso de cuidados e estética
do rosto e corpo, gastaram em média 15.241,60€ na rúbrica 1, 29.935,68€ na rúbrica 2,
19.472,33€ na rúbrica 3, 12.000,88€ na rúbrica 4, 4.212,97€ na rúbrica 5, e, ainda,
9.864,00€ na rúbrica 6. O curso de instalação e reparação de computadores despendeu
9.525,38€ para a rúbrica 1, 28.579,47€ para a rúbrica 2, 8.769,12€ para a rúbrica 3,
5.069,25€ para a rúbrica 4, 407.43€ para a rúbrica 5 e, por último, para a rúbrica 6-
4.686,64€. O curso de práticas técnico-comerciais teve como despesa na rúbrica 1-
11.346,17€, na rúbrica 2- 31.203,54€, na rúbrica 3- 13.202,83€, na rúbrica 4- 6.066,50€,
na rúbrica 5- 4.916,68€ e na rúbrica 6- 3.892,15€. Na tipologia 3, com o curso de
cozinha, em média as entidades despenderam, na rúbrica 1 de 14.217,03€, na rúbrica 2
de 24.756,27€, na rúbrica 3 de 9.182,46€, na rúbrica 4 de 11.329,63€, na rúbrica 5 de
12.240,29€, na rúbrica 6 de 3.539,84€; no curso de instalação e reparação de
computadores o valor médio da rúbrica 1 é 16.686,79€, na rúbrica 2 é de 38.572,63€, na
rúbrica 3 é de 21.012,80€, na rúbrica 4 é de 5.447,39€, na rúbrica 5 é de 1.973,01€ e na
rúbrica 6 é de 5.798,43€; e, no curso de práticas técnico-comerciais o valor médio na
rubrica 1 corresponde a 12.958,98€, na rúbrica 2 a 22.348,72€, na rubrica 3 a
18.096,31€, na rubrica 4 a 9.409,22€ na rubrica 5 a 3.368,72€ e na rubrica 6 a
7.928,50€.
Nesta análise, torna-se essencial e como foco primordial do estudo, encontrar o
custo médio por aluno e calcular a diferença entre o valor real das despesas incorridas
pelas entidades relativamente aos encargos de todas as rubricas à exceção da rúbrica 1
(já que, como mencionado esta não é suportada através de custos unitários) e o valor
efetivamente financiado pelo Fundo Social Europeu através do POPH.
Assim, na tipologia 2 região do Alentejo o custo médio por aluno é de
4.304,84€, sendo que existe uma diferença de -14.496,32€. Como tem vindo a ser
mencionado, a região do Alentejo contempla apenas um dos cursos da amostra, práticas
técnico-comerciais.
No que respeita à região centro o custo médio por aluno é de 3.427,81€, com
uma diferença entre despesa e valor financiado de -646,81€, tal como ocorre no
Alentejo, a região Cento dispõe apenas de um curso instalação e reparação de
computadores.
Na região Norte o custo médio por aluno ronda o valor de 4.760,92€ e o valor
médio da diferença existente entre o valor pago pelo POPH e as despesas que as
entidades tiveram é de -21.667,79€, uma vez que o curso de cuidados e estética do rosto
e corpo apresenta um valor médio de custo por aluno 5.391,85€ e a referida média de
comparação é de -30.151,54€, no curso de instalação e reparação de computadores a
média de custo por aluno é de 3.940,97€ e a média de comparação é de -12.184,58€, no
curso práticas técnico-comerciais a média de custo por aluno é de 4.650,44€, e o valor
médio de comparação é de -19.796,73€. Na tipologia 3 o custo médio por aluno é de
3.887,65 €, sendo que existe uma diferença de -12.322,72 € entre o valor real gasto pela
escola com o curso e o valor financiado. Na região do Centro o custo médio por aluno é
de 3.558,16€, sendo que existe uma diferença de -4.286,12€, esta região contem apenas
o curso de práticas técnico-comerciais. Na região Norte o custo médio por alunos ronda
o valor de 3.960,87€ e o valor médio do diferencial valor real, valor financiado é de -
14.108,63€, no curso de cozinha, o valor médio por aluno ronda os 3.406,76€ com um
diferencial de -6.474,96€, o curso de Instalação e reparação de computadores o custo
médio por aluno 4.853,62 € com um diferencial de -19.054,77€. No curso de práticas
técnico-comerciais o valor médio é de 3.825,42€ com um diferencial de -15.183,64€.
Quando analisados os valores, tendo em consideração apenas o curso, constata-
se que na tipologia 2 o curso de cuidados e estética do rosto e corpo apresenta um valor
médio de custo por aluno de 5.391,85€ e uma média da diferença entre o valor
financiado e gasto -30.151,54 €.
O curso de instalação e reparação de computadores o valor de custo por aluno é
de 3.598,86€ e o valor do diferencial é de -4.492,73€. No curso de práticas técnico-
comerciais, o valor médio por aluno é de 4.581,32€ e o valor de comparação é -
18.736,64€. Na tipologia 3, no curso de cozinha, o custo médio por aluno é de
3.406,76€ e a média da diferença é de -6.474,96€, no curso de instalação e reparação de
computadores o valor médio por aluno é de 4.853,62€ com um valor de comparação de
-19.054,77€ e o curso práticas técnico-comerciais o valor médio por aluno é de 3.749,06
€ e o valor de comparação é de -12.070,07€.
Assiste-se assim, a uma média total de custo por aluno de 4.154,81€ e, a uma média
total de comparação de -14.429,26€.
Cursos de Educação e Formação – Ano letivo 2011/2012
Elementos Físicos
Uma vez apresentada a amostra contida no presente estudo, urge salientar que,
para os cursos de educação e formação, no ano letivo de 2011/2012, o financiamento
permitiu abranger um total de 355 formandos: na tipologia dois, no total foram
abarcados 118 formandos, com a seguinte dispersão geográfica: 54 no centro, com 36
no curso instalação e reparação de computados e 18 no curso de práticas técnico-
comerciais; e 64 no norte do país, 29 no curso de instalação e reparação de
computadores, 35 no curso de práticas técnico-comerciais. Na tipologia três, no total
foram financiados 237 formandos, tendo uma dispersão geográfica igual à tipologia
dois, desta forma: a região Centro proporcionou esta oferta a 18 formandos,
apresentando apenas um dos cursos incluídos na amostra - práticas técnico-comerciais.
Na região Norte, foram abrangidos um total de 219 formandos, 35 no curso de cozinha,
47 no curso de instalação e reparação de computadores, 119 no curso de práticas
técnico-comerciais e 18 no curso de técnico de comércio.
Assim, a amostra abrange um total, na tipologia dois, de 65 formandos no curso
de instalação e reparação de computadores, 53 no curso de práticas técnico-comerciais.
Na tipologia três foram financiados, num total, 35 formandos no curso de cozinha, 47
no curso de instalação e reparação de computadores, 155 no curso de práticas técnico-
comerciais.
No entanto, salienta-se o facto de, no início do ano letivo, terem iniciado nos
cursos supracitados um total de 408 formandos, 143 na tipologia dois e 265 na tipologia
três, sendo que 53 desistiram do curso, 25 na tipologia dois e 28 na tipologia três.
Assim, assiste-se a uma taxa de desistência de 13%, em que 47% destes pertencem à
tipologia 2 e 53% à tipologia 3.
Financiamento
Conforme os elementos físicos anteriormente apresentados, e seguindo a lógica
das escalas normalizadas de custos unitários, ou seja, custo/curso/turma, dita-se que
foram financiados no total 1.059.427,75€.
Este financiamento foi distribuído na tipologia dois, por região e por curso, da
seguinte forma: Centro, 139.933,93€, com 93.860,00€ para o curso de instalação e
reparação de computadores e 46.073,93€ para o curso de práticas técnico-comerciais;
Norte, 181.314,86€, sendo que, 89.167,00€ dirigidos ao curso instalação e reparação de
computadores, 46.073,93€ couberam ao curso de práticas técnico-comerciais e
46.073,93€ destinaram-se ao curso de técnico de comércio. Na tipologia três, a
distribuição do financiamento decorreu da seguinte forma: Centro, 52.856,89€, sendo
que esta região incluiu apenas um dos cursos da amostra do estudo, práticas técnico-
comerciais; Norte, 685.322,07€, sendo que 109.147,04€ destinaram-se ao curso de
cozinha, 161.248,44€ ao curso de instalação e reparação de computadores, 362.069,70€
ao curso de práticas técnico-comerciais e 52.856,89€ ao curso de técnico de comércio.
Assim, na tipologia 2, o curso instalação e reparação de computadores recebeu
183.027,00€ (3 entidades), o curso práticas técnico-comerciais teve direito a 92.147,86€
(2 entidades) e o curso de técnico de comércio recebeu 46.073,93€ (1 entidade). Na
tipologia 3, o curso de cozinha foi financiado com 109.147,04€ (2 entidades), o curso de
instalação e reparação de computadores com 161.248,44€ (3 entidades), o curso de
práticas técnico-comerciais com 414.926,59€ (4 entidades) e o curso de técnico de
comércio com 52.856,89€ (1 entidade).
Por forma a fazer uma análise mais pormenorizada das despesas tidas pelas
entidades, para posterior comparação com o financiamento efetivamente recebido pelo
POPH, foram calculadas as médias dos valores reais das rúbricas, por região e por
curso.
Assim, estima-se que na tipologia dois, no centro, em média, as despesas
inerentes à formação, são de na rúbrica 1- 13.081,87€, na rúbrica 2- 23.577,65€, na
rúbrica 3- 8.193,76€, na rúbrica 4- 3.700,92€, na rúbrica 5- 33,15€ e na rúbrica 6-
5.830,95€. No curso instalação e reparação de computadores a média de valores
referente à rúbrica 1 é de 12.648,38€, à rúbrica 2 é de 25.382,44€, à rúbrica 3 é de
7.071,43€, à rúbrica 4 é de 3.972,22€, à rúbrica 5 é de 39,20€ e, por fim, à rúbrica 6 o
valor é de 5.005,25€. Já para o curso de práticas técnico-comerciais, gastou-se, em
média na rúbrica 1- 13.948,86€, na rúbrica 2- 19.968,08€, na rúbrica 3- 10.438,43€, na
rúbrica 4- 3.158,34€, na rúbrica 5- 21,06€ e, na rúbrica 6- 7.482,37€.
Ainda na tipologia 2, na região norte, assiste-se, em média a uma despesa de, na
rúbrica 1- 8.604,16€, na rúbrica 2- 28.871,47€, na rúbrica 3- 9.990,91€, na rúbrica 4-
5.872,76€, na rúbrica 5- 4.552,06€ e na rúbrica 6- 2.328,07€. No curso de instalação e
reparação de computadores, a média de valores refente à rúbrica 1 é de 7.602,33€, à
rúbrica 2 é de 29.092,55€, à rúbrica 3 de 10.951,50€, à rúbrica 4 de 6.956,77€, à 5 de
321,72€ e à 6 de 3.524,79€. Já para o curso de práticas técnico-comerciais, gastou-se,
em média na rúbrica 1- 15.281,37€, na rúbrica 2- 23.750,00€, na rúbrica 3- 10.523,25€,
na rúbrica 4- 9.577,50€, na rúbrica 5- 16.642,25€ e, na rúbrica 6- 0,00€. No curso de
técnico de comércio gastou-se, em média, na rúbrica 1- 3.930,60€, na rúbrica 2-
33.550,79€, na rúbrica 3- 7.537,37€, na rúbrica 4- 0,00€, na rúbrica 5- 922,54€ e, na
rúbrica 6- 2.262,69€.
Na tipologia 3, na região do Centro gastou-se em média, na rúbrica 1-
11.668,96€, na rúbrica 2- 24.486,52€, na rúbrica 3- 27.668,60€, na rúbrica 4-
10.825,62€, na rúbrica 5- 2.632,95€ e, na rúbrica número 6- 11.435,42€. Nesta região
registou-se apenas a abertura de um dos cursos incluídos na amostra, práticas técnico-
comerciais.
No Norte, ainda na tipologia 3, assiste-se, em média a uma despesa de, na
rúbrica 1- 14.141,89€, na rúbrica 2- 24.933,64€, na rúbrica 3- 21.643,53€, na rúbrica 4-
9.073,43€, na rúbrica 5- 4.101,48€ e na rúbrica 6- 8.792,00€. No curso de cozinha
existe uma despesa de, em média, 13.922,97€ para a rúbrica 1, 22.722,91€ para a
rúbrica 2, 6.375,92€ para a rúbrica 3, 9.968,55€ para a rúbrica 4, 10.269,33€ para a
rúbrica 5 e de 2.774,49€ para a rúbrica 6. No curso instalação e reparação de
computadores a média de valores referente à rúbrica 1 é de 17.267,61€, à rúbrica 2 é de
22.021,25€, à rúbrica 3 é de 15.917,46€, à rúbrica 4 é de 7.263,46€, à rúbrica 5 é de
2.064,48€ e, por fim, à rúbrica 6 o valor é de 6.162,59€. Já para o curso de práticas
técnico-comerciais, gastou-se, em média na rúbrica 1- 14.101,56€, na rúbrica 2-
24.993,02€, na rúbrica 3- 30.422,17€, na rúbrica 4- 10.889,59€, na rúbrica 5- 3.664,63€
e, na rúbrica 6- 12.558,38€. E, para o curso de técnico de comércio, o gasto, em média,
na rúbrica 1 foi de 5.484,80€, na rúbrica 2- 37.676,60€, na rúbrica 3- 7.906,45€, na
rúbrica 4- 0,00€, na rúbrica 5- 934,73€ e, por fim, na rúbrica 6, foi de 2.350,58€.
Assim, as entidades, contidas na tipologia 2, gastaram com o curso de instalação
e reparação de computadores 10.125,35€ para a rúbrica 1, 27.237,49€ para a rúbrica 2,
9.011,47€ para a rúbrica 3, 5.464,49€ para a rúbrica 4, 180,46€ para a rúbrica 5 e, por
último, para a rúbrica 6- 4.265,02€. O curso de práticas técnico-comerciais teve como
despesa na rúbrica 1- 14.615,12€, na rúbrica 2- 21.859,04€, na rúbrica 3- 10.480,84€, na
rúbrica 4- 6.367,92€, na rúbrica 5- 8.331,66€ e na rúbrica 6- 3.741,19€. O curso de
técnico de comércio, em média, despendeu de 3.930,60€ para a rúbrica 1, 33.550,79€
para a rúbrica 2, 7.537,37€ para a rúbrica 3, 0,00€ para a rúbrica 4, 922,54€ para a
rúbrica 5 e 2.262,69€ para a rúbrica 6.
Na tipologia 3, com o curso de cozinha, em média as entidades despenderam, na
rúbrica 1 de 13.922,97€, na rúbrica 2 de 22.722,91€, na rúbrica 3 de 6.375,92€, na
rúbrica 4 de 9.968,55€, na rúbrica 5 de 10.269,33€, na rúbrica 6 de 2.774,49€; no curso
de instalação e reparação de computadores o valor médio da rúbrica 1 é 17.267,61€, na
rúbrica 2 é de 22.021,25€, na rúbrica 3 é de 15.917,46€, na rúbrica 4 é de 7.263,46€, na
rúbrica 5 é de 2.064,48€ e na rúbrica 6 é de 6.162,59€; no curso de práticas técnico-
comerciais o valor médio na rubrica 1 corresponde a 13.797,49€, na rúbrica 2 a
24.929,71€, na rubrica 3 a 30.077,98€, na rubrica 4 a 10.881,60€ na rubrica 5 a
3.535,67€ e na rubrica 6 a 12.418,01€; e, com o curso de técnico de comércio a despesa
foi de, em média, 5.484,80€ para a rúbrica 1, 37.676,60€ para a rúbrica 2, 7.906,45€
para a rúbrica 3, 0,00€ para a rúbrica 4, 934,73€ para a rúbrica 5 e de 2.350,58€ para a
rúbrica 6.
Nesta análise, torna-se essencial e como foco primordial do estudo, encontrar o
custo médio por aluno e calcular a diferença entre o valor real das despesas incorridas
pelas entidades relativamente aos encargos de todas as rubricas à exceção da rúbrica 1
(já que, como mencionado esta não é suportada através de custos unitários) e o valor
efetivamente financiado pelo Fundo Social Europeu através do POPH.
Assim, na tipologia 2 no que respeita à região centro o custo médio por aluno é
de 2.305,00€, com uma diferença entre despesa e valor financiado de 5.308,20€, uma
vez que o curso de instalação e reparação de computadores tem como custo médio por
aluno 2.316,72€, apresentando a diferença de 5.459,48€ entre despesas e financiamento,
assim como o curso de práticas técnico comerciais que apresenta um custo médio por
aluno de 2.281,57€ e tem como diferença, entre o já apontado, 5.005,65€.
Na região Norte o custo médio por aluno tem o valor de 3.263,44€ e o valor
médio da diferença existente entre o valor pago pelo POPH e as despesas que as
entidades tiveram é de -6.286,55€, uma vez que: no curso de instalação e reparação de
computadores a média de custo por aluno é de 3.551,41€ e a média de comparação é de
-6.263,83€; no curso práticas técnico-comerciais a média de custo por aluno é de
3.183,84€, e o valor médio de comparação é de -14.419,07€; e, no curso de técnico de
comércio, o custo médio por aluno é de 2.767,09€ e a diferença assistida é de 1.800,54€.
Na tipologia 3 o custo médio por aluno é de 4.172,57€, sendo que existe uma
diferença média de -16.424,51€ entre o valor real gasto pela escola com o curso e o
valor financiado. Na região do Centro o custo médio por aluno é de 4.280,51€, sendo
que existe uma diferença de -24.192,22€, não esquecendo que esta região contém
apenas o curso de práticas técnico-comerciais.
Na região Norte o custo médio por aluno tem o valor de 4.164,27€ e o valor
médio do diferencial valor real, valor financiado é de -15.826,99€, sendo que: no curso
de cozinha, o valor médio por aluno é de 2.969,97€ com um diferencial de 2.462,33€; o
curso de instalação e reparação de computadores o custo médio por aluno 3.431,39€
com um diferencial de 320,24€; no curso de práticas técnico-comerciais o valor médio
por aluno é de 5.026,64€, com um diferencial de -30.803,55€; e, ainda, o curso de
técnico de comércio que apresenta valores médios por aluno de 2.714,91€, com uma
diferença entre despesa e financiamento de 3.988,53€ a seu benefício.
Quando analisados os valores, tendo em consideração apenas o curso, constata-
se que na tipologia 2: o curso de instalação e reparação de computadores apresenta um
valor médio de custo por aluno de 2.934,07€ e uma média da diferença entre o valor
financiado e gasto -402,18€; no curso de práticas técnico-comerciais, o valor médio por
aluno é de 2.732,71€ e o valor de comparação é -4.706,71€; o curso de técnico de
comércio regista como custo médio por aluno 2.767,09€ e média de comparação de
1.800,54€.
Na tipologia 3: no curso de cozinha, o custo médio por aluno é de 2.969,97€ e a
média da diferença é de 2.462,33€; no curso de instalação e reparação de computadores
o valor médio por aluno é de 3.431,39€ com um valor de comparação de 320,24€; no
curso de práticas técnico-comerciais o valor médio por aluno é de 4.933,37€ e o valor
de comparação é de -29.977,13€; e, por fim, o curso de técnico de comércio apresenta
valores de 2.714,91€ e de 3.988,53€, quanto ao custo médio por aluno e à comparação
entre a despesa com a formação e o financiamento recebido para a mesma,
respetivamente.
Assiste-se assim, a uma média total de custo por aluno de 3.732,61€ e, a uma
média total de comparação de -11.388,80€.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
No presente capítulo pretende-se discutir os resultados anteriormente
apresentado. Esta discussão terá na sua base a comparação entre os dois anos letivos
tidos em conta no estudo, a tipologia (1.2 Cursos Profissionais e 1.3 Cursos de
Educação e Formação), a região e os cursos que foram incluídos na amostra.
Essa informação organizar-se-á da mesma forma que o capitulo anterior, em
primeiro lugar os cursos profissionais, apresentando-se os elementos físicos e os valores
financiados e despendido. Posteriormente, discutir-se-ão os resultados dos cursos de
educação e formação, estando a informação organizada da mesma forma.
Cursos Profissionais
Elementos Físicos
No que concerne aos dados apresentado nos elementos físicos podemos
constatar, numa primeira análise, que o número total de formandos diminui do ano
letivo 2010/2011 para o ano letivo 2011/2012 (777; 688 respetivamente). Apesar da
diminuição do número de formandos, não se verifica uma diminuição da oferta
formativa, no entanto, constata-se uma alteração na mesma.
Ano letivo Curso de Técnico Curso de Técnico Curso de Técnico Curso de Técnico
de Energias
Renováveis
de Informática de
Gestão
de Manutenção
Industrial
de Multimédia
2010/2011 207 160 153 257
2011/2012 221 129 150 188
Como se verifica na tabela apresentada, houve uma alteração do número de
alunos distribuídos por curso, se no ano letivo de 2010/2011 o curso mais frequentado
era o de técnico de multimédia, no ano letivo de 2011/2012 foi o curso de técnico de
energias renováveis que ganhou maior representatividade. Há exceção deste, todos os
outros cursos apresentam uma diminuição no número de formandos.
Quanto à taxa de desistência, esta manteve-se nos dois anos letivos estudados,
15%. No entanto, consta-se que a região do Alentejo e do Centro reduziram esta
percentagem, enquanto a região Norte, mesmo com uma diminuição no número de
alunos (2010/2011 – 457 formandos; 2011/2012 – 359 formandos), registou um
aumento bastante significativo, dos 15% de alunos desistentes, 60% destes no ano de
2011/2012 eram da região Norte. Este aumento é da ordem dos 30%, pois no ano letivo
anterior (2010/2011) a percentagem de alunos desistentes na região norte era de 31%.
Financiamento
No que respeita ao valor total financiado, segundo a lógica das escolas
normalizadas de custos unitários, este sofreu uma redução na ordem dos 352.942,34€,
porém o número de alunos inscritos também diminui.
Quando analisado especificamente a distribuição do valor total por cada uma das
regiões, constata-se que a região do Alentejo que do ano letivo 2010/2011 para o
2011/2012 registou o aumento de 4 formandos sofreu uma diminuição de 25.956,00€, a
região Centro que registou um aumento de 13 formandos, viu o valor de financiamento
aumentado em 1.331,54€ e a região Norte que registou uma diminuição de 98
formandos, 328.317.88€.
Ao analisar o valor total distribuído por cada um dos cursos contemplados na
amostra, infere-se que o curso de técnico de energias renováveis obteve um
financiamento superior no ano letivo de 2011/2012 do que no anterior (84.194,05€),
sendo que o número de formandos também aumentou (14), o curso de técnico de
informática de gestão registou uma diminuição de 130.646,72€, tendo o número de
formandos diminuído em 31 elementos. O curso de técnico de manutenção industrial
viu um aumento de 3.995,48€, com um aumento de 3 formandos, e por fim o curso de
técnico de multimédia sofreu uma diminuição de 260.070,90€ e de 69 formandos.
Após realizada uma análise do valor global atribuído a cada região e a cada um
dos cursos, surge a necessidade de estender esta análise às várias rúbricas que
contemplam o modelo de financiamento através de custos unitários, desta forma
constata-se que o valor médio gasto com cada uma das rúbricas na região do Alentejo
sofreu uma diminuição geral, sendo mais significativa nas rúbricas 1 e 2, e menos
significativa nas rúbricas 5 e 6. Na região Centro, e apesar de um aumento de 13
formandos nos cursos abrangidos no estudo, verifica-se uma diminuição do valor médio
gasto pelas entidades nas rúbricas 1, 2, 3 e 4, com um aumento pouco significativo na
rúbrica 5 e outro um pouco mais expressivo (3.668,8€) na rúbrica 6. Por sua vez, na
região Norte assiste-se a uma diminuição no valor apresentado pelas entidades em cada
uma das rúbricas, mas no entanto, esta também foi a região com uma maior redução no
número de formandos.
Analisando o valor apresentado pelas entidades em cada uma das rubricas, mas
organizando-os por curso, verifica-se que o curso de técnico de energias renováveis no
ano letivo 2010/2011 não manifestava uma diferença significativamente entre o valor
gasto por rúbrica e cada uma das regiões, no entanto no ano letivo de 2011/2012 a
região Centro exibe um valor mais reduzido nos gastos que a região Norte. Não se
devendo esquecer que a região Centro tinha apenas duas entidades com esta oferta, num
total de 63 formandos, enquanto a região Norte tinha 8 entidades com o curso supra
mencionado com um total de 186 formandos.
O curso de técnico de informática de gestão, no ano letivo 2010/2011 o valor
apresentado pelas entidades é semelhante, registando-se uma diminuição deste valor no
ano letivo 2011/2012, no entanto o número de formando a frequentar o curso também
sofreu uma diminuição.
As entidades apresentam valores semelhantes para os dois anos letivos tidos em
conta no estudo para o curso de técnico de manutenção industrial, sendo a rúbrica 1
aquela que apresenta uma maior diferença de valor a rondar os 7.000€. No entanto, em
ambos os anos letivos existe uma diferença no valor apresentado pelas entidades nas
diferentes regiões. A região Centro, apesar de um número de formandos inferior,
apresenta gastos mais elevados com a rúbrica 1 do que a região Norte. Esta por sua vez
apresenta gastos mais elevados na rúbrica 3 e 4.
No caso do curso de técnico de multimédia, a região centro apresenta valores
elevados nas várias rúbricas, exceto a 3 nos dois anos letivos. No entanto esta região
não é a que apresenta maior número de formandos, vejamos:
Alentejo Centro Norte
2010/11 2011/12 2010/11 2011/12 2010/11 2011/12
N.º Entidades 2 2 2 2 4 4
N.º Formandos 67 43 68 67 102 99
Tendo sido discutidos os dados relativos às rúbricas que integram a
metodologia de custos unitários, e sendo o objetivo primordial do presente estudo
compreender em que medida o valor atribuído por curso/turma é adequado tendo em
conta os custos reais que as entidades apresentam. Surge a necessidade de se analisar o
custo médio por aluno e a discrepância existente entre o valor apresentado pela entidade
com uma determinada ação de um determinado curso e o valor financiado pelo fundo
social europeu através do programa operacional do potencial humano.
Desta forma, e fazendo uma análise tendo por base as regiões contidas na
amostra verifica-se que no Alentejo o custo médio por formando aumentou 428,30€
quando comparados os anos letivos 2010/2011 e 2011/2012, já o valor diferencial entre
o custo real e o custo unitário aumentou mais do dobro, se no primeiro ano letivo o
valor rondava os 4.000€, no ano seguinte o valor ronda os 8.000€. No curso de técnico
de informática de gestão a média do custo por aluno aumentou consideravelmente de
3.990,86€ para 5.638,35€, o valor que nos demonstra a diferença entre o valor gasto e o
financiado aumentou visivelmente, se no ano letivo de 2010/11 o valor era positivo em
262,76€, no ano de 2011/2012 este valor passou para números negativos em
17.911,95€. No curso de técnico multimédia o valor médio de custo por alunos
diminuiu 447,82€ e o valor que nos demonstra se o valor financiado é coincidente com
o valor gasto apresentou resultados bastante positivos no ano 2011/2012, se no ano
letivo anterior este era negativo em 6.339,60€, neste é de 1.120,65€ positivos.
Na região Centro o custo médio por formando sofreu uma diminuição de
293,32€, quanto ao valor da diferença existente entre valor real/custo unitário obteve um
aumento considerável, passou, no ano letivo 2010/2011 de 3.001,48€ para 5.287,03€ no
ano letivo 2011/2012. No curso de técnico de energias renováveis o valor por formando
diminui, mas por sua vez a diferença entre valor real/custo unitário aumentou de
8.808,85€ em 2010/2011, para 11.743,14€ em 2011/2012. No curso de técnico de
informática de gestão o custo por aluno não sofreu oscilações significativas, no entanto
o valor comparativo sofreu um agravamento de -3.158,14€ para -4.869,61€
respetivamente. A mesma situação ocorre no curso de técnico de manutenção industrial
em que o valor de custo por aluno não sobre oscilações significativas, assim como o
valor comparativo entre o custo real/valor financiado. Já no curso de técnico multimédia
o custo por aluno sofreu uma diminuição pouco significativa, o mesmo não se pode
afirmar relativamente ao valor comparativo, se no ano letivo 2010/2011 era de
2.641,37€, no ano letivo 2011/2012 este era de 7.355,45€.
Na região Norte o custo médio por aluno é diminuiu 340, 45€, quanto ao valor
diferencial entre os gastos das entidades com os cursos incluídos na amostra e o valor
financiado pelo fundo social europeu teve uma oscilação muito significativa. No ano
letivo 2010/2011 este valor era de -6.668,38€ e no ano letivo 2011/2012 este valor
tornou-se positivo, sendo de 4.858,62€. Se verificarmos os valores respetivos ao custo
por aluno nos vários cursos percebemos que num geral estes se mantiveram, no entanto
em todos os cursos, sem exceção, o valor diferencial entre custo real/custo unitário teve
uma evolução bastante positiva, no curso de técnico de energias renováveis o valor
passou de 1.004,81€ para 9.130,66€, o curso de técnico de informática de gestão passou
de -15.089,24€ para 7.335,76€, o curso de técnico de manutenção industrial de -
14.791,44€ para -2.826,39€, e o curso de técnico de multimédia de -5.870.02€ para
7.355,45€. Estes dados são bastante curiosos uma vez que as entidades são as mesmas e
a discrepância neste valores tem uma variação bastante expressiva de um ano letivo para
o outro.
Podemos, portanto, concluir que à exceção da região do Alentejo, as restantes
apresentam uma diminuição no custo por alunos. No entanto, em todas as regiões esta
diminuição é pouco significativa, assim como na região do Alentejo, apesar do aumento
no valor. No que concerne ao diferencial entre o valor despendido e o valor financiado
constata-se que em todas as regiões existiu uma melhoria da situação, na medida em que
no ano letivo 2011/2012 a diferença era inferior à apresentada no ano letivo anterior.
Em muitos casos este valor é mesmo positivo, significando que o valor financiado é
superior ao valor gasto pela entidade.
As mesmas conclusões se retiram dos dados, quando analisarmos apenas os
cursos sem ter em consideração a região onde se inserem os cursos contidos na amostra.
Cursos Educação e Formação
Elementos Físicos
No que diz respeito aos dados apresentados nos elementos físicos podemos
constatar, numa primeira análise, que o número total de formandos aumentou, em 39
formandos, do ano letivo 2010/2011 para o ano letivo 2011/2012.
Anos
Letivos
T2 T3
Práticas
Técnico-
Comerciais
Instalação e
Reparação de
Computadores
Cuidados e
Estética do
Rosto e Corpo
Práticas
Técnico-
Comerciais
Instalação e
Reparação de
Computadores
Cozinha
2010/2011 67 40 28 115 30 36
2011/2012 53 65 - 155 47 35
Como se verifica na tabela apresentada, houve uma alteração do número de
alunos distribuídos por curso especialmente na tipologia dois, se no ano letivo de
2010/2011 o curso mais frequentado era o de práticas técnico-comerciais, no ano letivo
de 2011/2012 foi o curso de instalação e reparação de computadores que ganhou maior
representatividade, neste ano letivo, também, deixou de haver oferta no curso de
cuidados e estética do rosto e corpo. Por sua vez, na tipologia três, não se verificam
grandes oscilações, se no ano letivo 2010/2011 o curso com maior número de aluno era
o de práticas técnico-comerciais, o mesmo ocorre no ano letivo 2011/2012.
A taxa de desistência manteve-se nos dois anos letivos estudados, 13%. No
entanto, constata-se que, no ano letivo de 2010/2011, a maioria da percentagem de
desistência se verificava na tipologia 2, com 64%, e, no ano letivo de 2011/2012, a
maioria da mesma esteve presente na tipologia 3, que apresentou uma taxa de
desistência de 53%.
Financiamento
No que respeita ao valor total financiado, segundo o método de financiamento de
custos unitários, este sofreu um aumento de 76.760,53€, porém o número de alunos
inscritos também aumentou.
Quando analisada especificamente a distribuição do valor total por cada uma das
regiões, constata-se que, na tipologia 2, a região do Centro, do ano letivo 2010/2011
para o 2011/2012 registou o aumento de 29 formandos e um aumento de 57.806,43€, e a
região Norte que registou uma diminuição de 33 formandos, logo viu o seu
financiamento reduzido em 117.542,54€. Para a região Alentejo, não foi tida em conta
esta leitura, já que, a mesma não foi inserida na amostra para o ano de 2011/2012.
Na tipologia 3, a região do Centro, do ano letivo 2010/2011 para o 2011/2012
registou a diminuição de 18 formandos, tendo sofrido uma diminuição 31.714,13€ e a
região Norte que registou um aumento de 64 formandos, logo viu o seu financiamento
aumentado em 209.677,31€. Para a região Alentejo, não foi tida em conta esta leitura, já
que, a mesma não foi inserida na amostra para o ano de 2011/2012.
Ao analisar o valor total distribuído por cada um dos cursos contemplados na
amostra, infere-se que na tipologia 2: o curso de instalação e reparação de computadores
obteve um financiamento superior no ano letivo de 2011/2012 do que no anterior
(53.069,50€), sendo que o número de formandos também aumentou (25), o curso de
práticas técnico-comerciais registou uma diminuição de 110.577,44€, tendo o número
de formandos diminuído em 30 elementos.
Na tipologia 3: o curso de cozinha foi financiado com o mesmo valor nos dois
anos letivos, com a diferença de 1 aluno a mais no segundo ano letivo; o curso de
instalação e reparação de computadores viu o seu financiamento aumentado em
53.749,48€ já que se assistiu a um aumento de 17 alunos de 2010/2011 para 2011/2012;
e o curso de práticas técnico-comerciais viu um aumento de 71.266,80€ com o respetivo
aumento de formandos (mais 22). Os restantes cursos não sofreram esta análise já que
estando abrangidos num dos anos, não estiveram no outro.
Quando executada a análise do valor global atribuído a cada região e a cada um
dos cursos, surge a necessidade de a estender às várias rúbricas que contemplam o
modelo de financiamento através de custos unitários.
Desta forma, ao nível da tipologia 2, constata-se que o valor médio gasto com
cada uma das rúbricas na região do centro sofreu um aumento geral, sendo mais
significativa nas rúbricas 1 e 2, e menos significativa nas rúbricas 3 e 5. Na região
Norte, verifica-se uma diminuição do valor médio gasto pelas entidades nas em todas as
rúbricas, sendo esta mais expressiva nas rúbricas 3 e 6.
Ao nível da tipologia 3: região do centro sofreu um aumento em todas as
rúbricas à exceção da rúbrica 1 e quatro que tiveram uma despesa mais reduzida, sendo
que o aumento mais relevante manifestou-se na rúbrica 6; na região Norte, verifica-se
diminuições de despesas nas rúbricas 1, 2 e 5 e aumentos nas rúbricas 3, 4 e 6, sendo
que as maiores diferenças se registam nas rúbricas 2, 3 e 6.
Analisando o valor apresentado pelas entidades em cada uma das rubricas, mas
organizando-os por curso, verifica-se que na tipologia 2: na região Alentejo, como já
visto, a comparação entre os anos letivos não pode ser feita dado que esta região só é
abrangida na amostra para o ano de 2010/2011; o mesmo se sucede na região Centro, já
na região norte, o curso de instalação e reparação de computadores manifestou uma
significativa redução da despesa média por rúbrica, do ano de 2010/11 para o ano de
2011/12, o curso de práticas técnico comerciais apresentou algumas significativas
oscilações entre aumentos e reduções entre rúbricas, sendo que as mais relevantes se
registaram num aumento da despesa da rúbrica um e em duas reduções, mais marcantes,
das rúbricas 2 e 6.
Já na tipologia 3, na região do Centro registou-se a abertura de apenas um dos
cursos incluídos na amostra, práticas técnico comerciais; na região do norte, o curso de
cozinha registou uma queda de valores de 2010/2011 para 2011/2012 em todas as
rúbricas, o curso de instalação e reparação de computadores aponta para algumas
diminuições e aumentos entre rúbricas destacando-se a rúbrica 2 que obteve uma
diminuição de 16.551,38€, já no curso de práticas técnico comerciais, assistiu-se a um
aumento da despesa média apresentada à exceção das rúbricas 1 e 5, e, por fim, o curso
de técnico de comércio viu a sua despesa aumentar em todas as rúbricas na transição do
ano letivo de 2010/11 para o de 2011/12.
Tendo sido discutidos os dados relativos às rúbricas que integram a metodologia
de custos unitários, e sendo o objetivo primordial do presente estudo compreender em
que medida o valor atribuído por curso/turma é adequado tendo em conta os custos reais
que as entidades apresentam. Surge a necessidade de se analisar o custo médio por
aluno e a discrepância existente entre o valor apresentado pela entidade com uma
determinada ação de um determinado curso e o valor financiado pelo fundo social
europeu através do programa operacional do potencial humano.
Desta forma, e fazendo uma análise tendo por base as regiões contidas na
amostra verifica-se que, ao nível da tipologia 2, no Alentejo, o custo médio por
formando é de 4.304,84€, no ano letivo de 2010/11, e apresenta um valor diferencial
entre o custo real e o custo unitário de -14.496,32, não se podendo, mais uma vez fazer
uma análise entre os dois anos letivos.
Na região Centro, o custo médio por formando sofreu uma diminuição de
1.122,81€, quanto ao valor da diferença existente entre valor real/custo unitário obteve
um aumento considerável, passou, no ano letivo 2010/2011 de 646,81€ para 5.308,2€ no
ano letivo 2011/2012.
No curso de instalação e reparação de computadores não sofreu alterações
significativas, no curso de práticas técnico comerciais, não se conseguindo fazer a
leitura comparativa entre os dois anos incluídos na amostra, aponta-se o custo por aluno,
no ano de 2011/2012, que foi de 2.281,57 € e tem como diferença, entre o já apontado,
5.005,65 €.
Na região Norte o custo médio por aluno diminuiu 1.497,48€ e, quanto ao valor
diferencial, entre os gastos das entidades com os cursos incluídos na amostra e o valor
financiado pelo fundo social europeu, teve uma oscilação significativa. No ano letivo
2010/2011 este valor era de -21.667,79€ e no ano letivo 2011/2012 este valor passou a
ser de -6.286,55 €. Se verificarmos os valores respetivos ao custo por aluno nos vários
cursos percebemos que num geral estes se mantiveram, mais ou menos semelhantes, no
entanto em todos os cursos, sem exceção, o valor diferencial entre custo real/custo
unitário, embora tenha continuado a negativo, teve uma evolução positiva, no curso de
instalação e reparação de computadores o valor passou de -12.184,58€ para -6.263,83€,
o curso de práticas técnico-comerciais passou de -19.796,73€ para -14.419,07€.
Já para a tipologia 3, fazendo a análise regional, verifica-se que, no centro, o
custo médio por formando é de 3.558,16€ no ano letivo de 2010/11 e de 4.280,51 no
ano de 2011/12, e apresenta um valor diferencial entre o custo real e o custo unitário de
-4.286,12 e de -24.192,22, nos anos letivos enunciados respetivamente, considerando-se
esta evolução muito negativa para as entidades.
Na região Norte o custo médio por aluno aumentou 203,40€ e, quanto ao valor
diferencial, entre os gastos das entidades com os cursos incluídos na amostra e o valor
financiado pelo fundo social europeu, aumentou, sendo que no ano letivo 2010/2011
este valor era de -14.108,63€ e no ano letivo 2011/2012 este valor passou a ser de -
15.826,99 €, representando mais despesa para as entidades desta região.
Se verificarmos os valores respetivos ao custo por aluno nos vários cursos percebemos
que num geral este diminuiu, à exceção do curso de práticas técnico comerciais que
aumentou o seu custo por aluno. No entanto, em todos os cursos, à exceção do curso de
práticas técnico comerciais, o valor diferencial entre custo real/custo unitário, teve uma
evolução positiva, no curso de cozinha o valor passou de -6.474,96€€ para 2.462,33, o
curso de instalação e reparação de computadores passou de -19.054,77€ para 320,24 €,
o que constituiu uma óptima recuperação para as entidades. No entanto, como dito,
nesta região, o curso de práticas técnico comerciais, viu o seu diferencial entre despesas
e financiamento, aumentar de -15.183,64, para -30.803,55.
Pode-se então assistir, no caso dos CEF (independentemente da tipologia, da
região, da entidade ou do curso) no ano letivo de 2010/11, a uma média total de custo
por aluno de 4.154,81€ e, a uma média total de comparação de -14.429,26€ e, no ano
letivo de 2011/12, a uma média total de custo por aluno de 3.732,61 € e, a uma média
total de comparação de -11.388,80 €. Encontra-se assim, a um custo por aluno
relativamente semelhante nos dois anos, assim como o total de comparação, embora este
signifique uma média de valores prejudicial às entidades. No entanto, importa lembrar
que, como se constatou, algumas entidades saem prejudicadas com uns cursos e lucram
com outros, repetindo-se o sistema ao nível das regiões.
CONCLUSÃO
Através do estudo apresentado, foi possível uma maior perceção do contexto no
qual se insere a metodologia de custos unitários, assim como os pressupostos que estão
na base desta metodologia que se apresenta, como sendo inovadora.
Este estudo permitiu-nos reunir dados acerca da aplicação da metodologia em
quatro cursos no caso dos cursos profissionais, sendo que cada um deles pertence a um
escalão de financiamento diferente e a seis cursos de educação e formação, três
pertencentes à tipologia dois e os restantes à tipologia três.
Uma das conclusões retiradas do estudo é a fragilidade da região do Alentejo no
que toca a uma oferta formativa diversificada. Como é descrito na apresentação da
amostra, houve alguma dificuldade em conseguir incluir esta região no estudo, uma vez
que o número de cursos, assim como, o de entidades, é reduzido.
No que respeita aos cursos profissionais, foi possível ter uma ideia do número de
alunos que foram abrangidos pela metodologia de custos unitários nos cursos e anos
letivos incluídos no estudo, assim como a taxa de desistência destes. Para além dos
elementos físicos, foi possível conhecer quais os gastos que as entidades tiveram
relativamente aos cursos incluídos na amostra e cruzar esses mesmos dados com os
relativos ao financiamento proporcionado pelo fundo social europeu. A grande
conclusão que se retira do estudo, é que se no primeiro ano de aplicação desta
metodologia havia muitos casos em que os custos reais foram superiores aos
financiados, essa situação teve uma inversão no ano posterior, tendo o valor aumentado
substancialmente. Os dados dizem-nos que o valor financiado passou a ser superior ao
valor real.
Nos cursos CEF, tal como no caso dos cursos profissionais foi possível
alavancar o número de alunos abrangidos pela metodologia, assim como a sua taxa de
desistência, conclui-se esta é inferior nos CEF comparativamente aos cursos
profissionais. Uma vez mais, para além dos elementos físicos, foi realizada uma análise
dos gastos que as entidades acarretaram relativamente aos cursos constantes na amostra
e cruzá-los com os valores financiados. Os cursos CEF, contrariamente aos cursos
profissionais apresentam um valor médio diferencial bastante elevado e negativo.
Nesta fase do estudo, importa salientar a dificuldade sentida na obtenção dos
dados provenientes das entidades contempladas na amostra. Em alguns casos foi sentida
alguma relutância para o envio dos documentos (Ficha analítica e Balancete analítico),
tendo sido conseguidos após vários contactos estabelecidos.
Para além da dificuldade na obtenção da informação, constatámos que nem todas
as entidades utilizam o mesmo suporte informático e os custos são apresentados de
forma diferente. Se algumas escolas têm a informação contabilista organizada por
centro de custos que coincidem com as rúbricas do POPH, outras há que têm um
balancete com toda a informação relativa aos gastos incorridos num determinado ano
letivo, com uma determinada ação. Tendo sido necessário analisar os dados e cruzar
essa informação proveniente dos balancetes com a inscrita no preenchimento feito pelas
entidades na ficha analítica. Esta análise foi morosa, pois cada balancete é diferente e as
entidades apropriam-se da informação de forma diferente, houve situações em que
gastos que deveriam constar numa determinada rúbrica estavam noutra. Para além
destas situações, verifica-se que existem, ainda, outras entidades que nos enviaram
apenas documentos internos, documentos sem qualquer suporte de um balancete ou de
um programa contabilístico. Este processo de tratamento dos dados foi bastante
dificultado pelas situações anteriormente descritas, no entanto, e tendo em conta a
dificuldade que tivemos anteriormente para que algumas entidades nos enviassem os
dados, consideramos que os documentos que nos enviaram (apesar de serem internos
sem suporte a programas contabilísticos), quando cruzados com os dados declarados nas
fichas analíticas estavam corretos.
Uma outra dificuldade sentida na análise e discussão dos resultados diz respeito
à definição da amostra. Sendo necessário deixar claro que estes dados não poderão ser
generalizáveis, traduzem apenas a realidade das entidades incluídas na amostra. Para ser
um estudo generalizável a amostra deveria ser representativa, e constata-se que esta não
o é. Cada escalão de financiamento tem um número de cursos diferente, logo não
deveria ser analisado apenas um curso em cada escalão. Para além de que ao
analisarmos apenas um curso num determinado escalão este não é representativo da
justeza do valor atribuído ao escalão, num curso contido na amostra pode-se concluir
que o valor financiado é superior ao valor real, mas não quererá dizer que noutros
cursos do mesmo escalão ocorra a mesma situação.
Uma outra questão que surge deve-se à falta de oferta formativa por exemplo na
região do Alentejo, cada região tem um número de cursos diferente. Neste estudo a
região Norte tem mais ações que as restantes e esse facto, pode estar a condicionar
alguns resultados.
Para além disso, temos algumas regiões apenas com um curso num determinado
ano letivo, não sendo possível fazer uma comparação exaustiva. Assim como, existem
cursos com 6 ações e outros apenas com 2, esta amostra não nos permite ter uma
perceção real.
Neste sentido, sugerimos que afim de uma maior perceção desta realidade se
faça um estudo que possa abranger uma amostra maior e que nos dê realmente uma
perceção generalizável da justeza dos valores contemplados nas escalas normalizadas de
custos unitários.
Posteriormente, considerámos ainda, que se atue junto das entidades para um
esforço na construção de um modelo contabilístico idêntico. Para uma maior facilidade
no tratamento de dados contabilísticos.
ANEXOS
Maio de 2014
Anexo I – Lista de cursos e respetivas entidades (Cursos Profissionais)
Entidade Beneficiária CU Prof 2010 80.080,00 86.200,00 91.850,00 98.920,00
Total
(Turmas)
N.º de
Cursos NIF Designação Região Projeto
Técnico de
Informática
de Gestão
Técnico de
Multimédia
Técnico de
Manutenção
Industrial
Técnico de
Energias
Renováveis
500341583 Didáxis - Cooperativa de
Ensino, CRL Norte 048441/2010/12 0 1 1 1 3 3
500876096
Associação Empresarial de
Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto
Norte 048750/2010/12 1 1 0 0 2 2
501462716 ALFACOOP - Cooperativa de
Ensino, CRL Norte 048953/2010/12 0 1 0 1 2 2
501758089 Instituto D. João V, S.A. Centro 048532/2010/12 1 1 0 0 2 2
502372982 Beatriz Ribeiro & Filhos, Lda. Norte 047724/2010/12 1 0 0 1 2 2
502978481 Fundação Alentejo Alentejo 048478/2010/12 0 4 0 0 4 1
504103032 EPB - Escola Profissional de
Braga, Lda. Norte 048573/2010/12 0 1 0 1 2 2
504259296 Associação para a Formação
Tecnológica no Litoral
Alentejano
Alentejo 048332/2010/12 1 0 0 0 1 1
504320858
Associação Promotora de
Ensino Profissional para o Alto Tâmega
Norte 048352/2010/12 1 0 0 1 2 2
504511734 Cooperativa de Ensino de VN
de Famalicão CRL Norte 047803/2010/12 0 0 1 1 2 2
504595067 Escola Profissional Amar
Terra Verde Norte 048559/2010/12 0 0 1 1 2 2
504616440 Associação Diogo Azambuja Centro 048557/2010/12 1 1 0 0 2 2
504617427 Escola Profissional de
Tondela, CIPRL Centro 047869/2010/12 1 0 2 0 3 2
504649752 Escola Profissional Fundação
D. Mariana Seixas, Lda. Centro 048566/2010/12 1 1 0 2 4 3
504800671 Coop. Ens.Escola Prof. Centro
Juv. Campanhã Norte 047221/2010/12 1 1 0 0 2 2
504853198 ADEMINHO - Associação
Desenv. do Ensino Prof. Alto
Minho Interior
Norte 048844/2010/12 0 1 1 1 3 3
506044882 Ensiguarda Escola
Profissional, Lda. Centro 047908/2010/12 0 1 1 0 2 2
508365240 ADN-Associação de
Desenvolvimento de Nisa Alentejo 047663/2010/12 0 1 0 0 1 1
Anexo II - Lista de cursos e respetivas entidades (Cursos de Educação e Formação)
CEF T2 CEF T3
1.º Escalão 2.º Escalão 3.º Escalão
Total
T2
1.º Escalão 2.º Escalão 3.º Escalão
Total
T3
Total
(Turmas)
N.º de
Cursos
NIF Designação Região Projeto
Práticas
Técnico-
Comerciais
Instalação e
Reparação de
Computadores
Cuidados e
Estética do
Rosto e
Corpo
Práticas
Técnico-
Comerciais
Instalação e
Reparação de
Computadores
Cuidados
e Estética
do Rosto e
Corpo
501829296 Comoiprel-CIPRL Alentejo 047794/2010/13 1 0 0 1 0 0 0 0 1 1
502493615 Centro de Educação Integral SA Norte 047303/2010/13 1 0 0 1 1 0 1 2 3 3
502675870 PRODESO - Ensino Profissional Lda Centro 048357/2010/13 0 1 0 1 0 0 0 0 1 1
504447025 Escola Prof. S.Tirso, S.U. Lda Norte 048093/2010/13 1 0 0 1 0 0 0 0 1 1
504515250 Profigaia - Sociedade de Educação e
Formação Tecnológica e Profissional,
Lda
Norte 047918/2010/13 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1
504599550 Ovar forma - Empresa Municipal
para o Ensino e Formação Centro 048961/2010/13 0 1 0 1 0 0 0 0 1 1
504605984 R.F Ensino e Formação Profissional.
LDA Norte 047062/2010/13 0 0 0 0 1 1 0 2 2 2
504660632 Escola Profissional
Novos Horizontes, L.da Norte 048329/2010/13 0 1 0 1 0 0 0 0 1 1
504731475 Esprominho, Lda. Norte 048867/2010/13 1 0 2 3 0 0 0 0 3 2
504769642 Ensiprof, Lda. Norte 048843/2010/13 0 0 0 0 2 0 0 2 2 1
504769642 ENSIPROF - Ensino e Formação
Profissional, Lda. Centro 048846/2010/13 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1
504773968 Associação Promotora de Ensino
Profissional da Cova da Beira Centro 047031/2010/13 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1
504800671 Coop. Ens.Escola Prof. Centro Juv.
Campanhã Norte 047223/2010/13 1 0 0 1 1 0 0 1 2 2
504924230 EPROMAT - Escola Profissional de
Matosinhos, Lda. Norte 048362/2010/13 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1
ANEXO 2 – CADERNO DE ENCARGOS
ESTUDO ACERCA DA PERTINÊNCIA E RELEVANCIA DA MANUTENÇÃO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL
BÁSICO NAS ÁREAS DE FORMAÇÃO ARTÍSTICA
CADERNO DE ENCARGOS
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
1. INTRODUÇÃO
No Âmbito do novo quadro estratégico do POPH (Programa Operacional do Potencial Humano), que terá como período de atuação os anos
de 2014-2020, urge a necessidade de clarificar a pertinência e relevância da manutenção dos cursos profissionais de nível básico nas áreas de
formação artística.
Na sequência das diversas posições tomadas por parte da administração educativa, nomeadamente, as DREs e a ANQEP, importa agora,
informar sustentadamente acerca da pertinência dos cursos supra mencionados, apurando-se o grau de prosseguimento de estudos para o
ensino secundário, a taxa de desistência, reprovação e conclusão durante os vários anos letivos apoiados pelo POPH (2007-2013).
2. ENQUADRAMENTO
Os cursos profissionais foram criados pelo Decreto-Lei 26/89, Revogado pelo Decreto-Lei 70/93 tendo sido o Decreto-Lei 4/98 que veio
estabelecer o regime de criação, organização e funcionamento de escolas e cursos profissionais. Estes foram, conforme o disposto no Decreto-
Lei supracitado, “caracterizados, em regra, como estabelecimentos privados de ensino dotados da mais ampla autonomia mas sujeitos à tutela
científica, pedagógica e funcional do Ministério da Educação”. No mesmo documento é mencionado que “os cursos profissionais são cursos de
nível secundário que atribuem diplomas equivalente ao diploma do ensino secundário regular tendo acesso aos cursos profissionais os
candidatos que concluam o terceiro ciclo do ensino básico ou equivalente”.
Todavia, no C.F. nº 1 do Art. 10º, constata-se que as escolas profissionais podem organizar outras atividades de formação profissional,
nomeadamente nos cursos vocacionais “cursos vocacionais dirigidos a estudantes que tenham concluído o segundo ciclo do ensino básico e
manifestem aptidão e preferência por áreas artísticas, os quais conduzem à conclusão da escolaridade básica e à concessão do diploma do
ensino básico e de uma certificação profissional de nível II”.
Com base neste contexto, as escolas profissionais de música têm vindo a ministrar cursos de nível básico com certificação profissional de
nível II, com a devida aprovação dos planos de estudos pelas estruturas do Ministério da Educação. Dada a aprovação por parte do mesmo,
estes cursos têm vindo a ser financiados por fundos estruturais (PRODEP I, II, III e POPH). Compreendem-se neste regime de exceção,
atualmente, cinco escolas profissionais de música, a Escola Profissional Artística Vale do Ave, a Escola Profissional de Música de Viana do
Castelo, a Escola Profissional de Arte de Mirandela, a Escola Profissional de Música de Espinho e a Escola Profissional de Artes da Beira Interior,
representadas pela APROARTE (Associação Nacional do Ensino Profissional de Música e Artes).
No ano de 2011, instituiu-se a obrigatoriedade de integração no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) dos referenciais formativos dos
cursos profissionais. A par desta revisão regulamentar pretendeu-se, numa fase inicial, eliminar os cursos básicos profissionais do
financiamento proveniente de fundos comunitários. No entanto, a APROARTE contestou esta decisão e a medida não foi levada a cabo. Esta
associação tem contribuído para a continuidade desta oferta, na medida em que, defende a especificidade e a qualidade das formações
oferecidas pelas várias escolas profissionais, tendo os cursos de nível básico de música vindo a ser sucessivamente aprovados
pedagogicamente pelo Ministério da Educação e a funcionar regularmente, apesar da sua fragilidade regulamentar.
Assim torna-se relevante equacionar a decisão a tomar em matéria de continuidade desta oferta formativa específica.
3. NATUREZA DO ESTUDO
O estudo em questão deverá, tendo em conta cada uma das escolas que ministra os cursos profissionais de nível básico de formação
artística de nível II:
1. Apurar o grau de prosseguimento de estudos para o ensino secundário por parte dos alunos que frequentam os cursos de nível básico nas
áreas da formação artística (à conclusão do 9º ano de escolaridade). Espera-se a identificação das áreas para as quais os alunos ingressam
no ensino secundário, após terminarem o curso de nível básico.
2. Apurar a taxa de desistência, de conclusão e de retenção entre os anos da frequência nos Cursos de Nível Básico nas áreas da formação
artística. Espera-se analisar o percurso escolar de cada um dos jovens que frequentaram os cursos de nível básico, financiados por fundos
comunitários nos períodos 2007-2013.
4. METODOLOGIA
A metodologia do presente estudo assente essencialmente numa lógica quantitativa, tem como principal objetivo a medição do
prosseguimento de estudos para o ensino secundário por parte dos alunos que frequentam os cursos de nível básico nas áreas de formação
artística e o apuramento da taxa de desistência, de retenção e de conclusão nos cursos supracitados. Neste estudo compreende-se o universo
de escolas, de alunos e de anos letivos, apoiados por fundos comunitários provenientes do POPH (2007-2013), dado que o universo é reduzido
(5 escolas) considera-se pertinente ter a perceção da realidade na sua totalidade.
Deste modo, a recolha de informação será feita, numa primeira fase, através do sistema SIIFSE, a fim de levantamento do número de
turmas e de alunos inscritos no sistema de financiamento do POPH (nome do aluno, número de identificação pessoal, data de nascimento, por
escola, por curso lecionado). Com base na informação recolhida, proceder-se-á à realização de um questionário, a ser enviado às escolas com o
objetivo de aferir as informações não constantes no SIIFSE e úteis ao estudo, como: a data de ingresso e conclusão do curso (através deste item
conseguimos aferir a média de anos que os alunos levam a concluir o curso); o número de retenções (através deste item pretende-se a aferir a
média de retenções, por ano curricular, por ano letivo e por escola); o número de desistências, (por ano curricular, por ano letivo e por escola)
e o prosseguimento de estudos para o ensino secundário por área.
5. INFORMAÇÕES DE BASE
As informações de base necessárias para a realização do estudo serão as seguintes:
Decreto-Lei n. 4º/98 de 8 de Janeiro. Ministério da Educação;
Sistema Integrado de Informação do Fundo Social Europeu (SIIFSE);
Documentação pertencente ao POPH;
Informações recolhidas junto das escolas.
6. PRODUTOS DO ESTUDO
O relatório final do estudo deve compreender o seguinte:
Análise quantitativa dos dados relativos ao número de alunos inscritos por ano letivo (2007-2013);
Análise quantitativa dos dados relativos à idade dos alunos à data de ingresso no curso de nível básico:
Análise quantitativa dos dados relativos ao ano de ingresso e conclusão do curso de nível básico;
Análise quantitativa dos dados relativos à taxa de retenção, de conclusão e de desistência dos cursos de nível básico;
Análise comparativa das escolas envolvidas no estudo.
7. PLANO DE AÇÃO
O estudo terá a duração global de cerca de 4 meses e será desenvolvido de acordo com as seguintes fases:
1ª Fase - Levantamento, em SIIFSE, dos alunos por turma apoiada (através de nome e NIF), do 7.º, 8.º e 9.º anos, desde o ano letivo
2007/08 até ao ano letivo 2012/13, abrangendo o universo dos alunos;
2ª Fase - Elaboração de um questionário, com base no levantamento supra mencionado, para confirmação pelas escolas;
3ª Fase - Lançamento do questionário junto das escolas;
4ª Fase - Análise e tratamento da informação recolhida;
5ª Fase - Elaboração de um relatório com os resultados apurados.
ANEXO 3 – LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES DE ALUNOS
Ano letivo 2008/09 - 3º Ano Curricular
Escola Profissional NIF Localização Região
Artave - EP Atística Vale do Ave 507519736 Stº Tirso Norte
Curso Aluno Contacto
Telefónico Data de Nascimento Ação Social Situação
Básico de Instrumentista de Cordas
Ana Raquel Loureiro Sacramento
252938131 11-06-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Cordas
João Filipe Pereira Brito 934243696 17-02-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Cordas
Alexandre Cruz dos Santos
966296406 06-04-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Cordas
Ana Paula Vilas Boas Silva
229826214 29-06-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Cordas
Maria João do Vale Antunes
229686793 12-08-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Cordas
Tiago Rodrigues Barbosa 919814851 06-10-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Cordas
Francisca Silva Seixas 253547728 27-05-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Cordas
Ana Valéria Carvalho Braga Monteiro
912671148 02-01-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Cordas
Silvina dos Santos Dias 966647907 13-12-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Cordas
Filipa Daniela Costa Couto
252418184 10-12-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Cordas
João Carlos Aguiar Cunha
252412038 04-03-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Cordas
Ana Sofia Carvalho Azevedo
916874035 30-01-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Sopro
David Emanuel Marinho Ferreira
252916143 21-02-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Sopro
Cândida Adelaide Fernandes Nunes
916408161 04-12-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Sopro
Pedro Rafael Rêgo Henriques
256403380 06-12-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Sopro
Tiago Rafael Moreira Martins
912551749 26-07-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Sopro
Micael Luís Silva Pereira 256955524 13-02-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Sopro
Maria Helena Oliveira Costa Vieira
966708543 14-01-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Sopro
Pedro Gabriel Martins Maia
229826504 08-09-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Sopro
Maria Helena Alves Costa
965122748 01-08-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Sopro
Ana Isabel Magalhães Azevedo
253107472 01-02-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Sopro
Ana Patrícia Saraiva Oliveira Ramos
252904239 12-08-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumentista de Sopro
Ana Cristina de Sousa Torres
916272316 08-08-1994 Não Aprovado
Ano letivo 2008/09 - 3º Ano Curricular
Escola Profissional NIF Localização Região
Fundação Átrio da Música - EP de Música de V.Castelo
504740830 V.Castelo Norte
Curso Aluno Contacto
Telefónico Data de Nascimento Ação Social Situação
Básico de Instrumento Ana Inês Novo Meira 258871050 26-04-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumento André Gomes Neiva 253872762 13-06-1993 Não Aprovado
Básico de Instrumento Dora Isabel Correia
Durães 258763254 06-09-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumento Isa Cristiana Reis Lobo 258836005 28-10-1993 Não Aprovado
Básico de Instrumento João António Passos
Chivarria 258821843 28-07-1991 Não Aprovado
Básico de Instrumento Micaela Silva Ferrão
Fernandes 252647564 26-12-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumento Nuno André Marques
Soares 258912322 16-06-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumento Patrícia Raquel Araújo
Vilas Boas 258763272 27-01-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumento Tito Guedes Magalhães
Romão Conceição 258911592 29-11-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumento Gianluca Barreto Del
Grosso 969752673 01-08-1991 Não Aprovado
Básico de Instrumento Luciano Martins Novo 258772739 07-10-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumento Manuel Agostinho
Pereira Abreu 258894259 26-04-1994 Não Retido
Básico de Instrumento Marco André Peixoto
Mota 258972180 08-11-1991 Não Aprovado
Básico de Instrumento Mercedes Fernandes 917693248 19-05-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumento Nelson Filipe Abreu
Pereira 936925049 30-09-1992 Não Aprovado
Básico de Instrumento Sílvia Alexandra Ales
Rocha 258958055 09-09-1994 Não Aprovado
Ano letivo 2008/09 - 3º Ano Curricular
Escola Profissional NIF Localização Região
Artemir - EP de Arte de Mirandela 504609980 Mirandela Norte
Curso Aluno Contacto
Telefónico Data de Nascimento Ação Social Situação
Para este ano letivo o SIIFSE não disponibiliza os contactos dos alunos
Ano letivo 2008/09 - 3º Ano Curricular
Escola Profissional NIF Localização Região
EP de Música de Espinho 500985413 Espinho Norte
Curso Aluno Contacto
Telefónico Data de Nascimento Ação Social Situação
Básico de Instrumento Angela Rodrigues Afonso
Topa 939507010 10-04-1993 Não Aprovado
Básico de Instrumento Tiago Miguel Almeida
Brandão 967344703 10-02-1992 Não Aprovado
Básico de Instrumento Catarina Matoso Bento
Lucena Valadas 964670036 11-03-1993 Não Aprovado
Básico de Instrumento Catarina Sofia Marques
Santos 969873728 24-03-1993 Não Retido
Básico de Instrumento Diogo Marlon dos Santos
Alves 914778676 25-09-1993 Não Aprovado
Básico de Instrumento Joana Raquel Lopes
Couto 917185544 06-02-1993 Não Aprovado
Básico de Instrumento João Augusto Ferreira
Fontelas 961477794 11-07-1992 Não Aprovado
Básico de Instrumento Margarida Maria Ferreira Fontelas
961477794 09-10-1993 Não Aprovado
Básico de Instrumento Ricardo Jorge
Domingues Monteiro 967852758 10-12-1993 Não Aprovado
Básico de Instrumento Sónia Raquel Ferreira
Henriques 969347625 09-08-1993 Não Aprovado
Ano letivo 2008/09 - 3º Ano Curricular
Escola Profissional NIF Localização Região
EPABI - EP Artes Beira Interior 504647040 Covilhã Centro
Curso Aluno Contacto
Telefónico Data de Nascimento Ação Social Situação
Básico de Instrumento Ana Sofia da Silva
Domingues 236941511 19-03-1991 Não Aprovado
Básico de Instrumento Micael Jorge Gerardo
Teixeira 262183929 16-12-1990 Não Aprovado
Básico de Instrumento Micael Narciso Nuncio
Toito 918552844 10-11-1988 Não Aprovado
Básico de Instrumento Pedro Miguel Lucas Vaz
Cruz 271214605 10-08-1988 Não Aprovado
Básico de Instrumento Sandra Marlene
Rodrigues Pereira 234556107 07-02-1991 Não Aprovado
Básico de Instrumento Thibault Michel
Lecarpentier 937512121 15-01-1991 Não Aprovado
Básico de Instrumento Pedro Miguel Pereira
Valente 256944929 06-01-1991 Não Aprovado
Básico de Instrumento Vitor Hugo Dinis da Silva 279939571 24-05-1992 Não Aprovado
Básico de Instrumento Carlos Filipe Oliveira
Ferreira 254875121 01-04-1989 Não Aprovado
Básico de Instrumento Catarina Sofia Aguiar
Martins 967227989 04-10-1994 Não Aprovado
Básico de Instrumento Diana Pereira de Sousa 916515058 18-01-1988 Não Aprovado
Básico de Instrumento Flora Neves Garcia 249824888 12-10-1989 Não Aprovado
Básico de Instrumento Inês Brito Gonçalves 934903560 01-07-1990 Não Desistente
Básico de Instrumento Joana Catarina Machado
Azevedo 255426256 27-05-1990 Não Aprovado
Básico de Instrumento João Pedro Almeida
Lucas 275084119 06-01-1990 Não Aprovado
Básico de Instrumento Leonor de Brito Ferreira
Rodrigues 272327519 06-09-1994 Não Aprovado
ANEXO 4 – GUIÃO DA ENTREVISTA
O meu nome é Ana Vanessa Mendes, estou a ligar por parte do POPH (programa operacional do potencial humano). De momento estou a estagiar nesta organização e a desenvolver um estudo académico ao nível do mestrado que
envolve a questão do financiamento dos Cursos Profissionais de Nível Básico de Música. Como deve saber, o curso que o senhor/a frequentou, foi financiado por esta organização e, como a continuação deste financiamento está a ser colocada em causa, eu gostava de lhe fazer umas breves perguntas acerca do seu percurso académico e profissional,
sendo que a primeira é:
GUIÃO DE ENTREVISTA Objetivo: Conhecer os percursos escolares e profissionais dos antigos alunos do CPNB de música
CATEGORIA SUBCATEGORIA OBJETIVO QUESTÃO SUBQUESTÕES
Percurso escolar
Motivo para ingresso no CPNB de música
Conhecer os motivos que levaram o aluno a ingressar
no CPNB de música
Qual o motivo que o levou a ingressar no CPNB de
música?
Como obteve conhecimento
acerca da existência deste
curso?
Aproveitamento
Saber se houve aproveitamento em todos os anos da frequência no CPNB
de música
Em algum ano da frequência neste curso
ficou retido?
Se sim, qual o motivo da retenção?
Habilitações Conhecer as habilitações
académicas do aluno
Quais são, de momento, as suas habilitações
académicas?
Áreas frequentadas Conhecer as áreas de estudo
escolhidas pelo aluno
Quais foram os cursos que frequentou até ao
momento?
Motivo para des/continuidade na área
da música
Conhecer os motivos para a des/continuidade na área da
música
Quais os motivos que o levaram a
desistir/prosseguir na área da música?
Perspetivas futuras Conhecer as perspetivas futuras do aluno a nível
escolar
Quais as perspetivas que tem para o futuro, a nível
académico?
Percurso profissional
Atividades não profissionais/
extracurriculares na área da música
Conhecer atividades, não profissionais/extracurriculares na área da música, praticadas
pelo aluno
Já participou ou praticou alguma atividade não
profissional e extracurricular na área da
música?
Experiência profissional Conhecer a experiência
profissional do aluno Qual a sua experiência
profissional?
Tempo médio de espera de emprego após
conclusão do CPNB de música
Saber a média de tempo de espera de emprego após a
conclusão do CPNB de música
Em média, quanto tempo teve que esperar para
conseguir emprego após a conclusão do CPNB?
O emprego surgiu na área da música?
Perspetivas futuras Conhecer as perspetivas futuras do aluno a nível
profissional
Quais são as perspetivas que tem para o futuro, a
nível profissional?
Estou-lhe muito grata pelo tempo despendido e esta informação será de certo útil para o estudo em causa.
ANEXO 5 – TRANSCRIÇÃO DAS ENTREVISTAS
TRANSCRIÇÃO DAS ENTREVISTAS
17 ENTREVISTAS – antigos alunos do curso profissional de nível básico de música que, no ano letivo de 2008/09 frequentavam o 3º e último
ano deste curso:
1. Artave – Escola Profissional Artística de Vale do Ave – Santo Tirso
1.1.João Filipe Pereira Brito (básico de instrumentista de cordas- ARTAVE)
Entrevistadora: Estou sim?
Entrevistado: Sim, quem fala?
Entrevistadora: Estou a falar com João Filipe Brito?
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: Olá João. O meu nome é Ana Vanessa, eu sou estagiária do POPH, qu foi a organização que financiou o seu curso profissional de
nível básico.
Entrevistado: Hmmm…Não me lembro. Não me estou a lembrar.
Entrevistadora: Na ARTAVE.
Entrevistado: Sim, sim.
Entrevistadora: O básico de instrumentista.
Entrevistado: Sim, sim.
Entrevistadora: Pronto, de momento, está a ser posto em causa o financiamento destes cursos que o João tirou e eu queria-lhe fazer umas
perguntinhas para perceber se o objetivo do curso está a ser cumprido. Será que pode ser?
Entrevistado: Sim, sim claro.
Entrevistadora: Então queria-lhe perguntar, qual é que foi o motivo que o levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música, na
ARTAVE?
Entrevistado: É assim, quando eu estava ainda no 2º ciclo, eu tinha sempre uma paixão muito forte pela música. Então, na altura, o meu professor
de educação musical disse que conhecia uma escola de referência, que neste caso era a ARTAVE, que me poderia levar mais além nas minhas
capacidades. E eu ao entrar no ensino profissional comecei a estudar um instrumento, que por acaso não conhecia na altura, mas que depois me
deu muitas asas e me abriu muitas portas para o meu futuro. Até que, até que agora, acerca desse ensino básico e depois o ensino instrumentista,
que é o ensino profissional de secundário, eu neste momento passei agora para o terceiro ano da faculdade, na licenciatura de violoncelo.
Entrevistadora: E onde é que é essa licenciatura?
Entrevistado: No Porto. ESMAE. Escola superior de música e artes de espetáculo.
Entrevistadora: Hm, hm. E em algum ano da frequência no curso profissional de nível básico ficou retido ou teve sempre aproveitamento?
Entrevistado: Hm…consegui sempre passar as disciplinas mas, no último ano tive uma ou outra dificuldade em passar porque também era muita
pressão por causa dos exames nacionais e os exames finais da própria escola. Cheguei na altura a ter dois módulos em atraso mas consegui fazer
o recurso e continuei.
Entrevistadora: Hm, hm. Ok. Que perspetivas é que tem para o futuro a nível académico? Após terminar essa licenciatura que está a fazer, pensa
fazer mais alguma coisa a nível académico?
Entrevistado: A nível académico, quando terminar a licenciatura, penso em fazer o mestrado.
Entrevistadora: Em quê?
Entrevistado: Em profissionalização, pois o mestrado em performance, cá em Portugal, não recebe muita coisa. Isto talvez, das duas, uma: ou se
conseguir arranjar maneira de dar aulas cá em Portugal ou entrar numa orquestra ou formar um grupo de música de câmara, que dê realmente
trabalho e funcionalidades; ou então tentar arranjar uma forma de fazer Erasmus, ganhar uma bolsa e ir fazer Erasmus lá para fora.
Entrevistadora: Hm, hm. Já alguma vez participou nessas atividades, como orquestras a nível extracurricular. Orquestras, bandas ou assim?
Entrevistado: Sim, sim, sim. Já participei, já.
Entrevistadora: Em quê?
Entrevistado: Hm, participei em estágios de orquestra que já me convidaram para fazer e já participei também, durante 6 anos, numa banda
filarmónica.
Entrevistadora: Hm, hm. Diga-me uma coisa, em média, quanto tempo teve que esperar para conseguir emprego, após a conclusão do curso
profissional de nível básico? Quanto tempo teve que esperar para ser remunerado na área da música, em alguma atividade?
Entrevistado: É assim, no ínicio, quando se tem contactos, eu desde muito cedo comecei a fazer casamentos e, na altura, recebia em média de 25
euros por casamento. Uma vez por outra, surgiam uns casamentos que em termos de remuneração eram melhores mas, só neste momento, neste
momento é que estou a ter uma remuneração bastante superior, a por exemplo, a 100 euros.
Entrevistadora: Mas, por exemplo, já teve mesmo um emprego na área da música fixo?
Entrevistado: Não, não, nunca tive. Nem part-time.
Entrevistadora: Ok. Então, a nível profissional, para o futuro, o que tenciona seria dar aulas?
Entrevistado: Dar aulas, tentar ingressar numa orquestra também. Porque o meu objetivo não é apodrecer numa orquestra, numa cadeira de
orquestra. (risos) O meu grande objetivo é mesmo dar aulas. Gosto muito de fazer orquestra, também gosto de fazer música de câmara, gosto
mesmo é de tocar. Mas não tenho, não tenho quaisquer particularidades e ideias fixas em relação ao que eu quero mesmo. O que eu quero é tocar
e poder, grande parte, ensinar aquilo que me ensinaram e mostrar cada vez mais a alunos, a alunos que começam a iniciação da música, que a
música traz muito mais do que aquilo que se pensa.
Entrevistadora: Ok João. Já vi que é um apaixonado pela música. (risos)
Entrevistado: Sim, sim, sim. Desde pequeno.
Entrevistadora: Ok. Agradeço imenso o seu tempo e estas informações vão ser decerto úteis para o estudo, sim?
Entrevistado: Sim, claro. Obrigado.
Entrevistadora: Obrigada, adeus e boa tarde.
Entrevistado: Obrigado, com licença, boa tarde.
1.2.Silvina dos Santos Dias (básico de instrumentista de cordas – ARTAVE)
Entrevistada: Estou?
Entrevistadora: Estou sim, boa tarde. Estou a falar com Silvina Dias?
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: Muito boa tarde Silvina. O meu nome é Ana Vanessa, eu sou estagiária do POPH, que é a organização que financiou o seu curso
profissional de nível básico de música.
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: Eu gostava de lhe fazer umas perguntas acerca do seu percurso escolar e profissional, a fim de que essas respostas sejam
integradas num estudo que estamos a desenvolver. Pode ser? É rápido.
Entrevistada: Sim, sim.
Entrevistadora: Queria saber qual foi o motivo que a levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música.
Entrevistada: Hm…(risos) Pronto, eu antes de ingressar já, já, já tinha conhecimento e já estudava também. E, pronto, simplesmente porque
gostava e não houve nenhuma outra razão.
Entrevistadora: Ok. Como é que obteve conhecimento acerca da existência deste curso?
Entrevistada: Foi através da minha outra escola. Eu já, como tinha dito, já estudava e a partir da escola conheci.
Entrevistadora: Ok. E diga-me uma coisa, em algum ano da frequência neste curso ficou retida?
Entrevistada: Não.
Entrevistadora: E, de momento, quais são as suas habilitações académicas?
Entrevistada: Acabei agora o 2º ano da licenciatura.
Entrevistadora: Em quê, posso saber?
Entrevistada: Em música, violino, variante violino.
Entrevistadora: E em que faculdade?
Entrevistada: Em Castelo Branco, na escola superior de artes aplicadas.
Entrevistadora: Ok. E, até ao momento, que cursos é que frequentou, por exemplo, no ensino secundário, continuou a estudar música… O que é
que fez?
Entrevistada: Sim. Eu estudei desde o 7º ano na escola profissional artística de Vale do Ave, que é a ARTAVE, nas Caldas da Saúde. Terminei o
12º ano e depois ingressei em Castelo Branco na escola superior de artes aplicadas.
Entrevistadora: E quais foram os motivos que a levaram a prosseguir e a não desistir da área da música?
Entrevistada: (risos) Hm… Sempre gostei, tinha também família que seguiu também essa área. Hm… E pronto, não é? Também foi um grande
investimento e pelo gosto, sobretudo pelo gosto e pelo, pelas muitas e variadas formas de projetos que se podem criar.
Entrevistadora: Hm, hm. E diga-me uma coisa, que perspetivas é que tem para o futuro a nível académico? Terminar a licenciatura e depois
continuar para algum mestrado ou depois pretende parar?
Entrevistada: Não. Pretendo fazer o mestrado, principalmente em ensino para poder dar aulas. E depois, pretendo criar um grupo, talvez de
música de câmara, e, talvez, quem sabe, ingressar numa orquestra.
Entrevistadora: E já participou ou praticou alguma atividade não profissional, extracurricular, na área da música? Ou seja, fora dos planos dos
estudos, já praticou alguma atividade não profissional?
Entrevistada: Não. Era sempre seguida pela escola. Uma ou outra vez casamentos mas, de resto…não.
Entrevistadora: E, nesses casamentos, era remunerado ou tinha a ver…
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: Então, diga-me uma coisa, em média, depois de terminar o 9º ano, em média, quanto tempo, mais ou menos, teve que esperar até
conseguir ser remunerada pela música?
Entrevistada: (risos) Não sei! Já foi há muito tempo…
Entrevistadora: (risos) Não sabe dizer mais ou menos? É que o objetivo do nosso estudo é perceber se, efetivamente, as pessoas estão a conseguir
ser integradas no mercado de trabalho na área da música, depois da conclusão deste curso profissional de nível básico. Então, era importante
saber, após a conclusão do curso, mais ou menos, quanto tempo esperou até arranjar a primeira atividade remunerada.
Entrevistada: Hm… depois de acabar…
Entrevistadora: Mais ou menos…
Entrevistada: Comecei no final… Novembro do meu 10º ano, comecei num grupo coral, perto da freguesia onde moro, de vez em quando, era
chamada para ir tocar em casamentos ou outras cerimónias, batizados ou assim… Por volta de Novembro julgo eu…
Entrevistadora: Meio ano, mais ou menos…
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: Ok. Então as suas perspetivas de futuro, a nível profissional, seria dar aulas e integrar uma orquestra, é isso?
Entrevistada: Sim. Em princípio sim.
Entrevistadora: Ok. Agradeço imenso o seu tempo e as informações vão ser, decerto, úteis para o estudo, está bom?
Entrevistada: Ok.
Entrevistadora: Muito obrigada. Adeus, boa tarde e bom fim-de-semana.
Entrevistada: Nada, boa tarde.
Entrevistadora: Adeus, boa tarde.
1.3.João Carlos Aguiar Cunha (básico instrumentista de cordas – ARTAVE)
(conversa informal com intermediário)
Entrevistado: Sim?
Entrevistadora: Olá João, boa tarde.
Entrevistado: Boa tarde. Quem fala?
Entrevistadora: O meu nome é Ana Vanessa, eu sou estagiária do POPH, que foi a organização que financiou o seu curso profissional de nível
básico de música.
Entrevistado: Hm, hm.
Entrevistadora: Eu estou a desenvolver um estudo, a falar com antigos alunos do curso para tentar perceber algumas questões. Posso-lhe fazer
umas perguntinhas rápidas?
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: Qual foi o motivo que o levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música?
Entrevistado: Porque era o que eu queria fazer. Era música. E apareceu esta oportunidade da escola e ingressei.
Entrevistadora: E como é que obteve conhecimento acerca da existência do curso?
Entrevistado: Foi pelos concertos didáticos que a escola na altura fazia.
Entrevistadora: A escola onde andava antes do curso?
Entrevistado: Sim, a escola onde eu andava levou-nos a ver um concerto didático da escola, da ARTAVE, e…
Entrevistadora: E ficou a saber do curso, interessou-lhe…
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: Diga-me uma coisa, em algum ano da frequência no curso ficou retido?
Entrevistado: Não.
Entrevistadora: Não. E quais são, de momento, as suas habilitações académicas?
Entrevistado: Tenho o 12º ano.
Entrevistadora: E, até agora, quais foram os cursos que frequentou?
Entrevistado: O curso básico, depois o curso de instrumentista e agora estou na universidade a tirar a licenciatura.
Entrevistadora: E a licenciatura é em quê?
Entrevistado: Em violino. Música.
Entrevistadora: Ok. E quais é que foram os motivos que o levaram a prosseguir na área da música?
Entrevistado: Porque gosto de música e é isso que eu quero fazer.
Entrevistadora: Hm, hm. Que perspetivas é que tem para o futuro a nível académico?
Entrevistado: Tenho boas perspetivas de entrar numa orquestra.
Entrevistadora: Hm, não. Mas, a nível da universidade, neste momento está a tirar a licenciatura, não é?
Entrevistado: Sim, estou a tirar a licenciatura.
Entrevistadora: E pretende fazer alguma mestrado, ou…?
Entrevistado: Hm…de momento, penso em tirar um mestrado em execução.
Entrevistadora: Hm, hm. Ok. Já participou ou praticou alguma atividade, não profissional ou extracurricular, na área da música?
Entrevistado: Hm…já, já toquei em vários casamentos, já…
Entrevistadora: Hm, mas isso foi remunerado, não é?
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: Mas eu digo atividades extracurriculares, não profissionais… Não sei se participou em alguma academia, fora da escola…
Entrevistado: Não. Foi sempre coisas da escola.
Entrevistadora: Ok. E qual é a sua experiência profissional até agora?
Entrevistado: A minha experiência? Desculpe…não, não…
Entrevistadora: A experiência profissional. À parte dos estudos, o que é que já tem feito, remunerado?
Entrevistado: Alguns casamentos e é só.
Entrevistadora: Hm, hm. Em média, depois de ter acabado o curso profissional de nível básico de música, ou seja, quando acabou o 9º ano, mais
ou menos quanto tempo é que teve que esperar até ter o primeiro trabalho remunerado na área da música?
Entrevistado: Já nem sei se já tinha feito ou…Porque isto já foram alguns que eu às vezes já nem me lembro quando é que foi mas…não foi
muito tempo.
Entrevistadora: E quais são as perspetivas que tem para o futuro a nível profissional? O que é que gostaria de fazer?
Entrevistado: Era entrar numa orquestra.
Entrevistadora: Entrar numa orquestra e trabalhar para a orquestra, é isso?
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: Ok. Muito obrigada então pelo seu tempo está bom?
Entrevistado: Está.
Entrevistadora: Adeus e boa tarde.
Entrevistado: Está, boa tarde.
1.4.David Emanuel Marinho Ferreira (básico instrumentista de sopro – ARTAVE)
Entrevistado: Estou sim?
Entrevistadora: Estou a falar com David Ferreira?
Entrevistado: Exatamente.
Entrevistadora: Olá David. O meu nome é Ana Vanessa. Eu sou estagiária do POPH, a organização que financiou o seu curso profissional de
nível básico na ARTAVE.
Entrevistado: Sim, sim.
Entrevistadora: De momento está a ser posto em causa o financiamento deste curso e então estamos a falar com antigos alunos para fazer umas
perguntinhas e saber se o objetivo do curso está a ser alcançado. Será que lhe posso fazer umas perguntinhas muito rápidas?
Entrevistado: Sim, sim. Claramente.
Entrevistadora: Queria saber qual é o motivo que o levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música.
Entrevistado: É assim, eu…a resposta é muito fácil. Basicamente era a paixão pela música e o interesse de seguir o curso como…de ser o meu
objetivo profissional, de querer ser isso o meu trabalho digamos…
Entrevistadora: Hm, hm. E como é que obteve conhecimento acerca da existência deste curso?
Entrevistado: Hm…já tinha colegas mais velhos que já tinham ingressado no mesmo curso e pesquisei um bocadinho e também tive contacto
com alguns professores que me…que me alertaram do curso e eu entretanto experimentei. Ingressei no 7º ano com a condição de…se não
gostasse saía mas, segui e não estou nada arrependido.
Entrevistadora: Em algum ano da frequência neste curso ficou retido?
Entrevistado: Não, não.
Entrevistadora: Teve sempre aproveitamento…
Entrevistado: Sim, sim…
Entrevistadora: E quais são, de momento, as suas habilitações académicas?
Entrevistado: Atualmente, estou no segundo ano, na universidade do Minho, no mesmo curso, no curso de música.
Entrevistadora: Ah sim. E quais foram os cursos que frequentou até então? Ou seja, no ensino secundário qual foi o curso que esteve a
frequentar?
Entrevistado: Eu só…só fiz…no ensino regular só fiz até ao 6º ano. A partir do 7º até ao 12º ano só estive na ARTAVE, primeiro no curso básico
e depois no curso profissional.
Entrevistadora: Ah continuou na ARTAVE então no ensino secundário…
Entrevistado: Exatamente.
Entrevistadora: E quais foram os motivos que o levaram a prosseguir na área da música? A não desistir?
Entrevistado: Hm…foi basicamente a paixão pela música e o interesse pela arte, não é? E, de certa forma, também a facilidade, digamos, de ter
um percurso profissional nesse meio.
Entrevistadora: Porque fala em facilidade?
Entrevistado: Facilidade porque é assim, estamos a falar de uma escola, no panorama nacional, no panorama musical, uma escola de renome e
que lançou imensa gente e quase toda a gente que acabou o curso na ARTAVE está a trabalhar, tem bons empregos, bom rendimento, tem…tem
aproveitamento, conseguiu aproveitar o que aprendeu aí, conseguiu seguir. A ARTAVE é uma escola que abre muitas portas no sentido
profissional. É assim, há muita gente que vai estudar para o estrangeiro, há muita gente que faz a licenciatura cá e depois vai estudar para o
estrangeiro porque, a ARTAVE proporciona vários workshops e não sei quê, e consegue contacto com professores do exterior e, de certa forma,
também nos abre bastante as portas para ingressarmos no meio profissional, quer seja em Portugal, quer seja fora.
Entrevistadora: Entendo. E quais são as suas perspetivas para o futuro a nível académico? Após concluir a licenciatura, o que é que pretende
fazer?
Entrevistado: Hm…É assim, o que eu pretendo fazer neste momento é acabar a licenciatura. Durante este tempo que me falta, gostava de fazer
Erasmus em Berlim. Depois, gostava de fazer o meu mestrado em orquestra ou em performance, também no exterior…provavelmente em Berlim
também.
Entrevistadora: Ok. Já participou ou praticou alguma atividade não profissional, extracurricular na área da música? Extra escola?
Entrevistado: Sim, várias vezes. Já ingressei em vários conjuntos filarmónicos e…não profissional, digamos que, foi só isso porque de resto foi
tudo…tudo o que eu fiz, posso considerar um percurso profissional.
Entrevistadora: Pois e qual é a sua experiência profissional até ao momento?
Entrevistado: Hm…comecei a lecionar há pouco tempo, a lecionar não numa escola federada, digamos, só…só para eu ganhar alguma
experiência também a lecionar. Toquei em orquestras, tanto na ARTAVE, como fora. Hm…toquei, toquei a solo, fiz recitais. E basicamente foi
tudo, foi isso. Nunca fiz mais nada fora da música.
Entrevistadora: E diga-me uma coisa, depois de ter concluído o curso profissional de nível básico, ou seja, após a conclusão do 9º ano, quanto
tempo, mais ou menos, teve que esperar para conseguir trabalhar, ser remunerado?
Entrevistado: Hm…é assim, de momento, remunerado também não sou.
Entrevistadora: Mas, esses trabalhos esporádicos que foi fazendo e, que provavelmente, foi remunerado, por algum desses trabalhos que fez…
Não sei…se sim, quanto tempo, mais ou menos, teve que esperar após o 9º ano?
Entrevistado: Ah, desses trabalhos que eu fiz, em grupos filarmónicos e isso, já era remunerado antes de entrar para a ARTAVE porque, já
andava num meio filarmónico. E foi aí que eu aprendi também o que era a música e foi aí que me despertou um bocadinho o interesse e eu já era
remunerado na altura. E depois, continuei a ser remunerado e, consoante evoluía, era compensado por isso também…
Entrevistadora: Hm, hm. E então, que perspetivas é que tem para o futuro a nível profissional? O que é que gostaria de fazer?
Entrevistado: É assim, perspetivas e o que gostaria de fazer, é um bocadinho diferente porque o que eu gostaria de fazer era tocar numa orquestra.
Agora, vamos ver se há essa possibilidade ou não. Hm…daí também o interesse de querer ir estudar para fora porque, sinceramente, aqui também
não temos muitos, muitos meios para isso, e… mas as minhas perspetivas para o futuro, realmente são…acho que vou, vou acabar por dar aulas,
por lecionar. Porque é o meio mais…menos exigente também e, de certa forma, é o que está mais à mão, é o que pode ser o primeiro a aparecer
e, consoante as necessidades, eu acho que vai ter que ser mesmo. Espero que não mas, acho que vai ter que ser…
Entrevistadora: Ok. Agradeço imenso o tempo que me disponibilizou e com certeza que as informações vão ser úteis para o estudo que estamos a
desenvolver, sim?
Entrevistado: Obrigado eu.
Entrevistadora: Muito obrigada e boa tarde. Bom fim-de-semana.
Entrevistado: Boa tarde.
Entrevistadora: Obrigada, obrigada.
1.5.Cândida Adelaide Fernandes Nunes (básico instrumentista de sopro – ARTAVE)
(Conversa informal com intermediário)
Entrevistada: Estou?
Entrevistadora: Olá Cândida! Como está, tudo bem?
Entrevistada: Olá! Quem fala?
Entrevistadora: O meu nome é Ana Vanessa. Eu sou estagiária do POPH, que foi a organização que financiou o seu curso profissional de nível
básico de música.
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: Eu queria fazer umas perguntinhas relativamente ao seu percurso escolar e profissional. É muito rápido. É possível?
Entrevistada: Sim, sim. Diga…
Entrevistadora: Queria saber qual foi o motivo que a levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música.
Entrevistada: (risos) Já não me lembro muito bem mas eu fui porque aqui o maestro da banda disse à minha mãe… aconselhou-me a escola, a
ARTAVE e fui para lá por causa disso.
Entrevistadora: Já tinha gosto pela música?
Entrevistada: Sim, sim.
Entrevistadora: Hm, hm… e em algum ano da frequência neste curso ficou retida?
Entrevistada: Não.
Entrevistadora: E, de momento, quais são as suas habilitações académicas?
Entrevistada: Eu acabei agora o segundo ano da licenciatura.
Entrevistadora: Em quê, posso saber?
Entrevistada: Na…na ESMAE, na Escola Superior de Música e de Artes de Espetáculo do Porto.
Entrevistadora: E qual é o curso que está a tirar?
Entrevistada: O de fagote.
Entrevistadora: E quais foram os cursos que frequentou até ao momento? Ou seja, após a conclusão do curso profissional de nível básico, no
ensino secundário que curso frequentou?
Entrevistada: Eu continuei na ARTAVE até ao 12º ano no curso de música.
Entrevistadora: Ok. E quais foram os motivos que a levaram a prosseguir e a não desistir da área da música?
Entrevistada: Porque já sabia, desde muito cedo, que era o que eu queria seguir.
Entrevistadora: Hm hm. E que perspetivas é que tem para o futuro a nível académico? Após terminar a licenciatura, o que é pretende fazer a nível
académico?
Entrevistada: Hm… pretendo fazer o mestrado na escola de Zurich.
Entrevistadora: De Zurich?
Entrevistada: Hm hm. E já participou em alguma atividade não profissional, extracurricular na área da música? Ou seja, à parte da escola, já
praticou alguma atividade?
Entrevistada: Sim, sim. Muitas!
Entrevistada: Pode-me dizer quais?
Entrevistada: Eu primeiro ando numa banda filarmónica e…hm…já fiz vários estágios de orquestra sinfónica e fui tocar à Gulbenkian também e
os concursos…
Entrevistadora: E qual é a sua experiência profissional até ao momento?
Entrevistada: Experiência profissional, como assim?
Entrevistadora: A nível de atividades que tenha praticado e que já tenha sido remunerada, o que é que já fez?
Entrevistada: Sim, sim. Já toquei na Gulbenkian como reforço, na VSP também e em grupos de música de camâra, com a Camarata Nov’Arte por
exemplo…
Entrevistadora: Hm, hm. Ok. E, em média, quanto tempo é que teve que esperar para conseguir estas atividades após a conclusão do 9º ano?
Entrevistada: Ah, isso só aconteceu tudo depois de eu entrar para a licenciatura. As atividades remuneradas! Os outros, os estágios, eu fazia
durante as férias de verão.
Entrevistadora: Sim, sim. E quais são as suas perspetivas para o futuro a nível profissional? O que é que gostaria de fazer?
Entrevistada: Eu gostava de ganhar o lugar numa orquestra.
Entrevistadora: (risos) Tenho falado com vários colegas seus e quase todos dizem o mesmo.
Entrevistada: (risos)
Entrevistadora: Ok, muito obrigada pelo seu tempo, sim?
Entrevistada: De nada, de nada! Obrigada.
Entrevistadora: De nada. Obrigada e bom fim-de-semana!
Entrevistada: Boa tarde, bom fim-de-semana.
1.6.Pedro Rafael Rêgo Henriques (básico instrumentista de sopro – ARTAVE)
(conversa informal com intermediário)
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: Olá Pedro, boa tarde. Tudo bem?
Entrevistado: Boa tarde?
Entrevistadora: O Pedro esteve a tirar o curso básico de instrumentista de sopro, não foi?
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: O meu nome é Ana Vanessa, eu sou estagiária do POPH, que foi a organização que financiou os seus estudos.
Entrevistado: Sim, sim.
Entrevistadora: De momento está a ser posto em causa o financiamento do curso profissional de nível básico de música e, nesse sentido e
também no âmbito do mestrado que eu estou a tirar, queria-lhe fazer umas perguntinhas. É possível? É rápido.
Entrevistado: Sim, sim, sim. Com certeza.
Entrevistadora: Queria perguntar… Qual foi o motivo que o levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música?
Entrevistado: O motivo que me levou a ingressar nesse curso foi o facto de querer estudar música mais, mais, mais a sério. Mais
profissionalmente…
Entrevistadora: Hm, hm. E diga-me uma coisa, como é que obteve conhecimento deste curso?
Entrevistado: Obtive através do meu professor, que era professor lá e antes de eu ir para lá, também já era meu professor numa academia local,
aqui do meu concelho.
Entrevistadora: Ah, sim. Diga-me uma coisa, ficou retido em algum ano do curso?
Entrevistado: Não, nunca.
Entrevistadora: Teve sempre aproveitamento…
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: De momento, quais é que são as suas habilitações académicas?
Entrevistado: 2º ano da escola superior de música do Porto.
Entrevistadora: Escola superior de música do Porto?
Entrevistado: Sim, sim.
Entrevistadora: Hm, hm. Entretanto, depois de sair do curso profissional de nível básico, quais foram os cursos que já frequentou, por exemplo,
no ensino secundário?
Entrevistado: Frequentei na ARTAVE, o curso secundário, não é?
Entrevistadora: Ah, foi na ARTAVE?
Entrevistado: E entrei para a escola superior…
Entrevistadora: Ok. E quais é que foram os motivos que o levaram a prosseguir na área da música?
Entrevistado: Olhe, eu gosto imenso de música e não me imagino a fazer outra coisa. (risos)
Entrevistadora: Ok. A nível de futuro, quais são as suas perspetivas a nível académico? Pretende continuar ou… O que é que pretende fazer?
Entrevistado: Sim, sim. As perspetivas são fazer os dois mestrados.
Entrevistadora: Dois mestrados?
Entrevistado: O mestrado em ensino e o mestrado de performance.
Entrevistadora: Ah ok. Então, e fora do percurso académico, já participou em atividades não profissionais na área da música?
Entrevistado: Sim, sim, sim, sim.
Entrevistadora: Pode-me dizer em quê, especificamente? Bandas, ou…
Entrevistado: Não profissionais… Em bandas de música, bandas filarmónicas, grupos de música de câmara, inúmeros…
Entrevistadora: Hm, hm…
Entrevistado: Orquestras, não profissionais até, algumas…
Entrevistadora: Ok. E diga-me uma coisa, qual é a sua experiência profissional? A nível mesmo de trabalho, o que é que já desenvolveu? Mesmo
que não tenha sido na área da música, ultimamente, o que é que tem feito a nível profissional?
Entrevistado: Tem sido na área da música. Dei aulas numa escola, não profissional, lá está, de música, não oficial. Dei em duas dessas.
Entrevistadora: Então, nos últimos anos, tem estado a dar aulas de música, é isso?
Entrevistado: Exatamente.
Entrevistadora: Ok. Desde que acabou o curso profissional de nível básico, quanto tempo é que esperou até conseguir um emprego na área da
música? Até ser remunerado por isso, mais ou menos, quanto tempo é que levou?
Entrevistado: Foram 4 anos. Até ao 1º ano da universidade.
Entrevistadora: Ok. Então, e a nível de perspetivas de futuro, a nível profissional, o que é que gostaria de fazer?
Entrevistado: Gostaria de tocar numa orquestra.
Entrevistadora: Ok. Pronto, agradeço imenso pelo seu tempo, está bom?
Entrevistado: Muito obrigado.
Entrevistadora: Obrigada eu. Adeus e boa tarde.
Entrevistado: De nada, adeus, boa tarde.
1.7.Maria Helena Alves Costa (básico instrumentista de sopro – ARTAVE)
(conversa informal com intermediário)
Entrevistada: Estou?
Entrevistadora: Boa tarde Maria Helena.
Entrevistada: Sim, quem fala?
Entrevistadora: O meu nome é Ana Vanessa, eu sou estagiária do POPH, que foi a organização que financiou o seu curso profissional de nível
básico de música, na ARTAVE.
Entrevistada: Ah, sim.
Entrevistadora: De momento está a ser posto em causa esse financiamento, então estamos a falar com antigos alunos, também no âmbito do
mestrado que eu estou a desenvolver, para saber algumas coisas acerca do percurso escolar e profissional. Posso-lhe fazer umas perguntinhas?
Entrevistada: Sim, claro.
Entrevistadora: Queria saber qual é o motivo que a levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música.
Entrevistada: O gosto pela música e o querer seguir música para o futuro também.
Entrevistadora: Hm, hm. Como é que obteve conhecimento acerca da existência deste curso?
Entrevistada: Hm…eu antes de ir para o curso profissional estive num conservatório e foi no conservatório que tive conhecimento.
Entrevistadora: E em algum ano da frequência neste curso ficou retida?
Entrevistada: Não.
Entrevistadora: E quais são de momento as suas habilitações académicas?
Entrevistada: As minhas… Hm… Neste momento vou para o 3º ano da licenciatura de música.
Entrevistadora: E posso saber em que faculdade?
Entrevistada: Na ESMAE, no Porto. Escola superior de música e artes de espetáculo.
Entrevistadora: Ah ok. E quais foram os cursos que frequentou até ao momento? Ou seja, após a conclusão do 9º ano, o que é que fez?
Entrevistada: Continuei na profissional de música até ao 12º e após isso ingressei na escola superior.
Entrevistadora: Ok. E quais foram os motivos que a levaram a prosseguir e a não desistir da área da música?
Entrevistada: Como eu já disse, o gosto pela música e querer isso para o futuro.
Entrevistadora: E que perspetivas é que tem para o futuro a nível académico? Após a conclusão da licenciatura, não sei se pretende fazer algum
mestrado ou se pretende parar por aí…
Entrevistada: Sim, sim. Queria seguir para o mestrado. Em música na mesma.
Entrevistadora: Em música, na mesma faculdade?
Entrevistada: Provavelmente.
Entrevistadora: E diga-me uma coisa, já participou ou praticou alguma atividade não profissional, extracurricular, na área da música?
Entrevistada: Sim! Nós… Os músicos quase todos vão fazendo outros cursos como masterclasses, estágios…
Entrevistadora: Hm, hm. E, de momento, qual é a sua experiência profissional?
Entrevistada: Experiência profissional… Acho que não tive.
Entrevistadora: Já foi remunerada por alguma atividade que fez?
Entrevistada: Oh, nas bandas, claro!
Entrevistadora: Já tocou em bandas?
Entrevistada: Sim. No verão tenho uma banda. Vou tocando em bandas.
Entrevistadora: Em média, depois de concluir o 9º ano, quanto tempo que esperar para ser remunerada pela primeira atividade?
Entrevistada: Eu comecei… Não sei (risos). Acho que quando estava no curso básico, nas bandas, já recebia. Foi quando… Foi no 7º ano que me
inscrevi numa… Que comecei a fazer espetáculos com bandas e assim.
Entrevistadora: E quais são as suas perspetivas para o futuro a nível profissional? O que é que gostaria de fazer?
Entrevistada: Gostar, gostaria de tocar numa orquestra, não é? Mas cá em Portugal é quase como impossível.
Entrevistadora: Hm, hm. E qual é a alternativa?
Entrevistada: Hm, se não conseguir… Ou emigrar ou então ficar por Portugal a dar aulas.
Entrevistadora: Ok. Agradeço imenso o seu tempo e desejo-lhe um bom fim-de-semana.
Entrevistada: Está, obrigada.
Entrevistadora: Obrigada e boa tarde.
Entrevistada: De nada, de nada.
2. Fundação Átrio da Música – Escola Profissional de Música de Viana do Castelo – Viana do Castelo
2.1.Ana Inês Novo Meira (básico de instrumento – EP de música de V.Castelo)
(conversa informal com intermediário)
Entrevistada: Sim?
Entrevistadora: Olá Inês. Como está, tudo bem?
Entrevistada: Olá. Sim. Quem é?
Entrevistadora: O meu nome é Ana Vanessa, eu sou estagiária do POPH que é a organização que financiou o seu curso profissional de nível
básico de música.
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: Nós estamos a fazer um estudo para conhecer os percursos escolares e profissionais dos antigos alunos dos cursos profissionais e
queria-lhe fazer umas perguntinhas, pode ser?
Entrevistada: Pode, pode, pode.
Entrevistadora: Queria saber qual foi o motivo que a levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música.
Entrevistada: Hm… Foi a minha mãe que ouviu umas colegas dela que tinham filhos lá e pronto… Achou que eu podia fazer as provas só e
depois acabei por entrar porque gostei da escola.
Entrevistadora: Então obteve conhecimento acerca da existência do curso através da sua mãe?
Entrevistada: Sim, sim, sim.
Entrevistadora: Ok. Ficou retida em algum ano?
Entrevistada: Não, não, não.
Entrevistadora: E quais são, de momento, as suas habilitações académicas?
Entrevistada: Estou na universidade, no 1º ano.
Entrevistadora: De que curso?
Entrevistada: No curso de produção e tecnologias da música.
Entrevistadora: Tecnologias da música?
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: Em que faculdade?
Entrevistada: ESMAE.
Entrevistadora: Que é no Porto, não é?
Entrevistada: Sim, sim.
Entrevistadora: E quais foram os motivos que a levaram a prosseguir na área da música?
Entrevistada: Hm… (risos) Sei lá! Toda a minha vida estudei música e só gosto de música.
Entrevistadora: (risos) No ensino secundário também esteve a estudar música então?
Entrevistada: Sim, sim, sim.
Entrevistadora: Continuou na mesma escola?
Entrevistada: Não, sim… Primeiro entrei no curso profissional de música na escola profissional de música e depois continuei até ao 12º ano, até
ao secundário. Depois no 1º ano fui para Aveiro, para a universidade de Aveiro e depois troquei para a ESMAE, este ano.
Entrevistadora: Quando foi para Aveiro também foi para música?
Entrevistada: Sim, sim, sim.
Entrevistadora: Hm, hm. E porque é que trocou? Por alguma razão em especial?
Entrevistada: Hm… Não gostava muito do curso.
Entrevistadora: Ok. Quais é que são as suas perspetivas para o futuro a nível académico? Após terminar a licenciatura pretende tirar mais alguma
coisa?
Entrevistada: Hm… Talvez, sim.
Entrevistadora: Pensa nisso?
Entrevistada: Sim, sim. Até entretanto tirar outro curso mas não sei o quê em específico. Não sei se vou tirar uma pós-graduação ou se vou tirar
um mestrado ou se vou querer tirar outro curso, outra licenciatura ou outro curso relacionado com a música. Mas tudo o que seja tudo a ver com
música.
Entrevistadora: Já participou ou praticou uma atividade extracurricular na área da música?
Entrevistada: Extracurricular na área da música?
Entrevistadora: Hm, hm.
Entrevistada: Como por exemplo?
Entrevistadora: À parte da escola se frequentava alguma atividade em que não fosse remunerada e que tenha a ver com a música.
Entrevistada: A única coisa, talvez, a dança.
Entrevistadora: A dança?
Entrevistada: Sim. O ballet.
Entrevistadora: Ok. E qual é a sua experiência profissional? Já foi remunerada por alguma atividade?
Entrevistada: Já, já. Já fui convidada para tocar nos festivais. Já fui convidada para tocar no encerramento do concerto do festival… Não! Do
concerto, em Guimarães, da capital da cultura, o ano passado. Foi um espetáculo com o João Mota e com o Packman.
Entrevistadora: Não percebi a última parte. Foi um espetáculo com…
Entrevistada: Integrada com a orquestra das Beiras, o Packman e o Carlão e o João Mota. Foi só isso… E, ah! E sim, trabalhei em alguns
festivais também, sim.
Entrevistadora: Ok. E, diga-me uma coisa, desde que terminou o 9º ano, ou seja, o curso profissional de nível básico, mais ou menos, quanto
tempo teve que esperar até ter a primeira atividade remunerada?
Entrevistada: Hm… No meu 1º ano de faculdade. Comecei a ter trabalhos.
Entrevistadora: Foi? Três anos então mais ou menos?
Entrevistada: Não! Não! No 12º ano já comecei a tocar, já comecei a ter concertos fora e assim.
Entrevistadora: Ok, ok. E quais é que são as suas perspetivas para o futuro a nível profissional? O que é que gostaria de fazer?
Entrevistada: Hm… (risos) Isso é um bocado subjetivo. Não sei. Talvez fazer… Talvez ter um estúdio ou produzir música, ter um projeto só
meu. Hm… E também ser produtora de eventos musicais. Tudo o que tenha a ver com isso, com produção.
Entrevistadora: Hm, hm. Ok. Agradeço imenso o seu tempo e desejo-lhe as maiores felicidades, sim?
Entrevistada: Ok. Muito obrigada.
Entrevistadora: Obrigada, bom fim-de-semana.
Entrevistada: Tchau, tchau, tchau.
2.2.André Gomes Neiva (Básico de Instrumento- Fundação Átrio da Música)
Entrevistado: Estou?
Entrevistadora: Estou sim, boa tarde.
Entrevistado: Boa tarde.
Entrevistadora: Seria possível falar com André Gomes Neiva?
Entrevistado: Estou aqui, sou eu.
Entrevistadora: Olá muito boa tarde. Eu sou…o meu nome é Ana Vanessa, sou estagiária do POPH, que foi a organização que financiou o seu
curso profissional de nível básico de música.
Entrevistado: Sim, de música.
Entrevistadora: Hm, nós estamos a fazer um estudo porque está a ser posto em causa o financiamento desse curso. Então estou a falar com
antigos alunos para tentar perceber algumas coisas. Será que lhe posso fazer umas perguntinhas breves?
Entrevistado: Sim sim.
Entrevistadora: Queria saber qual foi o motivo que o levou a ingressar no curso profissional.
Entrevistado: Hm…a ir para o curso?
Entrevistadora: Sim, para o curso profissional de nível básico de música.
Entrevistado: Porque gostava de música, queria entrar…queria que fosse a minha vida.
Entrevistadora: Hm, hm. E como é que obteve conhecimento da existência deste curso?
Entrevistado: Foi…foi no, pronto onde eu andava no 5º e 6º ano tinha música e o professor falou-me sobre isso.
Entrevistadora: Ele já era professor lá?
Entrevistado: Era. Não! Ele não era professor na escola!
Entrevistadora: Sabia só da existência do curso…
Entrevistado: Sim sim.
Entrevistadora: Ok. Hm…Em algum ano da frequência do curso, esteve…ficou retido?
Entrevistado: Não.
Entrevistadora: Teve sempre aproveitamento?
Entrevistado: Agora mas depois a nível profissional, fiquei com o décimo ano, ainda não consegui tirar…
Entrevistadora: Então de momento as suas habilitações académicas são até ao 9º ano, é isso?
Entrevistado: Sim, sim. Enquanto eu não fizer os testes, tenho o 9º ano.
Entrevistadora: E neste momento o que é que está a fazer?
Entrevistado: Agora estou a trabalhar e a estudar bateria e vou tentar fazer os testes para conseguir tirar o 12º para estudar bateria.
Entrevistadora: Mas no ensino secundário está a frequentar algum curso profissional de música também?
Entrevistado: Não não, eu estou a trabalhar e a ter aulas particulares.
Entrevistadora: Ah e está no ensino regular então?
Entrevistado: Sim sim.
Entrevistadora: Ok. E os exames de que me está a falar são os exames nacionais?
Entrevistado: Não. São os módulos em atraso que eu tenho que recuperar.
Entrevistadora: Ah ok. Mas não tem nada a ver com a música então?
Entrevistado: Tem. É no curso de música!
Entrevistadora: Ah! É um curso profissional de música, então?
Entrevistado: Sim. Eu segui do básico, para o décimo foi o vocacional.
Entrevistadora: Ok. E quais é que foram os motivos que o levaram a prosseguir na área da música?
Entrevistado: Os mesmos. Eu gostava de, de seguir… Eu desisti, foi mais por causa do instrumento. Porque eu estava em violino e depois quis
trocar para bateria e tive que parar ali, no décimo. Mas, eu queria música, claro. Ainda quero.
Entrevistadora: Eu peço desculpa mas, então, eu não devo estar a entender bem. Fez o curso profissional de nível básico de música, não é? E
concluiu o 9º ano nesse curso…
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: E depois como é que fez? Não estou a entender bem…
Entrevistado: E depois segui o mesmo curso, que é o curso de instrumentista de cordas. Foi o que eu segui a seguir.
Entrevistadora: Ah!
Entrevistado: Até ao décimo segundo.
Entrevistadora: Ok, pronto. E agora está a fazer os exames para concluir esse curso de instrumentista…
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: Ok. E a nível de futuro, a nível académico, o que é que pensa fazer? Seguir para o ensino superior? Ou pretende trabalhar?
Entrevistado: Queria seguir para o ensino superior mas como baterista.
Entrevistadora: E tem em perspetiva o curso que gostava mesmo de tirar? A nível superior?
Entrevistado: É mesmo esse. O de instrumentista ou baterista.
Entrevistadora: Ok. Já participou em alguma atividade não profissional, extracurricular, na área da música?
Entrevistado: Hm… não sei, depende. Se tocar em orquestras fora da…da…
Entrevistadora: É, é. É sim.
Entrevistado: Sim mas, não é uma grande orquestra. Foi uma…formaram uma coisa de músicos de Esposende…e pediram-me para ir.
Entrevistadora: E a nível profissional, qual é que é a sua experiência?
Entrevistado: Agora?
Entrevistadora: Até agora, sim. Em que é que já trabalhou, não só na área da música mas, assim por alto, o que é que já fez a nível profissional?
Entrevistado: Foi só música.
Entrevistadora: Foi só música?
Entrevistado: Eu agora é que trabalho…estou numa fábrica para já. Enquanto não acabo…
Entrevistadora: Ok. E na área da música, em que é que trabalhou?
Entrevistado: A tocar. Orquestras, bandas…
Entrevistadora: Em média, quanto tempo é que teve que esperar para conseguir um trabalho, na área da música, remunerado, depois de ter
concluído o curso profissional de nível básico?
Entrevistado: É assim, eu…quando eu tive essa oportunidade, eu acho que ainda estudava.
Entrevistadora: Nesse curso?
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: E conseguiu arranjar um trabalho que já foi remunerado, é isso?
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: Ok. Hm… a nível de perspetivas futuras profissionais, o que é que pensa? O que é que gostaria de fazer?
Entrevistado: Hm… (risos) dar aulas. Eu, eu já dei aulas também mas foi a particulares, não foi em escolas. E queria dar aulas em escolas e tocar
em orquestras…em orquestras não porque bateria não dá para tocar por aí. Mas tocar por aí em bandas jazz.
Entrevistadora: Hm hm. Ok. Agradeço-lhe muito o tempo que me despendeu e, de certeza que, estas informações serão úteis para o estudo, sim?
Entrevistado. Ok. Obrigado!
Entrevistadora: Obrigada. Boa tarde!
Entrevistado: Boa tarde!
2.3.Dora Isabel Correia Durães (básico de instrumento – Fundação Átrio da Música)
Entrevistada: Sim?
Entrevistadora: Estou sim, boa tarde.
Entrevistada: Boa tarde.
Entrevistadora: Eu gostaria de falar com Dora Isabel Durães.
Entrevistada: Sim, está a falar.
Entrevistadora: Olá boa tarde Dora. O meu nome é Ana Vanessa, eu sou estagiária do POPH, que foi a organização que financiou o seu curso
profissional de nível básico de música.
Entrevistada: Sim, sim.
Entrevistadora: Eu gostava de lhe fazer umas perguntinhas relativamente ao curso, pode ser?
Entrevistada: Sim, está à vontade.
Entrevistadora: Queria, primeiro, perguntar-lhe, qual foi o motivo que a levou a ingressar neste curso profissional de nível básico?
Entrevistada: Hm, então…foi a paixão pela música por começar a tocar um instrumento.
Entrevistadora: E como é que obteve conhecimento acerca da existência deste curso?
Entrevistada: Porque tem uma ótima publicidade a escola em si. É muito recomendada nas outras escolas, onde eu andava… é muito publicitada
sim.
Entrevistadora: Então, foi na escola anterior onde andava que obteve o conhecimento é isso?
Entrevistada: Exatamente.
Entrevistada: E diga-me uma coisa, em algum ano da frequência deste curso ficou retida?
Entrevistada: Não.
Entrevistadora: Teve sempre aproveitamento…
Entrevistada: Sim, sim.
Entrevistadora: De momento quais são as suas habilitações académicas?
Entrevistada: Eu estou no segundo ano da licenciatura.
Entrevistadora: Em?
Entrevistada: Em música também.
Entrevistadora: Em música. Ok. Até ao momento, e depois do curso profissional de nível básico, que cursos é que frequentou, por exemplo então,
no ensino secundário?
Entrevistada: Eu frequentei a mesma escola.
Entrevistadora: A mesma escola, também em música?
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: E quais foram os motivos que a levaram a prosseguir na área da música e especificamente na mesma escola?
Entrevistada: Hm…foi parar tocar um instrumento. Acho que era mesmo desde cedo que…é isso, a paixão pela música.
Entrevistadora: Ok. Que perspetivas é que tem para o futuro a nível académico?
Entrevistada: Hm…nível académico…É assim, em termos de…a profissão que quero seguir?
Entrevistadora: Não, a nível da universidade…se…Portanto pretende acabar a licenciatura. Depois disso pretende fazer mais alguma coisa a nível
de mestrado?
Entrevistada: Ah, sim. Sim, sim.
Entrevistadora: Em quê?
Entrevistada: Na mesma área mas, em ensino de música, para poder dar aulas.
Entrevistadora: Hm, hm. Já participou em alguma atividade não profissional ou extracurricular na área da música?
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: Em quê?
Entrevistada: Hm…Sim, eu já comecei a dar aulas em Ponte de Lima, sim.
Entrevistadora: Ah, isso, pronto… Aí já foi remunerada então?
Entrevistada: Exatamente.
Entrevistadora: Ok. E a nível, assim, extracurricular, não sei se já participou em bandas ou assim, sem ser remunerada, ou orquestras?
Entrevistada: Pois, é, normalmente sim.
Entrevistadora: Já fez isso?
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: Ok. Em média, quanto tempo é que teve que esperar, depois de concluído o curso profissional de nível básico, quanto tempo é
que teve que esperar até arranjar a primeira atividade remunerada?
Entrevistada: Hm…isso é uma pergunta difícil.
Entrevistadora: Não me consegue dizer? Hm…Portanto, concluiu o 9º ano, não é?
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: E depois mais ou menos quanto tempo é que esperou até ser remunerada?
Entrevistada: Eu acho que mesmo…não sei. Para aí um ano. Um ano, acho que sim.
Entrevistadora: Foi?
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: Ok. Então, a nível futuro e falando profissionalmente, o que é que gostaria de fazer?
Entrevistada: É mesmo seguir a área do ensino.
Entrevistadora: Gostava de dar aulas?
Entrevistada: Exatamente.
Entrevistadora: Ok, muito obrigada pelo seu tempo e as informações vão ser úteis. Obrigada.
Entrevistada: Obrigada. Boa tarde.
Entrevistadora: Adeus, boa tarde.
2.4.Isa Cristiana Reis Lobo (básico de instrumento- Fundação Átrio da Música)
Entrevistada: Sim?
Entrevistadora: Estou sim, boa tarde.
Entrevistada: Olá, boa tarde.
Entrevistadora: Estou a falar com Isa Cristiana Lobo?
Entrevistada: Está a falar com a própria.
Entrevistadora: O meu nome é Ana Vanessa, eu sou estagiária do POPH, que foi a organização que financiou o seu curso profissional de nível
básico de música.
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: Eu gostaria de lhe fazer umas perguntinhas acerca do curso, é possível?
Entrevistada: Se for rápido sim porque eu estou com um bocadinho de pressa.
Entrevistadora: É rápido sim. Queria saber qual foi o motivo que a levou a ingressar neste curso.
Entrevistada: Hm, o gosto pela música.
Entrevistadora: E como é que obteve conhecimento acerca da existência deste curso?
Entrevistada: Porque eu sou da cidade de Viana do Castelo e, quando foi para mudar de escola, surgiu a oportunidade de entrar para o 7º ano
profissional de música.
Entrevistadora: Mas como é que soube especificamente?
Entrevistada: Diga?
Entrevistadora: Como é que soube do curso especificamente? Através de quem ou de que estratégia de publicidade?
Entrevistada: Sim. Publicidade.
Entrevistadora: Ok. Então foi pela publicidade, ok. Hm, ficou retida em algum ano da frequência deste curso?
Entrevistada: Não.
Entrevistadora: E, de momento, quais são as suas habilitações académicas?
Entrevistada: 12º.
Entrevistadora: Também na área da música?
Entrevistada: Não. 12º Profissional de técnico de artes gráficas.
Entrevistadora: Ah, ok. E o que é que a levou a desistir da área da música?
Entrevistada: Hm… A escola, em si.
Entrevistadora: Não gostou da escola que frequentou?
Entrevistada: Não, não. Detestei.
Entrevistadora: (risos) Ok. E foi isso que a fez então mudar para outra área?
Entrevistada: Sim.
Entrevistadora: Que perspetivas tem para o futuro a nível académico?
Entrevistada: Eu já estou a trabalhar (risos), já não tenho muitas.
Entrevistadora: Já não pretende ingressar no ensino superior?
Entrevistada: Não.
Entrevistadora: Ok. Já participou ou praticou alguma atividade não profissional ou extracurricular na área da música?
Entrevistada: Não.
Entrevistadora: Hm, e qual é a sua experiência profissional de momento?
Entrevistada: Hm…qual é…desculpe não percebi.
Entrevistadora: A experiência profissional que tem neste momento?
Entrevistada: Ah! Onde é que eu estou a trabalhar?
Entrevistadora: Sim, sim.
Entrevistada: Estou a trabalhar no hospital.
Entrevistadora: Ok. E já trabalhou na área da música?
Entrevistada: Não. Música clássica não. Já trabalhei numa discoteca. Não sei se é igual…
Entrevistadora: Ok. A cantar?
Entrevistada: Não.
Entrevistadora: Ok. Quais são as suas perspetivas para o futuro a nível profissional? O que é que gostaria de fazer?
Entrevistada: Hm, gostava de ingressar outra vez no meu…no curso de design do produto.
Entrevistadora: Ok. Agradeço imenso o seu tempo, está bem?
Entrevistada: Diga?
Entrevistadora: Agradeço imenso o seu tempo.
Entrevistada: Ok, obrigada.
Entrevistadora: Obrigada e boa tarde.
3. Escola Profissional de Música de Espinho – Espinho
3.1.Tiago Miguel Almeida Brandão (básico de instrumento – EP de música de Espinho)
(conversa informal com intermediário)
Entrevistado: Estou?
Entrevistadora: Olá Tiago, boa tarde.
Entrevistado: Sim, boa tarde.
Entrevistadora: O meu nome é Ana Vanessa, eu sou estagiária do POPH, que foi a organização que financiou o seu curso profissional de nível
básico de música.
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: Eu queria-lhe fazer umas perguntinhas rápidas, é possível?
Entrevistado: Hm…é que não tenho muito tempo agora mas..
Entrevistadora: É rápido, é rápido.
Entrevistado: Está bom.
Entrevistadora: Queria-lhe perguntar, qual foi o motivo que o levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música?
Entrevistado: Eu gostava de música e tinha a oportunidade de fazer música como as disciplinas normais e foi por causa disso.
Entrevistadora: Hm, hm. E como é que obteve conhecimento acerca da existência deste curso?
Entrevistado: Foi através da banda onde eu andava, a banda que frequentava.
Entrevistadora: E em algum ano da frequência neste curso ficou retido?
Entrevistado: Não percebi…
Entrevistadora: Se em algum ano da frequência neste curso ficou retido ou se obteve sempre aprovação.
Entrevistado: Hm… Não acabei algumas cadeiras do 12º ano.
Entrevistadora: E qual foi o motivo dessa retenção, pode-me explicar?
Entrevistado: Hm… Foi o inglês que nunca consegui, nunca fui muito… Nunca estudei o suficiente e não conseguia apanhar o inglês.
Entrevistadora: E, de momento, quais são as suas habilitações académicas?
Entrevistado: O 9º ano com diploma. E, e, e este ano vou-me inscrever para acabar o resto dos módulos que me faltam para ficar com o diploma
do 12º ano.
Entrevistadora: No ensino secundário, que curso é que tem frequentado?
Entrevistado: Os cursos todos que frequentei?
Entrevistadora: Quando acabou o 9º ano, não é? Foi para o ensino secundário, para que curso?
Entrevistado: Continuo na mesma escola e no mesmo curso.
Entrevistadora: Ah ok, ok. E quais foram os motivos que o levaram a prosseguir e a não desistir da área da música?
Entrevistado: Hm… Uma vez que estava dentro daquela escola, que é uma boa escola, com bons professores, acho que tinha a oportunidade de
continuar.
Entrevistadora: E que perspetivas tem a nível académico? Quando acabar o ensino secundário pretende ingressar na universidade ou pretende
parar por aí?
Entrevistado: Pretendo parar, por enquanto.
Entrevistadora: E, diga-me uma coisa, já participou ou praticou alguma atividade não profissional, extracurricular, na área da música?
Entrevistado: Hm… Só em termos de… Frequento bandas, diferentes bandas e pequenos concertos.
Entrevistadora: Hm, hm. E nesses concertos e nessas bandas é remunerado?
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: Então já é experiência profissional, não é? A nível profissional, já fez isso e… Já teve outras atividades, fora da área da música,
por exemplo?
Entrevistado: Sim. Estive dois anos em França mas tinha outras atividades. Estive ligado à música mas trabalhava noutros domínios.
Entrevistadora: E, diga-me uma coisa, em média, depois de ter concluído o 9º ano, quanto tempo é que teve que esperar para conseguir emprego
ou para conseguir ser remunerado em alguma atividade?
Entrevistado: A escola acabou em fins de Julho e durante as férias estive sempre ocupado com bandas e, no qual era remunerado, depois fui para
França durante dois anos. E tive logo trabalho.
Entrevistadora: Então já durante o nível básico era remunerado em algumas atividades durante o verão, é isso?
Entrevistado: Sim, sim.
Entrevistadora: Ok. Quais são as suas perspetivas para o futuro a nível profissional? O que é que gostaria de fazer?
Entrevistado: É assim, nesta altura, eu vim de França porque como estava lá sozinho não me conseguia, não me conseguia adaptar à vida de lá.
Sempre tive trabalho e vim agora para Portugal outra vez e o que eu quero agora é encontrar um trabalho e, mais tarde, encontrar algo melhor.
Entrevistadora: Hm, hm. E esse trabalho que está à procura já não é na área da música, é isso?
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: Ok. Agradeço imenso o seu tempo e de certeza que estas informações vão ser úteis para o estudo que estamos a desenvolver ok?
Entrevistado: Ok.
Entrevistadora: Muito obrigada e um bom fim-de-semana, sim?
Entrevistado: De nada.
Entrevistadora: Adeus boa tarde.
Entrevistado: Nada.
3.2.Catarina Matoso Bento Lucena Valadas (básico de instrumento – EP de música de Espinho)
Entrevistada: Estou?
Entrevistadora: Estou sim, Catarina?
Entrevistada: Sim. Quem fala?
Entrevistadora: Muito boa tarde. O meu nome é Ana Vanessa e eu sou estagiária do POPH que foi a organização que financiou o seu curso
profissional de nível básico de música.
Entrevistada: Hm…Sim, sim.
Entrevistadora: Eu queria fazer umas perguntinhas porque estamos a desenvolver um estudo acerca dos percursos escolares e profissionais dos
antigos alunos deste curso. É muito rápido.
Entrevistada: Ok, certo.
Entrevistadora: Queria-lhe perguntar qual foi o motivo que a levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música.
Entrevistada: Hum…Bem, (risos) gostar de música basicamente, ter antes andado numa academia de música e querer ingressar por essa via.
Entrevistadora: E como é que obteve conhecimento acerca da existência deste curso?
Entrevistada: Hm, foi porque eu andei na escola profissional de música de Espinho e o edifício da escola profissional de música de Espinho é o
mesmo da academia de música de Espinho. Então eu andava na academia de música de Espinho e falaram-me se queria ingressar no curso, na
altura no 7º ano, de música.
Entrevistadora: Em algum ano da frequência neste curso ficou retida?
Entrevistada: Não.
Entrevistadora: Ok. E de momento quais são as suas habilitações académicas?
Entrevistada: Neste momento tenho o 12º ano. Vou este ano para a Universidade.
Entrevistadora: Pode-me dizer para que curso vai?
Entrevistada: Hm, vou para…só um minuto, peço desculpa.
Entrevistadora: Não faz mal.
Entrevistada: Eu neste momento vou estar um ano no Hot Club em canto de Jazz.
Entrevistadora: Hot Club?
Entrevistada: Sim, a escola de jazz de Lisboa.
Entrevistadora: Ah ok. E diga-me uma coisa, quais foram os cursos que frequentou até agora? Ou seja, após o 9º ano, a conclusão do curso
profissional de nível básico continuou na mesma escola no mesmo curso ou optou pelo ensino regular?
Entrevistada: Sim. Continuei sim.
Entrevistadora: E quais foram os motivos que a levaram a prosseguir e a não desistir da área da música?
Entrevistada: Hm…eu gostava de estar onde estava e, portanto, foi só continuar.
Entrevistadora: E que perspetivas é que tem para o futuro a nível académico? Ou seja, agora já me disse que vai tirar a licenciatura. Após a
licenciatura tem em perspetiva fazer algum mestrado ou parar por aí?
Entrevistada: Hm… sim imagino que a seguir, como estão as coisas, tenho que tirar um mestrado (risos) em profissionalização para poder
lecionar… e pronto mas não tenciono só… se puder não dar aulas tanto melhor.
Entrevistadora: Diga-me uma coisa, já praticou alguma atividade não profissional, extracurricular, na área da música? Em que não tenha sido
remunerada. Ou seja, atividade extracurricular.
Entrevistada: Hm…em que não tenha sido remunerada…Eventualmente terei ajudado nalgum grupo amigo e coisas assim para ser não
remunerada. Normalmente…
Entrevistadora: E a nível de experiência profissional, então o que é que já fez?
Entrevistada: Hm…para já, já dei umas aulas, em sítios pequenos e, bem… entretanto criei um projeto, de um grupo local e entretanto já fizemos
alguns concertos, nomeadamente na casa da música. E pronto foi isso.
Entrevistadora: E diga-me uma coisa, depois da conclusão do 9º ano, mais ou menos quanto tempo teve que esperar até ter a sua primeira
atividade remunerada?
Entrevistada: Bem, não sei se bandas filarmónicas contam como remuneradas…
Entrevistadora: Contam…
Entrevistada: Ok. Então pronto. Bandas filarmónicas já, já, já na altura do ensino básico tinha e entretanto…entretanto já tive, nada de muito
grandioso, mas já tive algumas coisas profissionais remuneradas mesmo enquanto estava entre o 10º e o 12º.
Entrevistadora: E diga-me uma coisa, quais são as suas perspetivas profissionais para o futuro? O que é que gostaria de fazer?
Entrevistada: Hm…Bem, (risos), eu estudei clássica e entretanto estou a ir para o jazz, por isso a coisa ainda não está muito bem definida mas,
(risos) bem, bem…eu agora vou para o jazz por isso a coisa ainda não está muito bem definida como é que se vai passar mas bem, eu gostava de
ser intérprete acima de tudo e pronto, professora…se tiver que ser, serei.
Entrevistadora: Está bom. Agradeço imenso o tempo que me disponibilizou e de certo que as informações vão ser úteis para o estudo, ok?
Entrevistada: Ok.
Entrevistadora: Muito obrigada e boa tarde, e bom fim-de-semana.
Entrevistada: Obrigada, boa tarde.
3.3.Joana Raquel Lopes Couto (básico de instrumento – EP de música de Espinho)
Entrevistada: Estou?
Entrevistadora: Estou sim, boa tarde.
Entrevistada: Boa tarde. Quem fala?
Entrevistadora: O meu nome é Ana Vanessa, eu sou estagiária do POPH, que foi a organização que financiou o seu curso profissional de nível
básico. Eu há pouco falei com o seu pai. Foi o seu pai que me indicou este número porque, eu só tinha registo do número móvel do seu pai. Nós
estamos a desenvolver um estudo para perceber os percursos…
Entrevistada: Eu não, eu não, não fiz nenhum estágio no IPO.
Entrevistadora: Não, não. Curso profissional de nível básico de música. Na escola profissional de música de Espinho.
Entrevistada: Ah! Sim, sim, sim. Ah! Eu percebi qualquer coisa do IPO.
Entrevistadora: Não, não. (risos)
Entrevistada: Ah ok.
Entrevistadora: Não, foi porque eu disse que estou a ligar do POPH, que é o programa operacional do potencial humano, que foi a organização
que financiou o seu curso.
Entrevistada: Ah ok. Sim, sim.
Entrevistadora: Pronto. Queria-lhe fazer umas perguntinhas…
Entrevistada: Eu só fiz do 7º ao 9º.
Entrevistadora: Exato, é isso. É o básico, sim. Hm, estamos a tentar conhecer os percursos escolares e profissionais dos antigos alunos para
perceber se o objetivo do curso está a ser atingido ou não. Posso-lhe fazer umas perguntinhas?
Entrevistada: Claro que sim!
Entrevistadora: Queria saber qual foi o motivo que a levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música.
Entrevistada: Na altura foi por, por, por precisar de, de, de mudar de escola e por, por andar na academia. Na altura andava na academia e querer
experimentar, pronto, seguir, hm…seguir uma via mais especializada nessa área da música.
Entrevistadora: E como é que obteve conhecimento acerca da existência deste curso?
Entrevistada: Foi através de professores da academia porque, lá está, como eu estudava lá, foi por aí…
Entrevistadora: E em algum ano da frequência neste curso ficou retida?
Entrevistada: Não, não, não.
Entrevistadora: Quais são de momento as suas habilitações académicas?
Entrevistada: Eu tenho o 12º ano mas vou agora para o 3º da faculdade.
Entrevistadora: Ah vai agora, e em que curso é que está?
Entrevistada: Eu estou a fazer estudos portugueses e lusófonos. Não tem nada a ver com a música. Na faculdade de letras do Porto.
Entrevistadora: Ok. E no ensino secundário também já não estava na área da música?
Entrevistada: Não, não, não. Estava em humanidades.
Entrevistadora: E o que é que a levou a desistir desta área?
Entrevistada: Hm, o que é que me levou a desistir dessa área…Acho que é uma área que precisa de demasiado tempo, demasiado empenho, só e
unicamente nisso e, e pronto…Na altura, com a idade que se tem, tinha outras distrações, não é? E, e, e ainda hoje tenho e gosto de poder fazer
um bocadinho de tudo. Acho que foi mais por aí.
Entrevistadora: Hm, hm. Quais é que são as suas perspetivas para o futuro a nível académico? Ou seja, vai agora acabar a universidade, depois
pretende fazer algum mestrado ou pretende ficar pela licenciatura?
Entrevistada: É assim, para já vou fazer a licenciatura. Depois, conforme as coisas correrem mesmo para mim em termos financeiros, vou tentar
fazer o mestrado, claro. Mas não sei se vou fazer logo de seguida porque, principalmente na área em que eu estou, que é línguas, sei que preciso
disso, para dar aulas e etc.
Entrevistadora: Hm, hm. Já participou em alguma atividade extracurricular na área da música?
Entrevistada: Não. Eu, eu, eu sou vocalista e toco violino numa banda de covers, de festas e assim. Tem a ver com a música mas, não tem nada a
ver com a música clássica, nem com a música que se faz aí na escola. Mas o que eu aprendi do violino foi daí (risos).
Entrevistadora: Foi lá que aprendeu.
Entrevistada: Claro.
Entrevistadora: E qual é a sua experiência profissional até ao momento?
Entrevistada: A minha experiência profissional? É, é a de estar aqui no grupo, na, no grupo que eu estou a dizer de covers, e é…também já
trabalhei numa loja de rua em Espinho precisamente. Mas só em tempos de férias, natal, páscoa. Porque fora isso, sou estudante, estou a estudar,
não é?
Entrevistadora: Exato. Diga-me uma coisa, desde que concluiu o 9º ano, em média, quanto tempo teve que esperar para conseguir uma atividade
remunerada?
Entrevistada: Desde que acabei o 12º?
Entrevistadora: O 9º, o 9º.
Entrevistada: O 9º?
Entrevistadora: Que foi quando terminou o curso profissional de nível básico, não é? A partir daí, mais ou menos, quanto tempo teve que esperar
até conseguir uma atividade remunerada, na área da música?
Entrevistada: Na área da música? Como, como, como esse grupo que eu lhe estou a falar?
Entrevistadora: Exato.
Entrevistada: Foi, não, não, não sei, não tive qualquer problema quanto a isso.
Entrevistadora: Foi logo a seguir?
Entrevistada: Sim. Não tive qualquer…
Entrevistadora: Ok. E quais são as suas perspetivas para o futuro a nível profissional? O que é que gostaria de fazer?
Entrevistada: Eu espero trabalhar em algo relacionado com a área que eu estou a fazer na faculdade. Trabalhar numa editora, trabalhar numa
biblioteca, dar aulas, não sei, não sei, depende depois como as coisas correrem. Acho que não vou ter sorte, tendo em conta o país que estamos,
se tiver que ir para fora vou…
Entrevistadora: (risos) Ok. Agradeço-lhe imenso o seu tempo e desejo-lhe as maiores felicidades.
Entrevistada: Obrigada! Boa tarde!
Entrevistadora: Boa tarde!
Entrevistada: Com licença, com licença.
3.4.João Augusto Ferreira Fontelas (básico de instrumento – EP de música de Espinho)
Nota: Este aluno apresentou algumas dificuldades em conversa, já que se pôde perceber um arrastamento na voz, respondendo de forma muito
simples e curta e, podia também ouvir-se uma voz a auxiliá-lo nas respostas.
(conversa informal com intermediário)
Entrevistado: Estou?
Entrevistadora: Olá João. Boa tarde.
Entrevistado: Boa tarde.
Entrevistadora: O meu nome é Ana Vanessa. Eu sou estagiária do POPH, que é a organização que financiou o seu curso profissional de nível
básico de música.
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: Nós estamos a desenvolver um estudo para conhecer os percursos escolares e profissionais dos antigos alunos deste curso. Posso-
lhe fazer umas perguntinhas?
Entrevistado: Pode.
Entrevistadora: Queria saber qual foi o motivo que o levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música.
Entrevistado: Foi o gosto pela música.
Entrevistadora: E como é que obteve conhecimento acerca da existência deste curso?
Entrevistado: Hm…foi através da minha mãe.
Entrevistadora: Mas a sua mãe tem alguma coisa a ver com a música ou soube através de publicidade…?
Entrevistado: Deve ter sabido através de amigas.
Entrevistadora: E diga-me alguma coisa, em algum ano da frequência neste curso ficou retido?
Entrevistado: Diga?
Entrevistadora: Se ficou retido em algum ano na frequência do curso…?
Entrevistado: Não, não.
Entrevistadora: E, de momento, quais são as suas habilitações académicas?
Entrevistado: Já tenho o 12º ano.
Entrevistadora: Também na área da música?
Entrevistado: Hm…não. Tirei o 12º à noite.
Entrevistadora: À noite, então, pelo ensino regular, é isso? Posso saber qual foi o curso?
Entrevistado: Não era…era só mesmo 12º. Não havia curso.
Entrevistadora: Ah, fez os exames ou assim, foi isso?
Entrevistado: (impercetível)
Entrevistadora: E quais foram os motivos que o fizeram desistir da área da música?
Entrevistado: Na altura encontrei um curso que também gostava mais que era da…da massagem…e resolvi ir para esse curso.
Entrevistadora: Hm, hm. A nível académico, que perspetivas é que tem para o futuro?
Entrevistado: Hm…depois é, é trabalhar.
Entrevistadora: Para já, não pretende fazer mais nada a nível académico, é isso?
Entrevistado: Não, não.
Entrevistadora: Ok. Diga-me uma coisa, já participou em alguma atividade extracurricular na área da música?
Entrevistado: Hm…já toquei em alguns…locais. Já fui.
Entrevistadora: E qual é a sua experiência profissional de momento? Em que é que já trabalhou até agora?
Entrevistado: Oh, neste momento, é só essas coisas que me pedem e às vezes na freguesia de Espinho e… (impercetível)
Entrevistadora: Ok. E diga-me uma coisa, desde que concluiu o 9º ano, mais ou menos, quanto tempo teve que esperar até ter uma dessas
atividades remuneradas?
Entrevistado: Não eram remuneradas! Eram, pronto…
Entrevistadora: Ah, ainda não teve nenhuma atividade remunerada então?
Entrevistado: Não. Remunerada não.
Entrevistadora: Ok. E quais são as suas perspetivas para o futuro a nível profissional? O que é que está a pensar fazer a nível profissional?
Entrevistado: Para já…não sei.
Entrevistadora: Ainda não sabe…
Entrevistado: Porque já não toco há muito tempo. Já não trabalho há dois anos e agora também estou um bocado enferrujado.
Entrevistadora: Está bom. Ok. Agradeço imenso o seu tempo e desejo-lhe um bom fim-de-semana e as maiores felicidades, ok?
Entrevistado: Ok. Mas também eu…volto a treinar.
Entrevistadora: Diga?
Entrevistado: Se fosse preciso para alguma coisa, eu também voltaria a treinar.
Entrevistadora: Música?
Entrevistado: Sim, sim.
Entrevistadora: Ok, muito obrigada sim?
Entrevistado: Obrigado eu, boa tarde.
Entrevistadora: Adeus, boa tarde. Bom fim-de-semana.
Entrevistado: Igualmente.
4. EPABI – Escola Profissional de Artes da Beira Interior – Covilhã
4.1.Micael Narciso Nuncio Toito (básico de instrumento – EPABI)
Entrevistado: Estou?
Entrevistadora: Estou, sim, boa tarde. Estou a falar com Micael Narciso?
Entrevistado: Sim, sim.
Entrevistadora. Olá Micael, o meu nome é Ana Vanessa, eu sou estagiária do POPH, que foi a organização que financiou o seu curso profissional
de nível básico. Estou a desenvolver um estudo para perceber os percursos escolares e profissionais dos antigos alunos e então queria-lhe fazer
umas perguntinhas se fosse possível.
Entrevistado: Sim, sim.
Entrevistadora: Queria saber qual foi o motivo que o levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música.
Entrevistado: Oh o que me levou a ingressar lá foi… Comecei numa filarmónica a aprender música e depois como tinha lá colegas meus, lá da
minha terra, lá a estudar e depois acabei por ir para lá estudar porque a minha vida é a música, não é? E fui para lá estudar e aperfeiçoar também.
Entrevistadora: E então obteve conhecimento deste curso através dos seus colegas que já lá andavam, é isso?
Entrevistado: Sim, sim.
Entrevistadora: Ok. Em algum ano da frequência neste curso ficou retido?
Entrevistado: Hm…Não. Deixava alguns módulos por fazer mas ia fazendo por exame. Não repeti nenhum ano.
Entrevistadora: Hm, hm. De momento, quais são as suas habilitações académicas?
Entrevistado: 12º.
Entrevistadora: Também na área da música?
Entrevistado: Até ao 9º ano foi na área da música. Depois fui para a banda do exército, só com o 9º ano e, depois, acabei mais tarde, à noite, nos
cursos EFA para adultos, acabei o 12º.
Entrevistadora: E o que é que o levou a desistir da área da música ao nível dos estudos?
Entrevistado: O que me levou a desistir foi, pronto… Eu moro muito longe da Covilhã, que era onde estudava, e era muito dispendioso para mim
e nessa altura, quando estudei lá no último ano, os meus pais estavam desempregados e era muito complicado continuar lá a estudar. Por isso,
aguentei-me até ao 9º ano e depois… Depois pronto, tive que vir trabalhar e parar os meus estudos porque a minha intenção era ir concorrer às
bandas militares quando tivesse o 12º ano. Mas como não foi possível, tive que antecipar um bocado o meu objetivo e daí entrei logo para lá.
Entrevistadora: E foi então para a banda do exército, é isso?
Entrevistado: Sim, sim.
Entrevistadora: Quando seria o seu 10º ano?
Entrevistado: Sim.
Entrevistadora: E depois concluiu o 12º pelos cursos EFA, é isso?
Entrevistado: Sim, sim. Exatamente.
Entrevistadora: Ok. E diga-me uma coisa, quais são as suas perspetivas para o futuro a nível académico? Não sei se ainda pretende ingressar no
ensino superior…
Entrevistado: Sim, a minha intenção é essa mas, quando eu tiver uma vida definida porque, lá no exército nós é a contratos. Depois, quando
estiver nos quadros, lá no exército ou na GNR, aí sim ingressar no ensino superior.
Entrevistadora: Hm, hm. Já participou ou praticou alguma atividade extracurricular na área da música?
Entrevistado: Sim, já tive várias masterclasses, já fui tocar a várias orquestras.
Entrevistadora: E qual é a sua experiência profissional? Agora já percebemos que toca na banda do exército mas, para além disso, já foi
remunerado por mais alguma atividade?
Entrevistado: Sim já fiz alguns, já fiz alguns serviços. Como eu estava a dizer, nas orquestras e também dou aulas em filarmónicas.
Entrevistadora: Ok. E quais são as suas perspetivas para o futuro profissional? É continuar então no exército até pronto, prosseguir carreira, não
é?
Entrevistado: Sim, eu, neste momento, já não é possível porque eu já não tenho idade para ingressar nos quadros do exército mas, sim ingressar
agora na GNR ou na PSP. Neste caso abriu provas para a GNR e eu vou concorrer.
Entrevistadora: Hm, hm. E ao nível da música tem alguma coisa em perspetiva ou já não?
Entrevistado: Sim, isso é, com o ensino superior, depois… estou a ponderar seguir o ensino da música.
Entrevistadora: Ok. Pronto, é tudo. Agradeço o seu tempo e a sua disponibilidade e desejo-lhe as maiores felicidades.
Entrevistado: Está, obrigado e igualmente.
Entrevistadora: Obrigada e bom fim-de-semana.
Entrevistado: Obrigado, igualmente.
4.2.Catarina Sofia Aguiar Martins (básico de instrumento – EPABI)
Entrevistada: Sim?
Entrevistadora: Olá Catarina.
Entrevistada: Olá!
Entrevistadora: É Catarina Martins, com quem estou a falar, não é?
Entrevistada: Sim, sim.
Entrevistadora: O meu nome é Ana Vanessa, eu falei agora com a sua mãe que foi quem me deu o seu número telefónico porque eu só tinha o da
sua mãe. Eu sou estagiária do POPH, que foi a organização que financiou o seu curso profissional de nível básico de música.
Entrevistada: Sim, sim, sim.
Entrevistadora: Nós estamos a desenvolver um estudo para conhecer os percursos escolares e profissionais dos antigos alunos. Então, queria-lhe
fazer umas perguntinhas, é possível?
Entrevistada: Sim, sim claro!
Entrevistadora: Queria saber qual foi o motivo que a levou a ingressar no curso profissional de nível básico de música.
Entrevistada: Bem, a razão…não há uma razão específica. Foi porque eles foram fazer uma apresentação e eu sempre fui interessada em música e
pronto…e vi-os e decidi seguir o instrumento. E depois também fui para ali para a escola para o ensino profissional porque sempre me disseram
que o ensino profissional era melhor porque era mais específico e… e pronto fui para a Covilhã porque era a escola profissional mais perto que
eu tinha.
Entrevistadora: Hm, hm… E teve conhecimento deste curso então através dessa apresentação, é isso?
Entrevistada: Sim, sim. Que eles fizeram uma apresentação na minha escola, na…dentro da minha terra, na escola onde eu estava.
Entrevistadora: E diga-me uma coisa, em algum ano da frequência, ficou retida?
Entrevistada: Retida, como assim?
Entrevistadora: Se obteve sempre aprovação ou se ficou retida em algum ano.
Entrevistada: Não, não, não, não.
Entrevistadora: Hm, quais são de momento as suas habilitações académicas?
Entrevistada: Estou a frequentar a licenciatura em instrumento.
Entrevistadora: Pode-me dizer em que faculdade?
Entrevistada: Sim, sim é na escola, na ESMAE, no Porto, na escola superior de artes e músicas de espetáculo.
Entrevistadora: Hm, hm. E quais foram os cursos que frequentou até ao momento? Ou seja, após a conclusão do 9º ano frequentou a mesma
escola e o mesmo curso ou alterou?
Entrevistada: Não. Eu depois de concluir o curso básico na escola profissional fiz o secundário na escola profissional também. Hm…e depois
então vim para aqui, para a ESMAE.
Entrevistadora: E quais foram os motivos que a levaram a prosseguir e a não desistir da área da música?
Entrevistada: Porque passei seis anos a estudar instrumento e adoro música, não é? E quis continuar e também não tenho jeito para muito mais
(risos) e adoro o que faço…pronto. Decidi continuar.
Entrevistadora: Quais é que são as suas perspetivas para o futuro a nível académico?
Entrevistada: Perspetivas, como assim? O que eu quero fazer?
Entrevistadora: Após a conclusão da licenciatura, se pretende continuar em algum mestrado ou uma coisa assim, ou se pretende parar.
Entrevistada: Sim. Depois da…Até, pronto, até acabar a licenciatura pretendo fazer provas para orquestras, não é? E ficar nalguma orquestra e
depois então fazer o mestrado, então depois para poder dar aulas na…na universidade.
Entrevistadora: Já participou ou praticou alguma atividade extracurricular na área da música?
Entrevistada: Como assim, extracurricular?
Entrevistadora: Hm…alguma atividade em que não tivesse sido remunerada mas que tenha a ver com a música.
Entrevistada: Ah isso são…são imensas. Porque através da escola nós fazemos imensos concertos em que não somos remunerados e…imensas
coisas…mesmo aqui temos grupos de música de camâra, juntamos umas quantas pessoas e formamos um grupo e também não somos
remunerados porque é através da escola. Portanto, há imensas coisas.
Entrevistadora: Hm, hm. E qual é a sua experiência profissional até ao momento? Ou seja, já sendo remunerada, o que é que já fez, já
desenvolveu?
Entrevistada: Já toquei em orquestras, já toquei com música de câmara, já toquei a solo, há imensas coisas…
Entrevistadora: Já a ser remunerada, então?
Entrevistada: Sim, sim.
Entrevistadora: E, diga-me uma coisa, desde o momento em que acabou o 9º ano, mais ou menos, quanto tempo é que teve que esperar até
arranjar uma atividade remunerada?
Entrevistada: Eu não tive que esperar muito até porque existem os casamentos e nós costumamos tocar em casamentos. Portanto, eu no 10º ano,
11º comecei a tocar nos casamentos, que não é uma coisa muito a sério mas, já é alguma coisa.
Entrevistadora: Já ajudava sim…
Entrevistada: Mas só a partir do momento em que vim para o ensino superior é que comecei a ser chamada para ir tocar a orquestras e pagarem,
não é? Já não me chamarem, pronto…por ser uma aluna daquela escola mas sim por ser, por ser eu, pronto.
Entrevistadora: Hm, hm. Hm, hm. E, diga-me uma coisa, quais são as perspetivas que tem para o futuro a nível profissional? Ou seja, o que é que
gostaria de fazer a nível profissional?
Entrevistada: Eu quero entrar numa orquestra e ficar a tocar numa orquestra. Numa orquestra boa, conceituada e pronto…onde tenha um bom
ordenado, onde possa fazer aquilo que eu gosto e talvez ter um grupo de música de câmara também. Dar aulas não será a minha primeira escolha
mas também, se for preciso, darei porque também não desgosto totalmente.
Entrevistadora: Ok. Agradeço imenso pelo seu tempo e decerto que as informações vão ser úteis, está bom?
Entrevistada: Ok. De nada.
Entrevistadora: Obrigada e bom fim-de-semana!
Entrevistada: De nada! Igualmente.
Entrevistadora: Felicidades.
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