RELATÓRIO
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E DESENVOLVIMENTO
Francisco Domingos dos Santos, Consultor Pleno
Telefone: (075)99536441/92122299/81463113
E-mail: [email protected]
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO | 2
O presente relatório tem como objetivo
apresentar um diagnóstico de
situações, causas e efeitos dentro dos
processo da Rede Quero Bahia, bem
como, direcionar para possíveis
soluções dentro da perspectiva de um
plano de ação de implementação ou
correção.
Não tem este trabalho o Objetivo de se
apresentar como Planejamento
Estratégico para o grupo, mesmo
porque isso deve ser realizado pelos
mesmo dentro dos seus interesses
específicos.
As avaliações aqui encontradas, são do
ponto de vista do observador que
apresenta os fatos e os vivenciou por
quase sessenta dias participando como
membros do seu corpo administrativo
são isentas de qualquer influência
emocional, preconceito cultural ou
filosófico, é a pura análise dos fatos e
acontecimentos.
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SUMÁRIO
Conceito de Associativismo 4
Conceito de rede associativa empresarial 4
Perfil desejável dos membros de uma rede associativa 4
Perfil atual dos associados e funcionamento da Rede Quero Bahia 5
Gestão desejável pelos associados 6
Gestão atual pelos associados 6
Princípios de tomada de decisão 7
Compromisso com questões éticas 7
Planejamento estratégico 7
Resumo 8
Plano de ação 2013 - Rede Quero Bahia 9
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CONCEITO DE ASSOCIATIVISMO
Associativismo pode ser visto como um movimento no qual as pessoas se agrupam
em torno de interesses comuns, constituindo associações, em que lhes permite alcançar
com maior êxito e melhores condições competitivas, os objetivos a que se propõem, do
que estando individualmente cada um tentando alcançar esses mesmos objetivos.
O princípio básico do associativismo é a participação em igualdade de condições a
todos associados, metodologia democrática e sem a qual seria impossível caracterizar
uma sociedade associativa. A gestão dentro desse processo deve ser compartilhada por
todos, totalmente transparente e participativa.
CONCEITO DE ASSOCIATIVISMO EM REDE EMPRESARIAL
As redes associativas empresariais estão se tornando algo em expansão no Brasil,
entende-se como associação empresarial como sendo um grupo de empresários que se
unem com a finalidade de se tornarem mais competitivos, compartilharem ações,
planejamentos estratégicos, fortalecimento junto a fornecedores, redução de custos e
outros objetivos, mas cuja finalidade principal é o crescimento e perenização dos negócios
individuais.
PERFIL DESEJÁVEL DOS MENBROS DE UMA REDE ASSOCIATIVA
Sabemos que encontrar pessoas que tenham os mesmos pensamentos é algo
impossível, no entanto, dentro do sistema associativo as decisões tomadas conjuntamente
devem ser de aprovação da maioria, ou seja, 50%+1, isso quer dizer que deve haver um
consenso em torno do assunto, maioria decidiu, todos tem que acatar. Esta compreensão
deve ser compartilhada por todas, o que importa é a decisão de maioria do grupo e não de
alguém ou alguns mais influentes.
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Os perfis comuns que é preciso buscar em todos os associados é atitude e
capacidade empreendedora, vontade de querer crescer, senso razoável de equipe, grau
razoável de aprendizado, isto é, capacidade de aprender e desaprender se necessário,
estar aberto às mudanças. São qualidades intrínsecas necessárias, sem as quais, haverá
sempre indecisões quanto aos rumos e planejamento para futuro da rede ou grupo de
associados, principalmente se isso tiver que envolver investimentos financeiros razoáveis
dos mesmos.
PERFIL ATUAL DOS ASSCIADOS E FUNCIONAMENTO DA REDE
A rede conta hoje com todos os tipos de perfis de pessoas, como é natural, afinal a
heterogeneidade do grupo é muito importante para a construção do todo, a deficiência de
um é complementada pela excelência do outro. Entretanto, alguns pontos precisam ser
levantados comparando-se o perfil das qualidades comuns necessários aos associados e a
real configuração hoje encontrada. Vejamos:
Há por parte da maioria um individualismo muito exacerbado;
O comportamento empreendedor é características de poucos, menos de 50% do
grupo, o que certamente causa muitos entraves para o desenvolvimento de
negócios comuns;
Algumas lojas com faturamento muito baixo, causando uma desproporção muito
grande nas negociações e no cumprimento de objetivos traçados por equipe de
compras e fornecedores. Nenhuma loja deveria ter faturamento inferior a R$ 200 mil
média de vendas mensal, nem área de vendas inferior a 250 m²;
A atual diretoria juntamente com a presidência tem um domínio muito exagerado
nas decisões do grupo, na grande maioria das vezes decidem tudo por todos
unilateralmente, limitando-se apenas a comunicar as decisões já tomadas em
assembleia;
Falta de planejamento total dos objetivos da rede por parte dos associados;
Reuniões são realizadas sem nenhum planejamento prévio, é um verdadeiro mar de
sugestões e opiniões, mas nada de concreto que delineie o progresso de
desenvolvimento do grupo;
As negociações com os fornecedores ainda é do tipo, eu ganho você perde,
totalmente desassistidas dos princípios básicos de planejamento;
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A escolha do mix por fornecedor praticamente se baseia nos itens comuns nas lojas
dos compradores ou fornecedores comuns a estes, não existe nenhum tipo de
pesquisa junto a outros associados para direcionar as escolhas;
O marketing praticamente é inexistente, apenas discutem-se meios de publicidade,
porém, sem qualquer estudo de mix, público alvo ou objetivos de faturamento;
O corpo administrativo funcional tem buscado dar um direcionamento mais
específico, apesar da pouca experiência, procurando estabelecer parcerias com
entidades que trabalham com apoio e desenvolvimento, o que o grupo aceita
positivamente, mas não são capazes de dar prosseguimento ao que é direcionado,
a razão disso a meu ver é porque eles acham que entendem muito dos seus
próprios negócios para se permitirem serem direcionados, e da mesma maneira
tentam dirigir o negócio que empreenderam, Rede Associativa;
A falta de estudo de um mix comum aos associados para ser negociada com a rede,
escolha de fornecedores específicos por perfil de público alvo, descumprimento dos
critérios básicos de compras, tem ocasionado negociações falhas e sem interesse
da maioria, causando não cumprimento de metas estipuladas na mesa de
negociação, consequentemente descontentamento dos fornecedores.
GESTÃO DESEJÁVEL DE UMA REDE ASSOCIATIVA
Uma associação deve ser transparente para seus associados, independente da
posição que este ocupa ou não no seu conselho, a todos deve ser assegurada a completa
acessibilidade a relatório de decisões, Atas, relatórios financeiros, justificativas de
despesas e receitas, extratos bancário de movimentação e relatórios contábeis de
situação. Pequenas decisões que importam em desembolso da associação ou de seus
membros podem ser tomadas pelo grupo de associados executivos, no entanto, estas
devem ser comunicadas imediatamente para que os outros membros possam se
pronunciar independente da possiblidade de mudança ou não do decido. Já valores que
contemplam certas quantias em volume, devem ser tomadas em assembleia geral ou
extraordinária onde todos possam debater e aceitar ou não proposta.
GESTÃO ATUAL PELOS ASSOCIADOS REDE QUERO BAHIA
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Os Associados não participam ativamente da construção da rede, nas assembleias
alguns poucos emitem os seus sentimentos e desejos de direcionamento do grupo, a
prestação de contas é realizada quase que sem qualquer tipo de interrupção para
melhores esclarecimentos, os números mostrados são aceitos sem perguntas, não há por
parte da maioria, uma preocupação com o que e em que a rede está investindo, e porque,
onde e como, quais resultados gerados, benefícios trazidos, etc..
PRINCÍPIOS DE TOMADA DE DECISÃO
Em toda organização todos os dias decisões são tomadas por lideranças, muitas
vezes tais decisões são simples e carecem apenas de bom senso, outras requerem muito
estudo, pesquisa, avaliações diversas, pois implicam em direcionamento da empresa para
o futuro.
Nas redes empresariais as decisões tem que ter participação da maioria nas
discussões dos problemas envolvidos, há a possibilidade de também se eleger uma cúpula
para este fim, mas esta, nos direcionamento que envolva participação direta dos
associados, principalmente no que diz respeito a aporte de recursos financeiros por estes,
tem que colocar suas decisões para aprovação da maioria. Decisões precisam ser
tomadas com base em fatos sólidos, pesquisas direcionadas de marketing, avaliações
mercadológicas e conhecimento da capacidade financeiro e recursos da empresa, neste
caso dos associados. Segundo PEREIRA & FOSECA (1997) a racionalidade é a
capacidade de usar a razão para conhecer, julgar e elaborar pensamentos e explicações e
é ela que habilita o homem a escolher entre alternativas, a julgar os riscos decorrentes das
suas consequências e efetuar uma escolha consciente da melhor alternativa.
As decisões dentro da REDE QUERO BAHIA atualmente são tomadas de maneira
absoluta por um pequeno grupo que representa apenas 4% dos associados mais o
presidente, que por amostragem estão muito longe de representar consenso com a
maioria, não há qualquer tipo de estudo ou avaliação de resultados práticos, tantos em
compras quanto em decisões que direcionam o funcionamento da rede, e por muitas vezes
os objetivos não são atingidos por falta de base com informações do que realmente os
associados precisam e desejam obter através da rede.
Isso acarreta um descontentamento geral que culmina com a falta de interesse em
contribuir para o efetivo crescimento da rede, os associados não se queixam diretamente,
mas as ausências das reuniões de maneira geral refletem a falta de interesse, a grande
maioria ainda permanece no grupo por achar que os benefícios de compra conjunta
favorecem os seus negócios.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
A falta de um Planejamento Estratégico faz com muitas vezes uma gestão passe o
tempo todo apagando incêndio, em outras palavras, pensa-se nas soluções quando os
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problemas vem à tona, o que em grande parte não produz os efeitos necessários em seus
resultados, justamente porque não foi pensado na possibilidade antes.
Embora amplamente divulgada a importância do planejamento nas organizações
com ou sem fins lucrativos, o que se evidencia em vários estudos, pesquisas e relatos de
empresários é que, na maioria das pequenas e médias empresas brasileiras a teoria do
planejamento não está intimamente ligada à prática organizacional. No Brasil, várias
entidades públicas e privadas como, por exemplo, o SEBRAE–Serviço de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas, divulgam enormes taxas de falências e, em muitas dessas empresas
que encerraram suas atividades, os diagnósticos revelam a falta de planejamento como um
fator preponderante para o fracasso. Talvez a falta da prática de planejamento nas
pequenas e médias organizações brasileiras seja um problema cultural, onde ainda impera
entre os empresários, em face da necessidade latente dessa prática, o velho “jeitinho
brasileiro” de fazer as coisas. Entretanto, na atual situação do mercado mundial, as
empresas que não tiverem um planejamento focado no mercado, com uma preocupação
constante na qualidade e produtividade de seus processos e produtos, provavelmente,
sofrerão com a falta de competitividade. A partir do processo de planejamento estratégico,
as organizações brasileiras irão identificar e trabalhar as oportunidade e ameaças do
mercado globalizado.
No caso específico da Rede Quero Bahia, há falta de qualquer tipo de
planejamento, até mesmo de compras, ações comerciais, ações de marketing, o que
dificulta a visão de ações necessários à implementação, desenvolvimento e correção de
objetivos, mesmo porque os tais não existem no papel, apenas na mente de alguns que
fazem parte da liderança.
RESUMO
A rede carece de um direcionamento profissional por pessoas que tenham
conhecimento específico dos processos de uma rede empresarial dentro do âmbito
associativo, suas lideranças também precisam se deixar orientar nos princípios básicos de
gestão e administração de uma rede associativa.
Os associados precisam ter participação nos processos decisórios ou ter
conhecimento prévio destes para que possam emitir sua opinião ou possam manifestar
interesse no assunto, o papel do presidente de uma rede é o de conciliar interesses e não
de decisão unilateralmente, este principalmente em suas decisões não pode sofrer
influências daqueles mais próximos em detrimento da maioria, suas atitudes devem refletir
o interesse da maioria do grupo ou baseada em fatores que direcionam para este fim.
As diversas diretorias precisam ter conhecimento prévio dos interesses dos seus
associados e manifestar suas possíveis atribuições de racionalidade de interesses
comuns, tanto em compras, escolha de mix, propaganda, aquisição de outros
componentes, e outros assuntos que possam direcionar o desenvolvimento e progresso na
rede, bem como ocupar tempo na construção de um pacote de benefícios mútuo para seus
associados, para que estes se sintam valorizados e possam também valorizar as ações da
rede.
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PLANO DE AÇÃO PARA DESENVOLVIMENTO DA REDE QUERO BAHIA EM 2013
Nº. O que? Quem? Quando? Quanto? Onde? Como? Porquê?
Início Término
1
Crescimento da
rede 85% em 2013,
em número de
lojas.
Gestores 01/04/2013 20/11/2013 23 novas lojas No estado da
Bahia
Visitando
planejadamente as
cidades com maior
probabilidade de
acertividade.
Para dar maior sustentação às
metas de negociação, diminuir
gastos proporcionais por
associados em marketing,
equilibrar orçamento
administrativo.
AI
2
Organização
administrativa da
Rede Quero Bahia
Gestores 01/03/2013 30/06/2013 R$ 3.000,00Na sede da
rede.
Organzando os fluxos de
nformaçõoes,
providenciando
documentações
pendentes de registro da
rede, registrosa
contábeis, históricos e
outros documentos
A admnistração precisa trabalhar
com fatos documentados,
analisando documentos e
históricos de registro, sem isso,
sem conhecimento do passado fica
muito difícl se planejar o futuro.
EA
3
Organização dos
processos de
compras.
Gestores
/Assoc01/03/2013 30/06/2013 Não estimado
Na sede da
rede.
Implantando um
fluxograma de atividades
pré-pedido, classificando
fornecedor por mix,
estudo do mix ideal,
negociações pontuais.
Isso trará maior benefício para os
associados, porque as compras
serão pré-programadas por
fornecedor, dará a rede maior
capacidade de barganha e
consequentimente maior poder
de negociação.
EA
4
Crescer
faturamento dos
associados dentro
da rede.
Gestores
e Grupo
de
Diretores
associad
os.
01/04/2013 31/12/201340%
(3.220.416,44)
Dentro do grupo
de associados
da rede.
Promover negociações
pontuais de nteresse de
todos com fornecedores
chave, principalmente no
segmento de eletro e
informática, que hoje
representa maior
demanda mercado.
Isso fortalecerá a rede e dará aos
associados que ainda não
trabalham com profundidade no
segmento de eletro e informatica
apossibilidade de aumento de
faturamento e consequentimente
as vendas.
AI
5
Construção de
pacote de valor
perceptível aos
novos e antigos
associados.
Corpo
diretivo
da rede
junto
com
gestores.
01/03/2013 30/06/2013 Não estimado
Para todos os
associados e
novos
entrantes.
Algo que possa ser
mensurado quantitativa e
qualitativamente pelos
associados como
benefício dsponoblizado
pela rede, redução de tx
de juros, valor pago POS,
tx de financeiras, redução
de custos de mebalagens,
redução de custos de
fardamento. Etc.
Isso dará ao associado uma
identidade de pertencer a um
grupo que está trazendo benefício
ao seu negócio e não somente
uma central de compras.
EA
Planos de Ação 2013 - REDE QUERO BAHA
STATUS
Legenda: AI= A Iniciar EA= Em Andamento
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