Ano VI • Nº 57 • Maio 2004 • R$ 9,00CA
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RFID: PROMESSA DE REVOLUÇÃO • O DESAFIO SOCIOAMBIENTAL
Por que qualidade contagia?onvivo há vinte anoscom o universo da
embalagem, tempo em queganhei amigos e bons moti-vos para manter esperançasnum Brasil melhor. Nãoobstante parecer que cami-nhamos sempre contra ovento, é impossível acharque o país não tenha umbom futuro quando se vê onível de qualidade atingidopelo setor de embalagem,similar ao que há de maisavançado no mundo.Ora, embalagens não exis-tem como um fim, mas,entre outros objetivos,como fator de integração.Se alcançaram tal padrão,significa que toda a cadeia– dos fornecedores de ma-
térias-primas e transforma-dores aos usuários, presta-dores de serviços e consu-midores – se impôs nívelde exigência de qualidadeigual ao vigente nos paísesdesenvolvidos. Qualidadenão é contagiante apenaspor modismo. No mundoatual, em que as fronteirascomerciais se ampliam, aomesmo tempo que as bar-reiras alfandegárias (decla-radas ou não) são reforça-das, qualidade é fator desobrevivência. Por isso to-dos tentam alcançá-la.Na convivência a que mereferi no início tenho tidotambém o prazer de rece-ber cumprimentos pelaqualidade editorial e visual
e pela credibilidade de EM-BALAGEMMARCA. São detestemunhos que demons-tram a percepção dos dife-renciais que transformarama revista no principal refe-rencial editorial da área deembalagem no Brasil.Alguns observam que con-correntes tentam nos imi-tar, o que é bom para todos.Não será pelo fato de quenos copiam que ousaremosapresentar a revista como“líder do setor”. Mas terimitadores diz muito nessesentido. Sem acomodação,preparamos mudanças parabreve. Aguardem.Até junho.
Wilson Palhares
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No mundo atual,em que as fronteirascomerciais seampliam, mas sereforçam barreirasalfandegárias(declaradas ou não),qualidade é fatorde sobrevivência.Por isso todostentam alcançá-la
ARTIGOAlém da consciêncialimpa, responsabilidadesocioambiental garantecrescentes vantagenscompetitivas
REPORTAGEM DE CAPAReivindicando o direitode cuidar da própriaaparência, homensampliam participação nomercado de cosméticos
MAKING OFLançamento de colôniafeminina da marca O Boticário exigiu sinergia no projeto de embalagem
LOGÍSTICAEtiquetas inteligentes,baseadas na radio-freqüência, começam a ser testadas porcadeias produtivasnacionais
MARCASAmBev: mais um capítulo da desnacionalização dospatrimônios brasileiros
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Diretor de RedaçãoWilson Palhares
Flávio [email protected]
Guilherme [email protected]
Leandro Haberli [email protected]
Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado
Assistente de ArteJosé Hiroshi Taniguti
AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
Departamento [email protected]
Karin TrojanWagner Ferreira
Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro
[email protected] anual: R$ 90,00
Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.
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24 CachaçaDuas marcas lançam embalagenscaprichadas de olho no exterior
41 InovaçãoBlister que dispensa selagem éopção para pequenas empresas
42 DisplayLançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
28 DecoraçãoPastilhas Valda adotam rótulosin-mold em seus potes plásticos
46 PanoramaMovimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos
36 ReciclagemNova alternativa em equipamentode coleta de embalagens usadas
48 Painel GráficoNovidades do setor, da criaçãoao acabamento de embalagens
40 IdentidadeMilani reformula embalagens eassocia “carinhas” ao seu logotipo
50 AlmanaqueFatos e curiosidades do mundodas marcas e das embalagens
6 CartasA opinião, as sugestões eas críticas dos leitores
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38A capa desta edição foi impressa em Papelcartão Art Premium Novo 250g/m2,termolaminada com filme Prolam®
Fosco e recebeu aplicação de verniz UValto brilho com reserva.
Proteção do design
A tuo na área de Propriedade In-dustrial, prestando consultoria e as-sessoria a empresas no campo demarcas e patentes. Utilizo-me de in-formações sobre lançamentos de pro-dutos, embalagens, novo design etendências de mercado que EMBALA-GEMMARCA divulga. A leitura da re-vista relacionada a minha área deatuação me diferencia perante as em-presas concorrentes, pois quando es-tou junto de um cliente posso daridéias, participar, me integrar e cola-borar com ele no sentido de buscarseu crescimento. Tenho divulgado arevista para empresários aqui do RioGrande do Sul, fornecendo seu ende-reço e site e aconselhando-os a co-nhecê-la. Como sugestão, penso serinteressante uma reportagem sobre a
importância da proteção do designdas embalagens, por meio do Pedidode Patente de Registro de DesenhoIndustrial (DI) no Instituto Nacionalda Propriedade Industrial (INPI).
Pedro Renato Kawski Consultor de Negócios
Porto Alegre, RS
Prazer e interesse
C ongratulo-me com a operosaequipe de EMBALAGEMMARCA peloalto nível com que é editada a revista,agora entrando em sua 57ª edição.Leio-a desde o primeiro número, deponta a ponta, com prazer e especialinteresse. São matérias e informaçõesimportantes para o mercado, alémdas novidades publicadas sempre emprimeira mão. A ampla cadeia produ-tiva que envolve o setor de embala-gem está sempre presente em artigose entrevistas feitos com profissiona-lismo. Parabéns. Continuem assim. Éum prazer ler EMBALAGEMMARCA,sempre criativa.
Carlos CapraraCaprara Publicidade Ltda.
São Paulo, SP
Gostaria de elogiar a revista e osite de EMBALAGEMMARCA pela qua-lidade e pela quantidade de informa-
ções. A seção de que mais gosto é Al-manaque, em que se pode ver comoeram marcas e embalagens antigas.
Carlos Alexandre LuzEstudante, Pontifícia
Universidade Católica do ParanáCuritiba, PR
Inflação de feiras
Excelente o editorial sobre o pro-blema das feiras (“Xepa, nem de gra-ça”, EMBALAGEMMARCA nº 56,abril/2004), que afligia os meus tem-pos de diretor de empresa, tendo delidar com a já existente pulverizaçãodos eventos. São demais, e as pres-sões para que em todos eles a indús-tria esteja presente causam muitoconstrangimento. Asolução são as fu-sões, com a diminuição do número euma sensível melhora na qualidadedesse eventos. Parabéns pela cora-gem e pelo pragmatismo ao falar deuma grande realidade que, além dosconstrangimentos, acaba também tra-zendo prejuízo para os negócios daindústria. Para todos nós é importan-te e animador ver um editor de revis-ta longe do “muro”…
Luiz A. Duff Azevedo Filatelista (ex-diretor da
Wheaton Brasil)São Bernardo do Campo, SP"
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os últimos anos, a adoção desistemas integrados de gestãolevou as empresas a incorporara questão ambiental como um
desafio associado ao controle interno, àconformidade legal e às certificações vo-luntárias. Nesses termos é que se formula-vam as implicações da sustentabilidade.
Em curto espaço de tempo, porém, odesempenho ambiental das empresas pas-sou a ser associado na percepção pública àquestão social e econômica, induzindo auma maior exposição dos empreendimen-tos aos riscos sociais, ambientais, éticos eeconômicos. Em conseqüência, os produ-tores de bens de consumo, o atacado, o va-rejo, os consumidores – enfim, a cadeia deembalagem – encontram-se perante umnovo desafio.
Torna cada vez mais evidente que, alémdas regulamentações e certificações volun-tárias, são necessários novos instrumentospara melhorar o desempenho socioambien-tal, mediante maior participação, colabora-ção e transparência no processo de tomadade decisão. Passou-se a considerar comosustentável o negócio economicamente viá-vel, socialmente justo e ambientalmente
artigo
NPor Nivaldo Manzano*
correto. Quem produz, utiliza e consomeembalagens tem todas as razões do mundopara levar em conta essa nova realidade, si-tuação que pode ser ilustrada com a entradada norte-americana Wal-Mart no mercadoeuropeu. Ela encerra lições pedagógicaspara a estratégia empresarial brasileira. Aose inteirar da notícia, um gerente de com-pras de uma das maiores cadeias de super-mercados britânicos comentou: “Se inten-tarmos competir com o Wal-Mart em preço,vamos perder”. Em vez de competir empreço, alguns supermercados britânicos op-taram pelo caminho da competição em res-ponsabilidade social e ambiental.
A tendência espraia-se por toda a UniãoEuropéia, como diferencial competitivo, etem como diretriz o green paper da UE so-bre Responsabilidade Social. É nessa opção— das novas políticas e práticas corporati-vas socioambientais de importadores e va-rejistas europeus — que se instala um novodesafio, começando pelo agronegócio bra-sileiro de exportação, antes de este ter supe-rado o problema crônico do protecionismoclássico, e estendendo-se a todos os seg-mentos envolvidos na pretensão de venderlá fora produtos com valor agregado.
O que está em questão na aposta de va-rejistas europeus de alimentos e fibras, umdos grandes potenciais de exportação doBrasil, é uma nova visão do processo deagregação de valor por parte da empresa,neste limiar do século XXI. Como observaum estudo da Association of British Insu-rers (2002), o consumidor, tanto quantosaber da utilidade competitiva oferecidapelo produto, está interessado em saber oque o produto agrega em termos de quali-dade de vida.
Ou seja, do ponto de vista financeiro, ovalor patrimonial dos ativos tangíveis (mer-cadorias) representa atualmente uma parce-la muito menor e decrescente do valor pa-trimonial total, que inclui também e princi-palmente os ativos intangíveis, de valoriza-ção exponencial. É sabido que um númerocrescente, embora relativamente pequeno,de consumidores dispõe-se, por exemplo, apagar mais por um café orgânico ou poruma embalagem efetivamente reciclável. Ea rede do comércio justo, ou solidário (fairtrade), cresce nos mercados desenvolvidosa uma velocidade muito maior do que a mé-dia de crescimento desses mercados – cercade 35% ao ano.
Uma tal visão não está associada apenasà percepção do consumidor, mas também àde instituições financeiras e companhias deseguros, que desde o final dos anos 90 pas-saram a incorporar em sua análise de riscoa dimensão do risco socioambiental. Narealidade, essa nova visão está associadavirtualmente à expectativa de todos os pú-blicos de interesse — consumidores, clien-tes, fornecedores, investidores, governos,comunidade, ONGs, comunidade científicae gerações futuras. Equivale a dizer que anoção de risco mudou — e o mundo brasi-leiro dos negócios apenas começa a se darconta disso.
Os diversos públicos de interesse nãotêm a mesma percepção das implicações damudança. Assim, por exemplo, enquanto osativistas acolhem a diferenciação competi-tiva, mediante a sustentabilidade, comouma estratégia adequada, varejistas tememperder clientes por eventual repasse de cus-tos mais elevados. Mas o que ocorreu defato é que o varejo britânico acedeu em sen-tar à mesa e negociar com os fornecedores
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processos e padrões de sustentabilidadepara hortigranjeiros e carnes. Tais compro-missos vão além dos requisitos da confor-midade legal e das certificações voluntárias,para incluir, por exemplo, o bem-estar ani-mal e o desempenho social e ambiental.Não é arriscado supor que a abrangênciadesses compromissos deverá em futuro re-lativamente próximo estender-se a outrositens além daqueles, abarcando mesmo pro-dutos processados em geral.
Um sinal de alerta para o agronegóciobrasileiro exportador, especificamente, é aimportância que o ambiente empresarial eu-ropeu vem atribuindo à adoção, em 1999,do Euro Retailer Produce Working Group(Eurep), que estipulou um conjunto de re-comendações para a Good AgriculturePractice (GAP). O protocolo GAP tende ase converter no padrão da indústria segura-dora para o setor. O GAP consiste numcompromisso por parte dos produtores emadotar o Manejo Integrado de Produção,protocolo que estabelece normas voluntá-rias de adesão sobre a saúde e o bem-estardo trabalhador rural, sobre a vida silvestre esobre a conservação dos recursos naturais.
A expectativa dos ativistas e dos públi-cos de interesse, em geral, é que as normase as práticas estabelecidas no Good Agri-culture Practice se universalizem, atingindotambém as cadeias do agronegócio que ex-portam para a União Européia. Ou seja, oque se pretende com o GAP é uma melho-ria na gestão socioambiental do agronegó-cio em escala global. Ou, como diz o presi-dente da Eurep e diretor de uma rede ingle-sa de supermercados, Nigel Garbutt, “as no-vas disposições tendem a gerar enormes be-nefícios ambientais”.
Isso, porém, não é tudo. Para algumasredes de supermercados europeus, a ade-quação aos padrões do Eurep não basta. Al-gumas delas estão buscando obter vanta-gens competitivas de desempenho so-cioambiental ainda mais exigente. Assim,por exemplo, a Tesco inclui entre suas exi-gências junto ao fornecedor, para conformi-dade do produto aos padrões de seu seloNature’s Choice, adesão a programas vo-luntários de redução no uso de agroquími-cos, energia e água, além das demais exi-
gências socioambientais. Não paga prêmiopor isso ao produtor.
ATesco não está sozinha. ASainsbury’s,outra grande rede supermercadista inglesa,também se decidiu por uma estratégia defortalecimento da imagem mediante asso-ciação a exigências de desempenho so-cioambiental, para além das certificaçõesvoluntárias e da conformidade legal. A mar-ca Sainsbury’s deve atestar que as espéciese os seus habitats não se encontram amea-çados. Na mesma linha de fortalecimentoda credibilidade e da imagem, a Sainsbury’sexige de seus fornecedores implementaçãode programas locais de conservação da bio-diversidade. Da mesma forma, a rede Wai-trose investe no lançamento de um selo queoriente o consumidor a distinguir entre umalimento produzido de modo sustentável eoutro, de modo convencional.
Todas essas iniciativas estratégicas as-sentam no pressuposto de que o desempe-nho socioambiental, para além das certifi-cações voluntárias e da conformidade legal,traz consigo o condão de criar vantagemcompetitiva ante a expectativa de cresci-mento acelerado do número de consumido-res interessados em comprar produtos decadeias sustentáveis.
Além de todas as implicações estratégi-cas, nesse cenário projetos de embalagemdevem levar em consideração o desafio dagestão socioambiental como um novo fatorde decisão de compra pelo consumidor.
* NivaldoManzano éconsultor e diretor da CemaSocioambiental
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bserve-se as prateleiras do ba-nheiro ou o nécessaire de umhomem adulto urbano, consi-derado “moderno”, em dia com
as atuais tendências culturais e comporta-mentais: para horror dos mais conservado-res e “machões”, ali poderão ser encontra-dos, além das tradicionais loções pós-barbae dos indefectíveis desodorantes, variadosperfumes, cremes de rejuvenescimento, es-foliantes, tinturas para cabelo. Cosméticosque até poucos anos habitariam exclusiva-mente as cômodas e as bolsas de mulhereshoje integram o dia-a-dia de representantesdo “novo padrão heterossexual masculinourbano”, os chamados metrossexuais.
O próprio surgimento do neologismoexpressa a dimensão das mudanças quevêm ocorrendo no universo masculino, eé difícil imaginar que tivesse outra origemque não o inglês, via Estados Unidos. Terrado Oscar, do Pulitzer, do Grammy e de tan-
reportagem de capa
Otos outros galardões cobiçados mundo afo-ra, o país é palco do peculiar Word of theYear, espécie de Oscar lexical criado pelaSociedade Americana do Dialeto para esco-lher o mais significativo vocábulo surgido acada ano no idioma anglo-saxão.
Na última edição do concurso, os pro-fessores e lingüistas concluíram que o ter-mo metrossexual foi, disparado na frente, omelhor neologismo de 2003. Oficialmentecriada pelo jornalista inglês Mark Simpson,num artigo inspirado no famoso capitão daseleção de futebol de seu país, David Bec-
kham, a palavra teria sido a mais relevan-te criação semântica do ano passado
por designar o tal de “novo padrãoheterossexual masculino urbano”,cuja principal característica seria
“eleger a própria aparência como obje-to de adoração”.
A inventividade do repórter britânicoe o narcisismo de celebridades que se esfor-
No filão da vaidade Indústrias de cosméticos e de embalagens avançam na esteira dos cresc Por Leandro Haberli
Produto Faturamento (em milhões de reais) Crescimento (em relação a 2001)
Colônia 394,75 28,9%
Pós-barba 76,12 15,9%
Spray/Pump/líquido (desodorante) 234.031 8,6%
Aerossol (desodorante) 54.316 20.1%
CONSUMO MASCULINO NO MERCADO DE HIGIENE E BELEZA EM 2002
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çam para causar impacto com layouts repa-ginados a cada aparição pública podem nãoter tanta importância assim. Mas o surgi-mento, neste início de século, de um novomodelo masculino, cuja preocupação com aaparência vai contra o que se convencionouchamar de sujeito desleixado, parece real-mente palpável, e por razões que para mui-tos vão além de mera egolatria.
Gastos masculinos em altaIndependentemente dos motivos, nos diasde hoje um número crescente de homensparece reclamar o direito de investir e cui-dar de seus visuais sem que sejam discrimi-nados ou hostilmente criticados por isso. E
masculinaentes cuidados de homens com a própria aparência
se no campo comportamental “esse novopadrão masculino” despeja mais uma pá decal sobre velhos estereótipos machistas, nomundo dos negócios ele já começou a in-corporar significados bem mais tangíveis.
Embora nada ainda indique que os ho-mens estejam perto de rivalizar com as mu-lheres no quesito gastos com tratamentosestéticos, há novos e diferentes levantamen-tos sugerindo que essa disparidade vemamainando nos últimos anos. Para citar umdeles, pesquisa feita no ano passado pelaempresa 2B Brasil Marketing Research &Consulting mostra que o homem brasileiroutiliza atualmente de 10% a 20% de suarenda com gastos em saúde e aparência, e
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que nos últimos cinco anos a procura mas-culina por cosméticos e tratamentos de be-leza cresceu quase 20%.
No caso específico dos cosméticos, oaumento da demanda masculina parece es-tar se dando em duas frentes. Acompanhan-do os ventos favoráveis que fizeram a recei-ta líquida da indústria brasileira de higienepessoal saltar de 5,9 bilhões de reais em1998 para 11 bilhões de reais em 2003, numcrescimento médio superior a 6,5% a cadaexercício, segundo a Associação Brasileirada Indústria de Higiene Pessoal, Perfumariae Cosméticos (Abihpec), vem crescendo deum lado o consumo de produtos tradicio-nais masculinos, como perfumes, desodo-rantes e cremes e loções de barbear (verquadro na página 30).
Por outro andamento, vem ocorrendonas gôndolas de cosméticos masculinosnotável profusão de itens capazes de deixarqualquer machão à moda antiga de orelhaem pé. São depilatórios, cremes faciais, hi-dratantes, loções anti-ruga, esfoliantes, géisde limpeza e tantos outros produtos de be-leza oferecidos para homens que dispensamà sua aparência atenção similar à que um tí-pico aficionado por automóveis dedica à la-taria de seu xodó motorizado.
Somando-se essas duas correntes – ados produtos habituais e a dos lançamentos,por assim dizer, rompedores de tabus –, opúblico masculino corresponde atualmentea mais de 15% do consumo paulista de cos-méticos, segundo levantamento do Sindica-to da Indústria de Perfumaria e Artigos deToucador no Estado de São Paulo (Sipa-tesp). Há pouco mais de cinco anos, os fa-
bricantes estimam que essa participaçãonão ultrapassava 10%. Outro dado que fazpensar: segundo a Abihpec, hoje um emcada cinqüenta brasileiros usa algum tipode cosmético para retardar o envelhecimen-to. Há cinco anos essa relação era de umpara cada 500 homens.
“Os homens perceberam que uma boaaparência não ajuda apenas a fazer sucessocom as mulheres”, diz José Bacellar Júnior,diretor da 2B Brasil Marketing Research &Consulting e responsável pela pesquisaAdonis Report sobre vaidade masculina (onome Adônis faz referência ao herói gregoque se caracterizava por sua rara beleza).“Estar em paz com o espelho também pas-sou a ser importante para prosperar nos ne-gócios e, por que não?, para ter uma carrei-ra respeitada”, acredita.
Explorando tal percepção, mais e maisfabricantes de cosméticos têm investido no
Eles também querem se livrar dos pêlosDentre os cosméticos que crescente número de
homens consomem, talvez a categoria que chame
mais atenção seja a das loções depilatórias. É
verdade que muitos tiram os pêlos por questões
que ultrapassam a preocupação estética –
nadadores, por exemplo, precisam ter o corpo
liso para aumentar a agilidade na água. Mas tam-
bém parece inegável que cada vez mais adeptos
do culto à aparência impecável, os metros-
sexuais, lançam mão de inovações farmacêuticas
para se ver livres de indesejáveis apêndices fila-
mentosos da pele.
Como era de se esperar, nos Estados Unidos
esse mercado parece mais maduro do que aqui,
mas fabricantes nacionais de cosméticos já des-
pertaram para o novo filão. É o caso da Bio-
Estética, que lançou a Loção Depilatória Depil
Flash nas versões spray (120ml) e roll-on (70ml).
A curiosidade do produto fica por
conta de sua embalagem secundária,
que poderia ser chamada de “bissexu-
al”. É que em cada uma das frentes, o
cartucho cartonado ressalta um gênero
de consumidor. Sem distinções nesse
sentido, os frascos são feitos de
polipropileno (PP) pela Spil Tag.
Linha de Cuidadospara o Homem, do O Boticário: cremeanti-idade dividindoespaço com loçõespós-barba
crescente filão da vaidade masculina, con-solidando um ciclo de novidades e investi-mentos que já revela boas oportunidadespara a cadeia de embalagens. Uma das evi-dências disso está no fato de as linhas mas-culinas de higiene pessoal e beleza seremcada vez mais amplas, demandando solu-ções variadas de acondicionamento.
Recriando estilosBom exemplo dos benefícios dessa diversi-dade pode ser visto na Linha de Cuidadospara o Homem, de O Boticário, que contacom sistemas de acondicionamento tão dis-tintos quanto bisnagas plásticas, embala-gens com válvulas pump, frascos squeeza-ble e cartuchos cartonados. Composta emboa parte por itens de barbear, a linha foi re-centemente dotada de um produto bemmais delicado, o Hidratante Protetor, que,além de filtro solar e hidratante facial, foidesenvolvido para suavizar os efeitos daidade na pele masculina.
“Sempre nos preocupamos em oferecerfórmulas específicas para os homens, mas
nos últimos anos percebemos que eles re-criaram seu estilo, passando a manifestar deforma mais direta o desejo de se cuidar”,analisa Tatiane Puppi, responsável pela áreade comunicação da empresa O Boticário.Segundo ela, dos cerca de 650 produtos quecompõem o portfólio da marca, aproxima-damente sessenta são destinados aos consu-midores masculinos hoje. “Os homens ain-da estão longe de consumir a mesma varie-dade de cosméticos que as mulheres, masem algumas categorias eles já despontamcomo um mercado muito interessante.”
A nobreza e a diversidade de apresenta-ções da linha Nivea for Men, outra reconhe-cida grife no segmento de cosméticos mas-culinos, também dá uma boa medida dasoportunidades que essa fatia do mercado dehigiene e beleza passou a representar paraas empresas ligadas à indústria de embala-gens. É verdade que, segundo a Nivea, to-das as embalagens dos nove itens que com-põem sua família masculina são produzidasfora do Brasil, principalmente na Alema-nha, sede da matriz da empresa. Mesmo as-
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sim, o caso serve no mínimo de inspiraçãopara quem planeja lançar produtos de per-sonal care para homens sofisticados, ou de-senvolver embalagens para esse nicho.
O apelo da sofisticação Basta dizer que muitos dos itens que levama chancela Nivea for Men possuem requin-tados acessórios e acabamentos de embala-gem. Toda a linha after shave, por exemplo,é vendida em frascos de vidro de 100ml,acondicionados em cartuchos cartonadosguarnecidos com marcações brilhantes. OFluido Após Barba, um dos três itens quecompõem essa família, vai além, e é encon-trado em estojo celulósico inteiramente la-minado com papel metalizado azul, mesmacor da embalagem interna de vidro. Já a li-nha facial, composta de gel de limpeza e gelesfoliante, vem em bisnagas plásticas comchamativas aplicações de hot-stamping.
“Até pela crescente segmentação domercado de cosméticos masculinos, umadas tendências de embalagem no setor éjustamente a exploração de acabamentossofisticados”, reforça Fábio Yassuda, dire-tor-comercial da C-Pack, fabricante de bis-nagas plásticas que compartilha com outrosprovedores desse sistema de acondiciona-mento o atendimento a importantes proje-tos no segmento de cosméticos masculinos.Um dos clientes é a Avon, que, segundoYassuda, substituiu em novembro de 2003os antigos potes pelas atuais bisnagas plás-ticas em alguns produtos das linhas AvonOn Duty Men e Individual Blue, duas desuas vedetes nas gôndolas de cosméticosmasculinos.
Muito menos excêntricos do que esfo-liantes e depilatórios masculinos, os perfu-mes para homens também vêm abrindocampo para apresentações nobres. Paramuitos fornecedores de embalagens, issomostra que os fabricantes de colônias seconscientizaram de que a embalagem deseus produtos pode exercer até mais in-fluência na decisão de compra do que aspróprias fragrâncias. Polêmicas à parte, nãofaltam casos ilustrando o atual requinte dasapresentações de perfumes nacionais.
No filão das colônias masculinas, umexemplo bem recente é o do perfume Natu-ra Homem, que foi lançado nacionalmenteem março último. Com tampas da TPI Mol-plastic, válvulas da Seaquist Valois e cartu-chos de papel cartão impressos pela Igel, anova colônia masculina da Natura vem emfrasco de vidro da Saint-Gobain, cujo for-mato, à guisa de um prisma, evidencia otom azulado da fragrância. Outro destaque
Cada vez mais diversificados, cosméticosmasculinos, como os da linha Nivea ForMen, também apostam em diferenciaçãopela embalagem. No detalhe, cartuchosmetalizados e aplicações de hot-stamping
Nas chancelasmasculinas daAvon, substituiçãode potes por bisnagas. Frascossqueezable e aplicadores roll-onmantêm presença
dessa embalagem é uma gargaleira metálicaprateada, na qual a marca Natura Homem éimpressa em baixo relevo.
Essa nova colônia na verdade integrauma ampla linha de produtos da Natura, quesurgiu em 1998, quando a empresa acen-tuou a estratégia no mercado masculino.Dela também fazem parte itens como o gelapós barba Natura Homem, com frasco so-prado pela Sinimplast e tampa também daTPI Molplastic, e o gel espumante para bar-bear Natura Homem, cuja lata, dotada desistema propulsor do tipo aerossol, é produ-zida pela Exal, com tampa da Cária.
Além de refletir a já comentada mudan-ça comportamental masculina, a versatilida-de com que os principais fabricantes de cos-méticos buscam atender ao público mascu-lino prova, sob o ponto de vista das gôndo-las, que as diferenças que separam consu-midores e consumidoras vêm mesmo cain-do. Nesse aspecto entra em cena outro deta-lhe que ajuda a entender o progressivo con-sumo masculino de itens de beleza.
Trata-se da ampliação dos pontos-de-venda desse tipo produto. Explica-se: numpaís considerado machista como o Brasil,muitos homens ainda acham embaraçoso ira uma loja especializada para comprar umcosmético. Mas, com a ampliação dosPDVs, o acesso aos produtos parece cadavez mais facilitado.
Seja como for, os homens brasileiros defato se preocupam mais com a aparência.Na pesquisa Adonis Report, 53% dos entre-vistados assumiram-se vaidosos. A conti-nuar assim, num futuro próximo os homensdeixarão de rezingar da demora de suas es-posas para se arrumar antes de sair, e passa-rão eles a reivindicar mais tempo para che-car todos os detalhes diante do espelho.
Criada em 1998,linha Natura
Homem recebeunovo perfume(à esquerda),
com frascos daSaint-Gobain e
válvulas daSeaquist Valois
C-Pack(11) 5562-8671www.c-pack.com.br
Exal02322 496-226www.exal.com
Igel(51) 3041-8300www.igel.com.br
Plásticos Cária(11) 3872-3122www.caria.com.br
Saint-Gobain(11) 3874-7482www.sgembalagens.com.br
Seaquist Valois(11) 4141-4344www.seaquistclosures.com
Sinimplast(11) 4061-8300www.sinimplast.com.br
Spil Tag(14) 425-1003www.spiltag.ind.br
TPI Molplastic(11) 5541-8990www.tpinet.com.br
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e há uma ocasião em que asmulheres não são discrimina-das por tomar atitudes consi-deradas tipicamente masculi-
nas, ela pode ser atribuída ao uso deperfumes. Talvez nem haja pesquisasde mercado indicando o fenômeno, masmesmo quem não vive o dia-a-dia daindústria de colônias sabe que muitasconsumidoras assumem, sem o menorreceio de preconceito, a preferência pe-las fragrâncias originalmente criadaspara seus maridos, namorados, noivos,pais, irmãos, tios, avôs, amigos...
Como se quisessem reverter esse(“desvio de”) comportamento em au-mento de vendas, cada vez mais fabri-cantes de perfumes vêm criando eadaptando para o público feminino suasmarcas de fragrâncias masculinas. Umrecente lançamento que reforça essaimpressão é o do desodorante colôniaArbo Feminino, de O Boticário. O pro-duto chegou ao mercado como uma ex-tensão de sua versão masculina, que ha-via sido lançada em 2002 num conjun-to especial de embalagem.
Apelos mantidosNaquela ocasião, o perfume, cujo nomesignifica árvore no idioma auxiliar es-peranto, chamou atenção pelos frascosde vidro com detalhes frontais em alto-relevo simulando vasos lenhosos –aquela estrutura tubulosa das folhas,através da qual circulam a seiva e osminerais que as raízes da planta retiramdo solo. Na recém-lançada versão femi-nina, os apelos da natureza continua-ram a ser explorados visualmente naembalagem, não se limitando aos ingre-dientes e às características aromáticasda fragrância.
Desta vez, porém, os símbolos am-bientais não foram referidos na textura
making of
Folha plástica
SO Boticário explora outono com nova embalagem inspirada na natureza
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Em forma de folha, embalagem tem tampas alusivas a vasos lenhosos
do frasco. Se a primeira embalagem eraretangular, agora o conjunto tampa/re-cipiente de vidro foi concebido para ad-quirir o formato de uma folha de árvo-re. Assim, os frascos, que têm a inscri-ção da marca Arbo gravada em alto-re-levo na parte inferior frontal, apresen-tam uma particularidade em relação àmaioria das embalagens utilizadas in-dustrialmente: eles não têm uma basecentralizada.
Em busca de equilíbrioPara que esse detalhe não interferissena estabilidade do produto, RenatoMassara, gerente comercial e de marke-ting da vidraria Wheaton Brasil, queatendeu o projeto, explica que diversosmock-ups e estudos técnicos precisa-ram ser feitos para que a embalagemapresentasse o equilíbrio e a estabilida-de dimensional necessários. Assim, nocorpo do molde escolhido, embora asformas não sejam simétricas, a massade vidro distribuída ao redor do eixocentral apresenta peso compatível, e aembalagem fica em pé sem nenhumproblema.
Superada a etapa de definição do de-sign do vidro, os profissionais respon-sáveis pela embalagem do desodorante
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Lançada em 2002, versão masculina temfrascos com texturas em alto-relevo:inspiração para o novo briefing
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colônia Arbo Feminino passaram a sepreocupar com a criação de um efeitode prolongamento da tampa no corpodo frasco. “Esse briefing exigiu umagrande sinergia entre os técnicos vidrei-ros e os responsáveis pelo sistema defechamento do produto”, diz Massara,compartilhando os créditos com o timede desenvolvimento da Augros, compa-nhia de origem francesa especializadaem sopro e injeção de embalagens plás-ticas, que forneceu as tampas do novoperfume.
Como uma goivaFeito a partir da resina Surlyn, da Du-Pont, o sistema de fechamento incorpo-rou as saliências em formato de vasoslenhosos que no primeiro lançamentoda marca Arbo aparecem na superfíciedo vidro. Para obter esse efeito, a solu-ção, diz Mauricio Carini, gerente co-mercial da Augros, foi desenvolver umaferramenta que, como uma goiva escul-pindo a madeira, pudesse riscar as ra-nhuras diretamente na cavidade metáli-ca do molde da tampa. “Nosso própriodiretor técnico criou esse instrumento,e fez os desenhos que aparecem na tex-tura da tampa e a aplicação do polimen-to artisticamente”, ressalta Carini.
Um último desafio do desenvolvi-mento das tampas foi prover um siste-ma de encaixe que se adaptasse ao om-bro dos frascos e garantisse a vedação.Essa etapa foi inevitável por que, comoinforma o gerente da Augros, não seriainteressante moldar uma rosca às pare-des internas da tampa. “Ainda que seja
eficiente para evitar vazamentos, a ros-ca ocasionaria problemas de manu-seio”, diz o executivo. Motivo: a cavi-dade da válvula, centro rotacional datampa, não ocupa a metade do corpo dapeça, o que comprometeria o giro e apraticidade de abertura da embalagem.
A integração de idéias e sugestõesfoi novamente necessária para contor-nar a situação. “Tivemos que desenvol-ver em conjunto com a Wheaton a ondado ombro do frasco”, diz o executivo daAugros, referindo-se ao degrau de cer-ca de 5mm que, além de servir de pe-destal ao pescoço do frasco, dá encaixeà tampa. “Nessa etapa o projeto foi pra-ticamente conjunto, pois tínhamos quepensar nas medidas e nas variações dealtura que se adaptassem ao frasco e àtampa”, acrescenta Carini.
A embalagem, que ainda conta comválvulas da Rexam e cartuchos impres-sos pela Kingraf em papel cartão Su-premo Alto Alvura (350g/m2), da Suza-no, começou a ser desenvolvida em de-zembro último. Cerca de quatro mesesdepois, no início de maio, o produto jáestava sendo distribuído às franquiasda marca O Boticário. O curto espaçode tempo prova que, além de resulta-dos harmoniosos e chamativos, aunião de forças pode gerar projetoságeis e que sigam à risca o briefingtransmitido pelo marketing da in-
dústria usuária da embalagem.
Augros(44) 262-6688www.augros.com.br
Kingraf(41) 333-5366orçamento@kingraf
Rexam(11) 4525-0396www.rexam.com.br
Suzano0800 555100www.suzano.com.br
Wheaton(11) 4355-1800www.wheaton.com.br
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Ombro do frasco foi projetado com onda para darencaixe com a tampa: sinergia entre a vidraria Wheatone a Augros, provedora do sistema de fechamento
Sofisticação é reforçada pela textura da resinaSurlyn, da DuPont
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nquanto grande parte de produto-res e engarrafadores de cachaçaalimenta devaneios de exporta-ção, acreditando que seus produ-
tos conquistarão apenas pela suposta quali-dade a preferência de consumidores estran-geiros, superando uísques, conhaques evodcas, alguns trabalham o ponto crucialque é a embalagem. Com vistas ao exterior,mas também ao segmento interno de cacha-ças premium, acabam de ser lançadas duasnovas marcas, a Segatiba e a Caipipira.
A primeira vem à luz pelas mãos do em-presário Marcos de Moraes, o filho do “reida soja” Olacir de Moraes que se notabili-zou pela montagem e venda do site Zip.Netà Portugal Telecom por 365 milhões de dó-lares. Apostando na apresentação, o empre-sário encomendou à vidraria Cisper, agoradenominada Owens-Illinois do Brasil, umaembalagem exclusiva que lembra uma gar-rafa de vinho tinto tipo bordalesa de 700ml,com o pescoço prolongado. A rotulagem éum conjunto de auto-adesivos no qual semesclam efeitos lupa e fosco e processoscomo flexografia, serigrafia e sobreposiçãode filmes. O fechamento é por rolha, comacabamento em plástico (branco para a ver-são envelhecida, preto para a branca) e cáp-sula antiviolação. A cachaça, engarrafadapela Cereser, é comprada de produtores daregião de Ribeirão Preto (SP). Com exceçãoda vidraria, identificável no fundo da garra-fa, os fornecedores não foram revelados.
Ambição maior – Com produção própriade cana-de-açúcar e de aguardente, o quelhe garante uma bebida regular e de qualida-de totalmente controlada, a Caipipira revelaambição exportadora de seu fabricante, a pi-racicabana BBL Brazilian Beverage & Lic-quor, aparentemente maior do que a de Mo-raes. Com seu produto apresentado em gar-rafas de 700ml, o horizonte da Sagatiba porenquanto não vai além do mercado europeu– o que não é pouco – e ao consumo inter-
cachaça
Para exportar
EDe olho no exterior, duas marcas capricham nas embalagens
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no sofisticado, que vem virando moda. Já afabricante paulista quer conquistar não só oconsumidor brasileiro e o europeu, mastambém o americano.
Para isso, seu produto, indicado para opreparo de drinques com diferente frutas,como sugerido nos rótulos auto-adesivostransparentes com efeito lupa, tipo no-labellook, fornecidos pela Prodesmaq, é apresen-tado numa larga família de garrafas, provi-das por CIV, Owens-Illinois e Saint-Gobain.Além de recipiente dose única de 50ml, aCaipipira vem nas medidas de 700ml,750ml e 1000ml. A de 700ml destina-se aovarejo europeu, a de 750ml, ao americano,enquanto a de 1 litro atende às exigência lo-cais de diferentes países: é a única aceita empontos de dose na Europa e nos EstadosUnidos, onde pode também ser vendida emlojas. Os fechamentos são adaptados às pre-ferências de diferentes consumidores: todasas medidas levam tampa de rosca de alumí-nio da Altec, e a de 1000ml terá também fe-chamento tipo Guala, da Guala Closures.
Altec11 5611-7393www.altec.com.br
CIV11 3272-4484www.civ.com.br
Owens-Illinois11 6542-8000www.cisper.com.br
Guala Closures11 [email protected]
Prodesmaq19 3676-9300www.prodesmaq.com.br
Saint-Gobain11 3874-7482www.sgembalagens.com.br
Sagatiba e Caipipira exploram o efeitolupa, com rótulos tipo no-label look
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uase paralelamente à comemoração do cen-tenário de sua criação, cerca de dois anosatrás, as pastilhas Valda ganharam novaembalagem. Seu fabricante, o Laboratório
Canonne, resolveu substituir o tradicional estojo de fo-lha-de-flandres, que acompanhava o produto desde seunascimento, por um plástico. Agora, em 2004, ano quemarca cem anos de vida de Valda no Brasil, outra signi-ficativa mudança na principal embalagem da marca estáem curso. Os estojos da bala medicamentosa estão ga-nhando nova decoração, mais burilada, resultado daadoção de rótulos in-mold – aqueles indeléveis, aplica-dos nas embalagens no momento de sua fabricação, di-retamente no molde de sopro ou injeção.
Sustentáculo dessa mudança é a linha dedicada à de-coração in-mold montada nas dependências da flumi-nense Garboni, tradicional provedora de tampas plásti-cas e fornecedora dos recipientes plásticos que o labo-ratório utiliza desde a descontinuação dos recipientesmetálicos. Recentemente, como mostrado em reporta-gem anterior de EMBALAGEMMARCA (nº 48, agosto de2003), a Garboni resolveu investir em in-mold para pe-ças injetadas, e o projeto com a Valda é o primeiro emlarga escala com esse processo. “Não se trata de meraalteração, mas de um upgrade, uma vez que a rotulagemanterior era feita por impressão tampográfica, um méto-do limitante”, comenta Daniel Pereira de Souza, da áreacomercial da Garboni. Ele observa que o in-mold pro-porciona decoração nobre, de alto apelo de marketing.
Fim do vaivémDestaque é que, nesse pulo-do-gato, os custos para ocliente não acompanharam a diferença de qualidade en-tre os métodos de rotulagem antigo e novo, como seriade se supor pelo senso comum. Ocorre que a Garboninão possui tampografia em seu parque, o que a obriga-va a remeter os antigos potes para um terceiro, que de-pois os devolvia para, aí sim, serem entregues ao labo-ratório. “Com a eliminação dessa logística complexa,repleta de manuseios, o custo do novo pote praticamen-te empata com o do antigo”, afirma Souza. “Tambémvale lembrar que, como temos embalagens acabadas jána fase de injeção, quase não há perdas.”
Nesses primeiros meses de produção da nova em-balagem, feita numa estação de injeção da Sandretto,a Garboni trabalhará com um leque variado de forne-
decoração
Nova cara aos 100
QPastilhas Valda ganham rótulo in-mold em seu centenário no Brasil
cedores locais dos rótulos para in-mold, normalmentefeitos de BOPP, para estipular um parceiro definitivo.A intenção da empresa, agora, é difundir os apelos doin-mold, fazendo aumentar a carteira de clientes naárea de potes decorados com os rótulos permanentes.“Nossos focos são a indústria farmacêutica, pela abun-dância de cremes em estojos e potes, os cosméticos eaté alimentos, como balas e confeitos”, sintetiza o pro-fissional da Garboni. Um novo cliente, no além-mar,já foi conquistado: um fabricante africano das pasti-lhas Valda, que viu a nova embalagem, gostou e já asestá importando.
Garboni(24) 2244-3300www.garboni.com.br
Mack Color(11) 6195-4466www.mackcolor.com.br
Sandretto(11) 4652-0100www.sandretto.com.br
In-mold também na Mack ColorMais conhecida por suacarteira de soluções auto-adesivas, a paulistanaMack Color acaba deanunciar a entrada nomercado de rótulos semadesivo, desenvolvidosespecialmente para a tec-nologia in-mold. Segundoa coordenadora de mar-keting Silvia Xavier, a em-presa vê oportunidades
para a tecnologia em ali-mentos, cosméticos, brin-quedos e em produtosdomésticos injetáveis.Uma das primeiras incur-sões da Mack Color emin-mold, aliás, é justa-mente a nova embalagemdas pastilhas Valda. Ela éuma das fornecedorasdos rótulos que a Garbonivem utilizando.
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ouco mais de um ano paracá, as etiquetas inteligentes,que permitem o rastreamen-to e a identificação de produ-
tos por meio da radiofreqüência (RFID),como aqueles já utilizados em certas lo-jas para impedir furtos, se transforma-ram em pauta obrigatória nas reuniõesdas grandes indústrias mundiais. O bulí-cio acerca desses dispositivos aumentousobretudo depois que grandes redes va-rejistas internacionais anunciaram pla-nos de implementá-los – o da americanaWal-Mart, que exigiu de seus cem maio-res fornecedores o uso dessas etiquetasaté 2005, se tornou emblemático. Às ré-deas dessa movimentação, o varejotornou em ordem do dia o que até entãoera tratado pelo grosso do setor produti-vo como coisa a se pensar amanhã.
Esse tipo de requisição do varejoainda não se espraiou ao Brasil, masnem por isso o assunto vem passandoem brancas nuvens para uma boa partedo empresariado local, que não quer serpega despreparada quando a tecnologiainevitavelmente desembarcar por estasbandas. Debates sobre RFID têm au-mentado no país, e não só com a inten-ção de promover uma antecipação a
logística
Na era do rádio
PEtiquetas inteligentes prometem revolucionar cadeia de suprimentosPor Guilherme Kamio
possíveis querelas futuras do varejo. In-dústrias, principalmente os braços lo-cais de multinacionais, de olho nas ex-periências bem-sucedidas de suas matri-zes, vêm acordando para o fato de queas etiquetas inteligentes podem lhes serum trunfo competitivo. Portanto, sair nafrente é um handicap que vale muito.
Adoção em três níveisHá um consenso entre analistas de que aadoção das etiquetas inteligentes, emnível mundial, se dará em três etapas, aconsolidar-se gradualmente. “Primeiroelas serão empregadas em paletes, de-pois nas caixas de despacho e, num pra-zo maior, quiçá a partir de 2008 ou2010, em cada item ou embalagem indi-vidual”, explica Wagner Bernardes, ge-rente de marketing da Seal, empresa queoferece pacotes de soluções em RFIDno mercado nacional, integrando hard-ware e software necessários à instalaçãoda tecnologia – basicamente, as etique-tas em si, que carregam um poderosomicro-chip com tamanho de uma cabe-ça de alfinete, os leitores de informaçãoe os programas de gestão de depósito.D
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CHEP está inaugurando seusistema de pool depaletes com RFID
Exemplo de etiquetainteligente: um microchip
armazena dados e circuitos impressos
nas bordas são a antena
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Por ora, o cronograma estipulado porquem acompanha a tecnologia está emdia, com um número crescente de em-presas adiantando a execução do pri-meiro nível. Os benefícios que as eti-quetas inteligentes integradas aos pale-tes oferecem são agilidade e maior efi-ciência operacional nos processos logís-ticos. Um exemplo prático: no desem-barque de mercadorias nos armazéns,centros de distribuição e nas docas dosentrepostos, os receptores com antenaslêem as etiquetas automaticamente –sem necessidade de uma captura visual,como acontece com os atualmente hege-mônicos códigos de barra –, e as infor-mações nelas contidas podem ser geren-ciadas praticamente em tempo real porsoftwares dedicados.
Esse tipo de procedimento já estáacontecendo na divisão de higiene e be-leza da Unilever desde o início de abril,num projeto-piloto na linha de produçãode sua fábrica de Indaiatuba (SP). Trata-se de uma parceria com a Seal, segundoBernardes uma iniciativa pioneira naAmérica Latina. Cerca de 1 500 paletesestão recebendo etiquetas e seis empi-lhadeiras, os leitores de radiofreqüên-cia. Assim, a companhia anglo-holande-sa espera ganhar 12% em produtividadena distribuição de seus itens, com me-lhor controle dos estoques, otimização
da mão-de-obra, precisão de informa-ções e maior velocidade na expedição.“Ao término do projeto-piloto, em outu-bro, faremos uma avaliação dos resulta-dos. Nossa idéia é levar a tecnologiapara outras fábricas da companhia”, co-menta Leonardo Rubinato, gerente deprojetos de supply chain da Unilever.
Mais um indício de que a implemen-tação do RFID em paletes promete cha-coalhar as cadeias produtivas num curtoprazo vem da multinacional de origemaustraliana CHEP. Ela acaba de anun-ciar que está apta ao trabalho com eti-quetas inteligentes nas suas famosasoperações de pool de paletes – sistemacriado pela própria CHEP, no qual elaentrega os paletes às indústrias, osacompanha até o varejo e os recolhe de-pois de sua utilização. A CHEP obteveresultados positivos em seu ProjetoRFID, testado no ano passado atravésdo rastreamento de 250 000 paletes do-tados de etiquetas inteligentes, que cir-cularam por 34 indústrias e 2 000 pon-tos-de-venda no estado da Flórida, nosEstados Unidos.
O projeto consumiu cinco anos deestudos e 20 milhões de dólares. VictorMendes, CEO mundial da CHEP, apostano vento a favor do RFID. “A etiquetacom chip armazena quantidade imensa-mente superior ao código de barras”, elelembra. Ademais, as etiquetas inteligen-tes podem receber novos dados remota-mente, sem intervenções diretas.
Caixa do futuroAs vantagens em relação aos códigos debarra, aliás, prometem fazer da afixaçãodas etiquetas inteligentes em cada em-balagem unitária dos produtos do varejode alto giro uma tendência irreversível.Nesse cenário, cada produto etiquetado– em outras palavras, cada embalagem –teria uma identificação própria, e nãogenérica, como acontece hoje com oscódigos de barra. Seria uma espécie decertidão de identidade de cada produto.“Diria que esse é o uso com maior ape-lo do RFID, pois permitiria, entre outrascoisas, o monitoramento on-line do es-
Projetos daUnilever com RFIDno exterior estãoem níveis mais adiantados, jáchegando àsembalagens
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coamento das gôndolas e a identificaçãode quais locais precisam ser remunicia-dos e com quais produtos”, afirma Ber-nardes, da Seal. Rubinato, da Unilever,confirma que a intenção da companhia échegar no futuro à etiquetagem indivi-dual de cada mercadoria.
Tal quadro, no entanto, ainda é re-moto, pelo alto custo inerente à adesãomaciça à tecnologia, nova e, portanto,cara. O gargalo a ser enfrentado é o cus-to unitário das etiquetas. “Ainda não sejustifica a inclusão de uma etiqueta quepode custar um ou dois dólares numitem que custa centavos”, resume Ber-nardes, da Seal. “Mas o preço das eti-quetas vem caindo substancialmentenos últimos meses, o que é um alento.”Entre especialistas, a expectativa é a deque o custo unitário de cada etiquetacaia para cerca de 0,05 centavo de dólarentre cinco e oito anos.
De forma mais radical, já há quemespecule sobre a aposentadoria dos có-
digos de barras no funcionamento dossupermercados. Nesse cenário futurísti-co, a massificação das etiquetas inteli-gentes traria uma transformação signifi-cativa para os caixas.
Através da radiofreqüência, o carri-nho do consumidor seria lido por ante-nas, e, em seqüência, dispositivos im-primiriam o recibo para pagamento. Se-ria dispensada a necessidade de utiliza-ção dos scanners para a leitura dos pre-ços. Quem sabe, até de trabalho humanonos check-outs: dispositivos de radio-freqüência poderiam ler chips instala-dos nos cartões de crédito do consumi-dor, fazendo o pagamento automatica-mente. Tudo ainda permanece nas bru-mas das predições. “O certo é que, nofinal, as vantagens do RFID não se res-tringirão à cadeia produtiva”, prevêBernardes, da Seal. “Com maior econo-mia e mais agilidade na cadeia de supri-mentos, os consumidores, na ponta,também serão beneficiados.”
Chep(11) 3371-0333www.chep.com
EAN Brasil0800 11 0789www.eanbrasil.org.br
ECR Brasil(11) 3838-4520www.ecrbrasil.com.br
Seal(11) 3874-3998www.seal.com.br
Auxílio que vem a calharNo projeto-piloto da Unilever com aSeal com as etiquetas inteligentes,vem sendo utilizado o padrão EPC(Electronic Product Code, ou códigoeletrônico do produto), com tecno-logia RFID de 900 Mhz. Como é na-tural que muitos profissionais da in-dústria, do varejo e das companhiasde distribuição não estejam avizi-nhados a esses termos técnicosque permeiam o uso das etiquetasinteligentes, algumas entidades na-cionais criaram comitês e grupos de
estudo para auxiliar empresas inte-ressadas. A associação ECR Brasil,por exemplo, criou um comitê espe-cialmente centrado na tecnologiaRFID, formado por representantesda indústria, do varejo, de consulto-rias e de fabricantes de acessóriose de etiquetas para a implementa-ção da tecnologia. Por sua vez, aEAN Brasil criou os Grupos de Tra-balho EPC, centrados na importantediscussão da padronização da novatecnologia. Eles estão abertos a em-
presas nas áreas de indústrias, dis-tribuição, varejo, exportadores eprovedores de solução. Entre as dúvidas mais freqüentesdas empresas está a indagação seos investimentos feitos em códigosde barras serão invalidados com achegada do RFID. Na opinião damaioria dos especialistas, os doispadrões conviverão por bastantetempo. “Temos um grande desafiopela frente”, resume Sérgio Ribinik,CEO da EAN Brasil.
Leitores portáteis ouem forma de portalgarantem gestão precisa de depósitocom radiofreqüênciaD
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EmbalagemMarca é uma revista dinâmica, sintonizada com
as novas tecnologias aplicadas às mais diversas embala-
gens. Com sua diversificada gama de assuntos, Embalagem-
Marca é publicação de grande interesse para os profissionais
do setor. As principais tendências, os lançamentos de produ-
tos, as novas aplicações e novos materiais de embalagem:
tudo o que é novidade em embalagem está na Embalagem-
Marca, explicado e analisado pelos mais conceituados pro-
fissionais da área. Por isso, aqui na Bombril, a revista é lei-
tura obrigatória para quem trabalha na área de embalagens.
Os maiores e melhores fabricantes de embalagens do mer-
cado também estão em EmbalagemMarca, o que faz dela
uma fonte de consulta para quem quer encontrar bons for-
necedores.
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os últimos anos as máquinasvendedoras, ou vending ma-chines, se multiplicaram emestações de metrô e outros
pontos de grande concentração, oferecen-do desde chocolates, refrigerantes esnacks a livros de bolso e até refeições rá-pidas. Tal propagação inspirou o surgi-mento de novas aplicações para essespontos-de-venda mecânicos. Uma delasestá atrelada ao conceito de reverse ven-ding machine (RVM), que prevê a utiliza-ção de equipamentos automáticos comoponto de recolhimento de embalagensusadas.
Já difundido na Europa, esse tipo detecnologia pode se tornar eficaz dentro doesforço destinado a aumentar os índicesde reciclagem e a coleta seletiva de lixono Brasil. É nisso que aposta a Tomra,empresa norueguesa especializada emprocessos de reciclagem de latas de alu-mínio e garrafas PET, que está trazendoao Brasil, através de sua subsidiária local,a Tomra Latasa Reciclagem, o modeloHCp 83, sua mais nova RVM.
Fabricada na Noruega, essa sucateirahigh tech é equipada com ferramentasresponsáveis por compactar as embala-gens, podendo receber uma lata de alumí-nio a cada 1,33 segundo e uma garrafaPET a cada 2 segundos. Paulo Abreu, di-retor de novos negócios da empresa, dizque, graças à velocidade de compactação,a HCp 83 é ideal para ser instalada em lu-gares de alta circulação de consumidores.“Além disso, ela é dotada de um leitoróptico que comanda a separação do mate-rial por cor e tipo”, informa o executivo.
Os equipamentos podem armazenaraté 5 000 latas ou 1 500 garrafas PET.Com aproximadamente 1m de profundi-dade, 80cm de largura e 2m de altura,eles ocupam espaço semelhante ao dasvending machines tradicionais. “Por isso
reciclagem
Sucateira high tech
NAumenta a oferta de coletores automáticos de embalagens usadas
pode ser colocado em postos de gasolina,em estacionamentos de shopping centersou até dentro de supermercados”, exem-plifica o diretor da Tomra.
Marketing ecológicoEmbora seja uma novidade no Brasil, aHCp 83 foi instalada pela primeira veznos Estados Unidos em 2002. Por lá, algu-mas unidades são decoradas com motivoslúdicos criados para ensinar às crianças aimportância da reciclagem. Já para osadultos, lembra Abreu, uma maneira con-sagrada de incentivar o uso das RVMs é a
Funcionário daTomra Latasainsere garrafa PETno novo modeloRVM trazido pelaempresa ao Brasil
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emissão de cupons de descontos a cadaembalagem inserida.
A estratégia já está em prática em al-gumas das unidades de um outro modelode RVM da Tomra, o CCA-II, que foi ins-talado em pontos de coleta de quatro ca-pitais brasileiras: Rio de Janeiro, Salva-dor, Brasília e Belo Horizonte. “Os cu-pons podem ser trocados por mercadoriasnos checkouts, ou ainda ser revertidos emdoações para o Programa Fome Zero”,informa Sônia Manastan, gerente de mar-keting institucional do Pão de Açúcar,rede que conta com quinze unidades deRVM da Tomra espalhadas nas lojas dabandeira Extra.
Além de evidenciar as possibilidadestecnológicas para a coleta seletiva, asRVMs ajudam a mostrar a partir de taisiniciativas que campanhas de conscienti-zação ambiental não são as únicas ma-neiras de fazer crescer os volumes de re-síduos sólidos reaproveitados. Afinal, aoferta de vantagens ao bolso de quem co-labora com a reciclagem pode gerar re-sultados tão ou mais satisfatórios do quea também necessária comoção ecológica.O ambiente agradece.
Tomrawww.tomra.com.br(11) 2103-8000
Com dimensões semelhantes às de umavending machine, coletores automáticos
podem emitir cupons de desconto emshopping centers e supermercados
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entre os ingredientes da cultura de umpovo, ela própria componente da expressãode sua nacionalidade, destacam-se freqüen-temente produtos de consumo e suas mar-
cas. Exemplos recorrentes dessa verdade, a Coca-Colae o McDonald’s representam de forma inconfundível acultura e a própria nacionalidade dos americanos donorte, assim como o champagne simboliza a cultura e anacionalidade francesas, e o canivete multiuso sintetizaa idéia de nação helvética. Por aí vai. A associação deprodutos/marcas a países/nações vai longe, e cada umpode servir-se à vontade no almoxarifado das própriaslembranças.
Por repetitivo que seja citar, nosso país padece dedeprimente ausência de marcas fortes, símbolos de ex-celência, produtos de consumo de reconhecido valoragregado e que tenham de alguma forma a “marca Bra-sil”. Geralmente, o mundo reconhece como sinônimosde Brasil o samba, o futebol e o trio praias-sol-mar, as-pectos mais ligados à natureza e ao comportamento dapopulação do que a seu engenho industrial e à sua cria-tividade mercadológica.
Por incompetência sobretudo neste último campo, opaís perdeu para a Colômbia a condição de referênciamundial como produtor de cafés finos, que agora se es-força para recuperar. Os japoneses quase nos usurpamo direito de usarmos comercialmente o nome de umproduto típico da Amazônia, o cupuaçu (cuja patentepara uso do nome perderam em seu país, mas detêm naEuropa). Quem tem a parte do leão nas vendas da ca-chaça mais consumida na Alemanha é o engarrafadorlocal, que registrou para si, na Europa, a marca expor-tada daqui a granel.
Tirando-se commodities como soja e minério de fer-ro, há quem desconheça que saem daqui incontáveisoutras matérias-primas e ingredientes que, transforma-dos, vão diariamente à sua mesa (e às mesas de consu-midores em incontáveis outros países) com marcas emnada ligadas ao Brasil. Em termos de produtos de con-sumo com valor adicionado identificados como típicosdo Brasil temos pouco a mostrar. Quando temos, acaba-mos vendo o raro trunfo fugir para mãos estrangeiras.Assim acontece por contingência econômica, às vezespor imprudência. E há ocasiões em que o oportunismoe a cegueira para a sustentabilidade do negócio obscu-recem a percepção do que o país tem de valor a parti-lhar com o mundo.
marcas
Todas as pombas doDWilson Palhares*
Esta digressão toda vem a propósito do mal discuti-do episódio da venda do controle acionário da AmBevpara uma multinacional belga. A quem interessa, alémdo próprio cantor e das marcas em disputa, saber seZeca Pagodinho “traiu” a Schincariol ao trocar a con-dição de garoto propaganda da nova marca da empresapela cerveja Brahma, seu “amor de sempre”? Indepen-dentemente da questão da transferência do controleacionário da cervejaria, sem dúvida afeta a todos nósimaginar que, ao conquistá-lo, a empresa compradoratalvez não perceba o valor cultural que as marcas tradi-cionais da AmBev possa ter para o público brasileiro,um dos primeiros colocados no ranking mundial dosbebedores de cerveja. Para quem está de fora da transa-ção fica difícil deixar de lamentar a própria impotênciae a frustração ao ver novas marcas brasileiras, construí-das ao longo do tempo com incentivos oficiais e isen-ções fiscais, serem entregues numa troca argentária, noroldão desnacionalizante.
Por mais que os controladores sejam donos de umempreendimento, marcas tradicionais pertencem tam-bém ao público que as adota, da mesma forma que onome, o distintivo, as cores e outros símbolos de umclube de futebol não pertencem aos cartolas que o diri-gem, mas a todos seus torcedores, numa trajetória cu-mulativa no tempo. Historicamente, a adoção carinho-sa dos símbolos (entre eles as marcas) pelo “povo” con-tribui para formar a “nação corintiana”, a “nação fla-menguista”, a nação brasileira.
No caso de marcas comerciais históricas, essa rela-
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pombalção de apropriação pelo público tem o sutil agravantede que a entidade provedora daqueles benefícios – ogoverno – age em sua benemerência dispondo de di-nheiro do contribuinte. Em suma, pode-se dizer que,salvaguardadas possíveis e raríssimas exceções doque se poderia chamar de self made brands, marcascomerciais construídas historicamente são patrimônionacional.
Em geral, mais do que patrimônio apenas senti-mental, há nesse abrir mão das marcas um importan-te dado econômico, que é o custo de sua construção.Mas os donos das grandes marcas em países de eco-nomia subalterna, muitas vezes adventícios no negó-cio, não levam em conta o que move o comprador:“Para que construir se há quem vende pronto?”. Édessa maneira que, como no poema, “uma a uma vão-se todas as pombas do pombal”.
Assim é que no pacote se foram a Antarctica, aBrahma, incontáveis marcas de outros produtos tradi-cionais e, menos lembrado no noticiário, o único comsabor e mística – da Amazônia, hoje referência deproa no imaginário mundial – para enfrentar comer-cialmente a marca líder global de refrigerante. Quemsabe, agora sim, o velho Guaraná Antarctica ganharáfinalmente o planeta? Será bom para a Intebrew, queem sua sede sabe-se lá onde, receberá lucros e royal-ties de consumidores do mundo inteiro. Inclusive dosbrasileiros.
* Editor da revista EmbalagemMarca
40 – EMBALAGEMMARCA • mai 2004
ode-se dizer que um produto étradicional quando permanecevivo no imaginário de váriasgerações. Quem foi criança no
Brasil a partir da década de 1950 natural-mente associa a palavra groselha à marcaMilani. Muitos são até capazes de cantar ojingle usado nos comerciais do produto.Hoje patrimônio da Wessanen, a marcasurgiu em 1955, pelas mãos de uma famí-lia de imigrantes italianos, os Milani.
Cerca de dez anos mais tarde, nasceuaquele posteriormente transformado emsímbolo da marca: as três “carinhas” sorri-dentes, que passaram a ser incorporadas aorótulo do produto. Recentemente, pesqui-sas e testes de mercado confirmaram que oconsumidor de fato se identifica com amarca Milani associada a esse ícone, razãosuficiente para a empresa incorporar as fi-guras à logomarca. As embalagens foramredesenhadas pela Packing Design para
abrigar a nova logomarcabem como os dizeres “Ori-ginal” e “desde 1955”, como intuito de reforçar a tradi-ção do produto.
identidade
Milani e as “carinhas”
PTradicional símbolo da marca passa a fazer parte da logomarca
O xarope de groselha tradicional é dis-ponibilizado no mercado em dois tipos deembalagens: garrafas de vidro com capaci-dade para 900ml, fornecidas pela Owens-Illinois do Brasil (Cisper), e garrafas plásti-cas de PET, para 500ml, sopradas pela Pa-nizzon Plásticos. A Milani anuncia, entre-tanto, que deve adotar, em breve, garrafas-padrão fornecidas pela Amcor. Nos dois ca-sos, as tampas são fornecidas pela Alcoa. Aempresa não divulga o fornecedor dos rótu-los, impressos em papel couché no sistemaoff-set, alegando que freqüentemente fazcotações com diferentes empresas.
O produto possui ainda duas variantes:a versão light do xarope de groselha, acon-dicionada só em garrafas plásticas de meiolitro, e a versão pronta para beber, apresen-tada em embalagens Tetra Pak de 200ml.
Aproveitando-se da força da marca Mi-lani, a Wessanen possui uma linha de sucosà qual há pouco incorporou o oitavo sabor,tangerina (os outros são caju, maracujá,uva, abacaxi, goiaba, manga e tomate). To-dos os sabores vêm em garrafas de vidro de500ml, produzidas pela Owens-Illinois doBrasil, e têm tampas da Alcoa.
Alcoa(11) 4195-3727www.alcoa.com.br
Amcor PET Packaging(11) 4589-3000
Owens-Illinois do Brasil(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br
Packing Design(11) 3168-9195www.packing.com.br
Panizzon Plásticos(54) 292-9100www.panizzonplast.com.br
A partir da esquerda, o xarope de groselha em garrafa de vidro de 900ml e em PET de 500ml; na Tetra Pak de 200ml, a versão pronta para beber;
e, em garrafa de vidro de 500ml, o novo sabor da linha de sucos da Milani
mai 2004 • EMBALAGEMMARCA – 41
s blisters fabricados por va-cuum forming, processo noqual laminados plásticos sãoaquecidos e depois moldados
por meio de sucção de ar, já fardam umafalange de bens de consumo no mercadonacional – principalmente aqueles co-mercializados em gancheiras. Pequenas emédias empresas, entretanto, sempre sen-tiram na pele certa marginalização em re-lação a esse tipo de embalagem, normal-mente fornecido somente em volumes de-graus acima de suas necessidades e de-pendente de máquinas seladoras caraspara a realidade dos micro-negócios.
Atenta a esse quadro, a paulistanaDreco, na seara dos blisters desde 1972,trabalhou pouco mais de dois anos numprojeto inovador, que está sendo comer-cialmente lançado agora: um blister quedispensa equipamento e mão-de-obra es-pecializada para o seu fechamento, e queapresenta diversas possibilidades de tra-balho em termos de formato.
Batizado de Maleta Pronto Box, o in-vento está inicialmente disponível emquatro formatos básicos, que podem serutilizados tanto na posição horizontalquanto na vertical. “A embalagem é pa-dronizada, mas o cliente é quem decide aposição dentro da área da maleta e tam-bém o formato da cavidade plástica quealoja o produto. Tudo isso sem nenhumcusto de ferramental”, destaca JacquesSalib, fundador da Dreco e engenheiro-pai da novidade.
O fechamento da Maleta é feito ma-nualmente, sem complexidade. Isso, po-rém, nas palavras de Salib, não implicaem uma selagem comprometedora, maissuscetível a violações nos pontos-de-venda. “O mecanismo criado para asubstituição da selagem convencional di-ficulta ao extremo a abertura e não dani-fica a embalagem”, ele garante. “A ope-
inovação
Maleta popular
OBlister que dispensa selagem é opção para pequenas empresas
ração manual é eficaz, gasta pouco tem-po e torna o preço final dos itens muitomais em conta.”
Variados produtos são alvos da novaembalagem. Entre eles, brinquedos, fer-ragens, ferramentas domésticas, eletroe-letrônicos, cosméticos e componenteselétricos. A fim de facilitar ao máximo aaquisição da Maleta pelos clientes meno-res, a Dreco resolveu flexibilizar a quan-tidade mínima do pedido e disponibilizarexemplos de aplicação e orçamentos ins-tantâneos em seu website. “Vale aindalembrar que, com um computador e umaimpressora doméstica, o cliente pode atémesmo produzir a composição gráficapromocional a ser colocada no interior deseu blister”, diz Salib.
Dreco(11) 3208-1345www.dreco.com.br
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42 – EMBALAGEMMARCA • mai 2004
Porções individuaisA Nestlé lança os biscoi-
tos Bono, Negresco, Pas-
satempo e Salclic em em-
balagens individuais.
Com a novidade, a empre-
sa amplia suas alternati-
vas de locais de venda,
em função da melhor por-
tabilidade das embala-
gens e da possibilidade
de venda fracionada dos
produtos. Em razão des-
ses fatores a Nestlé pre-
tende direcionar os lança-
mentos para o canal food
service em geral.
As novas embalagens do
Bono, Negresco e Passa-
tempo trazem três biscoi-
tos cada, exceção ao Pas-
satempo Leite, que vem
com seis unidades. As
embalagens são fabrica-
das pela Itap em BOPP,
com design da Future-
brand.
A cervejaria Baden Badencoloca no mercado a Gol-den, cerveja dourada vol-tada para o público femini-no. A cervejaria já possuia Pilsen Cristal, a StoutDark, a Premium Bock e a
Red Ale.A nova cerveja é uma pil-sen de corpo médio. Oprocesso de baixa fermen-tação conhecido por “la-ger” oferece um saborleve, com final adocicadoque lembra especiariascomo a canela. A Goldenchega para atender aspreferências específicasdas mulheres no que se re-fere a sabor, aroma e cor-po. Esta segmentação temcomo objetivo atender aum nicho de mercado quenão possui um produto di-ferenciado.O produto é comercializa-do em garrafas de 600mlfabricadas pela Saint Go-bain. Os rótulos são daSoft Color e as tampas daTapon Corona.
Nova Baden Baden em vidro
Os apelos de uma roupa perfumada já não revertemoportunidades apenas para a indústria de sabão empó. Também explorando a necessidade de vestuáriocheiroso, a Reckitt Benckiser está lançando o Bom ArFresh Sachet, odorizador de ar para pequenos am-bientes. O produto conta com uma cápsula plásticaque pode ser fixada por um auto-adesivo a gavetas,guarda-roupas, armários, sapateiras e malas de via-gens. O recipiente é dotado de micro-janelas ajustá-veis que permitem o contro-le da intensidade dafragrância, que podedurar até trinta dias.O sache refil é feitopela Inapel, e o esto-jo cartonado em queo kit é vendido é dagráfica Ibratec.
Vestuário cheiroso
Bala de coco em PPA produtora gaúchade candies Boavis-tense acaba de lan-çar um novo produtoda linha de balasmastigáveis Bongutti:Bongutti Coco. Asembalagens foramcriadas pelo departa-mento de artes daBoavistense e sãoproduzidas em PPpela Implasul.
Resultado de dois anos de pes-quisas, a Sakura Nakaya Alimen-tos está apresentando ao merca-do uma linha com três molhosprontos para o uso. São eles oMolho Yakissoba, Molho Teriya-ki e Molho Tonkatsu, que têmcomo base o conhecido mo-lho de soja Sakura. Os pro-dutos vêm prontos para serutilizados diretamente nas re-ceitas, sem a necessidadede adição de nenhum outroingrediente.Os rótulos foram projetadospela Komatsu Design e sãoimpressos pela Gráfica Rami.
Olhos em embalagens exclusivas
IMPERMEABILIZANTE EMEMBALAGENS DE AÇOA Tintas Universo aumentou recen-temente a sua linha de produtos aolançar um impermeabilizante inco-lor à base de resina acrílica, a Re-sina Acrílica Universo.Indicado para a impermeabiliza-ção de áreas externas e internasde pedras naturais, tijolos à vista,concreto aparente e pisos cimenta-dos em geral, o produto é encon-trado em embalagens de aço (latasde 900ml e galões de 5 litros), for-necidas pela Prada.
Lindoya Verão gela no multipackProcurando atender às necessida-des de seus clientes e consumido-res, a Lindoya Verão traz mais umainovação ao mercado de águas mi-nerais. A tradicional caixa de pape-lão que embala os copos de 200mle 305ml foi substituída por bandejasde polietileno expandido, envoltaspor um filme termo-encolhível. Aembalagem é produzida pela Ter-motécnica. A mudança traz benefí-cios como maior economia de espa-ço e empilhamento por metro cúbi-co, apresentação do produto comodisplay e a exposição e refrigeração
Os frascos em PET são produzi-dos pela Polipet, com exclusivida-de para a Sakura.
dos copos na própria embalagem. A nova embalagem está disponívelpara 48 unidades e fracionadapara consumo doméstico com 24unidades.
Convocada pela Coca-Cola para criar asembalagens de divulgação da campanhaKuat Abra a Kbça, a Oz Design criou la-tas e rótulos tendo por base o conceitoda própria campanha, que aposta no fi-lão “se tornar celebridade”. Foram desenvolvidas embalagens dife-renciadas para as duas fases da campa-nha. Para a fase teaser, foram criadosuma lata e um rótulo para convencer oconsumidor a participar da promoção,que consiste em tirar uma foto com Kuatem uma situação inusitada, e enviar paraa Coca-Cola. Para a segunda fase foidesenvolvido um novo rótulo que seráadaptado para 40 versões, com as 40
melhores fotos selecionadas. A lata cria-da para esta fase terá apenas uma ver-são, com a estampa da melhor foto. Os rótulos são fornecidos pela PP Print epela Mazda e as latas pela Rexam, Lata-sa e Metalic.
Latas personalizadas
Misturas em stand-up pouchO Moinho Paulistaestá lançando NitaCook, sua linha demisturas para bolo emnove diferentes sabo-
res. O novo produto éapresentado emstand-up pouches,produzidos pela J.F.Camargo, e em cai-
xas de papel-cartão,fabricadas pela gráfi-ca Romiti. O layoutdas embalagens é daGSB2 Design.
Embalagens de açucar remodeladasO Atelier do Açúcar, empresa quetrouxe do exterior o açúcar em tor-rões, remodelou suas embalagens.As novidades são os cubos deaçúcar coloridos, que lembram ba-las de goma. O novo design foi
projetado pela Trust Propagandapara destacar a embalagens nasgôndolas dos supermercados.As embalagens são fabricadaspela gráfica Unicolor em papel-car-tão Supremo 250g/m2 da Suzano.
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EngajamentoPara colaborar com o ProgramaFome Zero, a ABPO � AssociaçãoBrasileira do Papelão Onduladodoou 380 000 caixas ao GovernoFederal, para o acondicionamen-to de alimentos. �Já nos com-prometemos a doar 1 milhão deembalagens�, diz o presidenteda entidade, Paulo Sérgio Peres.
Engajamento 2A paulistana KS Kaixas, produto-ra de caixas personalizadaspara corporações, apoiou a ApaeCare Music, evento musical quebuscou levantar recursos para aAssociação de Pais e Amigos dosExcepcionais.
Merck mudaO americano naturalizado ar-gentino Carlos Sasse é o novodiretor da área química daMerck Brasil. Ele será respon-sável, em São Paulo, pelos de-partamentos de EspecialidadesQuímicas e de Reagentes daempresa.
Crescimento...Nome forte em sistemas paraembalagens assépticas cartona-das (caixinhas), a SIG Combiblocfechou 2003 com vendas mun-diais de 1,058 bilhão de euros,12,7% a mais que em 2002. O nú-mero de caixinhas vendidastambém registrou um aumentode 13,6%, passando de poucomais de 10 bilhões de unidadespara 12,1 bilhões.
...Inclusive por aquiEm 2003, a SIG Combibloc tam-bém ampliou negócios na Améri-ca do Sul. Dois clientes de pesoconquistados foram a chilenaCafra (Cooperativa Agrícola eLeiteira de Frutillar), em leites esucos, e a argentina Alimentos eBebidas Cartellone, em vinhos.
Segurança com PS delaminávelPara auxiliar no combate à pirataria,às violações e a outras práticas ilícitas,a CMY está apresentando um novocomponente de sua linha de materiaisde segurança, o Poliestireno Delaminá-
vel. Fabricado pela italiana Ritrama, omaterial é indicado para a confecçãode etiquetas de segurança e de lacresde garantia, possuindo um mecanismoque o faz se autodestruir caso haja ten-
tativa de violação. Ele possui trata-mento para receber impressões fle-xográficas, serigráficas e térmicas,alta resistência a produtos químicose já é comercializado com adesivoacrílico base água, de altíssimotack. Pode ser encontrado nas di-mensões 1m x 250m ou 0,5m x50m, na cor branca perolada.(11) 3331-0577 • www.cmy.com.br
Os premiados da Latincan 2004A Associação Latino-Americana de
Fabricantes de Embalagens Metáli-
cas e Envasadores está divulgando
os nomes dos vencedores da Pre-
miação Latincan, feita durante sua
11ª Conferência Anual, realizada em
março último em São Paulo. Este
ano, participaram do evento 49 fabri-
cantes de embalagens, representan-
do 12 países, e 96 fabricantes de
equipamentos e serviços, represen-
tando 16 países. A premiação é feita
em reconhecimento aos esforços
dos fabricantes latino-americanos na
busca de inovação e qualidade.
São as seguintes as companhias
brasileiras que ganharam prêmios
nas suas respectivas categorias:
Categoria Vencedores – Vencedor
supremo: Rexam Beverage Can
South America (Produto: Smirnoff
Ice); Três peças alimentos: Brasila-
ta (Cappuccino Faraó); Três peças
bebidas: CBL (Caipirinha Veritas);
Linha geral: Cerviflan (Sherwin Wil-
liams); Tampas & Fundos: Cerviflan
(Sherwin Williams). Alta Recomen-
dação – Especialidade/Decorativa:
WS Real Print (Produto: Hershey do
Brasil); Tampas & Fundos: Brasilata
(Neugebauer); Linha geral: Compa-
nhia Metalúrgica Prada.
Terphane promove concursoA fornecedora de filmes de poliésterTerphane está promovendo um con-curso a fim de divulgar ao mercadoinovações em embalagens que utili-zem seus produtos em diferentes tiposde estruturas e aplicações. O I PrêmioTerphane de Embalagem está abertoa toda a cadeia de embalagem, detransformadores a usuários, passandopor agências de design. A entrega dosprêmios será no final do V Evento Téc-nico Terphane Stand-up Pouch, no dia11 de agosto de 2004, na sede daAPAS em São Paulo. O Prêmio con-
templa três categorias: Inovação,numa avaliação do valor percebido daembalagem pelo consumidor final;Tecnologia, que avalia o valor e bene-fício do produto ao longo da cadeia; eStand-up Pouch, categoria especialque avaliará somente esse formato deembalagem. As inscrições poderão serfeitas de 20 de abril a 05 de junho de2004, sob uma taxa de 100 reais paracada trabalho inscrito. Maiores infor-mações podem ser obtidas diretamen-te com a Terphane. (11) 5503-3951 • www.terphane.com.br
Tri na reciclagem de latinhasPela terceira vez seguida, o Brasil é lí-der mundial de reciclagem de latas dealumínio entre as nações nas quaisessa atividade não é obrigatória por lei.Um levantamento conjunto da Abal –Associação Brasileira do Alumínio e daAbralatas – Associação Brasileira dosFabricantes de Latas de Alta Reciclabi-lidade acaba de apontar que 89% daslatas de alumínio vendidas no país em
2003 foram recicladas, o correspon-dente a um volume de 112 000 tonela-das de alumínio ou a cerca de 8,2 bi-lhões de latinhas. É um recorde mun-dial no ramo. Segundo a Abal, um fatorque contribuiu para o crescimento doíndice em 2003 foi o aumento da parti-cipação das cooperativas e da base decoleta. www.abal.org.br • www.abralatas.org.br
Retrospectiva dovarejo em livroA ACNielsen acaba de lançar a publi-
cação “Tendências ACNielsen 2004”,
que traz uma retrospectiva do consu-
mo nos últimos dez anos, abrangen-
do 170 categorias auditadas regular-
mente pela consultoria. Na nova edi-
ção há ainda uma exclusiva análise,
contendo os diversos impactos das
movimentações econômicas sobre o
consumo, elaborada pela LCA Con-
sultores. Entre as principais informa-
ções contidas na publicação estão
variações e os números absolutos de
volume e de valor, alocação por tipo
de loja e investimentos publicitários
em cada categoria, além dos consu-
mos per capita de 52 categorias em
diversos países, que, comparados
aos brasileiros, possibilitam análises
de potencial de consumo. O livro es-
tará disponível também numa versão
multimídia, em português e em inglês.
www.acnielsen.com.br
Estojo monegascolaureadoLeonardo Gejão Santos, EugenioFainer Tonon e Agostinho FelícioFilho, todos estudantes de designda Unesp, arrebataram o primeirolugar na edição regional para aAmérica do Sul do prêmio MonacoLuxe Pack Design Award. O projetolaureado foi o estojo de maquia-gem Modernity in Monaco. Comcorpo feito em ouro branco de 18quilates, a embalagem possui es-pelho envolto por uma cúpulatransparente. Aberta, simboliza anoite do principado, com formatoque remete aos arcos e palco daópera do Cassino Monte Carlo.Após o uso, o estojo pode se trans-formar num porta-jóias. O prêmio,promovido pela Luxe Pack SurAmérica e organizado pela ADG –Associação dos Designers Gráficosdo Brasil, foi concedido durante a3a edição da Luxe Pack São Paulo– Salão da Embalagem dos Produ-tos de Luxo, ocorrido nos dias 17 e18 de março em São Paulo.
www.luxepack.com
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Bom gosto não tem dataA expectativa provocada pela aproxi-mação do ano novo faz de dezem-bro o mês oficial de lançamentos decalendário. Mas no meio corporativo,onde as folhinhas se tornaram umamaneira de divulgar novas linhas deprodutos, há quem prefira distribui-las numa época em que o réveillon eas perspectivas do próximo ano dei-xaram de ser assunto. No Brasilessa tendência conta com a adesãoda Ripasa, que tradicionalmente lan-ça seu calendário mercadológico noinício do outono. Neste ano, a em-presa explorou a folhinha, apresen-tada no último dia 31 de março, paradivulgar a marca de papel couchéImage, cuja variedade de gramatu-ras foi recentemente ampliada. (Oproduto passou a ser produzido nasversões 90,105,115,130,145, 170,210 e 240g/m2). Para a edição2004/2005 de seu calendário, a Ri-pasa homenageou o compositorAdoniran Barbosa, e convidou 12 ar-tistas plásticos e fotógrafos parailustrar, com temas ligados ao uni-verso poético de São Paulo, os pôs-teres de cada mês.www.ripasa.com.br � 0800-160606
Guerra da atualizaçãoA Corel está apostando de forma agres-siva no conceito de upgrade competitivo.Para incentivar as vendas do recém-lan-çado CorelDraw 12, a empresa está ofe-recendo 45% de desconto aos usuáriosde aplicativos gráficos concorrentes,como Photoshop, Ilustrator e Freehand.A política de desconto se estende tam-bém a clientes de versões antigas deprodutos do seu próprio portfólio, comoCorel Draw, PhotoPaint e Corel Painter.Com o desconto, a atualização da suítede softwares gráficos passa a custar799 reais. “Não se trata de uma promo-ção, e sim de estratégia comercial”, defi-ne Pedro Fontes, country manager inte-rino da Corel no Brasil. “Queremos au-mentar a base instalada abrindo mão deuma parte de nossas margens.”www.corel.com.br0800-141212
Parceria solidificadaA Comprint anunciou a venda demais uma impressora digital HPIndigo ws2000. Terceira unidadecomercializada pela empresa nopaís, a máquina foi adquirida emmarço último pela Asterisco ArtesGráficas, especializada na con-versão de rótulos e etiquetasauto-adesivos para embalagens
e identificação de produtos. “Obom desempenho e a alta quali-dade demonstrados pelas primei-ras unidades vendidas no Brasilnos impulsionaram a investir noequipamento”, diz Roberto Ribei-ro, executivo da Asterisco. Mar-celo Zandomenico, engenheirode vendas da Comprint, acres-centou que a “aquisição solidificaa parceria com a HP e o suportetécnico oferecido pela Comprintpara os usuários de equipamen-tos da linha Indigo”.
www.comprint.com.br(11) 3371-3371www.etiquetasasterisco.com.br(11) 295-2200
Mais uma novidade resplandecenteA VSP Papéis Especiais está lançandouma nova marca de papel com brilho me-tálico e efeitos iridescentes. Batizada deGlitter, a linha foi projetada para o desen-volvimento de embalagens de produtos deluxo, e conta com acabamento nacaradoe texturizado. Criado no Brasil, o produtoapresenta, segundo a VSP, menor custoem relação à maioria de seus concorren-tes. A linha possui sete cores (Azul, Pre-to, Iridescente, Verde, Vermelho, Pink eAmarelo), e pode ser solicitada em folhasavulsas ou laminadas a cartonados.www.vsppapeis.com.br � 0800-550833
Zandomenico (à esquerda) e Ribeiro, da Asterisco: mais umaHP Indigo ws2000 instalada
Vedete das exportações de celuloseA Cia. Suzano de Papel e Celuloseestá apostando no mercado america-no para ampliar suas exportações depapel cartão. A empresa, que embar-cou 87 000 toneladas do material em2003, ou 34% de suas vendas exter-nas naquele ano, pretende multiplicaras remessas acentuando a oferta depapel cartão branco. Rogério Ziviane,diretor de exportação da Suzano, ex-plica que esse tipo de cartonado, cu-jas superfícies podem ser revestidascontra gordura e umidade, é voltadoà produção de embalagens mais so-fisticadas. “E os Estados Unidos sãoo maior mercado do mundo para pro-dutos de maior valor agregado”, com-pleta o executivo. Ainda de acordocom o diretor de exportações da Su-
zano, a demanda externa pelo papelcartão branco vem aumentando acada ano. Em 2003, ele diz, 90% dasexportações brasileiras de papel car-tão referiam-se aos cartonados decor branca. “Há menos de dois anos,essa participação era de cerca de60%.” Para que o crescimento pros-siga, os potenciais clientes norte-americanos precisam manter os in-vestimentos nos processos de adap-tação de suas máquinas para o car-tão feito com celulose de eucalipto,árvore cujas fibras são curtas. “O pa-pel cartão produzido nos EstadosUnidos é feito de fibra longa”, com-para Ziviane. “Daí a necessidade deinvestimentos em máquinas.”
www.suzano.com.br � 0800 555100
Diferencial para acertoA fornecedora de rótulos e etiquetasauto-adesivas Mack Color acaba deadquirir para seu parque gráfico umCromalin Digital, da DuPont, últimapalavra em equipamentos para pro-vas contratuais. Ele garante maiorfidelidade na visualização do resul-tado final de cores nas impressõesem flexografia, letterpress, off-set edemais sistemas e garante econo-
mia de tempo e redução de riscosde problemas no processo, uma vezque é possível simular o acerto queserá feito em máquina já no mate-rial final de impressão. A Mack Colordiz ser a primeira empresa do seg-mento auto-adesivo nacional a ad-quirir a tecnologia.
www.mackcolor.com.br(11) 6641-4499
Ampliando os domínios do hot stampingA Etirama anunciou o lançamentode uma impressora plana que aliaaplicações de hot stamping a recursos de corte e dobra. O produto conta ainda com um sis-tema de leitura ótica denominadoMega Torqueeletrônico, que,segundo suafabricante, éresponsávelpela precisãodas operaçõesde repasse ecorte. A máqui-na aceita subs-
tratos com largura máxima de260mm, e a área das aplicações dehot stamping pode chegar a320mm x 235mm.
www.etirama.com.br(15) 223-3332
Almanaque
50 – EMBALAGEMMARCA • mai 2004
Na briga desde o começoA Dolly parece mesmo gostar de“briga de gente grande”. Hoje emação na justiça contra a Coca-Cola, não é a primeira vez que afabricante nacional de bebidas en-tra num qüiproquó judicial. Em1987, impetrou ação contra nin-guém menos que o Governo Fede-ral. Na época, autoridades nega-ram à Dolly o registro de seus re-
frigerantes dietéticos, amparadasnuma lei, datada de 1973, queproibia o uso de adoçantes sintéti-cos em bebidas – reflexo de estu-dos da década de 60 que aponta-vam efeitos deletérios dessa “adi-tivação”. A favor da Dolly, porém,contavam o fato de que pesquisasposteriores desmistificaram essaquestão e ainda um curioso para-doxo: enquanto bebidas dietéticaseram banidas, gelatinas, pudins,chocolates, sorvetes e vários ou-tros produtos com açúcares artifi-ciais eram liberados. Não deu ou-tra: em 1988, o Poder Judiciáriobateu o martelo a favor da engar-rafadora, que logo lançaria a linhaDiet Dolly, marca pioneira em re-frigerantes dietéticos no Brasil.
Um sogro demuita visãoNão fossem uma casualidade eum sábio conselho, aquela queé hoje um colosso em bens deconsumo, a Procter & Gamble,não teria surgido. Em meio àcorrida rumo ao Oeste dos Es-tados Unidos, na primeira me-tade do século 19, o inglês Wil-liam Procter e o irlandês JamesGamble acabaram ficando nocaminho, em Cincinnati, Ohio.O primeiro para cuidar de suaesposa, Martha, que logo viriaa falecer, e o segundo para con-valescer, pois adoecera na jor-nada. Na comarca, Procterabriu uma pequena fábrica develas, e Gamble, uma de sabão.Coisas do destino: os imigran-tes não se conheciam, mas secasaram com duas irmãs, Oliviae Elizabeth Norris. O pai dasmoças os convenceu a se asso-ciarem, e, em 1837, como umpequeno negócio familiar, nas-cia a P&G – hoje presente em140 países e dona de mais de300 produtos, que abastecemcinco bilhões de consumidores.
William Procter
James Gamble
…É a junção das iniciais de Old
Mother Owl (“velha mãe coruja”),
nome original do produto?
…Veicula anúncio de revista ou
comercial de TV no Brasil em
todos os dias do ano?
…Foi o primeiro detergente em
pó lançado na cor azul, em 1957,
por causa do hábito brasileiro
de usar anil para realçar o
branco das roupas?
…Utiliza, anualmente, 365
milhões de embalagens? Se em-
pilhadas, as caixas formariam
uma fila de 98 000 quilômetros,
distância suficiente para dar duas
voltas e meia ao redor da Terra.
Você sabia que Omo...
O Dia das Mães frustrou sua genitoraNascida numa pequena cidade da VirgíniaOcidental, nos Estados Unidos, a filha depastores Anna Jarvis iniciou, em 1905, um
movimento para instituir uma data co-memorativa em homenagem às
mães. Era um juramento que elahavia feito no leito de morte àsua mãe, Ann Marie ReevesJarvis, que tivera a idéia origi-nal do feriado. Cinco anos maistarde, em 1910, o Dia das
Mães foi incorporado ao calendá-rio de comemorações da Virgínia
Ocidental, no dia 26 de abril. Em1914, o então presidente americano,Woodrow Wilson, unificou a data em todosos estados, estabelecendo que ela deveriaser comemorada sempre no segundo do-
mingo de maio – sugestão da própriaAnna Jarvis. Rapidamente, mais de
quarenta países aderiram à data.Anna, porém, ficou frustradacom o fato de o dia ter se torna-do mote para explorações docomércio. Em 1923, ela entra-ria com uma ação judicial paracancelar o Dia das Mães, mas
não obteve sucesso. A mãe dafestiva data morreu em 1948, aos
84 anos, sem nunca ter tido filhos.
Anna Jarvis(acima) e sua mãe,
Ann Marie