A revista do Grupo LET Recursos Humanos
NewsN0 2 | Maro / Abril / Maio | 2007 | Ano 1 www.grupolet.com
PESQUISASegurana antes do Emprego prioridade para jovens - Pag. 10
ENTREVISTAPatrcia Monteiro - Rio de Janeiro Refrescos Como RH amplia o nosso negcio - Pag. 3
EXCLUSIVOBernardinho, o tcnico supercampeo, fala sobre Liderana e Superao - Pag. 12
RAIO-XDesvendamos detalhes de uma ENTREVISTA em processo seletivo - Pag.6
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Ch e g a m o s segunda edio de NEWS-LET com 16 pgi-nas oferecendo a voc, entre ou-tras novidades, um raio-x espe-cial de uma en-trevista em pro-cesso seletivo, entrevistas com
o tcnico de vlei Bernardinho e com a Gerente de Gente e Gesto da Rio de Janeiro Refrescos Patrcia Monteiro, alm de dicas culturais. Voc no perde por folhear.
Quanto ao trabalho interno no Gru-po LET muitos poderiam nos pergun-tar sobre as demandas do perodo de fi m de ano, frias e festas. O fato que todos os meses do ano merecem a mesma ateno. Nossa estrutura nos permite atender a demandas diversifi -cadas em qualquer poca do ano.
De qualquer forma, diria que 2007 est sendo promissor. A cada dia ga-nhamos mais expertise em alguma rea da Gesto de Pessoas. Outro mo-tivo de otimismo para o crescimento vem do novo Governador do Estado do Rio de Janeiro, Srgio Cabral Filho. S a fi gura dele j muito positiva e sua atuao j nos primeiros 90 dias nos enche de esperanas de uma retomada acelerada do crescimento econmico.
Vamos trabalhar em 2007 com algu-mas empresas pernas do Grupo LET que devero ter um crescimento consi-dervel, como Passenger Card, Institu-to Capacitare e KL Produes. Tambm teremos este ano duas novas pernas que eu deixo como surpresa para vo-cs nas prximas edies. Boa leitura!
Joaquim LauriaDiretor Executivo do Grupo LET
EDITORIAL - PAPO COM O LEITOR
Conhecer um pouco sobre os nossos negcios ir orient-lo na leitura da revista NEWS LET. O foco do Grupo LET Recursos Humanos o de captar profi s-sionais para cargos de perfi s variados e aperfeioar os negcios das empresas. Desde maro de 2000 recrutamos e sele-cionamos mo-de-obra temporria, alm de terceirizarmos servios para empresas de pequeno, mdio e grande porte em todo o Brasil. Ao pblico oferecemos um leque de opes no mercado. Veja o que pode-mos fazer por voc:
Recrutamento e Seleo Adequamos os candidatos s necessidades de cada em-presa. Como? Por meio de profi ssionais de RH gabaritados e atualizados. A atuao do Grupo LET tem contribudo para o melhor e maior aproveitamento de profi ssionais pelas empresas.
Contratao e Administrao de Mo-de-Obra temporria Ao contratar profi ssionais temporrios a empresa limita sua preocupa-o apenas atividade de origem, deixando conosco as tarefas de administrao dos encargos trabalhistas dos selecionados.
Terceirizao de servios - Temos uma rede de contatos com os profi ssionais certos para especfi cas atividades do mercado de trabalho, assim como acesso a profi ssionais multifuncionais, que prestam servios como terceirizados.
NOSSOS NEGCIOS
EXPEDIENTE
O otimismo do crescimento
Grupo LET Recursos Humanos
MatrizCentro Empresarial Barra Shopping Av. das Amricas 4.200, Bloco 09, salas 302-A, 308-A, 309-A Rio de Janeiro RJtel: (21) 3416-9190 - CEP 22640-102
Site: http://www.grupolet.come-mail: [email protected]
Filial So Paulo - Rua James Watt 84, 2 andar - Brooklin Cep: 04576-050 -So Paulo (SP) Brasil - Tel: (11) 5506-4299
Filial Norte Fluminense - Avenida Rui Barbosa 698, sala 110 - Tropical Shopping Centro - Cep: 27910-362 - Maca (RJ) Brasil - Tel: (22) 2772-6232
Filial Curitiba - Av. Winston Churchill 2.370, sala 406, 4o andar - Pinheirinho - Cep: 81150-050 - Curitiba (PR) - Tel: (41) 3268-1007
Diretor Executivo: Joaquim Lauria
Diretor Adjunto: Kryssiam Lauria
Busca de novos talentos Muito mais do que triar currculos, entrevistar ou realizar dinmicas, vamos s instituies de ensino garimpar para as empresas os melhores ta-lentos para trabalhar nelas como estagirios e trainees.
Executive Search Vamos ao mercado e trazemos para as empresas profi ssionais prontos, experientes e com muitos valores a agregar s suas novas empresas.
Check Up Profi ssional Reorientamos o profi ssional dentro do quadro de cargos e funes de sua empresa (e tambm dentro de sua prpria carreira) para que ele aproveite sempre o mximo possvel de suas competn-cias e de sua motivao para trabalhar.
Treinamento de profi ssionais Realizamos treinamento de profi ssionais e/ou de equipes que necessitem em suas empresas de aperfei-oamento para tarefas chaves de seus cargos ou servios.
Administrao de Banco de Dados e oferta de vagas para trabalho Ampla estrutura e tecnologia para cadastramento eletrnico de currculos e casamento com o perfi l dos car-gos exigidos. Por meio de nosso site oferece-mos vagas no mercado de trabalho.
Promoes culturais Por meio da empresa KL Produes e Promoes Artsticas, o Gru-po LET patrocina eventos culturais que do espao aos novos talentos das artes cnicas.
Diretor Regional LET So Paulo: Pedro Cardoso
Gerncia Regional LET Maca (RJ): Patrcia Guerreiro
Planejamento: Guilherme Vidal
Comercial: Julio Csar MauroE-mail: [email protected]
Publicao do Grupo Let Maro / Abril / Maio 2007Ano I N 02 Tiragem 1.500 exemplares
Jornalista responsvel (redao e edio): Alexandre Peconick (Comunicao Grupo LET) - Mtb 17.889 - [email protected]
Diagramao e Arte: Murilo Lins ([email protected])
Impresso: Grfi ca Editora Stamppa Ltda.Endereo: Rua Joo Santana 44, Ramos Rio de Janeiro RJ E-mail: [email protected] / Tel: (21) 3867-2555
Produo Grfi ca: Juvenil de Siqueira
News
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INSTITUCIONAL
Capa: Montagem com fotos - Alexandre Peconick / Site Sxc.hu
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ENTREVISTA ESPECIAL
Atrair, desenvolver e reter talen-tos para a Rio de Janeiro Re-frescos, empresa fabricante e distribuidora dos produtos da marca Coca-Cola nos Estados do Rio de Janeiro e Esprito Santo, uma das maiores expertises da sua Gerente de Gesto de Gente, Patrcia Montei-ro. Aos 29 anos, sete de uma carreira em ascenso, ela mais uma profi s-sional graduada em outra rea (Eco-nomia, Gama Filho 1998) com MBA em Engenharia Econmica e Admi-nistrao Industrial na UFRJ e MBA em Gesto de Recursos Humanos na FGV - Rio, que se encanta e migra para Recursos Humanos.
Meritocracia nos procedimentos de trabalho e na remunerao, pla-no de carreira, plano de sucesso e um ambiente que valoriza a qualida-de do colaborador so os principais pontos desenvolvidos por esta pro-fi ssional trazida empresa por indi-cao de um head hunter em evento de RH h exato um ano, em maro de 2006. Antes de chegar Rio de Janeiro Refrescos, Patrcia traba-lhou por quase oito anos no Metr Rio, onde entrou como estagiria em 1998 e passou por todas as re-as da Gesto de Pessoas at chegar Gerncia de RH. Na Rio de Janeiro Refrescos o seu maior desafi o tem
sido o de contribuir para uma trans-formao cultural na empresa.
H cerca de trs anos a Rio de Janeiro Refrescos criou um sistema de consultoria interna que facilita o RH a intensifi car sua participao em cada uma das reas. O pro-fi ssional de RH em geral precisa vivenciar os problemas onde eles acontecem, mas as reas precisam enxergar esse RH como facilitador para a gesto de cada equipe, fe-lizmente isso acontece na Rio de Janeiro Refrescos, confi rma Patr-cia Monteiro que atua junto a 2.156
colaboradores nas unidades Jaca-repagu - Rio (RJ), Cariacica(ES) e em outros 13 escritrios de venda e distribuio.
NEWSLET O motivou a sua mi-grao da Economia para o RH?
Patrcia Monteiro Encantamen-to. Quando trabalhava no Metr Rio tomei contato com a maneira como Recursos Humanos pode ajudar na conduo de um negcio e me en-cantei. Enxergo o RH como uma rea totalmente integrada e muito prxima
PATRCIA MONTEIRORio de Janeiro Refrescos
Como a gesto de pessoas
amplia o nosso negcio
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ENTREVISTA
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das decises que so fundamentais e estratgias para a empresa.
NEWSLET Como a sua atuao ajuda a Rio de Janeiro Refrescos a ampliar o seu negcio?
P.M. Dentro da Gerncia de Ges-to de Gente h os setores de De-senvolvimento, Comunicao Interna e Responsabilidade Social. Hoje os maiores desafi os de minha rea so a atrao, desenvolvimento e reten-o de talentos para a organizao. Estamos vendo um movimento mui-to forte do mercado na atrao e na reteno dos talentos. Os profi ssio-nais tm expectativas com relao empresa e um de nossos principais papis o de entender essas expec-tativas e corresponder a elas.
NEWSLET muito difcil atrair e reter talentos?
P.M. Cada vez mais difcil! Para isso ns estruturamos um plano de carreira e um plano de sucesso. Oferecemos ao colaborador oportu-nidades para que ele se veja na em-presa daqui a alguns anos com cres-cimento profi ssional. Mais do que isso, preocupamo-nos com a capa-citao de lideranas e acompanha-mos o passo a passo de cada um, avaliando as diferenas individuais para determinadas competncias. Isso faz com que eles se sintam bem atendidos. Temos tambm o Progra-ma Trainee, cujo ndice de reteno em 2006 foi de 100%, e o Programa de Estgio, que tem tido bom apro-veitamento. Em 2006 admitimos 55 estagirios.
NEWSLET Que outras ferramen-tas vocs do RH oferecem para atrair os talentos?
P.M. Estamos fazendo um trabalho de parcerias produtivas com a UFRJ e o IBMEC. Por meio dessas parce-rias mostramos, entre outros pontos, que esta fabricante e distribuidora dos produtos Coca-Cola uma em-presa que vem crescendo acima do esperado. A Rio de Janeiro Refrescos investe com seriedade no seu neg-cio, ampliando as oportunidades, desenvolvendo e aprimorando novas tcnicas e contribuindo fundamen-talmente para o desenvolvimento da sociedade em que est inserida.
em que voc sente que o seu re-torno fi nanceiro proporcional ao trabalho e contribuio que voc d para a organizao, a sua produ-tividade sempre alta. Aqui na Rio de Janeiro Refrescos isso clara-mente mensurado em um sistema de avaliao de desempenho com metas claras. Nossa transparncia e clareza de procedimentos geram reteno porque as pessoas se sen-tem recompensadas.
NEWSLET Como se estrutura o RH da Rio de Janeiro Refrescos?
P.M. Temos uma Diretoria de RH e, abaixo dela, trs gerncias: Planeja-mento de Remunerao, Qualidade, Gesto de Gente. As gerncias atu-am em um sistema de consultoria. Por sua vez, os consultores atuam dentro das gerncias e interligando as mesmas, participando das reuni-es, decises e identifi cando a ne-cessidade de ferramentas de gesto de cada uma das gerncias.
NEWSLET Dentro dessa viso estratgica, a parceria com o Grupo LET ajuda a Rio de Janeiro Refres-cos a estar focada em seu negcio?
P.M. Com certeza. Esse foi o nosso grande objetivo ao buscar uma con-sultoria que pudesse manter a qua-lidade dos profi ssionais que traze-mos para dentro da nossa empresa. Mais do que isso, a vinda do Grupo LET responsvel por recrutamento e seleo de candidatos deu mais espao aos nossos consultores in-ternos para que eles pudessem estar mais mergulhados dentro das reas, identifi cando oportunidades e neces-sidades de cada uma delas. J senti em 2007 uma diferena considervel na agilizao de novos projetos.
NEWSLET De que forma o RH da Rio de Janeiro Refrescos atua na re-teno de talentos?
P.M. Hoje temos um programa de qualidade de vida que vem se aprimorando. Primordialmente, tra-balhamos tambm com a meritocra-cia. Este ponto muito importante em uma organizao. Na medida
Primordialmente, trabalhamos com a meritocracia. Na
medida em que voc sente que o seu
retorno fi nanceiro proporcional ao trabalho e
contribuio que voc d para a
organizao, a sua produtividade sempre alta. Patrcia Monteiro
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ENTREVISTA
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A empresa que vende segu-ros de qualidade aos via-jantes em aeroportos j adicionou bases nos ae-
roportos de Confi ns (Belo Horizonte MG) e Salgado Filho (Porto Alegre RS), que realizam os mesmos ser-vios j prestados h trs anos ao passageiros que chegam aos ae-roportos do Galeo (Rio de Janeiro RJ) e Guarulhos (So Paulo SP). A Passenger Card, empresa parcei-ra do Grupo Let pretende, ainda em 2007, ampliar o nmero de aeropor-tos atendidos. Mas as metas de 2007 no se restringem quantidade.
Grupo LET e Passenger Card bus-cam conscientizar os gestores de pessoas da importncia em se ad-quirir seguros de viagens para cola-boradores de organizaes que pre-cisam se deslocar constantemente.
Mais do que isso, o Diretor Admi-nistrativo da Empresa, Luiz Eduar-do Balthazar informa que qualidade atender, principalmente, pela cria-o de um seguro especfi co para a perda e localizao bagagens, pelo atendimento especial s solicitaes e reclamaes dos clientes, alm da criao de pacotes fl exibilizados para empresas. O Servio de Atendimento ao Cliente j vem funcionando com
amplo sucesso. Esta rea nos ajuda a conhecermos melhor quem compra os nossos servios para que assim possamos evitar dores de cabea a quem viaja para dentro ou para fora do Brasil, explica Luiz Balthazar.
A Passenger Card se preocupa em cobrir com seus seguros todas as situaes de imprevistos em via-gens; tais como, extravio de baga-gem (o mais comum), assistncia mdica, farmacutica e odontolgi-ca; seguro de acidentes pessoais; assistncia jurdica, adiantamento de fundos para pagamento de fi ana em caso de acidente; diferena de tarifas areas; cobertura para gastos extras em hotis em caso de conva-lescena; cobertura fi nanceira para gastos por atraso ou cancelamento de vo; entre muitos outros.
PASSENGER CARDVender seguro aos viajantes tambm deve ser preocupao da rea de Recursos Humanos
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PARCEIROS LET
Fotos: Alexandre Peconick
Luiz Eduardo Balthazar quer estar ainda mais perto de seus clientes em 2007
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Ateno empresas e candi-datos: encontrar as pessoas certas para as funes de-mandadas pelo mercado
tarefa que requer extrema preparao e competncia. Dentro de um proces-so de recrutamento e seleo de can-didatos para vagas em determinada empresa, uma entrevista mal prepara-da pode repercutir l na frente quando essa organizao sofrer algum preju-zo com um colaborador que no tem
o perfi l do cargo. J um candidato mal preparado para uma entrevista poder desperdiar suas competncias e per-der oportunidades de construo de uma slida carreira.
O primeiro passo para no meter os ps pelas mos o candidato sa-ber escolher uma empresa. Ele toma essa atitude antes que a empresa, em processo seletivo, possa escolh-lo. Avalia se os valores da empresa tm a ver com os seus e, mais do que isso,
se esta empresa est adequada aos seus objetivos profi ssionais.
O que fazer depois? Entrevistamos aqui as Analistas de RH do Grupo LET, profi ssionais j acostumadas a uma srie de processos seletivos para car-gos distintos. Priscilla Monteiro, Elisa-beth Paiva, Blanche Albuquerque, Silvia de Souza e Vivian Tenuta nos do alguns caminhos para uma entre-vista sem surpresas desagradveis. Alm da postura tranqila e do uso
FIQUE POR DENTRO DAS ENTREVISTAS EM PROCESSOS SELETIVOS
RAIO-X COMPLETO
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CAPA
Entrevista coletiva realizada em um dos
auditrios do Grupo LET
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de roupas sem exageros (decotes ou sofi sticao demais) o ideal que o candidato estude dados do cargo ou da empresa para a qual ser entrevis-tado. Em entrevista a uma consulto-ria o candidato ainda no sabe a em-presa para a qual se destina o cargo, mas se j estiver sendo entrevistado pela empresa o ideal que entre no site dela, procure saber sua misso, valores e negcios, seu pblico alvo e como ela est no mercado, explica Priscilla Monteiro. Tambm manda-trio que o candidato faa uma auto-crtica de suas habilidades pessoais e profi ssionais antes de comparecer a uma entrevista. Sinceridade e trans-parncia contam muito, no adianta tentar ser aquilo que voc no pode ser, argumenta Vivian Tenuta.
Se o candidato est concorrendo a um cargo que nunca exerceu, uma boa dica a de ele conversar com al-gum profi ssional que j exera essa atividade, procurando extrair deste, informaes sobre as habilidades imprescindveis funo. Tambm interessante se treinar fl uncia verbal antes de uma entrevista, bem como o tom de voz. Tente fazer um tom nem alto e nem baixo demais, levante a cabea e olhe para si mesmo diante
de um espelho. Saiba o qu dizer so-bre cada uma das informaes des-critas em seu currculo sem inventar, aumentar ou omitir nada. Responda por escrito a perguntas como; Onde eu quero chegar?; ou Que exemplos marcantes da minha vida pessoal ou profi ssional eu posso citar que com-provem a minha aptido parta este cargo?.
Estatisticamente j fi cou comprova-do que em uma entrevista as primei-ras impresses de um recrutador em relao ao que mostra um candidato so 55% de aparncia, 38% do modo de falar e 7% das palavras. Ento, an-tes mesmo da entrevista comear o candidato deve estar atento a cada detalhe de sua aparncia. Alm dis-so deve chegar no horrio marcado e demonstrar bom humor e jogo de cintura, mesmo se a entrevista atra-sar. O atraso proposital pode ser uma estratgia do recrutador, focado em preencher uma vaga cujo perfi l exija pacincia, esclarece Silvia de Souza, Analista de RH que retornou ao Grupo LET em 2006 aps coordenar os ser-vios de recrutamento e seleo para uma rede de hospitais.
As organizaes muitas vezes con-tratam os servios de uma consultoria
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CAPA
Para comear a garantir uma entrevista qualitativa e efi ciente, a Analista de RH de uma consultoria deve buscar conhecer a fundo a cultura e os valores de seu clien-te. Deve ir at a empresa, obser-var o ambiente de trabalho, como os funcionrios se relacionam. Tambm deve ter noes acerca do estilo de entrevista do gestor da empresa com o qual vai lidar, sabendo se uma pessoa objeti-va ou metdica, pois a este gestor ir encaminhar os candidatos. Por exemplo: um gestor dinmico no ir apreciar um candidato sem energia. Aqui no Grupo LET que-remos poupar ao mximo o tempo do gestor da empresa, que antes de realizar a sua entrevista recebe por escrito da consultoria um per-fi l comportamental do candidato, garante Silvia de Souza.
A conduo de uma entrevista tambm criteriosa. De acordo com o perfi l do cargo, avaliam-se nesta ordem, as competncias tcnicas, escolaridade, formao necessria e especfi ca, cursos extras, tempo de experincia e trabalhos anteriores realizados. Recebemos o perfi l do cargo, e triamos os currculos; durante a entrevista vou defi nindo um mapa de competncias que preciso ve-rifi car em relao a determinado candidato, uma analista que est comeando pode anotar as per-guntas no papel, orienta Priscilla Monteiro.
Como as Analistas de RH em consultoria
se preparam para uma entrevista
Da esquerda para a direita, as Analistas de RH da matriz do Grupo LET: Silvia de Souza, Vivian Tenuta, Blanche Albuquerque, Elisabeth Paiva, Carla O`Dwyer e Flavia Viegas
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para que possam focar sua atividade em outras reas do RH. A consultoria de Recursos Humanos serve como um fi ltro ao encaminhar empresa can-didatos j aptos a ocupar a vaga. O que vai defi nir quem vai ocupar esta vaga ou no um ajuste fi no chama-do empatia, ou seja, o cliente procura identifi car no candidato aquele que tem uma personalidade mais parecida com a dele para que melhor se har-monize com o ambiente de trabalho, afi rma Priscilla Monteiro. Muitas vezes o candidato tem a competncia exata para exercer determinado cargo, mas na entrevista o RH da empresa per-cebe que seu comportamento no se encaixa com o da equipe com a qual ele iria trabalhar naquele setor.
Hoje predomina nos processos seletivos a Entrevista por Competn-cia na qual o recrutador faz pergun-tas ao candidato acerca de exemplos profi ssionais e pessoais que compro-vem as competncias exigidas para o cargo ao qual se destina a vaga, como Liderana, Esprito de Equipe, Inovao, Pr-atividade, entre outros.
Que projetos voc j desenvolveu? Que atitudes de lide-rana voc j teve em sua equipe de trabalho? Que conquistas voc
teve e como usou os pontos positivos
dela para que sua equipe
mantivesse alta per-
formance? So perguntas comuns da Entrevista por Competncia. De acordo com as Analistas de RH do Grupo LET a entrevista por compe-tncia extra de atitudes do passado comportamentos futuros, fatos que podem vir a ocorrer e uma forma efi -caz que detectar mentiras.
A chamada mentira til tem que ser evitada. Candidatos que esto fora do mercado de trabalho no precisam se sentir intimidados a omitir este fato. Ao contrrio, devem mostrar aes pr-ativas neste perodo que passem uma idia de empreendedorismo. E para aqueles que concorrem ao pri-meiro emprego, vale a pena saber o que falar de sua vida pes-soal e de sua forma-o acadmica, ba-ses para que eles se tornem grandes pro-fi ssionais. Os debu-tantes preferencial-mente podem pesquisar sobre suas f u t u r a s p r o f i s -
ses. Tal atitude vai passar ao recruta-dor que eles querem vestir a camisa onde quer que trabalhem.
Mas cuidado com o que dizer. O uso de grias, erros gramaticais como concordncia, erros de dico e falar rpido demais so extremamente pre-judiciais a um candidato. Tambm conveniente o candidato usar mais o ns fi zemos isso do que o eu fi z, mesmo que tenha realizado a maior parte do trabalho.As empresas pe-dem profi ssionais com vocao para servir porque hoje praticamente impossvel o seu trabalho no depen-der ou no afetar o de outra pessoa, afi rma Slvia de Souza. Contar sobre grandes experincias que, por exem-plo, demonstrem que o candidato tem grande capacidade de dar a volta por cima sobre um problema pode igual-mente ser decisivo em uma entrevista de processo seletivo.
Nem todo falar errado, porm, elimina um candidato. claro que existem diferenas no linguajar entre entrevistas para cargos que exijam apenas o nvel tcnico ou tambm o nvel mdio e para aqueles que no prescin-dam do nvel superior. O recrutador tem que se adaptar ao candidato at para que o candidato se sinta vontade e possa
apresentar o seu potencial.
Mesmo as-sim, para as
Anal is -t a s
CAPA
Na Entrevista por Competncia o recrutador faz perguntas ao candidato
acerca de exemplos profi ssionais e pessoais
que comprovem as competncias exigidas para o cargo ao qual se
destina a vaga
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Um candidato que comprova interesse em vestir a camisa da
empresa pode encantar o recrutador
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de RH no muito difcil detectar mentira em entrevista. Um mentiroso geralmente transmite a informao de forma muito enrolada, podendo morder os lbios ou gaguejar. Para identifi car alguma mentira fazemos perguntas nas quais o candidato pos-sa cometer deslize ou contradio. Alguns alteram data de admisso ou de desligamento, informa Blanche Al-buquerque.
Em uma entrevista, alm de res-ponder o candidato tambm tem es-pao para perguntar. Muitos gestores acreditam que o melhor candidato no apenas aquele que responde melhor, mas tambm o que pergunta com mais discernimento. Mas o qu e como perguntar? O ideal que ele espere o recrutador solicitar essas perguntas e que no se desespere. A primeira pergunta no deve ser sobre salrio. Nenhuma empresa quer con-tratar um colaborador cuja primeira preocupao seja a salarial. Para as analistas a explicao simples: Esse tipo de profi ssional tende a no fi car muito tempo na empresa e a sair se receber uma proposta apenas um pouco acima da apresentada.
As empresas, na verdade, procu-ram candidatos que se interessem
TRABALHO (1) Faa um rela-to de sua experincia profi ssional relacionando suas responsabili-dades nos principais cargos ocu-pados / (2) Qual o motivo de sada de seus trs ltimos empregos? / (3) Qual seu ponto forte? E o fraco? / (4) Quais so suas pers-pectivas profi ssionais? / (5) O que sabe sobre nossa empresa?
EDUCAO (1) Como foi sua vida acadmica? / (2) Voc pre-tende dar continuidade sua edu-cao? Como e por qu? / (3) Por que optou por esse curso? / (4) O que mais se destacou no seu pro-cesso educacional? /
SOCIAL - As perguntas veri-fi cam, mesmo em momentos in-formais, aptides de liderana e convivncia em grupo (1) Quais so suas atividades sociais ou em grupo? / (2) Prefere trabalhar sozinho ou em grupo? Por qu? / (3) difcil para voc lidar com pessoas de formao e interesses diferentes dos seus?
SADE Aqui podemos sa-ber se o candidato ansioso ou nervoso (1) Poderia falar breve-mente sobre sua sade? / (2) Al-guma vez j teve problemas car-dacos ou lcera no estmago? / (3) Quantas horas dorme normal-mente? Acha sufi ciente? / (4) Se julga uma pessoa preocupada? Que tipo de coisa o preocupa?
METAS - (1) Qual o cargo que pretende ocupar no prazo de cin-co anos? Por qu? / (2) Como pretende alcanar esse objetivo? / (3) Quais so seus planos para o futuro?
De acordo com pesquisas confi ra abaixo as perguntas mais ouvidas
nas entrevistas para emprego prepare-se para respond-las:
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CAPA
em oportunidades de crescimento e estrutura de trabalho. A pergunta do candidato tem que ser coerente com o momento da entrevista e com os limites do bom senso. interessante para o entrevistador saber que o can-didato est interessado em como vai se encaixar em sua equipe de traba-lho. Muitos analistas deixam candida-tos vontade em uma entrevista para medir tica profi ssional pelas atitudes de reao do candidato, acredita Eli-sabeth Paiva do Grupo LET. E se for perguntado por seus pontos fracos o candidato deve admitir a defi cincia, mas esclarecer que far o possvel pelo aprimoramento.
bom ressaltar que a linguagem corporal tambm avaliada em uma entrevista. Uma postura confortvel, mas comportada ao se sentar e o olhar fi xo nos olhos do recrutador so bons indicadores de um candidato que de-seja avaliao positiva antes mesmo de comear a ouvir ou falar. Dicas como estas so ainda poucas, mas valem muito em um universo onde proliferam os conselheiros disso ou daquilo. O principal que o candi-dato considere que sua entrevista j um procedimento de trabalho e por isso ele precisa estar impecvel.
O Grupo LET tem Analistas de RH locadas em alguns de nossos clientes, como Priscila Monteiro ( direita)
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Ajuventude de hoje que construir o mercado de trabalho de um futuro bem prximo est sitiada,
quase no estuda porque tem que trabalhar, vive insegura e no confi a na polcia e nas autoridades que te-riam que salvaguardar a segurana pblica. Este quadro alarmante foi a concluso da primeira pesquisa rea-lizada pelo Instituto Capacitare (IC), nova empresa parceira do GRUPO LET, que formar lideranas para o mercado em parceria com empre-sas e instituies de ensino.
Dado preocupante para essa for-mao de lideranas no Estado do Rio de Janeiro que 45% desses jo-vens no esto estudando, mseros 7% j so formados pelo menos no 2 grau e apenas 14% esto cursan-
do este mesmo 2 grau. So jo-vens nitidamen-te com medo de sair s ruas e que, em suas vidas, colocam o item Segu-rana bem frente dos itens Desenvolvimento Econmico e Gerao de Empregos veja abai-xo nas perguntas 5 e 7. A pesquisa ouviu 76 jovens no Rio de Janeiro, Grande Rio (Baixada) e Niteri, que responderam a 11 perguntas entre os dias 4 e 7 de janeiro, primeira se-mana do novo Governador do Rio, Srgio Cabral Filho e do segundo mandato presidencial de Lula.
De acordo com a Diretora Execu-tiva do IC, Leyla Nascimento, pes-quisas como essa tero a vantagem de proporcionar um atendimento imediato ao cliente (jovem) e s em-presas, pois possibilitam ao Instituto Capacitare (www.institutocapacita-re.com.br) o conhecimento das difi -culdades pelas quais passam esses jovens. O nvel de insegurana que tomou conta de nosso Estado cau-sa prejuzo nos negcios e impede a entrada de recursos. Como con-seqncia as empresas vo sofrer efeitos negativos porque se cresce o nmero de jovens merc de situ-aes de violncia isso no impacta somente na formao acadmica, mas tambm no preparo desse jo-vem para a vida profi ssional, expli-
ca Leyla, uma profi ssional com mais de 30 anos de experincia na forma-o de jovens para o mercado.
Oitenta e quatro por cento dos jovens entrevistados apiam a che-gada da tropa nacional no controle da segurana do Rio, pois 61% no acreditam na polcia. O curioso que apenas 33% se mostraram inte-ressados em servir s foras arma-das. Para Leyla Nascimento a pes-quisa mostra claramente que temos hoje uma juventude de shopping centers, de ambientes fechados e que no sabe se locomover em sua cidade ou em seu Estado.
uma juventude sitiada, que depois vai para uma organizao (empresa) que fala justamente no contrrio, em integrao, em relacionamento, em fl exibilida-
NO RIO DE JANEIRO
Leyla Nascimento
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PESQUISA
JOVENS QUEREM SEGURANASEGURANA FRENTE DEDESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO ECONMICOECONMICO
Jovens da gerao
condomnio se sentem inseguros
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de, ousadia, interagir com outras culturas, ter iniciativa, analisa a Diretora Executiva do Instituto Ca-pacitare.
Leyla Nascimento acredita ainda que esta pesquisa seja um alerta
de que o Governo precisa dialogar mais com a juventude acerca de suas necessidades, caso contrrio haver no futuro uma excluso eco-nmica muito maior do que a atual. Esta juventude entende de poltica
e sabe o qu precisa; querem opor-tunidades e no assistencialismo, alis, o governo deveria ouvi-los mais, porque eles sero os respon-sveis pelo desenvolvimento eco-nmico de amanh, opina.
Relacionamos aqui os resultados de 7 das 11 perguntas sobre os temas Segurana e Violncia
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
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SIM NO
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Aprovo
No Aprovo
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SIM
NO
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1
SADE
EDUCAO
SEGURANA
EMPREGO
TODAS AS REAS
CONCORDO
NO CONCORDO
NO SEI
0%
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35%
40%
SEJACOERENTE...
OLHE PELOSJOVENS
CRESCERECONOMIA
PRIORIZE AEDUCAO
OLHO VIVO NACORRUPO
1 PerguntaVoc acredita na Polcia da sua cidade?
No 61% Sim 39%
EXCELENTE
BOM
AINDA POUCO
2 PerguntaQual a sua opinio sobre o apoio do Governo Federal Presidente Lula no combate violncia no Rio de Janeiro?
Ainda pouco 59% Bom 32% Excelente 9%
3 PerguntaO que voc acha do uso das foras armadas Exrcito, Marinha e Aero-nutica no combate violncia do Estado do Rio de Janeiro?
Aprovo 84% No aprovo 16%
4 PerguntaSupondo que voc pudesse optar
se voc fosse convocado a servir as foras militares no combate violncia do Rio de Janeiro, voc iria?
5 PerguntaQual rea voc acha que o novo Gover-nador do Estado Srgio Cabral Filho deveria ter como prioridade no seu primeiro ano de mandato?
6 PerguntaVoc concorda com o discurso de
posse do Presidente Lula, em que ele afi rmou que o Rio de Janeiro vive um terrorismo?
No 67% Sim 33%
Todas As reas 29% Sade 22% Segurana 22% Educao 17% Emprego 9%
Concordo 88% No concordo 11% No sabe 1%
7 PerguntaSe voc tivesse a oportunidade de dar um conselho para o Presidente Lula nesse novo mandato, qual dessas op-es voc escolheria?
seja coerente com tudo que prome-teu durante a campanha 37% priorize a educao: ela o mais im-portante 30% cuidado com os que se dizem seus amigos. olho vivo na corrupo! 22% olhe mais pelos jovens do pas 7% faa o pas crescer economicamen-te 4%
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PESQUISA
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Mesmo diante das evidn-cias, ele no gosta de ser chamado de lder. Talvez porque viva saudavelmente se exi-gindo e esticando a corda at o limi-te dos profi ssionais que trabalham com ele. No inconformismo com a acomodao de estar no topo achou a qumica quase exata entre talento e obstinao. Este Bernardo Ro-cha de Rezende, ou Bernardinho que, aos 46 anos, um cone do tema Liderana no Brasil e no mun-do. O treinador da seleo masculi-na de vlei, que tem cerca de 1000 livros de pensadores e histrias de todos os tempos, levou sua equipe aos ttulos mais cobiados em sua rea: Campeonato Mundial, Olim-padas e Copa do Mundo. Que em-presrio no gostaria de ser o maior vencedor em sua rea?!
NEWSLET desvenda aqui alguns de seus caminhos.
NEWSLET Que coincidncia h entre um treinador de vlei e um profi ssional de RH?
Bernardinho A mais importan-te a de preparar as pessoas por meio da liderana e da motivao. O que o RH deve buscar realmente so pessoas que queiram e tenham capacidade real de estarem compro-metidas com o objetivo da empresa. Essas pessoas devem ter a capaci-dade de estar constantemente bus-cando diferenciais e no de serem meros cumpridores de ordens.
NEWSLET - Como defi ne as com-petncias de um gestor de pessoas?
Bernardinho Um gestor de pessoas deve desenvolver a capa-cidade de convencer as pessoas de que aquele projeto o melhor para aquele momento. Isso requer suor,
um histrico. Isso ocorre com um profi ssional que visto por seus pa-res e comandados como uma pes-soa capaz de realizar tarefas das mais simples s mais complexas. Para isto fundamental que esse gestor monitore suas prprias atitu-des, sua postura, o faa diariamen-
As lies do lder de lderesBERNARDINHO
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PERSONAGEM
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te, anotando seus erros e acertos. Mais do que isto que inspire por sua tica.
NEWSLET - Que estratgias voc usa para identifi car talentos?
Bernardinho O grande talen-to das pessoas no apenas ter um dom natural, mas ter a capa-cidade de trabalhar duro em bus-ca dos seus objetivos. Possuir um dom sem usar de obstinao no nos leva ao sucesso. Voc tem que ter uma capacidade de estar sem-pre dando o seu mximo. uma questo de se pensar em qu situ-ao estar trabalhando duro, por quanto tempo, com quais obst-culos, objetivos e ferramentas de trabalho.
NEWSLET Explique o conceito da Roda da Excelncia que voc desenvolveu.
Bernardinho Temos a busca constante pela excelncia no cen-tro de uma circunferncia. Nas ex-tremidades esto os fundamentos: trabalho em equipe, liderana, mo-tivao, perseverana, superao, comprometimento, cumplicidade, disciplina, tica e hbitos positivos de trabalho. A roda se movimento sobre a estrada do Planejamento rumo ao objetivo, a meta. Na me-dida em que a roda gira e avana rumo meta cada um dos valores citados entra em contato com o pla-nejamento de forma que apenas o conjunto desses valores, todos eles bem executados, que nos levar a alcanar a meta planejada.
NEWSLET No h perigo de cair na tentao de se acomodar com os louros do sucesso?
Bernardinho Sim, por isso necessrio um monitoramen-to constante de todos os proce-dimentos. Assim tambm deve ser na empresa. Voc no pode se permitir cair na armadilha do sucesso. E para isso deve-se ter talento para criar Zonas de Des-conforto, elevando o nvel da pr-xima meta a ser atingida. Sempre observo brechas para intensifi car o treinamento com difi culdades di-ferentes. O inconformismo um outro elemento muito importante que acredito ser comum a todos os ambientes de sucesso. Profi s-sionais no se conformam com os resultados anteriores e querem melhor-los.
NEWSLET De que forma po-demos reter talentos criando Zo-nas de Desconforto?
Bernardinho O grande profi s-sional vai conhecendo aos pouco as pessoas, usando de extrema sensibilidade para extrair delas o mximo. Quando sinto que exagero, peo desculpas. O mais importante voc desenvolver um ambiente de confi ana que permite aos seus liderados perceber que apesar da frmula ser dura existe um propsi-to de engrandecimento profi ssional fazendo que cada um seja o melhor possvel naquela funo.
NEWSLET - Como podemos combinar liderana servidora com empreendedorismo?
Bernardinho O grande profi s-sional deve equilibrar isso o tempo todo. O fato de voc querer vestir a sua camisa no deve confl itar com o objetivo em comum da equipe, ou da empresa. O que faz a diferena
aquele jogador que consegue levar a sua equipe vitria usando suas habilidades pessoais para o cresci-mento do grupo.
NEWSLET Voc fala de mo-tivao, esprito de equipe, li-derana. Por que foi to difcil na histria do vlei colocar isso em prtica?
Bernardinho O sucesso pre-maturo de algumas equipes cau-sou rupturas do esprito de equipe de conjuntos vencedores, porque eles no tinham a referncia de aprender com os erros do passa-do. Estudar o passado passo fundamental para crescer. Todos os grandes treinadores so gran-des conhecedores da Histria da Humanidade. Ali eles aprendem sobre estrategistas, pessoas que levaram naes ao brilho ou desgraa. Tudo isso fonte de informao para desenvolver co-nhecimento.
NEWSLET - Voc entende seus liderados nas entrelinhas. Como se atinge esse nvel de controle e de comprometimento?
Bernardinho Me questiono so-
bre tudo, o tempo todo. Quando observo algum, percebo uma re-ao e construo sempre na minha mente algumas alternativas e poss-veis respostas para aquela reao. Existe at um trabalho sobre este aspecto que fala da insegurana que gera uma dedicao maior ao trabalho. No fundo sou um pouco inseguro em relao s coisas; tan-to que me questiono, busco solu-es melhores. Devemos buscar a lapidao por meio da correo das imperfeies.
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PERSONAGEM
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As organizaes se preocu-pam com qualidade de vida e NEWSLET tambm. Por isso conhea a Ginstica Laboral uma das formas de se enfrentar le-ses fruto da overdose de trabalho e presses dirias. Com a orientao do Prof. Osvaldo Stevano, Diretor da Maratona Qualidade de Vida e a participao de nosso Colaborador, Gustavo Costa, descrevemos aqui um resumo de um programa de Gi-
A manuteno da forma e do bem-estar no ambiente de trabalhoGINSTICA LABORAL
nstica Laboral para empresas com quatro exerccios de alongamento que podem ser feitos em qualquer ambiente de trabalho. So exerc-cios que alongam os braos, dedos, toda a regio dos ombros e pescoo e o prolongamento da coluna. Bra-o, pescoo, ombros e coluna so partes do corpo extremamente so-licitadas no trabalho em escritrio por pessoas que trabalham ao com-putador. Estes exerccios relaxam a
musculatura que est envolvida no movimento, facilitam a circulao do sangue e evitam as leses por esforos repetitivos; as chamadas D.O.R.T. (Doenas Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho).
Cada um dos quatro movimentos deve ser mantido por um tempo en-tre 15 e 30 segundos, repetidos trs vezes por semana, geralmente em dias eqidistantes, ou seja, segun-da, quarta e sexta-feira. Entre um exerccio e outro faa 30 segundos de pausa com respirao lenta e profunda.
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SADE
Entrelaar os dedos das mos estendendo o m-ximo que puder os bra-os esticados para cima, com as plantas das mos voltadas para o teto (ou para o cu).
Com um dos braos estendidos na horizontal, dobrar o outro brao por debaixo e puxar o om-bro at o limite do esforo do msculo. Repita o mesmo exerccio com o outro brao. Trabalha ombro, bceps e trceps.
Flexo lateral do pescoo Com um dos braos puxe a cabea levando a orelha em direo ao ombro. Repita o exerccio trocando de lado. Trabalha com o pescoo e com a regio supe-rior da coluna. Exerccio muito bom para as pessoas que precisam baixar a cabea para ver o monitor do com-putador. O ideal que cada um traba-lhe olhando para o computador com a tela na direo dos olhos, ou seja, sem ter que baixar ou elevar a cabea.
Alongamento da coluna Ide-al para quem trabalha muito tempo sentado, pois trabalha a parte inferior da coluna. Evi-ta problemas na coluna como bico de papagaio, provoca-dos por m postura. Sentado, deite o tronco encostando o queixo entre os joelhos e esti-que os dois braos procuran-do segurar com os dedos a ponta dos ps.
Professor de Educao Fsica, com ps-graduao em Administrao Esportiva, Osvaldo Stevano foi um dos pioneiros na implantao de programas de qualidade de vida (que incluem ginstica laboral) em empresas no Brasil. Dirige a Mara-tona Qualidade de Vida (www.maratona-qv.com.br), empresa associada ABQV (Associao Brasileira de Qualidade de Vida www.abqv.org.br). A Maratona tem entre seus clientes, empresas como Coca-Cola, Globosat, Petrobrs e Avon.
Sobre o nosso ORIENTADOR1 2
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Fotos: Alexandre Peconick
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SERVIO
A partir desta edio oferece-mos aos nossos leitores di-cas culturais que no se dirigem somente aos profi ssionais de Re-cursos Humanos.
LivrosRefl exes Sobre o Exemplo
de Nelson Savioli (Editora Quali-tymark www.qualitymark.com.br) Uma obra curta, de linguagem simples e de fcil leitura que cita grandes exemplos para procurar-mos extrair lies de vida. O que gerenciar no limite? O que so competncias-ncoras? Este livro do Superintendente Executivo da Fundao Roberto Marinho respon-de estas, entre muitas perguntas e cabe bem na estante do profi ssional que busca conquistas.
Gestores de Pessoas Os Im-pactos das Transformaes no Mercado de Trebalho de Leyla Nascimento (Editora Qualitymark)
A abordagem deste livro cita tpicos fundamentais para que os gestores de pessoas estejam antenados s velozes mudanas do mercado de trabalho. A autora, Presidente da ABRH-RJ analisa as diversas leitu-ras da sociedade de consumo. Ofe-rece tambm uma viso aprofunda-da sobre Educao nas empresas.
Inovao e Esprito Empreen-dedor Prticas e Princpios de Peter F. Drucker (Livraria Pioneira Editora 3 edio 1991) um livro antigo, mas que mantm con-ceitos ainda muito atuais diante das situaes que vivemos. Vale a pena ser lido vrias vezes com o olhar cr-tico. A obra prova o quanto o profi s-sional precisa ser inovador para se manter como um empreendedor.
Teatro My Fair Lady A pea que fez
amplo sucesso em Nova York (EUA) j est em cartaz no Brasil (So
Paulo e Rio de Janeiro). Alm de ser muito bela, com numeroso elenco, toda musicada, pela primeira vez ser inteiramente traduzida. A te-mtica traduz muito bem o esprito de equipe necessrio para que uma organizao chegue ao sucesso.
CinemaOs Infi ltrados Muito mais do
que faturar o mais cobiado Oscar da Academia este fi lme, este fi lme transmite ao profi ssional de RH como as entrelinhas das polticas das orga-nizaes funcionam de uma forma quase imperceptvel a muitos de seus colaboradores. Os Infi ltrados contri-bui para que os gestores de pessoas tenham uma viso mais crtica sobre fatos que no devem acontecer a um ambiente organizacional.
TV Big Brother Brasil 7 inte-
ressante observar como as situa-es de confl ito levam as pessoas transformao e ao limite do es-tresse fsico e mental. A reao das pessoas s situaes de tenso so cada vez mais surpreendentes. importante os psiclogos e pedago-gos se debruarem analisando este programa, porque esta a nossa vida. Exemplos do BBB deveriam ser muito bem olhados pelos profi s-sionais de RH para tratar situaes dentro das empresas, como a pres-so para realizar tarefas e o julga-mento dos outros.
NEWSLET
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Pea Um Inimigo do Povo abre alas para debate sobre poltica e opinio pblica brasileira
O que o teatro e a consci-ncia sobre a importn-cia do termo opinio p-blica tm em comum?
Tudo e mais um pouco. A releitura da pea Um Inimigo do Povo, tex-to do escandinavo Henrik Ibsen, uma realizao da KL Produes, com apoio do Grupo LET, mostra que o grande pblico adora espaos para debate. Integrante do projeto Vero e Pensamento a pea foi enriqueci-da com debates acerca dos temas Opinio Pblica, Povo na Arte e Povo como Discurso. No debate sobre Opinio Pblica o pblico
teve a oportunidade de avaliar o panorama formador de opinio
com o jornalista poltico Franklin Martins.
Um Inimigo do Povo esteve em cartaz no Espao Cultural Srgio Porto durante os meses de janei-
ro e fevereiro e mostrou a
h i s t r i a de um m d i -co hi-
per-
ULTURAtico em fi nal do sculo 19. Ele contesta toda a elite poltica local ao descobrir contaminao nas guas de um estncia hidromineral. Por convenincia decidem consider-lo um inimigo. A interpretao do elenco dirigido por Marcus Vincius Faustini deixa claro que as questes como a da falta de tica, convivn-cia por interesse e presso poltica ainda existem em nossa sociedade e merecem ser fruto de debate.
Trazer Ibsen de volta aos palcos tem tudo a ver com o atual momen-to do pas que precisa de espaos para a refl exo, por isso queremos cada vez mais levar a poltica aos eventos culturais com discusses enriquecedoras, comenta Marcus Vincius Faustini. Pegando gancho na temtica da pea, o jornalista Franklin Martins defi ne a opinio pblica atu-al como um movimento plural e no mais vindo de um centro formador de opinio: a classe mdia. A so-ciedade brasileira est se tornando mais sofi sticada e no respeita mais padronizao poltica. H formadores de opinio hoje em todas as classes sociais e em todas as regies, acre-dita o jornalista, que aps palestra respondeu a perguntas do pblico sobre os rumos da classe mdia, da imprensa e da poltica nacional.
em alta
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CULTURA
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: Gui
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Vida
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Cena da pea Um Inimigo do Povo
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