1
Programa de Educação Continuada a Distância
Curso de
Servir para Liderar
Aluno:
EAD - Educação a Distância Parceria entre Portal Educação e Sites Associados
Curso de Servir para Liderar
MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada.
2
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
3
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
MÓDULO I 1.1. Liderança, o princípio do Sucesso
Por que aprender a ser um líder ? Aprender a ser líder ? Sim, Aprender a ser
líder. Uma das “lendas” nesse assunto é de que o líder nasce pronto, quem nunca ouviu
frases do tipo: “Ele é um Líder nato” ou então “Ele têm espírito de Liderança” ? Esses
tipos de afirmações têm fundamento, mas não são restritivas, ou seja, líderes podem ser
formados e a gestão de equipe atualmente exige líderes e com um estilo muito bem
definido. Veremos que existem vários tipos de liderança e suas características.
Em qualquer área, na qual queira obter mais influência, você deve se tornar
um líder. Como podemos definir liderança, um dos assuntos mais abordados na área
empresarial. Seria ter Carisma ? Ou quem sabe ser Influente ? Será que preciso causar
Inspiração ? Preciso ser excelente no Desempenho da minha função ? As respostas
para essas perguntas pode até nos ajudar a ser líder, mas isso é tudo ?
Existem muitas razões para você iniciar a jornada. Existem muitas estradas,
muitos destinos e muitas maneiras de viajar.
A liderança possui um paradoxo em seu âmago – você não pode arrebatá-la
diretamente, ela é um presente que só pode ser dado pelos outros. Eu explico, você se
forma líder ou até nasce líder, mas são os outros que te tornam líder. Ela chega quando
eles reconhecem você, porque ser um líder não tem qualquer sentido sem os outros. Um
líder completamente solitário é como uma só mão batendo palmas, não faz o menor
sentido.
Três áreas se destacam na liderança:
1.1. Autodesenvolvimento
1.2. Habilidades de comunicação e influência
1.3. Pensamento Sistêmico
Você precisa ser forte e ter recursos para fazer a jornada. Você precisa
influenciar e inspirar os outros para juntar-se a você, de outro modo você arrisca ser um
viajante solitário e não um líder. E você precisa de um mapa, pois mesmo sendo forte
você pode se perder em um sistema complexo.
4
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Em primeiro lugar, ser um líder significa desenvolver-se a si mesmo. À medida
que se torna um líder, você encontra recursos em si mesmo que não sabia que tinha.
Você se torna mais você, porque a maior influência de um líder vem de quem ele é, do
que ele faz e do exemplo que ele dá.
Em segundo lugar, o líder inspira outros para juntar-se a ele na estrada, então
liderança envolve habilidades de comunicar e influenciar.
Em terceiro lugar, um líder precisa olhar para frente, bem como prestar
atenção onde ele esteve e onde ele está agora. O líder vê além da situação imediata. Ele
vê o contexto da jornada inteira. Isso significa que ele precisa compreender o sistema do
qual faz parte, ver além do óbvio, sentir como os eventos se conectam a padrões mais
profundos, enquanto outros apenas vêem acontecimentos isolados. Liderança é uma
combinação de quem você sãoé, habilidades e talentos que você tem e a sua
compreensão da situação ou do contexto em que você está. Embora esses elementos
sejam universais, você juntará as peças de uma maneira única.
A palavra gerenciar tem uma história interessante. Ela deriva da palavra
italiana “maneggio” que significa treinar um cavalo. Existe uma necessidade de liderança
nos negócios, ao mesmo tempo existe um vazio sobre o que isso significa na prática e
como fazer mudanças.
Liderança são parte e resultado das grandes mudanças na prática do
gerenciamento nos últimos 20 anos. Ela toma o lugar do modelo antigo ‘comando e
controle’ de dirigir uma organização. Em muitas empresas, especialmente no Ocidente
nós não obedecemos mais ordens, pelo menos sem uma boa razão. ‘Comando e
controle’, baseado na mentalidade militar foram apropriados 20 anos atrás num clima
social diferente e num ambiente empresarial estável. Para ilustrar um pouco da evolução
da liderança, podemos evoluir um pouco mais sobre o tema de liderança militar, algo
como dito anteriormente ultrapassado. O conceito de liderança militar foi consolidado nos
Estados Unidos da América após a vitória na Primeira e Segunda Guerra Mundial.
Consequentemente, os empresários presumiram que o estilo piramidal da hierarquia
militar era melhor maneira de “dirigir” empresas. Esse estilo funcionou enquanto os
Estados Unidos eram absolutos e os países destruídos no pós-guerra ainda estavam com
suas economias e empresas dilaceradas devido às guerras. Mas bastaram os países,
como Alemanha, Japão, Coréia e outros estruturarem-se, estabilizar a economia e a
soberania e supremacia das Empresas norte-americanas começarem a repensar a forma
de gestão. Nos dias atuais essa estabilidade acabou e o que existe é um ritmo frenético
de mudança. No seu lugar há novos valores como auto-estima e responsabilidade
individual e uma cultura empresarial que valoriza a empregabilidade acima do emprego. A
maneira “comando e controle” de gerenciar estão mortos, embora ela ressuscite,
ocasionalmente em alguns locais para drenar a vitalidade das organizações.
VELHO PARADIGMA
Cliente (Inimigo)
A liderança se transformou ao longo do tempo e ocorreu uma diversificação
muito grande de estilos de liderança, veremos a seguir alguns exemplos de estilo de
liderança. Quero deixar claro que não existe melhor ou pior estilo e sim estilo predileto. A
liderança não é uma ciência exata e dependendo da empresa, do líder e da equipe
aplica-se melhor um estilo de liderança, mas quero deixar bastante claro que o líder
possui seu estilo próprio e nesse curso estaremos focando o estilo de liderança servidora.
Então vamos aos exemplos de estilos de liderança.
5
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
6
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
A liderança visionária envolve uma visão globalizada e ampla do ambiente
empresarial, da empresa, seus produtos, serviços, metas, enfim, tudo que envolve seu
“core business”. Através de alinhamento de metas e objetivos com a equipe, o profissional
é capaz de visualizar as tarefas, dividir prioridades e responsabilidades e criar regras
básicas de conduta de equipe que permitem maior integração, pro-atividade e
desenvolvimento conjunto dos estágios de conclusão das tarefas. O líder visionário é
capaz de compatibilizar atuação das rotinas diárias com estratégias da organização num
processo contínuo de realização de etapas e resultados. Com isso, ele abrange o
conhecimento e entendimento das estratégias de curto, médio e longos prazos e o
entendimento do impacto de suas ações.
A liderança participativa envolve uma forte capacidade de preparar e
desenvolver pessoas muito mais pela ação conjunta do que pela utilização de processos
formais já existentes. Por meio de “feedbacks” constantes tanto sobre o desempenho de
seus colaboradores como de seus resultados e de comunicação eficaz, o líder
participativo envolve todos em suas metas, planos de trabalho, análise de problemas,
decisões, planejamento, e execução propriamente dita das tarefas, fazendo com que cada
um dê o melhor de si por comprometimento e engajamento e não por estar obedecendo
normas, procedimentos ou regras. O líder participativo conta com habilidade em persuadir
os demais com o intuito de obter apoio e engajamento na obtenção dos planos propostos.
Já a liderança motivacional enfoca o esforço contínuo para manter um
ambiente positivo e otimista, que busca a melhoria contínua de seus resultados através
da motivação da equipe e do envolvimento desses colaboradores. Ao motivar, este líder
dá a direção ao mesmo tempo em que energiza a equipe.
Finalmente a liderança servidora, a mais difundida e aplicada atualmente nas
empresas. Tudo começou com Robert K. Greenleaf, que, em 1977, recuperou
modernamente a importância desta liderança em seu livro Servant Leadership. Por sua
vez, o próprio Greenleaf afirma a influência de uma obra de 1932, Viagem ao Oriente de
Hermann Hesse. Mas foi com o consultor James C. Hunter, escritor de “O Monge e o
Executivo” e “Como se tornar um Líder Servidor” que ganhou o mundo. Todos se
enganam quando pensam que a liderança servidora é algo recente e inovador. Na
realidade o que é recente e inovador é adoção das empresas desse tipo de liderança,
pois foi criada em 1995 quando Hunter escreveu “O Monge e o Executivo”. A partir daí,
Hunter começou a difundir a liderança servidora pelas empresas como consultor e nos
últimos 5 anos veio à recompensa com a adoção por parte do mercado.
A liderança servidora é baseada em princípios básicos e elementares, mas os
pilares são o amor e o caráter.
A definição clássica de liderança é “A habilidade de influenciar pessoas para
trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos comuns”. Mas a liderança
servidora de Hunter acrescenta algo mais a essa definição e diz que: “A habilidade de
influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos comuns,
inspirando confiança por meio da força do caráter”.
NOVO PARADIGMA
Cliente
7
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
8
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
1.2. Características do Líder Servidor Como vimos no tópico anterior, palavras como Habilidade e influenciar não
podem faltar em qualquer definição de liderança, mas caráter é algo imprescindível em
uma liderança.
O amor que se apresenta na liderança não é o amor carnal, nem a paixão
arrebatadora entre amantes, é algo maior e pleno, com uma abrangência em todas as
esferas e campos. Quando Hunter fala sobre amor ele fala do “ato de se pôr à disposição
dos outros, identificando e atendendo suas reais necessidades, sempre procurando o
bem maior”. E sua verdadeira interpretação é “Amor é o que o amor faz, e não o que se
fala ou o que se pensa”.
Para exemplificar a definição de amor, vamos a dois exemplos dado por
Hunter sobre esse “tipo de amor”.
Inicialmente a estória de São Francisco de Assis onde pediu aos seus
seguidores que pregassem o evangelho em todas as ocasiões, locais e para todas as
pessoas, mas com uma pequena ressalva, só usassem palavras quando fosse
necessário.
E no exemplo mais contemporâneo e que ilustra muito bem a comparação
entre o que se faz e o que se fala e pensa.
“Nos tempos de solteiro, quando saíamos em grupo para aproveitar o que a
noite oferecia, passeávamos em boates e bares bebendo e nos divertindo. Até aí nada de
estranho, mas quando chegava por volta de 3 da manhã um dos amigos do nosso grupo,
o único casado, falava: Acho melhor eu voltar para casa e ficar com minha esposa. Amo
aquela mulher.” Será que amava mesmo ? Eu me pergunto, as atitudes eram
condizentes com as palavras ? E a resposta era não, ele podia sentir qualquer coisa
menos amor.
A liderança servidora cultua o amor devocional. Mas o que é amor
devocional ? É à disposição de uma pessoa para ser atenciosa com as necessidades, os
interesses e o bem-estar de outra pessoa, independente de como se sinta. Ma prática
isso pode ser complicado, pois existem pessoas e pessoas. Fazer isso com quem
gostamos aparentemente é tranqüilo e fácil de aplicar e quando temos que trabalhar com
pessoas resistentes e que nitidamente lutam contra e não tem afinidade com a gente. O
que fazer ? A resposta é, incentive-os, interesse-se pelos problemas deles, ouça-os da
9
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
forma mais plena possível. Não os julgue inimigos e aja como fossem amigos. Pois se
eles se colocam como seus inimigos e você os trata como amigos, eles perceberão e
tornaram-se amigos gradativamente e consequentemente deixará de ter inimigos.
Se você acha que a liderança servidora é para ser aplicada apenas no
trabalho ou na empresa, engano seu. Quando somos pais, pastores, educadores e
diversas outras posições na sociedade precisam pensar como líderes servidores, pois é
assim que nossos liderados esperam que nos comportemos.
Nossos filhos por exemplo nos tomam de exemplo para ter um espelho,
alguém a seguir, e se utilizamos os princípios básicos da liderança servidora, amor e
caráter, fatalmente estaremos formando pessoas decentes e muito provavelmente futuros
líderes.
O papel do líder servidor é ser um facilitador e trabalhar para que os liderados
tenham no líder um porto seguro e um ponto de apoio fundamental para atingir seus
objetivos. O líder servidor tem como principal objetivo, retirar as “pedras do caminho” dos
seus liderados. Precisa estar atento não só aos problemas do trabalho, mas também aos
problemas extra-trabalho, que podem influenciar negativamente na produtividade.
Há um conceito primordial na liderança servidora, o de conta-corrente
emocional. Isso mesmo, conta-corrente. Todos nós criamos uma conta-corrente de quem
nos cerca e convive com a gente. Essa conta-corrente tem o mesmo mecanismo de uma
conta-corrente financeira, ou seja, aceita depósitos e retiradas. A diferença é como são
feitos os depósitos e como são feitas as retiradas.
Os depósitos são a parceria, a cumplicidade, a ajuda, o comprometimento e
todas as ações boas que são realizadas para um determinado indivíduo. Fazendo isso
você está inserindo depósitos na sua conta-corrente com aquela pessoa.
Já as retiradas são as falsidades, a traição, a exposição ao ridículo, à
sonegação de informação, o deboche e todas as ações más realizadas a um indivíduo.
Agindo dessa forma você só está fazendo retiradas da sua conta-corrente com a pessoa.
Portanto, temos uma conta-corrente com cada pessoa e os “saldos” de nossa
conta-corrente podem ser negativos com uns e positivos com outros. Isso é o que
determina se temos “crédito” com as pessoas e eles nos consideram, se farão algo pela
gente ou até mesmo se nos respeitarão.
10
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
O líder busca sempre ter saldos positivos com todos, só assim o time estará
junto ao líder em qualquer situação. Essa metáfora de conta-corrente não se aplica
apenas na empresa, mas em casa com a esposa ou marido, com os filhos, amigos e com
qualquer pessoa. Então, pense muito bem como anda a sua conta-corrente com
determinada pessoa e se tem feito mais retiradas do que depósitos.
Em resumo, liderar é servir. Fiquem atentas as necessidades da equipe, seus
anseios e aja como “pai” com relação a um “filho”, mas não esqueçam que “pai” também
sabe esbravejar, dar bronca, repreender e dizer não. Mas mesmo nesses momentos,
busque o lado educativo, pois há uma grande diferença entre ameaçar e advertir.
1.3. Líder forma Líder, Chefe forma Subordinado
Esse ponto é extremamente simples e complexo ao mesmo tempo. Não é
preciso de um curso para entendermos que “chefe não é líder” e que nem todo chefe é
tão bom quanto ele era quando era um chefiado. Mas vale lembrar alguns detalhes e
características de líder e chefe.
CHEFE LÍDER
Conduz as pessoas Aconselha
Inspira medo Inspira segurança
Digo “eu” Dizemos “nós”
Preocupa-se com as coisas Preocupa-se com as pessoas
Colhe louro (elogios) Distribuem louros (elogios)
Procuram culpados Assume responsabilidades
Fiscaliza Acompanha
Faz mistério Comunica
Forma um grupo de pessoas Forma um time
Enxerga o hoje Imagina o amanhã
E mesmo que não tenhamos um cargo de chefia ou hierarquicamente
importante, isso não impede de sermos líderes em nossas empresas e influenciar outras
pessoas a serem mais entusiasmadas, mais empenhadas e com mais disposição.
11
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Vou dar um exemplo que acredito ser o mais real e que qualifica ambas as
situações: de pessoas que possuíam exímias habilidades técnicas e não foram grandes
líderes e de pessoas que não eram tão brilhantes tecnicamente e são exímios líderes.
Quem não conheceu a maravilhosa seleção de Vôlei masculina da era Bernard, Renan,
William, Montanaro e Bernardinho ? Todos os que citei eram brilhantes jogadores de
vôlei, mas apenas Bernardinho era reserva da seleção. Todos tentaram a carreira de
técnico (líder) de vôlei, mas quem é o atual técnico da nossa seleção de vôlei masculina e
que ganha todos os torneios que disputa ? O reserva Bernardinho. Como você vê, ser
líder é influenciar pessoas a trabalharem juntas para um propósito, com amor, caráter e
determinação e nem sempre os melhores “comandados” serão os melhores
“comandantes”.
Outro exemplo é o atual técnico da seleção feminina de vôlei, José Roberto,
que em 1992 era técnico da seleção masculina e “comandou” a seleção de vôlei nas
olimpíadas para a conquista da medalha de ouro, fato inesperado, pois estávamos
passando por uma renovação na seleção. O fato que ilustra sua posição de liderança
naquela seleção foi quando um repórter antes da final perguntou: “Como você conseguiu
fazer com que esses “meninos” chegassem onde chegaram ?” E ele respondeu dizendo:
“Simples, eu digo a eles para fazer e dar o melhor de si em torno de nossa causa e
acreditem que o companheiro que está ao seu lado na quadra está fazendo o melhor.
Sendo assim, você precisa fazer também o seu melhor”. Isso é habilidade de influenciar
os outros.
E nunca esqueça de duas afirmações: “Líder sempre deixa sua marca, boa ou
ruim, a dúvida é qual marca você deixou” e “Líder forma líder, chefe forma subordinados”.
1.4. Liderança X Poder
No estilo de liderança tradicional, aquela do pós-guerra, a liderança vem
acompanhada do poder e é através dele que se administra. Há um outro fator primordial
nessa binômia Liderança e Poder que se chama Autoridade. Vamos esclarecer cada um
dos três fatores e verificar suas características e aplicação na administração.
A liderança já falamos que tem a ver com influência, e através da influência e
habilidade conquistamos naturalmente autoridade. Graças à autoridade, o líder consegue
12
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
com que os membros da equipe façam (com boa vontade) o que ele precisa e quer. A
frase que melhor define autoridade é: “Farei isso por você” !
Já o poder é a capacidade de obrigar, por causa de sua posição ou força, os
membros da equipe obedecem à sua vontade mesmo que eles preferissem não fazê-lo. A
frase que melhor define poder é: “Faça isso, senão vai ver” !
Uma das mais importantes diferenças entre Poder e Autoridade é que o Poder
pode ser dado, tirado, comprado ou vendido. Já a autoridade é a essência da pessoa,
está extremamente ligado ao seu caráter.
Mas não devemos nos enganar sobre o Poder, ele funciona. Mas o problema
é que funciona por algum tempo. É possível conseguirmos as coisas na base da
imposição, mas o tempo passa e as pessoas adquirem novas habilidades e o poder que
você tem sobre elas também muda, ou melhor diminui ou até mesmo acaba. Por isso a
liderança é baseada na autoridade e não no poder.
Além disso o poder traz uma conseqüência grave e por muitas vezes
irreversível, ele desgasta os relacionamentos. E quando isso ocorre, acaba o respeito, a
participação, a parceria e o principal a vontade de ajudar.
O poder e a autoridade não existem apenas na empresa e na vida
profissional, na nossa vida pessoal também se fazem presentes. Vamos um exemplo bem
básico sobre autoridade e poder na nossa vida pessoal.
Quem nunca pediu ao filho que arrumasse o quarto ? E quem nunca ouviu
uma resposta do tipo “Depois eu arrumo” ou pior, finge que ouviu e ignora. O que muitos
pais fazem é usar o Poder. Aí vem a seguinte frase: “Arrume seu quarto agora que estou
mandando !”. Seu filho imediatamente vai arrumar o quarto, mas não porque tem respeito
e sim porque tem medo. Ele arruma o quarto não porque entende que um quarto
arrumado tem suas vantagens, mas sim porque você quer. O que vai acontecer é que seu
filho vai crescer e se você só cultivou medo, um dia ele não arrumará o quarto e seu
poder sobre ele vai acabar. Já se você como pai ou mãe tiver autoridade sobre ele, o
quarto pode até demorar um pouco para ser arrumado, mas pode Ter certeza que será
arrumado. E o mais valioso de tudo, seus netos também terão quartos arrumados, pois
você terá formado líderes.
Mas como adquirir a autoridade ? É característica de o verdadeiro líder ter
autoridade mesmo sem ter poder. Na verdade, a autoridade supõe uma vida sempre
limpa, coerente e comprometida. Logo a autoridade é uma decorrência de um modo de
vida, de um carisma. Madre Tereza de Calcutá, João Paulo II e muitos outros foram
exemplos de vida para nós e que marcaram, não pelo poder que tinham, mas pela
autoridade que carregavam dentro de si, com o exemplo de vida, de serviço, de doação e
coerência de suas ações.
Existem profissionais em todas as classes e em todos os campos; como na
política, na religião ou na economia que possuem cargos e fazem uso deles pelo poder e
não conquistam o respeito tão desejado pelo ser humano e, há outros que os exercem
muito mais pela autoridade, pela competência e são amados e respeitados.
Um novo modelo de liderança é proposto, utilizando o modelo da pirâmide
invertida. É preciso ter vontade para escolhermos amar, isto é, sentir as reais
necessidades e não o desejo daqueles que lidera. Para atender a essas necessidades,
precisamos nos dispor a servir e até mesmo nos sacrificar. Quando servimos e nos
sacrificamos, exercemos autoridade ou influência. E quando exercemos autoridade com
as pessoas, ganhamos o direito de sermos chamados de líderes. Vejam a seguir a
pirâmide invertida do modelo de liderança servidora.
MODELO DE LIDERANÇA SERVIDORA
13
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
14
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
O que observamos é que hoje não há uma harmonia entre poder e autoridade,
o que seria importante para que houvesse equilíbrio nas relações sociais e familiares,
pois, em geral, quando alguém exerce um cargo e não tem autoridade, vai valer-se muito
mais do poder o que, com certeza, trará sérios problemas nas suas relações.
Como podemos ver, há diferenças significativas entre poder e autoridade e a
escolha de um destes caminhos vai fazer uma grande diferença no trajeto de nossas
vidas. Creio que, se cada um de nós dirigirmos nossa vida com competência e coerência,
poderemos colaborar para que a autoridade se sobreponha aos desmandos do poder e,
assim, estaremos contribuindo para uma sociedade mais harmônica.
1.5. A Liderança não vem com a Gerência
A liderança é quem somos, já a gerência é o que fazemos. Um erro clássico
na administração empresarial é promovermos os chefes e gerentes, excelentes técnicos e
burocratas. A chance de o técnico ser um chefe ou gerente fracassado é grande, caso
não tenha mudanças profissionais (caso não haja como líder) e treinamento. A maioria
das pessoas promovidas a posições de liderança recebe pouco ou nenhum treinamento
sobre a maneira de conduzir o mais valioso recurso e patrimônio da empresa: ou seja,
seus colaboradores. O que acontece nesses casos é que perdemos um ótimo técnico e
ganhamos um péssimo gerente.
Também é verdade que o treinamento não é a fórmula mágica de criar um
líder, precisamos dar condições no trabalho e ter um freqüente acompanhamento.
Um fator que normalmente ocorre com o Gerente é o de acomodação e de
autocracia. Ambos são ingredientes de uma estagnação ou de um declínio.
As pessoas precisam perceber que ao alcançar um objetivo precisam rever
algumas estratégias, pois com certeza teremos novos objetivos a serem alcançados e se
continuarmos fazendo as mesmas coisas que nos levaram a alcançar o antigo objetivo,
possivelmente não seremos capazes de atingir o próximo objetivo. Não estamos falando
de conceitos, caráter ou posturas, mas sim de procedimentos.
As habilidades técnicas orientadas para o resultado que levaram muitos
gerentes a posições de liderança não são necessariamente as melhores ferramentas para
inspirar os outros a fazerem um bom trabalho e alcançar cargos de liderança. Vamos a
exemplos que ilustram esse ponto. Lou Gerstner líder da IBM durante a virada da
15
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
empresa no mercado era quem liderava a empresa de biscoitos Nabisco, ou o Líder da
Burger King (cadeia de fast-food norte-americano) dirigia a Northwest Airlines. O que
quero mostrar é que para ocupar cargos de decisão e gerenciais, independe do negócio
da empresa ou da técnica empregada ao negócio, mas sim de aspectos de liderança e
nesse caso, é o mesmo em qualquer tipo de empresa e em qualquer tipo de negócio.
Liderar de forma servidora significa conquistar as pessoas, envolvê-las de
forma que coloquem seu coração, mente, espírito, criatividade e excelência a serviço de
um objetivo.
Pessoas não são gerenciadas , elas são lideradas. 1.6. O maior Líder da Humanidade: Jesus.
Por tudo que já vimos até agora é impossível encontrar um líder servidor mais
característico do que Jesus Cristo, tivemos outros ao longo da história, como Gandhi,
Madre Teresa de Calcutá e Martin Luther King, mas nenhum comparado a um homem
que influenciou e influencia bilhões de pessoas. Jesus Cristo.
No livro de Mateus, no Novo Testamento, Jesus faz uma declaração definitiva
sobre liderança. A passagem foi interpretada de várias maneiras, mas o fundamental é
que Ele diz que qualquer um que deseje ser o Líder deve primeiro servir.
Ninguém pode negar que esse homem exerceu uma grande influência no
planeta. Não pelo ponto de vista religioso, pois isso é um fato. Uma vez que concordamos
sobre isso, passamos para o segundo ponto dessa conversa. Se Jesus tinha tanta
influência, nós devemos prestar atenção no que ele tinha a dizer sobre liderança. Porque
ele era muito bom nisso. E o que ele falava era o seguinte: as pessoas devem seguir você
de livre e espontânea vontade. Isso significa exercer a liderança por meio da autoridade, e
não do poder.
Mas Jesus passou por problemas como qualquer outro líder, e o maior
problema foi o da confirmação. Aproveitando o assunto, vou relembrar uma frase da ex-
primeira-ministra da Inglaterra, Margareth Thatcher: ”Ser Líder é como ser uma Dama na
Sociedade. Se você tiver que lembrar às pessoas que você é, é porque você não é”.
Quando alguém apregoa que é líder, tem que provar. Não com palavras e discursos e sim
com gestos e atitudes com a demonstração da força do caráter. E não foi diferente com
16
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Jesus. Através de pregações, milagres e solidariedade Jesus provou ser o messias, ser o
líder que o povo esperava.
É assim também com os líderes empresariais, os líderes familiares, os líderes
religiosos, enfim todo líder precisa ganhar a confiança dos liderados e isso só acontece tal
qual aconteceu com Jesus, com confirmações.
Em seguida, serão apresentadas as "7 atitudes daqueles que lideram
baseados no estilo de Jesus".
Em primeiro lugar, toda atitude tem que ter paciência para ter repercussão e
retorno. É preciso perseverar e não desistir no meio do caminho, mesmo com as
tentações demoníacas. E Cristo foi colocada à prova várias vezes durante sua vida e
soube esperar o melhor momento para mostrar ao mundo a sua Missão.
Em segundo lugar, as atitudes para serem tomadas precisam de pro atividade. Cristo não se sentou e esperou que o Pai e o Espírito Santo fizessem seu
papel - como fazem alguns gerentes. Ele assumiu sua responsabilidade nesta Trindade e
fez a sua parte.
Em terceiro, temos que em cada atitude Confiar em si. Se você não acredita
naquilo que faz, quem acreditará? Sem qualquer tipo de arrogância, Cristo convencia pela
sua própria convicção. Quantas pessoas duvidaram que ele era o Messias e ele nunca
duvidou disso e começou a série de eventos de provações ?
Ter expectativas positivas sobre as pessoas também foi uma característica
fundamental em Jesus Cristo. Neste quarto ponto, Cristo sempre esperou o melhor das
pessoas. Muitos gestores acabam desconfiando da sua própria equipe. O resultado desse
tipo de atitude são pessoas desmotivadas e em permanente estado de alerta contra
possíveis investidas agressivas de seus superiores.
O princípio que julgo mais importante é o quinto - o da humildade. A definição
mais determinante é: “Humildade é a capacidade de reconhecer a importância do outro”.
Quantos gerentes são capazes de reconhecer que seus sucessos só são obtidos porque
contam com uma equipe competente?
O sexto princípio é definido pela expressão "capacidade de compreender".
Nós costumeiramente chamaríamos isso de empatia, mas Jesus dá ao tema um sentido
bem mais amplo. Ele pregou que é preciso entender com a mente, o coração e a alma.
17
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
O sétimo e último princípio manifesta a crença. Trata-se de acreditar. Jesus
sempre apostou que, somente quem acredita é capaz de fazer acontecer.
Um outro ponto importante foi que Jesus sempre primou por saudáveis
relacionamentos. Um relacionamento desta natureza é aquele em que a distância
(posição social, por exemplo) é quebrada. Quando João fala “que o verbo se fez carne e
habitou entre nós”, ou quando Paulo fala do esvaziamento de Jesus, uma grande
mensagem que deixaram é que Jesus quebrou a distância que os homens construíram
entre eles e Deus. Através de Jesus aprendemos que se relacionar implica quebra de
distanciamento, interesse e amor pelas pessoas, ser gentil e amável com todos, não fazer
discriminações, acreditar no potencial e possibilidades dos outros, abrirem espaço para
que os outros cresçam, saber perdoar, ser um incentivador e etc. (você pode acrescentar
algo mais a esta lista ?).
Laurie B. Jones (autora do livro “Jesus, o maior Líder que já existiu”) destaca
a força das relações que Jesus mantinha com as pessoas. Afirma que ele dava às
pessoas uma visão maior do que elas mesmas, ele estava aberto às pessoas e às suas
idéias, acreditava na sua equipe, tratava todos como iguais, responsabilizava os membros
do seu grupo, passava tempo com eles, agradecia em público e em particular, servia a
sua equipe, defendia os membros da sua equipe, via as pessoas como sua maior
realização, entre outros pensamentos esposados pela autora.
John Maxwell (autor de vários livros, entre eles: “Segredos da Atitude: O que
todo líder precisa saber”) propõe algumas perguntas em nível de reflexão sobre a
importância de se manter relacionamentos saudáveis; "Como está sua capacidade de
interação pessoal ? Você se dá bem com estranhos ? Interage bem com qualquer tipo de
pessoa ? Consegue encontrar pontos comuns rapidamente ? E quanto a relacionamentos
a longo prazo ? Você é capaz de manter os relacionamentos ?”.
O mesmo autor conta a história de um pai cujo filho ainda adolescente saiu de
casa, após romper o relacionamento familiar. Após muita procura o pai, como última
alternativa, colocou um anúncio em um jornal de grande circulação, dizendo assim:
Querido Paco, encontre-me na frente do prédio do jornal amanhã ao meio-dia... Tudo está
perdoado... eu amo você. Na manhã seguinte, em frente ao prédio do jornal reuniram-se
quase 800 "Pacos" desejando recuperar relacionamentos rompidos. Minha pergunta é:
18
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
quantos Pacos podem ser restaurados se você deixar de cuidar dos interesses pessoais e
partir para a manutenção de relacionamentos saudáveis ?
Karl Menninger (psicólogo e autor de “Eros e Tânatos - O Homem Contra Si
Próprio”), afirmou que o "amor cura as pessoas... tanto aquelas que dão, quanto àquelas
que recebem". Ou seja, manter relacionamentos saudáveis é uma via de mão dupla na
qual você e o outro são abençoados.
O exemplo mais palpável sobre a liderança de Jesus e através da servidão é
dado no livro “Jesus, o maior Líder que já existiu”. Onde compara Jesus a um empresário
que montou uma equipe com 12 pessoas que estavam longe de serem perfeitas, mas
conseguiu treiná-las e motivá-las para cumprirem sua missão com sucesso.
Seu objetivo era construir, e não destruir; educar, e não explorar; dar apoio e
fortalecer, e não dominar. A força e a esperança do mundo estão em pequenos grupos de
pessoas conduzidos por líderes que incorporem ao trabalho valores fundamentais, como
cooperação, boa vontade e amor.
Não há a menor dúvida de que Jesus é realmente o maior líder na
humanidade, pois montar uma equipe de 12 pessoas totalmente diferentes e fazer com
que eles fizessem o que Jesus tinha como missão, é algo inquestionável. Para termos
uma idéia de como era árdua e difícil à tarefa de formar essa equipe, vamos conhecer
cada um dos apóstolos e seu perfil.
Simão Pedro, Petrus (pedra de arremesso) Chamava-se Simão, era filho de Jonas e Maria, como irmão mais novo tinha
André. Nascido em Betsaida, Cafarnaum. Pescava um dia às margens do rio Jordão
quando Jesus o chamou. Daí por diante passou a seguir o Mestre .
Chegou a negar o Jesus, a quem amava , possuía uma fé intensa, mas às
vezes se mostrava fraco e incrédulo. Presenciou a transfiguração, mas não apareceu no
Calvário. Fortalecido pelo Espírito Santo no dia de Pentecostes, se pois a pregar o
Evangelho aos judeus e gentios.
Presidiu a eleição de Matias, escolhido para suceder a Judas, bem como o
Concílio de Jerusalém, depois do qual se dispersaram os Apóstolos, a fim de, seguindo a
determinação do Mestre, ir pregar o Evangelho a toda criatura, batizando-as em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo.
19
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
André Filho de Jonas e irmão de Pedro, também um pescador. Antes de conhecer o
Mestre, era discípulo de João Batista. Após a dispersão dos Apóstolos, evangelizou na
Ásia Menor, na Capadócia e possivelmente na Rússia, onde é venerado.
De acordo com os "Atos de André e Bartolomeu" (os dois Apóstolos estão
tradicionalmente ligados e devem ter viajado muito juntos), eles pregaram em Epiro,
Trácia, Galácia, Bitnia, Cítia, Danúbio e Acaía, países do Oriente Médio ou Europa
Oriental. Convenceu João a escrever o documento no quais os Quatro Evangelhos estão
baseados. Foi ousado e um disseminador do Evangelho do Amor.
Simão Zelot Natural da Galiléia, tinha o sobrenome Cananeu (Zelot). Da mesma forma que
Felipe, Simão parece ter ido primeiro ao Egito. Como a tradição sinóptica diz que Jesus
enviou seus discípulos aos pares, talvez eles tenham realmente viajado juntos.
Simão, no entanto, parece ter voltado através da África do Norte, Espanha e
Bretanha (segundo uma determinada tradição). Ele deve ter voltado por terra à Ásia
Menor e de lá se juntado a outros Apóstolos orientais na Pérsia. Com Felipe e Marcos,
discípulos de Pedro, Simão provavelmente ajudou a estabelecer os ensinamentos de
Jesus no Egito.
João, Boanerges Era irmão de Tiago o Maior, filho de Zebedeu e Salomé, seu sobrenome
Boanerges. Era pescador, natural de Jerusalém, e discípulo de João Batista antes de o
ser de Jesus. Foi companheiro inseparável de Pedro. Nos primeiros tempos da Igreja,
coube-lhe impor as mãos aos recém convertidos em Samaria. Evangelizou os
Samaritanos. Jesus, ao morrer, confiou-lhe a mãe, da qual cuidou até morrer, durante o
reinado de Trajano. Os ensinamentos de João são preservados no seu Evangelho e nas
três epístolas, embora possam ter sido escritas por um discípulo.
O Apocalipse é realmente atribuído ao próprio João, mas foi claramente
escrito por uma diferente pessoa ou escola daquela do Evangelho e das Epístolas.
20
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Bartolomeu (Natanael) Conhecido também como Natanael, natural de Caná da Galiléia. Bartolomeu
teria sido apresentado a Jesus por Felipe, que talvez fosse seu irmão. Assim como Tomé,
era um viajante e a tradição o localiza em áreas como Índia, Armênia, Irã, Síria e por
algum tempo na Grécia, com Felipe (Phrygia).
Mateus (Levi) O primeiro dos quatro evangelistas, Mateus, que tinha o apelido de Levi,
natural de Cafarnaum, era coletor de impostos. Por causa desta profissão ele era
bastante antipático aos judeus, os quais o zombavam de sujo e falso. Chamado por
Jesus, de forma serena, Mateus o acompanhou em suas peregrinações, presenciou seus
milagres e ouviu seus ensinamentos, que mais tarde compendiou em seu Evangelho,
primitivamente redigido em aramaico. Este evangelho não existe mais, mas pode ter sido
à base do evangelho grego, mais tarde associado a seu nome. Destinou-se aos judeu-
cristãos, objetivando demonstrar-lhes que era Jesus o Messias prometido de Israel. Diz à
tradição que ele, após a morte de Jesus, pregou na Palestina e em seguida na Etiópia,
onde ressuscitou a filha do rei.
Judas (Tadeu) Descendente da linhagem real de Davi, irmão de Tiago o Menor, e primo de
Jesus. Natural da Galiléia. A tradição diz ter evangelizado na Mesopotâmia, Palestina,
Síria e a Arábia. É localizado na Armênia nos anos de 43 a 66, onde se juntou os quatro
outros Apóstolos do Oriente. Judas aparentemente viajou acompanhado de Simão o
Zelot, quinto Apóstolo a ir ao Oriente.
Tomé Chamado de Dídimo, natural da Galiléia. Tomé foi um, dos mais influentes e
produtivos dentre os vários discípulos que foram para o Oriente, incluindo Bartolomeu,
André, Simão e Judas. Os ensinamentos destes homens ficaram perdidos para as Igrejas
do Ocidente, mas continuam atuais para as tradições ortodoxas e orientais. Ao contrário
21
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
de Pedro e Felipe, estes Apóstolos não eram casados. Tomé, em particular, foi muito
estimado e há evidências de que tenha viajado não só à Pérsia, mas até mesmo à Índia,
provavelmente acompanhado por Bartolomeu e Judas, trazendo talvez um Evangelho
Hebraico original de Matias à Índia. Tomé criou linhas apostólicas de sucessão em todos
os lugares por onde passou no Oriente, indo de sinagoga em sinagoga.
Tiago (Maior) Nasceu em Jerusalém. Filho de Alfeu, sempre se espelhou em sua Mãe.
Buscando o primeiro lugar, ser vencedor, tinha como irmão João o discípulo do amor. Seu
sobrenome Boanerges, lhe concedeu que foi chamado "Guanerjes", que significa filho do
trovão, de garra e de guerra. Foi o primeiro bispo de Jerusalém, cuja igreja dirigiu entre 42
e 62 d.C. Os primeiros cristãos o chamavam "O Justo", devido à sua grande piedade.
Felipe Natural de Betsaida, perdeu o pai exatamente na ocasião em que conheceu o
Mestre, não deve ser confundido com Felipe o Servo (Diácono). Felipe viajou ao Egito,
Etiópia (África) e ao Norte, rumo à Grécia onde viveu em Hierápolis com suas quatro
filhas, que eram profetizas. Duas delas permaneceram virgens e muito conhecidas por
suas previsões. Felipe, que era um judeu helenístico, era antes de mais nada um
evangelista para as sinagogas judaicas de língua grega da Phrygia e dos arredores da
Grécia e Macedônia. Felipe evangelizou grande parte da Ásia Menor e da Galatia.
Acredita-se que foi por causa da migração da Galatia para Gaul (França), que a tradição
surgiu em Gaul.
Tiago (Menor) Tendo como irmão Mateus (o coletor de impostos), e sendo filho de Alfeu, se
diferenciava violentamente em sua ideologia política, antes de se tornar discípulo de
Jesus. Mateus era um funcionário romano, enquanto Tiago se tornava um zelot
revolucionário como Simão. Ele tinha um outro irmão, José e uma irmã Salomé, que
aparece em algumas tradições Cristãs apócrifas. O Apóstolo Judas também havia sido
um zelot galileu antes de se tornar discípulo de Jesus. Tiago, aparentemente,
permaneceu na Galiléia onde nasceu, na maior parte de seu ministério, viajando, certa
22
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
vez, à Armênia. João era o discípulo "bem-amado"; Tomé, o "Mestre Maior"; Tiago, "o
Justo", "por causa dele o céu e a terra vieram a existir" e Pedro "aquele para quem foram
entregues as chaves do céu". A tradição de cada Apóstolo o proclamou como o maior.
Judas (Iscariotes) Nasceu em Queriote, seu sobrenome Iscariotes, suicidou-se do feito (Judas a
Cristo traiu).
Como podemos constatar a tarefa de Jesus foi difícil e teve todo o tipo de
resistência, mas ele como Líder, nunca desistiu e formou uma equipe que pregou, amou,
conquistou seguidores e deu continuidade a sua missão, ainda há alguém com algum tipo
de dúvida que Jesus é o maior líder da humanidade ? E lembrando que Jesus utilizou a
liderança servidora. Nós veremos no próximo módulo, até lá.
Top Related