“Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
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COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
PATOLOGIA
BÁSICA
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SÃO BENTO
Nesta disciplina serão abordadas algumas das principais patologias, o que acaba
promovendo uma variação fisiológica do organismo ou de um determinado órgão, a palavra
patologia significa estudo das doenças, mas pode se definir patologia como sendo a relação ao
que é considerado normal do ponto de vista anatômico e fisiológico.
HOMEOSTASE.
Cada célula do corpo está envolvida em um processo de manutenção para manter um
equilíbrio interno chamado de HOMEOSTASE. Qualquer alteração a nível celular pode afetar
todo o organismo, por fatores externos ou internos. Quando a homeostase é interrompida por
fatores externos como lesão, falta de nutrientes, invasão por parasitas ou outros organismos
pode ocorrer à doença. Desta maneira a fisiopatologia pode ser definida como uma alteração
no funcionamento normal do organismo.
CAUSAS.
As causas podem ser intrínsecas e extrínsecas. Genética, idade, agentes infecciosos ou
comportamento, tais situações propiciam o aparecimento de doenças, em algumas situações
na qual o indivíduo apresente algumas características patológicas, na investigação de tal
circunstância não se consegue conhecer a causa que está desencadeando uma determinada
doença, neste caso a literatura define como doenças idiopáticas.
DESENVOLVIMENTO.
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SÃO BENTO Patogenia se refere ao desenvolvimento de uma doença. Algumas doenças são
classificadas como autolimitadas, se resolvem com intervenção limitada ou sem nenhum tipo
de intervenção, existem também algumas doenças que são crônicas, ou seja, não existe uma
possibilidade de tratamento que resulte na cura do indivíduo enfermo. Uma doença é
detectada, em geral quando ocorre uma alteração fisiológica se manifestando da seguinte
forma, por exemplo: hipofunção (constipação intestinal) hiperfunção ( convulsões).
ESTÁGIOS.
Em geral as doenças evoluem através de estágios, estágios que indicam o grau de
exposição ou lesão. Quando um tecido é exposto ao agente causador, ocorre uma exposição
ou lesão, durante o segundo estágio denominado de latência, nesta situação os sintomas não
são manifestos.
No terceiro estágio, estágio pandrômico, os sintomas são inespecíficos e leves, já na
fase aguda é onde a doença atinge o seu pico, sua alta intensidade, podendo resultar em
possíveis complicações. Existe um estágio denominado de fase aguda subclinica, um estágio
na qual a pessoa poderia agir como se a doença não estivesse doente. A remissão é um
segundo estágio da latente, em geral seguida de uma fase aguda. Durante o próximo estágio, a
convalescença, o paciente progride para a recuperação após o término da doença, no último
estágio chamado de recuperação, o paciente se recupera a saúde volta ao seu estado normal e
suas funções ora afetadas desencadeando alguns sintomas logo desaparecem.
TERMINOLOGIA DE TRAUMA ESQUELÉTICO E FRATURA
A radiografia do trauma esquelético exige um entendimento dos termos que são
exclusivos dessas situações, como a terminologia da fratura deslocamento. Conhecer os
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SÃO BENTO termos que são usados na história do paciente ou na requisição de exames permitirá que o
técnico compreenda qual o tipo de injúria ou fratura que está sendo suspeitada e quais são as
incidências mais importantes. Também ajudará a saber como evitar certas técnicas de
posicionamento ou posições corporais que possam resultar em dor ou injúria adicional.
LUXAÇÃO
Luxação ocorre quando o osso é deslocado de uma articulação ou quando o contato
articular dos ossos que formam a articulação é completamente perdido. As luxações mais
comuns no traumatismo são as de ombro, dedos ou polegar, patela e quadril. Luxações podem
com frequência ser clinicamente identificadas pelo formato ou alinhamento anormal das
partes do corpo, e qualquer movimento dessas partes pode ser doloroso e deve ser evitado.
Como nas fraturas, as luxações devem ser examinadas em dois planos, em 90° em relação ao
outro, para demonstrar o grau de deslocamento.
Se um osso deslocado voltar sozinho à normalidade após a injúria, o dano pode ainda
assim ter ocorrido, e é necessário um mínimo de duas incidências da articulação afetada para
avaliar danos e/ou possível fratura por avulsão.
SUBLUXAÇÃO
Luxação parcial é ilustrada na Fig. 19.5, na qual uma vértebra está deslocada
posteriormente. Outro exemplo é o cotovelo da babá, que é um deslocamento parcial
traumático da cabeça radial de uma criança, causado por forte tração da mão e punho de uma
criança por um adulto. Isso frequentemente é reduzido quando o antebraço é colocado em
posição de decúbito dorsal para uma incidência AP do cotovelo.
ENTORSE
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Uma entorse é uma torção ou distensão forçada de uma articulação, resultando em
rotura parcial dos ligamentos de suporte sem luxação. Uma entorse pode resultar em dano
grave aos vasos sanguíneos, tendões, ligamentos ou nervos associados. Uma entorse grave
pode ser dolorosa e deve ser tratada com muito cuidado durante o exame radiográfico.
Aumento importante do volume e ecmose resultante da hemorragia causada pela rotura de
vasos sanguíneos frequentemente acompanham uma entorse grave. Os sintomas são similares
aos de uma fratura, e as radiografias ajudam na diferenciação entre uma entorse e uma fratura.
FRATURA
Uma fratura é a quebra de um osso. Diante da possibilidade de qualquer fratura, o
técnico deve ser extremamente cauteloso ao mover e posicionar o paciente a fim de não
causar adicional injúria ou deslocamento de fragmentos fraturados. O técnico nunca deve
forçar um membro ou parte do corpo para uma posição. Se a fratura é óbvia, ou se dor intensa
acompanha qualquer movimento, o posicionamento deve ser adaptado conforme necessário.
TERMINOLOGIA DO ALINHAMENTO DA FRATURA
APOSIÇÃO
Aposição é um alinhamento ou desalinhamento que descreve a relação dos eixos
longitudinais dos fragmentos das fraturas.
Três tipos de aposição são descritos a seguir:
1. Aposição anatômica: Alinhamento anatômico das extremidades dos fragmentos ósseos
fraturados, no qual as extremidades dos fragmentos mantêm contato entre si.
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2. Perda da aposição (distração): As extremidades dos fragmentos são separadas e não
fazem contato (como pode ocorrer por tração excessiva).
3. Aposição em baioneta: Uma fratura na qual as extremidades do segmento fraturado
não fazem contato e estão sobrepostas e alinhadas com a diáfise.
ANGULAÇÃO
Angulação se refere à perda do alinhamento.
Três termos descrevem o tipo e a direção da angulação:
1. Angulação apical: Descreve a direção ou o ângulo apical da fratura, como apical
medial ou lateral, em que o ponto ou ápice da fratura aponta medialmente ou lateralmente.
2. Deformidade em varo: A parte distal do fragmento distal está angulada em direção à
linha média do corpo, um ápice lateral que aponta para fora da linha média.
3. Deformidade em valgo: Oposta à deformidade em varo, o ápice está direcionado
para a Linha média (ápice mediaI), e o fragmento distal distante da linha média.
Observação: Varo e valgo são também usados como termos de movimento de inversão e
eversão.
TIPOS DE FRATURA.
Muitos termos são usados na descrição de fraturas. Os mais comuns são:
Fratura simples (fechada) Uma fratura na qual o osso não atravessa a pele, fratura composta
(aberta) uma fratura na qual o osso projeta-se através da pele.
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FRATURA INCOMPLETA.
Essa fratura não ultrapassa todo o osso. (O osso não é quebrado em duas partes.) É
mais comum em crianças.
1. Fratura em galho verde: A fratura ocorre em apenas um lado. O córtex de um lado do
osso está quebrado, e o outro lado está envergado. Quando o osso se endireita, uma
linha de fratura tênue no córtex pode ser vista em um lado do osso, e uma discreta
saliência ou defeito em forma de prega é vista do lado oposto.
FRATURA COMPLETA
Nessa fratura, a quebra é completa e inclui o corte transversal do osso.
O osso é quebrado em duas partes.
Três tipos principais de fraturas completas são os seguintes:
1. Fratura transversal: A fratura é transversal em um ângulo quase reto em relação ao
eixo longitudinal do osso.
2. Fratura oblíqua: A fratura atravessa o osso em um ângulo oblíquo.
3. Fratura em espiral: Nessa fratura, o osso é separado e a fratura forma espirais ao redor
do eixo longitudinal.
FRATURA COMINUTIVA
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SÃO BENTO Nessa fratura, o osso é estilhaçado ou esmagado no local do impacto, resultando em
dois ou mais fragmentos.
A seguir estão os três tipos de fraturas cominutivas que possuem implicações
específicas para o tratamento e o prognóstico, devido à possível interrupção substancial de
sangue.
1. Fratura segmentar: Um tipo de fratura dupla com duas linhas de fratura isolando um
segmento distinto de osso.
2. Fratura em borboleta: Uma fratura cominutiva com dois fragmentos de cada lado de
um fragmento principal separado em forma de cunha; possui alguma semelhança com
as asas de uma borboleta.
3. Fratura estilhaçada: Uma fratura cominutiva na qual o osso é esmigalhado em
fragmentos finos e pontiagudos
FRATURA INPACTADA
Nessa fratura, um fragmento está firmemente cravado no outro; a diáfise do osso é
impelida na cabeça ou no segmento terminal. Isso ocorre mais comumente nas extremidades
distais ou proximais do fêmur, úmero ou rádio.
FRATURAS COM DENOMINAÇÕES ESPECÍFICAS
A seguir estão alguns exemplos e descrições de fraturas, usualmente denominadas
segundo o tipo de injúria ou com o nome da pessoa que a identificou pela primeira vez.
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FRATURA DE BEISEBOL
Essa fratura da falange distal é causada por uma bola que golpeia a extremidade de um
dedo estendido. A articulação interfalangiana distal (lFD) é parcialmente flexionada, e uma
fratura em avulsão frequentemente está presente na base posterior da falange distal.
FRATURA DE BARTON
Essa é uma fratura intra-articular da borda posterior do rádio distal.
FRATURA DE BENNET
Essa fratura longitudinal ocorre na base do primeiro metacarpo, com a linha de fratura
penetrando na articulação carpometacarpal, geralmente incluindo deslocamento ou
subluxação posterior.
FRATURA DO BOXEADOR
Essa fratura envolve mais comumente o quinto metacarpo distal, com uma angulação
posterior do ápice mais bem demonstrada na visão lateral.
FRATURA DE COLLES
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SÃO BENTO Essa fratura do punho na qual o rádio distal é fraturado com o fragmento distal deslocado
posteriormente (angulação anterior do ápice) resulta de uma queda sobre o braço estendido.
FRATURA DE HUTCHINSON (DO CHOFER)
Essa é uma fratura intra-articular do processo estilóide radial. (O nome origina-se do
tempo em que carruagens movidas à manivela disparavam, com a manivela chocando-se
contra a lateral do antebraço distal.)
FRATURA DE MONTEGGIA
Essa fratura da metade proximal da ulna juntamente com deslocamento da cabeça
radial pode resultar de defesa contra golpes com o antebraço elevado.
FRATURA DE POTT
Esse termo antigo é usado para descrever uma fratura completa da fíbula distal com
injúria importante da articulação do tornozelo, incluindo dano ligamentar associada
frequentemente à fratura da tíbia dista! Ou do maléolo medial.
FRATURA DE SMITH (Colles invertida)
Essa é uma fratura do rádio distal com deslocamento anterior (angulação posterior do
ápice).
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SÃO BENTO OUTROS TIPOS DE FRATURA
FRATURA EM AVULSÃO
Essa fratura resulta de grave estresse em um tendão ou ligamento em região articular.
Um fragmento ósseo é separado ou afastado pelo tendão ou ligamento de fixação.
FRATURA POR EXPLOSÃO OU TRÍPODE.
Essa fratura proveniente de um golpe direto na órbita e/ou maxila e Zigoma.
FRATURA EM LASCA
Essa fratura envolve um fragmento ósseo isolado. (Não é a mesma coisa que uma
fratura em avulsão).
FRATURA POR COMPRESSÃO
Essa fratura vertebral é causada por injúria tipo compressiva. O corpo vertebral sofre
colapso ou é comprimido.
Geralmente, é mais evidente radiograficamente por uma diminuição da dimensão anterior do
corpo vertebral.
FRATURA COM AFUNDAMENTO
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SÃO BENTO Ocasionalmente chamada de fratura em pingue-pongue. Nessa fratura craniana, um
fragmento está deprimido. A aparência é similar a uma bola de pingue-pongue que tenha sido
pressionada com o dedo, mas, se a endentação puder ser elevada novamente, pode assumir
sua posição próxima à original.
FRATURA EPIFISÁRIA
Essa é uma fratura através da placa epifisária, o ponto de união da epífise e a diáfise
óssea.
É um dos locais mais comuns de fratura nos ossos longos em crianças. Os radiologistas
comumente usam a classificação de Salter-Harris (Salter 1-5) para descrever a gravidade e a
indicação racional do prognóstico dessas fraturas.
FRATURA PATOLÓGICA
Essas fraturas são devidas a processo de doença no interior do osso, como
osteoporose, neoplasia ou outras doenças ósseas.
FRATURA DE ESTRESSE OU FADIGA:
(ocasionalmente chamada de fratura “MARCHA”)
Esse tipo de fratura tem origem não traumática. Resulta de estresse repetido em um
osso como durante a marcha ou corrida. Se decorrentes de marcha, essas fraturas usualmente
são na porção média dos metatarsos, e, se causadas por corrida, são na porção distal da tíbia.
Fraturas de estresse são frequentemente difíceis de ser demonstrar radiograficamente e podem
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SÃO BENTO ser visíveis apenas pela formação subsequente de calo no local da fratura ou através de
varredura óssea por medicina nuclear.
FRATURA ESTRELADA
Nessa fratura, as linhas de fratura são radiadas a partir de um ponto central de injúria
com padrão em forma de estrela. O exemplo mais comum desse tipo de fratura é a patela,
frequentemente causada pelo impacto dos joelhos no painel em um acidente com veículo
automotor.
FRATURA DO TOFO OU EXPLOSIVA
Essa fratura cominutiva da falange distal pode ser causada por um golpe esmagador na
porção distal do dedo ou polegar.
COLUNA VERTEBRAL
A coluna torácica é forma por uma inserção de corpos vertebrais que se apoiam uns
sobre os outros, utilizando para isso o chamado disco intervertebral, em uma projeção crânio
caudal a coluna vertebral apresenta curvaturas peculiares em toda a sua extensão.
Para realizar a descrição dessa curvatura é necessário o emprego dos seguintes termos:
côncava se refere a uma superfície interna circular ou com depressão (deprimida) como,
por exemplo, uma cratera, e o segundo termo a ser abordado é a convexidade que se refere à
uma superfície elevada ou externa de forma circular, denominada comumente de convexa.
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SÃO BENTO As curvas são descritas de formas opostas conforme são avaliadas de uma perspectiva
anterior ou posterior. Para os propósitos deste texto, as curvas serão descritas como se o
paciente estivesse sendo avaliado em perspectiva posterior. A região lombar e cervical têm
curvaturas côncavas e são descritas como lordóticas. A região torácica e sacral possuem
curvaturas convexas, descritas como cifose. Logo após o nascimento, as curvas torácica e
sacral (pélvica) começam a desenvolver-se. Essas duas curvas convexas são chamadas de
curvas primárias. Quando as crianças começam a sustentar a cabeça e a sentar, a primeira
curva côncava compensatória se forma na região cervical. A segunda curva côncava
compensatória é a curvatura lombar, que se desenvolve quando a criança aprende a andar.
Ambas as curvas inferiores, a lombar e a sacral (pélvica), são usualmente mais pronunciadas
nas mulheres que nos homens. Essas curvaturas primárias e compensatórias são normais e têm
uma importante função por aumentar a resistência da coluna vertebral e ajudar a manter o
equilíbrio ao longo da linha central de gravidade na posição de apoio. Certos termos são
comumente usados para descrever essas curvaturas quando elas se tornam exageradas ou
anormais. Os termos lordose, cifose e escoliose são descritos a seguir:
LORDOSE
O termo lordose, que significa arqueado para trás, descreve a concavidade anterior
normal da coluna vertebral lombar e cervical como descrito acima, mas também descreve a
curvatura com "desvio para trás" anormalmente aumentado envolvendo a coluna vertebral
lombar.
CIFOSE.
Cifose, que significa uma corcunda, descreve uma curvatura torácica que possui
concavidade anormal ou exagerada com convexidade aumentada.
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ESCOLIOSE
Se a coluna vertebral é vista da perspectiva posterior para a anterior, a coluna vertebral
usualmente é quase reta, com pequena curvatura lateral. Ocasionalmente, uma leve curvatura
lateral ocorre na região torácica superior de um adulto saudável. Essa curvatura pode ser
convexa para a direita em uma pessoa destra e convexa para a esquerda em uma pessoa
canhota. Uma curvatura lateral exagerada ou anormal é chamada de escoliose. Tal
deformidade pode afetar os principais seguimentos vertebrais como coluna torácica e coluna
lombar, tal convexidade proporciona uma rotação do eixo causando uma deformidade no
gradil costal.
CAUSAS: as principais causas incluem uma má postura, uma desigualdade do
esqueleto apendicular inferior, e também deformidades dos corpos vertebrais causam a
curvatura.
FISIOPATOLOGIA: tensões diferentes promovem um desequilíbrio da homeostase
dos osteoblastos, a deformidade no eixo longitudinal dos corpos vertebrais progride com certa
rapidez durante a fase de crescimento do adolescente, essa característica prossegue durante a
vida adulta.
SINAIS E SINTOMAS: a escoliose acontece de maneira silenciosa não apresentando
sintomas, até que esteja estabelecida. Os sintomas, que afetam o portador dessa patologia,
desencadeiam dores na região dorsal, fadiga e dispnéia, já os sinais podem ser perceptíveis ao
olho humano, uma das principais características da escoliose é o desnivelamento dos ombros,
devido à curvatura lateral acentuada, o ombro oposto a convexidade, se apresentará projetado
inferiormente, uma segunda característica dessa deformidade é uma desigualdade das cristas
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SÃO BENTO ilíacas proporcionando um encurtamento dos MMII, promovendo ao portador uma marcha
assimétrica.
COMPLICAÇÕES:
Uma escoliose sem tratamento tendo sua curvatura maior que 40 graus continuam
progredindo. A escoliose não tratada pode resultar sofrimento ao sistema respiratório
provocando insuficiência respiratória.
SISTEMA CARDIOVASCULAR.
O sistema cardiovascular inicia a sua atividade quando o feto mal completou quatro
semanas de idade e é o último sistema a parar de funcionar no fim da vida. Esse sistema
corporal é tão vital que ajuda a definir a presença da vida.
O coração, as artérias, as veias e os vasos linfáticos formam a rede cardiovascular que
serve de sistema de transporte do organismo. Esse sistema se encarrega de realizar o
transporte de oxigênio e nutrientes de suporte à vida das células, remove resíduos metabólicos
e transporta hormônios de uma parte do corpo da terra.
O sistema cardiovascular, chamado com frequência de sistema circulatório, é dividida
em duas porções, a primeira é denominada de circulação pulmonar e sistêmica. Na circulação
pulmonar, o sangue recolhe oxigênio e libera o resíduo dióxido de carbono. Já na circulação
chamada sistêmica ou periférica que inclui a circulação coronariana, o sangue leva oxigênio e
nutrientes para todas as células ativas e transporta resíduos para os rins, o fígado e a pele, para
excreção.
A circulação necessita de uma função cardíaca normal, o que impele o sangue ao
longo do sistema com contrações rítmicas contínuas. O sangue circula por três tipos de vasos:
artérias, veias e capilares. As artérias, resistentes e elásticas, se ajustam ao volume de sangue
que deixa o coração. A aorta é a principal artéria, formando um arco a partir do ventrículo
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SÃO BENTO esquerdo, seus segmentos e ramos se dividem em capilares minúsculos, de parede fina (que é
da espessura de uma célula).
INFARTO DO MIOCÁRDIO.
São vários os fatores que colaboram para um infarto do miocárdio, se houver uma
oclusão prolongada de uma artéria coronariana, promove uma isquemia prolongada, durando
em média mais que 30 a 45 minutos, as células que não estão sendo irrigadas pela corrente
sanguínea logo as células sofrem lesão e por sua vez promover morte de células do miocárdio.
O local do infarto do miocárdio vai depender dos vasos afetados.
Por exemplo se ocorrer uma oclusão do ramo circunflexo da artéria coronária esquerda
causa infarto da parede lateral, havendo oclusão do ramo descendente anterior da artéria
coronária esquerda causa infarto da parede anterior. Infartos da parede posterior ou da parede
inferior em geral resultam de oclusão da artéria coronária direita ou de um de seus ramos.
Todos os infartos têm uma área central de necrose, cercada por uma área potencialmente
viável de lesão por hipoxia, que pode ser recuperada ou pode progredir para necrose, a párea
de lesão, por sua vez, é cercada por tecido isquêmico viável.
DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA.
Doença arterial coronariana ocorre quando placas ateroscleróticas preenchem o lúmen
de artérias coronárias prejudicam o fluxo sanguíneo em uma determinada região claro
dependendo da artéria afetada. O principal efeito é uma diminuição do suprimento de
oxigênio e nutrientes para o tecido miocárdio.
O estreitamento da artéria provoca isquemia.
O estreitamento da artéria coronária limita o diâmetro do vaso impedindo o fluxo
normal do sangue. O resultado é carência de oxigênio no tecido cardíaco, que causa sintomas
classificados como angina.
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O bloqueio da artéria causa infarto do miocárdio.
Uma interrupção súbita do fluxo sanguíneo que é encarregado de levar suprimento
para a células do miocárdio, é causada com frequência por uma formação de trombo, ocluindo
o lúmen da artéria em questão, produzindo assim uma área de necrose do músculo cardíaco.
Recuperação por circulação colateral.
São vasos sanguíneos adjacentes que se estendem até a área afetada pelo infarto,
restaurando o suprimento sanguíneo.
INSUFICIÊNCIA CARDIACA.
A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não consegue bombear sangue o
suficiente para as necessidades do organismo. A insuficiência cardíaca resulta em um
acúmulo de líquido intersticial e má perfusão tecidual. Uma pessoa com insuficiência cardíaca
tem redução da tolerância a exercícios, da qualidade de vida e da sobrevida. Embora a causa
mais comum é a doença arterial coronariana, que acomete também bebês, crianças e adultos
com doença congênita ou adquirida.
CAUSAS
As causas abordadas neste capítulo se referem a distúrbios cardiovasculares que levam
a insuficiência cardíaca, estão inclusos doenças cardíaca ateroscleróticas, infarto do
miocárdio, doenças cardíacas isquêmicas.
A insuficiência cardíaca pode ser classificada de acordo com o lado afetado do
coração, por exemplo, insuficiência cardíaca esquerda insuficiência cardíaca direita, ou pela
parte do ciclo cardíaco envolvida disfunção sistólica ou diastólica.
Insuficiência cardíaca esquerda.
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SÃO BENTO
A Insuficiência cardíaca direita é o resultado de um trabalho ineficaz do músculo
cardíaco por sua vez promove uma disfunção contrátil do ventrículo esquerdo. Quando a
capacidade de contratilidade do ventrículo esquerdo é falha, o débito cardíaco diminui. O
volume sanguíneo não é mais eficaz para o corpo, e acaba refluindo para o átrio esquerdo e
depois para os pulmões, provocando uma congestão pulmonar, dispnéia e intolerância a
atividades.
Se por ventura tal característica continuar além do edema pulmonar, será seguido de
uma insuficiência cardíaca direita, que é causa mais comum sendo responsável por provocar
um infarto ventricular esquerdo.
Insuficiência cardíaca direita.
A insuficiência cardíaca direita resulta de ineficácia da função contrátil do ventrículo
direito. Em consequência, o sangue não é bombeado com eficácia do ventrículo direito para
os pulmões, refluindo para o átrio direito e para a circulação periférica.
Disfunção sistólica.
Disfunção sistólica ocorre quando o ventrículo esquerdo não bombeia sangue
suficiente para a circulação periférica durante a sístole, diminuindo a fração de ejeção. Em
consequência, o sangue reflui para a circulação pulmonar e a pressão aumenta no sistema
venoso pulmonar. O débito cardíaco diminui, em contrapartida provoca fraqueza, fadiga e
dispneia.
Disfunção diastólica.
Disfunção diastólica ocorre quando o ventrículo diminui a capacidade de relaxar e
encher-se durante a diástole, reduzindo o volume de ejeção. Assim, é necessário maior
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SÃO BENTO volume nos ventrículos para manter o débito cardíaco. Em consequência, ocorrem congestão
pulmonar e edema periférico. Disfunção diastólica pode ocorrer como resultado de hipertrofia
ventricular esquerda, hipertensão arterial ou miocardiopatia restritiva.
Insuficiência cardíaca direita Insuficiência cardíaca esquerda
Contratilidade ventricular direita diminuída. Contratilidade ventricular esquerda
diminuída.
Redução da capacidade de bombeamento
do ventrículo direito.
Redução da capacidade de bombeamento
do ventrículo esquerdo.
Diminuição do débito cardíaco para os
pulmões.
Diminuição do débito cardíaco para o
corpo.
Refluxo de sangue para o átrio direito e
para a circulação periférica.
Refluxo de sangue para o átrio esquerdo e
para os pulmões.
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SÃO BENTO Aumento de peso, edema periférico,
congestão hepática e de outros órgãos.
Congestão pulmonar, dispneia, intolerância
a atividades.
Edema pulmonar e insuficiência cardíaca
direita.
SISTEMA NERVOSO.
O sistema nervoso é composto pelo encéfalo e a medula espinal. O encéfalo é formado
pelo cérebro, cerebelo e tronco cerebral. A medula espinal é a principal via de transmissão dos
sinais entre as áreas periféricas do corpo com o encéfalo, e participando também da
elaboração dos reflexos.
Neste capítulo serão abordadas as principais patologias que acometem o sistema
nervoso, e principal motivo de estudo, investigação quando no que se diz respeito ao
diagnóstico por imagem, neste caso a tomografia é a principal via de aquisição de
informações referentes a essa Hipótese diagnóstica.
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE).
O acidente vascular encefálico (AVE) popularmente conhecido como Derrame, pode
ser descrito como acidente vascular cerebral (AVC), é uma interrupção súbita da circulação
cerebral de uma ou mais vasos sanguíneos responsáveis em nutrir essa região. Um acidente
vascular encefálico interrompe ou diminuir a oxigenação do tecido encefálico e com
frequência causando lesão grave ou necrose dos tecidos cerebrais, neste caso quanto mais
rápida a restauração da circulação cerebral após um acidente, maiores são as probabilidades
de recuperação completa. Entretanto certa de 50% dos pacientes que sobrevivem a um AVE
ficam com incapacidade permanente e tem recorrências em semanas, meses ou anos.
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CAUSAS: As principais causas estão incluídos os seguintes fatores que em geral
promovem um AVE são eles: trombose, embolia ou hemorragia.
Trombose das artérias cerebrais que irrigam o cérebro ou de outros vasos
intracranianos interrompe o fluxo sanguíneo e é a causa mais comum do acidente vascular
encefálico.
TIPOS DE ACIDENTES VASCULARES ENCEFÁLICOS.
Os acidentes vasculares encefálicos são classificados como isquêmico ou hemorrágico,
dependendo da causa.
1- Isquêmico trombótico: causas mais comuns do AVE, no geral é resultado de
aterosclerose, associado também a hipertensão arterial.
2- Isquêmico embólico: o segundo tipo mais comum de um AVE, é um êmbolo do
coração ou de vasos extracranianos que entram na corrente sanguínea chegando até as
artérias cerebrais. Esses êmbolos com frequência se formam durante a fibrilação atrial
ocorrendo durante uma atividade.
3- Isquêmico lacunar: é um subtipo do acidente vascular trombótico, causas como
hipertensão arterial cria cavidades na substância branca profunda do cérebro, afetando
a cápsula interna, os núcleos da base, o tálamo e a ponte, o revestimento coberto de
lipídios das pequenas artérias penetrantes espessas e enfraquece a parede vascular,
provocando microaneurismas e dissecções.
4- Hemorrágico: a última classificação de um acidente vascular é classificada como
hemorrágico é o terceiro tipo mais comum, em geral causado por hipertensão arterial
ou ruptura de aneurisma provocando uma diminuição do suprimento sanguíneo para a
área irrigada pela artéria rompida e compressão pelo sangue acumulado.
SINAIS E SINTOMAS
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O quadro clínico de um acidente vascular cerebral ou comumente conhecido como
acidente vascular encefálico ocorre de acordo com a artéria afetada e com a região do cérebro
irrigada, um AVE em um determinado hemisfério causa sinais e sintomas do lado oposto do
corpo. O quadro clínico inclui fraqueza unilateral de membros, dislalia, insensibilidade de m
lado, cefaleia, distúrbios da visão (diplopia, hemianopsia, ptose palpebral), tonteiras,
ansiedade e alteração do nível de consciência.
COMPREENSÃO DOS ACIDENTES ISQUÊMICOS TRANSITÓRIOS.
O quadro do AIT é um episódio de deficiência neurológica por isquemia cerebral.
As crises decorrentes podem durar até uma hora. No acidente isquêmico transitório,
microêmbolos liberados por um trombo podem interromper temporariamente o fluxo de
sangue, em especial nos pequenos ramos distais da árvore arterial do cérebro. As
manifestações podem incluir disfagia transitória, insensibilidade ou formigamento na face e
nos lábios, visão dupla dificuldade na fala e tonteiras.
ANEURISMA
Aneurisma se caracteriza pela dilatação da luz de um vaso em geral de uma artéria, de
forma sacular, com aspecto de uma bolsa, ligado a uma artéria neste caso cerebral por um
pedículo. Aneurismas cerebrais em geral se formam nas junções arteriais do polígono de
Willis, uma anastomose circular formada pelas principais artérias na base do cérebro.
Os aneurismas cerebrais se rompem com frequência e causam hemorragia
subaracnóidea.
CAUSAS:
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SÃO BENTO Aneurismas cerebrais resultam de defeitos congênitos, traumatismo craniano,
doença vascular hipertensiva, idade avançada, infecção e aterosclerose, que podem
enfraquecer a parece vascular.
SINAIS E SINTOMAS:
Em alguns casos os sintomas são recorrentes de pequenos sangramentos para o
espaço subaracnóideo. Essas características incluem os seguintes quadros clínicos, cefaleia,
náusea intermitente, e rigidez de nuca, costas e pernas.
Porém em algumas circunstâncias a ruptura é brusca e sem aviso prévio, provocando
cefaléia intensa, náuseas e vômitos em jato, por aumento da pressão intracraniana, e alteração
do nível de consciência, incluindo coma profundo, dependendo da intensidade e da
localização do sangramento.
O sangramento subaracnoideo provoca irritação de meninges, resultando em rigidez de
nuca, dor nas costas e nas pernas, febre, agitação, irritabilidade, convulsões ocasionais,
fotofobia e visão embaçada. Sangramento no tecido cerebral causa hemiparesia, deficiências
sensoriais unilaterais, disfagia e defeitos visuais.
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SISTEMA RESPIRATÓRIO.
O arcabouço torácico compreendido pela caixa torácica onde são encontradas algumas
estruturas importantes da fisiologia humana, como por exemplo, o coração, e os pulmões
estruturam que na qual serão abordadas neste capítulo, sabe-se que a constituição do tecido
pulmonar apresenta algumas características distintas quando em comparação com o tecido
pulmonar oposto, o tecido pulmonar direito ele é subdividido em três segmentos, lóbulo
superior, inferior e médio, o pulmão esquerdo apresenta somente dois segmentos. O sistema
respiratório é representado por inúmeras estruturas anatômicas, ao fim de cada lóbulo existem
bronquíolos terminais e ácinos. Os ácinos são representados pelos bronquíolos respiratórios
alvéolos e sacos alveolares.
A principal função do sistema respiratório é realizar a substituição do gás carbônico,
na inspiração o ar é inalado na inspiração, percorrendo as vias respiratórias, é denominada
pelo oxigênio, realiza a troca por dióxido de carbono no tecido pulmonar, e a estrutura
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SÃO BENTO responsável por esse mecanismo são os alvéolos pulmonares, já na expiração o dióxido de
carbono é liberado na atmosfera.
As vias respiratórias altas são representadas pelas seguintes estruturas, nariz, faringe,
laringe, servindo como trajeto pelo ar inspirado, por sua vez as vias chamadas de via de
condução, apresentam características especificas e logo são responsáveis para desenvolver um
trabalho específico, a primeira é aquecer, umidificar e filtrar do ar inspirado. As vias
respiratórias inferiores (vias de condução), essa segunda porção denominada de porção de
condução inferior é representada pelas seguintes estruturas, traquéia, a traquéia sofre uma
subdivisão em sua porção inferior, denominado de brônquios, brônquio principal esquerdo e
brônquio principal direito, brônquios secundários, bronquíolos, e brônquilos terminais.
DERRAME PLEURAL.
Derrame pleural se caracteriza pelo excesso de líquido no espaço pleural. Em
condições especiais, esse espaço é preenchido por uma pequena quantidade de líquido
extracelular que lubrifica as superfícies da pleura.
CAUSAS:
Insuficiência cardíaca, embolia pulmonar, traumatismo torácico.
SINAIS E SINTOMAS:
Clientes com derrame pleural têm sintomas relacionados com a patologia subjacentes.
A maioria dos clientes com grandes derrames pleurais, em especial aqueles com uma doença
pulmonar subjacente, se queixa de dispneia. Aqueles com derrame pleural associado a
pleurisia se queixam de dor torácica pleurítica. Outros aspectos clínicos dependem Ca causa
do derrame pleural. Clientes com empiema apresentam também febre e mal-estar.
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COMPLICAÇÕES:
As complicações do derrame pleural podem incluir ventilação prejudicada e pleurisia.
As complicações do empiema podem incluir também pleurisia, pericardite e septicemia.
DIAGNÓSTICO:
Radiografias do tórax mostram líquido radiopaco nas regiões de declive. Entretanto, o
diagnóstico também torna necessário outros testes para distinguir derrames transudativos e
exsudativos e para identificar a doença subjacente. O teste mais útil é a toracocentese, com
análise do líquido pleural aspirado.
Radiografia de tórax demonstrando derrame pleural no hemitórax direito, com aspecto de
hiperdensidade.
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Figura acima demonstra uma toracocentese, pulsão posterior com uso de uma seringa para
realizar a extração do líquido.
ATELECTASIA.
Atelectasia ocorre quando os alvéolos ou segmentos inteiros do pulmão se expandem
parcialmente, produzindo colapso parcial ou completo. Este fenômeno impede que a troca
gasosa ocorra, fazendo com que o sangue passe para áreas do corpo sem que seja oxigenado,
o que resulta em hipoxia.
BRONQUITE CRÔNICA.
Bronquite crônica é inflamação dos brônquios causada por irritantes ou infecção. Uma
forma de doença pulmonar obstrutiva crônica DPOC, a bronquite pode ser classificada em
aguda ou crônica. Na bronquite crônica, secreção excessiva de muco e tosse produtiva.
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CAUSAS:
As principais causas, estão diretamente relacionadas a exposição a irritantes, fumo,
infecções respiratórias.
SINAIS E SINTOMAS:
Falta de ar
Tosse
produção de escarro
intolerância a atividades físicas.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC.
A DPOC é uma doença que acomete o sistema respiratório advinda de uma bronquite
crônica juntamente com a asma, geralmente as combinações dessas doenças resultam em uma
DPOC. O aspecto histórico dessa doença relata que cerca de 7,5 milhões de brasileiros são
atingidos, de acordo com os dados do ministério da saúde.
CAUSAS: as principais causas que colaboram para um desenvolvimento da doença é o
uso do tabaco, bem como infecções respiratórias ora citadas no texto acima, poluição do ar.
FISIOPATOLOGIA
O fumo, uma das principais causas de DPOC, prejudica a ação dos cílios e a função
dos macrófagos e causam inflamação do trato respiratório, dessa forma a produção do mudo
aumenta, ocorre a destruição dos septos alveolares e fibrose peribronquiolar. As inflamações
podem vir a desaparecer se por ventura o paciente que faz uso de tabaco deixar de utilizar tal
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SÃO BENTO substância que promove tais alterações fisiológicas do trato respiratório, essa atitude deve ser
tomada antes que a doença se torne extensa.
Os tampões mucosos em demasia promovem estreitamento da porção de condução do
sistema respiratório, realizando o aprisionamento do ar. Ocorre hiperinsuflação dos alvéolos
na expiração. Na inspiração as vias se alargam, permitindo o trajeto do ar através da
obstrução; na expiração, as vias se estreitam e o fluxo de ar acaba sendo impedido devido a
obstrução causada pelo excesso de muco.
SINAIS E SINTOMAS
Nessas características podem ser inclusos a redução da capacidade em realizar
exercícios, trabalho exaustivo, devido a incapacidade do pulmão em realizar a troca gasosa,
existe a produção de tosse produtiva, devido a estimulação do reflexo da tosse por muco,
dispneia com esforços mínimos, infecções respiratórias contínuas, hipoxemia intermitente ou
continua.
COMPLICAÇÕES
As complicações que derivam de uma DPOC estão inclusas incapacidade intensa,
insuficiência respiratória grave e pode promover inclusive a morte.
DIAGNÓSTICO
A gasometria arterial determina as necessidades de oxigênio, indicando o grau de
hipoxia, e ajuda a evitar.
PNEUMOTÓRAX.
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Pneumotórax é caracterizado por um acúmulo de ar na cavidade pleural, que provoca
colapso total ou parcial do pulmão. Pneumotórax é quando o ar se acumula entre a pleura
parietal e a pleura visceral, a pressão crescente na cavidade pleural pode provocar colapso
progressivo do pulmão. O ar inspirado tente a ficar preso na cavidade pleural e determina o
grau de colapso no qual o pulmão afetado está sendo submetido. Nesta situação o retorno
venoso para o coração pode ser impedido, causando um estado potencialmente fatal, chamado
de pneumotórax de tensão.
CAUSAS
Os principais fatores que contribuem para um pneumotórax estão; lesão torácica
penetrante, ferimento por arma branca ou ferimento por arma de fogo, FAB/FAF, inserção de
cateter central, cirurgia torácica, trauma fechado entre outros fatores. Os fatores que
contribuem para um trauma fechado incluem a contusão torácica, ruptura resultante de
barotrauma causado por pressão intratorácica elevada durante ventilação mecânica.
O pneumotórax de tensão pode ser causado por uma ferida torácica penetrante tratada
com um curativo impermeável ao ar, costelas fraturadas, ventilação mecânica, pressão
positiva expiratória final alta, provocando rompimento de bolhas alveolares, e oclusão ou
disfunção de dreno torácico.
FISIOPATOLOGIA
A ruptura da pleura visceral ou parietal e da parede torácica provoca acúmulo de ar,
separando os dois folhetos da pleura. A pressão negativa do espaço pleural é perdida, e as
forças de retração elástica são afetadas. O pulmão acaba se retraindo, ou seja, entrando em
colapso se projetando para a porção média do corpo que neste caso pode ser representado ou
é projetado em direção ao hilo pulmonar. O pneumotórax aberto ocorre quando o ar
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SÃO BENTO atmosférico (pressão positiva) entra diretamente na cavidade torácica (pressão negativa).
Quando a pressão na cavidade pleural se torna positiva, o pulmão afetado entra em colapso, o
que resulta na diminuição da capacidade pulmonar total, o que interrompe a complacência do
pulmão, promovendo um desequilíbrio ventilação perfusão e provocando assim hipoxia. Um
pneumotórax fechado ocorre quando o ar entra no espaço pleural vindo dos pulmões,
causando aumento da pressão no espaço pleural, o que impede a expansão normal do pulmão
durante a inspiração.
SINAIS SINTOMAS
O quadro clínico do paciente que apresenta um pneumotórax o mesmo refere uma dor
súbita aguda pleurítica, que se eleva com movimentos do tórax, como tosse e a própria
respiração, a observação da parede dos hemitórax descreve uma assimetria entre um lado e
outro devido ao colapso existente do pulmão, cianose e dispneia oriunda a hipoxia.
COMPLICAÇÕES
As complicações possíveis do pneumotórax incluem diminuição do débito cardíaco,
hipoxemia e parada cardíaca.
DIAGNÓSTICO
Radiografias confirmam o diagnóstico, demonstrando ar no espaço pleural e, as vezes
desvio do mediastino.
TRATAMENTO
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SÃO BENTO Em geral é realizada uma colocação de um dreno no segundo ou terceiro espaço
intercostal, pode ser realizada a inserção de uma agulha no espaço pleural através do segundo
espaço intercostal, para expandir o pulmão, inseri-se um dreno de toracostomia e analgésicos.
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SÃO BENTO Referências bibliográficas fisiopatologia traduzido por Ivan Lourenço Gomes; revisão técnica
Marléa chagas Moreira. (consultoras e revisoras da Ed. Original Margaret Hamilton Birney)
Rio de Janeiro>: Guanabara Koogan, 2007
Tratado de técnias radiológicas e base anatômica Kenneth l. bontrager 5º edição
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