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PRAÇA ENTRE PRAÇAS Estudo de Caso no Centro de São Paulo

Bauru

2013/2014

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MAYARA PEU DA SILVA

PRAÇA ENTRE PRAÇAS

Estudo de Caso no Centro de São Paulo

Monografia apresentada à Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista “Julio

de Mesquita Filho” para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Prof. Dr. Alexandre Suárez de Oliveira

Bauru

2013/2014

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Nome: SILVA, Mayara Peu da

Título: PRAÇA ENTRE PRAÇAS - Estudo de Caso no Centro de São Paulo

Aprovado em:

Banca Examinadora

Prof. Dr. ...................................................................... Instituição..............................................................................

Julgamento...................................................................Assinatura.............................................................................

Prof.Dr. ...................................................................... Instituição..............................................................................

Julgamento...................................................................Assinatura.............................................................................

Prof. Dr. ...................................................................... Instituição..............................................................................

Julgamento...................................................................Assinatura.............................................................................

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“Assim chegamos ao despojamento total, a encenação ao ar livre. Despido do edifício, esta forma ancestral de

acontecimento cênico não vê separação entre fazer e ser.” (BUENO 2007)

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Este trabalho tem como objetivo o estudo das áreas livres públicas e, como fechamento, um projeto na Avenida

Ipiranga entre a Praça Roosevelt e a Praça da República em São Paulo, SP.

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Agradeço a

Meus pais. Por tudo. Tudo mesmo. Não tem como ser menos que isso. “Amor” às vezes é uma palavra muito pequena

pra definir.

A Alex pela paciência, incentivo, puxões de orelha e bibliografia. A Sidney pela calma e co-orientação.

À família. Em especial a Seimor pela máquina de lavar mais pesada do mundo e bicicleta mais colorida. Aliás, em

especial a todos.

Ao apartamento 15 que me abrigou tanto nesses anos de TFG. A Dri, Lady e Sininho. A Dri em dose dupla. E pra

Napaula também, se não ela fica chateada.

A Zhu, Verde e Drielli.

A Siri (e família), Magrela, Bági, Chilis e Bactéria.

A Tinoco (e família), Brutus e Bituca.

A Wagui.

A João, Norma e Bárbara Bezerra.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1. PRAÇA ROOSEVELT APÓS 40 ANOS DE INAUGURAÇÃO, ABANDONADA. FONTE: NOTICIAS.TERRA.COM.BR, ACESSO EM 13 DE MAIO DE 2013. FOTO: RAPHAEL

FALAVIGNA/TERRA. 16

FIGURA 2. PRAÇA ROOSEVELT. FONTE: REVISTA ACRÓPOLE. ANO 32, Nº 379, NOVEMBRO 1970. RETIRADA DA TESE DE JAIS CÉSAR MATURANO FERREIRA, 2009. 17

FIGURA 3. MAPA DA PRAÇA ROOSEVELT E ENTORNO. FONTE: HTTP://MAPS.GOOGLE.COM, ACESSO EM 21 DE MAIO DE 2013. 19

FIGURA 4. PERSPECTIVAS DO PROJETO. FONTE: HTTP://WWW.PROCENTRO.COM.BR, ACESSO EM 13 DE MAIO DE 2013. 20

FIGURA 5. PANORÂMICA ATUAL DA PRAÇA. FONTE: DO AUTOR, 2013. 21

FIGURA 6. VISTA DE CIMA DA PRAÇA. FONTE: HTTP://ACIDADEINVISIVEL.WORDPRESS.COM/2013/03/31/REVITALIZACAO-URBANA-PRACA-ROOSEVELT/, ACESSO EM 13 DE

MAIO DE 2013. AUTOR DESCONHECIDO. 22

FIGURA 7. ÁREA ARBORIZADA NO ENTORNO. FONTE: DO AUTOR, 2013. 22

FIGURA 8. ÁREA ARBORIZADA AO LADO DA IGREJA DA CONSOLAÇÃO. FONTE: DO AUTOR, 2013. 23

FIGURA 9. ACESSO SUBTERRÂNEO DO EIXO LESTE-OESTE. FONTE: DO AUTOR, 2013. 23

FIGURA 10. ESCADAS DE ACESSO DA ÁREA AINDA EM CONSTRUÇÃO. FONTE: DO AUTOR, 2013. 23

FIGURA 12. SOB O ANTIGO PENTÁGONO. FONTE: COMMONS.WIKIMEDIA.ORG/WIKI/FILE:PRACA_ROOSEVELT_03.JPG AUTOR: ALEXANDRE GIESBRECHT. 24

FIGURA 11. IGREJA ESCONDIDA À VISTA DA PRAÇA. FONTE: DO AUTOR. 24

FIGURA 13. PLACA DE PROIBIDO NA PRAÇA ROOSEVELT. FONTE: DO AUTOR. 25

FIGURA 14. MONUMENTO ARTÍSTICO PERMANENTE EM UM DOS ACESSOS À PRAÇA. FONTE: DO AUTOR, 2013. 25

FIGURA 15. ÁREA DE PROJETO. FONTE: HTTPS://WWW.GOOGLE.COM.BR/MAPS/PREVIEW#!DATA=!1M4!1M3!1D6354!2D-46.6491185!3D-23.5372733, ACESSO EM 18 DE

SETEMBRO DE 2013. 27

FIGURA 16. PERSPECTIVAS DE PROJETO. FONTE: HTTP://WWW.NOVALUZSP.COM.BR/FILES, ACESSO EM 13 DE MAIO DE 2013. 28

FIGURA 17. ESPAÇOS LIVRES. FONTE: HTTP://WWW.NOVALUZSP.COM.BR/FILES/NL_CONSOLIDADO_11_08_2011.PDF, ACESSO EM 13 DE MAIO DE 2013. 29

FIGURA 18. BULEVAR CASPER LÍBERO. FONTE: HTTP://WWW.NOVALUZSP.COM.BR/FILES/NL_CONSOLIDADO_11_08_2011.PDF, ACESSO EM 13 DE MAIO DE 2013. 30

FIGURA 19. PRAÇA NÉBIAS. FONTE: HTTP://WWW.NOVALUZSP.COM.BR/FILES/NL_CONSOLIDADO_11_08_2011.PDF, ACESSO EM 13 DE MAIO DE 2013. 30

FIGURA 20. PASSEIO CULTURAL MAUÁ/LGO. GAL. OSÓRIO. FONTE: HTTP://WWW.NOVALUZSP.COM.BR/FILES/NL_CONSOLIDADO_11_08_2011.PDF, ACESSO EM 13 DE

MAIO DE 2013. 31

FIGURA 21. BULEVAR RIO BRANCO. FONTE: HTTP://WWW.NOVALUZSP.COM.BR/FILES/NL_CONSOLIDADO_11_08_2011.PDF, ACESSO EM 13 DE MAIO DE 2013. 31

FIGURA 22. MODELO DE PRAÇA E EQUIPAMENTO PUBLICO. FONTE: HTTP://WWW.NOVALUZSP.COM.BR/FILES/NL_CONSOLIDADO_11_08_2011.PDF, ACESSO EM 13 DE

MAIO DE 2013. 32

FIGURA 23. PERSPECTIVA DE PROJETO COM A PRAÇA MAUÁ AO FUNDO DO MUSEU DO AMANHÃ, JÁ SEM A PERIMETRAL. FONTE:

HTTP://PORTOMARAVILHA.COM.BR/UPLOAD/CUPULA/APRESENTACAO.PDF, ACESSO EM 13 DE MAIO DE 2013. 34

FIGURA 24. LOCALIZAÇÃO DA PRAÇA MAUÁ E ENTORNO. FONTE: HTTP://WWW.MAPS.GOOGLE.COM, ACESSADO EM 03 DE JUNHO DE 2013. 34

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FIGURA 25. TÚNEL DA VIA EXPRESSA POSSIBILITARÁ PASSEIO PÚBLICO ENTRE PRAÇA MAUÁ E ARMAZÉM 6, POR ONDE VÃO CIRCULAR PEDESTRES, BICICLETAS E VLTS.

FONTE: HTTP://PORTOMARAVILHA.COM.BR/WEB/SUP/SEROBRMAPAPER.ASPX, ACESSO EM 13 DE MAIO DE 2013. 35

FIGURA 26. PRAÇA MAUÁ CONTEMPORÂNEA E ELEVADO DA PERIMETRAL. FONTE: HTTP://FTVIEIRA.FILES.WORDPRESS.COM/2012/06/PRAC3A7A_MAUA_INT.JPG, ACESSO

EM 14 DE MAIO DE 2013. FOTO: DESCONHECIDO. 36

FIGURA 27. PERSPECTIVA DE PROJETO DA PRAÇA MAUÁ E DO PROJETO BINÁRIO DO PORTO. FONTE: HTTP://PORTOMARAVILHA.COM.BR/CONTEUDO/BINARIO.ASPX,

ACESSADO EM 03 DE JUNHO DE 2013. 36

FIGURA 28. VISTA AÉREA DA PRAÇA MAUÁ EM 1916/18. FONTE: HTTP://WWW.FLICKR.COM/PHOTOS/CARIOCA_DA_GEMA/293063867/, ACESSO EM 14 DE MAIO DE 2013.

FONTE: ACERVO DE FRANCISCO PATRÍCIO. 36

FIGURA 29. ENTRADA DO PARC CENTRAL "AO ESTILO GAUDI" E AVENIDA DIAGONAL MAR. FONTE: ALEXANDRE SUÁREZ DE OLIVEIRA, ARQUIVO PESSOAL. 38

FIGURA 30. ENTORNO DO PARC CENTRAL. FONTE: HEETP://WWW.MAPS.GOOGLE.COM.BR, ACESSO EM 03 DE JUNHO DE 2013. 39

FIGURA 31. "OCA". FONTE: ALEXANDRE SUÁREZ DE OLIVEIRA, ARQUIVO PESSOAL. 40

FIGURA 32. "EL CRÀTER". FONTE: ALEXANDRE SUÁREZ DE OLIVEIRA, ARQUIVO PESSOAL. 40

FIGURA 33. EXEMPLO DE FECHAMENTO/ABERTURA DO PARQUE. FONTE: ALEXANDRE SUÁREZ DE OLIVEIRA, ARQUIVO PESSOAL. 40

FIGURA 34. EQUIPAMENTO E BANCOS. FONTE: ALEXANDRE SUÁREZ DE OLIVEIRA, ARQUIVO PESSOAL. 40

FIGURA 35. JARDIM DE SENSAÇÕES. FONTE: ALEXANDRA SUÁREZ DE OLIVEIRA, ARQUIVO PESSOAL. 40

FIGURA 36. SELF-SEEDED LANDSCAPE - THE HIGH LINE 1999 - 2006. FONTE: HTTP://WWW.THEHIGHLINE.ORG/GALLERIES/IMAGES/HIGH-LINE-1999-2006, ACESSO EM 04 DE

JUNHO DE 2013. 42

FIGURA 37. GANSEVOORT ENTRY CONSTRUCTION - BUILDING GANSEVOORT ENTRY. FONTE: HTTP://WWW.THEHIGHLINE.ORG/GALLERIES/IMAGES/BUILDING-

GANSEVOORT-ENTRY?PAGE=1, ACESSO EM 04 DE JUNHO DE 2013. 42

FIGURA 38. VIEW NORTH FROM 17TH STREET - THE HIGH LINE IN OPERATION. FONTE: HTTP://WWW.THEHIGHLINE.ORG/GALLERIES/IMAGES/HIGH-LINE-OPERATION,

ACESSO EM 04 DE JUNHO DE 2013. 43

FIGURA 39. SOB O PARQUE. FONTE: HTTP://WWW.DNAINFO.COM/NEW-YORK/20101022//TRAILER-HOME-AT-HIGH-LINE-OFFERS-ARTISTIC-GLIMPSE-OF-UPSTATE-NEW-

YORK/SLIDESHOW/POPUP/41576, ACESSO EM 04 DE JUNHO DE 2013. 43

FIGURA 40. MAPA DA PRAÇA E ARREDORES. FONTE: HTTP://WWW.MAPS.GOOGLE.COM, ACESSO EM 08 DE JUNHO DE 2013. 45

FIGURA 41. VISTA AÉREA DA PRAÇA E ENTORNO. FONTE: HTTP://CAETANISTAS78.BLOGSPOT.COM.BR/2011/10/PRACA-DA-REPUBLICA-SAO-PAULO-EM-1968.HTML, ACESSO

EM 08 DE JUNHO DE 2013. 46

FIGURA 42. UM DOS LAGOS. FONTE: HTTP://WWW.BIBLIOTECAVIRTUAL.SP.GOV.BR/TURISMO-CAPITAL-FEIRASDEARTESANATO.PHP, ACESSO EM 08 DE JUNHO DE 2013. 46

FIGURA 43. MERCÚRIO EM REPOUSO. FONTE: HTTP://WWW.MONUMENTOS.ART.BR/MONUMENTO/MERCURIO_EM_REPOUSO, ACESSO EM 08 DE JUNHO DE 2013. 46

FIGURA 44. BUSTO DE BADEN POWELL. FONTE: HTTP://WWW.MONUMENTOS.ART.BR/MONUMENTO/BADEN_PAWELL, ACESSO EM 08 DE JUNHO DE 2013. 46

FIGURA 45. MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO VIADUTO. FONTE: HTTP://WWW.MAPS.GOOGLE.COM, ACESSO EM 08 DE JUNHO DE 2013. 48

FIGURA 46. ELEVAÇÃO DO VIADUTO. FONTE: HTTP://WWW.METALICA.COM.BR/IMAGES/STORIES/ID156/MAIOR/05.JPG, ACESSO EM 08 DE JUNHO DE 2013. 48

FIGURA 47. VISTA. FONTE: HTTP://WWW.SKYSCRAPERCITY.COM/SHOWTHREAD.PHP?T=372649, ACESSO EM 08 DE JUNHO DE 2013. 49

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FIGURA 48. DETALHE DO VIADUTO. FONTE: HTTP://WWW.FLICKR.COM/PHOTOS/FABIORAPHAEL/5375293564/, ACESSO EM 08 DE JUNHO DE 2013. 49

FIGURA 49. RUA XV DE NOVEMBRO, CURITIBA. FONTE: HTTP://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/FICHEIRO:RUA_XV_CURITIBA.JPG, ACESSO EM 08 DE JUNHO DE 2013. 50

FIGURA 50. CALÇADÃO EM BAURU, SP. FONTE: HTTP://MOVIMENTOEMREDE.COM/WP-CONTENT/UPLOADS/2013/05/CAL%C3%A7AD%C3%A3O-BAURU.JPG, ACESSO EM

18 DE SETEMBRO DE 2013. 50

FIGURA 52. AUTORRETRATO, 1964. DARCY PENTEADO. FONTE: HTTP://WWW.BASE7.COM.BR/PORTFOLIO/VER/126, ACESSADO EM 28 DE JANEIRO DE 2014. 57

FIGURA 51. LOCALIZAÇÃO. FONTE: GOOGLE MAPS, ACESSO EM 28 DE JANEIRO DE 2014. 57

FIGURA 53. DECLIVIDADE, CURVAS PRINCIPAIS E INTERMEDIÁRIAS DA ÁREA. FONTE: DO AUTOR. 28 DE JANEIRO DE 2013. 58

FIGURA 54. LINHA AMARELA DO METRÔ. FONTE: DO AUTOR, BASEADA EM GOOGLE MAPS. 59

FIGURA 55. LOCALIZAÇÃO DAS BANCAS DE JORNAL. FONTE: DO AUTOR. 59

FIGURA 56. PRÉDIOS IMPORTANTES NA LOCALIDADE. FONTE: DO AUTOR. 59

FIGURA 57. PONTOS COMERCIAIS DA ÁREA DE PROJETO. FONTE: DO AUTOR. 60

FIGURA 58. FONTE: CYCLE SAFE, U/2 BIKE RACK. 64

FIGURA 59. FONTE: A.J. ANDERSSON, 3D WAREHOUSE, GOOGLE SKETCHUP. TELEFONE: PIPER, WAREHOUSE, GOOGLE SKETCHUP. ACESSO EM 28 DE JANEIRO DE 2013. 64

FIGURA 60. POSTE: NAYAP PAYAN, 3D WAREHOUSE, GOOGLE SKETCHUP. ACESSO EM 28 DE JANEIRO DE 2014. 64

FIGURA 61. MAPA APROXIMADO COM NOMES DE RUAS, LOCAÇÃO DE PRÉDIOS PARA LOCALIZAÇÃO E INDICAÇÃO DE FLUXO DE CARROS SOBRE A PRAÇA. 65

FIGURA 62. PLANTA DA PRAÇA EM MANCHAS. 66

FIGURA 64. PLANTA DO TERMINAL SUBTERRÂNEO EM MANCHAS. 67

FIGURA 63. LOCALIZAÇÃO DA PRAÇA EM RELAÇÃO ÀS VIAS. 67

FIGURA 65. PLANTA. PRAÇA ROOSEVELT À ESQUERDA, PRAÇA DA REPÚBLICA À DIREITA, COPAN ABAIXO, HOTEL HILTON ACIMA. 68

FIGURA 66. PERSPECTIVA COM A PRAÇA DA REPÚBLICA AO FUNDO. 69

FIGURA 67. PERSPECTIVA NOTURNA FICTÍCIA. PRAÇA ROOSEVELT À FRENTE, COPAN À ESQUERDA. 70

FIGURA 68. VISTA DOS ARREDORES. FONTE: GOOGLE MAPS, ACESSO EM 02 DE FEVEREIRO DE 2014. FONTE DE MARCAÇÃO: DO AUTOR, VIA ILLUSTRATOR. 71

FIGURA 69. PISTA DE SKATE TRAZENDO O PÚBLICO DA PRAÇA ROOSEVELT. 72

FIGURA 70. PERGOLADO CONTINUANDO A FEIRA DA PRAÇA DA REPÚBLICA. 73

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 13

ESTUDOS DE CASO 14

PRAÇA FRANKLIN ROOSEVELT, SÃO PAULO, BRASIL 15

DA HISTÓRIA 16

DO PÚBLICO 21

DA ARBORIZAÇÃO 22

DOS DESNÍVEIS 23

DA CONSOLAÇÃO 24

DO PENTÁGONO 24

DOS USOS 25

DA IDÉIA 25

PROJETO NOVA LUZ, SÃO PAULO, BRASIL 26

DAS ÁREAS VERDES 29

PRAÇA MAUÁ – PROJETO “PORTO MARAVILHA”, RIO DE JANEIRO, BRASIL 33

DA SUPERFÍCIE: PASSEIO PÚBLICO – “BOULEVARD” DA PRAÇA MAUÁ AO ARMAZÉM 8 34

DO SUBTERRÂNEO 35

PARC CENTRAL DEL POBLENOU, BARCELONA, ESPANHA 37

DO FECHAMENTO 40

DO LÚDICO 40

HIGH LINE PARK, NOVA YORK, EUA 41

DO TEMPO 42

DO DESIGN 42

DOS ACESSOS 43

DA VEGETAÇÃO 43

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DA EXTENSÃO 43

PRAÇA DA REPUBLICA, SÃO PAULO, BRASIL 44

DA ARTE 46

DA ÁGUA 46

VIADUTO SANTA EFIGÊNIA, SÃO PAULO, BRASIL 47

CALÇADÕES 50

CONCLUSÕES TIRADAS A PATIR DOS ESTUDOS DE CASO 51

OCUPAÇÃO 51

PAISAGISMO 52

EQUIPAMENTOS 53

ACESSIBILIDADE 53

CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS 53

DAS LEIS 54

1. NBR 9050 - ACESSIBILIDADE A EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO, ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS URBANOS 54

2. MANUAL TÉCNICO DE ARBORIZAÇÃO URBANA DA CIDADE DE SÃO PAULO 54

RECOMENDAÇÕES SUPLEMENTARES 55

O PROJETO 56

CONTEXTO 57

TERRENO E MEIO AMBIENTE 57

GEOGRAFIA: TOPOGRAFIA 58

ENTORNO 58

PROCESSO 61

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PROGRAMA 62

EXIGÊNCIAS, NECESSIDADES E ASPIRAÇÕES DOS USUÁRIOS 62

MOVIMENTO NO ESPAÇO-TEMPO 65

ACESSO E ENTRADA 65

SEQUÊNCIA DE ESPAÇOS 66

PLANTA E PERSPECTIVAS 68

CONCLUSÃO E JUSTIFICATIVA 71

BIBLIOGRAFIA 74

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Introdução

Trabalhar o espaço público é modelar a ambientação da vida. Deve-se tratá-lo com cuidado visto que ao fim da

concepção o projeto já não é mais do projetista, mas sim do uso, da gente. Infelizmente, como já lamentava Camillo

Sitte no século XIX, as praças vinham perdendo seu valor de uso e encontro, e estavam desvalorizadas nas cidades

chamadas modernas para a época.

“Para o arquiteto austríaco, a praça seria o espaço público por excelência, é o que definiria a cidade como tal – local de

agregação, da vida em comum, evoca espírito cívico e o sentimento de pertencimento. Tem consistência física e

simbólica.” (PALMA 2010).

As palavras dele não tomaram rumo diferente no século XXI. Ainda hoje muitas praças e espaços abertos são

tratados com descaso ou nem chegam a ser tratados, menos ainda utilizados para seus fins originais que

normalmente são lazer e circulação. A cidade tem sido produzida para o transporte mecânico, e com isso cada vez

menos temos o ambiente de qualidade para o pedestre, para os moradores do entorno. A intenção aqui é trazer uma

grande área movimentada de volta à escala humana, fazendo uma “reurbanização humana”. Assim, a melhoria se

dará no concreto e no social.

“(...) eu acho que isso dá uma pedalada na estima... sei lá, na estima comum, na estima social por esse espaço publico. Tem

uma coisa também que acho que tem uma relevância urbanística que é o fato da gente fechar o trânsito, quer dizer, antes, na

primeira até a segunda Virada, a gente procurava colocar palco só em cima do calçadão, para perturbar o mínimo possível a

malha viária e não colocava nada em cima do leio carroçável, agora não (...)” (A. S. OLIVEIRA 2010)

Citando José Mauro Gnaspini a respeito da Virada Cultural, temos uma experiência em São Paulo de que, quando se

dá a preferência do uso das ruas para os pedestres eles se apropriam dela e a usam, tendo uma identidade maior

com o local. Dessa forma apresentamos e discutimos oito Estudos de Caso nos quais procuramos estudar o espaço

público, em especial a praça, como têm sido tratado seu uso em grandes cidades, suas análises e conclusões gerais,

para então partirmos para um anteprojeto levando em consideração os exemplos anteriores, a área e a população que

a frequenta.

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Estudos De Caso

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Praça Franklin Roosevelt, São Paulo, Brasil

Localizada no Centro e ponto focal de vias importantes, a praça passou por uma construção e uma

reconstrução, foi inúmeras vezes discutida e está em fase final do último projeto. Seu estudo nos ajuda

a entender melhor a área central e as opiniões da população que a frequenta e mora em seu entorno,

nos familiarizando com a dinâmica local.

Alex Sun a analisou em seu livro “Projeto da Praça - Convívio e Exclusão no Espaço Público”:

“Inaugurada em 1970, com o objetivo de promover revitalização da área central por meio de

megaestruturas arquitetônicas e viárias, uma tendência bastante difundida na época,

especialmente em cidades norte-americanas, a praça Roosevelt concretizou a idealização

da prim eira praça moderna planejada de São Paulo.

Inserida em um tecido urbano consolidado de ruas descontínuas e quadras grandes e

irregulares, a praça Roosevelt ocupa um quarteirão de 29.600m². A quadra, delimitada por

rua da Consolação, rua Martinho Prado, rua Augusta e rua João Guimarães Rosa, tem

forma alongada e bem diferente das praças próximas, como a República (30.000m²) e

Rotary (8.700m²), e retangulares, e a Dom José Gaspar (14.300m²), quase um quadrado;

todas inseridas em malhas regulares de ruas. Construída sobre o complexo viário Leste -

Oeste, a praça Roosevelt, de um lado, procurou contemplar um extenso programa funcional

incluindo dois pavimentos de garagens e áreas para serviços de abastecimento e de

atendimento público, recreação e educação, e, de outro, enfatizou a fragmentação do

tecido urbano a seu redor recriando espaços para uso pouco acessível e isolados das

calçadas.

Concorrem na praça Roosevelt três níveis de fragmentação do tecido urbano: 1. Quarteirão

grande delimitado por ruas longas sem travessias; 2. Dificuldades de acesso impostas por

ruas largas, tráfego intenso de veículos e falta de segurança para a travessia de pedestres;

e 3. Ausência de superfícies em contato direto com as calçadas.” (SUN 2008)

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Quanto às citações de Sun sobre os níveis de fragmentação, tivemos a melhora da travessia pelo fechamento de

trechos de duas das ruas que cercam a praça (Martinho Prado e o encontro da Gravataí com a Guimarães Rosa) e

melhorias das faixas de pedestre e sinalização. Quanto ao contato com as calçadas, ele não se dá. Temos rampas e

escadas de acesso, mas a praça foi projetada em nível acima, não sendo possível seu acesso direto , a não ser que

fosse completamente refeita.

Da História

A primeira obra da Roosevelt foi dirigida pelo Arquiteto Paisagista Roberto Coelho Cardozo - considerado fundador da

escola paulista de paisagismo por ter introduzido a matéria no curso da FAU/USP - e entregue em 1970 pelo

Figura 1. Praça Roosevelt após 40 anos de inauguração, abandonada. Fonte: noticias.terra.com.br, acesso em 13 de Maio de 2013. Foto: Raphael Falavigna/Terra.

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presidente Emílio Garrastazu Médici com geometria marcada, diferenciação de níveis e área paisagística limitada

(talvez pela alteração ou não-conclusão de partes do projeto original). O projeto em torno da Igreja da Consolação

não foi bem aceito pelo público, que costumava usar a área como estacionamento e espaço de feiras livres. Segundo

relatório da Emurb apresentado à Associação Viva O Centro em 2010, o estágio de degradação da praça se deveu à

rejeição da população pelo projeto - que fugia ao conceito tradicional de praças públicas -, às dificuldades de acesso

físico e visibilidade por parte dos usuários, à falta de grandes áreas verdes, à dificuldade na administração

(resultando em tráfico de drogas, assaltos, mendicância e deposição de lixo ) e, pela praça não sobreviver por conta

própria e contar com “alguma coisa a mais para atrair público e estimular sua conservação por parte do poder público”

(Centro 2009). Quando isso não acontecia a vulnerabilidade da praça era visível .

Com o Programa Pro Centro (“O Programa de

Reabilitação da Área Central do Município de São Paulo -

PROCENTRO tem a finalidade de promover o

desenvolvimento social e econômico da região,

dinamizando e criando condições de atração e suporte de

atividades compatíveis com o centro metropolitano,

promovendo a reabilitação urbanística e ambiental da

área, com inclusão social” – http://www.procentro.com.br)

a praça começou a ser rediscutida:

“As obras da praça Roosevelt têm um custo de R$ 36,8 milhões, sendo que 85% será financiado pelo

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O projeto de requalificação da praça Roosevelt trará

nova inserção da área de 18.000m² na região central da Cidade. Voltarão a operar, recuperados, os

dois subsolos do estacionamento, com 640 vagas. Novas instalações, com 1.700m², edificadas em

subsolo abrigarão os contingentes da Guarda Civil Metropolitana e da Polícia Militar. No nível

principal da praça, serão plantadas 216 árvores de espécies nativas, instaladas 137 luminárias e

Figura 2. Praça Roosevelt. Fonte: Revista Acrópole. Ano 32, nº 379, novembro 1970. Retirada da Tese de Jais César Maturano Ferreira, 2009.

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construídos novos conjuntos de escadas e rampas dentro dos parâmetros da acessibilidade.

O projeto de requalificação prevê a demolição do pentágono e de seus anexos. Prevaleceu a diretriz

de favorecer a integração dos dois lados da praça, lindeiros às ruas Martinho Prado e Guimarães

Rosa, eliminando-se todas as estruturas construídas acima da laje de cobertura do estacionamento

existente. Da feição original, serão preservadas apenas as est ruturas da Via de Ligação Leste-Oeste

e dos dois subsolos de estacionamento. O espaço resultante das demolições receberá os seguintes

recursos: percurso arborizado, que cortará a praça e articulará a Esplanada Consolação (um sistema

de rampas e escadas projetadas dentro das normas de acessibilidade que abre o interior da praça

para a rua da Consolação) com a Esplanada Augusta (outro conjunto equivalente, que se abre para a

rua Augusta); quiosques para as floriculturas, serviço tradicional da praça, articulados por um

pergolado que também abrigará bancos e outros elementos de mobiliário urbano; e playground,

espaço exclusivo para cães, sanitários públicos, e área verde e permeável ampliada.” (Secretaria

Executiva de Comunicação 2010)

O projeto executivo do Programa Pro Centro da Prefeitura da Cidade de São Paulo, concluído em 2008, foi realizado

pela Figueiredo Ferraz, com subexecutor SUBSÉ, e o projeto arquitetônico foi assinado por Jayme Lago Mestieri e

Carlos Roberto de Azevedo Arquitetos Associados. Para a obra foi contratado o Consórcio Paulitec/CIL, com

subexecutor SIURB. (http://www.procentro.com.br/site/Obra.aspx?Id=63)

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Figura 3. Mapa da Praça Roosevelt e entorno. Fonte: http://maps.google.com, acesso em 21 de Maio de 2013.

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O entorno também previu algumas modificações:

1) O que estava em desenvolvimentos e estudos em 2010:

1. Recuperação do Teatro Cultura Artística (pela própria mantenedora do TCA);

2. Ocupação de um prédio desapropriado pelo Governo do Estado na Praça Roosevelt para a implantação de

uma escola de teatro em parceria com o Grupo Teatral Satyros; 3. A possibilidade (ação particular) de uma

ligação da Rua Avanhandava com a Rua Nestor Pestana, passando em galeria por dentro do Hotel Braston;

4. Construção da EMEI Patrícia Galvão em um prédio na Rua João Guimarães Rosa, em terreno junto ao

Colégio Caetano de Campos, onde existe um edifício tombado pelo patrimônio histórico, mas em completa

ruína;

5.Desenvolvimento de estudos das potencialidades da implantação de empreendimentos na área.

2) As ações que estavam em início de estudos:

1. Desapropriação do imóvel lateral ao Instituto Clemente Ferreira, na Rua Guimarães Rosa, para demolição e

abertura das visuais do edifício sede do Instituto e uma melhor articulação do mesmo com a nova Praça

Roosevelt;

2. Desapropriação de térreo/lojas de alguns prédios situados no grande conjunto de edifícios na lateral da praça

para abertura de Galerias de Comunicação para a Rua Nestor Pestana;

3. Recuperação das calçadas do entorno da praça e das imediações;

Figura 4. Perspectivas do Projeto. Fonte: http://www.procentro.com.br, acesso em 13 de Maio de 2013.

Page 21: TFG Mayara (Dot) 2013 - UNESP Bauru

4. Melhorias no túnel (da Ligação Leste-Oeste) sob a Praça Roosevelt;

5. Desenvolvimento de estudos para a ocupação de um terreno na Avenida da Consolação (fundos do Edifício

Copan) para possível implantação de edifício comercial e espaço público de ligação entre a Avenid a da

Consolação e rua particular do Copan, entre outras. (Centro 2009)

Do Público

Entregue para a população no final de Setembro de 2012, a nova Praça Roosevelt ainda não está acabada. Com as

melhorias, as edificações lindeiras à praça valorizaram, obrigando muitos antigos locatários, inclusive companhias

teatrais tradicionais, a entregarem suas unidades. Apesar disso, a vida noturna e diurna continua agitada. De dia

estudantes ocupam a área à frente da escola, de noite os bares ocupam as ruas, mas a ocupação da praça ainda não

se dá com animação. A maioria das pessoas está lá no entorno, de passagem, mas não na praça em si. Skatistas,

passantes, operários, ativistas e artistas ainda são os maiores públicos.

Figura 5. Panorâmica atual da Praça. Fonte: Do Autor, 2013.

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Da Arborização

Pode ser que as árvores plantadas ainda se desenvolvam bastante, mas ainda assim são pontuais no centro da

praça. A maior área vegetal é constituída por gramíneas (pode-se dever ao fato da profundidade da laje não ser

suficiente para comportar árvores de raízes profundas), mas não o suficiente para amenizar o ambiente do calor do

dia (árvores essas que não estão presentes nem nas áreas projetadas como “cachorródromos”).

Em contraponto, os taludes laterais e a área próxima à Igreja da Consolação possuem muita vegetação e sombra,

constituindo um clima agradável pra quem transita pela rua.

Figura 6. Vista de Cima da Praça. Fonte: http://acidadeinvisivel.wordpress.com/2013/03/31/revitalizacao-urbana-praca-roosevelt/,

acesso em 13 de Maio de 2013. Autor Desconhecido.

Figura 7. Área arborizada no entorno. Fonte: Do Autor, 2013.

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Dos Desníveis

A Roosevelt é um monumento enorme e facetado que tem sua

beleza na significância. Pode ser palco, pode ser acolhedora,

mas não é. Localizada sobre o túnel da Ligação Leste-Oeste, é

impossível que seja plana, porém os desníveis não precisavam

ser projetados para esconder, e sim para abrir a visão da praça.

Os acessos são belos vistos de fora: para quem sobe a mudança

de olhar é gritante, mas para quem está em cima traz

insegurança. A impressão é que a Roosevelt se esconde de

dentro para fora e vice e versa.

Figura 8. Área arborizada ao lado da Igreja da Consolação. Fonte: Do Autor, 2013.

Figura 10. Escadas de Acesso da área ainda em construção. Fonte: Do Autor, 2013.

Figura 9. Acesso subterrâneo do eixo leste-oeste. Fonte: Do Autor, 2013.

Page 24: TFG Mayara (Dot) 2013 - UNESP Bauru

Da Consolação

A Igreja da Consolação está ali, mas tão coberta pela

vegetação que é imperceptível para quem está na praça.

Separada por cerca (provavelmente pela questão da

segurança) e desnível, seu acesso também é

prejudicado. Como atrativo inicial ao local, a igreja

poderia ser incorporada no projeto, talvez expandindo

sua área verde a uma porcentagem da praça ou abrindo

o projeto para ela de alguma outra maneira. Ainda assim,

a preservação da igreja lá em seu lugar original é uma

demonstração de respeito pelo tradicional.

Do Pentágono

Figura 12. Sob O Antigo Pentágono. Fonte: commons.wikimedia.org/wiki/file:praca_roosevelt_03.jpg Autor: Alexandre Giesbrecht.

O ambiente do jeito que estava, encoberto e sem uso,

estava passível a crimes e tráfico, mas seu uso ainda

podia ser o ideal: área de cobertura para apresentações.

Como a estrutura era muito pesada, o ambiente acabava

seguindo o mesmo caminho. Agora a praça sem ele

perdeu um dos seus principais atrativos que poderia ter

sido melhor explorado e cuidado. Ainda assim não há

como negar que a abertura e a visualização da praça

melhoraram.

Figura 11. Igreja escondida à vista da praça. Fonte: Do Autor.

Page 25: TFG Mayara (Dot) 2013 - UNESP Bauru

Dos Usos

A praça é de concreto, mas patins, skates e bicicletas são proibidos, situação que gerou inúmeras

discussões e um possível projeto “skate plaza”, reservando uma área de 1500m² para o uso das

rodinhas (Uol Esportes 2013).

A área comporta também algumas manifestações políticas, culturais e humanitárias, entre essas

“Existe Amor em SP” e a Virada Cultural.

Exposições e intervenções artísticas poderiam ser programas vitalícios na praça, baseando -se no

público, nos arredores e nas instalações dela que, por ser aberta, é ideal para grandes ocupações.

Da Idéia

“Que tipo de uso uma Praça Roosevelt somente ajardinada com

floreiras atrairia? Novamente, qual a força que o projeto tem para

dialogar com a realidade do entorno? Se a vocação do lugar, além de

residencial e educacional, tende à boemia e à produção cultural, por

que não refletir sobre isso e buscar algo condizente e que promova a

integração de todos esses equipamentos com o uso residencial?

Principalmente, como tirar partido do estacionamento para incentivar

um uso mais intenso da praça, ajudando na sua manutenção e na sua

sustentabilidade financeira? A Praça Roosevelt tem uma área imensa e

um potencial invejável de uso em função dos moradores do entorno,

estudantes e pessoas que já buscam os equipamentos culturais ali

instalados e de seu imenso estacionamento. É preciso tirar partido

disso;” (Centro 2009)

Figura 13. Placa de Proibido na Praça Roosevelt. Fonte: Do Autor.

Figura 14. Monumento artístico permanente em um dos acessos à praça. Fonte: Do Autor, 2013.

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Projeto Nova Luz, São Paulo, Brasil

Projeto de renovação do Centro de São Paulo vividamente cercado por elementos culturais (Jardim da

Luz, Estação da Luz, Pinacoteca de São Paulo, Museu da Língua Portuguesa, Museu de Arte Sacra,

Mosteiro da Luz, Vila dos Ingleses, Expresso Turístico, Complexo Cultural Julio Prestes (Est ação Julio

Prestes), Sala São Paulo, Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo, Memorial do

Imigrante, Museu da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Academia Paulista de Letras, Mercado

Municipal Paulistano e Cine Marabá), prevê praças e áreas livres que auxiliam na discussão do

projeto final deste trabalho. Já dizia Caetano sobre “a dura poesia concreta de tuas esquinas” , a área

é basicamente dura e asfaltada, e por ser antiga carrega a história e os resquícios do tempo consigo.

Lá, no “avesso do avesso do avesso do avesso” se misturam diferentes classes sociais tanto de

pessoas quanto de prédios e áreas livres, e nem todos são cuidados da mesma forma.

“O principal objetivo do Projeto Nova Luz é promover a requalificação urbana em 45 quadr as que

compõem o perímetro circundado pelas Avenidas Cásper Líbero, Ipiranga, São João, Duque de Caxias

e Rua Mauá, trazendo novos moradores para a região, aproveitando a infraestrutura instalada no

local, especialmente com relação à acessibilidade à rede de transporte público de alta capacidade e

equipamentos culturais. A região é servida por quatro linhas ferroviárias da CPTM e três linhas do

Metrô. As estações Luz e Júlio Prestes encontram-se nas quadras lindeiras ao perímetro do Projeto

Nova Luz (...) Também serão instaladas habitações de interesse social (mais de 5 mil novas moradias,

sendo mais de 2,5 mil unidades de habitação popular e interesse social, trazendo 12 mil moradores

para a região), escola (infantil e fundamental), creches, unidade básica de saúde, equipamentos de

assistência social e de cultura, ciclovias (mais de 1 km exclusivo e uma rede de vias compartilhadas,

totalizando 5,2 km), calçadas mais largas, três novos espaços abertos (duas praças e um largo para

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convívio da comunidade), novo

sistema de iluminação pública,

melhorias dos acessos ao

transporte metro-ferroviário, além

de promover a restauração do

patrimônio histórico da região. A

preservação da memória do

bairro foi considerada no

desenvolvimento do projeto,

estando prevista a permanência

de 77% da área construída

existente, incluindo as

edificações protegidas pelos

órgãos de patrimônio histórico,

que serão restauradas em sua

totalidade. Está previsto ainda a

criação de um espaço privado de

uso público destinado a um

centro de entretenimento com

cinemas, teatros e restaurantes.

O projeto leva em conta toda a

estrutura de cultura e lazer já

instalada, como a Pinacoteca do

Estado, a Sala São Paulo, o

Museu da Língua Portuguesa e o

Parque da Luz, entre outros. O

objetivo é que essas atividades

sejam incrementadas e Figura 15. Área de Projeto. Fonte: https://www.google.com.br/maps/preview#!data=!1m4!1m3!1d6354!2d-46.6491185!3d-23.5372733, acesso em 18 de Setembro de 2013.

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articuladas com novos espaços culturais. A ideia é que a Nova Luz torne -se um espaço que seja

ocupado e aproveitado 24 horas por dia, 7 dias por semana.”

(Urbanismo s.d.)

“Além da recuperação de praças existentes (Praça Júlio de Mesquita e Largo General Osório), o projeto propõe a

criação de duas novas praças: 1. Uma nova praça localizada junto às Ruas dos Gusmões, Barão de Limeira e

Conselheiro Nébias, com grandes superfícies gramadas e arborizadas, servindo como espaço de integração para os

moradores da vizinhança; 2. Uma nova praça junto às ruas dos Gusmões e Protestantes, que se articula aos espaços

públicos propostos, voltados à educação. Esta praça atende prioritariamente alunos e pais junto às novas escolas,

além dos moradores da vizinhança; Criação de espaço de uso público junto às ruas do Triunfo e Gal. Couto de

Magalhães: Este largo funciona como área de convívio, espaço público de transição entre o calçadão da Rua Vitória,

os espaços do Centro de Entretenimento e os equipamentos públicos, priorizando espaços de estar e circulação de

Figura 16. Perspectivas de Projeto. Fonte: http://www.novaluzsp.com.br/files, acesso em 13 de Maio de 2013.

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grande número de pessoas. Criação de áreas de estar junto à Rua Vitória: Estes espaços se distribuem ao longo da

via, fazem parte dos lotes privados, mas estão integrados aos espaços públicos.” (Prefeitura de São Paulo s.d.)

A arborização de calçadas, nova pavimentação, melhoria e aumento da rede de iluminação e atrativos locais são

fatores que auxiliarão no reavivamento da área, porém isso tem que ser mantido, o que não é tão fácil numa grande

extensão. Aqui ainda é necessário levar em conta o histórico e os anos de degradação sofridos.

Das Áreas Verdes

Figura 17. Espaços livres. Fonte: http://www.novaluzsp.com.br/files/NL_Consolidado_11_08_2011.pdf, acesso em 13 de Maio de 2013.

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Figura 19. Praça Nébias. Fonte: http://www.novaluzsp.com.br/files/NL_Consolidado_11_08_2011.pdf, acesso em 13 de Maio de 2013.

Figura 18. Bulevar Casper Líbero. Fonte: http://www.novaluzsp.com.br/files/NL_Consolidado_11_08_2011.pdf, acesso em 13 de Maio de 2013.

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Pela extensão total do projeto os espaços reservadas para áreas verdes são poucos. Ainda assim, temos três

espaços livres: 1. A esquina entre a Rua dos Gusmões e e a Rua dos Andradas; 2. O lote na Rua dos TImbiras, na

quadra localizada entre a Avenida Rio Branco e a Rua Santa Ifigênia; 3. A Praça Nébias, que fica no lote ao final da

Rua dos Gusmões, na quadra entre a Rua Conselheiro Nébias e a Alameda Barão de Limeira. E temos quatro

Figura 21. Bulevar Rio Branco. Fonte: http://www.novaluzsp.com.br/files/NL_Consolidado_11_08_2011.pdf, acesso em 13 de Maio de 2013.

Figura 20. Passeio Cultural Mauá/Lgo. Gal. Osório. Fonte: http://www.novaluzsp.com.br/files/NL_Consolidado_11_08_2011.pdf, acesso em 13 de Maio de 2013.

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espaços abertos: 1.

Bulevar Cásper

Líbero, circundada

pelas Ruas Mauá,

General Couto

Magalhães, e pelas

Avenidas Washington

Luís e Cásper Líbero;

2. Bulevar Rio

Branco, na Avenida

Rio Branco de

encontro à Rua

Vitória; 3. Passeio

Cultural Mauá, na

Rua Mauá; 4. Espaço

circundado pela

Avenida São João,

Rua Vitória e Avenida

Barão de Limeira.

Das sete áreas,

quatro possuem

intenção projetual,

três estão em aberto.

Figura 22. Modelo de Praça e Equipamento Publico. Fonte: http://www.novaluzsp.com.br/files/NL_Consolidado_11_08_2011.pdf, acesso em 13 de Maio de 2013.

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Praça Mauá – Projeto “Porto Maravilha”, Rio de Janeiro, Brasil

A Praça Mauá, situada no Píer Mauá, grande terminal de cruzeiros do Rio , foi inicialmente

lembrada pela sua interação com o Elevado Perimetral, como lidou com ele pelos anos e

como o novo projeto o carregará. Com a chegada de dois museus ela será toda renovada,

com intenção de trazer de volta a vida cultural do lugar.

“A Lei Municipal nº 101/2009 criou a Operação Urbana Consorciada da Área de

Especial Interesse Urbanístico da Região Portuária do Rio de Janeiro. Sua finalidade

é promover a reestruturação local, por meio da ampliação, articulação e

requalificação dos espaços públicos da região, visando à melhoria da qualidade de

vida de seus atuais e futuros moradores e à sustentabilidade ambiental e

socioeconômica da área. O projeto abrange uma área de 5 milhões de metros

quadrados, que tem como limites as Avenidas Presidente Vargas, Rodrigues Alves,

Rio Branco, e Francisco Bicalho. (...) Como complemento às intervenções

urbanísticas já mencionadas, pode-se citar as importantes mudanças viárias: a

demolição do Elevado da Perimetral, a transformação da Avenida Rodrigues Alves

em via expressa, a criação de uma nova e rota, chamada provisoriamente de Binário

do Porto, e a reurbanização de 70 km de vias. O Porto Maravilha também realizará

ações para a valorização do patrimônio histórico da região, bem como a promoção

do desenvolvimento social e econômico para a população. A implantação de projetos

de grande impacto cultural, como o Museu de Arte do Rio de Janeiro (Mar), na Praça

Mauá, e o Museu do Amanhã, no Píer Mauá, ambos em parceria com a Fundação

Roberto Marinho, darão nova cara à entrada do porto.” (CDURP s.d.)

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Da Superfície: Passeio Público – “Boulevard” da Praça Mauá ao

Armazém 8

O espaço entre o Armazém 7 e a Praça Mauá – hoje

parte da Avenida Rodrigues Alves – será transformado

em um grande passeio público arborizado, valorizando a

passagem de pedestres e, em alguns trechos, abrigando

a passagem do VLT. Serão 44 mil metros quadrados.

Quando se substitui por túnel o trecho da Rodrigues

Alves entre o Armazém 6 e a Praça Mauá, ganha-se o

mesmo espaço em passeio público arborizado, com

ciclovia, área de convivência, circulação de pedestres e

passagem do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

O Túnel da Via Expressa possibilitará passeio público

entre Praça Mauá e Armazém 6, por onde vão circular

pedestres, bicicletas e VLTs. (Porto Maravilha s.d.)

Figura 24. Localização da Praça Mauá e entorno. Fonte: http://www.maps.google.com, acessado em 03 de junho de 2013.

Figura 23. Perspectiva de projeto com a Praça Mauá ao fundo do Museu do Amanhã, já sem a Perimetral. Fonte: http://portomaravilha.com.br/upload/cupula/apresentacao.pdf, acesso em 13 de Maio de 2013.

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A Praça Mauá vem há tempos perdendo sua grandiosidade de porto, “alguns armazéns e galpões antigos, aquelas

edificações existentes entre a Perimetral e as encostas, vinham sendo ocupados como barracões de escolas de

samba e, por falta de cuidados, estão se deteriorando”, daí sua grande necessidade de revalorização. (MAGALHÃES

2011)

Do Subterrâneo

A grande mudança, além da necessária revitalização, será a retirada do Elevado Perimetral . Ele, “(...) que margeia

quase todo o Porto do Rio, tem data marcada para deixar de existir: segundo semestre de 2013. Em seu lugar será

construído um túnel de 1.800 metros, que terá início nas proximidades do Museu Naval e Oceanográfico. (...) a

Avenida Rodrigues Alves será transformada em via expressa até seu encontro com a Avenida Rio de Janeiro. Em um

Figura 25. Túnel da Via Expressa possibilitará passeio público entre Praça Mauá e Armazém 6, por onde vão circular pedestres, bicicletas e VLTs. Fonte:

http://portomaravilha.com.br/web/sup/serObrMapaPer.aspx, acesso em 13 de Maio de 2013.

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projeto inédito na cidade, o Túnel da Via Expressa passará embaixo do Túnel do Binário no trecho sob o Morro de

São Bento(...).” (Cidade Olímpica 2011)

Figura 26. Praça Mauá Contemporânea e Elevado da Perimetral. Fonte: http://ftvieira.files.wordpress.com/2012/06/prac3a7a_maua_int.jpg, acesso em 14 de Maio de 2013. Foto: desconhecido.

Figura 28. Vista Aérea da Praça Mauá em 1916/18. Fonte: http://www.flickr.com/photos/carioca_da_gema/293063867/, acesso em 14 de Maio de 2013. Fonte: Acervo de Francisco Patrício.

Figura 27. Perspectiva de Projeto da Praça Mauá e do Projeto Binário do Porto. Fonte: http://portomaravilha.com.br/conteudo/binario.aspx, acessado em 03 de Junho de 2013.

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Parc Central Del Poblenou, Barcelona, Espanha

O Parc Central foi escolhido por sua característica peculiar na cidade: é um parque

fechado. Centrado num local agitado, o parque nega o movimento ao seu redor e traz

o usuário para um local de contemplação. Além disso é cruzado por algumas vias,

que podemos usar como referência para um futuro projeto de espaço publico em

lugar já consolidado.

“(...) O Parque é um dos maiores na cidade. É delimitado pela Carrer del Marroc,

a Carrer de Bac de Roda e a Avenida Diagonal. Infelizmente, seu interior é sub

dividido pelas passagens de veículos Carrer d’Espronceda, Carrer de Bilbao,

Carrer Pere IV e a Carrer Cristobal de Moura. Embora o tráfego de pedestres

prevaleça nessas ruas e a densidade de tráfego tenha sido reduzida, essas ruas

transversais agem como barreiras, característica incomum num parque de

Barcelona. Para resolver o problema, a Carrer d’Espronceda foi coberta e

decorada com um “túnel de flores”, cujas vinhas não cresceram ainda. Concebido

como um jardim botânico com 1000 árvores, 5000 arbustos, quase 11000

videiras, 35 palmeiras e 5000 cactus, o parque também apresenta atividades de

lazer para os jovens e para os não tão jovens, com atrações especiais,

remanescentes históricos restaurados, apreciação da cultura catalã e um mundo

de faz de conta e imaginação.” Texto original em inglês. Tradução livre nossa,

em 14 de Maio de 2013. (PASCUAL 2007)

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“(...) Este novo parque central é uma joia

arquitetônica que combina diferentes zonas e

uma variedade de plantas. O tão necessário

“pulmão” na antiga área industrial de Poblenou.

O parque foi projetado pelo arquiteto francês

Jean Nouvel e inaugurado na primavera de

2008. Ele abrange uma superfície de 55000m²

entre a Carrer Bilbao, Carrer Marroc, Bac de

Roda e a Diagonal, e provê um oásis de calma

que define claramente o o espírito da nova

Poblenou. O muro que delimita o parque é

coberto com plantas mediterrâneas, e um portão

ao estilo de Gaudi leva ao interior. O principal

ponto de encontro, a Plaça de La Sardana, está

localizada no centro do parque, cercada por

ocas onde as crianças podem brincar. Há uma

área semelhante à paisagem lunar que tem

coleta de lixo pneumática, mais um exemplo das

preocupações de Jean Nouvel com o meio

ambiente, como é fato que a maioria do parque

(...) é irrigado por águas subterrâneas. Nouvel

queria que o parque que leva sua assinatura

fosse usado por toda a comunidade,

combinando diferentes habitats onde se pode

relaxar nas cadeiras de metal na sombra de

exuberantes plantas coloridas e árvores.” Texto

original em inglês, tradução livre nossa em 14

de Maio de 2013. (Barcelona Turisme s.d.)

Figura 29. Entrada do Parc Central "ao estilo Gaudi" e Avenida Diagonal Mar. Fonte: Alexandre Suárez de Oliveira, arquivo pessoal.

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Figura 30. Entorno do Parc Central. Fonte: heetp://www.maps.google.com.br, acesso em 03 de Junho de 2013.

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Do Fechamento

O Parque parece lidar bem com esse entorno circundado. A visão não é completamente fechada, é restrita com muros

e grades, e aberta com nichos e vidros. A vegetação suaviza esse enclausuramento, e pela área ser grande a

insegurança que praças habitualmente fechadas têm diminui.

Do Lúdico

O parque possui diversos níveis, ambientes, esculturas e equipamentos, colocando o espectador em muitas cenas de

escalas e situações diversas.

Figura 33. Exemplo de fechamento/abertura do parque. Fonte: Alexandre Suárez de Oliveira, arquivo pessoal.

Figura 34. Equipamento e bancos. Fonte: Alexandre Suárez de Oliveira, arquivo pessoal.

Figura 35. Jardim de Sensações. Fonte: Alexandra Suárez de Oliveira, arquivo pessoal.

Figura 31. "Oca". Fonte: Alexandre Suárez de Oliveira, arquivo pessoal.

Figura 32. "El Cràter". Fonte: Alexandre Suárez de Oliveira, arquivo pessoal.

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High Line Park, Nova York, EUA

Além de carregar o título de “sustentável” pela sua concepção, o High Line nos interessa

por não estar no chão, mas sim acima dele. Comumente elementos elevados e quaisquer

espaços com túneis ou obras semelhantes trazem degradação e desvalorização ao local

próximo. Temos aqui um exemplo que isso pode se dar ao contrário.

“O High Line é um espaço público criado em Nova York, a partir de um conjunto

de trilhos abandonados, no maior setor industrial de Manhattan. Os trilhos do

trem, construídos entre 1929 e 1934, eram utilizados para transporte de

alimentos, e a estrutura foi chamada de High Line. Com a evolução da cidade, os

trilhos se tornaram obsoletos, e em 1999 foi feito um plano para converter o

espaço abandonado em um parque suspenso a oito metros do chão. Em 2002,

surgiu a ideia de transformar a área em algum tipo de parque, que fosse publico

e pudesse ser utilizado por muito tempo.” (SUZUMURA 2012)

Propriedade da Cidade de Nova York e mantido pela organização Friends of the High

Line - fundada em 1999 por residentes do entorno que apoiaram a preservação e

transformação da linha quando estava sob ameaça de demolição – em conjunto com o

Departamento de Parques e Recreação de Nova York (New York City Parks s.d.), foi

concebido pelo Design Trust for Public Spaces (organização não-governamental

dedicada à melhoria dos espaços públicos em Nova York – http://www.designtrust.org)

em parceria com o arquiteto Casey Jones, partindo de pesquisa e divulgação do

“Reclaiming The High Line”, estudo que estabelece um quadro de planejamento para a

preservação e o reuso do high line.

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Do Tempo

De Janeiro a Julho de 2003 ocorreu um concurso de ideias, o “Designing the high

Line”, no qual participaram 720 equipes de 36 países.

Em 2004 foi selecionada a equipe de design para o High Line: James Corner Field

Operations - empresa de Arquitetura da Paisagem, Diller Scofidio + Renfro -

empresa de Arquitetura, especialistas em horticultura, engenharia, segurança,

manutenção, arte publica e outras disciplinas. A construção da Seção 1 começou

em Abril de 2006, partindo da Rua Gansevoort até a 20ª Avenida. Vias, lastros e

detritos foram removidos, os trilhos são

mapeados, etiquetados e armazenados (alguns

seriam reutilizados na paisagem do parque, o aço

é jateado,fazem reparos no concreto e sistemas de

drenagem e instalam impedimentos para pombos

embaixo da Linha. Em 9 de Junho de 2009 a Seção

1 é aberta ao publico, e em 8 de Junho de 2011

a Seção 2 (Lado oeste da 20ª Avenida até lado

oeste da 30ª rua) é inaugurado.

Do Design

As formas remetentes aos trilhos são constante referência em todo o projeto,

salientando seu uso passado. Os bancos, o piso, e os materiais tiveram tratamento

exclusivo no local, trazendo a arte, identidade e conforto para o lugar.

Figura 36. Self-Seeded Landscape - The High Line 1999 - 2006. Fonte: http://www.thehighline.org/galleries/images/high-line-1999-2006, acesso em

04 de Junho de 2013.

Figura 37. Gansevoort Entry Construction - Building Gansevoort Entry. Fonte:

http://www.thehighline.org/galleries/images/building-gansevoort-entry?page=1, acesso em 04 de Junho

de 2013.

Page 43: TFG Mayara (Dot) 2013 - UNESP Bauru

Dos Acessos

Apesar da grande extensão, possui apenas nove acessos – Rua Gansevoort , Rua West 18th, Rua West 20th, Rua

West 26th e Rua West 28th, esses sem acesso por elevador, e Rua 14th, Rua

West 16th, Rua 23rd Street e Rua West 30th Street, com acesso por elevador.

Da Vegetação

Inspirada pela vegetação que cresceu no local durante os 25 anos que os trens

pararam de passar na linha – inclusive incorporando algumas ao projeto – foram

usadas espécies duráveis, com variação de cores e texturas, focando nas

espécies nativas.

Da Extensão

A linha tem cerca de 20 km de extensão, cobrindo uma grande área e

eliminando aproximadamente 105 cruzamentos de ruas. Essa intervenção

promoveu a revalorização de seu entorno, demostrando para nós que o fato da

linha de trem ter produzido

uma extensa área coberta e

portanto pouco iluminada,

que fez com que fosse

depreciada após anos de

uso, com a requalificação

do espaço esse problema

foi a grande chave da obra,

resultando em um parque lúdico e inovador que revitalizou

completamente a área.

Figura 39. Sob o parque. Fonte: http://www.dnainfo.com/new-york/20101022//trailer-home-at-high-line-offers-artistic-glimpse-of-upstate-new-york/slideshow/popup/41576, acesso em 04 de Junho de 2013.

Figura 38. View North from 17th Street - The High Line in Operation. Fonte:

http://www.thehighline.org/galleries/images/high-line-operation, acesso em 04 de Junho de 2013.

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44

Praça da Republica, São Paulo, Brasil

No elo entre o centro novo e o antigo, temos esta grande praça como marco.

Circundada por vias de grande movimento – Avenida Ipiranga, Avenida São

João, Rua da Consolação, Avenida Rio Branco – ela ainda assim consegue se

destacar: está como um “respiro vegetal” em um ponto central da metrópole

paulista. Após a reforma realizada pela Prefeitura a praça está mais próxima

de seu traçado original, de 1905.

“A Praça da República começou a se formar no século XVIII, nas terras que

pertenciam ao tenente José Arouche de Toledo Rendon. No início, o local era

utilizado para exercícios militares.” (Lemad s.d.)

“Antigamente era conhecida como Largo dos Curros. Ali os paulistanos do

século XIX se divertiam ao assistir os rodeios e as touradas da época. De lá

para cá o nome do espaço mudou várias vezes. Já foi chamado Largo da

Palha, Praça dos Milicianos, Largo 7 de abril, Praça 15 de Novembro e

finalmente, em 1889, ficou definido Praça da República. Construída a partir

do modelo de urbanização européia, o local, que faz um elo entre o centro

velho e o centro novo, foi escolhido em 1894 como endereço da Escola

Normal Caetano de Campos.” (Cidade de São Paulo s.d.)

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Figura 40. Mapa da Praça e arredores. Fonte: http://www.maps.google.com, acesso em 08 de Junho de 2013.

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Além de seu valor histórico, a praça também está

localizada próxima ao Cine Marabá, Theatro Municipal,

Biblioteca Mário de Andrade, Viaduto do Chá, e tem,

aos finais de semana, Feira de Arte e Artesanatos e

fácil acesso via metrõ.

Da Arte

Além da tradicional “feirinha” por lá também podem

ser vistos muitos monumentos espalhados,

principalmente bustos de grandes nomes.

Da Água

A Praça possui quatro lagos espalhados, constituindo

microclimas agradáveis.

Figura 41. Vista aérea da Praça e entorno. Fonte: http://caetanistas78.blogspot.com.br/2011/10/praca-da-republica-sao-paulo-em-1968.html, acesso em 08 de Junho de 2013.

Figura 44. Busto de Baden Powell. Fonte: http://www.monumentos.art.br/monumento/baden_pawell, acesso em 08 de Junho de 2013.

Figura 43. Mercúrio em Repouso. Fonte:

http://www.monumentos.art.br/monumento/mercurio_em_repouso, acesso em 08 de Junho de

2013.

Figura 42. Um dos lagos. Fonte:

http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/tur

ismo-capital-feirasdeartesanato.php, acesso em 08 de

Junho de 2013.

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Viaduto Santa Efigênia, São Paulo, Brasil

Temos aqui um grande viaduto – agora só para pedestres – em incrível construção metálica

sobre grandes ruas de São Paulo: Anhangabaú, Avenida Prestes Maia, Rua Brigadeiro Tobias,

uma grande inovação na transposição de vales para a época, ligando o largo de São Bento ao de

Santa Ifigênia.

A construção se deu “(...) através de um viaduto com tabuleiro superior e estrutura

metálica. Foi construído em aço laminado, exceto os guarda-corpos de ferro fundido. (...)

A extensão total do viaduto é, desta forma, de 225 metros, com declive de 6,027

milímetros por metro. (...) Admitiram-se uma carga estática de 400 quilos por metro

quadrado e (...) a passagem de “tramways” com 26 toneladas (...) Providenciou-se, de

imediato, a importação da estrutura metálica, totalmente fabricada na Bélgica, de acordo

com as plantas do projeto de Giulio Micheli, vencedor da concorrência. Transportadas de

navio até o Porto de Santos, as partes metálicas eram numeradas e e previamente

perfuradas, prontas para receberem os rebites. As obras de montagem ficaram a cargo da

firma Lidgerwood Manufacturing company Limited, iniciadas em 1910, com a colaboração

técnica dos engenheiros Mario Tibiriçá e Giuseppe Chiappori. (...) A inauguração do

Viaduto Santa Efigênia ocorreu no dia 26 de Julho de 1913.” (R. B. OLIVEIRA 2011)

Page 48: TFG Mayara (Dot) 2013 - UNESP Bauru

48

Figura 45. Mapa de Localização do Viaduto. Fonte: http://www.maps.google.com, acesso em 08 de Junho de 2013.

Figura 46. Elevação do viaduto. Fonte: http://www.metalica.com.br/images/stories/Id156/maior/05.jpg, acesso em 08 de Junho de 2013.

Page 49: TFG Mayara (Dot) 2013 - UNESP Bauru

Com o tempo, a infiltração de água foi deixando frágil a estrutura, e foi

cogitada a demolição do Viaduto, a contragosto da população.

“Eu me lembro que uma vez você me disse que um dia que

demolissem o viaduto, que tristeza, você usava luto, arrumava sua

mudança e ia embora pro interior.” Adoniram Barbosa, Viaduto Santa

Efigênia

A conclusão foi “em 18 de Julho de 1975, o prefeito Olavo Setúbal

determinava que a estrutura, que completara 62 anos, seria reformada

e conservada pela Municipalidade. Desta forma, a passagem serviria

como via de pedestres na ligação com a nova Praça (Largo) de São

Bento (...)” e o viaduto se tornou patrimônio histórico neste mesmo

ano. (R. B. OLIVEIRA 2011)

O uso da estrutura metálica

normalmente reduz o tempo e a mão

de obra das construções feitas. A

manutenção é específica, afinal não

ocorrem os mesmos danos do

concreto e da madeira, porém com

cuidado é um material tão durável

quanto os outros comuns.

Maleável, a estrutura criou uma

estética perto de Art Nouveau, trazendo elegância à área. Com a construção da

estação do metrô e o comércio o movimento no viaduto aumentou cada vez mais.

Figura 47. Vista. Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=372649, acesso em

08 de Junho de 2013. Figura 48. Detalhe do Viaduto. Fonte:

http://www.flickr.com/photos/fabioraphael/5375293564/, acesso em 08 de Junho de 2013.

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Calçadões

São, basicamente, ruas remodeladas e com trânsito fechado restrito a veículos

automotores. Os desenhos de piso são mudados, a iluminação melhora junto com

a arborização e o mobiliário, o comércio toma conta da área e as pessoas têm um

local confortável para passear e olhar vitrines.

“O crescimento das cidades brasileiras, nó Século XX, e a popularização do

automóvel, a partir da década de 50, foram fatores que congestionaram o centro

das nossas principais cidades. Ruas e calçadas não estavam preparadas para

suportar a grande demanda de pessoas e esse fato motivou, em parte, a

introdução de novas áreas para pedestres – a rua de pedestres – a exemplo do

que ocorreu em outros países.

As ruas de pedestres – apelidadas

de calçadões – foram introduzidas

no Brasil na década de 70,

primeiro em Curitiba, na Rua XV

de Novembro, que passou a se

denominar Rua das Flores. A seguir foram criadas em São Paulo, Rio

de Janeiro, Florianópolis, Londrina, Juiz de Fora, Bauru, Ponta

Grossa, e depois em muitas outras cidades de diversos tamanhos. “

Figura 49. Rua XV de Novembro, Curitiba. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rua_xv_curitiba

.jpg, acesso em 08 de Junho de 2013.

Figura 50. Calçadão em Bauru, SP. Fonte: http://movimentoemrede.com/wp-

content/uploads/2013/05/Cal%C3%A7ad%C3%A3o-Bauru.jpg, acesso em 18 de Setembro de 2013.

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CONCLUSÕES TIRADAS A PATIR DOS ESTUDOS DE CASO

A partir dos Estudos de Caso tiramos experiências a serem analisadas, contribuindo para o projeto final deste trabalho. Teremos aqui as análises por tópicos, quanto a:

Ocupação

Na Roosevelt temos, de dia, em sua maior parte a ocupação feita pelas crianças da escola ao redor e transeuntes, alguns skatistas e moradores. A noite o público muda, em geral quem está lá são os frequentadores dos arredores, ainda assim com menor incidência, deixando a praça vazia.

No Projeto da Nova Luz, como é uma grande área, a ideia é que seja estendida a toda população sua ocupação principalmente para passagem, acesso ao metrô e compras, com algumas praças projetadas para permanência.

A Praça Mauá é uma praça de exibição e passagem. Ela tem a função de recepcionar e despedir as pessoas que desembarcam no porto e de mostrar os museus que estão ao seu redor, sendo uma praça para locomoção, que abre caminho para os monumentos.

O Parc Central Del Poblenou é todo fechado, permitindo a segregação destinada ao lazer, permanência e aproveitamento do local.

O High Line foi projetado para passagem, e em locais específicos para permanência, possibilitando também apropriação de espaços por artistas, além dos turistas e conterrâneos.

Na Praça da República temos praticamente a mesma ideia de uso da Roosevelt, quem a usa são transeuntes e frequentadores dos locais próximos, além de moradores de rua.

O Viaduto Santa Efigênia é uma área de passagem que se liga a áreas comerciais, daí seu grande movimento.

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Os calçadões são vias de pedestre, passagens, comumente combinados com pontos comerciais bem arrumados e iluminados ao largo, propícios a esportes de baixo impacto, passeios e compras.

Em geral a praça quando é mais fechada traz para dentro de si apenas quem tem a intenção do uso dela, seja para descanso ou lazer. Quando aberta mas sem caminhos por dentro as pessoas costumam passar ao seu redor, apenar utilizando sua sombra e microclima, quando há. Para ter um uso e não virar caminho, a praça necessita de função e oferecer acolhimento aos que têm a intenção de estar lá. Dar esta opção de mudança de rotina é a função do local público, interferindo de algum modo no estilo de vida de quem a frequenta.

Paisagismo

Na Roosevelt, Nova Luz, Santa Efigênia e nos calçadões em geral vemos árvores pontuais e algumas áreas gramadas. Facilita a visualização de todos os lados, apesar de não ser exatamente confortável em dias muito quentes.

A Mauá possuirá arborização apenas em seu redor, constituindo algo que lembra uma praça seca - quase como a Praça dos Três Poderes de Brasília, Distrito Federal - assim dando ênfase aos edifícios de seu entorno.

O Poblenou é tão arborizado como pode, principalmente com chorões, e se vale também de outros tipo de arbustivas e vegetação trepadeira.

O High Line possui uma vegetação especial, lembrando um lugar abandonado por referência à antiga linha de trem, e com espécies características.

A República tem muitas árvores, lagos, grama, realmente um verde muito denso em um centro de cidade tão seco, quase como um parque aberto, porém deixando grandes clareiras sobre seus caminhos. Assim também acontece em uma pequena área em volta da Igreja na Praça Roosevelt, com a diferença dos caminhos também estarem sob uma densa vegetação.

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Equipamentos

Cada um destes estudos possui características singulares. O High Line é elevado e possui acessos via elevadores. Também tem decks e bancos que incentivam a permanência dos usuários. A Praça da República, antiga e de grande dimensão, possui coreto, lago, creche, acesso via estação de metrô, banca de jornal, playground. A Praça Roosevelt possui bancos, esculturas, pergolado, canteiro e talvez possua novamente um estacionamento. O viaduto da Santa Efigênia é uma área de passagem, portanto tem seu espaço livre e acesso via metrô. A Praça Mauá, assim como o viaduto, é um espaço neutro que propicia a passagem, não necessitando de equipamentos, apenas do espaço. Já o Parc Central Del Poblenou investiu em equipamentos característicos e feitos com exclusividade, como bancos e acessórios para playground.

Acessibilidade Os relatos de estudo de caso aqui são, em sua maioria, planos, sendo acessíveis a grande parte da população com algum tipo de deficiência de mobilidade.

Características Arquitetônicas

Tais características são marcantes e diferenciam a plástica dos ambientes citados. Santa Efigênia é um viaduto em estrutura metálica e detalhes Art Nouveau. A Praça Roosevelt está em desnível, é uma praça elevada. O Projeto da Nova Luz é extenso e tem várias micro características em cada ambiente, como tendo em seu interior grandes calçadões e, em contraponto ou complemento, praças com microclimas agradáveis. O Poblenou tem como característica principal a segregação, ele busca se desvencilhar do entorno e trazer o usuário apenas para dentro dele. O High Line, além de sua busca histórica, traz a elevação como de um grande viaduto como ponto forte. A República possui usos mistos por causa de sua grande extensão, parecendo uma pequena cidade. A Mauá é feita para atrair a atenção para os edifícios ao seu redor, daí ser uma grande área revestida.

Quando projetamos é necessário buscar em nosso repertório características da pluralidade da população, e como a ideia normalmente é ter a abrangência total visando o acesso e a permanência de diversos tipos de pessoas, ou o mais perto disso que conseguirmos chegar, tivemos que os estudos de caso foram importantes por nos trazer detalhes projetuais e de desenho relevantes, como os detalhes de piso, de acessibilidade, opções de uso e de paisagismo, informações essas que nortearão este projeto de conclusão.

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DAS LEIS

1. NBR 9050 - Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos urbanos

8.5.3.1 Sempre que os parques, praças e locais turísticos admitirem pavimentação, mobiliário ou equipamentos edificados ou montados, estes devem ser acessíveis.

8.5.3.2 Nos locais onde as características ambientais sejam legalmente preservadas, deve-se buscar o máximo grau de acessibilidade com mínima intervenção no meio ambiente.

8.5.3.3 O piso das rotas acessíveis deve atender às especificações contidas em 6.1.1.

6.1.1 Pisos

Os pisos devem ter superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição, que não provoque trepidação em dispositivos com rodas (cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê). Admite-se inclinação transversal da superfície até 2% para pisos internos e 3% para pisos externos e inclinação longitudinal máxima de 5%. Inclinações superiores a 5% são consideradas rampas e, portanto, devem atender a 6.4. Recomenda-se evitar a utilização de padronagem na superfície do piso que possa causar sensação de insegurança (por exemplo, estampas que pelo contraste de cores possam causar a impressão de tridimensionalidade).

2. Manual Técnico de Arborização Urbana da Cidade de São Paulo

Parâmetros para a arborização de áreas livres públicas.

Para efeito de aplicação dessas normas, são caracterizadas como áreas livres públicas, praças, áreas remanescentes de

desapropriação, parques e demais áreas verdes destinadas à utilização pública.

A distância mínima em relação aos diversos elementos de referência existentes em áreas livres públicas deverá obedecer a

correspondência abaixo especificada.

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Distância mínima (m) para árvores de:

Pequeno Porte Médio Porte Grande Porte

1,0 1,0 1,0

2,0 2,0 3,0

1,0 1,0 1,0

2,0 2,0 3,0

1,0 2,0 3,0

5,0 8,0 12,0

. . 5,0

Tabela 1. Distâncias Mínimas - MTAC. Fonte: Manual Técnico de Arborização Urbana da Cidade de São Paulo.

Em relação a eventuais edificações vizinhas, deverá ser obedecido o afastamento mínimo correspondente à altura da

árvore quando adulta, ou o raio de projeção da copa, devendo ser adotado o maior valor.

Junto às áreas destinadas à permanência humana ao ar livre, deverá ser evitado o plantio de árvores cuja incidência

de copas possa apresentar perigo de derrama ou de queda de frutos pesados e volumosos.

Recomendações Suplementares

Na elaboração de projetos de vias públicas, em face de interferências entre equipamentos públicos e arborização,

deverá ser ponderada preliminarmente a possibilidade de readequação desses equipamentos, ao invés da adoção

precipitada de serviços de poda ou remoção em detrimento da arborização.

Os canteiros centrais com largura maior ou igual a 1,00 m, de preferência, não devem ser impermeabilizados, a não

ser nos espaços destinados à travessia de pedestres e à instalação de equipamentos de sinalização e segurança.

Quando, nas calçadas verdes, houver arborização, deverão ser atendidos todos os parâmetros destas normas.

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O PROJETO

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CONTEXTO

Terreno e Meio Ambiente

A área estudada possui aproximadamente 15562m² e se

encontra na ligação das Praças Roosevelt e República

no Centro de São Paulo, SP. Como limites possui a

grande Rua da Consolação, Dr. Teodoro Baima, Araújo,

Epitácio Pessoa, Major Sertório, incorpora a Praça

Darcy Penteado, e termina no cruzamento da Av. São

Luiz com a Praça da República.

Figura 52. Autorretrato, 1964. Darcy Penteado. Fonte:

http://www.base7.com.br/portfolio/ver/126, acessado em 28 de janeiro de 2014.

Possui cerca de 24 árvores de porte grande em uma

extensão de aproximadamente 340m. As próximas

áreas mais arborizadas estão no Bosque da Praça da

República e na área da Igreja da Consolação,

ambas já consideradas aqui.

Figura 51. Localização. Fonte: Google Maps, acesso em 28 de Janeiro de 2014.

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Geografia: Topografia

Segundo planta conseguida com a Prefeitura de São Paulo (contato

com Pamela Alves, SMDU - Grupo Técnico Intersecretarial do

Sistema de Informação Geográficas do Município de São Paulo , em

20 de Março de 2013), a declividade do terreno é suave, indo da

cota 760 no entorno da Praça Roosevelt a 750 no entorno da Praça

da República, dando um caimento de 10m em aproximadamente

340m, o que nos dá uma inclinação de 0,02, muito mais suave do

que, por exemplo, a norma de rampas para cadeirantes, que é de

6,25 a 8,33% (ABNT 2004).

Entorno

Com a Industrialização acelerada nos anos 30 a cidade ampliou

velozmente sua mancha urbana. Sem comportar essa escala e os

novos prédios que estavam a ser construídos, o antigo Centro

Histórico se espalhou entre a Avenida Ipiranga, São Luís e Paulista,

que então incorporaram a presença marcante dos automóveis

nesse novo cenário urbano, que alargou as ruas e criou avenidas.

(Monteiro 2005)

Figura 53. Declividade, curvas principais e intermediárias da área. Fonte: Do Autor. 28 de Janeiro de 2013.

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Nesta área temos uma vasta experiência na Arquitetura, destacando-se os edifícios Louvre (6), Conde Silvio

Penteado (5), Itália (4), Copan (2), Eiffel (3) e o Hotel Hilton (1), monumentos do desenvolvimento, vistos na Figura

55.

Também há a Estação de

Metrô República e a linha

amarela nesse contexto que,

segundo o Google Maps, não

passa sob a Avenida Ipiranga,

nos possibilitando de rebaixar

o terminal de ônibus. Vemos

projeção desta linha na Figura

54.

Há três bancas de jornal:

Redondo, Centro Comercial

Copan e Ipiranga, locadas

aproximadamente na Figura 55.

Figura 56. Prédios importantes na localidade. Fonte: Do Autor.

Figura 54. Linha amarela do metrô. Fonte: Do Autor, baseada em Google Maps.

Figura 55. Localização das bancas de jornal. Fonte: Do Autor.

Page 60: TFG Mayara (Dot) 2013 - UNESP Bauru

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Atualmente o lugar conta com um entorno

bastante diversificado em questão de

público. Pontos importantes e edifícios

lindeiros estão listados na Figura 57. (1) Bar

e Lanches Estadão,(2)Alberta Club, (3)

Espaço Parlapatões, (4) JazzB, (5)

RoseVelt,(6) Espaço Cultural Walden, (7)

Espetinho do Biro, (8) Bar do Museu, (9)

Bar da Onça, (10) Terraço Itália, (11)

Planetas Restaurante, (12) Cantina Luna Di

Capri, (13) Casa Ramona, (14) Varanda

Copan, (15) LoveStory, (16) Uva Verde, (17)

Circolo Italiano, (18) Flor de Jabuticaba,

(19) Nora Gourmet, (20) Sagrado Mineiro,

(21) Clube de Xadrez São Paulo, (22)

Bradesco, (23) El Coyote, (24) Lollita, (25)

Quality Grill, (26) Correios, (27) Posto de

Gasolina, (28) Café Floresta Copan, (29)

Santa Efigênia Pão & Cia.

Figura 57. Pontos Comerciais da área de projeto. Fonte: Do Autor.

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PROCESSO

Tabela 2. Inicialmente escolhendo e analisando a área. Desenhando e redesenhando a área do terminal. Redesenhando a área da praça. Fonte: Do Autor.

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PROGRAMA Exigências, Necessidades e Aspirações dos Usuários

A área escolhida levou em conta inicialmente as duas praças em lugar central de São Paulo, aproveitando a

localização privilegiada e incentivando a criação de cada vez mais corredores de lazer , descanso e verde. Onde antes

era considerado desenvolvimento o asfalto e concreto, hoje os olhares estão voltando à cultura e conforto, e cada vez

mais estamos buscando essa humanização da cidade ao invés do privilégio ao automóvel. Ainda assim, l evando em

conta o fluxo de veículos que passam por ali e um pequeno terminal de ônibus perto do encontro da Av. Ipiranga com

a Consolação, consideramos a passagem diária de veículos que circulam. Desviamos partes do trânsito e o restante e

as paradas de ônibus foram levadas ao subterrâneo. Na parte superior foi permitida apenas a circulação de veículos

de moradores locais, pensando no trânsito de carros de emergência, caminhões de mudança, entre outros, porém

apenas para veículos autorizados. Foram pensadas novas tipologias para as três bancas de jornal já existentes e

outros equipamentos que visam a cultura e possibilitam uma vivência agradável.

1. Terminal de Ônibus Subterrâneo

2. Novas Bancas de Jornal

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3. Pergolado

4. Concha Acústica

5. Coberturas de Acesso ao Terminal Subterrâneo

6. Pista de Skate

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7. Decks de Madeira, Prainha e Esguichos D’Água

8. Espelho D’Água

9. Bicicletários

Figura 58. Fonte: Cycle safe, U/2 bike rack.

10. Bancos de Concreto Individuais

11. Bancos de Madeira com Lixeira Embutida

12. Bebedouros e Telefones Públicos

Figura 59. fonte: A.J. Andersson, 3D Warehouse, Google Sketchup. Telefone: Piper, Warehouse, Google Sketchup. Acesso em 28 de Janeiro de 2013.

13. Lixeiras

14. Iluminação Pública

Figura 60. Poste: Nayap Payan, 3D Warehouse, Google Sketchup. Acesso em 28 de Janeiro de 2014.

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MOVIMENTO NO ESPAÇO-TEMPO

Acesso e Entrada

O acesso a pedestres é livre, é possível o trânsito a partir

de todas as vias e para todas as vias. O acesso ao terminal

pode ser feito através das entradas dispostas na superfície

e localizadas (1) no entroncamento da Consolação com a

Ipiranga, (2) no encontro da São Luís com a Ipiranga, (3) no

final da Epitácio Pessoa com a Ipiranga ou através da

calçada de acesso para carros, nas saídas da Ipiranga para

a São Luís ou para a Consolação.

O fluxo geral de veículos motores é restrito à mão única São

Luís – Ipiranga – Consolação, nessa ordem, com acesso

apenas na via subterrânea/terminal de ônibus. O trânsito de

carros em via local é permitido para veículos autorizados de

moradores, veículos de emergência (ambulâncias,

bombeiros, polícia), caminhões de mudança e similares,

desde que previamente autorizados. Este acesso via

superfície se dá apenas na área limitada de borda da área

escolhida, com 3m de via para trânsito mão única e 3m para

estacionamento em via. Os acessos se dão pelo encontro

da Rua Araújo com a Major Sertório e Araújo com

Consolação, como se vê na figura ao lado, pelas setas

laranja.

Figura 61. Mapa aproximado com nomes de ruas, locação de prédios para localização e indicação de fluxo de carros sobre a praça.

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Sequência de Espaços

Acessando a praça pela Consolação temos primeiramente uma banca de jornal e acesso a terminal de ônibus por

escada rolante e elevador. Próximo a eles, bicicletários, telefone público e bebedouros. Daí a área gramada e bancos

em um pequeno boulevard ao lado da pista de skate, que cobre o público vindo da Praça Roosevelt (e proibido de

acessá-la com skates, bicicletas, etc) e deck de madeira para descanso. Na parte de cima, pela Rua Epitácio, temos

um espelho d’água em pequeno nicho de praça e outro acesso ao terminal, por escada fixa e rampa. Continuando

sentido Av São Luís temos a cobertura acústica para eventos com elevador interno de acesso ao terminal

subterrâneo, camarins e banheiros para uso dos artistas. Atrás dessa concha temos a prainha, outro deck de madeira

com um pequeno lago artificial e esguichos d’água (é necessário deixar claro que é permitido entrar neles). À frente

temos o pergolado, que atrai os ambulantes das Feirinhas da Praça da República, outra banca de jornal e o acesso

final ao terminal subterrâneo, também através de escada rolante e elevador.

Figura 62. Planta da Praça em Manchas.

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Acessando o Terminal via Av da Consolação (na escala do pedestre, visto

que os carros/ônibus só podem ter acesso ao terminal via Av São Luís)

temos a entrada com escada rolante e elevador e sanitários públicos. Mais a

frente temos a entrada fixa, com escada comum e rampa. Ao lado das baias

de ônibus, onde os veículos param por meio sinalização do passageiro para

permitir o embarque e desembarque, temos a área de atendimento ao

público compreendendo diversos serviços como caixas eletrônicos e posto

de atendimento para solicitação, recarga ou aquisição do bilhete único. Esta

área de atendimento compreende as diversas salas de serviços, copa e

sanitários voltados para os funcionários. Ao lado temos o acesso de

elevador ao camarim de artistas, compreendendo sanitários e salas para

guardar equipamentos e figurinos. Mais à frente temos outro acesso ao

terminal via escada rolante e elevador e a saída à Av São Luís.

Figura 64. Planta do Terminal Subterrâneo em Manchas.

Figura 63. Localização da praça em relação às vias.

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PLANTA E PERSPECTIVAS

Figura 65. Planta. Praça Roosevelt à esquerda, Praça da República à direita, Copan abaixo, Hotel Hilton acima.

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Figura 66. Perspectiva com a Praça da República ao Fundo.

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Figura 67. Perspectiva noturna fictícia. Praça Roosevelt à frente, Copan à esquerda.

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CONCLUSÃO E JUSTIFICATIVA

Em grande escala vemos que há algumas áreas verdes e vazios espalhados por São Paulo. Iniciando esse corredor

de lazer talvez seja um primeiro impulso para um possível grande circuito de praças permeando a capital, alterando

positivamente o psicológico da população por causa do contato com áreas verdes e ma ior interação social. Também

interferiria nos microclimas, diminuindo os impactos causados pela poluição, trazendo valores ambientais, funcionais

e estéticos às áreas.

Figura 68. Vista dos arredores. Fonte: Google Maps, acesso em 02 de Fevereiro de 2014. Fonte de marcação: Do Autor, via illustrator.

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Em escala humana temos que os espaços verdes e praças de boa qualidade comumente valorizam o entorno e

garantem maior qualidade de vida aos moradores das proximidades. Neste projeto visamos o entrelaçamento de

atividades por conta dos equipamentos, buscando a mistura de diversas layers etárias e culturais da população.

Figura 69. Pista de Skate trazendo o público da Praça Roosevelt.

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Também buscamos abraçar o entorno e o público da Praça Roosevelt e República, garantindo a utilização da nova

praça e a vida do local.

Figura 70. Pergolado continuando a feira da Praça da República.

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