UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE ARTES, HUMANIDADES E CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
CÁSSIO LEAL JÉSSICA PITANGA ROBERT OLIVEIRA
RUY FILHO
TRANSGÊNICOS
Salvador-BA
2014
CÁSSIO LEAL JÉSSICA PITANGA ROBERT OLIVEIRA
RUY FILHO
TRANSGÊNICOS
Trabalho sobre Transgênicos apresentado para o componente curricular Tópicos Especiais em Tecnologia, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Ciências e Tecnologia da UFBA. Orientador: Prof.º Juanma Sanchéz Arteaga
Salvador-BA
2014
TRANSGÊNICOS
TRANSGÊNICOS: INCERTEZA CIENTÍFICA?
Os Transgênicos são uma realidade, presente em praticamente todo mundo. Os
Transgênicos, para a indústria que os desenvolve e distribui, são tidos como altamente
confiáveis. O discurso dos defensores é que os transgênicos representam o
desenvolvimento das variedades de plantas e alimentos de forma aprimorada através de
sua modificação genética, que para diversos fins e ligados a necessidades peculiares, tem
o intuito de produzir plantas adaptadas a climas adversos e mais resistentes a pragas, o
que permite o desenvolvimento e a produtividade agrícola, envolvendo fins alimentícios,
no consumo indireto e/ou direto de alimentos por humanos e animais (rações), aumento
na produção de alimentos em grande quantidade que segundo os defensores, ajudará a
resolver o problema da fome no mundo e como já acontece em espécies modificadas,
plantações resistentes a herbicidas, resultando em poucas perdas de plantio.
O desenvolvimento da biotecnologia na área de alimentos, que teve sua inserção
no mercado de forma rápida, também traz muitas incertezas sobre a confiabilidade e
biossegurança dos transgênicos, acumulando, infelizmente cada vez mais provas contra
os Transgênicos. Para os cientistas, após estudos aprofundados sobre os alimentos
transgênicos mais utilizados no mundo agrícola, assim como os herbicidas (processos)
que sustentam a cultura, não há garantias que a transgenia nos alimentos, principalmente
como está sendo desenvolvida e sua finalidade, sejam realmente segura. E os alertas vão
desde a toxidade dos herbicidas utilizados nos cultivos de soja transgênica, a redução das
propriedades nutricionais destes alimentos, até a maneira como influencia no organismo
humano. A comunidade científica, em sua maioria, através de artigos e depoimento sobre
o tema, alega que a influência das empresas no quê, como e na avaliação dos seus
produtos, gera inconsistência nos testes para o consumo humano destes alimentos, além
de não revelar quais os reais riscos desses alimentos modificados, podem desencadear
positiva e negativamente na natureza. Estes pesquisadores esbarram nas restrições severas
que as multinacionais impõem de acesso às bases de dados, substâncias e produtos, o que
dificulta um estudo aprofundado sobre os produtos e transgênicos em questão.
O tema “transgênico” é, além de controverso, bastante polêmico. Tanto no meio
científico quanto nos debates entre especialistas, principalmente o uso da transgenia em
alimentos. Os debates contrários e favoráveis se dão por meio da comunidade científica,
que em um papel investigativo sobre os transgênicos, além de promover o
desenvolvimento biotecnológico, realiza revisões e pesquisas que comprovam ou não se
de fato as afirmações que se diz benéficas em relação aos transgênicos, tem relação com
as comprovações por métodos científicos, sendo muitas dessas comprovações contrárias
ao que é difundido pela indústria do ramo, contra o discurso das multinacionais que com
apoio dos seus cientistas, tentam comprovar o benefício dos transgênicos perante a
sociedade.
Entre a comunidade científica, as fabricantes multinacionais que estão engajadas
nos projetos de biotecnologia, conseguem aprovação dos seus projetos em outros países
devido ao apoio do governo (estratégia de crescimento econômico, a partir da alta
produção em determinados alimentos com finalidades variadas), assim como em Órgãos
Técnicos e Regulamentadores. Evidencia-se um enorme investimento dessas
multinacionais em laboratórios e Centros de Pesquisas, para contribuir com os avanços
biotecnológicos dos seus produtos e, obviamente, para que o discurso seja favorável ao
uso dos transgênicos.
O poder de intervenção a das multinacionais nos governos de vários países vem
de alguma forma, a comprometer as pesquisas e investigação científica em torno dos
transgênicos através de relatos de coerção, conflitos de interesses, afastamento e até
assédio moral àqueles que são contra aos interesses dessas empresas e governo. A
monitoração da biossegurança é vista como um empecilho para os lucros das
multinacionais, que tentam a todo custa e influenciar as tomadas de decisões que possam
“agilizar” as liberações dos seus produtos, através dos estudos que eles mesmos
disponibilizam e julgam serem suficiente para tal. Estes cientistas, contrários ao
“desenvolvimento transgênico” são, na ótica das grandes corporações, uma ameaça aos
negócios.
Entre o impasse da comunidade científica e os fabricantes, estão as comissões
técnicas internas. Estas comissões têm um papel importante quanto à regulamentação.
São a partir destas que pareceres técnicos invalidam ou não os produtos que deverão
entrar no mercado, e mesmo que não tenha um poder de decisão, seu parecer virá a
contribuir para busca da qualidade de vida e meio ambiente que a biotecnologia presente
nestes alimentos/organismos pode realmente proporcionar. Com essa grande importância,
que avalia os riscos e a segurança destes alimentos/produtos, é que estes órgãos deveriam
se posicionar com expressiva autonomia científica, que preparada e segura, garantiria que
os organismos ou/e alimentos transgênicos, além de testado e avaliados com rigor das
normas internas de acordo com estudos preliminares de circulação internacional,
permitiria ou não seu uso e consumo na natureza e com humanos, sem qualquer sombra
de dúvida e pressão para tal. Pois caso contrário, só seria mais uma comissão técnica que
atua em benefício dos interesses das multinacionais que precisam de respaldo de opiniões
dos que se colocam como avaliadores destes produtos.
Neste duelo, quem mais sofre é inegavelmente quem consome. E consumir é no
sentido mais conveniente da palavra: o produtor que necessita dos grãos para plantio
como forma de trabalho e sustento, àqueles que trabalham nestas plantações e são
expostos à toxidade dos produtos necessários para a manutenção do plantio, os prejuízos
da monocultura, o ser humano que se alimenta destes alimentos e que convivem com estes
organismos e o próprio meio ambiente que além de absorver os produtos, alimentos, sofre
dessa engenharia reversa.
Os avanços da Transgenia são uma realidade, um caminho quase sem volta, que
não significa ser sinônimo de maléfico. Nem deve ser. A diferença se os transgênicos
podem ser o veneno e o remédio é a dose, inclusive a do interesse. A tentativa de controle
e uma série de benefícios são os pontos positivos destes cientistas que tentam, com a
biotecnologia, melhorar o meio ambiente, assim como a qualidade de vida do mundo que
vivemos a partir dessas intervenções. E a forma mais plausível de conhecer como a
biotecnologia interfere na natureza, incluindo o ser humano consumidor, é através das
pesquisas. Não há como mensurar se não de outra forma, porque é através das
experimentações que é possível saber se está no caminho certo ou se a técnica precisa de
aperfeiçoamento. Se a livre pesquisa e divulgação ficam ameaçadas, além de não se ter
controle sobre do que está sendo produzido a partir das interferências, a compreensão da
utilidade que a transgenia pode trazer, será permeada de dúvida, incertezas e ignorância.
OS TRANSGÊNICOS E A SAÚDE
O tema por si soa bastante polêmico e carrega as diversas opiniões ao redor do
mundo sobre os seus impactos na vida do ser humano, alguns contra e outros à favor.
Essa discussão ganha força quando a saúde da humanidade é colocada em questão devido
aos problemas causados pelo contato com os compostos químicos e alimentos que foram
submetidos aos agrotóxicos em seu processo de cultivo, afim de evitar pragas e outros
organismos.
Fato é que os efeitos dos alimentos transgênicos na saúde de animais e humanos
têm se tornado cada vez mais preocupantes, afinal é desconhecida a extensão das
modificações geradas pela manipulação genética, podendo ocasionar riscos à saúde
devido ao consumo de produtos transgênicos. A construção de plantas geneticamente
modificadas é um processo de consequências imprevistas, pois a inserção de novos genes
podem levar ao surgimento de características inesperadas, como proteínas alergênicas ou
toxinas. Com foco na saúde humana, a grande preocupação acerca desses alimentos está
no aumento intencional ou inadvertido de toxinas naturais já existentes em muitas plantas,
produzindo enfermidades diversas, assim como provocando o surgimento de novas
alergias, resistência a antibióticos (usados nessas plantas geneticamente modificadas) ou
até mesmo alteração dos valores nutricionais e do gosto dos alimentos. Muitas pessoas
no mundo sofrem com problemas alérgicos e segundo o laboratório de York, localizado
no Reino Unido, a porcentagem em relação as pessoas detectadas com alergia a soja,
aumentaram cerca de 50% depois da comercialização da soja transgênica.
Medicamentos, enzimas, reagentes e vários produtos são produzidos por micro-
organismos transgênicos em ambiente confinado. Esse tipo de uso da transgenia, o uso
confinado, não representa um perigo ao meio ambiente. O consumidor recebe uma
substância química purificada e analisada e também não tem contato com o ser vivo
transgênico. O protocolo de avaliação de segurança dessas substâncias químicas é muito
mais rigoroso e detalhado do que o usado para garantir a segurança dos alimentos
transgênicos. O medicamento mais conhecido produzido por transgênicos é a insulina.
Alguns transgênicos contêm genes que conferem resistência aos antibióticos e
podem transferir essa característica para bactérias existentes no organismo humano,
ocasionando um grande problema a saúde humana. Apesar de todos os riscos já
constatados, os alimentos estão nas prateleiras dos supermercados e outros
estabelecimentos, sendo comercializados. Sobre essa comercialização, uma questão
bastante preocupante é o desconhecimento do consumidor para com os alimentos
transgênicos devido a rotulagem inadequada desses alimentos, impedindo assim que os
consumidores exerçam o seu direito de escolha quanto a ingerir ou não alimentos
geneticamente modificados.
Como vimos anteriormente, as vantagens apresentadas pelos produtores e
empresas de alimentos transgênicos são:
- Aumento de produção dos alimentos;
- Melhoria do conteúdo nutricional;
- Desenvolvimento de alimentos específicos para fins terapêuticos;
- Maior resistência e durabilidade na estocagem e armazenamento;
Os pontos negativos são intermináveis e pesquisadores afirmam que há evidências
suficientes sobre o quanto os alimentos transgênicos podem ser prejudiciais à saúde
humana e animal, como:
- Aumento das reações alérgicas;
- As plantas que não sofreram modificação genética podem ser eliminadas pelo
processo de seleção natural, pois, as transgênicas possuem maior resistência às pragas e
pesticidas;
- Aumento da resistência aos pesticidas, gerando maior consumo deste tipo de
produto;
- Apesar de eliminar pragas prejudiciais à plantação, o cultivo de plantas
transgênicas pode, também, matar populações benéficas como abelhas, minhocas e outros
animais e espécies de plantas.
As pesquisas no mundo todo sobre os alimentos transgênicos e as reais
consequências no consumo desses alimentos para a vida humana e animal não param e
essa é uma discussão que está longe do seu fim. Uma certeza acerca de toda é essa
discussão é que se faz necessário o investimento financeiro afim de aprimorar os
resultados.
OS TRANSGÊNICOS E O MEIO AMBIENTE
A alteração genética para a produção de transgênicos é feita para tornar plantas
mais resistentes e, com isso, aumentar a produtividade de plantações. A utilização das
técnicas transgênicas permite a alteração da bioquímica e do próprio balanço hormonal
do organismo transgênico. Os impactos que virão a ocorrer com a liberação de
organismos transgênicos no meio ambiente são inúmeros, devido à diversidade e
peculiaridade de cada ecossistema. Estes impactos serão ainda mais evidenciados em
países que apresentam maior biodiversidade no mundo, como o Brasil.
Em 2007, a Profa. Dra. Lia Giraldo da Silva Augusto, membro titular da CTNBio
(Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) na época, escreveu uma carta aberta
aonde justificava a sua saída da comissão e provocava uma reflexão. Em um dos trechos
da carta, ela diz que o comportamento da maioria de seus membros é de crença em uma
ciência da monocausalidade, mas que estamos tratando de questões complexas, com
muitas incertezas e com consequências sobre as quais não se tem controle, principalmente
se tratando de liberações de organismos geneticamente modificados no ambiente.
Os transgênicos podem afetar os ecossistemas na medida que, junto com as pragas
e ervas daninhas que buscam eliminar, também prejudicam populações benéficas à
agricultura, como outros animais ou espécies de plantas, pássaros e insetos com baixo
poder danoso. Também existe um enorme perigo de que as plantas transgênicas cruzem
com suas primas selvagens pela ação dos agentes polinizadores - a chuva, o vento e
animais - e por possuírem dentro de si genes de outros organismos que lhes confere maior
resistência, eliminem por competição (processo de seleção natural), outras plantas,
acarretando assim numa perda de biodiversidade, o que também inviabiliza o cultivo da
variedade comum, ao lado da cultura modificada, entre outras alterações ambientais
insuficientemente documentadas.
Um número quase infinito de interações pode ocorrer entre materiais transgênicos
lançados no meio ambiente e outras formas de vida. Ao se inserir artificialmente genes
no DNA, criam-se formas de vida que não estão sujeitas à triagem genética construída ao
longo de milhares de anos. Uma vez liberadas na natureza, essas formas de vida não-
naturais não podem ser retiradas caso haja um problema. A intensificação do uso de
agrotóxicos, devido à resistência das plantas transgênicas, provocará a contaminação do
solo e dos lençóis freáticos.
Contudo, governos, agricultores e grandes empresas, como a Monsanto (empresa
líder no desenvolvimento e comércio de sementes transgênicas), defendem os benefícios
dos produtos transgênicos. Dessa forma, há a possibilidade de “garantir a produção
mundial de alimentos” para “suprir toda a população” e “permitir significativos avanços
no combate à fome e à miséria”.
Sabe-se que as intenções dos beneficiados com a produção de culturas que
utilizam a técnica de transgenia não se fundamentam na defesa social, muito menos na
defesa ambiental. Os benefícios decorrentes dos organismos geneticamente modificados
estão apenas assegurados no plano econômico, tal que representam seus verdadeiros
objetivos.
As divergências que ocorrem com a decisão de utilizar ou não os transgênicos são
inúmeras, pois as grandes empresas que obtém lucros com a produção de transgênicos,
fazem vistas grossas aos males que causam ao meio ambiente, e para que sejam aprovadas
sua utilização, não medem esforços, tentando burlar a fiscalização e utilizando-se de
concessões de governos através de análises ambientais precárias e tendenciosas. Por isso,
é necessário adotar rígidos e verdadeiros protocolos de biossegurança antes de autorizar
a liberação no meio ambiente de sementes geneticamente modificadas, para evitar que
problemas inesperados e irreversíveis aconteçam.
A utilização dos transgênicos causam diversos impactos ao meio ambiente,
podendo ser de médio a longo prazo. Através de estudos ambientais, já é possível perceber
que a interferência dos transgênicos no solo e no ecossistema de modo geral, não é
benéfico, podendo-se ainda afetar a própria sociedade, pois a alteração da biodiversidade
e os danos ao meio ambiente são irreversíveis.
MOSQUITOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
A utilização de mosquitos transgênicos para combater o mosquito da dengue tem
se revelado de grande eficácia. A dengue pode ser transmitida pela fêmea de duas espécies
de mosquitos (Aëdes aegypti e Aëdes albopictus), que picam durante o dia e a noite, ao
contrário do mosquito comum, que pica durante a noite. Os transmissores de dengue,
principalmente o Aëdes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações
(casas, apartamentos, hotéis), em recipientes onde se acumula água limpa (vasos de
plantas, pneus velhos, cisternas etc.).
O mosquito da dengue mede menos de um centímetro, cor preta e listras brancas
no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde,
evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou
fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem também durante a noite.
O indivíduo não percebe a picada, pois no momento não dói e nem coça. Uma vez
picada a pessoa infectada, a fêmea mantém o vírus na saliva e o retransmite. A
transmissão ocorre pelo ciclo homem-mosquito-homem. Após a ingestão de sangue
infectado pelo inseto fêmea, transcorre na fêmea um período de incubação. Após esse
período, o mosquito torna-se apto a transmitir o vírus e assim permanece durante toda a
vida. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com uma pessoa
sadia, nem fontes de água ou alimento.
O mosquito transgênico que não permite que o mosquito que transmite a dengue
se multiplique. Os cientistas esperam que a espécie dos mosquitos, Aedes aegypti, seja
extinto e a doença que esses mosquitos transmitem também desapareça.
Os mosquitos alterados geneticamente acasalam com fêmeas da espécie perigosa,
mas dos ovos só nascem mosquitos machos e como somente as fêmeas picam o ser
humano transmitindo a dengue, não havendo fêmeas, não há picadas e muito rapidamente
também não haverá mosquitos desta espécie uma vez que só irão sobrar machos que não
se multiplicam sozinhos.
A tecnologia do mosquito transgênico já foi testada em alguns países como
Malásia e nas Ilhas Caymann. Também na cidade de Jacobina, no interior da Bahia. A
intenção era combater os reincidentes surtos de dengue no Brasil.
Como ocorreram protestos dos ambientalistas, preocupados com uma possível
perda de controle por parte dos pesquisadores, Gabriel Fernandes, assessor técnico da
ONG Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA), declarou
que toda pesquisa que envolve diretamente seres humanos e meio ambiente precisa passar
por protocolos. Ele lamenta que "muito foi investido em propaganda, mas pouco para
informar a população sobre o que é realmente um transgênico".
Caso se confirme efetivamente a eficiência do método na redução de casos de
dengue, ele poderá ser adotado em larga escala no país.
Segundo cientistas, a geração transgênica afetará a futura geração de mosquitos,
multiplicando-se em todas as regiões, da mesma forma como ocorreu com uma
experiência com abelhas décadas atrás, de maneira irreversível, afetando todo o
continente. Desconhece-se quais serão os resultados desta alteração genética ou as
implicações nas pessoas que possam ser picadas por estes insetos transgênicos.
Apesar dos alertas dos cientistas pela falta de provas de que não haverá danos
futuros, as plantas e os animais transgênicos estão fazendo seu debut sem que tenha sido
permitida a discussão a respeito, adverte o Diário da Saúde.
Segundo cientistas, “as preocupações mais urgentes se relacionam com a liberação
de mosquitos que podem potencialmente picar os seres humanos. Eles alertam que não
sabem nada sobre o que essas picadas podem causar ao homem. Não há estudos a
respeito”, de acordo com o Diário da Saúde.
A outra preocupação descrita é que os informes indicam que os mosquitos são
semi-estéreis e não estéreis como assegura o Governo, e não há informação sobre o que
“os filhos dos machos estéreis produzirão ao morder o ser humano”, acrescentam os
cientistas.
Se os alertas estiverem corretos, os mosquitos descendentes dos transgênicos que
se multiplicarão entre os mosquitos normais também desconhecem fronteiras políticas, o
que coloca não só o Brasil, mas, todo o continente sob risco potencial.
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