as provas de
Fsica e Geografia da
Unicamp 2 fase - 2001
trabalho pioneiro.Prestao de servios com tradio de confiabilidade.Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadorasem sua tarefa rdua de no cometer injustias.Didtico, mais do que um simples gabarito, auxilia o estudan-te em seu processo de aprendizagem.
Na 2 fase, a UNICAMP aplica oito provas analtico-expositivas(iguais para todos os candidatos) das disciplinas obrigatrias doncleo comum do Ensino Mdio.Realizadas em quatro dias consecutivos, as provas (com quatrohoras de durao) so assim agrupadas:1 dia: Lngua Portuguesa, Literaturas de Lngua Portuguesa e
Cincias Biolgicas2 dia: Qumica e Histria3 dia: Fsica e Geografia4 dia: Matemtica e Lngua Estrangeira (Ingls ou Francs).
Para cada disciplina h 12 questes, valendo 5,0 pontos cada uma.Neste vestibular, alm de todos os cursos da UNICAMP, os candi-datos disputam tambm as vagas de Medicina e Enfermagem daFAMERP Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto (enti-dade pblica estadual).
OAnglo
Resolve
As Provasde Fsica
e Geografiada UNICAMP
2 fase
Fsica
Utilize g = 10 m/s2 sempre que necessrio na resoluo dos problemas.
Uma atrao que est se tornando muito popular nos parques de diverso consiste em uma plataformaque despenca, a partir do repouso, em queda livre de uma altura de 75m. Quando a plataforma se encon-tra 30m acima do solo, ela passa a ser freada por uma fora constante e atinge o repouso quando chegaao solo.a) Qual o valor absoluto da acelerao da plataforma durante a queda livre?b) Qual a velocidade da plataforma quando o freio acionado?c) Qual o valor da acelerao necessria para imobilizar a plataforma?
a) Estando a plataforma em queda livre, a nica fora que age seu peso.R = P
m = mg = g = 10m/s2
b) Durante a queda livre, = a = cte = 10m/s2.
c) Para imobilizar a plataforma com o freio aplicando uma fora constante, o movimento deve seruniformemente variado.
v2 = v2 + 2as
02 = 302 + 2a 30
a = 15m/s2 |a| = 15m/s2
As mquinas a vapor, que foram importantssimas na RevoluoIndustrial, costumavam ter um engenhoso regulador da sua ve-locidade de rotao, como mostrado esquematicamente na figu-ra ao lado.As duas massas afastavam-se do eixo devido ao movi-mento angular e acionavam um dispositivo regulador da entra-da de vapor, controlando assim a velocidade de rotao, sempreque o ngulo atingia 30. Considere hastes de massa despre-zvel e comprimento L = 0,2m, com massas m = 0,18kg em suas
pontas, d = 0,1m e aproxime .
a) Faa um diagrama indicando as foras que atuam sobre umadas massas m.
b) Calcule a velocidade angular para a qual = 30.
3 1 8 ,
v2 = v20
+ 2as
v2 = 02 + 2 10 45
v = 30m/s
0
QUEDALIVRE
14
24
3
45m14
24
3
75m
FREIOACIONADO
v0 = 0
v = ?
v = 0
+
*ATENO: Escreva a resoluo COMPLETA de cada questo no espao reservado paraa mesma.No basta escrever apenas o resultado final: necessrio mostrar os clculos ou o racio-cnio utilizado.
3UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
QUESTO 01
QUESTO 02
RESOLUO:
d
Eixo de rotao
L
articulao
m m
a) Assinalando as foras em apenas um dos corpos:
b) O raio da curva (r) pode ser obtido da figura que segue:
A resultante das foras (R
) voltada para o centro (C), o que permite construir o tringulo:
Substituindo (1) em (2) e efetuando os clculos:
Que altura possvel atingir em um salto com vara? Essa pergunta retorna sempre que ocorre um gran-de evento esportivo como os jogos olmpicos do ano passado em Sydney. No salto com vara, um atletaconverte sua energia cintica obtida na corrida em energia potencial elstica (flexo da vara), que porsua vez se converte em energia potencial gravitacional. Imagine um atleta com massa de 80kg que atingeuma velocidade horizontal de 10m/s no instante em que a vara comea a ser flexionada para o salto.
a) Qual a mxima variao possvel da altura do centro de massa do atleta, supondo que, ao transpora barra, sua velocidade praticamente nula?
b) Considerando que o atleta inicia o salto em p e ultrapassa a barra com o corpo na horizontal, deve-mos somar a altura do centro de massa do atleta altura obtida no item anterior para obtermos olimite de altura de um salto. Faa uma estimativa desse limite para um atleta de 2,0m de altura.
c) Um atleta com os mesmos 2,0m de altura e massa de 60kg poderia saltar mais alto? Justifique suaresposta.
3
30 2
10 30 5 472
= =
, , rad s
tg RP
m rm g30 2
2 ( )= =
T
P
30
R
*r = L sen30 + d
r = 0,2 (1/2) + 0,1
r = 0,2m (1)
d
L
L sen30
30
Sendo:
T
: fora de trao
P
: fora pesoC
Eixo derotao
T
P
4 UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
RESOLUO:
QUESTO 03
a) Considerando o sistema conservativo e a massa da vara desprezvel, a mxima variao pos-svel da altura do centro de massa do atleta :
pg = c
mgh =
h =
b) Para o atleta em p, estimamos a altura do centro de massa hc = 1m. Assim, a altura limite emquesto :
hL = hc + h = 1 + 5 hL = 6m
c) A altura limite alcanada pelo atleta :
hL = hc + que no depende da massa do atleta
Assim:
Mantida a vH = 10m/s, o atleta de 60kg no poderia saltar mais alto. A altura limite per-maneceria a mesma estimada no item anterior.
Porm, se vH 10m/s, o atleta poderia saltar mais alto.
Milnios de evoluo dotaram a espcie humana de uma estrutura dentria capaz de mastigar alimen-tos de forma eficiente. Os dentes da frente (incisivos) tm como funo principal cortar, enquanto os detrs (molares) so especializados em triturar. Cada tipo de dente exerce sua funo aplicando distintaspresses sobre os alimentos. Considere o desenho abaixo, que representa esquematicamente a estruturamaxilar. A fora mxima exercida pelo msculo masseter em uma mordida de 1800N.
a) Determine as foras mximas exercidas pelos dentes incisivos ao cortar os alimentos e pelos molaresao triturar os alimentos.
b) Estime a rea dos dentes molares e incisivos e calcule a presso aplicada sobre os alimentos. Con-sidere planos os dentes, conforme indicado na figura.
a) Na soluo, vamos admitir que, durante a mordedura, as foras que agem na estrutura maxilarsejam perpendiculares a ela.Admitamos tambm que os dentes no estejam atuando simultaneamente.Convencionando os momentos das foras no sentido anti-horrio como sendo positivos e sendoF a fora aplicada pelo msculo masseter:
Msculomasseter
Molares
Incisivos
2cm
9cm
12cm
vgH2
2,
vg
h mH2 2
210
2 105= =
( )
12
2m vH
5UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
RESOLUO:
QUESTO 04
RESOLUO:
somente incisivo atuando
somente molar atuando
b) Considerando as reas de contato retngulos, estimando seu valor e calculando a presso pedida:
IncisivoAi = 0,1 1 = 0,1cm2 = 0,1 104m2
pi =
molarAm = 0,5 1 = 0,5cm2 = 0,5 104m2
pm =
Recentemente, a imprensa noticiou que um pra-quedista pretende superar a velocidade do som (340m/s)durante a queda livre, antes da abertura do pra-quedas. Para tanto, ele dever saltar de um balo auma grande altitude. A velocidade limite (mxima) de queda livre dada por
,
onde a densidade do ar em kg/m3 e essa velocidade atingida em menos de 5km de queda. Resolvaos itens a e b, utilizando os dados da tabela abaixo:
a) Qual o intervalo que contm a altitude mnima, a partir da qual o pra-quedista dever saltar paraque a velocidade do som seja ultrapassada durante a queda livre?
b) O volume do balo em altitude de 10.000m3 e sua massa total 200kg. Qual a mxima altitude queele pode atingir?
Altitude (m) Densidade (kg/m3)
10000 0,36
15000 0,25
20000 0,09
25000 0,04
30000 0,02
v m smax /=80
FA
Pamm
= =
4000 5 10
8 1046
,
FA
Paii= =
3000 1 10
3 1047
,
( M)0 = 0
Fm 9 1800 2 = 0
Fm = 400N
9cm
2cm
Fm
0
F = 1800N
(M)0 = 0
Fi 12 1800 2 = 0
Fi = 300N
12cm
2cm
Fi
0
F = 1800N
6 UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
QUESTO 05
Para que a velocidade do som seja superada:
Fazendo uma interpolao linear:
Alm disso, a altitude mxima que o balo pode atingir ser condicionada pelo empuxo que o arpode exercer, de intensidade, no mnimo, igual do peso:
massa de ar deslocado = massa do balo V = m
10000 = 200
= 0,02 kg/m3, que corresponde a uma altitude de 30.000m.
Logo:
a) 24000m + x h 30000monde x depende da distncia a ser percorrida desde o incio da queda at se atingir a velocidadelimite.O enunciado apenas informa que x 5000m.
b) 30000m.
Acredita-se que a extino dos dinossauros tenha sido causada por uma nuvem de p levantada pela co-liso de um asteride com a Terra. Esta nuvem de p teria bloqueado a ao do Sol. Estima-se que a ener-gia liberada pelo impacto do asteride tenha sido de 108 megatons, equivalente a 1023J. Considere a mas-sa do asteride m = 8,0 1015kg e a massa da Terra M = 6,0 1024kg.a) Determine a velocidade do asteride imediatamente antes da coliso.b) Determine a velocidade de recuo da Terra imediatamente aps a coliso, supondo que o asteride
tenha ficado encravado nela.
a) E1 = energia do asteride antes do impacto = energia cinticaE2 = energia liberada devido ao impacto = 1023 J
Supondo que toda a energia que o asteride possua tenha sido liberada devido ao impacto:E1 = E2
v = 5000m/s
b) Sendo o sistema mecanicamente isolado e supondo que o asteride tenha ficado encravado naTerra, o choque inelstico.
Assim, vTERRA = vAST = v.
QT + QAST = Q T + Q AST
8 1015 5 103 = (8 1015 + 6 1024)vv 6,7 106 m/s
Alm de suas contribuies fundamentais Fsica, Galileu considerado tambm o pai da Resistncia dosMateriais, cincia muito usada em engenharia, que estuda o comportamento de materiais sob esforo. Ga-lileu props empiricamente que uma viga cilndrica de dimetro d e comprimento (vo livre) L, apoiadanas extremidades, como na figura a seguir, rompe-se ao ser submetida a uma fora vertical F, aplicadaem seu centro, dada por
onde a tenso de ruptura caracterstica do material do qual a viga feita. Seja o peso especfico(peso por unidade de volume) do material da viga.
F
dL
3=
Q QANTESSIST
DEPOISSIST
=
8 102
1015 2
23 =
v
25000 200000 09 0 04
250000 05 0 04
24000
, ,
, ,= =
hh m
80 340 0 05 3
, /kg m
7UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
RESOLUO:
QUESTO 06
0
RESOLUO:
QUESTO 07
a) Quais so as unidades de no Sistema Internacional de Unidades?b) Encontre a expresso para o peso total da viga em termos de , d e L .c) Suponha que uma viga de dimetro d1 se rompa sob a ao do prprio peso para um comprimento
maior que L1. Qual deve ser o dimetro mnimo de uma viga feita do mesmo material com compri-mento 2L1 para que ela no se rompa pela ao de seu prprio peso?
a) Do enunciado :
Substituindo a grandeza fsica pela sua unidade no S.I., temos:
b) sendo P o peso da viga e V o seu volume.
A barra cilndrica, logo
c)
A tenso de ruptura, portanto, independe da geometria da viga. Ento:
Com a instalao do gasoduto Brasil-Bolvia, a quota de participao do gs natural na gerao de ener-gia eltrica no Brasil ser significativamente ampliada. Ao se queimar 1,0kg de gs natural obtm-se5,0 107J de calor, parte do qual pode ser convertido em trabalho em uma usina termoeltrica. Con-sidere uma usina queimando 7200 quilogramas de gs natural por hora, a uma temperatura de 1227C.O calor no aproveitado na produo de trabalho cedido para um rio de vazo 5000 l/s, cujas guasesto inicialmente a 27C. A maior eficincia terica da converso de calor em trabalho dada por
,
sendo Tmin e Tmax as temperaturas absolutas das fontes quente e fria respectivamente, ambas expressasem Kelvin. Considere o calor especfico da gua
.
a) Determine a potncia gerada por uma usina cuja eficincia metade da mxima terica.b) Determine o aumento de temperatura da gua do rio ao passar pela usina.
c
Jkg C
= 4000
= 1 TT
min
max
Ld
Ld
d d2
1
2
22 14
24
4= =( )
P dL
d L dL
Ld
= = =
3 2 3 2
24
=P
d L 24
V
dL=
2
4.
= PV ,
N mm
Nm
Pa= = = [ ] [ ] [ ] 3
2
F dL=
3.
L/2
F
d
L
8 UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
RESOLUO:
QUESTO 08
Dados:
1,0kg de gs natural = 5 107J
vazo do gs natural
temperatura de combusto do gs Tcomb. = 1227C = 1500K
vazo das guas do rio
temperatura das guas do rio Trio = 27C = 300K
Esquema de funcionamento da usina e clculo do rendimento mximo.
Rendimento mximo
mx = 0,8 = 80%
a) Como operao = mx , tem-se:
operao = 0,4 = 40%.
No intervalo de tempo de 1s, a usina recebe 2kg de gs natural.
Logo:
em t = 1s1kg de gs natural 5 107J
2kg de gs natural TOTAL TOTAL = 1 108JEntretanto, apenas 40% dessa energia so utilizados na realizao de trabalho.
Logo, a potncia gerada pela usina :
b) Como a quantidade de energia convertida em trabalho 40% da TOTAL, a quantidade de ener-gia, por segundo, que transferida gua corresponde a 60% da TOTAL.
Logo, em t = 1s, tem-se:
QGUA = 0,6 TOTALQGUA = 0,6 1 108
QGUA = 6 107J
Sendo a vazo do rio dada por ou seja, , pode-se obter a elevao de tem-
peratura a partir da relao:
Q = m c
= 3C
6 10 5 10 40007 3 =
Js
kgs
Jkg C
) 5 103
kgs( 5000 Ls
P = = = = 40 0 4 1 101 4 10 40
87% ,
TOTALt
Js W MW
12
= 1 300
1500
= 1 minTT
USINA
Calor devido combusto do
gs natural(Q) Obteno
de
Calortransferidoao rio (Q)
zLs
ou zkgs
= = 5000 5 103
vkgh
kgs
= =7200 2
9UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
RESOLUO:libera
14
44
24
44
3
12
3
mxmx
mx
Podemos medir a velocidade v do som no ar de uma maneira relativamente simples. Um diapaso quevibra na freqncia f de 440Hz mantido junto extremidade aberta de um recipiente cilndrico conten-do gua at um certo nvel. O nvel da coluna de gua no recipiente pode ser controlado atravs de um sis-tema de tubos. Em determinadas condies de temperatura e presso, observa-se um mximo na intensi-dade do som quando a coluna de ar acima da coluna de gua mede 0,6m. O efeito se repete pela primeiravez quando a altura da coluna de ar atinge 1,0m. Considere esses resultados e lembre-se que v = f onde o comprimento de onda.a) Determine a velocidade do som no ar nas condies da medida.b) Determine o comprimento de onda do som produzido pelo diapaso.c) Desenhe esquematicamente o modo de vibrao que ocorre quando a coluna de ar mede 0,6m.
O mtodo proposto para a determinao da velocidade do som o do tubo de ressonncia.O reforo que se percebe acontece quando a onda estacionria, que se forma na coluna de ar, tem umventre na extremidade aberta do tubo e um n na superfcie da gua, conforme indica o esquema:
De acordo com o enunciado, um reforo ocorre quando a coluna de ar mede 0,6m, e o prximo, quandoa coluna de ar mede 1,0m. Dessa forma, o aumento no comprimento da coluna de ar (0,4m) corresponde distncia entre dois ns consecutivos.
Logo: = 0,8m.
a) A velocidade da onda sonora, nas condies da experincia, :v = f, em que = 0,8m e f = 440HzAssim: v = 0,8 440 v = 352m/s
b) O comprimento de onda do som produzido : = 0,8m (ver item anterior).
c) A onda estacionria que se estabelece na coluna de ar uma onda longitudinal. Neste caso, por sim-plicidade, est representada como onda transversal.
0,6m
2
0 4= , m
n
n
/2
/4
/4
/4
10 UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
RESOLUO:
QUESTO 09
A freqncia de operao dos microcomputadores vem aumentando continuamente. A grande dificulda-de atual para aumentar ainda mais essa freqncia est na retirada do calor gerado pelo funcionamen-to do processador. O grfico abaixo representa a ddp e a corrente em um dispositivo do circuito de um mi-crocomputador, em funo do tempo.
a) Qual a freqncia de operao do dispositivo?b) Faa um grfico esquemtico da potncia dissipada nesse dispositivo em funo do tempo.c) Qual o valor da potncia mdia dissipada no dispositivo durante um perodo?
a) A anlise do grfico indica um perodo T = 4 109s.
Assim:
f = 0,25 109 Hz = 250 106Hzf = 250MHz
b) Como a potncia o produto da ddp pela corrente, podemos traar o grfico:
c) A energia consumida entre 1s e 5s dada por:
W =N A1 + A2 = 2 1021J
P = 5 1013W
P
Wt
= =
2 104 10
21
9
2
1 2 3 4 5t(109s)
P(1012W)
A1 A2
T
2
1 2 3 4 5 6 7 8t(109s)
P(1012W)
f
T= =
1 14 10 9
3.02.52.01.51.00.50.0
1.0
0.5
0.0
10 2 3 4 5 6 7 8
tempo (109s)co
rren
te (
101
2A
)d
dp
(V
)
11UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
QUESTO 10
RESOLUO:
a) A trajetria do raio de luz :
b) O raio de luz incide na face AC sob ngulo de incidncia de 45.
Se i = 45 for o ngulo limite de incidncia para o dioptro plstico/ar, tem-se:
senL =nmenor sen45 =
narnmaior nplstico
Logo: =1
nplstico = 2 nplstico
Assim, o valor mnimo do ndice de refrao do plstico, acima do qual ocorre o fenmeno da reflexo
total, : nplstico = .
Nas impressoras a jato de tinta, os caracteres so feitos a partir de minsculas gotas de tinta que soarremessadas contra a folha de papel. O ponto no qual as gotas atingem o papel determinado eletros-taticamente. As gotas so inicialmente formadas, e depois carregadas eletricamente. Em seguida, elasso lanadas com velocidade constante v em uma regio onde existe um campo eltrico uniforme entreduas pequenas placas metlicas. O campo deflete as gotas conforme a figura a seguir. O controle da traje-tria feito escolhendo-se convenientemente a carga de cada gota. Considere uma gota tpica com massam = 1,0 1010kg, carga eltrica q = 2,0 1013 C, velocidade horizontal v = 6,0m/s atravessandouma regio de comprimento L = 8,0 103 m onde h um campo eltrico E = 1,5 106 N/C.
2
22
O A
C
BG
N
N
4545
45
45
O
C
A
B
G
Um tipo de sinalizao utilizado em estradas e avenidas o chamado olho-de--gato, o qual consiste na justaposio de vrios prismas retos feitos de plsti-co, que refletem a luz incidente dos faris dos automveis.
a) Reproduza no caderno de respostas o prisma ABC indicado na figura aolado, e desenhe a trajetria de um raio de luz que incide perpendicular-mente sobre a face OG e sofre reflexes totais nas superfcies AC e BC.
b) Determine o mnimo valor do ndice de refrao do plstico, acima do qualo prisma funciona como um refletor perfeito (toda a luz que incide perpen-dicularmente superfcie OG refletida). Considere o prisma no ar, ondeo ndice de refrao vale 1,0.
12 UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
QUESTO 11
RESOLUO:
QUESTO 12
a) Determine a razo FE/FP entre os mdulos da fora eltrica e da fora peso que atuam sobre a gotade tinta.
b) Calcule a componente vertical da velocidade da gota aps atravessar a regio com campo eltrico.
a) Com os dados do problema:
FE = |q|E = 2 1013 1,5 106 FE = 3 107NFP = mg = 1 1010 10 FP = 1 109N
b) Como, na horizontal, o movimento uniforme, temos:
No item (a), vimos que FE FP e, portanto:
y = 3 103 m/s2. (II)
Usando a equao horria da velocidade e os valores dados em (I) e (II), temos:
vy = 4m/s
v ty y= = 3 10
43
103 3
R F m F
FmE y E yE
= = = =
3 101 10
7
10
L v t t t s Ix= = = 8 10 6
43
103 3 ( )
= =
FF
E
P
3 101 10
3 107
92
Gerador degotas
Carregadorm m, q
V
L
Papel
Placasdefletoras
+ + + + + +
13UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
RESOLUO:
GeografiaOs versos abaixo so da cano Sobradinho, composta por S & Guarabira nos anos 70. Leia-os aten-tamente para responder prxima questo:
O homem chega, j desfaz a naturezaTira gente pe represa, diz que tudo vai mudar [...]Vai ter barragem no salto do Sobradinhoo povo vai-se embora com medo de se afogar,o serto vai virar mar, d no coraoo medo que algum dia o mar tambm vire serto
a) A que bacia hidrogrfica brasileira referem-se os versos dessa cano?b) Aps a construo da barragem de Sobradinho, quais foram as atividades agrcolas implementadas
nas suas proximidades?c) Qual foi o movimento sociopoltico ocorrido no final do sculo XIX, no interior da Bahia, a que os ver-
sos fazem aluso quando dizem o serto vai virar mar [...]?
a) Os versos referem-se regio da bacia hidrogrfica do rio So Francisco, onde foi construda umabarragem denominada Sobradinho que inspirou o ttulo da cano citada.
b) Nas proximidades da barragem de Sobradinho, a partir da dcada de 1970, foram implantadosprojetos de irrigao que possibilitaram o plantio de frutas (uva, melancia, figo, melo, manga, entreoutras), o que modificou a paisagem. O sucesso dessas culturas junto ao rio So Francisco promoveuo desenvolvimento socioeconmico de cidades como Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), transformandoa regio em zona de atrao de capitais.
c) O movimento sociopoltico a que os versos aludem a revolta de Canudos, que envolveu sertanejosliderados por Antnio Conselheiro e massacrados por tropas federais e estaduais.
Leia atentamente o texto a seguir e analise o mapa apresentado.Desde meados dos anos 60, o Oriente Mdio tem sido palco de inmeras guerras e dezenas de atentados,resultantes das lutas pela delimitao de territrios israelenses e palestinos. As recentes reunies de c-pula em Camp David (EUA) tm gerado alguns avanos nas negociaes entre esses povos.
a) Que territrio est sendo utilizado atualmente como sede provisria da Autoridade Palestina?b) Com base no mapa, responda como est distribudo o espao religioso na rea urbana de Jerusalm.
a) A sede provisria da Autoridade Palestina se encontra ainda na Faixa de Gaza.b) Desde a poca das Cruzadas, a Cidade Antiga de Jerusalm mantm um carter multiconfessional:
nela esto representadas a f islmica, a crist e a judaica, respectivamente, pelo Monte do Templo(de onde Maom ascendeu ao cu), a Igreja do Santo Sepulcro (construda no local em que JesusCristo foi sepultado) e o Muro das Lamentaes.
Cidade AntigaJerusalm
Escala
0 200m
1 Monte do Templo2 Igreja do Santo Sepulcro3 Muro das Lamentaes
1
3
2
QUESTO 13
QUESTO 14
RESOLUO:
RESOLUO:
14 UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
As reas desrticas constituem importantes ecossistemas terrestres. A costa oeste da Amrica do Sul e acosta sudoeste da frica apresentam desertos que tm em comum o fato de possurem climas relaciona-dos s caractersticas das correntes martimas dos litorais situados nas proximidades. Com referncias idias expostas, responda:a) Quais so os desertos a que se refere o texto?b) Como as correntes martimas contribuem para a ocorrncia de baixa pluviosidade nesses desertos?
a) O texto se refere a dois desertos prximos costa ocenica: o deserto de Atacama, quase totalmentedentro do territrio chileno, e o deserto da Nambia, na costa sudoeste africana.
b) A baixa pluviosidade nesses desertos se deve ao de correntes martimas frias. Com o resfriamen-to das guas ocenicas, a temperatura da atmosfera que entra em contato com elas diminui, o queprovoca a condensao da umidade nela presente e determina precipitaes em alto-mar. Em conse-qncia disso, as brisas marinhas que sopram diariamente do mar para terra chegam ao continentedestitudas de sua tpica umidade, o que impede as precipitaes que seriam normais na costa litor-nea dessas zonas intertropicais.
As migraes populacionais sempre exerceram um importante papel na organizao do espao brasilei-ro, como ocorreu nas dcadas de 70 e 80, quando agricultores do sul do pas deixaram pequenas proprie-dades em busca de novas fronteiras agrcolas para o plantio de gros, principalmente no Mato Grossodo Sul. Como conseqncia da ocupao dessa regio do pas, o cerrado sofreu intensa devastao, aponto de atualmente estar em vias de extino.a) Quais foram os principais fatores responsveis pela migrao desses pequenos agricultores?b) Identifique a unidade de relevo em que se instalaram esses pequenos agricultores e aponte uma carac-
terstica dessa unidade que tenha favorecido a expanso agrcola.c) Analise as conseqncias do tipo de agricultura a desenvolvido na dinmica das guas do Pantanal
Matogrossense.
a) Dentre os diversos fatores responsveis pela migrao dos pequenos agricultores, podemos destacara implantao do Programa Nacional de Desenvolvimento (PND) e do Projeto de Integrao Nacio-nal (PIN), planos criados pelo governo federal com o objetivo de ocupar espacial e economicamenteregies marginalizadas, como a Centro-Oeste e a Norte. Um dos pilares desses projetos a oferta deterras baratas que apresentam mdia e alta fertilidade. Soma-se a esse processo a mecanizao deculturas agrcolas em reas rurais do Centro-Sul, que, liberando mo-de-obra desse espao, poten-cializa o fluxo migratrio para o Mato Grosso do Sul e outros estados da regio.
b) A unidade de relevo em que se instalaram esses pequenos agricultores corresponde ao planalto daborda ocidental da bacia do Paran, que possui uma das caractersticas naturais mais importantespara a expanso agrcola: a presena de solo arentico-basltico, popularmente conhecido como ter-ra-roxa.
c) A introduo de agricultura moderna na regio, baseada em intenso uso de mecanizao e agrotxi-cos, alterou a dinmica hidrogrfica do Pantanal atravs da acelerao do processo de lixiviao eeroso, que carregam sedimentos para os rios e provocam poluio hdrica, que destri a ictiofaunalocal.
Jon Erickson, em Nosso planeta est morrendo a extino das espcies e a biodiversidade, afirmaque a biodiversidade constitui hoje um enorme potencial para que a biotecnologia desenvolva novas es-pcies alimentcias e industriais, mais resistentes s pragas, doenas e adversidades ambientais. Aindasegundo o autor, a biotecnologia dever se tornar em futuro prximo uma das grandes bases dos proces-sos produtivos.a) Explique por que a biodiversidade constitui um potencial para o desenvolvimento da biotecnologia.b) Por que o desenvolvimento da biotecnologia faz parte das novas estratgias de poder geopoltico dos
Estados nacionais?
a) A biodiversidade constitui um potencial para o desenvolvimento da biotecnologia, pois pode fornecermaterial biolgico para pesquisas cientficas que visem elaborao de novos produtos remdios,alimentos, fibras, etc. a partir das espcies vegetais e animais de um ecossistema.
b) Com o desenvolvimento da biotecnologia, os Estados nacionais podem tirar maior proveito econmi-co dos recursos vivos dos seus ecossistemas. Por isso, criam legislaes para garantir o controle de pa-tentes e direitos intelectuais sobre o uso das espcies animais e vegetais que neles existem e paracoibir o contrabando de materiais vivos (biopirataria).
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QUESTO 15
QUESTO 16
RESOLUO:
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QUESTO 17
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Apenas quando voc tiver cortado a ltima rvore, pescado o ltimo peixe e poludo o ltimo rio, vai des-cobrir que no pode comer dinheiro. (Fala de um ancio americano citada em Vandana Shiva, Ecode-senvolvimento, 1989.)Esse texto permite-nos refletir sobre a necessidade de reviso do atual modelo de desenvolvimento eco-nmico, mesmo considerando as solues tcnicas que j foram encontradas na tentativa de superar osproblemas advindos do esgotamento dos recursos naturais. Com base nessas consideraes, responda:a) Por que o desenvolvimento econmico capitalista est em contradio com a concepo de preservao
dos recursos naturais?b) Qual a diferena entre conservao e preservao dos ecossistemas naturais?
a) O sistema econmico capitalista sempre se caracterizou pela apropriao de recursos para obter lu-cro e reproduzir o capital. Assim, para a produo capitalista, a natureza mera fornecedora de re-cursos, que so explorados de forma predatria, contradizendo a concepo de preservao dos re-cursos naturais.
b) A diferena entre conservao e preservao dos ecossistemas naturais est na forma como se utili-zam seus recursos. Na conservao, busca-se o desenvolvimento sustentvel, isto , o aproveita-mento econmico racional e no-predatrio do ambiente; na preservao, visa-se a manter os ecos-sistemas em seu estado original.
Considere os dados apresentados nos grficos a seguir. O grfico I apresenta a evoluo mundial do n-mero de computadores conectados Internet no perodo de 1981 a 2000. O grfico II apresenta a estima-tiva, para o ms de janeiro de 2000, do nmero per capita de computadores conectados Internet, relati-vo a oito pases.
a) Aponte os fatores responsveis pelo comportamento da curva apresentada no Grfico I.b) Relacione o crescimento de computadores conectados Internet no mundo com as informaes conti-
das no Grfico II.c) Analise os casos do Brasil e dos EUA em relao aos demais pases apresentados no Grfico II.
a) O acelerado crescimento do nmero de computadores conectados internet desde o incio da dca-da de 1990 est diretamente relacionado a: queda dos custos dos computadores pessoais (PC), aces-sveis a um nmero cada vez maior de consumidores (muitos de pases subdesenvolvidos); prolifera-o de servidores de baixo custo ou at mesmo de custo zero; aumento da oferta de informaes eservios oferecidos pela rede.
b) No grfico, observam-se claramente duas realidades distintas: a dos pases com elevado nmero decomputadores conectados internet (por 100 mil habitantes) e a daqueles com baixo nmero de co-nexes. Essa diviso um reflexo direto da diviso do mundo em pases ricos e pobres e revela umacrtica contradio: o nmero de computadores conectados cresce de forma impressionante (grficoI), mas, assim como a riqueza, concentra-se nos pases desenvolvidos.
c) O Brasil se destaca, dentro do grupo de pases pobres apresentados no grfico, graas ao padro so-cioeconmico de parte de sua populao, muito superior ao deles. J a explicao sobre a posio dosEstados Unidos no pode seguir essa linha de raciocnio, de ordem econmica. Diversos pases, entreeles Gr-Bretanha, Alemanha e Japo, tm um maior nmero de computadores (por 100 mil habi-tantes) conectados internet por vrios motivos, como a influncia dos incentivos governamentais,o grau de utilizao desse meio na educao, o maior interesse da populao em acessar a rede paraconhecer as novidades apresentadas por ela, etc.
Os sites apresentados como fontes dos dados para a construo dos grficos no contm os nmeros quenos permitem ter certeza de que os Estados Unidos esto de fato na posio indicada.
80.000.000
70.000.000
60.000.000
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
10.000.000
0
Co
mp
uta
do
res
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
ANO
Crescimento Anual do Nmero de ComputadoresConectados Internet no Mundo
Grfico I
Estimativa do Nmero de Computadores Conectados Internet por100.000 habitantes em janeiro de 2000 (fonte:http://www.isc.org/ e
http://www.xist.org/)
Grfico II
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
Gr-
Bret
anha
Alem
anha
Jap
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Peru
Paqu
isto
Qun
ia
3760
2140 2110
740
26030 3 2
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Comentrio:
O jornal O Estado de S. Paulo, em matria de 01/09/2000, noticiou que o Plano Colmbia plano decombate ao narcotrfico ter suas aes intensificadas a partir de janeiro. Segundo declaraes deum governante sul-americano, essa ao militar com a ajuda financeira do governo dos Estados Unidospode provocar a vietnamizao da regio setentrional da Amrica do Sul. Com relao ao exposto:a) Cite argumentos histricos, polticos e geogrficos que justifiquem a utilizao do termo vietnamiza-
o para a Colmbia.b) Quais as aes estratgicas que o governo brasileiro anunciou para evitar o transbordamento do con-
flito para o seu territrio?
a) O termo vietnamizao utilizado, em Geopoltica, para designar um processo de perda de contro-le sobre um pas e sua diviso por foras polticas de ideologias opostas (Guerra Fria). Originou-se apsa Guerra do Vietn, que foi motivada por uma questo interna (a luta pela reunificao do pas) e, porinfluncia externa, internacionalizou-se, com a entrada macia do aparato militar norte-americano.No caso da Colmbia, a chance de que se desencadeie um processo semelhante cada vez maior. Aproduo e o trfico de drogas, alm da expanso de atividades guerrilheiras de cunho socialista, soproblemas internos que podem justificar uma internacionalizao do conflito, na medida em que osEstados Unidos tm interesse em resolv-los.A esses argumentos histricos que justificariam o uso do termo vietnamizao para a situao daColmbia, somam-se argumentos geogrficos: em ambos os pases os climas so caracterizados poraltas temperaturas e pluviosidades; h florestas latifoliadas, hidrografia muito rica, espaos geogr-ficos pouco articulados e integrados, produzindo sub-regies com dinmicas prprias o que facili-ta a ao das guerrilhas e dos narcotraficantes.
b) Buscando evitar a possvel expanso do conflito em direo ao territrio nacional, o governo brasi-leiro procurou se antecipar s aes mais concretas e efetivas do Plano Colombo e anunciou, visandoa garantir a soberania, a estabilidade e a inviolabilidade do territrio nacional, as seguintes aes es-tratgicas: Execuo do cronograma de instalao do Projeto Sivam (Sistema de Vigilncia da Amaznia),
que, quando em pleno funcionamento, trar possibilidades reais de um controle mais eficiente dafronteira norte do pas.
Preservao da estrutura militar do espao amaznico, o que implica a permanncia de vinte milmilitares do Exrcito, Marinha e Aeronutica na Amaznia brasileira, onde j estavam antes doanncio do Plano Colombo. Com isso o governo brasileiro pretende deixar explcito que considerao seu efetivo militar na regio preparado para garantir a preservao do territrio nacional, sen-do, na sua opinio, mais importante apresentar para a sociedade brasileira e para a comunidadeinternacional o aparato militar regional j existente, suficiente para conter possveis ameaas, doque aument-lo sem necessidade. (A par desta posio oficial do governo brasileiro, correm pres-ses veladas do Exrcito para um recrudescimento das verbas oramentrias destinadas ao Pro-jeto Calha Norte, que, a partir dos anos 80, promoveu a consolidao de bases militares ao longoda fronteira setentrional do pas).
O lanamento imediato do chamado Plano Cobra, idealizado para aumentar, na regio, os efeti-vos da Polcia Federal, que, conjuntamente com os militares, teriam a responsabilidade de pa-trulhamento constante dos 1.600km de fronteira Brasil-Colmbia, com o objetivo de, principal-mente, impedir o trfico de drogas, armas ou qualquer outro movimento clandestino de fronteira.
Quando se tornou independente da Inglaterra, em 1960, a Nigria formou uma federao de trs gran-des estados. Mas os governos que se sucederam dividiram o pas (hoje so 36 estados) ao tentar consoli-dar o poder central. Hoje, discute-se o retorno ao regime federativo. (Time, 24/02/2000.)a) Quais so as caractersticas de um regime federativo? b) Analise as possibilidades de funcionamento desse regime poltico em um pas com tanta rivalidade
tnica como o caso da Nigria.
a) No regime federativo, a estrutura governamental baseia-se em unidades polticas que esto reuni-das em um s Estado, sob um governo central, mas que conservam determinada autonomia polticae legislativa.
b) Na Nigria, o pas mais populoso do continente africano (cerca de 111 milhes de habitantes), haproximadamente 250 grupos tnicos com lnguas e culturas diferentes. Na dcada de 1960, o regime federativo foi extinto, e o poder centralizou-se nas mos de uma dasetnias. Houve, porm, oposio de vrios grupos tnicos, o que gerou conflitos nas ltimas dcadas:golpes polticos, eleies anuladas e guerra civil entre o governo e grupos que visam diviso do pas.Portanto, a retomada do regime federativo, provavelmente atenuaria os problemas polticos e tnicosdesse pas, descentralizando o poder, conferindo certa autonomia aos estados formadores da Unioe atendendo, assim, a principal reivindicao de diversos grupos tnicos da Nigria.
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Para enfrentar o chamado protecionismo internacional, o governo brasileiro vem defendendo a idia deuma maior aproximao entre os pases do Mercosul e os do Pacto Andino.a) Como se pode entender que, num mundo dito globalizado, esse protecionismo permanea?b) Quais so os principais produtos de exportao brasileiros afetados por esse protecionismo? c) Quais os motivos para a restrio entrada desses produtos no mercado exterior?
a) O processo conhecido como globalizao se organizou a partir dos interesses polticos e econmicos dasgrandes potncias, que procuraram impor ao resto do mundo determinadas condies de comrcio.Dentre elas, destaca-se a poltica de abertura das fronteiras econmicas dos pases subdesenvolvidos,implantando-se a livre importao e homogeneizando-se o mercado. Esse processo visa a facilitar a dis-tribuio e o consumo dos produtos fabricados pelas empresas transnacionais (instaladas em diferentespontos da Terra, mas sediadas nos pases ricos), que enxergam o mundo como seu mercado potencial.A globalizao, no entanto, no apresenta mo-dupla, ou seja, as naes desenvolvidas no adotamas polticas de livre importao que propem para as naes subdesenvolvidas. Ao contrrio, impemuma srie de restries a fim de evitar que entrem em seus territrios produtos originrios dos pa-ses pobres, praticando a poltica do protecionismo.
b) O Brasil um dos pases mais prejudicados pelas polticas protecionistas adotadas pelas grandes po-tncias, pois nossa pauta de exportaes est repleta de itens que concorrem em qualidade e preo com similares produzidos nos pases desenvolvidos.Entre os produtos mais prejudicados esto os agropecurios, como soja, suco de laranja e carne bovi-na, e os industriais, como os siderrgicos e os calados.
c) So vrios os argumentos que os pases desenvolvidos utilizam para justificar a restrio impostaaos produtos brasileiros. Entre eles se destacam: a necessidade de preservar os postos de trabalhono interior dos seus territrios, a compensao pelo uso do dumping pelo Brasil (acusam-nos de ex-portar produtos a preos inferiores a seu real custo de produo), a ausncia de um eficiente contro-le na qualidade dos produtos (alimentos) e o uso de mo-de-obra infantil (calados).
Recentemente o shopping center Rio-Sul o primeiro a ser construdo na cidade do Rio de Janeiro foi invadido por um grupo de 130 pessoas formado por sem-teto, favelados, estudantes e punks. Os mani-festantes, com esta invaso pacfica, inauguraram uma forma nova de protesto. (Adaptado de Folha deS. Paulo, 05/08/2000.)a) Relacione essa manifestao ao exerccio da cidadania e s formas de organizao espacial das ci-
dades contemporneas.b) Alm do shopping center, cite outro exemplo de segregao scioespacial no meio urbano. Justifique
sua resposta.
a) As cidades contemporneas expressam, na forma de sua configurao espacial, as profundas desigual-dades sociais da populao que nelas vive. A invaso de um shopping na elitizada zona Sul do Rio deJaneiro, por um grupo que protesta contra as ms condies de vida dos cidados cariocas, reflete umnovo tempo, em que as discusses sobre cidadania ganham as ruas e se materializam em aes polticas.
b) Como exemplo de segregao socioespacial no meio urbano, podemos citar os condomnios fechados,tanto de casas quanto de prdios. Trata-se de reas isoladas por muros, muitas vezes com cercas ele-trificadas e cmeras no sistema de segurana, para impedir a passagem de pessoas no-autorizadas.
Observe o grfico apresentado a seguir e responda:
Fonte: Anurio Estatstico do Brasil, 1994.
Evoluo da Proporo (%) da Populao Urbana emRelao Populao Total do Brasil entre 1872 e 1991
8580757065605550454035302520151050
%
ANO
1872
1890
1900
1920
1940
1950
1960
1970
1980
1991
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a) Quando a populao brasileira passa a ser predominantemente urbana?b) Quais so os principais fatores socioeconmicos responsveis por essa transformao?
a) A partir da anlise do grfico, notamos que a populao passa a ser predominantemente urbana en-tre os anos de 1950 e 1960. Porm, pelos dados corretos do IBGE (Anurio Estatstico do IBGE 1992, p. 207), esse fato ocorreu entre 1960 e 1970. Em 1960, o pas apresentava ainda uma popula-o urbana de 45,5% e uma populao rural de 54,9%. J em 1970, a populao urbana chegou a 56%e a rural, a 44%.
b) Um dos grandes responsveis por essa transformao foi o xodo rural, causado por uma srie de fa-tores, tais como: o crescente processo de industrializao que, intensificado no Brasil a partir da dcada de 1950,
determinou maior oferta de emprego, sendo esse fato mais um atrativo para o crescimento urbano; a grande concentrao fundiria existente no pas, que manteve milhes de camponeses em con-
dies de vida precrias: sem terra e muitas vezes sem trabalho, foram obrigados a procurar me-lhores condies nas cidades;
o aumento da mecanizao agrcola, que tem se intensificado nos ltimos anos, especialmente noCentro-Sul, tirando trabalho de muitos camponeses.
A questo baseou-se em um grfico com dois erros: primeiro, aponta a predominncia de populao ur-bana j a partir de aproximadamente 1955, quando os dados do IBGE apontam a ocorrncia de tal fatoapenas aps 1967; segundo, no eixo do tempo, o espao entre os anos dos recenseamentos est igual,quando, na verdade, entre 1872 e 1890 o intervalo seria de 18 anos, entre 1900 e 1920 de 20 anos, entre1920 e 1940 tambm de 20 anos, e os demais de 10 anos. Se esses intervalos tivessem sido corretamentedesenhados, o grfico apresentaria, evidentemente, uma outra forma.
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RESOLUO:
Comentrio:
ComentrioProva com excesso de clculos e com alguns enunciados obscuros, complicando desnecessariamente
o trabalho dos candidatos.Os assuntos abordados fazem uma boa varredura do programa e as situaes fsicas propostas tra-
tam de pontos relevantes.
A prova um feliz exemplo de como abordar temas atuais, sem sair do mbito da Geografia. Agrande extenso (12 questes 28 itens) e o elevado grau de dificuldade da maior parte das questes,especialmente para as reas de Exatas e Biomdicas, devem baixar demais a mdia de notas dessa pro-va, dificultando a discriminao e prejudicando a avaliao dos melhores candidatos.
21UNICAMP/2001 2 FASE ANGLO VESTIBULARES
Fsica
Geografia
Incidncia
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ASSUNTO
N DE QUESTES
1 2 3 4 5 6
Ondulatria
Termofsica
Dinmica
Dinmica Impulsiva
Trabalho e Energia
Cinemtica
Esttica
ptica
Eletrosttica
Eletrodinmica
Fsica
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