UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
YOGATERAPIA E TERAPIA DE FAMÍLIA: UMA ABORDAGEM
TERAPÊUTICA HOLÍSTICA
Por: Maristela Ferreira Santapaz
Orientador
Profª. Fabiane Muniz
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
YOGATERAPIA E TERAPIA DE FAMÍLIA: UMA ABORDAGEM
TERAPÊUTICA HOLÍSTICA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Terapia de
Família.
Por: Maristela Ferreira Santapaz
3
AGRADECIMENTOS
Ao meu querido mestre Anandamurti,
por seu amor e força espiritual. Ao meu
amado marido pelo estímulo para
vencer e continuar os estudos. A minha
mãe pela sua compreensão e
preocupação.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos os meus
alunos de yoga, que através de nossas
vivências pude perceber a necessidade
de um maior aprofundamento sobre as
relações familiares.
5
RESUMO
O objetivo deste trabalho é o de promover o intercâmbio da yogaterapia
e da terapia de família, fazendo uma análise do significado da prática corporal
e de suas relações intrapsíquicas tanto individuais como familiar de forma
holística. O envolvimento das duas terapias vem a promover ao indivíduo em
seus aspectos emocional, mental e espiritual a força para transcender os
conflitos tanto internos quanto externos.
O estudo das relações mente e corpo é um assunto que nos últimos
tempos vem apresentando crescente importância pela relação psicossomática
que este apresenta na vida do indivíduo. Faz também repensarmos as terapias
como campo alternativo na sociedade contemporânea.
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METODOLOGIA
Este trabalho monográfico teve como referência as aulas de yoga
ministradas por mim com os alunos do Centro de Yoga Santapaz, em Duque
de Caxias – RJ. Foi realizada uma observação no decorrer das aulas, no
comportamento, emoções e desdobramentos. Os materiais utilizados para o
desenvolvimento deste trabalho foram: pesquisa em livros, artigos, internet.
Autores: prof. Hermógenes, Anandamurti, Goleman, Walsh e etc.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Yogaterapia 10
1.1. O que é yogaterapia 10
1.2. Ásanas - Posturas Psicofísicas 14
1.3. Os efeitos da meditação 18
CAPÍTULO II
Reflexos psíquicos adquiridos pelo estresse 22
2.1. Depressão 23
2.2. Baixa auto-estima 26
2.3. Síndrome do Pânico 27
CAPÍTULO III
A yoga como processo terapêutico holístico 29
3.1. As terapias e a resiliência 33
CAPÍTULO IV
A família no século XXI 37
4.1. Intercâmbio entre Yogaterapia e Terapia de Família 41
CONCLUSÃO 46
ANEXO 49
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 51
WEBGRAFIA 54
ÍNDICE 56
FOLHA DE AVALIAÇÃO 57
8
INTRODUÇÃO
As transformações societárias e suas interferências na vida do ser
humano e na vida familiar mostra a necessidade de hoje realizarmos
reformulações sobre as influências externas que atingem as relações sociais
em seu cotidiano. Hoje a maneira de manter o equilíbrio mente e corpo é
através da prática da Yoga e juntamente com a Terapia de Família, vem a
colaborar para a melhoria da saúde tanto física com mental do indivíduo.
Devemos enfatizar que uma compreensão da família no contexto de
nossa sociedade, não só fornece instrumentos para a intervenção em
situações de sofrimento psíquico, mas também oferece uma contribuição
relevante para o diálogo com o indivíduo, nas diversas áreas de terapias,
realizando desta forma, uma abordagem mais ampliada no campo da
investigação e reflexão.
Ressaltamos que este trabalho teve como objetivo principal o ser
humano, no seu aspecto completo e mais complexo, ou seja, saúde, paz e
felicidade, acima de tudo auxiliá-lo no caminho para sua própria resiliência.
Também tem como objetivo mostrar as pessoas que elas geralmente podem
ter um maior controle sobre suas vidas e nas suas relações intrafamiliares.
Infelizmente, hoje nós não desempenhamos esse controle e perdemos a
direção em uma sociedade de mudanças rápidas e de muito estresse.
Administrar o estresse é aprender o autocontrole e neste trabalho
descrevemos os instrumentos e as coligações realizadas para se obter um
excelente resultado na vida do indivíduo e também da família.
A aplicação deste intercâmbio entre yogaterapia e terapia de família
mostrou-se no geral bastante promissora. Através de reações emocionais
apresentadas por alguns alunos, pude perceber que havia problemas para
além de um simples olhar.
O assunto favorece as reflexões, pois representam grande importância
nos dias atuais. A diversidade do tema proporciona um rico diálogo com as
diferentes visões apresentadas de cada área terapêutica. Um em sua prática
9
psicofísica de autocontrole e de transcendência e a outra com a visão de
família, entendendo os seus conflitos intrafamiliares em uma abordagem de
extrema complexidade.
Com esse tipo de apresentação buscamos trabalhar, tendo uma visão
sob uma nova perspectiva, mostrando que ambos yogaterapia e terapia de
família são componentes transversais e importantes como suporte na vida do
ser humano na sociedade em que vivemos.
No primeiro capítulo deste trabalho, é apresentado um panorama geral
sobre a origem da Yoga e suas repercussões da prática no Ocidente como um
campo alternativo para se obter o equilíbrio físico, psíquico em uma sociedade
tão conflituosa. Citamos os efeitos da meditação para o indivíduo, tendo como
resposta e comprovação uma qualidade de vida melhor, visto que o controle de
suas emoções parte de uma consciência maior da relação mente e corpo. É
citado os efeitos psíquicos do estresse, como depressão, baixa auto-estima e a
síndrome do pânico tão comuns nos tempos de hoje. É abordado a yoga como
uma alternativa terapêutica holística, nas situações de grande necessidade
tanto individual como da família.
Na família do século XX, citamos os diferentes arranjos familiares
presentes na sociedade e suas mudanças no decorrer dos tempos. As
transformações socioeconômicas que influenciam esta dinâmica no
funcionamento da vida familiar. Vemos que a realidade externa gera um
constante sentimento de ameaça ao indivíduo.
No capítulo II é apresentada a relação da terapia de família e da yoga,
como instrumentos importantes na aquisição da resiliência do indivíduo. Estes
apoios demonstram a sua grandeza, a partir do momento em que o aluno tem
uma boa interação com o seu interlocutor. Neste caso como yogaterapeuta, ter
uma visão maior da terapia de família, facilita esta comunicação para um
melhor entendimento de seu estado emocional.
Por fim, apresentamos o intercâmbio da yogaterapia com a terapia de
família. Junção essa que vem somente acrescentar para um resultado positivo
nesta grande complexidade que é o ser humano.
10
CAPÍTULO I
YOGATERAPIA 1.1. O que é yogaterapia
Há mais de 5.000 anos na Índia teve-se a origem a yoga. Yoga é a
ciência do autoconhecimento, um sistema de práticas a qual chamamos de
ásanas (posturas psicofísicas), com filosofia e condutas éticas.
A palavra yoga derivada da raiz sânscrita “yuj”, significa, unir, juntar
dirigir e concentrar a atenção em algo para sua aplicação e uso. Significa
união. É a verdadeira união de nossa vontade com a vontade de Deus.
Significa a disciplina do intelecto, da mente, das emoções é o que a prática de
yoga propõe.
A yoga é um dos seis sistemas tradicionais da filosofia da Índia. Foi
coordenado e organizado por Patanjali em sua obra clássica Yoga Sútras.
Patanjali, foi um grande sábio, que administrou e organizou a Yoga em sua
obra Yoga Sutras1. Em uma breve definição no capítulo inicial dos Yoga
Sutras, Patanjali define que : “Yoga é aquietar as modificações mentais”.
Ele mostrou detalhadamente os oito estágios para se atingir o
autocontrole, a paz, a comunhão com o Ser interior. Ao acompanhar esse
padrão, vamos em busca de nossa alma, a nossa real e verdadeira identidade,
vamos nos distanciando e nos libertando da dor e da tristeza.
Embora a mente tenha uma capacidade infinita e seja incansável, é
difícil de se manter o controle. Através da prática contínua desses passos da
yoga, a mente pode se tornar calma e tranquila. Quando a mente é controlada,
ela cria um lugar onde se armazena de tranqüilidade e entusiasmo. Os oito
passos importantes da Yoga:
1. Yama (princípios que ensinam como lidar com o mundo)
2. Nyama (princípios de como lidar consigo mesmo)
1 Os Ioga Sutras, ou Aforismos da Ioga, são o texto clássico que codificou o conhecimento tradicional sobre a ioga. (WIKIPÉDIA).
11
3. Ásanas (posturas cômodas para auxiliar a mente se envolver na prática)
4. Pranayama (controle da mente pelo controle da respiração)
5. Pratyahara (abstração dos sentidos externos)
6. Dharana (concentração)
7. Dhyana (meditação)
8. Samadhi (união com a Consciência Suprema)
Essas são regras de conduta de autodisciplina que vem para nos
purificar, nos libertando de nossas imperfeições e das dores da alma.
Proporciona uma melhora em nossa saúde mental, emocional e espiritual.
Cultivando esses princípios e regras éticas para a moral de um indivíduo,
vamos desenvolvendo amor, respeito e compaixão, começando a sentir isto
por nós mesmos e ampliando esses sentimentos a todos.
“Yoga é por definição um estado da mente, de controle e
equilíbrio. Para atingir-se tal estado de tranqüilidade
mental, pressupõe-se corpo equilibrado, respiração
fluida, mas sobretudo: observação do comportamento.”
(FERRARI, 2009).
Há milhares de anos atrás iogues que meditavam nas florestas,
observaram os animais selvagens que conviviam com eles diariamente. Foi
assim que eles descobriram as técnicas, com as quais a natureza inspirada em
posturas de animais e na natureza, trouxe benefícios ao ser humano de como
poderiam promover a saúde de forma natural. Aprenderam como os diferentes
animais se curavam instintivamente, como relaxavam, dormiam e
despertavam. Os antigos iogues colocaram em prática as posturas dos animais
em seus próprios corpos, e durante muito tempo criaram e aperfeiçoaram
diversos tipos de posturas psicofísicas conhecidas como ásanas.
Ásanas são posturas confortáveis formada de movimentos suaves e
lentos. Durante a prática o corpo permanece em um estado de relaxação
12
profundo com movimentos lentos e concentrados. A respiração profunda que
acompanha naturalmente as posturas, leva mais oxigênio a corrente
sanguínea. A energia é acumulada e o corpo permanece calmo e relaxado,
controlando assim o stress diário. Segundo Fernandes (1994), “o Yoga tornou-
se parte de um sistema de exercícios, desenvolvidos por médicos soviéticos,
visando à cura de doenças da coluna, olhos, estomago e outras patologias”.
As ásanas contribuem beneficamente para todos os sistemas do corpo.
As flexões e torções destas posturas fazem pressão nas glândulas endócrinas,
ajudando-as a funcionar de modo mais equilibrado. O resultado é um equilíbrio
do corpo todo, incluindo seu crescimento, digestão e processos de
transformação interior. Além disso como as secreções glandulares afetam as
emoções, as ásanas por equilibrarem essas secreções, gradualmente ajudam
a manter sob controle os distúrbios emocionais. As ásanas libertam a mente de
muitas influências negativas e assim a harmonia mental é atingida. As ásanas
têm também muitos outros benefícios: relaxam e tonificam o sistema nervoso e
muscular, estimulam a circulação, flexibilizam as juntas dando elasticidade,
melhora a digestão e massageiam os órgãos internos. O principal objetivo das
ásanas é preparar o corpo e a mente para a meditação.
“Ásanas ou postura, constitui o terceiro grau do yoga.
Através da Ásana procura-se a firmeza e o bom
desenvolvimento para tornar os membros ligeiros,
flexíveis , assim como todo o corpo. O trabalho com cada
músculo, nervo e articulação, objetiva a melhoria do
físico, a flexibilidade, a força e a elasticidade muscular.
Este trabalho sistemático, cujo resultado final será o
equilíbrio físico-mental do praticante, depende do sistema
muscular. São os músculos que vão determinar a
perfeição da postura que permitirá a interiorização e
consciência do físico. É um estudo do corpo no silêncio,
13
observando o movimento consciente.” (FERNANDES,
1994, p. 35).
Essa prática da yoga com atenção para o físico, dá-se o nome de Hatha
Yoga. De acordo com as Upanichad 2 o significado da palavra Hatha é Ha=
físico e tha= psíquico, ou seja, o controle do nível físico pelo poder da mente. A
enfermidade surge quando uma dessas polaridades predomina mais que a
outra.
Segundo Fernandes (1994), “o trabalho de Ásana Terapia tem como
objetivo principal levar a saúde total ao Homem, amainando seus sofrimentos
físicos e mentais.” O termo terapia etimologicamente tem origem da palavra
grega therapéia, que significa tratamento (WIKIPÉDIA). A yoga na atualidade
está sendo usada como uma forma de terapia para se alcançar o equilíbrio
interior, já que o estresse é o principal desencadeador dos problemas físicos
como psíquicos. Toda e qualquer linha de yoga concernente ao corpo teve sua
procedência no Tantra e no Hatha Yoga e possui o propósito de preparar a
mente para o estudo e entendimento de que já fazemos parte do absoluto, livre
de problemas e restrições, ser pleno e feliz.
Segundo Hermógenes (1994) “Quem supuser que Hatha Yoga é tão
somente ‘uma espécie de ginástica’ inteligente e propiciadora de saúde, só em
parte está certo. No referente ser inteligente e terapêutica está certo”.
O corpo e a mente têm um vínculo muito íntimo. Existem muitas
glândulas em nosso corpo e cada uma expele um tipo próprio de hormônio.
Por este motivo muitas pessoas têm uma vontade sincera e desejo de realizar
a prática, visto que seus inumeráveis benefícios são sentidos e experenciados
por aqueles que a praticam.
“O Yoga surgiu originalmente como um sistema completo
de desenvolvimento humano, mostrando-nos como
2 Os Upanichad ou Upanixades são parte das escrituras Shruti hindus, que discutem principalmente meditação e filosofia, e são consideradas pela maioria das escolas do hinduísmo como instruções religiosas. (WIKIPÉDIA).
14
equilibrar e harmonizar o corpo, a respiração, a fala e a
mente a fim de não apenas realizar nosso pleno potencial
humano como também de nos elevar para além do corpo,
em direção a uma união superior com o universo inteiro.”
(FRAWLEY, 2007, p.21).
1.2. ÁSANAS - Posturas Psicofísicas
A prática da yoga traz inúmeros benefícios para o ser humano, tanto do
ponto de vista físico como do ponto de vista psicológico. É a ciência do
domínio das forças físicas, a fim de conquistar e manter o perfeito equilíbrio
entre corpo, mente e alma. “A yoga é o movimento do ser unitário em busca do
infinito, o movimento do finito em direção ao infinito em um estilo místico”,
Anandamurti (2007), e sua prática proporciona alcançar a verdadeira
tranqüilidade de espírito, e um maior vigor físico, aumentando a longevidade do
corpo e mantendo a mente equilibrada.
A yoga é uma ciência de origem indiana que utiliza posturas,
relaxamento, técnicas de respiração e meditação. No ocidente era usada, até
pouco tempo atrás, somente com o objetivo de promover relaxamento. Há
pouco tempo vimos que houve uma mudança com relação o Ocidente ao modo
de ver a yoga. Agora esta prática está sendo procurada por diversas pessoas,
por descobrirem que auxilia na melhora dos problemas físicos, e também sua
eficácia foi comprovada através de estudos acadêmicos. Conforme
experiências comprovadas mostraram que a yoga trabalhando em paralelo a
medicina, pode auxiliar significativamente na evolução ao tratamento das mais
diversas doenças. A prática da yoga é o caminho para adquirirmos a saúde
plena através da realização das técnicas do esforço muscular em cada
postura. Lista de ásanas3 mais usados e seus benefícios terapêuticos:
3 As figuras ilustrativas das posturas abaixo, encontram-se no anexo deste trabalho.
15
a) Postura da Cobra (Bhujaungásana):
Tonifica o útero e os ovários, estimula as supra-renais, previne cálculos,
elimina gases no intestino, fortalece a musculatura das costas diminuindo as
dores, cura prisão de ventre, insônia, dor de cabeça, fortalece os pulmões,
estimula as tireóides, indicado contra obesidade, mal funcionamento do
sistema nervoso, pressão alta, ligamentos endurecidos. Melhora a auto-estima
desenvolvendo a confiança em si mesmo.
b) Postura de Saudação (Dhiirgapranama):
Melhora a falta de apetite, para cólicas menstruais e regula também a
regra, obesidade, dores na coluna, má circulação.
c) Postura do arco: Dhanurásana:
Tonifica as mãos, braços, pernas, trabalha intensamente a coluna em
toda sua extensão, tonificando o sistema nervoso, melhora as enfermidades do
aparelho digestivo, urinário, genital, respiratório e circulatório, para quem sente
falta de energia, cansaço, enriquece a personalidade dando vivacidade. É
psico-estimulante.
d) Postura da Yoga (Yogamudra):
Restaura os órgãos do aparelho digestivo, tonifica os tecidos da região
lombar, cura prisão de ventre; indicada também para problemas nos ovários,
diabetes, obesidade. Acalma o sistema nervoso e nos dá uma sensação de
humildade.
e) Postura de Lótus (Padmásana):
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Ajuda a equilibrar a energia sexual, torna a mente calma, alerta e
desperta; é a postura da meditação. Tonifica todos os nervos e tendões dos
pés e pernas. Promove o equilíbrio interior, dando auto consciência.
f) Postura da Vela (Sarvangásana):
Ativa a circulação de todo corpo, estimula as tireóides, tonifica as
glândulas hipófise e pineal, prisão de ventre, problemas ovarianos, hérnias,
enxaquecas, problemas na visão, hemorróidas, tremores e contrações
nervosas, diabetes, reumatismo, dores de cabeça, diminui o aparecimento de
rugas. Vitaliza a mente e alivia ansiedades.
g) Postura do Peixe (Matsyamudrá):
Beneficia a tireóide, indicada para deficiência de iodo, ferro e cálcio;
desenvolve a musculatura toráxica, prisão de ventre, propicia otimismo, auto-
confiança.
h) Postura de torção (Matsyendrasana):
Corrige desvios da coluna vertebral, melhora os rins, baço, regulariza o
peso, combate ao envelhecimento precoce, gastrites, reumatismo, proporciona
uma postura elegante e dá flexibilidade a todo o corpo Aumenta o sentido de
equilíbrio, de auto-domínio e segurança. Desenvolve a força de vontade e
alegria interna.
i) Postura da cabeça no Joelho (Paschimontasana):
Indicada para manter a coluna sadia e flexível, combate a ciática,
lumbago crônico, torcicolos e nevralgias intercostais; revitaliza os centros
nervosos lombares e sacros, beneficiando todos os órgãos por eles enervados;
17
tonifica o baço, pâncreas, fígado, estômago e vesícula; normaliza os rins e
intestinos; desânimo , falta de energia; cura hemorróidas, atraso menstrual,
reumatismo, insônia, rejuvenesce e emagrece. Aumenta a autoconfiança e o
autodomínio.
j) Postura da roda (Cakrasana):
Elimina dores nas costas, estimula as tireóides, irriga a traquéia e
laringe, melhora o funcionamento do fígado, rins, pâncreas e glândulas
sexuais; constipação, problemas com diabetes, dá energia e ativa o cérebro.
Dá vivacidade intelectual e aumenta a memória.
O alongamento consciente, a atividade psicofísica tem como
característica principal o resgate dos milenares conhecimentos orientais sobre
a energia vital, respiração, massagem e relaxamento. Desta interação nasce
um método que vem sobremaneira estabelecer para uma melhoria sensível da
flexibilidade com uma redução da contratura física e psicológica. O sintoma
positivo desta atividade é mostrado através de seus impactos na vida do
praticante, como: a pessoa fica com o corpo mais disposto, suas emoções
mantém um grau de equilíbrio maior e também aumenta o nível de
consciência. Todo este trabalho realizado a nível consciente e com uma
introspecção maior do indivíduo, promoverá resultados com efeitos mais
rápidos no corpo e na mente. Assim, com este desempenho tão eficiente,
liberará as tensões e qualquer outro sintoma emocional ocasionado pelo
descontrole de sentimentos, trazendo a harmonia do corpo, da mente e do
espírito.
18
1.3. OS EFEITOS DA MEDITAÇÃO
Assim como as ásanas fazem um importante papel para o equilíbrio do
corpo, a meditação vem conjuntamente impulsionar as potencialidades
existentes em cada indivíduo.
Partimos pelo pressuposto de que é necessário acalmar e sincronizar as
energias e fortalecimento das glândulas, essas responsáveis por todos os
sentimentos latentes no ser humano, pois atitudes, reações e atos irão reagir
de acordo com a forma que vemos o mundo.
A meditação tornou-se muito conhecida atualmente no Ocidente. Muitos
livros são publicados sobre meditação, porém, hoje em dia muitos estão
pesquisando os benefícios dessa prática.
“O estado fisiológico encontrado, resultante da prática
meditativa, caracterizou-se por diminuição da freqüência
cardíaca (batimentos cardíacos mais lentos), redução da
freqüência respiratória (respiração mais lenta), menor
consumo de oxigênio (menor gasto de oxigênio pelas
células), menor eliminação de dióxido de carbono
(conseqüência do menor gasto de oxigênio), diminuição
da condutância elétrica da pele (indicando estado de
relaxamento) e ampliação da necessidade de ondas alfa
(ampliação das ondas relacionadas com o relaxamento).”
(CARDOSO, 2005, p.110).
Para se obter os benefícios mais imediatos da meditação, precisa-se ter
uma prática contínua, diária para se atingir os objetivos. A pessoa terá mais
habilidade para enfrentar as situações difíceis, os sentidos ficam alertas,
melhora todo o funcionamento do corpo, aumenta-se a sensibilidade, promove
a calma interior, melhora o sono.
19
Psicólogos e psiquiatras estão utilizando a meditação como terapia para
seus pacientes que se encontram mentalmente abalados, onde já estão
obtendo grandes resultados. A meditação é um processo natural, e qualquer
estado novo de consciência que se alcança na meditação, é uma abertura de
novas portas em nossa mente. O homem tem um grande potencial que ele não
usa, talvez nem mesmo saiba que exista e a meditação nos ajuda a saber que
este potencial existe e capacita o homem a usá-lo todo para melhor
convivência entre as pessoas. Mais alguns resultados positivos e interessantes
da meditação: aumenta a energia, maior acuidade mental, tranqüilidade,
criatividade, concentração, redução de tensões.
Na área física observamos o rejuvenescer das células e o aumento da
oxigenação do sangue provocado pelas respirações profundas, provendo
também diversos outros resultados, desde a reconquista da saúde, o aumento
da elasticidade do corpo, a melhora do funcionamento glandular, a
recomposição do tônus muscular e o aumento da capacidade de relaxamento.
Na área emocional, o indivíduo consegue obter uma melhor perspectiva
de vida, tendo maior entusiasmo interior, fazendo com que este estado de
espírito reflita para um olhar mais profundo, humano e amoroso para com
todos que estão ao seu redor e para com a vida em um sentimento de
felicidade constante.
Na área mental, conserva e amplia todo o potencial associado a
memória, através da meditação melhoram a habilidade mental e a atenção e o
raciocínio, o estresse mental é amenizado e a capacidade intelectual mantém-
se no mesmo nível. A meditação proporciona calma, harmonia, entendimento,
capacidade de compreender as situações, e o equilíbrio para tomar decisões
sensatas. É importante ressaltar que a meditação promove uma agilidade na
mente, fazendo com que a energia seja aumentada e evitando assim um
desgaste físico diário sem excessos, e a meditação devidamente utilizada
promove ao praticante um armazenamento de energia, deixando-o sempre
com a sensação de aumento de sua capacidade para vencer aos desafios sem
se desgastar exageradamente. Com essa prática um indivíduo de acordo com
20
a sua dedicação pode se tornar capaz de aumentar a memorização de textos,
com poucas lidas.
“Outros processos de meditação podem coincidir com
aspectos de terapia. Por exemplo, quando a pessoa que
medita volta a atenção para o seu interior, ela se torna
mais consciente dos pensamentos, sensações e estados
que emergem espontaneamente. Como ela está em
relaxamento profundo, todo o conteúdo de sua mente
pode ser visto como o conjunto de uma “hierarquia
dessensibilizada” Essa hierarquia não se limita aos itens
que o terapeuta e o paciente identificaram como
problemáticos, mas se estende a todas as preocupações
da vida do paciente, a tudo que está na sua mente. Nesse
sentido, a meditação pode ser uma autodessensibilização
completa e bastante natural.” (GOLEMAN, 1999, p.17).
Cada vez mais a meditação está se tornando um instrumento essencial
na busca da paz interior, para alcançarmos de forma mais profunda, o
equilíbrio diminuindo a intensidade de pensamentos tão constantes em nossa
mente.
As pessoas estão praticando meditação, como também mais médicos
estão aconselhando a meditação para os seus pacientes. Os médicos afirmam
que com o relaxamento profundo e a meditação terão um efeito relaxante,
aumentando a capacidade respiratória..
Várias doenças causadas pela tensão podem ser minimizadas ou até
curadas completamente através do processo de meditação. O descanso
profundo originado da meditação traz outros benefícios como a melhora do
sistema imunológico, o combate a vírus e bactérias e câncer. Com a mente
21
calma e concentrada, conseguimos fazer com que tudo melhore mais rápido.
Portanto a prática da meditação não nos deixa passivos nem isolados. Ao
contrário, nos abastece com mais energia e disposição para enfrentar a luta do
dia a dia.
Além de todos esses benefícios, podemos dizer que um dos mais
importantes ganhos com a prática da meditação seja a paz interior, onde
apesar de todo estresse diário, torna-se um refúgio para escapar do tumulto.
Segundo Goleman (1999),” A meditação pretende alterar o processo de
condicionamento, para que ele não seja mais o principal determinante dos atos
futuros.”
22
CAPÍTULO II
REFLEXOS PSÍQUICOS ADQUIRIDOS PELO ESTRESSE
Segundo Arantes & Vieira (2002), “Em um sentido mais amplo, o
estresse é uma sobrecarga dos recursos do corpo, a fim de responder a
alguma circunstância ambiental.” Vemos que entre os males ligados a saúde
que mais afligem a humanidade, estão ligados ao lado psíquico, como: a
obsessão, a loucura, a depressão, síndrome do pânico dentre outros. O
estresse é o motivador de todas essas anormalidades, e quando o indivíduo
não consegue administrar bem as reações químicas que surgem no corpo,
afetando em sequência a mente.
“A resposta de luta ou fuga é chamada de reação ao
estresse. Esta reação, inclui maior tensão muscular;
aumento dos batimentos cardíacos; maior volume
sanguíneo a ser bombeado; pressão sanguínea elevada;
aumento do estímulo neural; diminuição na produção de
saliva; aumento na retenção de sódio; aumento da
transpiração; mudança na taxa respiratória; aumento da
glicose sérica; maior liberação de ácido hidroclorídico no
estomago; alterações nas ondas cerebrais; e a maior
produção de urina. Esta reação prepara-nos para uma
ação rápida quando a ameaça for concreta e culminar em
ação. Quando acumulamos a química do estresse não
descarregada por meio da ação, esta reação ao estresse
torna-se nociva. (GREENBERG, 1999, p. 8 e 9).
O transtorno mental pode se tornar uma doença mental em fase
avançada, caso o indivíduo não procure se tratar, e por não entender o que
23
esteja acontecendo consigo mesmo. São anormalidades, causadas por
sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica ou mental (WIKIPÉDIA).
Abaixo alguns desencadeamentos psíquicos causados pelo estresse na
atualidade.
2.1. DEPRESSÃO
Observamos que a tecnologia na atualidade, tendo como objetivo tornar
fácil a vida do ser humano, isso faz com que cada vez mais ele fique isolado
de si mesmo. A globalização, apesar de ser coletiva, provoca o isolamento
cada vez maior do indivíduo com relação ao grupo. A verdade virtual faz com
que exista nos dias de hoje um rompimento com a verdadeira visão real. O ser
humano é um ser que convive em grupo, é um ser social e precisa estabelecer
relações sociais para sentir-se aceito, respeitado, querido, compreendido.
Enquanto isso não acontece, a angústia, a dor, os conflitos provocados pela
falta de afeição, surgem em forma de doença.
No isolamento, individualismo, com a competição sem limites, pressões
da vida moderna, os conflitos são evidenciados, transformando-se em uma
força crescente de instabilidade, onde se inicia com a falta de satisfação, o
crescimento da irritabilidade, raiva, culpa, indo para ansiedade, produzindo
fobias, angústia, tristeza, prostração, apatia, levando a depressão, tudo isso
atuando como um conjunto de elementos de defesa, tentando libertar-se
daquela dor.
Essas características emocionais mostram que vários fatores: psíquicos,
físicos e sociais foram provocados por este processo. A intensidade com que
isso ocorre e a continuidade deverá determinar a gravidade da depressão em
suas inúmeras dimensões, dependendo de como seja a ruptura e a maturidade
do indivíduo com sua realidade interna e externa.
Perante a dificuldade em aguentar a pressão, isso vem a comprometer o
rendimento de sua produção e a clareza da percepção. O indivíduo se sente
muito confuso, indeciso, mal-humorado, triste, calado, com instabilidade
emocional, falta de atenção de concentração. O indivíduo estando deprimido,
24
fica mais exposto às enfermidades, e com seu pouco estado de ânimo
diminuído prejudica a sua imunidade. As mudanças químicas no cérebro são
notadas, pois as reações desencadeadas tem grande influência nas emoções
e no humor, e provocam desequilíbrios a nível psíquico, no corpo e nas suas
relações sociais.
A depressão pode ser provocada por conflitos internos influenciados por
fatores circunstanciais como: perda (social, material, afetiva, financeira),
desemprego, aposentadoria, conflitos familiares, estresse, mudanças. A
intensidade dos conflitos internos pode determinar o momento da
manifestação da depressão, fazendo com que uma situação, da mais simples,
possa provocar a enfermidade. Existe uma resistência psíquica e física, no
indivíduo, que o ajuda a suportar as situações difíceis, o qual chamamos de
resiliência. Quando os fatores se intensificam não é possível resistir às
pressões internas, instalando-se assim a doença.
“A descoberta é de um dos maiores e mais importantes
centros de pesquisa do mundo, a Universidade de
Boston, nos Estados Unidos. E confirma de forma cabal o
efeito ansiolítico da ioga. É que as posturas dessa prática,
que une alongamento e meditação, agem diretamente no
sistema nervoso central, trazendo calma e relaxamento.
Por isso, sugere o estudo, merece figurar entre os mais
eficientes métodos alternativos contra a depressão e os
distúrbios de ansiedade.” (MOÇO, 2009).
O homem sempre procurou, através do conhecimento, entender o
sentido da vida, da sua existência, dos seus sentimentos, dos seus
pensamentos, de suas sensações, e de suas emoções.
O ser humano é único, em sua vida interior, exterior, na sua
subjetividade, particularidade, que tem a percepção e a reação ao mundo.
Cada indivíduo desenvolve uma compreensão global com relação a sua
25
realidade existencial. Busca o acesso do conhecimento da natureza humana
na sua qualidade de pessoa íntegra em seus valores, no significado da vida,
nas ansiedades e através das dificuldades.
Vemos que para Jung (1995), existe no homem um aspecto muito mais
profundo sobre a compreensão da natureza e dimensão da mente humana,
que é a psique do inconsciente coletivo, comum a toda humanidade.
Segundo Solomon (2002), “a depressão é um demônio que nos deixa
aterrados. As taxas crescentes de depressão são sem dúvida alguma
consequência da modernidade”. Vemos que os sentimentos e as emoções
fazem parte de nossa existência, e são imprescindíveis para nos fazer sentir
bem com a gente mesmo. A dificuldade de expressar essas emoções ou de
manifestá-los ocasionam os conflitos intrapsíquicos, que na maioria das vezes
são negados ou reprimidos, podendo produzir alterações a química do corpo e
funcionamento dos órgãos, provocando a somatização dessas emoções. A
organização da psique humana parte dos estados da alma e das emoções
mais internas, chegando aos tecidos através de uma série de mensagens na
maior parte das vezes de forma negativa, já que essas sensações não foram
manifestadas.
As expressões observadas no corpo físico através das emoções,
refletem em todos os níveis do organismo humano, atingindo glândulas,
através das vias nervosas autônomas, intervindo na regulação do organismo.
“A depressão é a imperfeição do amor. Para podermos
amar, temos que ser criaturas capazes de se desesperar
ante as perdas, e a depressão é o mecanismo desse
desespero. Quando ela chega, degrada o eu da pessoa e
finalmente eclipsa sua capacidade de dar ou receber
afeição. É a solidão dentro de nós que se torna
manifesta, e destrói não apenas a conexão com outros,
mas também a capacidade de estar apaziguadamente
apenas consigo mesma.” (SOLOMON, 2002, p. 15).
26
No processo da estrutura orgânica da doença, através da visão holística,
existe um conflito com sua própria alma, uma discordância de que pode ter
surgido repentinamente por uma insatisfação, raiva, medo ou qualquer outra
emoção, que o angustia. Este descontentamento ficará em seu psiquismo, na
sua mente, ocorrendo por consequência um distúrbio psíquico emocional, que
irá acionar e movimentar todo o sistema, trazendo uma perturbação na função
do órgão correspondente a emoção apresentada, manifestando sinais e
sintomas, podendo numa continuidade lesar o órgão.
2.2. BAIXA AUTO-ESTIMA
Para Moyses (2007), “o sentimento de valor que acompanha essa
percepção que temos de nós próprios se constitui na nossa auto-estima.” A
baixa auto-estima nos leva a ficarmos presos em torno das nossas limitações,
perguntando indefinidamente sobre as causas das nossas inadequações, falta
de confiança em si mesmo, medos, ligados a valores que trazemos durante o
passar dos anos da vida, fazendo pensar que não existe saída e que tudo
continuará da mesma forma. Esse ritmo de sensações se mantendo uma
constante na vida inevitavelmente nos levará a doenças como: depressão,
síndrome do pânico, fobia social e outras mais.
“Nunca é demais ter em mente que a auto-estima
representa o nível de satisfação que a pessoa sente
quando se confronta com o seu autoconceito. Como esse
é multifacetado, certos ângulos do autoconceito podem
ser muito elevados e a auto-estima pode ser calcada
nele, mais do que nos demais.” (MOYSÉS, 2007, p. 27).
27
Esse complexo de inferioridade está extremamente enraizado dentro de
nós mesmos, presente nos níveis mais profundos do nosso subconsciente e
que muitas vezes o encobrimos através de um posicionamento de uma
suposta superioridade. Deixamos que o medo nos domine e nos convencemos
de que não somos dignos de nada, deixando que a vida nos leve, em vez de
tomarmos as rédeas de nossa própria vida.
2.3. SÍNDROME DO PÂNICO
A Síndrome do Pânico é um dos problemas mais freqüentes na
sociedade nos últimos tempos. Esse processo inicia-se gradativamente sem
que a pessoa perceba a sua intensidade. O interior do ser humano é um
mundo complexo de subjetividades e para o perceber é necessário um olhar
para dentro de si mesmo. Para Rosenberg (1994), a síndrome do pânico
aparece como a fase aguda de uma neurose histérica, cujas origens estão na
infância.
A síndrome acontece na maioria das vezes por motivações externas,
onde o indivíduo com a sobrecarga que lhe é imposta, não consegue
transformar as diversas situações vividas em positividade. O corpo e a mente
interagem promovendo uma dinâmica das emoções, se manifestando de
acordo com o estado de espírito do indivíduo.
Segundo Gentil (1996): “Síndrome é um conjunto de sinais e sintomas
que tendem a coexistir e se comportar de uma maneira coerente em um dado
tempo, independentemente de sua causa”. As síndromes são inumeráveis em
nossa sociedade, e vem aumentando pelas pressões externas e internas
sofridas pelo ser humano. Esta vai se formando e construindo durante a vida,
dando sinais a partir de sintomas como fobias diversas, angústia, etc. Para
esta série de sintomas, a medicação atinge apenas as manifestações mais
evidentes, não conseguindo alcançar as causas.
Caso este sinal de fobia não for tratado em suas origens inconscientes,
e realizando o tratamento apenas através de medicação, tenderá a pessoa a
28
correr o risco de ficar na dependência, e não atingir o nível mais profundo do
inconsciente.
“O transtorno do pânico ou síndrome do pânico é uma
condição mental psiquiátrica que faz com que o indivíduo
tenha ataques de pânico esporádicos, intensos e muitas
vezes recorrentes. Pode ser controlado com medicação e
psicoterapia. É importante ressaltar que um ataque de
pânico pode não constituir doença (se isolado) ou ser
secundário a outro transtorno mental. Este distúrbio é
nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade,
caracterizando-se por crises súbitas, sem fatores
desencadeantes aparentes e, frequentemente,
incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico a
pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados
fobias) destas situações e começar a evitá-las.”
(WIKIPÉDIA).
29
CAPÍTULO III
A YOGA COMO PROCESSO TERAPÊUTICO HOLÍSTICO
As posturas de yoga (ásanas) é o meio pelo qual podemos obter uma
saúde perfeita através da habilidade particular de cada um na realização das
técnicas do trabalho com o corpo em cada postura, e com sua parte
terapêutica, focaliza o ser humano em sua totalidade direcionando-os a saúde
física e mental.
No processo de crescimento humano, herdamos padrões de
estruturação da personalidade, nas diferentes fases da vida, infância,
adolescência, relação conjugal e profissional dentre outros. “Esses padrões
são chamados na teoria junguiana de arquétipos, os quais constituem o
inconsciente coletivo”. (SANTOS, 2002).
A introdução de um trabalho corporal, ou seja, mecanismos de defesa
corporais, mostram-se envolvidos na dinâmica da inibição das emoções,
criando uma proteção muscular, como um revestimento resistente do caráter,
assim por conseguinte a esse trabalho também uma técnica para relaxamento,
onde poderá nesse momento liberar as emoções reprimidas.
“Afetando energicamente o sistema nervoso e o sistema
endócrino, vitalizando as vísceras e estimulando os
tecidos, a Hatha Yoga é um método de medicina natural,
de rejuvenescimento e de repouso. Proporcionando
saúde e resistência ao corpo, transforma-o em
instrumento adequado à sintonia com os planos mais
sutis do universo, permitindo assim ao homem uma
crescente libertação, a superação de suas debilidades
físicas e mentais, portanto um meio eficaz de volta.”
(HERMÓGENES, 2004, p. 25).
30
O terapeuta holístico possui uma visão integral do ser humano, onde
busca desenvolver uma abordagem que observe o homem como um todo,
vendo que as possibilidades de melhora em geral, se mostram possíveis e não
somente ficam no campo das idéias e suposições. Devemos esclarecer que o
terapeuta tem diferentes técnicas para promover ao indivíduo o seu auto-
equilíbrio, através de sua abordagem holística. Este profissional não substitui
de maneira alguma o profissional da psicologia, visto que ambos caminhando
lado a lado, podem promover a otimização na qualidade de vida do indivíduo.
Segundo o Manual do Terapeuta Holístico (2004):
“A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura
quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá
possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico, com
um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico,
justamente graças à utilização do número de CRT em
seus cartões e anúncios.” (FILHO, 2004, p.5).
É possível elevar a auto-estima, apesar de toda limitação do ser humano
e com sua própria motivação, aprender a ter a capacidade de se amar e
aceitar, reconhecendo as inúmeras possibilidades de ganho.
A yogaterapia possui uma das mais criativas abordagens existentes,
pois oferece um alicerce que vem a possibilitar uma compreensão mais ampla
da pessoa e de suas capacidades.
“A Medicina que trata com exclusividade de um
determinado órgão ou função afetado vem sofrendo
críticas pelos adeptos de um tratamento integral do todo
orgânico. É a Medicina psicossomática que cuida do
homem como uma unidade psicofísica. A yogaterapia vê
31
o homem em níveis ainda mais sutis do que o do seu
psiquismo, portanto vai mais além.” (HERMÓGENES,
2004, p.235).
A terapia holística como a yoga, observa o ser humano como um todo,
integrado de corpo, mente e espírito. É uma prática terapêutica com efeitos
rápidos e transformadores, que visa amenizar questões de ordem afetiva,
emocional, e social que acontecem negativamente na vida das pessoas com
grande impacto, transferindo para as novas gerações, tornando-se um ciclo
vicioso. Esta prática se destaca e atrai a atenção pelo profundo poder curativo
tanto de ordem física como psíquica, tendo como transversalidade a família e a
herança emocional que vem por trás, a qual proporciona ou é a causadora
tanto de bênçãos como de inúmeros conflitos e doenças.
Numa visão sucinta, pode-se afirmar que a yogaterapia é um método
preventivo e até curativo de ajustes e reajustes no corpo, e pode inverter o
efeito e a causa que afetam o funcionamento do corpo.
Como vantagem sobre os métodos tradicionais de tratamento, ele
enfatiza a poderosa ação sobre todos os membros e glândulas, na
musculatura e nas articulações. Essa técnica se destaca como das mais
promissoras na contemporaneidade com relação à saúde. Tem eficiência
comprovada nos mais diversos níveis físicos e psíquicos do ser humano.
Em todo nosso corpo ficam registradas as impressões e informações em
relação ao nosso lado psicológico, também armazenado na mente o que vem a
influenciar nossa existência. Por estarmos distraídos não damos a atenção
devida às informações que nos atinge, causando a somatização dos
problemas.
Um processo terapêutico pode, dessa forma, atuar no sentido de
descobrir e desconstruir as crenças e valores mais inconscientes que possam
estar impedindo uma pessoa de alcançar seus sonhos ou de perceber que
seus sonhos talvez estejam equivocados.
32
Percebemos a ampliação do autodesenvolvimento. Em nossa psique
temos muitas zonas escuras, e por isso temos dificuldades de conhecer quem
somos nós. Em geral precisamos de um apoio do outro para conseguir
perceber o próprio funcionamento. Essa relação terapêutica trás um ganho
muito grande, porque o terapeuta não desenvolve o outro, mas ele por si
mesmo se desenvolve através da prática, e com a ajuda mútua, caminham
lado a lado, e esse é um ganho importante para a pessoa que faz a terapia, ela
começa a se perceber melhor. Outro aspecto importante é a aceitação mais
madura dos limites até onde posso ir. O ponto de partida para qualquer
mudança é conseguir aceitar a nossa imagem atual. Um ganho importante
também é a nossa liberdade de abolir algumas regras rígidas. Nós algumas
vezes nos portamos de forma rígida, então começamos a quebrar algumas
regras e isso nos trás mais flexibilidade. Outro aspecto importante é o
relacional onde a nossa relação com os outros ganha em qualidade.
A prática de yoga nos auxilia nas transformações que buscamos por
meio da introspecção que ela sugere. A aplicação apropriada de suas
ferramentas, contribuirá para germinar o campo fértil da imparcialidade e da
tranqüilidade, fortalecendo os alicerces sobre os quais pode se agir no mundo,
desenvolvendo mais objetivamente para aquilo que desejamos em nossas
vidas. Com o equilíbrio da mente, adquirimos conhecimentos das situações em
nosso dia a dia, aprendendo a nos desvencilhar das amarras dos
condicionantes subjetivos tão fortemente introjetados em nossa vida.
A forma de ver um fato ou acontecimento passa a ser realizado com
uma certa distância, a partir do momento em que passamos a enxergar o
mundo mais conscientes. Desta forma diminui a força em que as
eventualidades externas poderiam nos atingir, minorizando desta forma os
choques dos conflitos internos. Esta prática nos permite compreender melhor
nossos questionamentos, nos permitindo aumentar o nosso nível de percepção
com relação a uma certa situação ou emoção, percebendo melhor a natureza
humana.
Na medida em que ocorrem as práticas terapêuticas o indivíduo vai
aprendendo mais sobre os seus sintomas, suas emoções, acerca de si
33
mesmo, e, acima de tudo, aprende a agir de acordo com essas descobertas ou
novas percepções. Por conseguinte, ao habituar-se com sua capacidade de
realização o indivíduo se tornará o próprio agente da mudança de seu estado
emocional.
A prática de yoga abranda muitos dos males que temos, mas isso não
significa que será a forma mágica para se resolver todos os tipos de
problemas. Com certeza nos fará sentir mais fortes, lúcidos e despertos, nos
fazendo ver as situações da forma que elas se apresentam. É a partir desse
instante que poderemos tomar uma atitude com uma maior lucidez para o
momento presente.
3.1. AS TERAPIAS E A RESILIÊNCIA
Vivemos na atualidade dias turbulentos, as pessoas se esforçam para
superar as dificuldades e situações traumáticas que permeiam a vida do ser
humano. A vulnerabilidade do homem em momentos de circunstâncias
pessoais e sociais de sofrimento moral, causam conseqüências negativas na
pessoa ou no grupo.
As famílias estão cada vez mais vulneráveis aos indicadores de estresse
no dia a dia, como: situação econômica instável, violência em casa, na rua,
transtorno mental em evidência, conflitos entre pais e filhos, dentre diversas
outras circunstâncias. A família apresenta-se frágil as diversas condições
apresentadas no seio familiar entre os membros da família e o estresse
emocional é o principal desencadeador de todas as origens dos transtornos
mentais. A família possui uma dinâmica de papéis em seus relacionamentos
intrafamiliares, apresentando-se sempre ligados de uma forma ou outra nos
comportamentos e nas novas expectativas da sociedade.
O processo de relação intrafamiliar sempre está colocada em risco, visto
que as conseqüências da convivência afetiva pode acarretar um resultado
contrário ou indesejado, haja vista que essas relações tem implicações em
fatores de risco a nível da saúde mental.
34
Um dos fatores de proteção da família é o diálogo. Através deste
princípio da comunicação os seus membros se sentirão fortalecidos em suas
afetividades.
É necessário o fortalecimento da resiliência familiar para que haja uma
estabilidade e fortalecimento da família em suas inter-relações, ainda mais no
mundo em que vivemos com seus diversos desafios tais como: lidar com a
ruptura de um casamento, divórcio, violência de toda ordem, podendo a
pessoa ficar em um estado de vulnerabilidade, tendo a capacidade
regenerativa das diversas situações vividas.
“Resiliência pode ser definida como a capacidade de se
renascer da adversidade fortalecido e com mais recursos.
É um processo ativo de resistência, reestruturação e
crescimento em resposta à crise e ao desafio. A
capacidade de superar os golpes do destino ultrajante
desafia a sabedoria convencional da nossa cultura: de
que o trauma precoce ou grave não pode ser desfeito; de
que a adversidade sempre prejudica as pessoas, mais
cedo ou mais tarde e de que os filhos de família
perturbadas ou “destruídas estão condenados.” (WALSH,
2005, p.4).
A presença da família é importante tanto para a estruturação da
resiliência individual, como também para todos os membros do grupo familiar,
sendo mediado através do apoio, sempre na busca de padrões de vida
saudável.
A resiliência é adquirida ao longo do tempo na dinâmica da vida nos
seus autos e baixos. A maioria das pessoas necessitam de um suporte para
que possam se sentir mais fortes, e ter condições tanto físicas como
psicológicas para enfrentá-las. Apesar prática da yogaterapia ter sua maior
força na prevenção de doenças, auxiliando no tratamento de doenças
psicossomáticas, age também como um alicerce nas relações de foro íntimo,
35
promovendo uma maior força interior estabelecendo e mantendo a sua eficácia
aos momentos vividos de perdas, casamentos desfeitos, relacionamentos
acabados, dores tanto de ordem física quanto psíquica manifestadas no
indivíduo.
A yogaterapia vem sendo apontada como a atividade ideal para
complementar as necessidades de vida do homem nas sociedades modernas,
melhorando sua qualidade de vida de maneira saudável e equilibrada,
liberando tensões físicas, emocionais, mentais e a energia interior, tendo um
efeito restaurador e calmante, promovendo a resiliência do indivíduo com
reflexos positivos na resiliência familiar. Trata-se de uma necessidade nos dias
de hoje, criar mecanismos de defesa para suportar a pressão das
responsabilidades diárias.
Assim como a yogaterapia apresenta um mecanismo importante para as
pessoas fortalecerem em seu lado emocional, a visão da terapia de família na
prática também apresenta grande relevância para a resiliência tanto individual
como familiar.
“A terapia familiar visa o desenvolvimento psíquico, o que,
no caso da família, significa a descristalização de seus
arranjos defensivos, gerando a possibilidade de uma
circulação de diferentes experiências emocionais entre os
membros, a diminuição da estereotipia e a abertura para
um processo de reflexão sobre o próprio modo de ser e
funcionar familiar.” (MEYER, 2002, p.21).
O terapeuta se preocupa em motivar a capacidade de superação de
suas dificuldades, já que a resiliência é dinâmica dentro das relações sociais, e
não é alcançada para sempre. Nos dias de hoje a resiliência tornou-se uma
necessidade pelas dificuldades surgidas no decorrer da existência humana.
36
“A terapia familiar surgiu nos Estados Unidos após a
Segunda Guerra, e hoje se destaca em todo o mundo
como uma das práticas terapêuticas mais eficazes. Suas
correntes são tão numerosas e diversificadas quanto as
abordagens individuais. Quase todas as escolas de
terapia individual deram a sua contribuição, além das que
surgiram dirigidas especificamente para o trabalho com
famílias e casais.” (ELKAIM, 1998, p.19).
37
CAPÍTULO IV
A FAMÍLIA NO SÉCULO XXI
Sabemos que o antigo modelo de família nuclear composta de pai, mãe
e filhos, não se apresenta com a mesma formação nos tempos atuais. Hoje
convivemos com as rupturas de uma vida conjugal, onde pais se separam, e os
filhos recomeçam uma nova estrutura familiar com seus padrastos, madrastas,
pais que optam por um relacionamento homoafetivo, filhos que vivem somente
com o pai ou somente com a mãe. Esses novos arranjos familiares crescem a
cada dia, e essa nova situação de vida é uma característica dos novos tempos
influenciando para a mudança de papéis representados dentro dela. Nota-se
que em sua maioria o que prevalece é o desejo de cada um. Segundo
PEREIRA, (2003), “Mais do que pelos laços de sangue ou pela obrigação, as
uniões agora são definidas pelo afeto.”
Antes a família era indissolúvel, prevalecendo a união de uma família
estável. Os sentimentos e desejos dos indivíduos hoje em dia, promove essa
ruptura de união estável, levando cada indivíduo a caminhos diferentes, pois
as pessoas somente convivem com quem querem. A lei do divórcio promoveu
esta independência ao indivíduo, visto que cada um pode casar e descasar
quantas vezes quiser, pois o importante é encontrar a felicidade.
“As tarefas há muito deixaram de ser exclusivas de um ou
do outro sexo, principalmente depois que se tornou mais
comum a guarda compartilhada dos filhos após o divórcio.
Hoje, homens vão à reunião de mães na escola e dão os
primeiros esclarecimentos sobre sexo às filhas, por
exemplo.” (PEREIRA, 2003, p.86).
As mais remotas civilizações com o passar dos anos teve grande
influência na nova estruturação da família de agora. A família tem uma
38
dinâmica de vida própria, sempre sendo influenciada pelos diversos aspectos,
econômicos, tecnológicos, culturais e sociais. A família é considerada como o
alicerce para construção e desenvolvimento do ser humano.
Contudo, percebemos que a instituição família em seus costumes e na
estruturação social, sofreu uma grande carga de fragmentação, por causa de
uma série de dificuldades geralmente relacionada ao campo material ou
afetivo. A família já atualmente não é o exemplo de estabilidade de convivência
mútua entre as pessoas.
Existe uma construção social na idéia de família. A humanidade vem
sendo afetada pelas mudanças a medida em que a sociedade vai se
desenvolvendo. Observamos que as mudanças progressivas na economia, na
cultura, que provocam com o passar dos tempos grandes alterações na
estrutura familiar.
Não se conhecia a família como concebemos hoje. A infância
antigamente era tratada diferente com relação aos dias de hoje. Vemos que a
família é uma construção social. A mulher não tinha liberdade de ir e vir, a
sociedade ditava as regras. Uma mulher que vivia somente para a família, e
toda a responsabilidade da casa era dela.
“A família está em constante interação, adaptando-se às
diferentes exigências dos ciclos evolutivos que percorre.
Necessita adaptar-se também às exigências do contexto
onde está inserida. Dessa maneira, pode assegurar sua
continuidade e o desenvolvimento de seus membros.”
(ANDOLFI,1984, p.73).
Ainda hoje temos resquícios da família tradicional, apesar de tantas
mudanças em nossa sociedade. Nesta época a violência intrafamiliar era
velada, silenciosa, já que as mulheres eram completamente dependentes de
seus maridos. Hoje a violência se tornou fato cotidiano, externalizada por seus
39
companheiros, maridos de longa convivência através de torturas tanto físicas
como psicológicas.
As famílias pós-modernas estão com dificuldades de saber qual é a sua
própria identidade. As possibilidades são infinitas para a família moderna. A
família tradicional tinha papel definido, sem ter dúvidas de quem é quem. Hoje
já não temos um perfil definido nem características definidas, como saber a
sua função e seu papel.
A família está em constante transformação nesse imaginário coletivo,
pois os tempos mudaram. Além disso tudo, temos o avanço tecnológico
presente influenciando a vida das pessoas, lidando com os desejos e valores
da criança. Sonia (2007) relata que: “a partir da própria história familiar
internalizada em seu quadro de referências, o homem escolhe o par que se
encaixa às suas expectativas de acasalamento e projeto de vida.”
“A família é uma instituição social que se altera de acordo
com as transformações históricas de cada sociedade,
estando atravessada por relações de poder e dominação,
tais como as demais instituições sociais.” (CADERNO DE
ASSISTÊNCIA, p. 6).
As pessoas em suas diferentes maneiras de ser e com seus desejos,
construíam suas histórias. Hoje não temos definidos os padrões de
comportamento, antes sabíamos qual era a função dos pais. Os valores são
construídos no dia a dia com a família apesar de causar muitos conflitos.
Existe uma desconstrução constante da família. A visão de mundo se
torna cada vez mais dialética, complexa pela diversidade de acontecimentos e
influências externas. A família tradicional não mantinha diálogo no seu
cotidiano, diferente da moderna que está sempre aberta ao diálogo.
Neste momento as pessoas estão voltadas para o individualismo. Essa
é a nova cultura onde novos padrões de sociabilidade vem se configurando,
40
fragmentando tudo: as pessoas não se tocam, não se falam, não se olham.
Hoje as pessoas têm medo da violência e acabam se isolando, isso também
inclui em parte a participação da tecnologia, da cibernética, orkut, namoro
virtual, sexo pela internet. A pós-modernidade leva ao isolamento do ser
humano, onde há o reducionismo, a imediaticidade. O conceito de família
muda consideravelmente, os laços familiares consangüíneos não se
apresentam tão importantes para uma convivência social. Afinal a família hoje
é com quem a gente conta.
É o hoje o aqui e o agora, o fragmento, o imediato, o presente, o
cotidiano, tudo é atemporal, efêmero e intempestivo. Tem o foco para dentro,
não tem a valorização do todo. Não se vai preocupar mais a mediação dos
conflitos em família, para se compreender uma totalidade.
Hoje as pessoas se voltam para seus próprios interesses, seus próprios
mundos. O bem estar de seus entes queridos torna-se mais importante. A
família seja ela consangüínea ou não, fecha-se em sua redoma.
Podemos dizer que as famílias na pós-modernidade possui a negação
de tudo que foi defendido antigamente, cultuando a fragmentação, o divórcio,
as relações esporádicas. As novas constituições de famílias: homossexuais,
traz uma nova roupagem para essa visão da família. O desenvolvimento
econômico e social cresce, e assim influenciam diretamente no modo de viver
das pessoas na sociedade.
Da Idade Moderna a Contemporânea, podemos observar que a família
mudou, passou e continua passando por suas transformações históricas e
culturais. Vemos que hoje se apresentam novos arranjos familiares na
sociedade.
4.1. INTERCÂMBIO ENTRE YOGATERAPIA E TERAPIA DE
FAMÍLIA
Na atualidade podemos observar que esta antiga prática milenar da
Yoga, vem trazer aquilo que todos desejam que é a paz interior. Acreditamos
que os problemas e sofrimentos, quando tratados como oportunidade de
41
reflexão e transformação, se tornam elementos de resgate de nosso equilíbrio
interior, permitindo uma mútua aproximação, pois nossas ações, sentimentos e
pensamentos são movimentos solitários e que têm uma repercussão sobre os
demais.
O ser humano dotado de consciência diferenciada dos demais animais,
e mostrando-se mais evoluído, possui como nenhum outro ser uma reflexão
clara entre o bem e o mal. Ninguém necessita viver na miséria e sofrimento,
especialmente o homem, pois a consciência pode ajudá-lo a descobrir um
remédio. A vida sem tristeza e sofrimento é uma vida de felicidade, é isso o
que deseja o homem. Todos procuram a felicidade. É a natureza do homem ir
ao encontro da felicidade. Para proporcionar esta felicidade infinita dá-se o
nome de yoga.
Neste trabalho, o yogaterapeuta com a visão da terapia de família e
através de um contato direto com o aluno, proporcionará uma oportunidade de
reflexão sobre si mesmo, minimizando os conflitos internos e externos,
mostrando a importância das relações que influem na construção da vida
emocional e social do indivíduo e através desta convivência o terapeuta irá
implementando ações que venham trazer uma estabilidade emocional ao
indivíduo.
“Sabe-se hoje que a maior parte das doenças é
influenciada por uma combinação de fatores biológicos,
psicológicos e sociais. Os transtornos mentais afetam
pessoas de todas as idades, em todos os países e
causam sofrimento às famílias e comunidades, bem como
os indivíduos. Na maior parte dos casos os transtornos
mentais e do comportamento podem ser tratados,
possibilitando as pessoas uma vida plena e produtiva em
suas respectivas comunidades.” (GUIMARÃES, 2004,
p.25).
42
É importante ressaltar que o momento de interação do terapeuta com o
aluno, ouvinte de suas dúvidas e indagações, devem ser colocadas a luz desta
intervenção, já que o interventor poderá agir orientando de maneira mais
adequada ao quadro emocional apresentado. É importante apostar no aluno
como sujeito determinante do projeto terapêutico e esta interação se mostra
imprescindível para a realização de um bom resultado perante as expectativas
do mesmo.
Como a Terapia de Família tem como objetivo principal o tratamento das
relações familiares, ao focar um sujeito somente poderemos atingir também de
forma global a família, já que todos estão interconectados sentimentalmente.
“O mundo interno é formado pelas sucessivas introjeções
e projeções dos outros reais e das experiências
vivenciadas pelo sujeito. O mundo interno constitui-se,
desse modo, em uma coletividade de objetos derivados
da multiplicidade oferecida pela realidade externa e pela
intersubjetividade.” (CARNEIRO, 2005, p.27).
As possibilidades terapêuticas, voltadas para o crescimento, têm uma
explicação profunda do corpo e da psique humana. A yogaterapia aliada aos
processos da visão da terapia de família, atende a pessoa integralmente
através de uma abordagem holística e científica, tornando-se uma chave para
o processo de crescimento. Para que isto ocorra é necessário que exista um
estado de percepção de si mesmo e da consciência de seu corpo e mente.
Atualmente médicos e psicólogos, direcionam os seus pacientes para a
yogaterapia, por observarem que esta prática pode proporcionar grandes
benefícios como complemento ao tratamento do indivíduo, superando o
paradigma biomédico que está centrado mais na técnica medicamentosa.
Quadros de depressão, solidão, ansiedade, baixa auto-estima, medos, timidez,
43
pânico, stress, agressividade são problemas que convivemos diariamente com
todos, e em seus diversos níveis avançam em nossa sociedade, atingindo não
somente uma pessoa em sua particularidade, mas principalmente a família. É
importante ressaltar que na terapia propriamente dita, teremos como foco
principal o bem estar global não somente do indivíduo mas o bem estar
extensivo a família. Em algum casos, o auxílio de um psicólogo é fundamental,
pois sabe-se que o tratamento pode mudar as respostas dos pensamentos e
sentimentos, bem como dos padrões de comportamentos, e por sua vez, essas
alterações elevam a imagem interior.
“O estado fisiológico encontrado, resultante da prática
meditativa, caracterizou-se por diminuição da freqüência
cardíaca (batimentos cardíacos mais lentos), redução da
freqüência respiratória (respiração mais lenta), menor
consumo de oxigênio (menor gasto de oxigênio pelas
células), menor eliminação de dióxido de carbono
(conseqüência do menor gasto de oxigênio), diminuição
da condutância elétrica da pele (indicando estado de
relaxamento) e ampliação da necessidade de ondas alfa
(ampliação das ondas relacionadas com o relaxamento).”
(CARDOSO, 2005, p.110).
Como sabemos, a definição de família na atualidade é muito complexa.
Os laços consangüíneos, mostram-se irrelevantes para esse contato mais
íntimo entre as pessoas. Agora a família em um modo amplo de se ver, são
todos aqueles com quem podemos contar; são os que nos entendem e
demonstram afeição e uma maior aproximação.
Vemos que a prática da yogaterapia aliada a terapia de família
desvenda e ameniza diversos problemas no indivíduo, tanto de ordem física
como psíquica. A prática é um sistema completo, que além dos excelentes
44
resultados para o corpo, os maiores efeitos se dão na mente, na alma e na
personalidade.
Com a visão da terapia de família e através deste tratamento
terapêutico, podemos promover uma mudança às respostas dos pensamentos
e sentimentos mais internos, assim como aos padrões de comportamento,
levando e promovendo ao sujeito um autodescobrimento, fortalecendo a sua
autoconfiança e permitindo uma reflexão para um maior equilíbrio em sua vida
familiar.
“O conflito familiar não eclode de uma hora para outra;
ele é também uma construção ao longo do tempo e das
experiências relacionais. Na maioria das vezes, ele é a
somatória de insatisfações pessoais, de coisas não ditas,
de emoções reprimidas, de desinteresses, desatenções
constantes, traições ou sabotagem ao projeto de vida
estabelecido. E em geral, conseqüência do diálogo
rompido ou interpretado incorretamente; do silêncio
punitivo. Enfim, ocorre pela constatação de que o modelo
imaginado e vivido foi incapaz de garantir a realização
pessoal magicamente esperada.” (PINTO, 2001, p. 65).
A yogaterapia e a terapia de família vêm sobremaneira auxiliar a uma
orientação ao aluno de forma científica e holística. É muito interessante para o
yogaterapeuta ter um embasamento em terapia de família, pois a prática
terapêutica com seus efeitos rápidos e transformadores amenizará questões
de ordem afetiva, emocional, e social que acontecem negativamente na vida
das pessoas com grande impacto.
“TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo
e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma
holístico, cuja abordagem leva em consideração os
45
aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória
das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado
único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para
possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente
tenha maior afinidade: promove a otimização da
qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo
com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a
mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:
comportamento, elaboração da realidade e/ou
preocupações com a mesma, incremento na capacidade
de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento
máximo das oportunidades e minimização das condições
adversas), além de conhecimento e habilidade para
tomada de decisão.” (FILHO, 2004, p.4).
Tanto a yoga como a terapia de família são de extremo auxílio ao
indivíduo, porque ambos trazem o resgate de si, levando-o a adquirir cada vez
mais equilíbrio e paz de espírito. Começa a encarar a vida com mais
maturidade e não como um mundo de problemas e aborrecimentos.
46
CONCLUSÃO
Estamos atravessando um momento crucial e aflitivo da vida material
em nossa sociedade. E nós seres humanos, também nos ressentimos sobre
essas modificações, demonstrando através da necessidade de aliviar as
dificuldades da vida.
O estresse tem se apresentado como um sintoma constante entre as
pessoas, além dos diversos outros transtornos desencadeados por este
sintoma. Através da conhecida prática milenar da Yoga, observamos que esta
atividade para o ser humano traz incontáveis benefícios, tanto do ponto de
vista físico como do ponto de vista psicológico. Sua prática proporciona ao
indivíduo a serenidade interior, um maior ganho na energia física, fazendo com
que o corpo se preserve jovem e a mente equilibrada.
A mente tem um grande potencial de transformação, e em alguns
momentos necessita de auxílio para aliviar os seus conflitos. O ser humano
vive entre duas pressões: a primeira do ambiente social e a segunda de seu
interior psicológico. O resultado deste verdadeiro campo de luta são as
doenças físicas e psíquicas, as desavenças sociais, os crimes, roubos e delitos
em geral.
Hoje observamos que as pessoas precisam ser ouvidas em suas
inquietações, e uma das alternativas é a prática da Yogaterapia com a Terapia
de Família. Como uma prevenção de saúde mental, esse acolhimento se torna
imprescindível para manter um equilíbrio na vida tanto profissional como
pessoal.
O assunto é pertinente nos dias atuais, pois a partir da procura por
maiores esclarecimentos a respeito das mais diversas manifestações
emocionais do indivíduo, houve a necessidade de se intervir com
embasamento científico em relação a família, já que o aluno e as pessoas em
geral possuem marcas profundas em suas personalidades.
A instituição família sofreu uma violenta carga de desintegração na
sociedade, em virtude de uma série de dificuldades normalmente de ordem
47
material ou afetiva. A família não se apresenta mais como um modelo de
estabilidade e segurança, tanto para o casal como para qualquer pessoa.
Compreender a importância de trabalhar a auto-estima das pessoas,
antes que surgisse as mais diversas reações químicas em seu corpo e mente,
chegando a tempo para auxiliá-lo a sentir-se mais seguro e menos frágil frente
aos embates da vida, é uma das metas principais das práticas de yoga com o
suporte e visão da terapia de família. Sabemos que o transtorno mental está
presente no dia a dia das pessoas e que qualquer um pode desencadear este
desequilíbrio, visto que problemas psíquicos provocados pelo estresse, podem
conflitar a mente.
A proposta primordial se concentra em uma interatividade maior entre
aluno e professor, para que através de sua competência profissional como
yogaterapeuta e com a terapia de família, possa através deste intercâmbio
auxiliar nas intervenções quando essas se mostrarem necessárias.
A quebra de papéis tão evidentes na atualidade, propicia uma maior
demanda para as terapias alternativas na sociedade. Os terapeutas são
conhecedores de técnicas interventivas, tendo como foco o individuo olhar
para dentro de si mesmo. O grau de seriedade dos terapeutas na profundidade
de suas intervenções é vista com bons olhos, já que não requer nenhum
tratamento medicamentoso, e este promove o suporte necessário ao indivíduo
para lidar com o seu próprio processo de crescimento. Essa horizontalidade
nas relações terapeuta e indivíduo, esse compartilhamento e troca é um
exercício fundamental neste processo terapêutico. Através desta intervenção o
indivíduo sentirá que a vida pode ser vivida com mais simplicidade,
restabelecendo por assim dizer o equilíbrio familiar.
Em suma, a Yogaterapia e a Terapia de Família podem ser empregadas
como um canal através do qual possibilita serem realizados vários níveis de
cura terapêutica. Quando aplicada, aumentando o grau de sua consciência, o
indivíduo pode ir além da dissolução dos sintomas que surgiram em seu corpo
que causaram sofrimento, e assim atingir uma transformação profunda dos
motivos que a originaram.
48
Os profissionais que lidam com os indivíduos em particular, lidam
também por tabela com suas respectivas famílias, fortalecendo a confiança e
fortalecendo os vínculos afetivos da rede pessoal do indivíduo. Somos uma
teia inseparável de relações e o vínculo família é o que mais afeta diretamente
o mundo subjetivo dos indivíduos em suas relações.
O terapeuta constrói junto saudavelmente a vida da pessoa, intervindo
para que não haja destruição familiar ou maiores conflitos internos consigo
mesmo. Uma compreensão da família favorece para uma intervenção em
situações de sofrimento psíquico, mas também oferece uma contribuição
relevante para o diálogo intrafamiliar. Sabemos que o ser humano não é um
ser construído e sim um ser que está em constante construção.
49
ANEXO
Posturas de Yoga Figuras Ilustrativas
a) b)
c) d)
e) f)
50
g) h)
i) j)
51
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Marga Yoga e Meditação, 2007. P. 39.
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FERNANDES, Nilda. Yoga Terapia: o caminho da saúde física e mental. 2 ed.
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GREENBERG, Jerrold S. Administração do Estresse. 6 ed. São Paulo: Manole.
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São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002, p. 21.
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PINTO, Ana Célia R. G. O conflito familiar na Justiça: Mediação e o exercício
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<http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil> Acesso em: 18/06/10.
ZALCBERG, Malvine. A família no século XXI. Disponível em: <
http://www.bolsademulher.com/especiais/A_familia_no_seculo_xxi-67867-
1.html> Acesso em: 25/05/10.
56
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
1.1. O que é yogaterapia 10
1.2. Ásanas – Posturas Psicofísicas 14
1.3. Os efeitos da meditação 18
CAPÍTULO II
Reflexos psíquicos adquiridos pelo estresse 22
2.1. Depressão 23
2.2. Baixa auto-estima 26
2.3. Síndrome do Pânico 27
CAPÍTULO III
A yoga como processo terapêutico holístico 29
3.1. As terapias e a resiliência 33
CAPÍTULO IV
A família no século XXI 37
4.1. Intercâmbio entre Yogaterapia e Terapia de Família 41
CONCLUSÃO 46
ANEXO 49
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 51
WEBGRAFIA 54
ÍNDICE 56
57
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Título da Monografia: YOGATERAPIA E TERAPIA DE FAMÍLIA: UMA
ABORDAGEM TERAPÊUTICA HOLÍSTICA
Autor: MARISTELA FERREIRA SANTAPAZ
Data da entrega: 18/07/2010
Avaliado por: Conceito:
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