UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA EM DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E
INOVAÇÃO – PIBITI/CNPq/USP
RELATÓRIO PARCIAL DO PROJETO DE INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA PARA O GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES
PRODUZIDAS A PARTIR DO NÚCLEO DE PESQUISA EM
COMUNICAÇÃO E CENSURA DA ECA/USP.
PROCESSO Nº 110253/2012-4
VIGÊNCIA 2011/2012
Bolsista: Marcelo Rezende Ricci
Orientadora: Profª. Dra. Maria Cristina Castilho Costa
Julho de 2012
1
Índice
1. Resumo....................................................................................................................... 2
2. Apresentação...............................................................................................................3
3. Introdução: O arquivo Miroel Silveira e o NPCC.......................................................5
4. Plano Geral de Trabalho..............................................................................................9
4.1. Objetivos..............................................................................................................9
4.2. Atividades previstas...........................................................................................10
5. Atividades realizadas.................................................................................................13
5.1. Biografias teatrais...............................................................................................13
5.2. Hemeroteca Digital.............................................................................................22
5.3. Enquetes.............................................................................................................26
6. Resultados parciais....................................................................................................30
7. Bibliografia................................................................................................................32
2
1 - Resumo
Este relatório parcial apresenta as atividades desenvolvidas ao longo de três
meses pelo Projeto de Inovação Tecnológica para o Gerenciamento de Informações
produzidas a partir do Arquivo Miroel Silveira e do Núcleo de Pesquisa em
Comunicação em Censura (NPCC) da ECA-USP, realizado pelo bolsista Marcelo
Rezende Ricci do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento
Tecnológico e Inovação (PIBITI) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
Tecnológico. As atividades que serão apresentadas nesse relatório têm uma intrínseca
relação com o portal eletrônico do Núcleo, que serve como plataforma de divulgação da
produção do Núcleo ao público interessado, seja ele acadêmico ou não.
Palavras-chave:
Censura; tecnologia; interatividade; opinião pública.
3
2 – Apresentação
O presente relatório aborda sobre o gerenciamento de informações produzidas pelo
Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Censura (NPCC), sediado na Escola de
Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo vinculado a pró-reitoria de pesquisa
da USP. O Núcleo conta com um arquivo que contém variados processos de censura ao
teatro, nomeado Arquivo Miroel Silveira.
O Arquivo Miroel Silveira é composto por seis mil duzentos e cinco processos,
armazenados em uma sala apropriada com temperatura controlada para manter a
integridade do material. Cada um desses processos é composto de: uma peça de teatro;
uma autorização da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais ou órgão similar; um
certificado de censura e um requerimento de censura.
Ao longo de sua vida, Miroel Silveira exerceu inúmeras profissões, todas elas
voltadas ao estudo das letras. Foi um homem extremamente dedicado ao teatro e trazia a
paixão pela intelectualidade e pelos estudos de suas raízes familiares. Miroel foi
professor da ECA-USP, e foi nesse período de sua vida que ele começou o trabalho com
as peças que hoje compõem o acervo que leva seu nome, como forma de homenagem.
Em 1988 foi promulgada a Nova Lei de Imprensa, que acabou com a censura prévia
às peças teatrais. Foi também nessa época que o professor Miroel conseguiu resgatar os
processos, que hoje estão sob a guarda da Biblioteca da ECA-USP, junto ao Serviço de
Censura da Divisão de Diversões Públicas (DDP) da Secretaria de Segurança Pública do
Estado de São Paulo. Miroel guardou em sua própria sala o material até seu falecimento,
momento em que o acervo tornou-se responsabilidade da Biblioteca.
A principal finalidade do Núcleo é estudar e analisar documentos relativos à censura
sofrida por peças teatrais, em um período que abrange desde a década de 20, até a
década de 70. Mais especificamente, faz parte do foco da pesquisa a censura
estabelecida durante a Era Vargas e o início da ditadura militar brasileira. Contudo,
novos planos de pesquisa também estudam a censura além desse período, abordando o
tema fora de um contexto ditatorial e apresentando a censura num período político-
democrático.
O Núcleo surgiu, no final do ano de 2009, a partir de Projetos Temáticos que
direcionavam seus estudos aos processos que compõem o Arquivo Miroel Silveira.
4
Contudo, os trabalhos relacionados ao tema são muito mais antigos. No ano de 2000,
surgiram três Projetos Temáticos, com financiamento da FAPESP, voltados ao estudo
dos documentos presentes no Arquivo. Esses Projetos podem se entendidos como a raiz
do que hoje é o NPCC. Atualmente, a equipe integrante do Núcleo é composta por três
pesquisadores e vinte e três bolsistas.
O objetivo central do projeto é estudar a censura estabelecida no período já citado e
seus reflexos nos dias atuais, além de promover discussões e estudos sobre o que pode
ser interpretado como censura, não apenas em períodos de governos opressores, mas
também no presente.
5
3 – Introdução
O Arquivo Miroel Silveira e o NPCC
Miroel Silveira, nascido em 1914, em Santos, litoral Paulista, teve inúmeras
atividades profissionais: jornalista, escritor, tradutor, dramaturgo, ator, diretor,
professor, crítico teatral. A maioria delas focada no âmbito teatral, sendo conhecido
como um “homem de teatro”. Manifestou vocação teatral ainda jovem e buscava uma
nova vanguarda que superasse as limitações do Modernismo vigente.
Embora sua vida seja cercada por teatro, se formou em Direito pela Faculdade
de Direito do Largo São Francisco da Universidade de São Paulo em 1936. Seu pai,
Valdomiro Silveira, era escritor e criou a chamada literatura regionalista e sua mãe,
Maria Isabel, também escritora. Seu ciclo familiar e de amizade era repleto de cultura e
artes. Não à toa, abandonou a profissão do direito quatro anos após se formar e foi se
dedicar exclusivamente ao teatro.
Em 1968, auge da ditadura militar no Brasil, Miroel Silveira começa a atuar na
ECA-USP, dirigindo o Departamento de Teatro, Rádio e Televisão (CTR). Durante
muitos anos de sua carreira profissional, foi professor da Escola de Arte Dramática,
mesmo após sua aposentadoria, e também da Escola de Comunicação e Artes da USP.
Aos 73 anos, Miroel morre em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca. Contudo,
entrou para a história do teatro e das artes brasileiras.
Não só pelo seu excelente exercício no âmbito acadêmico e nas atividades
teatrais, Miroel Silveira também foi responsável pela existência do Arquivo, do qual
leva seu nome como homenagem. Embora não tenha contribuído na formação do
arquivo em si, Miroel Silveira foi o primeiro a perceber a importância do material que
faz parte deste acervo e impediu que esta documentação se perdesse nos caminhos da
história.
O Arquivo Miroel Silveira compõe-se de um grande acervo documental
constituído de processos de censura prévia ao teatro paulista, de 1930 a 1970. São
documentos originais, oriundos do Serviço de Censura da Divisão de Diversões
Públicas (DDP) da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo que estão,
hoje, sob guarda da Biblioteca da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de
São Paulo. O nome que recebeu essa documentação se deve ao fato de ter sido Miroel
Silveira o responsável pelo seu resgate quando já era sabido que a censura prévia
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exercida pelo Estado seria extinta pela Constituição de 1988. Inicialmente guardado em
sua sala, no Departamento de Artes Cênicas da ECA, esse material foi entregue à guarda
da Biblioteca, após sua morte, permanecendo até o ano de 2000 sem qualquer tipo de
organização ou tratamento que o disponibilizasse à consulta.
Hoje o Arquivo Miroel Silveira é composto por seis mil cento e trinta e sete
processos, armazenados em uma sala apropriada com temperatura controlada para
manter a integridade do material. Cada um desses processos é compõe-se de solicitações
de censura apresentadas pelos responsáveis da peça, com indicação de local, data e
nomes de autores, tradutores, adaptadores, diretores, atores e atrizes; certificados de
autoria; recibos de pagamento de taxas; despachos, pareceres e marcações dos
funcionários do serviço de censura; Certificado de Censura (quando se trata de um texto
liberado); além do próprio texto original apresentado aos censores com suas indicações
e cortes.
Notório, portanto, que essa documentação que atravessa quatro décadas
sensíveis da história paulista e brasileira, tem uma importância e representação
documental histórica enorme. Desde 1930, passando pela “Velha República, Estado
Novo e a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), o período de
redemocratização no pós-guerra, o desenvolvimentismo do governo Juscelino
Kubitscheck, o Golpe Militar, a promulgação do AI-5, até 1970”. 1 Em 1968, as
instituições de censura prévia se federalizaram e, conseqüentemente, os serviços de
censura a nível estadual se extinguiram. Dessa forma, os documentos dos processos
tomados por Miroel Silveira findam nessa época, com a federalização dos órgãos
públicos de censura.
Como dito anteriormente, Miroel Silveira, embora tenha tido um papel
significante e único para a adoção dos processos teatrais, não teve participação na
formação do Arquivo em sim. Quem deu início ao projeto, de fato, foi a Profa. Dra.
Maria Cristina Castilho Costa que em 2002, ocupava um cargo na diretoria da biblioteca
da Escola de Comunicação e Artes da USP. Ao deparar-se com essa documentação,
compreendeu que se tratava de um rico material de pesquisa para o teatro brasileiro.
Dessa forma, pesquisadores e bolsistas dessa época foram responsáveis pela alocação e
tratamento específico dos documentos para que não sejam danificados ou perdidos. As
catalogações dos processos também foram feitos e, hoje, o Arquivo tem ambiente
1 COSTA, Maria C. Castilho – Censura, repressão e resistência no teatro brasileiro, p. 13.
7
apropriado, bem como os processos disponibilizados no website do Núcleo para
consulta e pesquisa.
Figura 1 - Processos catalogados no Arquivo Miroel Silveira
Foto:Arquivo Miroel Silveira
Figura 2 – Processo da peça “Está na hora” disponível no website
Foto: Arquivo Miroel Silveira
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O Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Censura tem como seus principais
objetivos: manter, preservar e conservar os documentos do Arquivo Miroel Silveira,
permitindo o resgate da memória histórica do teatro em São Paulo e no Brasil e da
censura à criação artística e à livre expressão do pensamento, orientar trabalhos e
pesquisas em diferentes níveis acadêmicos que tenham por base a documentação
reunida no Arquivo Miroel Silveira, usar os meios de comunicação existentes para
divulgar os resultados de pesquisa, bem como as informações que forem sendo
armazenadas a partir das pesquisas desenvolvidas pelo grupo, organizar eventos de
divulgação de informações e de formação profissional, tendo por base as pesquisas
científicas desenvolvidas pelo grupo, produzir conteúdos e divulgá-los nos meios
competentes dando conhecimento das informações contidas na documentação do
Arquivo Miroel Silveira, fomentar o debate acerca da liberdade de expressão e da
censura, defendendo o direito de liberdade para a criação artística e a expressão do
pensamento, levar os resultados da pesquisa a alunos da graduação e da pós-graduação
através do oferecimento de disciplinas obrigatórias e optativas, buscar recursos para
preservação material da documentação e continuidade das pesquisas e ouvir as diversas
opiniões acerca do assunto censura na comunicação e nas artes.
O Núcleo é composto, portanto, de professores pesquisadores originários da
Escola de Comunicações e Artes da USP, alunos de Pós-Graduação, bolsista de
graduação e demais interessados na constituição da memória histórica do teatro em São
Paulo e da censura. Tal grupo de pesquisa tem um caráter interdisciplinar reunindo
pesquisadores da área de Ciências da Comunicação, Gerenciamento de Informações,
História Social, Sociologia, Antropologia, Filosofia e Teoria da Arte. Sua metodologia
de pesquisa espelha essa interdisciplinaridade.
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4 – Plano Geral de Trabalho
Objetivos:
As atividades da presente bolsa serão focadas na continuidade de
desenvolvimento do website do Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Censura
(NPCC), manutenção, atualização e inserção de novos conteúdos, bem como sua
divulgação em redes de relacionamento, fóruns de discussões e outras mídias. O foco,
portanto, para o desenvolvimento deste website é servir tanto de base para a divulgação
de todos os projetos feitos pelo Núcleo relacionado à Censura e meio de contato com os
interessados, bem como uma ferramenta agregadora de informações e um canal para
receber contribuições institucionais e espontâneas dos usuários do sistema, ou seja,
utiliza-lo como meio de pesquisa acadêmica dos assuntos relacionados à Censura.
A ampliação dessas funções tem como objetivo vislumbrar novos campos de contato
na internet. A divulgação massiva do portal eletrônico, como plataforma de pesquisa e
contato com os usuários, é tida como um dos principais focos. Sem essa ampliação de
contato do Núcleo, a rede de usuários e colaboradores não cresce e a pesquisa fica
estagnada, muitas vezes, sem alguma interatividade. O contato com outras opiniões e
outras culturas é deveras importante para a construção conceitual e opinativa. E isto não
é diferente para um Núcleo de Pesquisa. Dessa forma, tivemos também, além de ampliar
o público alvo, a habilidade de escuta qualificada das diversas e divergentes opiniões
acerca da censura, que é um assunto delicado e, por ser recente – e até presente – na
história brasileira, muitos se acanham ao falarem sobre.
Hoje a internet atingiu um grau de desenvolvimento no qual os websites não são
mais pensados em números de páginas ou simplesmente áreas distintas,
compartimentadas e estanques. Os websites desenvolvidos atualmente são aplicativos
online nos quais os usuários constroem uma interação e utilizam-na como um suporte
para suas experiências pessoais, profissionais e acadêmicas, este fato proporciona à
mente importantes capacidades de projeção, de conexão e de ampliação.
Visto dessa forma, atingir diferentes alvos requer outras plataformas de divulgação,
não apenas o próprio website. Um primeiro conceito que deve ser considerado
sumariamente, é o conceito de cibercultura, entendido como um tipo de cultura além do
ambiente social comum, concatenando a comunicação da vida cultural e social com o
progresso da digitalização, criando o que conhecemos hoje como “redes sociais”. Trata-
10
se de uma nova relação entre tecnologias e a sociabilidade, configurando a cultura
contemporânea. Desse modo, a cibercultura é uma extensão virtual das relações sociais
e da cultura material (LÉVY, 2000). A proliferação das atividades para o público alvo
exige na contemporaneidade, a utilização dessas redes sociais virtuais que interagem o
internauta. Dessa forma, o Núcleo traçou como objetivo alicerçar essa divulgação em
massa através do contato direto nas redes sociais com os interessados pelas atividades
do Núcleo e sobre o assunto censura. Assim, foi criada uma página do Núcleo na
plataforma do Facebook que publica constantemente assuntos relacionados à censura,
fazendo, concomitantemente, contato direto com os interessados.
Figura 3 – Uma das atividades do Núcleo publicada na página do Facebook
Atividades Previstas:
As atividades desta presente bolsa foram programadas junto com os
coordenadores do grupo, que orientam os bolsistas. Desse modo, é importante ressaltar
que esse projeto fora interrompido por outro bolsista e então passado para o atual.
Assim sendo, algumas atribuições antigas lhe foram asseguradas para a
complementação das atividades faltantes.
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Um primeiro plano de trabalho do projeto é colocado, portanto, no sentido de
continuação e complementação das atividades do antigo bolsista, consolidando o portal
eletrônico do Núcleo, como já frisado. Um primeiro ponto apresentado é a correção dos
erros da base de dados do website para que este tenha uma melhor aparência e facilidade
de acesso sem equívocos informacionais para o internauta que o acessa. A internet é um
enorme receptor de informações desconexas e, caso um novo portal tenha a pretensão de
se firmar, tornando-se uma referência neste universo virtual, deve primar inicialmente
pela facilidade de navegação, organização do seu conteúdo e categorização deste
material, para que através das tecnologias disponíveis passe a visualizar e a interagir
com o conteúdo. É dessa maneira que o NPCC visa alcançar plataformas e patamares
maiores com a pretensão de adquirir o maior número de informações para o crescimento
do mesmo.
Outro ponto programado para ser trabalhado na bolsa vigente é a postagem no
website de artigos produzidos pelos pesquisadores do Núcleo, além de novos conteúdos
que complementem as informações. Dessa maneira, toda e qualquer publicação
acadêmica referente à censura é colocado no portal, aprofundando qualquer tipo de
debate acerca do assunto, atraindo também novos interessados. Essa alimentação deve
ser feita constantemente para que não perca seu sentido ou fique atrasado com os
assuntos correlacionados. Além disso, outra alimentação diária que deve ser feita é
referente às redes sociais do Núcleo, que fazem um contato mais direto com cada
internauta. As atualizações constantes das informações fazem com que os leitores do
portal acessem-no frequentemente. A renovação do conteúdo instiga o acesso dos
interessados.
Outro motivo de estímulo e que também faz parte do projeto de atividades da
bolsa é uma interação maior com o público alvo. A proposta de elaboração de enquetes
com assuntos relacionados ao tema censura foi bem vista pelo Núcleo todo. Dessa
forma, inicialmente, propor enquetes ao público fazia parte de um programa diário.
Contudo, hoje é feito mensalmente, concedendo um maior tempo de divulgação.
Segue a tabela apresentada no documento de renovação de vigente bolsa, com os
prazos de execução e as informações mínimas necessárias de cada atividade, sendo,
antes explicada para o bolsista. Além disso, uma avaliação final e a elaboração do
relatório final estão também presentes na tabela:
12
ITEM EXECUÇÃO Base de Dados: Correção de erros. 01/08/2012 – 31/12/2012 Postagem de Artigos e novos conteúdos Diário durante a vigência do projeto
(01/08/2012 – 31/07/2013) A alimentação de informação das páginas doNPCC nas redes sociais (Twitter, Orkut, Facebook).
Diário durante a vigência do projeto (01/08/2012 – 31/07/2013)
Criação de enquetes e interação com os usuáriosdo website
Diário durante a vigência do projeto (01/08/2012 – 31/07/2013)
Avaliação dos resultados. 01/06/2012 – 30/06/2012 Elaboração do relatório final. 01/07/2012 – 31/07/2012
Tabela 1 – Planejamento das atividades da bolsa
Houve também algumas outras atividades previstas ao longo da vigência da
bolsa, mas que não foi planejado desde o princípio. Essas serão apenas citadas nesse
tópico, mas terão sua explicação num tópico subsequente. Dentre elas: Biografias de
autores teatrais, elaboração de uma metodologia prática para o manuseio e análise dos
documentos do Arquivo Miroel Silveira, elaboração de uma Hemeroteca2 Digital no
portal eletrônico do Núcleo, inauguração do Observatório da Censura.
2 O conceito de Hemeroteca compreende publicações periódicas da mídia que têm uma organização a partir de temas e sub-temas.
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5 – Atividades realizadas:
Biografias teatrais:
Como já previsto no cronograma indicado acima, a correção dos erros da base de
dados é fundamental para qualquer website, dando ao internauta informações precisas.
Dessa maneira, um dos projetos para o gerenciamento das informações do Núcleo é
referente às biografias de autores teatrais que atuaram desde a década de 1930 até os
anos de 1970, período em que compreende os documentos contidos no Arquivo Miroel
Silveira.
Vale destacar que esse conteúdo das biografias dos autores, já havia sido feito
por antigos bolsistas do Núcleo, mas que estavam dispersos pelo drive da rede de
computadores do NPCC. Um primeiro passo, portanto, a ser feito é o tratamento desses
dados biográficos, para que seja feita, futuramente, a importação direta de todos esses
dados. Nota-se que foi feito um planejamento prévio para que não perder ou faltar
qualquer tipo de informação dessas biografias. Assim sendo, a padronização e
formatação do material bruto foi o primeiro passo para o tratamento dessa base de
dados.
Posteriormente, após o tratamento completo desses arquivos brutos e de suas
matrizes, foram transformados num índice alfabético, dividindo cada biografia em um
arquivo Word. A organização dos arquivos é de suma importância, visto a quantidade
de informações que cada biografia pode conter. Após esse procedimento dos arquivos
de cada biografia, extraíram-se todos os dados biográficos dos autores, exceto o texto
explicitando cada biografia.
É necessária uma explicação mais profunda para o melhor entendimento da
questão acima. Uma biografia de um autor teatral contém as seguintes informações:
Nome do autor, ano de nascimento, ano de morte (caso haja), local de nascimento, local
de morte (caso haja), funções que exerceu no teatro e um pequeno excerto falando da
vida do autor. Dessa maneira, como dito, todos os dados foram extraídos para uma
tabela no Excel, exceto esse texto bruto. A utilização do Excel como base de dados é
excelente para o CMS3 Drupal no qual trabalhamos no website.
3 Content Management System, Sistema Gerenciador de Conteúdo, software que permite a construção de páginas e aplicações web de modo intuitivo, permitindo que até mesmo pessoas que não possuam
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A utilização de um CMS na construção de um website nos traz inúmeras
vantagens, na verdade hoje é impensável a construção de um sistema como este que está
sendo proposto sem a utilização de um framework como o Drupal, que dispõe de
módulos do núcleo do sistema, e também módulos contribuintes que nos permitirão
publicar e compartilhar online todos os tipos de conteúdo: texto, imagem fixa, em
movimento, áudio, interligando-os dinamicamente através da taxonomia, conhecido
também como tags4.
Após a constatação de inconsistência na base de dados, estes foram
uniformizados e criou-se um tipo de conteúdo denominado “Biografias” no sistema que
gerencia o website. Dessa maneira, a tabela do Excel que antes fora criada para
organizar, servindo com base dos dados, foi importada para esse sistema. Assim, todos
aqueles campos antes citados que existiam na tabela foram replicados para os
respectivos campos. Após essa tarefa automática do sistema, o Webmaster do NPCC
Marcelo Gomes efetuou a importação massiva destes dados para o portal eletrônico do
Núcleo, para a consulta dos interessados.
Vê-se que o planejamento das atividades torna-se importantíssimo para realizar
o projeto. As tarefas de importação do conteúdo das biografias para o portal do NPCC
foram, em suma maioria, feitas automaticamente com apenas alguns comandos do
bolsista. O único trabalho manual, de fato, foi a importação do texto completo de cada
biografia. Pegou-se cada texto e inseriu-se manualmente um por vez para complementar
a página daquele autor. Depois de realizadas essas tarefas, o último trabalho foi feito
pelo Webmaster do Núcleo que foi a formatação do layout da página, tornando-a com
uma melhor aparência.
conhecimento em programação possam, a partir desses sistemas, desenvolver websites inteiros, com páginas dinâmicas, controle de acesso de usuários, envio de e-mail, banners rotativos etc. Um gerenciador de conteúdo confunde-se com o próprio website, sendo sua base de desenvolvimento. Após instalado em um servidor, o gerenciador oferece imediatamente uma interface de gerenciamento que permite ao administrador fazer as operações de parametrização, iniciando o processo de diferenciação e especialização do seu website. Além de módulos nativos, os gerenciadores de conteúdo também suportam a instalação de outros módulos que permitem suprir necessidades específicas de cada website. 4 Termo em inglês. Mesmo que “etiqueta”. Nesse sentido, sinônimo de “palavra-chave” ou keyword.
15
Figura 4 – Layout da página de Abelardo Piolin
A imagem anterior retrata a aparência da página de um autor teatral, com os
dados de nascimento e morte à esquerda, o texto biográfico à direita, o nome no
cabeçalho e as peças do qual esse autor teve parte. Vale bem dizer que essas peças não
são quaisquer peças, mas somente aquelas em que estão nos documentos do Arquivo
Miroel Silveira, ou seja, aquelas que passaram pelos censores desde a época de 1920 até
a década de 70, quando o órgão responsável pela censura se federalizou. Os autores
teatrais colocados no website tiveram outras obras também, contudo, as que estão
listadas são aquelas que fazem parte do Arquivo. Assim sendo, cada peça tem seu link
direto, do qual são reveladas todas as informações do processo referente aquele texto
teatral.
Peculiarmente, ocorreu durante a realização das tarefas foi o autor Abelardo
Piolin, da imagem acima. A quantidade de peças e processos de censura que ele tinha
era demasiada e destoava de qualquer outra biografia. No total são 248 peças teatrais
referentes ao Piolin. Vale ressaltar que as peças citadas não são apenas de autoria do
nome citado no cabeçalho, mas também outros papéis. As funções que cada um podia
exercer são, em ordem alfabética: adaptador, ator, autor, co-autor, companhia,
compositor, diretor, diretor musical, intérprete, local, produtor, requerente, responsável
e tradutor. Essas 14 funções estão espalhadas por mais de 178 biografias teatrais e,
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apesar de chamarmos de autores teatrais, nem sempre eles são autores, mas foi uma
maneira encontrada para facilitar o entendimento no Núcleo.
Apesar de um avanço na composição desse tipo de conteúdo no website, ainda
faltam muitos detalhes para aprimorar ainda mais o portal e facilitar a navegação do
internauta. Futuramente, será formada uma rede de interligações entre todos os
processos censórios, as biografias teatrais e as funções na peça de cada autor teatral. Ao
acessar a página das biografias, o internauta se depara com a seguinte imagem:
Figura 5 – Biografias
Esse tipo de pesquisa se basta apenas pelo nome. Futuramente, com essa rede de
ligações diretas, o interessado poderá pesquisar pelo nome do autor, pelo número do
processo, pelo nome da peça, pelo local de nascimento ou morte, facilitando a pesquisa
de quem acessa. Em anexo a listagem das 178 biografias.
Hemeroteca Digital:
Diante das pesquisas do NPCC que abrangem a análise de processos censórios
no Brasil entre as décadas de 1920 e 1970, tornou-se interessante o mapeamento da
censura na contemporaneidade e seu debate no cotidiano. Aliada ao projeto de
pesquisa da opinião pública, foi então criada a Hemeroteca Digital.
17
Uma hemeroteca é uma coleção de publicações periódicas que compõe uma
base de dados, a fim de conservá-los e proporcionar uma base referencial para
análises posteriores. Abrangendo um acervo de materiais informativos e opinativos
relacionados à censura e divulgados pela mídia nos últimos anos, a hemeroteca do
NPCC cumpre o papel de observar as ocorrências atuais de censura, suas
repercussões mundiais e a opinião pública a respeito de tais fatos. Posteriormente,
todo esse material é disponibilizado no portal eletrônico para o acesso.
O conteúdo é alimentado diariamente por diversos periódicos, mantendo o
debate sempre atualizado para o internauta. Alguns dados são essenciais para o
entendimento do material:
1) Título do documento;
2) sinopse;
3) país de origem;
4) data de veiculação;
5) categoria (artigo, comentário, entrevista, imagem, nota oficial, nota, notícia,
reportagem, vídeo);
6) veículo (internet, jornal, revista);
7) fonte;
8) autor;
9) critério da censura (classificação indicativa, econômico, moral, político,
religioso);
10) objeto da censura (artes plásticas, cinema, fotografia, imprensa, internet,
livro, música, personalidade, rádio, rede social, revista, teatro, TV) e
11) posicionamento (a favor, nulo ou contra).
Além dessa quantidade de informação, o interessado também tem acesso ao material
na íntegra e, se ainda estiver no ar, acesso ao website da fonte.
O acervo conta com um mecanismo de busca detalhado, utilizando palavras-
chave ou selecionando um dos parâmetros contidos no cabeçalho da página. São 8
tipos de categorias, como já citadas anteriormente:
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Figura 6 – Artigo
Figura 7 – Comentário
19
Figura 8 – Entrevista
Figura 9 – Imagem
Figura 10 – Nota Oficial
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Figura 11 – Nota
Figura 12 – Notícia
Figura 13 – Reportagem
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A principal metodologia para a realização da Hemeroteca digital é referente à
catalogação e pesquisa de material para alimentar o conteúdo. Novamente, o
planejamento é necessário para a realização dessas atividades na internet. O objetivo
previamente traçado dá resultados muito mais significativos. Dessa forma, para a
realização dessa pesquisa de documentação massiva contida hoje na Hemeroteca, o
Núcleo contou com uma ferramenta indispensável: o Google Alerts. Funciona como
um filtro para todos os tipos de categorias antes já citadas, recolhendo o material com
as palavras-chave previamente estabelecidas.
Uma reunião do Núcleo estabeleceu algumas palavras que têm relação com a
censura, tema principal de discussão, filtrando todas as notícias, reportagens, notas,
imagens, para um e-mail cadastrado do Google. Assim, todo o material contido na
página do Google, passa por esse filtro de palavras-chave e chega à caixa de entrada
do e-mail. Palavras como “acesso”, “censorchip”, “censura”, “classificação
indicativa”, “liberdade de expressão”, “política de privacidade”, “privacidade”,
“sigilo”, “direito de imagem” e “privacy policy”.
Após esse filtro, lê-se todo o material e seleciona-se apenas aqueles que
realmente têm alguma relação com o tema da censura. É necessária essa leitura, pois o
filtro automático funciona por palavras-chave e qualquer uma essas palavras que
estejam contidas em algum material, será selecionada. Dessa forma, após a seleção dos
documentos, faz-se uma padronização dos mesmos para a disponibilização no website.
Enquetes:
Como dito anteriormente, as pesquisas do Núcleo tem o propósito,
primeiramente, de ouvir as opiniões sobre censura na atualidade. A novidade do
assunto requer uma cautela maior e por isso, a opinião pública ou acadêmica é deveras
importante para a coleta de informações.
Dessa forma, um princípio relevante é o de colocar o debate da censura num
âmbito mais leigo, além da esfera acadêmica, surgindo propostas de se fazer enquetes
para aqueles que se interessam pelo tema. Evidente que esse tipo de conduta serve
para aumentar o escopo de ação do website do Núcleo. Quanto mais acessos e
interação do público no portal, melhor.
22
A enquete trabalha apenas com assuntos que estão em voga e na mídia, ou seja,
assuntos que causam polêmica. Esse ponto aflora o debate do internauta que visita o
portal e dinamiza e aprofunda a discussão. Para poder colher um número significativo
de posicionamentos, a opção pelas questões de múltiplas escolhas é necessária dada a
efemeridade com que a atualidade trata os mais variados temas. Não bastando, aquele
que tiver um interesse maior e quiser participar comentando a questão, pode fazê-la na
mesma página da enquete.
A primeira enquete proposta ao público foi referente ao Facebook e sua
política. A censura imposta pela rede social ao conteúdo publicado por seus usuários é
frequentemente alvo de debates pelo mundo, em espacial por causa da relativa
arbitrariedade observada em alguns dos casos. Em maio de 2012, algumas ativistas
femininas foram alvo desta censura na internet. Após a realização na cidade de São
Paulo e em todo o mundo da Marcha das Vadias, algumas fotos publicadas com os
seios descobertos das mulheres fizeram com o que o Facebook censurasse a imagem e
bloqueasse a conta daquela que estava seminua. A justificativa é que aquela imagem é
pornográfica e tem conteúdo de nudez5. O evento teve cobertura da imprensa e de
vários cidadãos que tiravam fotos e publicavam nas redes sociais.
Com essa rígida política do Facebook, o Núcleo propôs a seguinte enquete: “O
Facebook teve razão em retirar fotografias de militantes seminuas da Marcha das
5 Termos de uso do Facebook: “Você não publicará conteúdo que: contenha discurso de ódio, seja ameaçador ou pornográfico; incite violência; ou contenha nudez ou violência gráfica desnecessária.
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Vadias?”:
Figura 14 – Enquete da Marcha das Vadias
A fotografia acima foi uma as censuradas pela rede social na Marcha das Vadias em
São Paulo, na Av. Paulista. As opções de resposta para a enquete eram as seguintes:
“Sim. O Facebook acertou em bloquear as fotografias”; “Não. O Facebook não
deveria ter bloqueado as fotografias”; “Outra opinião”.
A expectativa do Núcleo com a enquete era baixa. Esperava-se que a primeira
enquete fosse apenas para chamar novos interessados e aos poucos ir conquistando-os.
Contudo, o total de votos foi além do esperado: 356. A quantidade de comentários
também surpreendeu o grupo. Segue o resultado:
Figura 15 – Resultado da Enquete 1
A segunda enquete proposta pelo Núcleo foi referente ao humor e suas
polêmicas na atualidade. O humorista Wellignton Muniz, vulgo “Ceará”, do programa
“Pânico na Band” do canal televisivo Bandeirantes, foi proibido por uma liminar da
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Justiça de São Paulo de imitar o constranger o apresentador Silvio Santos, do canal
SBT. O personagem de Silvio Santos era seu principal papel no programa e a liminar
da Justiça, além de proibi-lo, vetou o elenco do programa de chegar a uma distância
menor que 100 (cem) metros do apresentador Silvio, sob risco de pagamento de multa
de R$ 100 mil.
Após essa decisão judicial, o programa encenou o enterro do personagem
Silvio Santos durante a passagem completa do capítulo, dizendo que ali estava sendo
“enterrada uma piada”. Após algumas reuniões, a pergunta da enquete é: “Você
concorda com as restrições impostas pelo juiz?”:
Figura 16 – Enquete do programa “Pânico na Band”
Ambas as enquetes afloraram o debate acerca da censura na atualidade. Trazer
e propor esse tipo de questão ao internauta interessado pelo tema da censura é
importantíssimo. O papel do Núcleo, portanto, se faz na delimitação e proposição
desses debates. A página do NPCC no Facebook se mostra bastante ativa nesse
sentido também, interagindo e construindo um público interessado em expor, ouvir e
debater sobre a censura.
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6 – Resultados parciais:
As atividades dessa presente bolsa alcançaram boa parte de seus objetivos. O
principal deles, a divulgação massiva, o compartilhamento de informações e pesquisas
realizadas no núcleo, bem como o espaço para ouvir novas opiniões, foram
alcançados. Todos eles desenvolvidos no portal eletrônico do NPCC.
O website do Núcleo se tornou não apenas mais um meio para base de
divulgação de todos os projetos relacionados à censura executados no Núcleo, mas
também uma ferramenta que agrega todos aqueles que têm interesse, seja ele
acadêmico ou não, sobre o assunto da censura. As contribuições institucionais presente
na Rede Colaborativa do website revelam esse vínculo informacional e temático
acerca da censura. Além disso, o portal revelou-se como uma ferramenta de pesquisa
para os próprios membros do Núcleo, como também para os internautas. A plataforma
de pesquisa sobre a censura nas décadas de 1920 à 1970 ou nos dias atuais, estão
presentes no portal e já podem ser utilizados para consulta. Vale lembrar que o
Arquivo Miroel Silveira está parcialmente digitalizado e disponível a consulta no
website. Todas as informações de todos os processos estão contidas no conteúdo do
website.
Uma das metas principais, como já citado, é o gerenciamento de todas essas
informações e a constante manutenção do website para uma melhor navegação do
internauta a partir do aprimoramento do layout.
O trabalho das biografias atingiu um ponto bastante avançado, mas ainda não
foi concluído. Contudo, todas as biografias teatrais já foram inseridas na base de dados
do portal do Núcleo e já estão disponíveis para acesso. Alguns detalhes da rede de
links dos conteúdos das biografias com os outros conteúdos do website ainda não estão
disponíveis. Outros detalhes de layout também não podem ser visto, mas está sendo
trabalhado para que o internauta tenha acesso a todo esse conteúdo o quanto antes.
O trabalho da Hemeroteca Digital foi o que obteve um grandioso sucesso no
grupo como um todo. O Núcleo foi elogiado por esse trabalho e pela constante e diária
alimentação de materiais para esse conteúdo. Assuntos que estão presentes no
cotidiano e tem relação com a censura podem ser acessados na Hemeroteca do NPCC
e também desfrutados da melhor maneira possível.
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As duas enquetes do Núcleo foram as iniciativas que mais trouxeram retorno
direto do internauta, promovendo um retorno dos usuários. Ambas superaram a
expectativa do grupo e culminaram em resultados inesperados. O número de acessos
do website cresceu demasiadamente e o debate acerca do tema se aflorou, como era
proposto. 356 votos numa primeira proposição, considerando a divulgação feita pelo
Núcleo, foi um número significativo para o crescimento do grupo. Mensalmente,
novas enquetes surgirão e outras discussões aparecerão. O intuito das enquetes foi
atingido: aumentar o escopo de ação, bem como ouvir novas opiniões para
futuramente o Núcleo poder mapear melhor a opinião pública e as suas manifestações,
tornando-as mais inteligível.
27
7 – Bibliografia:
COSTA, Maria Cristina Castilho. Censura em Cena, Teatro e Censura no
Brasil. São Paulo: Edusp, 2006.
___________________________. Teatro e censura: Vargas e Salazar. São
Paulo; EDUSP, 2010.
___________________________. Censura, repressão e resistência no teatro
brasileiro. Organização. – São Paulo: Annablume: Fapesp, 2008.
LÉVY, Pierre - Cibercultura. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2000
Sítio do Núcleo de Pesquisa em Censura e Comunicação:
http://npcc.vitis.uspnet.usp.br/
SANTOS, Jaqueline Pithan dos. “Miroel Silveira: um homem de teatro no
espírito de seu tempo”.
(http://npcc.vitis.uspnet.usp.br/sítios/default/files/midia/teses/me_Santos_JacquelinePith
an.pdf)
28
ANEXOS
29
Anexo 1:
Abel Santa Cruz
Abelardo Figueiredo
Abílio Pereira de Almeida
Ado Benatti
Adolar Costa
Adoniran Barbosa
Affonso Bullara
Alberto de Almeida Cavalcanti
Alberto D’Aversa
Alberto Fakete Chimarrão
Alfonso Paso
Alfredo Breda
Alfredo de Freitas Dias Gomes
Alfredo Mesquita
Aluísio Jorge Andrade Franco
Alvarenga
Alvaro Moreyra
Antônio Alcântara Machado
Antonio Callado
Armando Bogus
Armando Costa
Armando Lopes Duarte Coimbra
Ary Barroso
Ary Toledo
Augusto Boal
Belmiro Braga
Benedito Ruycomo Barbosa
Bibi Ferreira
Bob Júnior
Borges de Barros
Cacilda Becker Yáconis
30
Caetano Veloso
Capitão Furtado
Carlos Bittencourt
Carlos Cavaco
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Zara
Carmen Miranda
Cesar Ladeira
César Muniz, Lauro
Chico Anísio
Cicillo Matarazzo
Ciro Bassini
Cláudio Petraglia
Cleyde Yáconis
Costinha
Danilo Bastos Ribeiro
Dercy Gonçalves
Dinah Silveira de Queiroz
Dionísio Azevedo
Elísio de Albuquerque
Emiliano de Queiroz
Eraldo Pêra Rizzo
Eugênio Kusnet
Fernanda Montenegro
Fernando de Barros
Fernando Torres
Flávio de Carvalho
Flávio Rangel
Francisco Cuoco
Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de
Mello
Francisco Inácio de Amaral Gurgel
31
Franco Zampari
Furtado Coelho
Gaetano Gherardi
Gastão Barroso
Geysa Boscoli
Gianfrancesco Sigfrido Benedetto Marinenghi de
Guarnieri
Gilberto Passos Gil Moreira
Gita de Barros
Guilherme de Oliveira Figueiredo
Helena Silveira
Hélio Souto
Henrique Maximiano Coelho Neto
Hermilo Borba Filho
Hermínio Bello de Carvalho
Hipólito Colomb
Humberto de Campos Veras
Isaurinha Garcia
Jarbas Bayeux
Jardel Filho
João Bithencourt
João Cândido Ferreira
Joaquim Maria Machado de Assis
Jonas Bloch
Joracy Schafflor Camargo
José Antônio Fernandes Cadilhe, João D’Aqui
José Carlos Cavalcanti Borges,
José Carlos Queirolo Chicharrão
José Castellar
José Celso Martinez Correia
José de Freitas Valle
José de Vasconcelos
32
José Juca de Oliveira Santos
José Lewgoy
José Pires da Costa
José Tavares de Miranda
José Wanderley
Juca Chaves
Lauro Borges
Lima Barretos
Lindolf Bell
Lúcia Benedetti
Lúcio Cardoso
Luiz Bittencourt e Zé Menezes
Luiz de Barros
Manoel de Nóbrega
Manuel Bastos Tigre
Manuel Batista Cepelos
Marcelino de Carvalho
Maria Della Costa
Maria Martins
Mário Boeris Audrá Júnior Marinho
Mário Brasini
Mario Lago
Mazzaropi
Millôr Fernandes
Miroel Silveira
Moacyr Chagas
Nelson Carneiro
Nelson Rodrigues
Nilton Travesso
Nino Nello João Vianello
Nívea Maria
Nydia Licia Pincherle Cardoso
33
Oduvaldo Vianna
Oduvaldo Vianna Filho
Olavo de Barros
Olindo Dias Corleto
Orlando Silva
Otávio Alves de Graça Mello
Otávio Gabus Mendes
Otelo Queirolo Chic Chic
Otelo Zeloni
Paschoal Carlos Magno
Paulo Bonetti
Paulo Gracindo
Paulo Machado de Carvalho
Paulo Menotti del Picchia
Pedro Bloch
Pedro Catallo
Petrônio Rosa Santana Colé
Piolin Abelardo Pinto
Plínio Marcos de Barros
Ranchinho
Raul Gama Duarte
Raul Roulien
Renato Corte Real
Riva Nimitz
Roberto Freire
Rubens de Falco Costa
Samuel Carneiro Rodrigues Campelo
Sarayde Savalla Baxter
Sérgio Britto
Sérgio Porto
Sílio Boccanera Júnior
Silveira Sampaio
34
Sobrinho Vicente Caputti
Sophonias Dornellas
Tatiana Belinky
Theophilo de Barros Filho
Tom Bill
Umberto Brussolo
Vanja Orico
Vicente Catalano
Vicente Celestino
Vicente Sesso
Vinícius de Morais
Vítor Costa
Waldemar Seyssel, o Arrelia
Walmor de Souza Chagas
Walter D’Ávila
Walter Forster
Walter George Durst
Walter Pinto
Wellington Botelho
Yolanda Ataliba Nogueira Penteado
Zbigniew Ziembinski
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