Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências
Programa de Pós-Graduação em Gestão e Regulação de Recursos
Hídricos
Alexandra Maya Werneck Magalhães
Manual para planejamento de um Sistema de Informações Geográficas
(SIG) orientado à gestão de bacias hidrográficas
Rio de Janeiro
2018
Alexandra Maya Werneck Magalhães
Manual para planejamento de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) orientado
à gestão de bacias hidrográficas
Dissertação apresentada como requisito parcial para
a obtenção do título de Mestre, ao Programa de
Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de
Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro. Área de Concentração: Instrumentos
da Política de Recursos Hídricos.
Orientador: Prof. Dr. Francisco de Assis Dourado
Coorientador: Prof. Msc. José Augusto Sapienza Ramos
Rio de Janeiro
2018
CATALOGAÇÃO NA FONTE
UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CTC/C
Bibliotecária responsável: Fernanda Lobo / CRB-7: 5265
Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta
dissertação, desde que citada a fonte.
______________________________________ ______________________ Assinatura Data
M188 Magalhães, Alexandra Maya Werneck.
Manual para planejamento de um Sistema de Informações
Geográficas (SIG) orientado à gestão de bacias hidrográficas /
Alexandra Maya Werneck Magalhães. – 2018.
149 f.: il.
Orientador: Francisco de Assis Dourado da Silva.
Coorientador: José Augusto Sapienza Ramos.
Dissertação (Mestrado) - Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, Centro de Tecnologia e Ciências.
1. Recursos hídricos – Administração – Brasil – Teses. 2.
Abastecimento de água – Planejamento – Brasil – Teses. 3. Bacias
hidrográficas – Processamento de dados – Brasil –Teses. 4. Sistema
de Informação Geográfica SIG – Modelo conceitual – Teses. I. Silva,
Francisco de Assis Dourado da. II. Ramos, José Augusto Sapienza.
III. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Centro de Tecnologia
e Ciências. IV. Título.
CDU 556.18(81)
Alexandra Maya Werneck Magalhães
Manual para planejamento de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) orientado
à gestão de bacias hidrográficas
Dissertação apresentada como requisito parcial para
a obtenção do título de Mestre, ao Programa de
Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de
Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro. Área de Concentração: Instrumentos
da Política de Recursos Hídricos.
Aprovada em 10 de agosto de 2018.
Banca Examinadora:
_______________________________________________
Prof. Dr. Francisco de Assis Dourado da Silva (Orientador)
ProfÁgua – UERJ
_______________________________________________
Prof. MSc. José Augusto Sapienza Ramos
Labgis – UERJ
_______________________________________________
Prof. Dr. Júlio César da Silva
ProfÁgua – UERJ
_______________________________________________
Drª. Andrea Franco de Oliveira
Instituto Estadual do Ambiente - INEA
Rio de Janeiro
2018
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à memória dos meus pais, Laura e Afonso, aos meus avós
maternos, Myrtha e Anibal, e paternos, Regina e Henrique.
Dedico também ao meu marido Raul, cujo amor, apoio e compreensão não faltaram e
me fortaleceram nos momentos difíceis.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu orientador, Prof. Francisco Dourado pela forma motivadora de
orientar o trabalho e por estar sempre disponível para tirar dúvidas e discutir os caminhos a
seguir.
Agradeço ao meu coorientador, Prof. José Augusto Sapienza, por todas as
contribuições, pelas conversas e a revisão cuidadosa do texto final.
Agradeço a todos aqueles que doaram seu tempo para responderem ao formulário da
pesquisa utilizada na metodologia do trabalho.
Agradeço ao Prof. Fred pelo apoio ao longo do curso, pela ajuda com a elaboração do
questionário utilizado na pesquisa e pelas contribuições para o texto final.
Agradeço ao Prof. Decio Tubbs pela ajuda com a elaboração do questionário e da
pesquisa.
Agradeço aos professores e aos colegas do ProfÁgua, por todo aprendizado, pelas
trocas e pelo apoio mútuo.
Agradeço à secretária do ProfÁgua do polo UERJ, Ana Beatriz, pela ajuda nos
momentos finais do curso, em especial para a banca de defesa.
Agradeço aos meus colegas de trabalho, equipe do Núcleo Operacional de Análise
Ambiental de Imagens Marinhas, pelo apoio e compreensão.
Agradeço também à Dra. Natália Ribeiro pelas conversas e por compartilhar sua
experiência; ao Dr. Andrei Alves e ao eng.º Hildebrando Moreira, da K2 Sistemas, pela
disponibilização das bases de metadados do SIGA-CEIVAP; ao amigo Rodrigo Nogueira, da
ESRI Portugal, pelas informações fornecidas.
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001 e da Agência
Nacional de Águas (ANA) através do Projeto CAPES/ANA AUXPE Nº. 2717/2015.
Agradeço ao Programa de Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação
de Recursos Hídricos - ProfÁgua da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) pelo
apoio técnico científico oferecido, e a ANA e a CAPES pelo apoio ao ProfÁgua aportado até
o momento.
RESUMO
MAGALHÃES, Alexandra Maya Werneck. Manual para planejamento de um Sistema de
Informações Geográficas (SIG) orientado à gestão de bacias hidrográficas. 2018. 145 f.
(Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos
(PROF-ÁGUA)), Centro de Tecnologia e Ciências, Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) têm sido largamente utilizados como
ferramenta de apoio à tomada de decisão em diversas áreas. Os principais componentes de um
SIG são: dados, programas computacionais, equipamentos, pessoas e procedimentos. Para a
escolha desses componentes, alguns quesitos devem ser observados, como por exemplo:
recursos disponíveis, perfil dos usuários e produtos a serem entregues. Para escolher dados e
informações aptas subsidiar o processo decisório na gestão dos recursos hídricos, realizou-se
uma pesquisa com profissionais que atuam nesta área. Com o objetivo de auxiliar os gestores
no planejamento do SIG, reuniu-se um conjunto de sugestões organizadas na forma de um
Manual, produto resultante desta dissertação.
Palavras-chave: Dados Públicos; Comitê de Bacia; Planejamento; Gestão; Modelo
Conceitual; Sistema; Informações; Recursos Hídricos; Manual.
ABSTRACT
MAGALHÃES, Alexandra Maya Werneck. Manual for planning a Geographic Information
System oriented to the management of watersheds. 2018. 145 f. Dissertação (Mestrado
Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (PROF-
ÁGUA)), Centro de Tecnologia e Ciências, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2018.
The Geographic Information Systems (GIS) have been largely utilized as a support
tool for decision-making in several areas. The main components of a GIS are: data, computer
programs, equipment, people and procedures. To choose among these components, some
requirements must be observed, such as: available resources, user’s profiles, and products to
be delivered. To choose data and information that are able to subsidize the decision-making
process in the managing of water resources, a research was done with professionals from this
area of study. With the goal of assisting managers in the planning of GIS, suggestions were
grouped and organized in the shape of a Manual, the end product of this dissertation.
Keywords: Public Data; Basin Committee; Planning; Management; Conceptual Model;
System; Information; Water resources; Manual.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Os cinco pilaers do SIG............................................................................. 15
Figura 2 - Tipos de classes e suas representações no modelo OMT-G...................... 28
Figura 3 - Consulta ao Visualizador de Dados da aplicação GEOINEA................... 31
Figura 4 - Fluxograma contendo as etapas da pesquisa............................................. 33
Figura 5 - Exemplo de como o campo ID indica quais os dados da MDF foram
utilizados para gerar os produtos............................................................... 46
Figura 6 - Grupos temáticos do MCBDG................................................................... 47
Figura 7 - Exemplo de Diagrama de Classe simplificado para o grupo temático
Limites Político-Administrativos e Localidades....................................... 48
Figura 8 - Exemplo de uma tabela representando a classe “Bacia Hidrográfica” em
um dicionário de dados.............................................................................. 49
Figura 9 - Fluxo da informação de um SIG aplicado à gestão................................... 51
Figura 10 - Equipe de planejamento do SIG................................................................ 59
Figura 11 - Equipe mínima recomendada.................................................................... 62
LISTA DE SIGLAS
ANA Agência Nacional de Águas
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
APP Área de Preservação Permanente
BIM Building Information Model
CAT Catalogue Service - Serviço de Catálogo pela internet
CBH Comitê de Bacia Hidrográfica
CDC Center for Disease Control and Prevention
CEMG Comitê de Estruturação de Metadados Geoespaciais
CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
CGIS Canadian Geographic Information System
CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente
CONCAR Conselho Nacional de Cartografia
CPRM Centro de Pesquisa em Recursos Minerais
DHN Diretoria de Hidrografia e Navegação
DSG Diretoria de Serviço Geográfico do Exército
ePING Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico
ET – ADGV Especificação Técnica – Aquisição de Dados Geográficos Vetoriais
ET – EDGV Especificação Técnica – Estrutura de Dados Geográficos Vetoriais
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICA Instituto de Cartografia Aeronáutica
IDE Infraestrutura de Dados Espaciais
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
INDA Infraestrutura Nacional de Dados Abertos
INDE Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais
INEA Instituto Estadual do Ambiente
INMET Instituto Nacional de Meteorologia
INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IQA Índice de Qualidade da Água
ISO International Organization for Standardization
GML Geography Markup Language - Linguagem de marcação de geografia
GRH Gestão de Recursos Hídricos
MCBD Modelo Conceitual de Banco de Dados
MCBDG Modelo Conceitual de Banco de Dados Geográficos
MDF Matriz de Dados e Fontes
MPI Matriz de Produtos de Informação
MGB Metadados Geoespaciais do Brasil
NASA National Aeronautics and Space Administration
NOAA National Oceanic and Atmospheric Administration
NWS National Weather Service
OGC Open Geospatial Consortium
OMT-G Object Modeling Technique – Geographic Extension
ONU Organização das Nações Unidas
PI Produto de Informação
PNRH Política Nacional de Recursos Hídricos
RH Recursos Hídricos
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
SCN Sistema Cartográfico Nacional
SGBD Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados
SICAR Sistema de Informações do Cadastro Ambiental Rural
SIG Sistema de Informações Geográficas
SIGP Sistemas de Informação Geográfica Participativo
SPU Secretaria do Patrimônio da União
SWFWMD Southwest Florida Water Management District
TIC Tecnologia da Informação e Comunicação
UEPGRH Unidades Estaduais de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos
UHP Unidade Hídrica de Planejamento
UML Unified Modeling Language
URL Uniform Resource Locator
USGS United States Geological Survey
WCS Web Coverage Service - Serviço de cobertura pela internet
WFS Web Feature Service - Serviços apresentado pela internet
WMS Web Maps Service - Serviço de mapa pela internet
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................. 12
1 OBJETIVOS ...................................................................................................... 15
1.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 15
1.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................... 16
2.2 Modelo Conceitual de Banco de Dados ........................................................... 20
2.3 Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais – INDE .................................... 22
2.4 Infraestrutura Nacional de Dados Abertos – INDA ...................................... 22
2.5 Sistema Cartográfico Nacional (SCN) ............................................................ 23
2.5.1 Especificação Técnica para a Estrutura de Dados Geográficos Vetoriais .......... 23
2.5.2 Especificação Técnica para a Aquisição de Dados Geoespaciais Vetoriais ....... 24
2.5.3 Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (Perfil MGB) ............................... 24
2.6 Especificações Técnicas do Open Geospatial Consortium (OGC) ............... 25
2.7 Modelo Object Modeling Technique for Geographic Applications (OMTG) 26
2.8 Estado da Arte ................................................................................................... 27
2.8.1 No Mundo .......................................................................................................... 27
2.8.2 No Brasil ............................................................................................................. 29
3 METODOLOGIA ............................................................................................. 32
3.1 Primeira etapa – Pesquisa bibliográfica ......................................................... 33
3.2 Segunda etapa – Listagem preliminar dos produtos de informação............. 33
3.3 Terceira etapa – Entrevistas e questionários .................................................. 34
3.4 Quarta etapa – Matriz de Produtos de Informação e Matriz de Dados e
Fontes ................................................................................................................. 35
3.4.1 Matriz de Dados e Fontes (MDF) ...................................................................... 35
3.4.2 Matriz de Produtos de Informação (MPI) .......................................................... 38
3.5 Quinta etapa – Modelo conceitual do banco de dados geográficos .............. 41
3.6 Sexta etapa – Requisitos mínimos ................................................................... 41
3.6.1 Programas............................................................................................................ 42
3.6.2 Equipamentos ..................................................................................................... 42
3.6.3 Profissionais ........................................................................................................ 42
3.7 Sétima etapa – Produtos finais ......................................................................... 42
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 43
4.1 Pesquisa............................................................................................................... 43
4.1.1 Resultados da Pesquisa ....................................................................................... 43
4.2 Matriz de Dados e Fontes ................................................................................. 44
4.3 Matriz de Produtos de Informação ................................................................. 45
4.4 Modelo Conceitual do Banco de Dados Geográficos ..................................... 46
4.4.1 Grupos Temáticos ............................................................................................. 46
4.5 Diagrama de Classes ......................................................................................... 47
4.6 Dicionário de Dados .......................................................................................... 48
4.7 Metadados .......................................................................................................... 50
4.8 Requisitos de Programas, Equipamentos e Profissionais .............................. 51
4.8.1 Programas de SIG ............................................................................................... 52
4.8.2 Programa livre versus comercial ......................................................................... 52
4.8.3 Principais diferenças entre os programas ArcGIS e QGIS ................................. 54
4.9 Resultados dos testes comparativos ................................................................. 55
4.10 Requisitos para funcionamento do QGIS ....................................................... 56
4.11 Programa para Sistema Gerenciador de Banco de Dados Geográficos ....... 57
4.12 Servidores de Mapas ......................................................................................... 58
4.13 Equipamentos .................................................................................................... 58
4.14 Profissionais ....................................................................................................... 59
4.15 Treinamento ...................................................................................................... 62
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 66
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 68
APÊNDICE A - Formulário aplicado na pesquisa ........................................ 74
APÊNDICE B - Matriz de produtos de informação ...................................... 96
APÊNDICE C - Matriz de dados e fontes – dicionário de dados ................. 100
APÊNDICE D - Diagrama de classes .............................................................. 110
APÊNDICE E – Manual para planejamento de um Sistema de Informações
Geográficas (SIG) orientado à gestão de bacias hidrográficas ...........................
111
12
INTRODUÇÃO
No Brasil a gestão dos recursos hídricos (GRH) é regida desde 1997 pela Política
Nacional de Recursos Hídricos – PNRH (BRASIL, 1997), o qual preconiza a gestão
descentralizada e participativa e adota a bacia hidrográfica como unidade de planejamento.
Com a implementação desta lei, a gestão das bacias hidrográficas passou a ser compartilhada
entre as esferas, estadual e federal, do poder. A base da gestão ficou à cargo dos comitês de
bacias hidrográficas (CBHs), definidos como fórum de decisão no âmbito de cada bacia
hidrográfica. Os CBHs são formados por representantes dos usuários dos recursos hídricos, da
sociedade civil organizada e dos três níveis do governo (CUNHA e COELHO, 2009). A
PNRH também instituiu as Agências de Água, para dar suporte técnico e administrativo aos
Comitês de Bacia, exercendo, entre outras, a função de secretaria executiva. Comitês e
Agências deverão, entre outros objetivos, realizar os estudos necessários para a gestão dos
recursos hídricos nas áreas em que atuarem (ANA, 2018).
Para realizar tais estudos, necessários à gestão os recursos das bacias hidrográfica, é
importante se possuir informações qualificadas, capazes de oferecer subsídios aos processos
de planejamento e tomada de decisão. Para tal, os Sistemas de Informações Geográficas vêm
sendo largamente utilizados em todo o mundo. Utiliza-se o SIG para produzir ou coletar
dados geográficos, para armazená-los em um sistema de fácil recuperação, para consultas,
análises e para apresentar resultados e informações por meio de cartografia digital.
Levando-se em conta a complexidade do tema e as diferenças regionais existentes no
Brasil, buscou-se identificar um conjunto de informações comuns às bacias hidrográficas do
país. Tal conjunto, apresentado no Apêndice B – Matriz de Produtos de Informação, foi criado
para exemplificar as etapas de planejamento do SIG.
Entende-se que a escolha das informações e dos dados que irão compor o SIG, irá
depender da equipe encarregada desta função. Por isso, para o âmbito deste estudo, optou-se
em utilizar dados que abrangessem todo o país, já que seria inexequível criar um modelo
capaz de compreender tantas particularidades inerentes a cada bacia hidrográfica. A base de
dados criado para este estudo está detalhada no Apêndice C – Matriz de Dados e Fontes –
Dicionário de Dados.
A partir da definição dos produtos de informação e dos dados necessários para gerá-
los, foi possível delinear-se os outros pilares da construção do SIG, representados na Figura 1.
13
Figura 1 - Os cinco pilares do SIG
Fonte: CDC, 2018. Adaptada pela autora, 2018.
Para que os tomadores de decisões possam realizar a gestão integrada dos recursos
hídricos, promovendo um gerenciamento coordenado da água, da terra e dos recursos
relacionados, de forma a maximizar a resultante econômica e o bem-estar social de forma
equilibrada, sem comprometer o ecossistema (SILVA et al, 2015), é preciso que tenham em
mãos um conjunto de informações qualificadas sobre o objeto a ser gerenciado. É importante
que tais profissionais tenham conhecimento do território e de suas características geográficas,
tais como: tamanho, localização, limites, clima, características socioeconômicas, e outras que
forem relevantes.
Para armazenar, organizar e disponibilizar tal volume de dados, e ainda, transformá-
los em produtos de informação, um grande número de organizações públicas e privadas,
milhares de usuários mundo afora, têm recorrido à ferramentas e tecnologias que se
convencionou chamar de Sistemas de Informações Geográficas.
A PNRH instituiu os sistemas de informações sobre recursos hídricos como
instrumento de sua política, sendo um sistema de coleta, tratamento, armazenamento e
recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão
(BRASIL, 1997). Diz ainda que “o acesso a dados e informações deve ser garantido a toda a
14
sociedade” e que este instrumento possui como objetivos: i) reunir, dar consistência e divulgar
os dados e informações sobre a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos no
Brasil; ii) atualizar permanentemente as informações sobre disponibilidade e demanda de
recursos hídricos em todo o território nacional; iii) fornecer subsídios para a elaboração dos
Planos de Recursos Hídricos. A PNRH, no entanto, não indica como isso deve ser feito, não
há um modelo, especificações mínimas de como tais informações devem ser produzidas e
disponibilizadas.
Outro ponto importante é que, até alguns anos atrás, o papel do SIG ficava mais
restrito à produção de mapas. Hoje em dia é possível criar diversos tipos de integração entre o
SIG e outros sistemas. Tais integrações permitem uma maior aplicabilidade do SIG nos
processos decisórios. Para integrações e também para o compartilhamento de dados e
informações via WEB1, a adoção de boas práticas para o controle de qualidade do dado,
ganhou ainda mais importância. Neste estudo, não tratarmos de questões como
compartilhamento via WEB e integração de sistemas, mas sim sobre como construir uma base
sólida para que, em um segundo momento, tais integrações aconteçam de forma apropriada.
1WEB: Designação comum da rede mundial de computadores na internet (redução de world wide web), que
permite a interligação de documentos e recursos e também a obtenção de informação sob a forma de hipertexto,
integrando vários serviços.
15
1 OBJETIVOS
1.1 Objetivo Geral
Este trabalho tem por objetivo geral auxiliar gestores e organizações quanto ao
planejamento de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) orientado à gestão dos
recursos hídricos.
1.2 Objetivos Específicos
a) Identificar e discorrer sobre as etapas de planejamento do SIG;
b) Elaborar um produto final, com o título: Manual para planejamento de um
sistema de informações geográficas (SIG) orientado à gestão dos recursos
hídricos, reunindo as sugestões e orientações apresentadas neste estudo.
16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Na etapa de revisão bibliográfica foram visitados alguns conceitos que se julgou
importantes para a construção da base de conhecimento no intuito de subsidiar o planejamento
do Sistema de Informações Geográficas.
O primeiro conceito é o que se refere ao próprio SIG e sua aplicabilidade na gestão de
dados e informações, e como autores vêm discorrendo sobre a importância de planejar-se um
SIG e sobre formas que encontraram para fazê-lo.
Em seguida, dado que um dos objetivos deste estudo é criar um modelo de banco de
dados geográficos orientado à gestão dos recursos hídricos, foram revisados alguns conceitos
sobre o planejamento e o modelo da base de dados. Nem todos os conceitos descritos neste
capítulo foram efetivamente aplicados na elaboração do manual apresentado no Apêndice E,
porém considerou-se importante mencioná-los, já que são referência e sugere-se que sejam
conhecidos por aqueles que pretendem planejar um SIG. São exemplos o conceito de
Infraestrutura de Dados Espaciais e os padrões adotados pelo Sistema Cartográfico Nacional,
como as especificações técnicas Estrutura de Dados Geográficos Vetoriais (CONCAR, 2009)
e Aquisição de Dados Geográficos Vetoriais (CONCAR, 2012), assim como os padrões de
interoperabilidade descritos na Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (BRASIL, 2008) e
na Infraestrutura Nacional de Dados Abertos (BRASIL, 2012), assim como nos padrões do
Open Geo Consortium (OGC, 2015).
Os Sistemas de Informações Geográficas consistem em uma integração de
equipamentos (hardware), programas (software), dados geográficos e pessoas, possibilitando
aos usuários capturar, armazenar, atualizar, manipular, analisar e exibir diferentes tipos de
informações. Tais informações, se processadas de outra forma, poderiam dificultar ou mesmo
impossibilitar uma perspectiva espacial do objeto em análise. Suas aplicações abrangem, por
exemplo, pesquisas científicas, sistemas de apoio à comunidade via órgãos públicos
governamentais além do seu emprego no apoio à tomada de decisão nas organizações
(LANARI et al, 1999).
O SIG é utilizado como ferramenta de análise espacial, modelagem e simulação de
cenários, e como subsídio à elaboração de alternativas para a decisão da política de uso e
ocupação do solo, ordenamento territorial, equipamentos urbanos e monitoramento ambiental,
entre outras aplicações complexas, que envolvem diferentes componentes dinâmicos (MOTA,
1999).
17
Por sua vez, PINHEIRO et al (2009) descreve a aplicação do SIG na gestão dos
recursos hídricos da Bacia do Rio Macaé, utilizando ferramentas de geoprocessamento para
integrar e analisar dados de uso e ocupação do solo. O sistema mostrou-se capaz de dar
suporte de forma lógica e estruturante à gestão e ao processo decisório das diferentes esferas
de aplicação. Permitiu, inclusive, a construção de indicadores, baseados em análises
geográficas, além de coletar, armazenar, recuperar, transformar e visualizar dados. Esta
tecnologia tem sido alvo de crescente utilização no planejamento ambiental, com forte adesão
na gestão dos recursos hídricos.
A utilização do SIG na GRH vem de encontro ao estabelecido na Política Nacional de
Recursos Hídricos (PNRH), capítulo IV, artigo 5º, que institui o Sistema de Informações
sobre Recursos Hídricos como sendo um de seus instrumentos para a gestão de águas no
Brasil, tendo como princípios básicos a descentralização da obtenção e produção de dados e
informações e acesso aos dados e informações garantido a toda a sociedade.
Ao se trabalhar com tais informações, depara-se com uma gama de desafios, no
sentido de como representar fenômenos tão dinâmicos em um banco de dados. Esta
complexidade aumenta a necessidade de planejamento para que o projeto tenha maior chance
de sucesso. O modelo de dados é um planejamento que, de forma conveniente e sistemática,
estrutura operações do banco sobre objetos e fenômenos nele representados (RAMOS, 2014).
A partir dessa busca por formas de representação, foram desenvolvidas metodologias,
modelos e padrões, com o objetivo comum de facilitar a gestão das informações, garantir sua
confiabilidade e prover meios de compartilhamento. MAIDMENT e MORHOUSE (2002),
por exemplo, apresentaram um padrão melhorado para a criação e uso de dados em projetos
hidrológicos com potencial de integrar dados de várias fontes para resolver uma maior
variedade de problemas de recursos hídricos, integrando dados locais, regionais, nacionais e
internacionais para criar uma compreensão mais profunda dos problemas de água.
2.1 Metodologia em nove estágios
Não há um modelo que possa se adequar a qualquer caso. Para a elaboração do
Manual, produto deste estudo, baseou-se na metodologia em nove estágios (TOMLINSON,
18
2013), desenvolvida pelo autor para auxiliar organizações de diferentes portes a entenderem e
dimensionarem seus requisitos para a criação de um SIG.
Na metodologia proposta por Tomlinson, além de detalhar cada componente do SIG –
dados, programas, equipamentos, pessoas e fluxos de trabalho – o autor afirmou que a
implantação bem-sucedida de um Sistema de Informações Geográficas em qualquer
organização requer um planejamento cuidadoso e delineado à luz de avanços tecnológicos.
Ele recomenda que se olhe cuidadosamente para a organização para entender os propósitos
que a norteiam, e mergulhar ainda mais fundo buscando conhecer os fluxos de trabalho dos
profissionais e das equipes, e dessa forma poder-se-á definir quais as informações deverão ser
produzidas com a ajuda do SIG.
Entendendo quais as informações necessárias, é possível se definir quais os dados irão
gerar tais informações e qual arcabouço tecnológico será necessário para que o sistema opere
de forma a atender as demandas de informações com agilidade e qualidade.
Os nove estágios da metodologia de planejamento do SIG são os seguintes:
1º estágio: considerar o propósito estratégico
Entender a organização, suas necessidades e como a utilização do SIG pode beneficiá-
la. Conhecer o “plano de negócios” assim como as responsabilidades de cada área, a fim de
identificar os produtos de informação2 e os fluxos de trabalho que serão utilizados pelos
usuários do SIG.
2º estágio: construir a base
Elaborar uma proposta de planejamento da implantação do SIG onde devem constar os
custos com dados, programas, infraestrutura e pessoal. É importante neste estágio angariar
apoio dentro da organização.
3º estágio: realizar um seminário de tecnologia
Promover um encontro com todos os usuários de dentro da organização para entender
quais os produtos de informação oriundos do SIG são importantes para a realização de suas
tarefas. O entregável desta etapa é uma lista com os produtos de informação.
4º estágio: escrever os produtos de informação
Esclarecer quais os produtos de informação serão utilizados e elaborar uma matriz
descrevendo quais dados são ncessários para a criação de tais produtos.
2 Produtos de informação: aqueles gerados por meio de ferramentas computacionais de geoprocessamento em
um Sistema de Informações Geográficas (SIG). Tais produtos podem ser representados espacialmente na forma
de mapas.
19
5º estágio: definir a características dos dados
Nesta etapa é preciso definir as características dos dados, tais como: escala, resolução,
projeção, tolerância de erro, regras topológicas, estruturação de séries temporais, imagens,
entrada de dados oriundos de Global Positioning System (GPS), entrada de dados
colaborativos, serviços da Rede de Alcance Mundial (World Wide Web), também conhecida
como WEB, e interoperabilidade de dados e sistemas.
6º estágio: escolher um modelo de banco de dados lógico
O ideal neste ponto é já haver um conhecimento dos dados que serão utilizados para
construir os produtos de informação, assim como suas características e dimensões. A partir
daí, deve-se escolher um dos três tipos de modelos lógicos existentes, por exemplo:
relacional, orientado ao objeto e objeto-relacional. Uma vez que se conheçam as principais
carcterísticas de cada modelo, é preciso avaliar vantagens e desvantagens de cada um e optar
por aquele que se julgar mais aderente ao modelo de dados
7º estágio: determinar os requisitos do sistema
A partir deste ponto já é possível determinar os requisitos de infraestrutura necessários
para a construção do SIG e seu funcionamento. Definem-se então quais os programas
computacionais (software) serão utilizados e os equipamentos (hardware) necessários.
8º estágio: considerar o custo benefício, a migração e a análise de risco
Nesta etapa o autor recomenda que seja feita uma comparação entre os investimentos
feitos no SIG e o retorno financeiro vindo da utilização do sistema
9º estágio: planejar a implantação do sistema
este estágio é onde se sintetizam as informações e considerações resultantes dos passos
anteriores, e apresentam-se recomendações e ações a serem realizadas. Tais ações devem ser
justificadas com base nas análises obtidas até então.
O documento final deve conter uma síntese dos propósitos da organização – no caso
deste estudo, pode considerar-se o Plano de Bacia como o norteador de tais propósitos, além
de descrever os seguintes itens:
a) a Matriz dos Produtos de Informação;
b) o Modelo Conceitual do sistema;
c) Recomendações;
d) Cronograma de implantação;
e) Custos.
20
2.2 Modelo Conceitual de Banco de Dados
Para o desenvolvimento deste estudo, buscaram-se referências sobre como representar
conceitualmente o banco de dados geográficos, para tal, foram utilizadas as referências
citadas neste tópico. Cabe lembrar que, no âmbito desta pesquisa, não chegamos diretamente
às orientações quanto ao compartilhamento de informações, nos ativemos ao planejamento do
modelo de dados e do SIG. Porém, entendeu-se que em um segundo momento, a informação
armazenada no banco de dados da organização poderá ser compartilhada, e sendo assim, é
importante que o planejador do SIG conheça os padrões e as normas que versam sobre a
interoperabilidade e integração de dados.
LISBOA FILHO e IOCHPE (2000) afirmam que a modelagem de dados é o processo
de abstração onde somente os elementos essenciais da realidade observada são enfatizados,
descartando-se os elementos não essenciais. O processo de modelagem conceitual de banco de
dados compreende a descrição dos possíveis conteúdos dos dados, além de estruturas e de
regras a eles aplicáveis. Essa descrição do banco de dados é feita com base nos construtores
semânticos fornecidos por um modelo conceitual.
A modelagem da informação geográfica é peculiar pois, diferentemente da informação
tradicional, envolve fatores tais como a localização, o tempo de observação, a precisão de
obtenção/representação e existência de relações espaciais (LISBOA FILHO, 2012).
Um modelo de dados é um conjunto de conceitos que podem ser usados para
descrever a estrutura e as operações em um banco de dados (ELMASRI e
NAVATHE, 2004). O modelo busca sistematizar o entendimento que é
desenvolvido a respeito de objetos e fenômenos que serão representados em um
sistema informatizado. Os objetos e fenômenos reais, no entanto, são complexos
demais para permitir uma representação completa, considerando os recursos à
disposição dos sistemas gerenciadores de bancos de dados (SGBD) atuais. Desta
forma, é necessário construir uma abstração dos objetos e fenômenos do mundo real,
de modo a obter uma forma de representação conveniente, embora simplificada, que
seja adequada às finalidades das aplicações do banco de dados. (BORGES et al,
2005).
A estruturação de um Modelo Conceitual de Banco de Dados se encontra na
Especificação Técnica Estrutura de Dados Geográficos Vetoriais – ET-EDGV (DSG, 2011),
que apresenta tal modelo para descrever a estrutura e as operações em um banco de dados
geográficos. A ET-EDGV buscou sistematizar o entendimento a respeito de objetos e
fenômenos representados de forma conveniente, embora simplificada, apresentando atributos,
relacionamentos, cardinalidades, restrições geométricas, generalizações e agregações
21
(BRASIL, 2016). A ET-EDGV foi importante para a elaboração deste estudo pois serviu
como base para a criação do modelo de banco de dados aqui proposto. Baseou-se nesta
especificação para, por exemplo, fazer a divisão dos grupos temáticos, para criação da Matriz
de Dados e Fontes e Dicionário de Dados, e também para a construção do Diagrama de
Classes.
Outro conceito importante para uma organização que trabalha em prol de um bem
comum, como a gestão das águas é o conceito de Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE).
Este conceito começou a difundir-se globalmente a partir da Conferência das Nações Unidas
para o Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992, a Eco-92, realizada no Rio de Janeiro,
teve como objetivo debater as questões ambientais globais. Resultou da conferência um marco
regulatório mundial para o desenvolvimento de uma Geografia oficial, a Agenda 21 (ONU,
1992). Segundo este documento, cada nação do globo deveria ser responsável por sua
Infraestrutura de Dados Espaciais, ideia que foi expressa na Agenda 21 e apontada como a
base dos estados no futuro. O documento afirmava que a informação é requerida em todos os
níveis de decisão, que por sua vez estão, direta ou indiretamente, relacionadas com uma
posição geográfica. A Agenda 21 também expressou a importância da interoperabilidade de
formatos dos dados, de forma a possibilitar o compartilhamento de informações (UGEDA,
2017).
A padronização de dados passou a compor uma premissa imperiosa do
desenvolvimento dos Estados mundo afora, devendo ser aprimorados qualitativamente,
situação que fundamentou a criação de Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) como peça
fundamental da Geografia oficial de um país. A IDE é composta por: (i) dados de referência
(como mapeamento básico cadastral, localidades, limites, dentre outros) e dados temáticos
(cobertura e uso da terra, serviços públicos, transportes, por exemplo); (ii) metadados, que
documentam e registram os dados, permitindo a sua busca e localização; e (iii) geoserviços,
como funcionalidades que uma IDE oferece aos usuários finais. (BRASIL, 2016).
Existem em nível federal no Brasil duas normativas importantes sobre IDE, a
Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) e a Infraestrutura Nacional de Dados
Abertos (INDA):
22
2.3 Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais – INDE
O decreto Nº 6.666 (BRASIL, 2008) criou a Infraestrutura Nacional de Dados
Espaciais – INDE, sendo esta “o conjunto integrado de tecnologias; políticas; mecanismos e
procedimentos de coordenação e monitoramento; padrões e acordos, necessário para facilitar
e ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o compartilhamento, a disseminação e o uso
dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal”.
Os principais objetivos da INDE são (CONCAR, 2009):
a) Ordenamento na geração, no armazenamento, no acesso, no
compartilhamento, na disseminação e no uso dos dados geoespaciais;
b) Produção dos dados e informações geoespaciais pelos órgãos públicos de
todos os níveis de governo, nos padrões e normas homologados pela
Comissão Nacional de Cartografia – CONCAR;
c) Divulgação de metadados para evitar a duplicidade de ações e o desperdício
de recursos na obtenção de dados geoespaciais pelos órgãos da
administração pública;
d) Compartilhamento e disseminação dos dados geoespaciais e seus metadados
são obrigatórios para todos os órgãos federais, e voluntários para os demais
níveis de governo.
2.4 Infraestrutura Nacional de Dados Abertos – INDA
A INDA, instituída pela Instrução Normativa Nº - 4 (BRASIL, 2012), é um conjunto
de padrões, tecnologias, procedimentos e mecanismos de controle necessários para atender às
condições de disseminação e compartilhamento de dados e informações públicas no modelo
de Dados Abertos. A INDA encontra-se em conformidade com o disposto na arquitetura
ePING - Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico – que define um conjunto
mínimo de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da
Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no governo federal, estabelecendo as
23
condições de interação com os demais Poderes e esferas de governo e com a sociedade em
geral (GOVERNO ELETRÔNICO, 2018).
2.5 Sistema Cartográfico Nacional (SCN)
Um conjunto de normas, padrões e especificações técnicas aprovadas e homologadas
pela Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR) compõem o Sistema Cartográfico
Nacional (SCN), que estabelecem diretrizes e bases da cartografia brasileira. Dentre as
normas do SCN, quatro são de particular importância para o presente estudo, visto que visam
garantir as premissas básicas de qualidade da informação, possibilitando o compartilhamento
e interoperabilidade e evitando também a duplicidade na produção de dados e o consequente
desperdício de dinheiro público. São elas:
2.5.1 Especificação Técnica para a Estrutura de Dados Geográficos Vetoriais (ET-EDGV)
Segundo definição do CONCAR “A ET-EDGV é norma do Mapeamento Sistemático
Terrestre, prevista no Sistema Cartográfico Nacional (SCN) e é um dos padrões adotados na
Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais”.
A principal finalidade desta norma é padronizar as estruturas de dados geoespaciais
vetoriais oficiais de referência produzidos para comporem bases cartográficas em diferentes
escalas. Esta padronização viabiliza o compartilhamento de dados de referência, a
interoperabilidade e a racionalização de recursos entre os produtores e usuários de dados e
informação cartográfica (CONCAR, 2017).
24
2.5.2 Especificação Técnica para a Aquisição de Dados Geoespaciais Vetoriais (ET-ADGV)
Com a definição pela Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR) da ET-EDGV
como uma das especificações essenciais para a INDE, coube à Diretoria de Serviço
Geográfico (DSG) elaborar a especificação técnica que regula e padroniza a aquisição da
geometria dos dados geoespaciais vetoriais e atributos correlacionados, a ET- ADGV. A
principal finalidade desta norma é definir as regras para a construção do atributo “geometria”
de cada classe de objetos constante da ET-EDGV, bem como dos atributos essenciais à
perfeita individualização das instâncias e os respectivos metadados3 (DSG, 2011).
2.5.3 Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (Perfil MGB)
O Perfil MGB foi elaborado por um dos comitês especializados da Comissão Nacional
de Cartografia - CONCAR: o Comitê de Estruturação de Metadados Geoespaciais - CEMG,
composto por representantes dos principais órgãos produtores de dados geoespaciais4 no
Brasil, reuniu-se ao longo dos anos 2008 e 2009 com o objetivo de especificar um perfil
nacional de metadados geoespaciais.
Um perfil de metadados contém um conjunto básico e necessário de elementos que
retrate as características dos produtos geoespaciais de uma determinada comunidade e garanta
sua identificação, avaliação e utilização consistente. O Perfil MGB tem como base a norma
ISO 19115:2003 (Geographic Information – Metadata) especificada pelo Comitê Técnico 211
(TC 211) da ISO e faz parte de uma família de várias normas para informação geográfica e
suporta o referenciamento espacial (CONCAR, 2009).
3 No Decreto Lei nº 6.666/2008, Art. 2º, os metadados são descritos como “conjunto de informações descritivas
sobre os dados, incluindo as características de seu levantamento, produção, qualidade e estrutura de
armazenamento, essenciais para promover a sua documentação, integração e disponibilização, bem como
possibilitar sua busca e exploração”.
4 Os órgãos federais produtores de dados geoespaciais que participaram do CEMG foram: IBGE, DSG, DHN,
ICA, IBAMA, CPRM e INPE.
25
2.6 Especificações Técnicas do Open Geospatial Consortium (OGC)
O Open Geospatial Consortium (OGC) é um consórcio com mais de 250 companhias,
agências governamentais e universidades, criado para promover o desenvolvimento de
tecnologias que facilitem a interoperabilidade entre sistemas envolvendo informação espacial
e localização. Os produtos do trabalho do OGC são apresentados sob forma de especificações
de interfaces e padrões de intercâmbio de dados (DAVIS JR. et al, 2005).
As especificações mais importantes da OGC:
WMS – Web Maps Service - Serviço de mapa pela internet
WFS – Web Feature Service - Serviços apresentado pela internet
WCS – Web Coverage Service - Serviço de cobertura pela internet
CAT – Catalogue Service - Serviço de Catálogo pela internet
GML – Geography Markup Language - Linguagem de marcação de geografia
26
2.7 Modelo Object Modeling Technique for Geographic Applications (OMTG)
Neste estudo, buscou-se desenhar a estrutura conceitual das feições presentes no BDG
e os seus relacionamentos, com a utilização do modelo Object Modeling Technique for
Geographic Applications (BORGES, 1997). A partir do OMTG, desenhou-se o Diagrama de
classes apresentado no Apêndice D. Este modelo, criado a partir do modelo de banco de dados
convencionais Object Modeling Technique (RUMBAUGH et al.1991), baseia-
se em três conceitos: classes, relacionamentos, e relacionamentos espaciais (topologia).
Trabalha em nível conceitual apresentando tanto classes georreferenciadas como classes
convencionais (CIPULLO e ROIG, 2013). A Figura 2 demonstra um esquema de
representação do mundo real no modelo OMT-G.
Figura 2 - Tipos de classes e suas representações no modelo OMT-G.
Fonte: BORGES, 1997. Adaptado pela autora, 2017.
O OMT-G também foi descrito como tendo a capacidade de introduzir primitivas
geográficas a modelos elaborados para dados convencionais, como por exemplo, o Unified
Modeling Language (UML), com o objetivo de aumentar a capacidade de representação
semântica (BORGES et al, 2005).
27
2.8 Estado da Arte
Desde que o SIG despontou como uma solução capaz de integrar as funcionalidades
de um banco de dados convencional a metodologias capazes de transformar tais dados em
produtos de informação, passou a ser aplicado no planejamento ambiental e na gestão dos
recursos hídricos, fornecendo subsídios para os processos decisórios.
Nos dias atuais, junto com avanços tecnológicos cada vez mais rápidos, o SIG
continua evoluindo não apenas tecnologicamente, mas também devido a uma mudança
coletiva no entendimento da importância do compartilhamento de informações como motriz
de transformações sociais.
Um exemplo dessa mudança de paradigma deu-se inicialmente com as iniciativas de
compartilhamento de dados e informações que antes eram restritos a entidades privadas e
governamentais. Esta mudança vem evoluindo em direção não apenas ao consumo de
informação de forma passiva por parte da sociedade, mas também com ações proativas. Por
meio de aplicações computacionais, cidadãos comuns, pesquisadores ou usuários dos serviços
públicos, observando-se regras de segurança previamente estabelecidas, podem executar tais
ações. Isto é uma tendência. No 8º Fórum Mundial da Água, realizado no Brasil, um tema
recorrente foi a importância de dar voz ao cidadão comum, para a melhor gestão dos recursos
ambientais do planeta.
2.8.1 No Mundo
No que diz respeito ao compartilhamento e colaboração de informações, podemos citar
a empresa estadunidense, que disponibilizou uma coleção de dados básicos relacionados à
água e aos recursos hídricos de renomadas entidades produtoras de informação, tais como:
United States Geologycal Survey (USGS), National Oceanic and Atmospheric Administration
(NOAA), National Weather Service (NWS) e National Aeronautics and Space Administration
(NASA) – nos Estados Unidos; além da Agência Espacial Europeia, Agência Ambiental do
Reino Unido, Bureau of Meteorology (Austrália), entre outros. Além dos dados oficiais de
agências governamentais, a plataforma de compartilhamento disponibiliza dados adicionados
pela comunidade de usuários do ArcGIS e a ESRI, através do programa Community Maps
28
(ESRI, 2011). Neste programa, profissionais de SIG em todo o mundo, que trabalham em
todos diversos tipos de organizações governamentais e empresas privadas, disponibilizam
seus dados. Estes, passam por um controle de qualidade e quando aceitos são publicados em
uma das atualizações realizadas periodicamente no serviço. Algumas bases de dados, como
por exemplo, medições de nível e vazão de cursos d’água, são atualizadas em tempo real.
Uma parte dos dados ainda se restringe ao país de origem da empresa, os Estados Unidos,
porém a rede de colaboradores vem aumentando e com isso também cresce a área de
abrangência do serviço. As informações são acessíveis através de uma conta pública que pode
ser criada gratuitamente.
Seguindo o modelo que busca uma evolução na forma de se planejar ações que afetam
a sociedade, dando mais transparência aos processos decisórios por meio de ações como o
compartilhamento de dados e informações, surgiu nos anos 90 uma iniciativa chamada
sistema participativo de informação geográfica, ou no inglês Participatory GIS (ABBOT et al,
1998). Com o objetivo de engajar as comunidades, e dar voz a todas as camadas sociais. Essa
iniciativa, assim como o SIG, aperfeiçoou-se com os avanços tecnológicos do século XXI e as
discussões surgidas nas esferas das ciências sociais e ambientais. Um exemplo deste modelo
de utilização colaborativa dos SIG foi aplicado em Londres e outras cidades da Inglaterra, e
posteriormente na Polônia, Itália e Finlândia, na gestão urbana e ambiental (HAKLAY.&
FRANCIS, 2018) e na bacia do rio Boise, estado do Idaho, Estados Unidos (TUTHILL et al,
2003).
Na Holanda, um país de baixa altitude e propenso a inundações, o governo sempre foi
inovador na gestão de suas águas, utilizando a engenharia, desde o século XIV na forma de
moinhos de vento, e desde o século XVI na forma de pôlderes, em um elaborado sistema de
drenagem, que inclui diques e estações de bombeamento, capaz de preservar grandes áreas,
protegendo a terra contra inundações e assegurando o fornecimento de água doce. Haja vista a
inegável vocação para contornar problemas relacionados a àgua, o governo Holandês além de
manter uma extensa política de dados abertos, vem utilizando SIG como arcabouço para a
aplicação e integração de diferentes tecnologias de ponta, como: laser scanners, realidade
virtual, Drones, building information modeling (BIM), entre outras, melhorando assim, os
setores que são pilares de sua economia: água, energia, agricultura e construção (HISHAM,
2015).
29
2.8.2 No Brasil
No Brasil, também há iniciativas no sentido do compartilhamento e disseminação da
informação. A partir de 2008, com a promulgação do Decreto Presidencial nº 6.666 que
instituiu a INDE, diversos órgãos públicos têm empregado esforços no sentido de organizar,
padronizar e disponibilizar seus dados e metadados em uma plataforma tecnológica com
diferentes módulos como o GeoNetwork, que hospeda os metadados dos dados geográficos
disponibilizados na INDE.
No tocante a iniciativas de compartilhamento de dados referentes à gestão de RH,
escolheu-se citar dois casos de uso:
1º caso: o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), órgão gestor e executor da Política
Estadual de Recursos Hídricos no Rio de Janeiro, em abril de 2018, disponibilizou ao público
um portal de nome GEOINEA, contendo sua Base de Dados Espaciais, baseada na plataforma
de geoserviços online da ESRI. O canal foi criado para otimizar o compartilhamento de
geoinformações ambientais do Estado do Rio de Janeiro (INEA, 2018).
Na aba da aplicação que é dedicada aos Recursos Hídricos, o GEOINEA oferece além
de um Visualizador de Dados, a possibilidade de o usuário descarregar dados e metadados
produzidos pelo INEA e seus parceiros institucionais, além de consumir geoserviços. O
serviço também oferece diversas informações sobre o sistema de gestão de recursos hídricos
no estado do Rio de janeiro, informações ambientais e bases cartográficas para utilização no
SIG.
Na Figura 3 vê-se um exemplo de visualização da aplicação, onde foram habilitadas
na legenda, as informações dos Pontos de Captação de Água e de Qualidade das Águas
Interiores. Um grande número de informações relevantes para a gestão dos recursos hídricos
no estado encontra-se disponível por meio desta aplicação.
30
Figura 3 - Consulta ao Visualizador de Dados da aplicação GEOINEA.
Fonte: INEA. Disponível em
<https://inea.maps.arcgis.com/apps/MapSeries/index.html?appid=00cc256c620a4393b3d04d2c34acd9ed >.
Acesso em: 16 de abril de 2018.
2º caso: no que diz respeito à utilização do SIG como forma de propiciar o
engajamento da sociedade, fornecendo ferramentas tecnológicas capazes de contribuir com a
democratização do processo decisório na GRH - tema que foi amplamente discutido durante o
8º Fórum Mundial da Água, ocorrido em Brasília na primeira semana do mês de março de
2018 - encontra-se o Sistema de Informações Geográficas Participativo (SIGP). O SIGP é a
combinação da tecnologia do SIG, com o conhecimento local, proporcionado pela
comunidade através de abordagens participativas. O SIGP é uma ferramenta que contribui
para o “empoderamento” e a governança de comunidades marginalizadas e para o
desenvolvimento sustentável, pois está embasado nos conceitos de aprendizagem social e
ecologia do conhecimento, impulsionando e transformando o modelo de governança atuante
(CARVALHO, 2018).
O SIGP está sendo aplicado atualmente no município de Guarulhos, São Paulo, mais
especificamente no bairro Novo Recreio, com alunos do ensino médio, em Guarulhos, São
Paulo, Brasil. O objetivo principal é integrar e envolver a comunidade no processo de tomada
31
de decisão, divulgar o conhecimento e capacitá-los, aplicar o conceito de aprendizagem social
e também melhorar os indicadores de saúde ambiental relacionados ao abastecimento /
escassez de água e saneamento. Uma segunda etapa será ampliar a aplicação do SIGP para
outros atores sociais do município, com o objetivo de tornar esta abordagem “multinível”, ou
seja, proporcionar o contato entre esses atores (SIG PARTICIPATIVO, 2018).
32
3 METODOLOGIA
Para a construção do modelo conceitual do banco de dados geográficos e do SIG
orientado à gestão dos recursos hídricos nos comitês de bacia e a elaboração do “Manual para
planejamento de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) orientado à gestão dos
recursos hídricos”, produto resultante deste estudo, buscou-se seguir o fluxo metodológico
proposto por TOMLINSON (2013). Dadas as particularidades que diferenciam um projeto de
mestrado da aplicação prática em uma organização, diversas adaptações foram necessárias
sem, no entanto, perder-se a essência dos ensinamentos do autor.
Há, entretanto, que relatar-se uma lição aprendida à custa de um erro cometido no
início deste projeto: em certo ponto do desenvolvimento da metodologia, percebeu-se que
havia se construído a Matriz de Dados e Fontes antes mesmo da Matriz de Produtos de
Informação estar montada. Isto não faria sentido e não estaria de acordo com a metodologia
de TOMLINSON (2013). Assim que o engano foi percebido, tomaram-se as devidas
providências para realinhar o projeto com a metodologia proposta. Em seguida, foram
cumpridas as etapas na ordem apresentada na Figura 4.
Figura 4 - Fluxograma contendo as etapas da pesquisa.
Fonte: A autora, 2018.
33
3.1 Primeira etapa – Pesquisa bibliográfica
O início do trabalho de pesquisa para este projeto iniciou-se a partir da revisão
bibliográfica, cujos principais referenciais teóricos utilizados no desenvolvimento deste
estudo encontram-se descritos no capítulo 2.
Buscaram-se nesta etapa, subsídios para a elaboração da lista preliminar de Produtos
de Informação, além de uma metodologia capaz de orientar a construção do SIG. Para a
listagem preliminar dos produtos, foi consultado inicialmente o texto da PNRH, com objetivo
de entender quais temas devem constar em um Plano de Recursos Hídricos.
Posteriormente foi feito um levantamento de diversos Planos de Bacia produzidos
pelos CBH, de forma a conseguir se definir um conjunto mínimo de informações comum a
todos os comitês observados.
Também nesta etapa, optou-se pela utilização da metodologia desenvolvida por
TOMLINSON (2013), contando, no entanto, com algumas adaptações.
A pesquisa bibliográfica, além de ter sido o passo inicial da pesquisa, também gerou
subsídio às etapas subsequentes deste estudo.
3.2 Segunda etapa – Listagem preliminar dos produtos de informação
Criou-se, a partir da revisão bibliográfica, uma lista com os “produtos de informação”
a serem utilizados pelos gestores e membros dos comitês de bacia hidrográfica (CBH), para
fornecer as informações necessárias para o planejamento e a tomada de decisão. Essa lista
contém além dos “produtos de informação”, os dados geográficos utilizados para gerar tais
informações.
Para identificar os produtos que deveriam constar na lista e, consequentemente, fazer
parte do SIG proposto neste estudo, levou-se em conta duas fontes principais: i) temas que a
PNRH, através da lei 9.433/97, apresenta como informações pertinentes aos planos de
recursos hídricos das bacias hidrográficas. Estes, por sua vez, são os norteadores do trabalho
dos comitês de bacia para a gestão do recurso hídrico; ii) consultas à planos de bacia já
elaborados em diferentes bacias hidrográficas
34
3.3 Terceira etapa – Entrevistas e questionários
Nesta etapa buscou-se realizar a pesquisa com o maior número possível de
profissionais especialistas na gestão e na governança dos recursos hídricos, incluindo pessoas
de diferentes estados do país. O alvo da pesquisa eram principalmente professores de
disciplinas afeitas ao tema, pessoas que trabalhassem em órgãos públicos voltados à gestão
das águas, estudantes de pós-graduação neste campo do conhecimento e profissionais com
atuação nos CBHs. O objetivo foi identificar os produtos de informação essenciais para a
gestão e o processo decisório no âmbito dos comitês.
Elaborou-se um questionário estruturado onde o pesquisado deveria marcar uma ou
mais opções, previamente listadas. Este continha duas partes: na primeira parte havia
perguntas sobre a atuação do pesquisado na gestão de recursos hídricos, seu conhecimento
sobre SIG e com que tipo de informações lidava em sua rotina profissional e algumas
informações de identificação pessoal; a segunda parte era apresentada uma lista de planos de
informação, e pedia-se aos participantes que dessem notas de importância - 0 – nenhuma
importância, 1 – baixa importância, 2 – média importância, 3 – importante, 4 – alta
importância, 5 – Fundamental – à tais informações. Também havia espaço para acrescentar
sugestões sobre informações que não houvessem sido incluídas.
A partir do grau de importância atribuída pelos pesquisados a cada plano de
informação, buscou-se identificar aquelas que deveriam constar da base de dados e eliminar
outras consideradas dispensáveis ou não essenciais. Outro ponto levado em conta foram as
sugestões dos participantes, especialmente no tocante às sugestões sobre informações que
consideravam importantes, porém não haviam sido listadas.
Ao final desta etapa havia sido realizada: uma (1) entrevista presencial e uma (1) por
telefone; 34 questionários respondidos no portal de formulários online (Google Forms). O
total de participantes na pesquisa foi de 36 pessoas. O questionário elaborado e utilizado na
pesquisa encontra-se no Apêndice A.
35
3.4 Quarta etapa – Matriz de Produtos de Informação e Matriz de Dados e Fontes
Na quarta etapa da metodologia, consolidaram-se a Matriz de Produtos de Informação
(MPI) e a Matriz de Dados e Fontes (MDF), reproduzidas nos Apêndices B e C,
respectivamente. A partir das informações reunidas na segunda etapa desta metodologia,
validados e complementados na etapa seguinte, elaboraram-se as estas duas matrizes,
utilizadas para construir o Modelo Conceitual do Banco de Dados Geográficos orientado à
gestão das águas nos comitês de bacia.
3.4.1 Matriz de Dados e Fontes (MDF)
A MDF (APÊNDICE B) contém 39 classes de dados, em 9 grupos temáticos, cada um
desses dados foi utilizado para gerar um ou mais PI descritos na MDF. Para a elaboração
desta matriz utilizaram-se dados em escala nacional, ou seja, que abrangessem todo o
território brasileiro. O motivo de ter-se trabalhado nessa escala foi que o presente estudo não
se refere a nenhuma bacia hidrográfica em particular. Sendo assim, procurou-se construir um
modelo que se ativesse à temas recorrentes nos planos de recursos hídricos em diferentes
regiões, e que fossem comuns à maioria das bacias hidrográficas do país.
É importante ressaltar que os dados indicados na MDF possuem uma escala cujo nível
de detalhamento muitas vezes não será o mais indicado para se trabalhar no nível da bacia
hidrográfica. Os dados constantes no Modelo Conceitual de Banco de Dados Geográficos
(MCBDG)5 apresentado neste estudo podem ser utilizados, porém sugere-se que, havendo
dados com maior nível de detalhe e de fonte confiável, que se opte por este. Esses dados com
maior detalhamento geralmente são produzidos por órgãos governamentais locais, municipais
ou estaduais, ou entidades de pesquisa. Em muitos casos encontram-se disponíveis para serem
descarregados em portais na WEB.
Constam desta matriz as seguintes informações sobre os dados utilizados na
construção da MPI e do MCBDG:
5 MCBDG é o mesmo que o Modelo Conceitual de Banco de Dados descrito na Revisão Bibliográfica, item 2.1
adicionando-se o sufixo “G” referente a Geográficos, já que estamos tratando aqui de um banco de dados
geográficos.
36
a) Temas:
- I - Limites Político-administrativos;
- II - Transportes;
- III - Estrutura Econômica;
- IV - Meio Físico;
- V - Recursos Hídricos;
- VI - Cobertura Vegetal;
- VII - Uso do Solo;
- VIII - Séries Temporais;
- IX - Dados Censitários.
b) Identificador:
- foi atribuído um número identificador a cada dado da tabela, com o
intuito de relacionar com a MPI, informando quais dados foram
utilizados para gerar cada PI.
c) Classe:
- foram descritas na tabela as 39 classes que foram utilizadas na geração
dos 25 Planos de Informação.
d) Atributos:
- em cada classe listaram-se os atributos importantes para a geração dos
PI presentes na MPI. Os atributos considerados menos importantes para
a construção, foram excluídos, buscando com isso, manter o banco de
dados geográficos (BDG) conciso, evitando sobrecarregar programas e
equipamentos.
e) Tipo de Campo:
- aqui foram especificados os tipos de campo de cada atributo, podendo
ser Texto, Data ou Data-hora, Números Reais ou Inteiros.
f) Escala:
- é recomendado trabalhar-se com um dado de uma fonte confiável,
uma instituição reconhecida como produtora de dados oficiais. Para este
estudo foram utilizados dados produzidos por órgãos governamentais,
tais como: IBGE, ANA, CPRM, INMET, SICAR, INPE, IBAMA,
ANEEL e Ministério dos Transportes. Dentro do conjunto de dados
oficiais e públicos, disponibilizados por estes órgãos, buscou-se aqueles
37
com maior nível de detalhamento. Porém como os dados utilizados para
o estudo tinham a abrangência nacional, ou seja, tinham o objetivo de
cobrir todo o território nacional, as escalas encontradas para esta
abrangência foram de: 1: 250.000; 1: 1.000.000; 1: 5. 000.000.
É importante ressaltar que neste estudo foram utilizados dados com abrangência
nacional para exemplificar o modelo proposto, e por este motivo utilizaram-se escalas
menores, com menos detalhamento e precisão. O ideal é que se busquem dados que, além de
terem sido produzidos por fontes oficiais e reconhecidas, possuam um nível de detalhamento
capaz de representar as informações e os fenômenos de interesse na área de estudo. Para
auxiliar na escolha da escala de trabalho mais adequada, a tabela apresentada na apresenta as
aplicabilidades de cada nível de escala.
Tabela 1 - Aplicabilidades das diferentes escalas
Tipo de escala Escala cartográfica Finalidade
Grande
(Cadastral)
1:100 e 1:200 Plantas de pequenos lotes e
edifícios
1:500 e 1:1.000
Planta de arruamentos e
loteamentos, redes de água e
esgoto
1:1.000 a 1:5.000 Plantas de propriedades rurais
1:5.000 a 1:25.000
Carta/Planta cadastral de cidades
e grandes propriedades rurais ou
industriais
Média
(Topográfica)
1:50.000 a 1:100.000 Cartas de municípios
1:25.000 a 1:250.000 Cartas/Mapas topográficos
Pequena
(Geográfica) Acima de 1:250.000
Mapas de estados, países,
continentes, Atlas geográfico etc.
Fonte: FEITOSA, 2016. Adaptado pela autora, 2018.
g) Geometria:
- Especifica o tipo de geometria utilizado para representar
espacialmente cada um dos dados. Em alguns casos podem ser
utilizadas mais de um tipo de representação geométrica para a mesma
38
classe, gerando assim um novo dado. A escolha do tipo de
representação irá depender da escala e de padrões cartográficos
definidos pelos entes do Sistema Cartográfico Nacional. Um exemplo
disso é a representação da hidrografia, que pode ser feita na forma de
linhas, ou, no caso de corpos hídricos cuja distância entre uma margem
e outra seja maior do que 0,8 mm multiplicados pela escala (CONCAR,
2008), na forma de polígonos, respeitando as regras topológicas6
definidas para estas classes;
h) Fonte:
- andica o órgão responsável pela produção do dado, como por
exemplo, a Agência Nacional de Águas (ANA) e Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
i) Ano:
- informa o ano de referência do dado, podendo ser da sua produção ou
da última atualização.
j) Link do dado:
- informa a Uniform Resource Locator (URL) que se refere ao endereço
de rede por onde foi descarregado o arquivo;
k) Link do metadado:
- informa a URL do metadado, contendo informações sobre a produção
e estrutura do dado;
l) Informações adicionais:
- oferece orientações sobre particularidades dos dados, como por
exemplo: links com documentação, instruções de utilização,
informações sobre a fonte ou sobre como acessar o dado.
3.4.2. Matriz de Produtos de Informação (MPI)
Cada Produto de Informação (PI) apresentado na MPI (APÊNDICE C), indica quais os
dados da Matriz de Dados e Fontes foram utilizados para gerar o Produto de Informação. A
MPI contém 25 PI divididos em 10 temas, listados a seguir.
I - Localização da Unidade de Planejamento Hídrico (UPH): originou dois PI, onde:
6 Regras topológicas podem ser aplicadas para detectar possíveis erros topológicos em uma base de dados
geográficos, validando assim a topologia da feição vetorial. A topologia descreve as relações espaciais entre os
vetores de pontos, linhas ou polígonos, representados no SIG. A validação da topologia é necessária para
detectar possíveis erros decorrentes do processo de digitalização (QGIS, 2018).
39
a) no primeiro, caracterizou-se a localização da bacia hidrográfica, mostrando
os principais elementos de localização geográfica, tais como: o limite da
UHP ou, quando for o caso, a Unidade Estadual de Planejamento de Gestão
de Recursos Hídricos – UEPGRH; as principais localidades (e.g.: capitais,
sedes de municípios, distritos etc); os principais corpos d’água e
reservatórios. Corpos d’água contendo os rios de margem simples, foram
representados na forma de linhas, na classe “Curso d’água”. Os corpos
hídricos, representados na forma de polígonos, na classe “Massa d’água”
(e.g.: rios de margem dupla, lagos, lagoas etc.). Foram também
representadas rodovias, ferrovias e os limites estaduais;
b) no segundo produto, além da localização geográfica e dos elementos
relativos à própria bacia, como o seu limite e a hidrografia principal,
inseriu-se elementos da esfera político-administrativa. Foram apresentados
os limites dos municípios inseridos de forma integral ou parcialmente na
bacia hidrográfica.
II – População: resultou em 2 PI, contendo as informações sobre a população residente
na área da bacia - população total, urbana e rural e o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) dos municípios, que mede o progresso de uma nação a partir de três dimensões: renda,
saúde e educação (PNUD BRASIL, 2018), e vem sendo adotado pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) desde 1990.
III - Meio Físico – composto por 4 PI, com o propósito de caracterizar
fisiograficamente a área da bacia hidrográfica. As caraterísticas físicas apresentadas neste
tema são: Altitude, Relevo, Hidrogeologia e Tipos de Solo.
IV - Aspectos Quantitativos: apresentaram-se 3 PI contendo informações referentes à:
a) disponibilidade Hídrica, com dados das vazões coletadas nas estações da
rede meteorológica, dados de localização desta rede, e também das
disponibilidades das reservas de água subterrânea;
b) balanço Hídrico entre oferta e demanda;
c) precipitação, com informações de precipitação média anual, produzidos a
partir da interpolação espacial7 dos dados coletados nas estações
pluviométricas da rede hidrometeorológica.
V - Aspectos Qualitativos: deu origem a 2 PI:
7 Interpolação espacial é o processo de utilização de pontos com valores conhecidos para estimar os valores em
outros pontos desconhecidos (QGIS, 2018).
40
a) qualidade das Águas Superficiais, de onde constaram os dados da rede
hidrometeorológica, com os atributos correspondentes às estações de
monitoramento de qualidade da água; as médias do Índice de Qualidade da
Água (IQA)8 medido nestas estações; os cursos d’água, localidades e o
limite da UHP;
b) qualidade das Águas Subterrâneas, com informações das medições
realizadas nos poços de monitoramento da qualidade das águas.
Constaram deste produto, dados da rede de monitoramento da qualidade
das águas subterrâneas; resultados coletados e classificados de acordo com
a Resolução CONAMA Nº 396/2008; as localidades, a hidrogeologia e o
limite da UHP.
VI – Saneamento e Abastecimento: constitui-se de 2 PI com informações sobre o
percentual de atendimento para o tratamento de esgoto e para o abastecimento de água, por
município inserido na bacia.
VII - Situação Ambiental: neste item encontram-se 2 PI:
a) o primeiro apresenta as Unidades de Conservação localizadas na área da
bacia hidrográfica, além das localidades e do limite da UHP;
b) o segundo produto contém as Áreas de Preservação Permanente (APP)
referentes a topos de morro, faixa de vegetação marginal aos corpos
hídricos, áreas do entorno de nascentes ou olhos d’água, topos de morros,
áreas com declividade superior a 45º, áreas com altitude superior a 1.800 m,
e outras que possam vir a ser declaradas como tal pelo Poder Público, dentro
das normas dos artigos 1º e 3º da lei 12.651, o chamado Código Florestal
(BRASIL, 2012) e das Resoluções CONAMA n.º 302/02 e 303/02.
VIII - Ordenamento Territorial: os produtos originados foram:
a) potenciais Poluidores instalados na área da bacia hidrográfica e entorno dos
corpos hídricos, tais como: localidades (e.g.: áreas urbanizadas, cidades e
vilas), mineração, indústrias, cemitérios, aterro sanitário, lixões, usinas,
portos, aeroportos, malha de dutos, rodovias, ferrovias e hidrovias;
b) uso e Ocupação do Solo, mapeado por meio da classificação de imagens de
satélites e contendo classes, tais como: Água, Área Descoberta, Área
8 O IQA é um índice composto por nove (9) parâmetros que refletem, principalmente, a contaminação dos corpos
hídricos ocasionada pelo lançamento de esgotos domésticos (CETESB, 2003), vem sendo utiliza no Brasil, desde
1975 e é o mais aceito entre as instituições nacionais (ANA, 2018).
41
Urbana, Dunas, Lavoura Permanente, Lavoura Temporária, Mangue, Mata
Nativa, Mineração, Pastagem e Silvicultura.
IX - Usos dos Recursos Hídricos: foram gerados os seguintes produtos:
a) outorga, contendo informações de: localização, finalidade de uso, domínio,
órgão outorgante, vazão outorgada, além do percentual de distribuição dos
principais usos - demanda urbana, rural e industrial;
b) cobrança, com informações sobre a localização e identificação dos usuários
pagadores e valores arrecadados em Reais;
c) enquadramento, com a situação atual do enquadramento dos cursos d’águas e
as propostas de metas e melhorias;
d) segurança de Barragens, contendo a localização das mesmas.
X - Eventos Hidrológicos Críticos: foram gerados 3 PI:
a) secas;
b) inundações;
c) acidentes com contaminantes.
Cada um destes produtos apresentou o histórico de ocorrência de eventos por
município.
3.5 Quinta etapa – Modelo conceitual do banco de dados geográficos
A quinta etapa da metodologia aplicada neste estudo consistiu no desenvolvimento de
um produto intermediário, o Modelo Conceitual do Banco de Dados Geográficos,
representado por meio do Diagrama de Classes (APÊNDICE D). Para a elaboração do
diagrama, utilizou-se a técnica de modelagem OMT-G.
3.6 Sexta etapa – Requisitos mínimos
A sexta etapa da metodologia dedicou-se à identificação dos requisitos mínimos para 3
dos 5 Pilares do SIG (Figura 1), programas, equipamentos e profissionais. Como resultado
desta etapa, foram apresentadas as principais características dos dois programas testados, o
ArcGIS e o QGIS, equipamentos recomendados e sugestão de perfil profissional da equipe.
42
3.6.1 Programas
Foram escolhidos, dentre os mais populares e bem avaliados do mercado, dois
programas de SIG. Um livre, o QGIS, e um comercial, o ArcGIS Desktop. Em seguida, foi
analisado um estudo comparativo (FRIEDRICH, 2014) entre os softwares, a fim de subsidiar
a organização na escolha do programa de SIG a ser utilizado. No referido estudo, as versões
utilizadas foram: ArcGIS for Desktop 10.2.2 e QGIS Desktop 2.6.
3.6.2 Equipamentos
A partir de informações fornecidas pelos fabricantes dos programas selecionados neste
estudo, buscou-se definir os requisitos mínimos para o bom desempenho do SIG e de suas
funções.
3.6.3 Profissionais
Delineou-se o perfil dos profissionais que irão operar o SIG, baseando-se na
especificação das funções, descritas em TOMLINSON (2013). Levou-se em consideração
adaptações necessárias para transpor-se uma metodologia elaborada em um país de primeiro
mundo, para a realidade econômica e social do Brasil.
3.7 Sétima etapa – Produtos finais
O projeto gerou 2 produtos, sendo o primeiro a presente dissertação onde foram
descritas as etapas e a metodologia utilizada para a elaboração do segundo produto, o
“Manual para planejamento de um sistema de informações geográficas (SIG) orientado à
gestão de bacias hidrográficas”. Este, encontra-se no APÊNDICE E.
43
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Pesquisa
A pesquisa contou com duas etapas: i) entrevista; ii) questionário. Da primeira
entrevista, realizada com o Professor e coordenador do ProfÁgua, Dr. Friedrich Herms,
resultou a versão inicial do modelo do questionário, aplicado posteriormente aos outros
participantes da pesquisa. Nesta entrevista, contou-se com o apoio da colega, aluna do
ProfÁgua, Laiz Honório. Após a realização dessa entrevista, optou-se por trocar a ideia inicial
de conversas presenciais pelo envio de questionários, já que dada a extensão do tema, as
entrevistas poderiam levar muito tempo, além das dificuldades em conciliar horários e
localizações.
A pesquisa, na forma de questionário, foi divulgada para um número estimado
superior a 150 pessoas, entre alunos do Programa de Mestrado em Gestão e Regulação de
Recursos Hídricos (ProfÁgua) dos diversos polos do país onde o curso é ministrado, e outros
grupos de profissionais da área. A meta da pesquisa era obter em torno de 100 respostas,
porém não houve um grande número de pessoas que se dispuseram a responder. Os
questionários foram disponibilizados no portal de formulários Google Forms, e foram
respondidos por 34 pessoas. Dentre os que responderam, profissionais atuantes na gestão dos
recursos hídricos no país e alunos do ProfÁgua. O questionário aplicado encontra-se
reproduzido em sua íntegra no Apêndice A – Formulário aplicado na pesquisa.
4.1.1 Resultados da Pesquisa
Dos 34 pesquisados, 65%, correspondentes a 22 pessoas, responderam SIM à pergunta
“É vinculado a algum Comitê de Bacia, agência de águas, entidade delegatária ou outro órgão
gestor atuante na gestão de recursos hídricos? ”. Os 35% que responderam NÃO são alunos
do Programa de Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua).
Dentre os 22 pesquisados vinculados à gestão de recursos hídricos, 20 são membros de
Comitês de Bacias e 6 são membros de outras instituições de gestão de recursos hídricos, e 4
são membro ambos. 71% declarou utilizar algum tipo de SIG, sendo que os dois programas
44
mais utilizados foram o ArcGIS com 75% das respostas, seguido do QGIS, com 65% (era
permitido marcar quantas opções desejasse, neste item).
A pesquisa foi importante para prover informações para a elaboração da MDF e da
MPI, e consequentemente do modelo conceitual do banco de dados geográficos orientado à
gestão de recursos hídricos. As respostas e notas atribuídas às classes e aos dados, pelos
pesquisados, foram utilizadas para validar e corroborar com o modelo que já estava sendo
desenvolvido com base em pesquisa feita com os planos de bacias de diferentes comitês, além
dos temas estipulados pela PNRH e também aqueles presentes no Caderno de Capacitação 8
(ANA, 2016).
Além de ter se utilizados das sugestões dadas opcionalmente pelos pesquisados ao
final de cada Grupo Temático, de onde se tirou, por exemplo, alguns temas que não haviam
sido listados nas primeiras versões do questionário.
4.2 Matriz de Dados e Fontes
A MDF foi elaborada antes da MPI, o que com o desenvolvimento do projeto
percebeu-se ter sido um engano. Segundo a metodologia de TOMLINSON (2013) a MPI deve
ser elaborada antes da MDF, pois são os produtos de informações presentes na MPI que vão
indicar quais os dados devem ser adquiridos para gerá-los.
A inversão da ordem das matrizes foi percebida a tempo, e a solução encontrada foi
criar a MPI, mesmo que depois da MDF, e então revalidar os dados presentes na MDF, com
base nos produtos descritos na MDI. Nesta etapa, ocorreu que vários dados que faziam parte
da MDF acabaram por ser eliminados da matriz, restando apenas aqueles que foram utilizados
para a construção dos produtos descritos na MDI.
45
Para cada produto de informação presente na MPI, foram indicados os dados
utilizados da MDF para a construção de cada PI. Isto foi feito com a utilização de um campo
identificador (ID) utilizado em ambas as matrizes. Um exemplo desta correlação pode ser
visto na Figura 5. As matrizes completas encontram-se nos Apêndices B (MPI) e C (MDF).
Figura 5 - Exemplo de como o campo ID indica quais os dados da MDF foram
utilizados para gerar os produtos de informação da MPI.
Fonte: A autora, 2018.
4.3 Matriz de Produtos de Informação
A MPI está prevista na metodologia de TOMLINSON (2013) e foi elaborada tendo
como base dois insumos principais: i) a consulta bibliográfica; ii) os resultados da pesquisa e
do questionário. Apesar da inversão da ordem de elaboração das matrizes, já abordada no item
anterior, foi possível aproveitar muitas das informações da pesquisa, para a elaborar a MPI. O
restante resultou de uma análise cujos principais insumos foram:
46
a) planos de Bacias de diferentes comitês e consórcios, alguns disponíveis em
Portais da WEB e outros adquiridos através de pessoas que participaram da
pesquisa e trabalham diretamente com tais informações;
b) os temas que a PNRH instituiu que devem constar de um Plano de Recursos
Hídricos;
c) consultas aos catálogos de metadados disponíveis na WEB na plataforma da
INDE, especialmente os da ANA;
d) o Caderno de Capacitação nº 8 da ANA (2016).
A MPI possui 10 temas e 25 produtos de informações, cada um dos produtos foi
gerado por um conjunto de dados que fazem parte da MDF e, como exemplificado na figura
6, o campo “ID” indica quais os dados da MDF foram utilizados para gerar cada PI. A MPI
está reproduzida na íntegra, no Apêndice B.
4.4 Modelo Conceitual do Banco de Dados Geográficos
A descrição do MCBDG, juntamente com seus componentes - diagrama de classes,
dicionário de dados, e o conjunto de metadados - pode ser considerada uma boa prática em
gestão do dado. Propicia a construção de uma base de dados confiáveis, com rastreabilidade
da informação. Isto possibilita não só uma melhor qualidade da base e do sistema, mas
também que o mesmo esteja preparado para o compartilhamento e a interoperabilidade.
4.4.1 Grupos Temáticos
A separação dos grupos temáticos foi feita levando-se em conta as informações que
podem ser obtidas de cada conjunto de dados. Foram consultadas divisões temáticas já
existentes, como por exemplo, aquela utilizada na ET-EDGV e as adotadas pelo IBGE em
suas bases contínuas de mapeamento, como a BC-250 e a BCIM. Foram feitas algumas
adaptações para melhor aderência ao modelo proposto neste estudo.
A divisão dos Grupos Temáticos que compõem o Modelo ficou como apresentado na
Figura 6.
47
Figura 6 - Grupos temáticos do MCBDG
Fonte: A autora, 2018.
4.5 Diagrama de Classes
Define a estrutura das classes utilizadas pelo sistema, determinando os atributos e
métodos que cada classe possui. Também estabelece como as classes se relacionam e trocam
informações entre si. Um exemplo de um Diagrama de Classes criado para representar o
grupo temático de “Limites político-administrativos e Localidades”, pode ser visto na Figura 7.
48
Figura 7 - Exemplo de Diagrama de Classe simplificado para o grupo temático Limites Político-
Administrativos e Localidades.
Fonte: A autora, 2018.
4.6 Dicionário de Dados
O Dicionário de Dados é uma listagem organizada de todos os itens pertinentes ao
sistema. Possui definições precisas e rigorosas para que o analista de sistemas possa conhecer
todas as entradas, saídas, componentes de depósitos e cálculos intermediários (YOURDON,
1992). Não há um padrão fechado de um modelo de dicionário de dados, mas este deve conter
um conjunto mínimo de informações, tais como: nome da classe, nome dos atributos,
domínio, tipo de campo, tamanho do campo e descrição. Um exemplo de uma tabela de
dicionário de dados utilizada na ET-EDGV (DSG, 2010) pode ser visto na Figura 8.
49
Figura 8 - Exemplo de uma tabela representando a classe “Bacia Hidrográfica” em um dicionário de dados.
Código Classe Descrição Primitiva
Geométrica
1.01 Bacia_Hidrografica
Bacia Hidrográfica é o conjunto de terras
drenadas por um rio principal e seus
tributários, limitada pelo divisor de águas.
Este modelo utiliza a classificação segundo
a metodologia
Atributo Tipo Tamanho Descrição Domínio
1.01.1 Nome Alfanumérico 80
Nome
completo da
instância
A ser
preenchido
1.01.2 Codigo_Otto Inteiro -
Codificação
numérica de
bacias
hidrográficas,
fornecida pela
ANA, de
acordo com a
Res. nº 30 do
CNRH, de
2002.
A ser
preenchido
1.01.3 Nivel_Otto Inteiro -
Codificação
numérica de
bacias
hidrográficas
estratificadas
em níveis,
conforme o
Codigo_Otto.
A ser
preenchido
1.01.4 Nome_Abrev Alfanumérico 50
Nome ou
abreviatura
padronizada.
A ser
preenchido
Fonte: DSG, 2010. Adaptado pela autora, 2018.
O Dicionário de Dados referente às classes que compõem o banco de dados resultante
do modelo conceitual desenvolvido para este estudo encontra-se reproduzido na íntegra, no
Apêndice C – Matriz de Dados e Informações – Dicionário de Dados, deste documento.
50
4.7 Metadados
Em informática, metadados são normalmente definidos como sendo “informações que
descrevem os dados” (CONCAR, 2009). No caso de Bancos de Dados Geográficos, o termo
“metadados” tem um sentido mais amplo, uma vez que possui informações também a respeito
da base cartográfica, tais como fonte de origem, data de aquisição, finalidade para a qual foi
gerada, dentre outras (SILVA, 2002).
Quando do estabelecimento da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE)
ficou instituído que dentre os diversos componentes de uma infraestrutura desta natureza, os
metadados são elementos centrais à dinâmica deste processo. Devido ao grande número de
instituições envolvidas na produção e na distribuição de dados geoespaciais, é necessário a
aderência a um conjunto de normas e padrões comuns. Isto tem como objetivo garantir a
interoperabilidade entre sistemas diversos, facilitando o compartilhamento dos dados entre as
diferentes instituições e organizações.
Alguns padrões internacionais normatizam o formato dos metadados. Um dos padrões
mais aceito é a norma ISO referente à informação geográfica e metadados (ISO, 2003), sendo
adotada no Brasil como base para o Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil, e que visa
um padrão universal para o armazenamento e distribuição de metadados geoespaciais.
A prática de se utilizar metadados, criando novos para os dados produzidos,
atualizando aqueles sobre dados que sofreram alterações, e o hábito de consulta-los quando da
utilização de dados geoespaciais produzidos por terceiros, também pode ser considerada uma
boa prática na gestão do dado. Sua aplicação faz parte de um círculo virtuoso de melhora
contínua da qualidade da base de dados. Tem por objetivo aumentar a confiabilidade dos
dados e consequentemente das informações produzidas, levando a decisões com maior chance
de acerto.
Na MDF (Apêndice C) há uma coluna contendo o link dos metadados dos dados
utilizados no MCBDG. Como boa parte dos dados da referida matriz foram obtidos de
instituições participantes da INDE, muitos dos metadados estão no padrão sugeridos na sua
documentação, assim como no Perfil MGB. Alguns dados possuem metadados não
estruturados, ou seja, existem informações sobre os dados, mas estas precisam ser mineradas
em documentos diversos disponibilizados pela fonte produtora. É possível para o usuário dos
dados, criar o seu próprio metadados.
51
4.8 Requisitos de Programas, Equipamentos e Profissionais
Depois de se ter definido o MCBDG, já é possível estimar o volume de carga de dados
a ser trabalhado pelo sistema. A partir daí, pode-se definir qual programa computacional de
SIG mais se adequa às necessidades. Consequentemente, podem-se definir os equipamentos
necessários para suportar e possibilitar um desempenho satisfatório para o sistema.
Por último, mas não menos importante, é necessário especificarem-se as habilidades
profissionais necessárias às pessoas que irão operar o SIG.
Uma representação gráfica do fluxo da informação utilizada na gestão dos recursos
hídricos para suporte e planejamento dos processos de tomada de decisão está representada na
Figura 9.
Figura 9 - Fluxo da informação de um SIG aplicado à gestão.
Fonte: A autora, 2018.
52
4.8.1 Programas de SIG
Como etapa prevista para a elaboração do Manual, produto deste estudo, foram
selecionados dois programas computacionais de SIG. Dentre os mais populares, escolheu-se
um comercial (com custo) e outro de código aberto (sem custo).
a) ArcGIS Desktop: fabricado pela empresa estadunidense ESRI.
b) Quantum GIS: programa de SIG com código aberto e licenciado sob a
Licença Pública Geral GNU9.
Apesar de ter-se selecionado o ArcGIS Desktop e o Quantum GIS (também conhecido
como QGIS) há outros programas que também podem ser utilizados como plataforma para o
SIG no formato desktop, dentre os quais podemos citar o ArcGIS PRO10GVSIG, o Global
Mapper e o IDRISI.
4.8.2 Programa livre versus comercial
Atualmente, em todas as áreas de que trabalham com informações espaciais, se lida
com o desafio de encontrarem-se soluções para o desenvolvimento que sejam menos
onerosas, buscando a sustentabilidade. Atividades voltadas para o planejamento ambiental e
ordenação do território são muito complexas e interdisciplinares, consequentemente os
planejadores precisam de ferramentas, programas de SIG, para executar as tarefas específicas
do planejamento e da toamda de decisão.
Não há um programa de SIG melhor que o outro, o que há é aquele que mais se
adequa às necessidades de cada caso. A escolha irá depender de fatores tais como o perfil dos
usuários e os recursos da organização. É importante que se tenha em mente suas necessidades
e os recursos que dispõe.
Há alguns quesitos além do valor de compra de compra e manutenção das licenças, no
caso do programa comercial, que devem ser observados para apoiar o gestor na escolha do
9 GNU é um sistema operacional tipo Unix cujo objetivo desde sua concepção é oferecer um sistema operacional
completo e totalmente composto por software livre. Fonte: https://www.gnu.org/home.pt-br.html.
10 O ArcGIS PRO é fabricado pela ESRI e atualmente é parte integrante do Desktop. Segundo o fabricante, o
PRO irá substituir o ArcGIS Desktop, que deverá ser descontinuado a partir de 2022. Fonte: http://forest-
gis.com/2017/07/esri-confirma-que-arcmap-sera-substituido-pelo-arcgis-pro.html/
53
programa. Entre eles, podemos citar: funcionalidades, desempenho, suporte técnico, tempo
para a solução de problemas (ou “bugs” no jargão da informática), documentação disponível,
treinamento e base de conhecimento oferecida pelo fabricante, facilidade de instalação,
requisitos profissionais para a operação do software, disponibilidade de atualizações.
Segundo a norma ISO IEC 9126: Information Technology Software Product
Evaluation Quality characteristics and guidelines for their use (ISO, 2001) - os atributos de
qualidade de software consistem em seis características: funcionalidade, confiabilidade,
usabilidade, eficiência, capacidade de manutenção e portabilidade. Tais características,
segundo esta norma, são divididas em subcategorias ou parâmetros a serem avaliados, como
mostrado na Tabela 2.
Tabela 2 - Quadro dos Atributos de Qualidade de Software de acordo com a ISO / IEC 9126.
Funcionalidade Confiabilidade Usabilidade
Parâmetros
Aptidão Maturidade Compreensibilidade
Precisão Tolerância ao erro Aprendizagem
Interoperabilidade Recuperabilidade Operabilidade
Segurança - -
Conformidade - -
Categorias Portabilidade Sustentabilidade Eficiência
Parâmetros
Adaptabilidade Analisabilidade Tempo
Instalabilidade Estabilidade Recursos
Conformidade Testabilidade -
Comutabilidade Permutabilidade -
- - -
Fonte: FRIEDRICH, 2014. Adaptado pela autora, 2018.
FRIEDRICH (2014), buscando fornecer uma base científica que auxilie os gestores na
escolha do programa mais indicado para a suas organizações, realizou testes com os principais
fatores a serem avaliados para ajudar na tomada de decisão quanto à utilização de um
software livre, o QGIS, ou um comercial, o ArcGIS. Adicionalmente aos atributos de
qualidade definidos pela norma ISO (ISO, 2001), foram testados parâmetros próprios de um
software de SIG. Foram avaliados e testados os seguintes parâmetros: desenvolvimento e
distribuição; custos e licenças; suporte; gestão de dados; mapeamento e visualização; edição;
geoprocessamento; análise espacial; opinião de usuários; usabilidade; eficiência; portabilidade
manutenção; confiabilidade; precisão.
54
FRIEDRICH (2014) realizou testes e simulações aplicados na prática no campo do
planejamento espacial, avaliando os quesitos funcionalidade, confiabilidade, usabilidade e
eficiênciada, de acordo com padrões de qualidade da norma ISO. Além disso, manutenção e
portabilidade foram analisadas separadamente. As conclusões desse estudo foram utilizadas
para embasar as recomendações do Manual de Elaboração de um Sistema de Informações
Geográficas (SIG) Orientado à Gestão de Bacias Hidrográficas, produto deste estudo.
4.8.3 Principais diferenças entre os programas ArcGIS e QGIS
Tendo como base os testes realizados com os dois programas (FRIEDRICH, 2014),
para os quesitos apresentados na Tabela 2, apresentam-se na Tabela 3 as principais diferenças
entre os dois programas nas versões analisadas, ArcGIS Desktop 10.2.2 e QGIS Desktop 2.6.
Tabela 3 - Principais diferenças entre os programas.
Principais
diferenças ArcGIS QGIS
Custo Entre 3.000 e 30.000 dólares Sem custo
Treinamento Diversos treinamentos fornecidos pelo
fabricante, sendo que muitos gratuitos.
Empresas particulares oferecem
treinamentos a custos variados
Suporte Suporte bem estruturado mediante
contrato do serviço.
O suporte depende de desenvolvedores
voluntários, sem previsão de tempo de
resposta.
Documentação Documentação completa pode ser
acessada facilmente pelo botão "Ajuda". Documentação incompleta.
Algoritmos Possui mais algoritmos prontos para o
uso.
Necessita da integração com outros
programas de código aberto para aumentar
a gama de algoritmos.
Funcionalidades Oferece um número maior de ferramentas
de análise.
Algumas funcionalidades exigem uso de
programação de códigos
Interoperabilidade
Suporta mais de 100 formatos do padrão
OGC. Utiliza uma extensão paga11 para
aumentar a interoperabilidade de formatos.
Suporta mais de 200 formatos com o uso
de uma biblioteca de código livre.
Formato de banco de
dados
Geralmente usa os formatos proprietários –
Geodatabase - ESRI Personal, File e ArcSDE
Usa Banco de dados do SpatiaLight do Open
Source e suporta PostgreSQL / PostGIS
Compatibilidade com
Sistemas Operacionais
Compatível com Sistema Operacional
Windows.
Compatível com Windows, Linux, MacOS
X, BSD e Android.
Fonte: FRIEDRICH, 2014. Adaptado pela autora, 2018.
11 A extensão Data Interoperability tem o custo anual aproximado de 5.500 dólares. Fonte: ESRI PORTUGAL,
2018.
55
4.9 Resultados dos testes comparativos
Nos testes realizados entre os dois programas (FRIEDRICH, 2014) obteve os
seguintes resultados para as categorias analizadas:
a) os resultados obtidos nos testes para o quesito Acurácia demonstraram um
equilíbrio no desempenho dos dois programas sem grandes disparidades;
b) no quesito Interoperabilidade, o QGIS saiu-se melhor, já que ele usa
funcionalidades de diferentes programas Open Source – GRASS, SAGA,
Orfeu Toolbox e OSSIM e é compatível com programa de estatística R.
Enquanto o ArcGIS suporta mais de 100 formatos de dados que incluem
apenas OGC limitado, O QGIS usa a biblioteca de tradução do Open
Source GDAL12 que suporta mais de 200 formatos de vetor e raster
incluindo todos os serviços da Web comuns. Para melhorar a
interoperabilidade no ArcGIS, há uma extensão que pode ser comprada
separadamente chamada Data Interoperability, cujo valor aproximado por
licença é de 5.50013 dólares;
c) para trabalhar com arquivos vetoriais, os formatos padrão do ArcGIS são o
Geodatabase e o ESRI Shapefile;
d) para trabalhar com banco de dados, o ArcGIS geralmente usa os formatos
proprietários – Geodatabase - ESRI Personal, File e ArcSDE enquanto o
QGIS usa Banco de dados do SpatiaLight do Open Source e suporta
PostgreSQL / PostGIS;
e) no quesito Treinamento e Base de Conhecimento, o ArcGIS tem grande
vantagem, pois tem documentação completa que pode ser acessada no
botão “Ajuda” e nas próprias ferramentas;
f) na Compreensibilidade e Operabilidade ambos estão igualmente
classificados;
g) a Capacidade de Análise e Estabilidade são equivalentes nos dois, dado que
ambos os programas podem ser estendidos por meio de scripts python e os
arquivos podem ser usados em outros programas;
12 GDAL é uma biblioteca de tradutores para formatos de dados geoespaciais matriciais e vetoriais cuja licença é
disponibilizada sem custo pela Open Source Geospatial Foundation. 13 Valores atualizados obtidos em consulta à ESRI Portugal, originalmente em Euros. A conversão foi realizada
em 15 de julho de 2018, a 1, 17 dólares para cada Euro.
56
h) no que diz respeito à Portabilidade, o QGIS mostrou-se superior, sendo
mais adaptável, pois tem várias ligações para outros programas;
i) a Capacidade de Instalação do QGIS também se mostrou superior por ser
possível de ser instalado em todos os sistemas operacionais mais comuns,
enquanto o ArcGIS só pode ser instalado no Windows;
j) o QGIS teve melhores resultados também no quesito Conformidade devido
ao uso de padrões abertos;
k) os testes demonstraram ainda que o QGIS tem uma clara vantagem no
quesito Manutenção, enquanto o ArcGIS ganha em Capacidade de
Adequação;
l) para os quesitos Eficiência, Confiabilidade e Usabilidade, ambos foram
considerados equivalentes;
m) o QGIS pode ser mais fácil de manusear para iniciantes, já que fornece
menos funcionalidade e, portanto, opções, mas a documentação fraca é uma
desvantagem;
n) a integração de algoritmos externos é mais complicada, sendo indicada para
usuários avançado;
o) o ArcGIS fornece mais ferramentas de análise prontas para uso do que o
QGIS.
Para cada usuário e cada caso de uso, o ArcGIS ou o QGIS será mais apropriado e é o
usuário quem terá que decidir (FRIEDRICH, 2014).
4.10 Requisitos para funcionamento do QGIS
Na documentação oficial do QGIS não foram encontradas referências a instalações
necessárias ao funcionamento do software, porém na parte do guia destinada às instalações, é
informado que o software está disponível os sistemas Windows, Linux, MacOS X, BSD e Android.
A instalação simples contém os recursos necessários para produção de mapas e
análises espaciais. Já a instalação em modo avançado proporciona a integração com outras
plataformas de programas de código aberto, principalmente o GRASS GIS (Geographic
Resources Analysis Support System), o ORFEU Toolbox e o SAGA GIS (Sistema de Análises
57
Geocientíficas Automatizado). Estes programas completam as funcionalidades do QGIS
oferecendo uma maior gama de algoritmos e funções para processamento de imagens,
operações com banco de dados geográficos e análises espaciais. A escolha de qual tipo de
instalação é o mais indicado irá depender das necessidades da organização e do nível de
conhecimento dos usuários.
4.11 Programa para Sistema Gerenciador de Banco de Dados Geográficos
Os Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (SGBD) são programas especializados
em auxiliar na gerência de dados. Quando nos referimos a banco de dados, normalmente nos
referimos ao SGBD, pois o banco em si é apenas a estrutura para armazenar os dados. Toda a
inteligência está no SGBD (SAPIENZA, 2014).
O interesse pelo uso de GIS no ambiente corporativo levou ao aparecimento de
gerenciadores de dados geográficos, que armazenam tanto a geometria como os atributos dos
objetos dentro de um sistema gerenciador de bancos de dados (SGBD). As principais
vantagens desta estratégia são: (a) evitar os problemas de controle de integridade típicos do
ambiente "desktop", permitindo o acesso concorrente aos dados; (b) facilitar a integração com
as bases corporativas já existentes, como sistemas legados, que já utilizam SGBDs
relacionais. Um SGBD apresenta os dados numa visão independente dos sistemas aplicativos,
além de garantir três requisitos importantes: eficiência (acesso e modificações de grandes
volumes de dados); integridade (controle de acesso por múltiplos usuários); e persistência
(manutenção de dados por longo tempo, independentemente dos aplicativos que acessem o
dado). O uso de SGBD permite ainda realizar, com maior facilidade, a interligação de banco
de dados já existente com o sistema de Geoprocessamento (CÂMARA e QUEIROZ, 2000)
No mercado há várias opções de SGBDs que contam com a extensão que permite tais
manipulações, transformando os SGBDs em SGBD-G, ou seja, acrescentando a primitiva
geométrica. Tais programas, assim como suas extensões para dados geográficos, podem ser
do tipo proprietário, como por exemplo o Oracle e sua extensão Oracle Spatial, ou com
código livre, como o Postgre/SQL e sua extensão espacial, o PostGIS.
58
4.12 Servidores de Mapas
A internet é hoje um grande canal para a disseminação de informação também para
dados geográficos. Com isto, os principais fornecedores de programas para SIG
desenvolveram aplicações para acesso e disponibilização de dados geográficos por meio da
WEB, que podem ser encontradas tanto em soluções proprietárias como em soluções de
código livre.
Existe grande diversidade no mercado, sendo que alguns dos programas mais
populares nesse setor são: o ArcGIS Server, proprietário, ou seja, a licença pode ser comprada
do fabricante, a ESRI; o MapServer e o GeoServer, estes de código livre. Todos estes
programas, com algumas diferenças entre si, trabalham com arquivos vetoriais e matriciais de
vários formatos, além de diferentes tipos de banco de dados, e disponibilizam os serviços nos
formatos do padrão OGC.
4.13 Equipamentos
Os equipamentos, ou no inglês, Hardware, são os componentes físicos de
computadores, notebooks e tablets. Constituem tanto a parte interna, formada pela placa-mãe,
disco rígido, processador, cabos, circuitos etc., como os chamados periféricos. Estes últimos
são aparelhos que enviam e recebem informações para o computador, como por exemplo:
scanner, impressora, mouse, teclado, aparelho de GPS, mesa digitalizadora etc.
Os equipamentos são um dos cinco pilares do SIG (Figura 1) e são de extrema
importância para o funcionamento e desempenho do sistema. Computadores mais potentes
podem proporcionar um melhor desempenho, demandando maior investimento financeiro.
Esta parte do planejamento do SIG, a escolha dos equipamentos, possui alguns
desafios. Além da avaliação de custo e benefício, nem sempre se encontra toda a
documentação atualizada para orientar quais os requisitos para um funcionamento que atenda
às necessidades da organização. Outra dificuldade é que as tecnologias evoluem cada vez
mais rápido, e muitas vezes uma especificação de um ou dois anos atrás já não é a melhor a
ser utilizada no presente.
Para obter requisitos atuais e confiáveis, a melhor opção é verificar as orientações do
fabricante. No caso do ArcGIS, a cada nova versão do programa, o fabricante divulga em seu
59
portal na WEB as novas especificações e requisitos de hardware. Já no caso do QGIS, não foi
encontrado na documentação oficial, disponível no portal dos desenvolvedores do programa,
especificações técnicas para requisitos de hardware. Pelo senso comum e pela literatura,
entende-se que os dois programas necessitam de configurações semelhantes, já que processam
o mesmo tipo de dados. Sendo assim, para este estudo, trabalhou-se com as especificações do
fabricante ESRI.
Requisitos de hardware informados pelo fabricante (ESRI, 2018):
a) velocidade mínima da CPU (Central Processing Unit): 2,2 GHz;
recomendada: tecnologia hiperprocessamento (hyper threading technology)
ou multi-core (processador com mais de um núcleo);
b) plataforma recomendada: x86 ou x64 com extensões SSE2 (Double
Precision Streaming SIMD Extensions);
c) memória RAM mínima: 4 GB; recomendada: 8 GB;
d) propriedade de exibição de tela recomendada: profundidade de cor de 24
bits e resolução de 1024x 768;
e) resolução: adaptador gráfico com mínimo de 64 megabytes de RAM
(Random Access Memory); recomendado: 256 megabytes ou mais.
4.14 Profissionais
Para trabalhar com o SIG, requerem-se pessoas com as habilidades necessárias para
análises geográficas, para solução de problemas e com conhecimento técnico adequado. Após
a implementação do sistema na organização, o maior custo será com a equipe de profissionais
(TOMLINSON, 2013).
Pelo menos três estágios são necessários para que o SIG comece a beneficiar a organização:
planejamento, implementação e operação. Para a etapa de planejamento, é recomendado que a
equipe possua pelo menos estes perfis de profissionais mostrados na Figura 10.
60
Figura 10 - Equipe de planejamento do SIG.
Fonte: TOMLINSON, 2013. Adaptado pela autora, 2018.
4.14.1 Descrição das funções e dos requisitos profissionais em diferentes cenários
Seguindo a metodologia em nove estágios (TOMLINSON, 2013), em um cenário
econômico favorável, sugere-se para a etapa de planejamento do SIG uma equipe com as
funções descritas para as etapas de planejamento e implementação.
Equipe para a etapa de planejamento:
a) gerente de projetos SIG: o cargo gerencial em SIG requer habilidades em
planejamento de SIG, desenho da arquitetura e administração do sistema.
Idealmente, o gerente deve possuir habilidades técnicas e práticas, além de
capacidade de liderança e conhecimentos em gestão de pessoas.
b) Especialista em Planejamento SIG: este profissional deve ter bastante
conhecimento dos métodos e técnicas aplicados. Deve também possuir um
bom conhecimento dos fluxos de trabalho e dos recursos da organização.
c) representantes da área de negócio: pessoa de dentro da organização, alguém
que irá utilizar um ou mais dos PI gerados pelo SIG. Esses indivíduos irão
ajudar no planejamento esclarecendo as necessidades de cada departamento.
61
d) especialista técnico SIG: profissional capaz de identificar potencialidades
assim como limitações dos programas e dos recursos técnicos.
Equipe para a etapa de implementação:
a) gerente especialista em SIG: além das características descritas no cargo de
Gerente de Projetos SIG, na etapa de planejamento, este profissional irá gerir
toda a operação, coordenar funcionários e fazer a interface com a área de
negócios, implementar e manter as aplicações consistentes e responder pela
qualidade e confiabilidade do banco de dados espacial;
b) analista SIG: é responsável pelo desenvolvimento de produtos de
informação, dados e serviços. Responsável pela construção e manutenção do
SIG e pela implementação de melhorias na base de dados; auxilia na criação e
monitoramento de procedimentos para usuários; aprimoramento do sistema
de programação do software, realizando análises espaciais para projetos
especiais; responsável por rotinas de controle de qualidade;
c) técnico em SIG: Deve possuir experiência em linguagens de programação
tais como Python, Visual Studio e SQL. Este profissional será responsável
por produzir cartografia temática digital com qualidade para publicação;
compilar dados de vários formatos e origens; gerar subprodutos como relevo,
altitude, direção de fluxo de água etc.;
d) programador SIG: irá projetar, codificar e realizar a manutenção do
programa para aplicações personalizadas. Esta posição requer a habilidade de
interpretar as necessidades do usuário para a criação de aplicações úteis. Este
profissional será especialmente importante no caso do programa escolhido ser
o QGIS, que demanda um maior suporte em códigos para executar certas
funções;
e) analista ou administrador de banco de dados SIG: é responsável pela criação
de modelos de banco de dados com propriedades espaciais, voltados para a
utilização do SIG em uma organização. Tarefas típicas incluem configuração,
manutenção e ajuste do banco de dados relacional e dos dados espaciais, bem
como o desenvolvimento e manutenção da base de dados geográficos da
organização.
62
f) administrador de sistemas: este profissional fornecerá aos usuários soluções
para problemas relacionados ao sistema operacional, além de executar
funções em servidores de rede.
Sugestão de equipe mínima para um cenário com menos recursos disponíveis:
Tendo em vista o cenário econômico atual do país, buscou-se também sugerir uma
equipe mínima necessária para, além de ajudar no planejamento, participar da implementação
e do seguimento da utilização do SIG na organização. Para tal, sugere-se que, dentre os papéis
descritos por TOMLINSON (2013) no “item a” deste capítulo, possa ter-se ao menos os
papéis mostrados na Figura 11, cuja descrição detalhada encontra-se no
item a etapa ii) implementação do sistema e seguimento da operação.
Figura 11 - Equipe mínima recomendada
Fonte: A autora, 2018.
4.15 Treinamento
Outro ponto muito importante quando se fala em montar uma equipe ou em
implementar uma nova tecnologia em uma organização é a questão dos treinamentos e
capacitação dos usuários finais.
É importante considerar como as pessoas dentro da organização irão utilizar o SIG. Se
irão apenas obter os produtos gerados pela equipe de SIG, ou se irão fazer consultas ou
análises de forma independente. De qualquer forma, para que o usuário final possa expressar
63
melhor suas necessidades e ter visibilidade das potencialidades da ferramenta, é ideal que o
SIG seja apresentado na forma de treinamentos. Isto irá propiciar condições para que usuários
interessados nas potencialidades do SIG possam adicionar tal experiência à sua rotina
profissional, e proporcionará uma maior facilidade de comunicação entre os usuários e a
equipe responsável pelo SIG.
Existem diversas empresas que proporcionam treinamentos, tanto para o ArcGIS
quanto para o QGIS. Tais treinamentos podem inclusive ser formulados “sob medida”,
utilizando dados e exemplos da vida real da organização. Existe uma grande gama de cursos
para diversos perfis de usuários, dos iniciantes aos avançados. A escolha da grade de
treinamento pode ser feita pelo gestor e irá depender dos recursos, tanto financeiros quanto de
profissionais, e o tamanho da curva de aprendizado da equipe. Pode-se levar em conta
treinamentos voltados para a equipe do SIG e para usuários de outras áreas. Estes, não
necessitam de conhecimento profundo da ferramenta, mas poderão beneficiar-se melhor do
SIG se conhecerem suas potencialidades e souberem utilizar fluxos básicos de consulta e
visualização de dados espaciais.
É sugerido um conjunto básico de treinamento, voltado para a parte da equipe que não é
especializada em SIG, mas que irá beneficiar-se do sistema. Dos cursos oferecidos atualmente por
centros de treinamento reconhecidos, em diferentes modalidades, selecionaram-se alguns que
poderiam auxiliar na formação da equipe do SIG e dos usuários. São eles:
Introdução aos Sistemas de Informações Geográficas14
Carga horária: 40 horas; público alvo: usuários iniciantes em SIG; objetivos: capacitar
o usuário a executar as seguintes tarefas:
a) analisar e interpretar representações cartográficas;
b) manipular bases de dados em softwares de SIG, verificando a coerência dos dados;
c) integrar e editar dados cartográficos, estruturando e validando informações
provenientes de diversas fontes e em diferentes formatos;
d) identificar os métodos e os procedimentos inerentes ao projeto de SIG à
aquisição e à organização de dados geográficos;
e) administrar os dados (alfanuméricos e geográficos) de um projeto SIG;
f) realizar as principais operações de análise em dados geográficos;
14 Baseado na grade de cursos de extensão oferecidos pelo LABGIS (LABGIS, 2018) centro de treinamento em
SIG localizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
64
g) validar dados, realizando consultas ao sistema, em apoio à tomada de
decisões no projeto em desenvolvimento.
Análise Espacial de Bacias Hidrográficas15
Carga horária: 24 horas; público alvo: usuários com algum conhecimento na utilização
de programa de SIG ou que tenham participado do treinamento introdutório; objetivos:
capacitar o usuário a executar uma série de análises sobre bacias hidrográficas aplicadas a
gestão de recursos hídricos, meio ambiente, energia, entre outras áreas. O usuário deverá ficar
apto a executar as seguintes tarefas:
a) gerar superfícies interpoladas do relevo a partir de dados hipsométricos;
b) delimitar bacias, sub-bacias e áreas de contribuição;
c) analisar fluxo superficial;
d) determinar drenagens;
e) hierarquizar redes de drenagem;
f) extração de parâmetros da bacia hidrográfica.
Gestão Territorial para Recursos Hídricos com Software Livre para Código Aberto16
Carga horária: 40 horas; público alvo: profissionais da área com qualquer nível de
conhecimento prévio em SIG; objetivos: Analisar os dados geográficos para gestão territorial
de recursos hídricos através de Software Livre, enfatizando o uso de ferramentas de
geoprocessamento e sensoriamento remoto, a partir de uma visão geral de suas aplicações.
Principais tópicos:
a) fundamentos da gestão territorial para recursos hídricos e caracterização de
bacias hidrográficas;
b) conceitos básicos de geoprocessamento e cartografia;
c) ferramentas e aplicação de geoprocessamento e sensoriamento remoto com
ênfase em recursos hídricos;
d) produção e manipulação de dados geográficos.
15 Baseado na grade de cursos de extensão oferecidos pelo LABGIS (LABGIS, 2018) centro de treinamento em
SIG localizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
16 Baseado no curso gratuito oferecido pelo Portal de Capacitação para Gestão das Águas, da Agência Nacional
de Águas.
65
Lembrando que a medida que a utilização do SIG na organização for se solidificando,
podem surgir necessidades que justifiquem a escolha de outros treinamentos, dentre os vários
disponíveis no mercado e na academia. A organização pode, alternativamente, incentivar a troca
de conhecimento interno entre pessoas com mais habilidade na ferramenta e aquelas que podem
se beneficiar de seu uso, mas que ainda necessitam de uma curva de aprendizado maior.
Podem ser necessários também, treinamentos na área de infraestrutura, o que irá depender
tanto da escolha do programa quanto do planejamento da organização e dos recursos disponíveis.
66
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste estudo foram identificadas e detalhadas as etapas de planejamento e criação de
um Sistema de Informações Geográficas orientado à gestão dos recursos hídricos. Para isto,
além da consulta bibliográfica, foi realizada uma pesquisa com profissionais e estudantes do
campo da gestão de recursos hídricos no Brasil.
Como este trabalho desenvolveu-se no âmbito de um mestrado profissional, o
Programa de Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua), era
esperado que gerasse, além da dissertação, um produto com aplicabilidade. Na presente
dissertação está descrita a metodologia utilizada para a escolha e definição das sugestões e
orientações descritas no manual, apresentado no Apêndice E.
O objetivo principal do estudo foi reunir em um documento, recomendações e
sugestões sobre como planejar um SIG. O público alvo são gestores de comitês de bacias e de
outras organizações, atuantes na gestão dos recursos hídricos, que ainda não possuem um SIG
estruturado.
Para exemplificar as etapas de planejamento do SIG, foi criada uma base de dados
com abrangência nacional. Optou-se por fazer desta forma, mesmo tendo em vista que tal
escala não possui o detalhamento ideal para o planejamento quando este se dá no nível de
bacias hidrográficas. Para criar esta base nacional, buscou-se encontrar pontos comuns entre
as diferentes bacias hidrográficas. Buscou-se identificar informações recorrentes nos planos
de recursos hídricos país afora e nos produtos de informação cujo objeto de estudo é todo o
território nacional (e.g.: produtos gerados pela Agência Nacional de Águas).
Entende-se que o SIG é um instrumento fundamental para diversos fins dentro da
disciplina de gestão de recursos hídricos. Constitui uma ferramenta utilizada por inúmeras
organizações pelo mundo e por mais de 1 milhão de usuários em todo mundo. O SIG pode ser
utilizado em diferentes etapas do fluxo de produção de informação. Também pode ser
utilizado para armazenar e organizar um grande volume de dados, com segurança e agilidade
na consulta. Com uso dos programas de SIG é possível transformar um conjunto de dados,
como por exemplo, uma tabela com milhares de registros, em informações úteis e de fácil
entendimento. Com o SIG é possível ainda, responder a questionamentos importantes, tais
como: onde ocorrem os fenômenos? Por que ocorrem? O que causam? Onde afetam? Como
se relacionam entre si? E ainda, identificar padrões e criar cenários. E por final, o SIG
possibilita expressar resultados e apresentá-los de forma palatável a qualquer audiência. É
67
difícil, por exemplo, imaginar a elaboração e a apresentação de um plano de bacia sem a
utilização de um SIG.
Algumas organizações de GRH possuem mais recursos financeiros, oriundos
principalmente da cobrança pelo uso da água. Nestas, encontram-se alguns sistemas bem
desenvolvidos, especialmente naquelas localizadas nas regiões Sul e Sudeste. Em outras
tantas, com escassez de recursos, não há ainda um SIG estruturado. Esta falta de estrutura
pode fazer com que faltem informações para pesquisas importantes. Ou que não se
aproveitem bases de dados criadas estudos ou projetos anteriormente contratados. Por este
motivo é importante que a entidade responsável pela gestão da área possua um repositório de
dados próprio. Havendo uma base estruturada, um SIG da organização, pode-se, entre outras
finalidades, reunir bases de dados criadas por diferentes entidades, em diferentes épocas e
com focos diversos, proporcionando maior acesso à informação e melhor aproveitamento dos
recursos.
Pensar em compartilhamento e interoperabilidade quando ainda está se planejando um
SIG pode parecer um passo muito a frente, mas é importante ter-se em mente onde se quer
chegar no futuro. O objetivo presente pode ser apenas organizar a base de dados, mas sabendo
que organizações no primeiro mundo há muito já se beneficiam do compartilhamento de
informações, pode-se pensar em criar uma base sólida para, em um segundo momento,
explorar novas fronteiras, como o compartilhamento e a colaboração.
Os próximos passos podem ir em direção à preparação do banco de dados geográficos
da organização, para fazer parte de uma estrutura de dados abertos como a INDE. Nela, os
dados e as informações sobre as áreas de estudo, poderão ser consultados por qualquer
cidadão, fomentando a pesquisa e o conhecimento.
Outra tendência que pode ser seguida, nesta mesma linha, é o SIG colaborativo ou
participativo, que utiliza a tecnologia para engajar e dar voz ao cidadão comum, fazendo com
que o processo decisório não fique restrito às esferas políticas. Este tema, o uso da tecnologia
para engajamento da sociedade, foi recorrente no 8º Fórum Mundial da Água, realizado no
Brasil, em 2018.
68
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***
74
APÊNDICE A - Formulário Aplicado na Pesquisa
Tabela 1. Formulário aplicado na pesquisa – Parte 1 – Informações profissionais
Carimbo de
data/hora da
resposta
1) É Vinculado a
algum Comitê de
Bacia, agência de
águas, entidade
delegatária ou
outro órgão gestor
atuante na gestão
de recursos
hídricos?
3) Com que tipo de
informação trabalha (na
gestão de recursos
hídricos)? Marque todas as
que se aplicam.
Se
respondeu
"outros" na
pergunta
anterior,
qual/quais?
4) Como as informações são
armazenadas? Marque todas
as que se aplicam.
5) Conhece
Sistema de
Informações
Geográficas
(SIG)?
6)
Utiliza
SIG?
7) Se
respondeu
"sim" à
pergunta
anterior,
qual/quais
programa
(s)? Marque
todos que se
aplicam.
Se
respondeu
"Outros" à
pergunta
anterior,
qual/quais?
12/8/2017
19:48:55 Sim
Regulação de segurança de
barragens, Fiscalização de
uso dos recursos hídricos e
de segurança de barragens
- Planilhas digitais (e.g.: excel,
libre office) Sim Sim QGIS, Spring -
12/8/2017
20:02:15 Sim
Plano de Recursos Hídricos,
Participação dos Municípios
Trabalho na
efetivação da
participação
dos
municípios
no Comitê de
Bacia
Online (i.e.: websites, cadastro
online), Sistema online Sim Sim QGIS -
12/8/2017
20:48:12 Não
Enquadramento, Plano de
Recursos Hídricos, Gestão
administrativa e financeira,
Gestão da informação em
recursos hídricos, Educação,
capacitação, comunicação e
participação social, Mediação
e arbitragem de conflitos,
Cobrança pelo uso da água,
Monitoramento hidrológico e
de eventos críticos
-
Planilhas digitais (e.g.: excel,
libre office), Online (i.e.:
websites, cadastro online),
Sistema online, Sistema local
(instalado no computador),
Arquivos digitais diversos (e.g.:
fotos, *.pdf, *.doc, *xls), Banco
de dados (online, dados
armazenados em nuvem),
Banco de dados local (dados
armazenados no servidor),
Sistema de Informações
Geográficas (SIG),
Sim Não - -
75
Carimbo de
data/hora da
resposta
1) É Vinculado a
algum Comitê de
Bacia, agência de
águas, entidade
delegatária ou
outro órgão
gestor atuante na
gestão de
recursos
hídricos?
3) Com que tipo de
informação trabalha (na
gestão de recursos
hídricos)? Marque todas as
que se aplicam.
Se
respondeu
"outros"
na
pergunta
anterior,
qual/quais?
4) Como as informações
são armazenadas? Marque
todas as que se aplicam.
5) Conhece
Sistema de
Informações
Geográficas
(SIG)?
6) Utiliza
SIG?
7) Se
respondeu
"sim" à
pergunta
anterior,
qual/quais
programa (s)?
Marque todos
que se
aplicam.
Se
respondeu
"Outros" à
pergunta
anterior,
qual/quais?
12/8/2017
21:01:39 Não Outorga -
Planilhas digitais (e.g.:
excel, libre office), Sistema
local (instalado no
computador), Papéis
impressos, Pastas e
diretórios no computador
Sim Sim QGIS, ArcGIS -
12/8/2017
21:05:13 Sim
Enquadramento, Plano de
Recursos Hídricos, Gestão
administrativa e financeira,
Gestão da informação em
recursos hídricos, Educação,
capacitação, comunicação e
participação social,
Mediação e arbitragem de
conflitos, Cobrança pelo uso
da água, Monitoramento
hidrológico e de eventos
críticos, Comunicação ou
Assessoria de imprensa
-
Planilhas digitais (e.g.:
excel, libre office), Online
(i.e.: websites, cadastro
online), Sistema online,
Sistema local (instalado no
computador), Arquivos
digitais diversos (e.g.: fotos,
*.pdf, *.doc, *xls), Banco de
dados (online, dados
armazenados em nuvem),
Banco de dados local (dados
armazenados no servidor),
Sistema de Informações
Geográficas (SIG), Papéis
impressos, Pastas e diretórios
no computador
Sim Sim QGIS, Spring -
12/8/2017
21:21:22 Não
Plano de Recursos Hídricos,
Educação, capacitação,
comunicação e participação
social, Monitoramento
hidrológico e de eventos
Banco de dados local (dados
armazenados no servidor),
Sistema de Informações
Geográficas (SIG)
Sim Sim
QGIS,
ArcGIS,
Spring, Envi
-
76
Carimbo de
data/hora da
resposta
1) É Vinculado a
algum Comitê de
Bacia, agência de
águas, entidade
delegatária ou
outro órgão
gestor atuante na
gestão de recursos
hídricos?
3) Com que tipo de
informação trabalha (na
gestão de recursos
hídricos)? Marque todas
as que se aplicam.
Se respondeu
"outros" na
pergunta
anterior,
qual/quais?
4) Como as informações
são armazenadas?
Marque todas as que se
aplicam.
5) Conhece
Sistema de
Informações
Geográficas
(SIG)?
6) Utiliza
SIG?
7) Se respondeu
"sim" à
pergunta
anterior,
qual/quais
programa (s)?
Marque todos
que se aplicam.
Se
respondeu
"Outros" à
pergunta
anterior,
qual/quais?
12/8/2017
19:48:55 Sim
Regulação de segurança
de barragens, Fiscalização
de uso dos recursos
hídricos e de segurança
de barragens
- Planilhas digitais (e.g.:
excel, libre office) Sim Sim QGIS, Spring -
12/8/2017
20:02:15 Sim
Plano de Recursos
Hídricos, Participação dos
Municípios
Trabalho na
efetivação da
participação
dos
municípios no
Comitê de
Bacia
Online (i.e.: websites,
cadastro online), Sistema
online
Sim Sim QGIS -
12/8/2017
20:48:12 Não
Enquadramento, Plano de
Recursos Hídricos,
Gestão administrativa e
financeira, Gestão da
informação em recursos
hídricos, Educação,
capacitação, comunicação
e participação social,
Mediação e arbitragem de
conflitos, Cobrança pelo
uso da água,
Monitoramento
hidrológico e de eventos
críticos
-
Planilhas digitais (e.g.:
excel, libre office), Online
(i.e.: websites, cadastro
online), Sistema online,
Sistema local (instalado no
computador), Arquivos
digitais diversos (e.g.:
fotos, *.pdf, *.doc, *xls),
Banco de dados (online,
dados armazenados em
nuvem), Banco de dados
local (dados armazenados
no servidor), Sistema de
Informações Geográficas
(SIG), Papéis impressos,
Pastas e diretórios no
computador
Sim Não - -
77
Carimbo de
data/hora da
resposta
1) É Vinculado a
algum Comitê de
Bacia, agência de
águas, entidade
delegatária ou
outro órgão gestor
atuante na gestão
de recursos
hídricos?
3) Com que tipo de
informação trabalha (na
gestão de recursos
hídricos)? Marque todas
as que se aplicam.
Se respondeu
"outros" na
pergunta
anterior,
qual/quais?
4) Como as informações
são armazenadas?
Marque todas as que se
aplicam.
5) Conhece
Sistema de
Informações
Geográficas
(SIG)?
6) Utiliza
SIG?
7) Se respondeu
"sim" à
pergunta
anterior,
qual/quais
programa (s)?
Marque todos
que se aplicam.
Se
respondeu
"Outros" à
pergunta
anterior,
qual/quais?
12/8/2017
21:35:35 Não
Gestão da informação em
recursos hídricos
Sistema de Informações
Geográficas (SIG) Sim Sim QGIS, Ni Kosmo
12/9/2017
16:45:09 Não
Educação, capacitação,
comunicação e
participação social,
Monitoramento
hidrológico e de eventos
críticos, Pesquisa
Pesquisa
através do
monitoramento
de nascentes
hidrográficas
Planilhas digitais (e.g.:
excel, libre office), Banco
de dados local (dados
armazenados no servidor),
Sistema de Informações
Geográficas (SIG), Pastas e
diretórios no computador
Sim Sim QGIS -
12/9/2017
18:05:36 Sim
Fiscalização de uso dos
recursos hídricos e de
segurança de barragens,
Outorgas
Outorgas e
fiscalização de
uso dos
recursos
hídricos
Planilhas digitais (e.g.:
excel, libre office), Banco
de dados local (dados
armazenados no servidor)
Sim Sim QGIS, MapInfo -
12/9/2017
21:50:36 Não
Plano de Recursos
Hídricos, Gestão
administrativa e
financeira, Gestão da
informação em recursos
hídricos, Mediação e
arbitragem de conflitos,
Cobrança pelo uso da
água, Regulação de
segurança de barragens,
Monitoramento
hidrológico e de eventos
críticos, Comunicação ou
Assessoria de imprensa
-
Planilhas digitais (e.g.:
excel, libre office), Online
(i.e.: websites, cadastro
online), Sistema online,
Sistema local (instalado no
computador), Arquivos
digitais diversos (e.g.: fotos,
*.pdf, *.doc, *xls), Banco
de dados (online, dados
armazenados em nuvem),
Banco de dados local (dados
armazenados no servidor),
Sistema de Informações
Geográficas (SIG), Papéis
impressos, Pastas e
diretórios no computador
Sim Sim QGIS, ArcGIS,
Spring -
78
Carimbo de
data/hora
da resposta
1) É Vinculado a
algum Comitê de
Bacia, agência de
águas, entidade
delegatária ou outro
órgão gestor atuante
na gestão de recursos
hídricos?
3) Com que tipo de
informação trabalha
(na gestão de recursos
hídricos)? Marque
todas as que se
aplicam.
Se
respondeu
"outros" na
pergunta
anterior,
qual/quais?
4) Como as informações são
armazenadas? Marque todas as
que se aplicam.
5) Conhece
Sistema de
Informações
Geográficas
(SIG)?
6) Utiliza
SIG?
7) Se respondeu
"sim" à
pergunta
anterior,
qual/quais
programa (s)?
Marque todos
que se aplicam.
Se
respondeu
"Outros" à
pergunta
anterior,
qual/quais
?
12/11/2017
14:24:07 Sim
Gestão da informação em
recursos hídricos,
Monitoramento
hidrológico e de eventos
críticos
-
Online (i.e.: websites, cadastro
online), Sistema online, Banco de
dados (online, dados armazenados
em nuvem), Sistema de
Informações Geográficas (SIG)
Sim Sim
QGIS, ArcGIS,
MapInfo,
Spring, Envi,
Erdas
-
12/11/2017
15:20:02 Sim
Plano de Recursos
Hídricos, Gestão da
informação em recursos
hídricos, Educação,
capacitação,
comunicação e
participação social,
Mediação e arbitragem
de conflitos, Cobrança
pelo uso da água,
Monitoramento
hidrológico e de eventos
críticos, Comunicação ou
Assessoria de imprensa
-
Planilhas digitais (e.g.: excel, libre
office), Online (i.e.: websites,
cadastro online), Sistema online,
Arquivos digitais diversos (e.g.:
fotos, *.pdf, *.doc, *xls), Sistema
de Informações Geográficas (SIG),
Papéis impressos, Pastas e
diretórios no computador
Sim Não - -
12/11/2017
17:14:51 Sim
Enquadramento, Plano
de Recursos Hídricos,
Educação, capacitação,
comunicação e
participação social,
qualidade da água
-
Planilhas digitais (e.g.: excel, libre
office), Online (i.e.: websites, cadastro
online), Sistema online, Sistema local
(instalado no computador), Arquivos
digitais diversos (e.g.: fotos, *.pdf,
*.doc, *xls), Banco de dados (online,
dados armazenados em nuvem),
Banco de dados local (dados
armazenados no servidor), Sistema de
Informações Geográficas (SIG),
Pastas e diretórios no computador
Sim Sim ArcGIS -
79
Carimbo de
data/hora
da resposta
1) É Vinculado a
algum Comitê de
Bacia, agência de
águas, entidade
delegatária ou
outro órgão gestor
atuante na gestão
de recursos
hídricos?
3) Com que tipo de
informação trabalha (na
gestão de recursos
hídricos)? Marque todas as
que se aplicam.
Se respondeu
"outros" na
pergunta
anterior,
qual/quais?
4) Como as
informações são
armazenadas? Marque
todas as que se
aplicam.
5) Conhece
Sistema de
Informações
Geográficas
(SIG)?
6) Utiliza
SIG?
7) Se
respondeu
"sim" à
pergunta
anterior,
qual/quais
programa (s)?
Marque todos
que se aplicam.
Se
respondeu
"Outros" à
pergunta
anterior,
qual/quais?
12/11/2017
20:34:27 Sim
Educação, capacitação,
comunicação e participação
social
-
Arquivos digitais
diversos (e.g.: fotos,
*.pdf, *.doc, *xls)
Sim Não - -
12/12/2017
7:15:41 Sim
Enquadramento, Plano de
Recursos Hídricos, Gestão
administrativa e financeira,
Gestão da informação em
recursos hídricos, Educação,
capacitação, comunicação e
participação social,
Mediação e arbitragem de
conflitos, Cobrança pelo uso
da água, Regulação de
segurança de barragens,
Monitoramento hidrológico
e de eventos críticos,
Comunicação ou Assessoria
de imprensa
-
Planilhas digitais (e.g.:
excel, libre office),
Banco de dados (online,
dados armazenados em
nuvem), Banco de dados
local (dados
armazenados no
servidor), Sistema de
Informações
Geográficas (SIG),
Papéis impressos, Pastas
e diretórios no
computador
Sim Sim ArcGIS -
12/12/2017
13:05:43 Sim
Plano de Recursos Hídricos,
Gestão da informação em
recursos hídricos, Educação,
capacitação, comunicação e
participação social,
Mediação e arbitragem de
conflitos
-
Arquivos digitais
diversos (e.g.: fotos,
*.pdf, *.doc, *xls),
Banco de dados (online,
dados armazenados em
nuvem), Pastas e
diretórios no
computador
Sim Não ArcGIS -
80
Carimbo de
data/hora
da resposta
1) É Vinculado
a algum Comitê
de Bacia,
agência de
águas, entidade
delegatária ou
outro órgão
gestor atuante
na gestão de
recursos
hídricos?
3) Com que tipo de
informação trabalha (na
gestão de recursos hídricos)?
Marque todas as que se
aplicam.
Se respondeu
"outros" na
pergunta
anterior,
qual/quais?
4) Como as
informações são
armazenadas? Marque
todas as que se
aplicam.
5) Conhece
Sistema de
Informações
Geográficas
(SIG)?
6) Utiliza
SIG?
7) Se respondeu
"sim" à
pergunta
anterior,
qual/quais
programa (s)?
Marque todos
que se aplicam.
Se
respondeu
"Outros" à
pergunta
anterior,
qual/quais?
12/12/2017
13:22:24 Não
Enquadramento, Plano de
Recursos Hídricos, Educação,
capacitação, comunicação e
participação social
-
Planilhas digitais (e.g.:
excel, libre office), Sistema
local (instalado no
computador), Arquivos
digitais diversos (e.g.: fotos,
*.pdf, *.doc, *xls), Papéis
impressos, Pastas e
diretórios no computador
Sim Sim ArcGIS -
12/13/2017
12:06:40 Sim
Plano de Recursos Hídricos,
Educação, capacitação,
comunicação e participação
social
-
Planilhas digitais (e.g.:
excel, libre office),
Sistema local (instalado
no computador), Papéis
impressos, Pastas e
diretórios no computador
Não Não - -
12/14/2017
14:24:48 Sim
Enquadramento, Plano de
Recursos Hídricos, Cobrança
pelo uso da água, Questões
legais
Questões legais
Arquivos digitais diversos
(e.g.: fotos, *.pdf, *.doc,
*xls), Pastas e diretórios no
computador
Não Não - -
12/14/2017
14:48:07 Sim
Enquadramento, Plano de
Recursos Hídricos, Gestão da
informação em recursos hídricos,
Educação, capacitação,
comunicação e participação
social, Mediação e arbitragem de
conflitos, Cobrança pelo uso da
água, Monitoramento
hidrológico e de eventos críticos
-
Planilhas digitais (e.g.:
excel, libre office),
Online (i.e.: websites,
cadastro online), Sistema
online
Sim Sim QGIS, ArcGIS -
81
Carimbo de
data/hora
da resposta
1) É Vinculado a
algum Comitê de
Bacia, agência de
águas, entidade
delegatária ou
outro órgão gestor
atuante na gestão
de recursos
hídricos?
3) Com que tipo de
informação trabalha
(na gestão de
recursos hídricos)?
Marque todas as que
se aplicam.
Se respondeu "outros"
na pergunta anterior,
qual/quais?
4) Como as informações
são armazenadas?
Marque todas as que se
aplicam.
5) Conhece
Sistema de
Informações
Geográficas
(SIG)?
6) Utiliza
SIG?
7) Se
respondeu
"sim" à
pergunta
anterior,
qual/quais
programa (s)?
Marque todos
que se aplicam.
Se
respondeu
"Outros" à
pergunta
anterior,
qual/quais?
12/14/2017
14:57:44 Não
Gestão da informação em
recursos hídricos,
Educação, capacitação,
comunicação e
participação social,
Monitoramento
hidrológico e de eventos
críticos
-
Planilhas digitais (e.g.: excel,
libre office), Arquivos digitais
diversos (e.g.: fotos, *.pdf,
*.doc, *xls), Sistema de
Informações Geográficas
(SIG), Pastas e diretórios no
computador
Sim Sim QGIS, ArcGIS,
Spring, Erdas -
12/14/2017
15:35:33 Não
Outorga de Direito de
Uso; Avaliação da
Qualidade da Água
Subterrânea
Outorga de Direito de
Uso; Avaliação da
Qualidade da Água
Subterrânea
Planilhas digitais (e.g.: excel,
libre office), Sistema local
(instalado no computador),
Arquivos digitais diversos
(e.g.: fotos, *.pdf, *.doc,
*xls), Banco de dados local
(dados armazenados no
servidor), Papéis impressos,
Pastas e diretórios no
computador
Sim Sim QGIS -
12/15/2017
7:03:02 Sim
Enquadramento, Plano
de Recursos Hídricos,
Gestão administrativa e
financeira, Mediação e
arbitragem de conflitos,
Cobrança pelo uso da
água
-
Planilhas digitais (e.g.:
excel, libre office), Online
(i.e.: websites, cadastro
online), Arquivos digitais
diversos (e.g.: fotos, *.pdf,
*.doc, *xls), Papéis
impressos, Pastas e
diretórios no computador
Sim Sim - -
82
Carimbo de
data/hora
da resposta
1) É Vinculado a
algum Comitê de
Bacia, agência de
águas, entidade
delegatária ou
outro órgão
gestor atuante na
gestão de
recursos
hídricos?
3) Com que tipo de
informação trabalha (na
gestão de recursos
hídricos)? Marque todas
as que se aplicam.
Se respondeu
"outros" na
pergunta
anterior,
qual/quais?
4) Como as informações são
armazenadas? Marque
todas as que se aplicam.
5) Conhece
Sistema de
Informações
Geográficas
(SIG)?
6) Utiliza
SIG?
7) Se respondeu
"sim" à
pergunta
anterior,
qual/quais
programa (s)?
Marque todos
que se aplicam.
Se
respondeu
"Outros" à
pergunta
anterior,
qual/quais?
12/18/2017
16:06:34 Não
Gestão da informação em
recursos hídricos,
Educação, capacitação,
comunicação e participação
social, Monitoramento
hidrológico e de eventos
críticos
-
Planilhas digitais (e.g.: excel,
libre office), Arquivos digitais
diversos (e.g.: fotos, *.pdf,
*.doc, *xls), Sistema de
Informações Geográficas
(SIG), Pastas e diretórios no
computador
Sim Sim QGIS, ArcGIS,
MapInfo -
12/21/2017
5:37:35 Sim
Plano de Recursos
Hídricos, Gestão da
informação em recursos
hídricos, Educação,
capacitação, comunicação e
participação social
-
Sistema local (instalado no
computador), Arquivos digitais
diversos (e.g.: fotos, *.pdf,
*.doc, *xls), Sistema de
Informações Geográficas (SIG)
Sim Sim QGIS -
4/22/2018
10:11:22 Sim
Enquadramento, Plano de
Recursos Hídricos, Gestão
administrativa e financeira,
Gestão da informação em
recursos hídricos,
Mediação e arbitragem de
conflitos, Cobrança pelo
uso da água,
Monitoramento hidrológico
e de eventos críticos,
Articulação
Articulação
Planilhas digitais (e.g.: excel,
libre office), Online (i.e.:
websites, cadastro online),
Sistema online, Sistema local
(instalado no computador),
Arquivos digitais diversos
(e.g.: fotos, *.pdf, *.doc, *xls),
Banco de dados (online, dados
armazenados em nuvem),
Banco de dados local (dados
armazenados no servidor),
Sistema de Informações
Geográficas (SIG), Papéis
impressos, Pastas e diretórios
no computador
Sim Não - -
83
Carimbo
de
data/hora
da resposta
1) É Vinculado
a algum Comitê
de Bacia,
agência de
águas, entidade
delegatária ou
outro órgão
gestor atuante
na gestão de
recursos
hídricos?
3) Com que tipo de
informação trabalha (na
gestão de recursos hídricos)?
Marque todas as que se
aplicam.
Se
respondeu
"outros" na
pergunta
anterior,
qual/quais?
4) Como as informações
são armazenadas?
Marque todas as que se
aplicam.
5) Conhece
Sistema de
Informações
Geográficas
(SIG)?
6) Utiliza
SIG?
7) Se respondeu
"sim" à
pergunta
anterior,
qual/quais
programa (s)?
Marque todos
que se aplicam.
Se
respondeu
"Outros" à
pergunta
anterior,
qual/quais?
4/22/2018
10:39:07 Sim
Plano de Recursos Hídricos,
Gestão da informação em
recursos hídricos
-
Arquivos digitais diversos
(e.g.: fotos, *.pdf, *.doc,
*xls), Sistema de Informações
Geográficas (SIG)
Sim Sim ArcGIS -
4/22/2018
10:56:02 Sim
Enquadramento, Plano de
Recursos Hídricos, Gestão
administrativa e financeira
-
Sistema online, Arquivos
digitais diversos (e.g.: fotos,
*.pdf, *.doc, *xls), Papéis
impressos
Sim Não - -
4/22/2018
11:10:59 Sim
Educação, capacitação,
comunicação e participação
social, Mediação e arbitragem de
conflitos
-
Sistema local (instalado no
computador), Arquivos digitais
diversos (e.g.: fotos, *.pdf,
*.doc, *xls), Papéis impressos
Sim Não - -
4/22/2018
15:34:46 Sim
Plano de Recursos Hídricos,
Gestão administrativa e
financeira, Gestão da informação
em recursos hídricos, Educação,
capacitação, comunicação e
participação social
-
Planilhas digitais (e.g.: excel,
libre office), Sistema online,
Arquivos digitais diversos
(e.g.: fotos, *.pdf, *.doc,
*xls), Banco de dados
(online, dados armazenados
em nuvem), Banco de dados
local (dados armazenados no
servidor), Sistema de
Informações Geográficas
(SIG), Papéis impressos
Sim Sim QGIS, ArcGIS -
4/22/2018
16:00:26 Sim
Gestão administrativa e
financeira -
Sistema online, Arquivos
digitais diversos (e.g.: fotos,
*.pdf, *.doc, *xls)
Sim Não - -
84
Carimbo de
data/hora da
resposta
1) É Vinculado a
algum Comitê de
Bacia, agência de
águas, entidade
delegatária ou outro
órgão gestor atuante
na gestão de recursos
hídricos?
3) Com que tipo de
informação
trabalha (na gestão
de recursos
hídricos)? Marque
todas as que se
aplicam.
Se respondeu
"outros" na
pergunta
anterior,
qual/quais?
4) Como as
informações são
armazenadas?
Marque todas as
que se aplicam.
5) Conhece
Sistema de
Informações
Geográficas
(SIG)?
6) Utiliza
SIG?
7) Se respondeu
"sim" à pergunta
anterior,
qual/quais
programa (s)?
Marque todos
que se aplicam.
Se
respondeu
"Outros" à
pergunta
anterior,
qual/quais?
4/22/2018
16:13:55 Sim
Educação,
capacitação,
comunicação e
participação social
-
Sistema local
(instalado no
computador)
Sim Sim ArcGIS -
4/22/2018
16:25:44 Não
Plano de Recursos
Hídricos, Gestão
administrativa e
financeira, Gestão da
informação em
recursos hídricos,
Educação,
capacitação,
comunicação e
participação social,
Mediação e
arbitragem de
conflitos
-
Planilhas digitais
(e.g.: excel, libre
office), Online (i.e.:
websites, cadastro
online), Sistema local
(instalado no
computador),
Arquivos digitais
diversos (e.g.: fotos,
*.pdf, *.doc, *xls),
Banco de dados
(online, dados
armazenados em
nuvem), Banco de
dados local (dados
armazenados no
servidor), Sistema de
Informações
Geográficas (SIG),
Papéis impressos
Sim Sim QGIS, ArcGIS -
85
Tabela 2 - Formulário aplicado na pesquisa – parte 2 – nota de importância
1.1. Terra Indígena 1.2. Território
Quilombola 1.3. Reserva Legal
1.4. Áreas restritas (e.g.: área militar,
áreas tombadas, entorno de usina
nuclear, área de segurança nacional etc)
1.5. APPs (i.e.: nascentes,
faixa marginal, topo de
morro, declividade)
1.6. Unidades de
Conservação
Não sei dizer 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 0 – nenhuma importância 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 2 – média importância 4 – alta importância 2 – média importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 2 – média importância 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 1 – baixa importância 4 – alta importância 4 – alta importância
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância
Não sei dizer 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
Não sei dizer 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 4 – alta importância
1 – baixa importância 1 – baixa importância 4 – alta importância 1 – baixa importância 4 – alta importância 4 – alta importância
3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 5 - fundamental 0 – nenhuma importância 5 - fundamental 5 - fundamental
0 – nenhuma importância 1 – baixa importância 3 – importante 1 – baixa importância 4 – alta importância 4 – alta importância
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância
4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância
0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância
2 – média importância 0 – nenhuma importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
86
2.1. Limites Político-administrativos 2.2. Limites das bacias, sub-bacias e microbacias 2.3. Limites das Regiões Hidrográficas
3 – importante
3 – importante
5 – fundamental
3 – importante
4 – alta importância
5 – fundamental
4 – alta importância
2 – média importância
3 – importante
3 – importante
3 – importante
3 – importante
5 – fundamental
5 – fundamental
5 – fundamental
5 – fundamental
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
2 – média importância 4 – alta importância 4 – alta importância
3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância
2 – média importância 5 - fundamental 2 – média importância
5 – fundamental 5 - fundamental 2 – média importância
2 – média importância 5 - fundamental 2 – média importância
3 – importante 5 - fundamental 1 – baixa importância
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 5 - fundamental 1 – baixa importância
4 – alta importância 4 – alta importância 1 – baixa importância
Não sei dizer 4 – alta importância 1 – baixa importância
87
3.1. Vias Terrestres 3.2. Vias Aquáticas
(i.e.: hidrovias)
3.3. Dutos (i.e.:
oleodutos, gasodutos,
polidutos)
3.4. Aeroportos 3.5. Pistas de pouso 3.6. Portos
3.7. Obras de engenharia
(e.g.: pontes, diques,
canais, polderes, viadutos,
túneis etc)
1 – baixa importância 3 – importante 3 – importante 1 – baixa importância 1 – baixa importância 3 – importante
4 – alta importância 5 - fundamental 3 – importante 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 3 – importante
3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 2 – média importância 1 – baixa importância 3 – importante
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante
5 - fundamental 5 - fundamental 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância
5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
2 – média importância 3 – importante 2 – média importância 2 – média importância 2 – média importância 2 – média importância
3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 1 – baixa importância 1 – baixa importância 3 – importante
4 – alta importância 1 – baixa importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental
4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância
4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância 2 – média importância 2 – média importância 3 – importante
5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante Não sei dizer 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
2 – média importância 3 – importante 4 – alta importância 2 – média importância 2 – média importância 3 – importante 3 – importante
4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 2 – média importância
4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância
4 – alta importância 2 – média importância 3 – importante 3 – importante 1 – baixa importância 2 – média importância 3 – importante
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 2 – média importância
5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
3 – importante 1 – baixa importância 4 – alta importância 1 – baixa importância 1 – baixa importância 1 – baixa importância 1 – baixa importância
4 – alta importância 0 – nenhuma importância 4 – alta importância 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 3 – importante 3 – importante
3 – importante 3 – importante 2 – média importância 1 – baixa importância 1 – baixa importância 3 – importante 3 – importante
2 – média importância 3 – importante 3 – importante 2 – média importância 2 – média importância 3 – importante 2 – média importância
4 – alta importância 0 – nenhuma importância 1 – baixa importância 0 – nenhuma importância 1 – baixa importância 0 – nenhuma importância 1 – baixa importância
5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 1 – baixa importância
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante
88
4.1. Pontos turísticos (e.g.: cachoeiras,
áreas destinadas ao lazer e visitação) 4.2. Linhas de Transmissão
4.3. Usinas geradoras de energia (i.e.:
hidrelétrica, termelétrica, eólica,
fotovoltaica, nuclear)
4.4. Localização das barragens
3 – importante 3 – importante 2 – média importância 4 – alta importância
3 – importante 3 – importante Não sei dizer 5 - fundamental
4 – alta importância 2 – média importância 2 – média importância 5 - fundamental
5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental
5 - fundamental 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância
3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância
4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância
5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante
2 – média importância 2 – média importância 1 – baixa importância 3 – importante
4 – alta importância 2 – média importância 3 – importante 3 – importante
5 - fundamental 2 – média importância 3 – importante 4 – alta importância
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental
5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância
3 – importante 2 – média importância 3 – importante 4 – alta importância
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
2 – média importância 2 – média importância 4 – alta importância 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental
4 – alta importância 3 – importante 2 – média importância 3 – importante
2 – média importância 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância
2 – média importância 3 – importante 4 – alta importância 2 – média importância
2 – média importância 1 – baixa importância 3 – importante 5 - fundamental
3 – importante 2 – média importância 3 – importante 3 – importante
2 – média importância 5 - fundamental 0 – nenhuma importância 4 – alta importância
3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância
4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante
Não sei dizer 2 – média importância 5 - fundamental 5 - fundamental
89
5.1. Estações de Medição
Hidrometeorológicas
(fluviométrica e
pluviométrica)
5.2. Pontos de Medição
qualidade da água
5.3. Índice de Qualidade das
Águas (IQA)
5.4. Resultados das coletas de amostras por Ponto de
Medição (i.e.: parâmetros físico-químicos: oxigênio
dissolvido, coliformes termotolerantes, PH, DBO,
temperatura da água, nitrogênio total, fósforo total,
turbidez, resíduo total)
5.5. Caracterização das
vazões (i.e.: média,
anual, dos cursos
d'água, dos pontos de
coleta)
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante
5 - fundamental 5 – fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
5 - fundamental 3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental
4 – alta importância 5 – fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 – fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância
4 – alta importância 5 – fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
90
6.1. Rede de
Abastecimento
(i.e.:malha de rede e
vazões)
6.2. Pontos de
entrega e de
recepção de água
6.3. Estações de
tratamento de água 6.4. Reservatórios
6.5. Cadastro de
usuários
6.6. Mapa das
Outorgas (i.e.:
Outorgas e volumes
outorgados nos
pontos de captação)
6.7. Rede de efluentes
(i.e.: malha da rede
de esgoto e águas
pluviais e vazões
suportadas)
6.8. Estações de
tratamento de
efluentes
3 – importante 1 – baixa importância 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância 3 – importante
5 - fundamental 2 – média importância 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 0 - nenhuma importância 0 - nenhuma importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 2 – média importância
5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 2 – média importância 2 – média importância 3 – importante 4 – alta importância
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental
3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância
5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 3 – importante
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
2 – média importância 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 1 – baixa importância
4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância
2 – média importância 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 2 – média importância 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
91
7.1. Potenciais
Poluidores
7.2. Zoneamento
Ecológico Econômico
7.3. Uso e Ocupação do
Solo 7.4. População Residente
7.5. Densidade
Demográfica
7.6. Índice de
Desenvolvimento Humano
Municipal (IDH)
3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância 2 – média importância 1 – baixa importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 1 – baixa importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante
5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância
4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância 2 – média importância
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental
5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante
4 – alta importância 5 – fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 3 – importante
4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância 1 – baixa importância
4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
3 – importante 2 – média importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância
4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante
5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância
4 – alta importância 3 – importante 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante
4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante
5 - fundamental Não sei dizer 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 3 – importante
92
8.1. Modelo Digital de Terreno (MDT) 8.2. Curva de nível 8.3. Malha irregular de pontos 8.4. Declividade
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância Não sei dizer 4 – alta importância
5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância
5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
2 – média importância 2 – média importância 2 – média importância 2 – média importância
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
3 – importante 3 – importante 2 – média importância 3 – importante
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental
4 – alta importância 3 – importante 2 – média importância 2 – média importância
5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante
3 – importante 3 – importante 2 – média importância 3 – importante
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância
5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância
5 - fundamental 4 – alta importância Não sei dizer 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância
Não sei dizer Não sei dizer Não sei dizer Não sei dizer
4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância
3 – importante 3 – importante 2 – média importância 2 – média importância
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância
93
9.1. Tipos Climáticos (i.e.: classificação dos tipos
climáticos)
9.2. Temperatura (i.e.: caracterização das
temperaturas observadas ao longo do ano)
9.3. Precipitação (i.e.: caracterização do regime de
chuvas)
4 – alta importância 2 – média importância 4 – alta importância
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 5 - fundamental
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 4 – alta importância
3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
2 – média importância 2 – média importância 4 – alta importância
4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância
2 – média importância 2 – média importância 2 – média importância
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante
2 – média importância 2 – média importância 3 – importante
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 5 - fundamental
5 – fundamental 3 – importante 5 - fundamental
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância
Não sei dizer 2 – média importância 3 – importante
4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância
3 – importante 3 – importante 4 – alta importância
3 – importante 3 – importante 3 – importante
5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante
4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental
94
10.1.
Hidrogeologia 10.2. Litologia 10.3. Pedologia
10.4.
Geomorfologia
10.5. Curso
d'água
10.6. Massa
d'água
10.7. Aquíferos
(áreas de recarga)
10.8. Direção de
Fluxo da água
10.9. Área de
Contribuição
10.10. Área de
Drenagem
5 - fundamental 3 – importante 2 – média
importância 3 – importante
4 – alta
importância 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental
4 – alta
importância
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 2 – média
importância 3 – importante 3 – importante
4 – alta
importância
4 – alta
importância 5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante
5 - fundamental 4 – alta
importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta
importância 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta
importância
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 4 – alta
importância 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental
4 – alta
importância 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância
4 – alta
importância
3 – importante 3 – importante 2 – média
importância
2 – média
importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância
4 – alta
importância
4 – alta
importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante
4 – alta
importância
4 – alta
importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
4 – alta
importância
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 4 – alta
importância 4 – alta importância 4 - alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta
importância
2 – média
importância 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental
95
10.1.
Hidrogeologia 10.2. Litologia 10.3. Pedologia
10.4.
Geomorfologia
10.5. Curso
d'água
10.6. Massa
d'água
10.7. Aquíferos
(áreas de recarga)
10.8. Direção de
Fluxo da água
10.9. Área de
Contribuição
10.10. Área de
Drenagem
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta
importância
4 – alta
importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância
4 – alta
importância
5 - fundamental 5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta
importância
4 – alta
importância 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante
3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta
importância 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 3 – importante
5 - fundamental 5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta
importância
4 – alta
importância
4 – alta
importância 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental
2 – média
importância
2 – média
importância 3 – importante
2 – média
importância
4 – alta
importância
4 – alta
importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante
4 – alta
importância
5 - fundamental 2 – média
importância 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta
importância 3 – importante 3 – importante
4 – alta
importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta
importância
4 – alta
importância
4 – alta
importância
4 – alta
importância
4 – alta
importância 5 - fundamental
5 - fundamental 5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta
importância
4 – alta
importância
3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta
importância
4 – alta
importância
4 – alta
importância
4 – alta
importância 5 - fundamental 5 - fundamental
4 – alta
importância 3 – importante
4 – alta
importância Não sei dizer
4 – alta
importância
4 – alta
importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
Não sei dizer 3 – importante 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental
96
APÊNDICE B – MATRIZ DE PRODUTOS DE INFORMAÇÃO Tabela 3 - Matriz de Produtos de Informação
Tema Nº Produto de informação ID Dado
Localização da UHP
1 Limite da bacia (UHP) e Principais
Corpos Hídricos
3 Localidades
18 Curso d'água (rios principais)
4 Rodovias (rodovias, estradas vicinais)
5 Ferrovias
19 Massa D'água/ Trecho de Massa D'água
20 Reservatórios
1 Limite estadual (UF)
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
2 Municípios inseridos integral ou
parcialmente na BH
18 Curso d'água (rios principais)
19 Massa D'água/ Trecho de Massa D'água (margem dupla)
2 Municípios
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
População 3 População na área da bacia (total, urbana
e rural) e IDH
39 Dados censitários
2 Municípios
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
Meio Físico
4 Altitude
3 Localidades
13 Curvas de Nível
18 Curso d'água (rios principais)
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
17 Modelo Digital de Elevação (MDE)
5 Relevo
3 Localidades
18 Curso d'água (rios principais)
15 Unidades Geomorfológicas
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
6 Hidrogeologia
3 Localidades
18 Curso d'água (rios principais)
16 Sistemas Aquíferos
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
7 Tipos de Solo
3 Localidades
18 Curso d'água (rios principais)
14 Tipos de Solo
97
Tema Nº Produto de informação ID Dado
Aspectos Quantitativos
8 Disponibilidade hídrica
27 Rede hidrometeorológica (estações fluviométricas)
35 Vazões médias por estação (nos períodos seco e chuvoso)
3 Localidades
18 Curso d'água
16 Hidrogeologia (disponibilidade das reservas)
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
9 Balanço hídrico (disponibilidade-
demanda)
2 Municípios
21 Demanda hídrica por município (usos consuntivos)
22 Disponibilidade hídrica
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
10 Precipitação
3 Localidades
27 Rede hidrometeorológica (estações pluviométricas)
36 Precipitação média anual (isoietas)
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
Aspectos Qualitativos
11 Qualidade das águas superficiais
27 Rede de monitoramento de qualidade da água
3 Localidades
37 IQA por estação
18 Curso d'água
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
12 Qualidade das águas subterrâneas
27 Rede de monitoramento de qualidade da água
3 Localidades
38 Qualidade da água subterrânea - resultados de coletas
16 Sistemas Aquíferos
27 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
98
Tema Nº Produto de informação ID Dado
Saneamento e
Abastecimento
13 Saneamento
39 % de tratamento de esgoto por município
2 Municípios
27 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
14 Abastecimento
39 % de abastecimento de água por município
2 Municípios
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
Situação Ambiental
15 Unidades de Conservação
3 Localidades
32 Unidades de conservação
18 Curso d'água (rios principais)
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
16 Áreas de Preservação Permanente
3 Localidades
33 Localização e tipo das APPs
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
Ordenamento Territorial
17 Potenciais Poluidores
3 Localidades
12 Mineração
11 Localização de indústrias, cemitérios, Aterro sanitário e lixões
10 Usinas
9 Portos
8 Aeroportos
7 Malha de Dutos
4 Malha viária
5 Ferrovias
6 Hidrovias
18 Curso d'água (rios principais)
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
18 Uso e ocupação do solo
3 Localidades
18 Curso d'água (rios principais)
34 Uso e ocupação do solo (classificação de imagens de satélites)
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
99
Tema Nº Produto de informação ID Dado
Usos dos Recursos
Hídricos
19 Outorga
23 Localização, finalidade de uso, domínio, órgão outorgante, vazão outorgada
23 Distribuição (%) dos principais usos (demanda urbana, rural e industrial)
19 Curso d'água (rios principais)
3 Localidades
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
20 Cobrança
24 Localizaçao e identificação dos usuários pagadores e valores arrecadados
18 Curso d'água (rios principais)
3 Localidades
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
21 Enquadramento
3 Localidades
25 Situação atual e propostas
18 Curso d'água (rios principais)
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
22 Segurança das Barragens
3 Localidades
28 Localização das Barragens
18 Curso d'água (rios principais)
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
Eventos Hidrológicos
Críticos
23 Seca
29 Histórico dos eventos de seca por município
2 Municípios
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
24 Inundações
30 Histórico dos eventos de inundação por município
2 Municípios
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
25 Acidentes com contaminantes
31 Histórico dos eventos de contaminação
2 Municípios
26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)
100
APÊNDICE C – Matriz de dados e fontes – Dicionário de Dados
Tabela 4 - Matriz de Dados e Fontes – Dicionário de Dados
Tema ID Classe Atributos Tipo de campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional
I - Limites
político-
administr
ativos e
localidade
s
1
Limite
estadual
(UF)
Nome Guid
250.000 Polígono IBGE 2017 http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_
mapas/bases_cartograficas_contin
uas/bc250/versao2017/shapefile/
Sigla Guid
Geocódigo String
2 Limite
municipal
Nome String
250.000 Polígono IBGE 2107 http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_
mapas/bases_cartograficas_contin
uas/bc250/versao2017/shapefile/
Geocódigo String
Área inserida na bacia
(km²) String
IDH String
População urbana
(último censo) Integer
População rural (último
censo) Integer
3 Localidade
Nome String
250.000 Ponto IBGE 2017 http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_
mapas/bases_cartograficas_contin
uas/bc250/versao2017/shapefile/
Tipo (ex: Sede
Municipal, vila,
aglomerado rural,
núcleo, etc)
Guid
101
Tema ID Classe Atributos Tipo de campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional
II -
Transporte
4
Vias
terrestres
(rodovias,
estradas
vicinais)
Nome String
250.000 Linha IBGE 2017
http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_
mapas/bases_cartograficas_contin
uas/bc250/versao2017/shapefile/
Sigla Guid
Jurisdição Guid
Tipo (simples ou dupla) Guid
Nome dos cursos d’água
interceptados String
Concessão Guid
Pavimentação Guid
5 Ferrovias
Nome String
250.000 Linha IBGE 2017
http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_
mapas/bases_cartograficas_contin
uas/bc250/versao2017/shapefile/
Status Guid
Concessão Guid
6 Hidrovias Nome String 250.000 Linha IBGE 2017
http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_
mapas/bases_cartograficas_contin
uas/bc250/versao2017/shapefile/
7 Dutos
Nome String
1.000.000 Linha
Ministério
dos
Transportes
2014
http://www.transportes.gov.br/ima
ges/2014/11/PNLT/base/Dados_d
e_Oferta.zip
Operador String
Substância Guid
Tipo Guid
8 Aeroportos Nome String 1.000.000 Ponto
Ministério
dos
Transportes
2014
http://www.transportes.gov.br/ima
ges/2014/11/PNLT/base/Dados_d
e_Oferta.zip
9 Portos Nome String
250.000 Ponto IBGE 2017
http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_
mapas/bases_cartograficas_contin
uas/bc250/versao2017/shapefile/ Corpo hídrico associado String
102
Tema ID Classe Atributos Tipo de
campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional
III -
Estrutura
Econômica
10
Usinas
Geradoras de
Energia
Nome String
250.000 Ponto ANEEL 2016 https://sigel.aneel.gov.br/Down/
Tipo Guid
Situação Guid
Prorietário String
Potencia
outorgada (KW) Double
Potência
Fiscalizada
(KW)
Double
Corpo hídrico
associado String
Tipo de
Combustível Guid
11 Empreendiment
os licenciados
Nome do
empreendiment
o
String
Não
Informado Ponto IBAMA N/A N/A
Empresa
responsável String
Tipo de licença
emitida Guid
Órgão emissor String
Atividade String
Endereço do
empreendimento String
Numero da
Licença String
Validade da
Licença Data
Razão Social String
103
Tema ID Classe Atributos Tipo de
campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional
III -
Estrutura
Econômica
12 Mineração
Tipo Guid
Não
Informado Ponto IBGE
Não
Informado http://sigmine.dnpm.gov.br/webmap/
Nº Registro
Federal String
Nº Registro
Estadual String
UF Guid
Município String
Status de operação Guid
Processo de
licenciamento String
Área do polígono
minerário Double
IV - Meio
Físico
13 Curvas de
Nível Altitude Integer 1.000.000 Linha IBGE 2016
https://www.ibge.gov.br/geociencias-
novoportal/cartas-e-mapas/bases-
cartograficas-continuas/15759-
brasil.html?&t=downloads
14 Pedologia Tipo de solo String
250.000 Polígono IBGE 2006
ftp://geoftp.ibge.gov.br/informacoes_
ambientais/pedologia/vetores/escala_
250_mil/recorte_milionesimo/
Características String
15 Geomorfologia Tipo de relevo String
250.000 Polígono IBGE 2006
ftp://geoftp.ibge.gov.br/informacoes_
ambientais/geomorfologia/vetores/esc
ala_250_mil/recorte_milionesimo/
Características String
16 Hidrogeologia
Nome da Unidade
Estratigráfica String
1.000.000 Polígono CPRM 2014
http://www.cprm.gov.br/publique/me
dia/hidrologia/mapas_publicacoes/M
HB/Mapa_Hidrogeologico_do_Brasil
_SHP.rar
Vazão da Unidade
Hidroestratigráfica Guid
Coeficiente de
Armazenamento String
17
Modelo Digital
de Elevação
(MDE)
Valor Integer 30 m Raster Topodata Não
Informado
http://www.webmapit.com.br/inpe/to
podata/
104
Tema ID Classe Atributos Tipo de
campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional
V -
Recursos
Hídricos
18 Curso
D'água
Nome String
250.000 Linha IBGE 2017
ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/bas
es_cartograficas_continuas/bc250/versao20
17/shapefile/
Regime Guid
Domínio
(Federal,
Estadual,
Interestadual,
Fronteiriça)
Guid
Ordem Guid
Classe de
enquadramento Guid
19
Massa
D'água/
Trecho de
Massa
D'água
Nome String
250.000 Polígono IBGE 2017
ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/bas
es_cartograficas_continuas/bc250/versao20
17/shapefile/
Tipo Guid
Regime Guid
Salinidade Guid
20 Reservatóri
os
Nome/Código String
1.000.000 Polígono ANA 2015
http://metadados.ana.gov.br/geonetwork/srv
/en/resources.get?id=317&fname=SNIRH_
Reservatorio.zip&access=private
Tipo Guid
Volume
armazenado Double
Municípios/bairr
os atendidos String
21
Demanda
hídrica por
município e
por uso
consuntivo
Nome do
município String
1.000.000 Polígono ANA 2016
http://www.metadados.inde.gov.br/geonetw
ork/srv/por/metadata.show?id=70895&curr
Tab=simple
Geocódigo String
Demanda urbana Double
Demanda rural Double
Criação animal; Double
Demanda
industrial Double
Demanda de
irrigação Double
105
Tema ID Classe Atributos Tipo de
campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional
V-
Recursos
Hídricos
22 Disponibilidade
Hídrica
Nome do Rio String
1.000.000 Linha ANA 2016
http://metadados.ana.gov.br/geone
twork/srv/en/resources.get?id=30
7&fname=SNIRH_DispHidricaSu
perficial.zip&access=private
Código da Bacia String
Domínio (Federal,
Estadual, Interestadual,
Fronteiriça)
Guid
Disponibilidade Q 95 Double
23 Pontos de
Outorgas
Tipo de outorga Guid
1.000.000 Ponto ANA 2015 N/A
Qualificação da
outorga Guid
Vazão outorgada Double
Nome do titular da
outorga String
Data da outorga Data
Validade Data
Nome do corpo hídrico String
Finalidade de uso Guid
Nº CNARH String
Legislação
Relacionada String
24 Cobrança
Nº CNARH String
1.000.000 Ponto ANA 2016 N/A
Razão Social String
Município String
Nome do corpo hídrico String
Vazão Double
Finalidade de uso Guid
25 Enquadramento
Nome do corpo hídrico String
1.000.000 Linha ANA 2016
http://metadados.ana.gov.br/geone
twork/srv/en/resources.get?id=38
8&fname=SNIRH_Enquadrament
o.zip&access=private
Classe atual Guid
Meta Guid
106
Tema ID Classe Atributos Tipo de
campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional
V-
Recursos
Hídricos
26
UPH - Unidade de
Planejamento
Hídrico - Bacia
Hidrográfica
Ottocodificada
Código Nível 1 String
1.000.000 Polígono ANA 2012
http://www.metadados.inde.g
ov.br/geonetwork/srv/por/met
adata.show?id=70940&currT
ab=simple
Código Nível 2 String
Código Nível 3 String
Código Nível 4 String
Nome da Região 1 Guid
Nome da Região 2 Guid
Nome da Região 3 Guid
Nome da Região 4 Guid
Código da Bacia Guid
Código da Sub-bacia Guid
Código da RH Guid
Nome da RH Guid
27
Estações da Rede
Hidrometeorológica
Nacional
Tipo de estação Guid
1.000.000 Ponto ANA 2016 http://www.snirh.gov.br/hidro
web/
Nome String
Nome do corpo d'agua String
Sub-bacia String
Bacia String
Município String
Estado Guid
Responsável String
Operadora String
Altitude Double
Parâmetros
monitorados String
Frequência Guid
Área de drenagem Double
107
Tema ID Classe Atributos Tipo de
campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional
V -
Recursos
Hídricos
28 Localização das
Barragens
Nome String
1.000.000 Ponto ANA 2016
http://metadados.ana.gov.br/g
eonetwork/srv/en/resources.g
et?id=390&fname=SNIRH_B
arragensFiscalizadas.zip&acc
ess=private
Empresa responsável String
Tipo Guid
Material Guid
Capacidade máxima Double
29 Secas
Município String
1.000.000 Ponto ANA 2015
http://metadados.ana.gov.br/g
eonetwork/srv/en/resources.g
et?id=397&fname=SNIRH_S
ecas.zip&access=private
Número de eventos Integer
Data de início Integer
Número de dias sem chuva Integer
30 Inundações
Município String
1.000.000 Ponto ANA 2014
http://metadados.ana.gov.br/geo
network/srv/en/resources.get?id
=243&fname=vulnerabilidade_
metadados.zip&access=private
Número de eventos Integer
Data do evento Integer
31 Acidentes com
contaminantes
Município String
N/A Ponto N/A Não
Informado N/A
Corpo hídrico associado String
Substância String
Quantidade estimada Double
VI -
Cobertura
Vegetal e
Uso do Solo
32
Unidades de
Conservação
(Ucs)
Nome String
250.000 Polígono IBGE 2017
http://geoftp.ibge.gov.br/cartas
_e_mapas/bases_cartograficas_
continuas/bc250/versao2017/sh
apefile/Limites_v2017.zip
Jurisdição Guid
Plano de Manejo Guid
N° do Decreto de Criação String
Categoria Guid
Sede String
33
Áreas de
Preservação
Permanente
Tipo de APP Guid
50.000 Polígono SICAR 2018 http://www.car.gov.br/public
o/imoveis/index
Área Double
Grau de conservação Guid
34 Uso e ocupação
do solo
Classe de uso e ocupação
do solo Guid 5.000.000 Polígono IBGE 2014
https://www.ibge.gov.br/geocie
ncias-novoportal/informacoes-
ambientais/cobertura-e-uso-da-
terra/15831-cobertura-e-uso-da-
terra-do-
brasil.html?=&t=downloads
108
Tema ID Classe Atributos Tipo de
campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional
VII –
Séries
Temporais
35 Vazão
Nome da estação String
1.000.000 Ponto ANA 2018 http://www.snirh.gov.br/hidro
web/
Código String
Operador String
Corpo hídrico String
Data Date
Hora Date
Vazão Double
Vazão média mensal Double
36 Precipitação
Nome da estação String
1.000.000 Ponto INMET 2018 http://www.inmet.gov.br/port
al/index.php?r=bdmep/bdmep
Código String
Operador String
Data Date
Hora Date
Chuva acumulada Double
Chuva média mensal Double
37 Qualidade (águas
superficiais)
Nome da estação String
1.000.000 Ponto ANA 2018 http://www.snirh.gov.br/hidro
web/
Código String
Corpo hídrico String
Operador String
Data Date
Hora Date
Parâmetros String
IQA Double
IQA médio mensal Double
38 Qualidade (águas
subterrâneas)
Código do poço String
Desconhec
ido Ponto CPRM 2018 N/A
Operador String
Município String
Aquífero String
Data Date
Classificação String
109
Tema ID Classe Atributos Tipo de
campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional
VIII - Dados
Censitários -
Tabela
Convencional
para
Relacionamento
39 Dados
censitários
Nome do município String
250.000
Tabela de
Relacioname
nto com
Municípios
IBGE 2.010 https://censo2010.ibge.gov.br
/resultados.html
Código do município String
Taxa de urbanização (%) Integer
Taxa de crescimento
populacional (%) Integer
População Rural Integer
População urbana Integer
% de abastecimento de
água por município Double
% de tratamento de esgoto
por município Double
IDH (Índice de
Desenvolvimento
Humano) Integer
110
APÊNDICE D - Diagrama de Classes
II – Transporte I – Limites Político-administrativos III – Estrutura Econômica IV – Meio Físico
V – Recursos Hídricos VI – Cobertura Vegetal e Uso do Solo VII – Séries Temporais
111
APÊNDICE E - Manual para planejamento de um Sistema de Informações Geográficas
(SIG) orientado à gestão de bacias hidrográfica
Alexandra Maya Werneck Magalhães
Manual para planejamento de um Sistema de Informações Geográficas
(SIG) orientado à gestão de bacias hidrográfica
Rio de Janeiro
2018
112
APRESENTAÇÃO
Este manual foi criado como produto do projeto de mestrado da autora, no Programa
de Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos – ProfÁgua, realizado
na Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ. Aqui reuniram-se sugestões e
orientações com o objetivo de auxiliar organizações de gestão de recursos hídricos a
planejarem um Sistema de Informações Geográficas orientado ao tema.
Buscou-se sintetizar as informações resultantes do projeto de pesquisa de mestrado,
neste documento. Redigido de forma mais objetiva do que uma dissertação, tem como
objetivo facilitar a consulta às orientações sugeridas.
Tais orientações tiveram como base a revisão bibliográfica, aliada aos resultados da
pesquisa sobre informações geográficas relevantes para a gestão dos recursos hídricos,
realizada com pessoas envolvidas neste assunto, em diferentes regiões do Brasil.
A metodologia utilizada para chegar-se às orientações aqui sugeridas, encontram-se
descritas na dissertação de mestrado “Manual de Elaboração de um Sistema de Informações
Geográficas (SIG) Orientado à Gestão de Bacias Hidrográficas”, desenvolvida no âmbito do
Programa de Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua), na
Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Buscou-se descrever o que, segundo a literatura, são etapas importantes para planejar e
implantar o SIG. Tais etapas visam guiar o gestor na construção dos cinco pilares de um SIG
(Figura 1): conjunto de dados, metodologias, programas, equipamentos e pessoal, a serem
desenvolvidos de acordo com as particularidades de cada organização da unidade de
planejamento hidrográfico a ser gerida.
113
Figura 1 - Os cinco pilares do SIG. Fonte: adaptado de CDC (2018)
Fonte: CDC, 2018. Adaptado pela autora.
1 PLANEJAMENTO
“É preciso que haja planos para que a organização tenha seus
objetivos e para que se estabeleça a melhor maneira de alcançá-
los. Além disso, os planos permitem que a organização consiga e
aplique os recursos necessários para a consecução de seus
objetivos, os membros da organização executem atividades
compatíveis com os objetivos e os métodos escolhidos, e o
progresso feito rumo aos objetivos seja acompanhado e medido,
para que se possam tomar medidas corretivas se o ritmo do
progresso for insatisfatório. ”
Fonte: STONER, 1985.
O objetivo da fase de planejamento é criar uma base de dados geográficos capaz de
gerar as informações necessárias para dar subsídios à gestão e aos processos de tomada de
decisão.
A metodologia de planejamento sugerida para a elaboração de um SIG criado
especialmente para atender às demandas da gestão de recursos hídricos, de acordo com o
114
estudo que deu origem a este manual, conta com as etapas apresentadas no fluxograma da
Figura 2.
Figura 2 - Fluxograma das etapas de criação do SIG
Fonte: A autora, 2018.
DICA: É importante deixar que cada passo do processo conduza à etapa seguinte,
como por exemplo: em tendo se definido quais os produtos de informação serão produzidos
pelo SIG, a sequência natural é listar quais os dados serão necessários para gerar tais
produtos, e assim por diante.
1.1 Recursos necessários para o planejamento
Ao iniciar o planejamento da criação e implantação do SIG, é importante checar se
temos todos os recursos necessários. Um ponto importante é reunir uma equipe, mesmo que
pequena, de pessoas que entendem a importância do projeto e estão dispostas a contribuir.
Nesta etapa, sugere-se idealmente uma equipe com pelo menos três pessoas
envolvidas, e representantes das atividades atribuídas à organização, a chamada “área de
negócio”. Um exemplo de equipe de planejamento, pode ser visto na Figura 3.
115
Figura 3 - Equipe de planejamento do SIG
Fonte: TOMLINSON, 2013. Adaptado pela autora, 2018.
a) o gerente de projetos SIG, em um cenário ideal, uniria a função gerencial ao
conhecimento em SIG e arquitetura de soluções. Porém, levando-se em conta
que muitas das organizações que trabalham com a gestão dos recursos hídricos
em nosso país carecem de recursos, esta posição que pode ser exercida pelo
gestor da organização, a quem caberá a tarefa de montar a equipe e cuidar de
contratações, organizar os recursos e o cronograma e fazer a interface entre
equipe SIG e “área de negócio”;
b) o especialista em planejamento SIG é o profissional que estará encarregado de
criar soluções e metodologias baseadas em SIG para melhorar os processos
existentes;
c) os representantes da área de negócio são pessoas de dentro da organização que
irão utilizar um ou mais dos PI gerados pelo SIG;
d) o especialista técnico SIG irá identificar as potencialidades e as limitações dos
programas e recursos.
116
A Tabela 1 apresenta a matriz de funções para a etapa de planejamento.
Tabela 1. Matriz de funções para a etapa de planejamento do SIG
Matriz de Funções - Planejamento
Nome da
Função Tipo Atribuições mínimas Desejável Observações
Gerente de
projetos SIG Gerencial
Gerir os recursos
financeiros; responsável
pela interface entre a equipe
do SIG e a "área de
negócio"; organizar
cronograma; contratações;
Conhecimento da
estrutura da
organização;
conhecimento de
gestão de recursos
hídricos;
conhecimentos em
SIG
Esta função pode ser
executada pelo
próprio gestor da
organização
Especialista em
planejamento
SIG
Coordenação
técnica
Fazer levantamento de
requisitos; criar soluções e
metodologias SIG;
experiência e conhecimento
em todos os componentes
do SIG (dados, programas,
equipamento e métodos);
elaborara o modelo
conceitual do banco de
dados; conhecimento em
cartografia digital
Conhecimento em
informática e
arquitetura de
soluções;
conhecimento nas
disciplinas envolvidas
na gestão de recursos
hídricos
Irá apontar os
recursos necessários
de dados,
programas,
equipamentos e
pessoal.
Especialista
técnico SIG Técnico
Conhecimento e prática em
SIG e Tecnologia da
Informação (TI); identificar
potencialidades assim como
limitações dos programas e
dos recursos técnicos;
fornecer subsídios técnicos ao
levantamento de requisitos
para escolha de fornecedores
Conhecer os tipos de
dados utilizados na
gestão dos recursos
hídricos;
conhecimento em
cartografia digital
Responsável pelo
planejamento da
infraestrutura
Representantes
da "área de
negócio"
Técnico
Conhecer a organização;
vivência em gestão de
recursos hídricos; explicar
seus fluxos de trabalho; terem
sido introduzidos ao projeto
de implantação do SIG
Estarem abertos a
novas práticas e
soluções
Membros da própria
organização; futuros
usuários do sistema
e de suas soluções
Fonte: a autora, 2018.
1.2 Definir os Produtos de Informação
Os dados que irão compor a base do SIG, assim como suas características serão
definidos a partir da identificação dos Produtos de Informação (PI) a serem gerados pelo SIG
para beneficiar a organização, fornecendo informações que poderão ajudar no planejamento e
na tomada de decisões.
117
Para a identificação dos PI, é importante conhecer bem as características da área a ser
gerida, identificar os principais conflitos e os atores envolvidos, assim como os fatores de
influência. Como subsídio a esta etapa, sugere-se a realização de um Seminário de
Tecnologia, que além de apresentar o projeto de implantação do SIG na organização, irá
coletar informações e responder a questionamentos sobre os fluxos de trabalho dos membros
da organização, tais como:
a) com que tipo de informação trabalham?
b) como são armazenados atualmente os dados utilizados para gerar as
informações?
c) qual a periodicidade de atualização dos dados coletados e das informações
resultantes?
d) quais são as fontes de dados habituais?
e) quais as maiores dificuldades para a realização do seu trabalho?
f) como expõem os resultados de seu trabalho?
g) há algo que gostariam de realizar, no âmbito de suas funções, mas que não o
fazem por crer-se ser demasiadamente trabalhoso?
h) quais os maiores desafios enfrentados pela organização?
i) a organização possui um planejamento estratégico (e.g.: um Plano de Bacia)?
Caso ainda não possua um plano de recursos hídricos, ou plano de bacia, o
SIG poderá auxiliar na elaboração dos produtos para o plano, nas análises e
também na apresentação dos resultados em forma de mapas.
Alguns exemplos de Produtos de Informação sobre recursos hídricos estão representa-
dos na Figura 4 e na Figura 5.
118
Figura 4 - Aplicação WEB Service do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH).
Balanço Hídrico quantitativo por bacia
Fonte: SNIRH. Disponível em:
http://portal1.snirh.gov.br/ana/apps/webappviewer/index.html?id=ac0a9666e1f340b387e8032f64b2b85a. Acesso
em 10 de abril de 2018.
119
Figura 5 - Aplicação WEB Service do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH).
Eventos de Cheias por municípios
Fonte: SNIRH. Disponível em:
http://portal1.snirh.gov.br/ana/apps/webappviewer/index.html?id=04b29613a5564d05bc23962fc89e9c29.
Acesso em 10 de abril de 2018.
1.2.1 Realizar Seminários de Tecnologia
Promover alguns encontros com todos os usuários que pertencem à organização, com o
objetivo primordial de auxiliar o planejador a entender quais os produtos de informação oriundos do
SIG são importantes para a realização de suas tarefas. O ideal é que após estas etapas e baseando-se
nas informações coletadas, seja criada uma lista com os Produtos de Informação.
Outros objetivos dos seminários podem ser:
a) introduzir o SIG aos participantes, membros da organização;
b) apresentar o processo de planejamento;
c) explicar os motivos pelos quais o trabalho está sendo feito;
d) esclarecer a natureza da contribuição dos participantes no trabalho e como seus
esforços aumentarão a chance de sucesso em geral;
120
e) introduzir a terminologia e os métodos de SIG que serão usados durante o
planejamento e a implantação;
f) oferecer aos participantes a oportunidade de avaliar suas necessidades de
trabalho e identificar as informações que os ajudariam a realizar seu
trabalho de maneira melhor e mais eficiente;
g) compor a lista de produtos de informação necessários, incluindo o nome das
pessoas que precisam de tais produtos para fazer seu trabalho;
h) incluir produtos potenciais para fases futuras do fluxo de trabalho da
organização, além dos produtos atualmente necessários.
i) incutir nos participantes um pouco da cultura da geoinformação, de forma a,
entre outros benefícios, angariar apoio dos membros, já que eles serão parte
fundamental no processo de planejamento e de implantação, e espera-se que
venham a ser também usuários do sistema, e que possam beneficiar-se do
SIG otimizando suas tarefas e fluxos de trabalho.
j) estabelecer um primeiro contato e iniciar uma boa relação de trabalho entre
a equipe de planejamento do SIG e os membros da organização.
A agenda para um seminário de tecnologia SIG pode incluir os seguintes tópicos:
a) apresentação conceitual de um SIG;
b) apresentação da terminologia utilizada;
c) explicações sobre as funções SIG;
d) explicações sobre o processo de planejamento - etapas e responsabilidades;
e) identificação preliminar de Produtos de Informações (PI) desejados;
f) explicando oportunidades de melhoria nos fluxos de trabalho realizados na
organização. Neste último tópico, podem ser apresentados casos de usos,
onde o SIG ajudou a melhorar algum processo no campo da gestão de
recursos hídricos.
1.2.2 Descrever os Produtos de Informação
Após a realização do seminário e conversas entre a equipe de planejamento do SIG e
os membros da organização, já haverá subsídios para elaborar uma matriz descrevendo tais
121
produtos, e quais os dados de entrada serão necessários para gerá-los no SIG. A Matriz dos
Produtos de Informação (MPI) encontram-se no Anexo II. A Figura 6 apresenta a relação
entre a Matriz de Dados e Fontes (MDF) e a MPI, onde através do campo identificador (ID) é
possível identificar na MDF, quais os dados foram utilizados para construir cada PI na MPI.
Figura 6. Exemplo de como o campo ID indica quais os dados da MDF foram utilizados para gerar os
produtos
Fonte: A autora, 2018.
O diagrama apresentado na Figura 7 exemplifica o processo de conversão de dados de
entrada em produtos de informação, realizada por meio das metodologias de análise e
transformação de dados presentes na plataforma.
122
Figura 7 - Exemplo de esquema de conversão de dados de entrada em produtos de informação
Fonte: A autora, 2018.
DICA:
Para oferecer uma prévia do que as soluções baseada em SIG podem oferecer à
organização, a equipe pode, após a realização do seminário, criar um produto de informação
dentre os que foram identificados, e apresentar à pessoa responsável por aquele fluxo dentro
da organização. O objetivo netse caso, é provocar a curiosidade dos membros e criar
demandas para o SIG.
123
2 LISTAR DADOS E FONTES
Depois de definidos os principais produtos de informação, faz-se uma lista com os
dados necessários para gerar tais produtos, aproveitando para definir as características
geográficas que tais dados devem possuir, tais como: escala, resolução, projeção e formato de
arquivo.
É sugerido criar uma matriz para apresentar os requisitos mínimos dos dados. Um
exemplo de informações que devem constar desta matriz, está exemplificado na Tabela 2.
Tabela 2 - Exemplo de matriz de características para a classe “Limites”
Fonte: A autora, 2018.
2.1 Aquisição dos dados
A partir da matriz de características dos dados, pode-se iniciar a etapa de aquisição.
Para tal, deve-se visitar o portal da fonte produtora do dado, na internet, e verificar sua
disponibilidade. Atualmente, a maior parte dos órgãos públicos federais e parte dos estaduais
e municipais, disponilibilizam suas bases de dados em portais da internet, onde é possível
descarregar arquivos em diferentes formatos.
2.1.1 Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais – INDE
Uma opção recomendada é o portal da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais –
INDE, acessando seu endereço eletrônico, http://inde.gov.br. O portal da INDE funciona
Grupo
temáticoClasse Escala Geometria Fonte Ano
URL do
dado
URL do
Metadado
IBGE 2018https://www.
ibge.gov.br/
http://www.
inde.gov.br/Limites Municípios 1: 10.000 Polígono
124
como um grande catálogo de metadados (i.e.: informações sobre os dados) que centraliza a
geoinformação produzida por diversos órgãos governamentais, possibilitando que o usuário
encontre, por meio de busca por palavras-chave, dados de temáticas variadas, alguns
inclusives, com opção para descarregar diretamente do portal.
Algumas das instituições cujas bases encontram-se catalogadas no portal da INDE são:
- Agência Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ
- Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT
- Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia -CENSIPAM
- Serviço Geológico do Brasil -CPRM
- Diretoria de Hidrografia e Navegação – DHN
- Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT
- Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro – DSG
- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
- Instituto de Cartografia Aeronáutica – ICA
- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE
- Ministério das Cidades
- Ministério da Fazenda
- Ministério do Meio Ambiente – MMA
- Ministério dos Transportes
- Secretaria do Patrimônio da União – SPU
125
3 LISTAS DE FONTES
Algumas instituições de pesquisa, como por exemplo o Departamento de Análise
Geoambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF) e o LABGIS da Universidade Estadual
do Rio de Janeiro (UERJ), criaram listas de fontes de dados públicos com centenas de endereços
eletrônicos onde o usuário pode descarregar tais dados. As referidas listas podem ser
descarregadas nos seguintes endereços: http://www.uff.br/geoden/docs/GeoLISTA.pdf (Lista da
UFF); e https://www.labgis.uerj.br/fontes_dados.php (LABGIS).
126
4 BASE PRÉ-EXISTENTE
Nem todos os dados necessários estarão disponíveis publicamente. Uma alternativa a
ser explorada antes de se partir para a contratação dos dados faltantes é verificar se já houve
estudos e levantamentos feitos para a área de estudo, e buscar adquirir bases de dados geradas
anteriormente. Neste caso, deve-se ter precaução no tocante à qualidade dos dados, o que
poderá ser verificado pela equipe de planejamento do SIG.
127
5 ESPECIFICAR REQUISITOS PARA CONTRATAÇÃO DE DADOS
Para a contratação de dados, quando estes não tiverem sido encontrados em outras
fontes, sugere-se especial atenção à alguns quesitos, dentre os quais a escala dos dados, ou a a
resolução no caso de imagens orbitais, possui especial importância. Se a escala não for
adequada para mostrar aquilo que se deseja visualizar, todo o trabalho poderá ser prejudicado.
A Escala é a relação entre o tamanho dos elementos representados em um mapa e o
tamanho correspondente medido sobre a superfície terrestre. Para a aquisição dos dados,
sejam eles oriundos de bases públicas ou havendo necessidade produzí-los, é importante que
se planeje a sua escala. Segundo a ET-ADGV (DSG, 2010):
“O interesse do usuário final, ou mesmo a importância relativa de um objeto
para a região onde ele está localizado, são fatores determinantes na aquisição
de uma feição geográfica.(...) Atualmente, a resolução espacial dos insumos
utilizados (fotografias aéreas, imagens sensores orbitais, levantamentos de
campo, etc.) normalmente possibilitam a aquisição da forma real dos objetos
(utilização de polígonos). A aquisição excessivamente detalhada implica
aumento do tempo gasto na produção e, possivelmente, no custo do produto
final, mas se não ocorrer impedimento quanto a esses fatores, sugere-se que
os objetos sejam adquiridos com sua forma real.(...) Caso não seja possível
adquirir na sua forma real, o objeto deve ser adquirido na forma de linha ou
ponto.”
Exemplo: a Figura 8 exemplifica uma representação em diferentes níveis de
detalhamento, ou escalas.
128
Figura 8 - Representação cartográfica do município de Cornélio Procópio em diferentes escalas
Fonte: IBGE, 2001.
A Tabela 3 apresenta aplicabilidades para diferentes escalas.
Tabela 3 - Aplicabilidades das escalas
Tipo de escala Escala cartográfica Finalidade
Grande
(Cadastral)
1:100 e 1:200 Plantas de pequenos lotes e
edifícios
1:500 e 1:1.000 Planta de arruamentos e
loteamentos, redes de água e esgoto
1:1.000 a 1:5.000 Plantas de propriedades rurais
1:5.000 a 1:25.000
Carta/Planta cadastral de cidades
e grandes propriedades rurais ou
industriais
Média
(Topográfica)
1:50.000 a 1:100.000 Cartas de municípios
1:25.000 a 1:250.000 Cartas/Mapas topográficos
Pequena
(Geográfica) Acima de 1:250.000
Mapas de estados, países,
continentes, Atlas geográfico etc.
Fonte: IBGE, 2001. Adaptado pela autora, 2018.
129
Outros quesitos que devem ser especificados quando da contratação de dados, são:
a) datum: o datum oficial adotados pelo Sistema Cartográfico Nacional é o
SIRGAS 2000;
b) projeção: a mesma adotada no restante da base de dados utilizada,
geralmente em Universal Transversa de Mercator – UTM ou Sistema de
Coordenadas Geográfica;
c) especificar a geometria das feições (ponto, linha polígono ou grade
numérica), definida a partir da possibilidade de espacialização da
informação, considerando a menor unidade de representação espacial
possível.
130
6 DESENHAR O MODELO CONCEITUAL DO BANCO DE DADOS
GEOGRÁFICOS
De acordo com o fluxo do planejamento e criação do SIG (Figura 2), parte-se então
para o desenho do modelo conceitual do banco de dados geográficos. Sua principal finalidade
é capturar os requisitos de informação e regras de negócio sob o ponto de vista do negócio
(LOPES, 2016), descrevendo na forma de ideias, o que o sistema irá fazer, seu
comportamento e aparência. Esta etapa independe da escolha de tecnologias. Alguns
elementos são importantes para o desenho e a documentação do modelo proposto. São eles: o
Dicionário de Dados (DD), o Diagrama de Classes e os Metadados.
6.1 Dicionário de Dados
É importante nesta etapa, a elaboração de um Dicionário de Dados17 (DD), que servirá
como um catálogo para consulta à estrutura e ao conteúdo do banco. Não há um modelo
fechado de dicionário de dados, mas algumas informações importantes não devem faltar, por
exemplo: nome da classe, nome dos atributos, domínio, tipo de campo, tamanho do campo e
descrição.
Para a elaboração deste manual, tomamos como modelo o dicionário de dados
existente na Especificação Técnica Estrutura de Dados Geográficos Vetoriais – ET-EDGV
(DSG, 2011), com algumas adaptações. O resultado, chamamos de Matriz de Dados e Fontes
– Dicionário de Dados, desenvolvida no âmbito deste estudo e apresentada no APÊNDICE B.
17 O Dicionário de Dados é uma listagem organizada de todos os itens pertinentes ao sistema. Possui definições
precisas e rigorosas para que o analista de sistemas possa conhecer todas as entradas, saídas, componentes de
depósitos e cálculos intermediários (YOURDON, 1992).
131
A Tabela 4 apresenta um exemplo de uma classe representada em um dicionário de
dados, semelhante ao presente na ET-EDGV.
Tabela 4 - Exemplo de uma tabela representando a classe “Bacia Hidrográfica” em um dicionário de dados
Código Classe Descrição Primitiva
Geométrica
1.01 Bacia_Hidrografica
Bacia Hidrográfica é o conjunto de
terras drenadas por um rio principal e
seus tributários, limitada pelo divisor
de águas. Este modelo utiliza a
classificação segundo a metodologia
Atributo Tipo Tamanho Descrição Domínio
1.01.1 Nome Alfanumérico 80
Nome
completo da
instância
A ser
preenchido
1.01.2 Codigo_Otto Inteiro -
Codificação
numérica de
bacias
hidrográficas,
fornecida
pela ANA, de
acordo com a
Res. nº 30 do
CNRH, de
2002.
A ser
preenchido
1.01.3 Nivel_Otto Inteiro -
Codificação
numérica de
bacias
hidrográficas
estratificadas
em níveis,
conforme o
Codigo_Otto.
A ser
preenchido
1.01.4 Nome_Abrev Alfanumérico 50
Nome ou
abreviatura
padronizada.
A ser
preenchido
Fonte: DSG, 2010. Adaptado pela autora, 2018.
132
6.2 Diagrama de Classes
O Diagrama de Classes é uma forma de descrever a estrutura de um SIG, apresentando
suas classes, atributos, operações e as relações entre os objetos. Existem diversas técnicas que
podem ser utilizadas para representar o sistema. As mais conhecidas são a UML - Unified
Modeling Language (BOOCH et al, 2000) e a Object Modeling Technique for Geographic
Applications (BORGES, 1997).
Um exemplo de um Diagrama de Classes criado para representar o grupo temático de
“Limites político-administrativos e Localidades”, pode ser visto na Figura 9.
Figura 9 - Diagrama de classes simplificado para o grupo temático Limites Político-Administrativos e
Localidades
Fonte: A autora, 2018.
6.3 Metadados Geoespaciais
Para um banco de dados construído com dados públicos, originados em diferentes
fontes, a utilização de metadados geoespaciais possui um importante papel. Por meio de sua
133
utilização, é possível manter o controle sobre a estrutura e a qualidade dos dados e viabilizar a
integração entre deferentes bases. Alguns fatos sobre a utilização de metadados geoespaciais:
a) padrões internacionais como a ISO 19115:2003 e o U.S. Federal
Geographic Data Committee (FGDC) definiram modelos e informações
mínimas que os metadados devem possuir;
b) no Brasil, no âmbito da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais
(INDE), foi criado o padrão Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil
(MGB), aderente aos padrões internacionais;
c) segundo o Perfil MGB, os metadados devem possuir informações que
possibilitem: identificar o produtor e a responsabilidade técnica de
produção; padronizar a terminologia utilizada; garantir a transferência de
dados; viabilizar a integração de informações; identificar a qualidade da
informação geográfica e subsidiar a análise do usuário quanto à adequação
a suas aplicações; garantir os requisitos mínimos de divulgação e uso dos
dados geoespaciais;
d) atualmente, grande parte dos dados públicos possuem seus metadados
cadastrados no catálogo de metadados da INDE, podendo ser acessados através
do link http://www.metadados.inde.gov.br/geonetwork/srv/por/main.home.
SUGESTÕES:
a) uma sugestão para a organização que está criando seu modelo de banco de
dados geográficos, é, além de identificar os metadados fornecidos pela
organização produtora do dado, documentar as alterações que venham a
ser feitas sobre o dado adquirido.
b) como opção para gestão dos metadados da organização, pode-se cadastrá-
los no próprio dado, o que pode ser feito por meio dos editores de
metadados, presentes tanto no QGIS quanto no ArcGIS.
c) ao criar um conteúdo de metadados é importante registrar-se as principais
informações de interesse da organização. Deve-se informar a escala do
dado, qual o sistema de coordenadas e datum, o quão recente é, se há
restrições de uso e compartilhamento, a extensão espacial, edições que
tenham sido feitas, contato dos responáveis pela criação do dado e também
do metadado.
d) a medida que o grau de maturidade do SIG na organização for
aumentando, um número maior de dados fazendo parte do sistema, edições
134
sendo realizadas, mais úteis serão os metadados. Com o tempo, a equipe
encarregada do SIG poderá sentir necessidade de planejar a sua
infrestrutura de metadados.
A Tabela 5 apresenta os itens requeridos para o preenchimento de metadados no padrão FGDC.
Tabela 5 - Itens requeridos no padrão CSGGM do FGDC
Sessão do editor de metadados Itens requeridos no padrão FGDC
Visão Geral - Descrição do item
Título do dado
Resumo
Objetivo
Restrições - adicione somente se houver restrições de uso
Coordenadas geográficas de delimitação de domínios
espaciais
Visão Geral - Tópicos e
palavras-chave Palavra-chave do tema
Visão geral- Citação
Título do dado
Data de Publicação do dado (adicionar um horário se a
informação for significativa)
Visão geral - Contatos de
citações
Fonte do dado - indivíduo ou organização que
desenvolveu o item.
Se outro indivíduo ou organização ajudou a desenvolver
o item, forneça seu nome sob o novo cabeçalho.
Metadados - Contatos Contato do responsável pelo metadado (indivíduo ou
departamento ou organização)
Recurso - Detalhes Status do metadado
Recurso - Extensões
Coordenadas de delimitação de domínios espaciais
Período de referência de atualização do conteúdo
Informações sobre a temporalidade do dado, o intervalo
e a extensão.
Recurso - Manutenção Manutenção de Status e Frequência de Atualização
Recurso - Restrições Usar restrições - Todas as restrições de uso fornecidas
na Descrição do Item também aparecem aqui; Fonte: ESRI, 2018. Adaptado pela autora, 2018.
135
7 ADQUIRIR PROGRAMAS
7.1 Programa de Sistema de Informações Geográficas
Foram selecionados dois programas computacionais como plataforma do SIG, dentre
os mais populares do mercado. São eles:
a) quantum GIS (também conhecido como QGIS) - de código aberto (sem custo);
b) arcGIS – programa proprietário (com custo).
ESCOLHA DO PROGRAMA:
a) não há um programa de SIG melhor que o outro, o que há é aquele que mais
se adequa às necessidades de cada caso. A escolha irá depender de fatores
tais como o perfil dos usuários e os recursos da organização;
b) em testes realizados (FRIEDRICH, 2014) com os dois programas, levando-
se em conta fatores de qualidade de software estabelecidos pela ISO / IEC
9126 (ISO, 2001) concluiu-se que são equivalentes e não há um melhor do
que o outro, apenas aquele mais adequado ao usuário e à organização. Os
quesitos analisados em que os dois programas tiveram desempenho
equivalente foram: velocidade, eficiência, confiabilidade, usabilidade,
compreensibilidade e operabilidade;
c) pode-se dizer que diferença principal é o fato de o ArcGIS ter um alto custo
para aquisição das licenças e o QGIS, por ser de código livre, possui licença
gratuita. Uma comparação mais detalhada entre os dois programas encontra-
se no capítulo 5.3.1. Programas de SIG deste estudo.
CUSTO:
a) o custo de uma licença do ArcGIS pode variar entre 3.000 até pouco mais
que 30.000 Dólares18, valores aproximados. O custo efetivo irá depender da
versão, nível da licença (Básica, Padrão ou Avançada) e do número de
extensões;
18 Valores atualizados obtidos em consulta à ESRI Portugal, originalmente em Euros. A conversão foi realizada
em 15 de julho de 2018, a 1, 17 dólares para cada Euro.
136
b) o QGIS é um sistema operacional de código livre, ou Open Source, está
disponível gratuitamente e seu código pode ser adaptado, o que pode,
dependendo da necessidade da organização, gerar custos extras com
desenvolvimento e customização de soluções.
A Tabela 6 apresenta as principais diferenças entre os dois programas.
Tabela 6 - Principais diferenças entre ArcGIS e QGIS
Principais diferenças ArcGIS QGIS
Custo Entre 3.000 e 30.000 dólares Sem custo
Treinamento
Diversos treinamentos fornecidos
pelo fabricante, sendo que muitos
gratuitos.
Empresas particulares oferecem
treinamentos a custos variados
Suporte Suporte bem estruturado mediante
contrato do serviço.
O suporte depende de desenvolvedores
voluntários, sem previsão de tempo de
resposta.
Documentação
Documentação completa pode ser
acessada facilmente pelo botão
"Ajuda".
Documentação incompleta.
Algoritmos Possui mais algoritmos prontos para
o uso.
Necessita da integração com outros
programas de código aberto para
aumentar a gama de algoritmos.
Funcionalidades Oferece um número maior de
ferramentas de análise.
Algumas funcionalidades exigem uso
de programação de códigos
Interoperabilidade
Suporta mais de 100 formatos do
padrão OGC. Utiliza uma extensão
paga19 para aumentar a
interoperabilidade de formatos.
Suporta mais de 200 formatos com o
uso de uma biblioteca de código livre.
Formato de banco de
dados
Geralmente usa os formatos
proprietários – Geodatabase - ESRI
Personal, File e ArcSDE
Usa Banco de dados do SpatiaLight do
Open Source e suporta PostgreSQL /
PostGIS
Compatibilidade com
Sistemas Operacionais
Compatível com Sistema
Operacional Windows.
Compatível com Windows, Linux,
MacOS X, BSD e Android.
Fonte: FRIEDRICH, 2014. Adaptado pela autora, 2018.
19 A extensão Data Interoperability tem o custo anual aproximado de 5.500 dólares. Fonte: ESRI PORTUGAL,
2018.
137
7.2 Programa para Sistema Gerenciador de Banco de Dados Geográficos
Um componente importante para o SIGs é o Sistema Gerenciador de Bancos de Dados
Geográficos (SGBDG), que permite manipular dados cuja geometria está referenciada à
superfície planetária (leia-se, latitude/longitude). No mercado há várias opções de Sistemas
gerenciadores de Banco de Dados (SGBD) que contam com a extensão que permite tais
manipulações, transformando os SGBD em SGBD-G, ou seja, acrescentando a primitiva
geométrica. Tais programas, assim como suas extensões para dados geográficos, podem ser
do tipo proprietário, como por exemplo o Oracle e sua extensão Oracle Spatial, ou com
código livre, como o Postgre/SQL e sua extensão espacial, o PostGIS.
7.3 Servidores de Mapas
Existe grande diversidade no mercado, sendo que alguns dos programas mais populares
nesse setor são: o ArcGIS Server, proprietário, ou seja, a licença pode ser comprada do
fabricante, a ESRI; o MapServer e o GeoServer, estes de código livre. Todos estes programas,
com algumas diferenças entre si, trabalham com arquivos vetoriais e matriciais de vários
formatos, além de diferentes tipos de banco de dados, e disponibilizam os serviços nos
formatos do padrão OGC.
138
8 ADQUIRIR EQUIPAMENTOS
Para obter requisitos de hardware atuais e com confiabilidade, uma boa opção é
verificar as orientações do fabricante. Utilizaram-se as recomendações fornecidas no portal da
ESRI, servindo tanto para o ArcGIS como para o QGIS. A cada nova versão do programa, o
fabricante divulga em seu portal na WEB as novas especificações.
Requisitos de hardware informados pelo fabricante (ESRI, 2018):
a) velocidade mínima da CPU (Central Processing Unit): 2,2 GHz;
recomendada: tecnologia hiperprocessamento (Hyper threading technology)
ou multi-core (processador com mais de um núcleo);
b) plataforma recomendada: x86 ou x64 com extensões SSE2 (Double
Precision Streaming SIMD Extensions);
c) memória RAM mínima: 4 GB; recomendada: 8 GB;
d) propriedade de exibição de tela recomendada: profundidade de cor de 24
bits e resolução de 1024x 768;
e) resolução: adaptador gráfico com mínimo de 64 megabytes de RAM
(Random Access Memory); recomendado: 256 megabytes ou mais.
DICAS:
a) para trabalhar com SIG, é ideal a utilização simultânea de dois monitores
de, no mínimo 18,5 polegadas;
b) se estiver no planejamento da organização a produção de mapas impressos,
pode-se avaliar a aquisição de uma impressora do tipo Plotter, capaz de
imprimir mapas em tamanhos bem maiores que as impressoras comuns;
c) impressoras menores, mas com opção de imprimir em formato A3 e A4
também podem ser úteis.
139
9 FORMAR EQUIPE
Na etapa de planejamento, no item 1.1. Recursos necessários para o planejamento, foram
descritos os papéis dos profissionais sugeridos planejar a implementação do SIG. Na etapa de
implementação, cria-se uma nova configuração para a equipe que irá levar o dia-a-dia do SIG
na organização.
9.1 Cenários
Lembrando que existem organizações de diferentes tamanhos e disponibilidade de
recursos, criaram-se dois cenários. No primeiro, descreveu-se a equipe completa, tomando-se por
base a metodologia proposta por TOMLINSON (2013). No segundo cenário, foram descritos os
requisitos mínimos recomendados para uma equipe de SIG dentro de uma organização.
A Tabela 7 apresenta as funções sugeridas para o primeiro cenário.
Tabela 7 - Sugestão de equipe completa
Equipe SIG Função
Gerente / Especialista
Gerenciar a operação; coordenar equipe; fazer a interface com a área
de negócios; implementar e manter as aplicações consistentes;
responder pela qualidade e confiabilidade do banco de dados
espacial.
Analista Desenvolvimento de produtos de informação; responsável por
rotinas de controle de qualidade.
Técnico Produzir cartografia temática; compilar dados de vários formatos e
origens; gerar subprodutos dos dados.
Programador
Projetar, codificar e realizar a manutenção do programa para
aplicações personalizadas; especialmente importante para uso do
QGIS, para operar códigos e outras funções avançadas.
Administrador de banco de
dados
Modelagem, configuração, manutenção e ajuste do banco de dados
espaciais
Administrador de Sistemas Soluções para problemas relacionados ao sistema operacional e
funções em servidores de rede
Fonte: a autora, 2018.
140
Para o segundo cenário, é sugerido que, dentre os papéis descritos para o primeiro
cenário, apresentados na Tabela 7, possa ter-se ao menos os mostrados na Figura 10.
Figura 10 - Equipe mínima recomendada
Fonte: A autora, 2018.
141
10 TREINAMENTOS
É sugerido um conjunto básico de treinamento, voltado para a parte da equipe que não
é especializada em SIG, mas que irá beneficiar-se do sistema. Pode ser realizada, por
exemplo, a seguinte grade de treinamento, apenas como referência:
Introdução aos Sistemas de Informações Geográficas20
- Carga horária: 40 horas.
- Público alvo: usuários iniciantes em SIG.
- Objetivos: capacitar o usuário a executar as seguintes tarefas:
a) analisar e interpretar representações cartográficas;
b) manipular bases de dados em softwares de SIG, verificando a coerência dos
dados;
c) integrar e editar dados cartográficos, estruturando e validando informações
provenientes de diversas fontes e em diferentes formatos;
d) identificar os métodos e os procedimentos inerentes ao projeto de SIG à
aquisição e à organização de dados geográficos;
e) administrar os dados (alfanuméricos e geográficos) de um projeto SIG;
f) realizar as principais operações de análise em dados geográficos;
g) validar dados, realizando consultas ao sistema, em apoio à tomada de
decisões no projeto em desenvolvimento.
Análise Espacial de Bacias Hidrográficas21
- Carga horária: 24 horas.
- Público alvo: usuários com algum conhecimento na utilização de programa de SIG ou que
tenham participado do treinamento introdutório.
- Objetivos: capacitar o usuário a executar uma série de análises sobre bacias hidrográficas
aplicadas a gestão de recursos hídricos, meio ambiente, energia, entre outras áreas. O usuário
deverá ficar apto a executar as seguintes tarefas:
a) gerar superfícies interpoladas do relevo a partir de dados hipsométricos;
b) delimitar bacias, sub-bacias e áreas de contribuição;
analisar fluxo superficial;
c) determinação de drenagens;
d) hierarquizar redes de drenagem;
e) extração de parâmetros da bacia hidrográfica.
20 Baseado na grade de cursos de extensão oferecidos pelo LABGIS (LABGIS, 2018) centro de treinamento em
SIG localizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). 21 Baseado na grade de cursos de extensão oferecidos pelo LABGIS (LABGIS, 2018) centro de treinamento em
SIG localizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
142
Gestão Territorial para Recursos Hídricos com Software Livre para Código Aberto22
- Carga horária: 40 horas.
- Público alvo: profissionais da área com qualquer nível de conhecimento prévio em SIG.
- Objetivos: Analisar os dados geográficos para gestão territorial de recursos hídricos através
de Software Livre, enfatizando o uso de ferramentas de geoprocessamento e sensoriamento
remoto, a partir de uma visão geral de suas aplicações.
- Principais tópicos:
a) Fundamentos da gestão territorial para recursos hídricos e caracterização de
bacias hidrográficas;
b) Conceitos básicos de geoprocessamento e cartografia;
c) Ferramentas e aplicação de geoprocessamento e sensoriamento remoto com
ênfase em recursos hídricos;
d) Produção e manipulação de dados geográficos.
DICA: Podem ser necessários também, treinamentos na área de infraestrutura, o que
irá depender tanto da escolha do programa quanto do planejamento da organização e dos
recursos disponíveis.
22 Baseado no curso gratuito oferecido pelo Portal de Capacitação para Gestão das Águas, da Agência Nacional
de Águas.
143
11 ADEQUAR A BASE DE DADOS AO MODELO PROPOSTO
Nesta etapa criam-se os padrões da organização. Cada organização e equipe
responsável pelo SIG, tem autonomia para criar seu próprio formato de base de dados, sem
interferir na integração com outras bases. Contudo, sugere-se atenção para alguns pontos,
quando da organização do padrão do SIG:
a) atentar-se para as especificações cartográficas, é importante que a base de
dados esteja definida com o mesmo datum e sistema de projeção;
b) o Datum oficial do Brasil, adotado pelo IBGE é o SIRGAS 2000, devendo
ser adotados pelas organizações;
c) sugere-se que os dados sejam armazenados na projeção Universal
Transversa de Mercator - UTM, devido à maior facilidade em trabalhar com
distâncias, já que utiliza o sistema métrico;
d) para integração dos dados com outras bases, pode ser necesário convertê-los
para outros sistemas de projeção, como Policônica ou para Sistema de
Geográfico de Coordenadas (Latitude, Longitude);
e) observar os padrões cartográficos oficiais, adotados pelo IBGE e pelo
Sistema Cartográfico Nacional;
f) definir metodologias de nomenclatura das classes, de forma a proporcionar
uma associação didática entre o nome e o conteúdo.
Exemplos de método de nomeação:
- XXX (Abreviatura do nome do grupo temático. Ex: LIM para Limites
Político-administrativos);
- NOME_DA_CLASSE (Nome da classe em maiúsculas, palavras separadas
por “_”. Ex: UNIDADE_HIDRICA_PLANEJAMENTO para Unidade
Hídrica de Planejamento);
- o nome da classe ficaria: LIM_UNIDADE_HIDRICA_PLANEJAMENTO.
a) é sugerida da utilização de “apelidos” ou Alias Name, que é uma explicação breve e
didática do nome da classe e também dos nomes dos campos das tabelas, que serão exibidos
ao usuário, como os apresentados na Figura 11;
144
Figura 11 - Exemplo de utilização de Alias Name no QGIS
Fonte: BENIGNO, 2018.
b) recomenda-se não utilizar caracteres especiais, tais como: “´^~+-/\><!#$%¨&*()?, no
Nome da Classe e Nome do Campo;
c) no Alias Name contudo, não há restrição nem de tamanho nem de caracteres;
d) o Nome da Classe não deve exceder 30 caracteres, devido às configurações de alguns
formatos como Feature Class e Feature Dataset;
e) sugere-se que Nome do Campo não exceda 10 caracteres, para manter a compatibilidade
com o formato Shapefile sem a perda de caracteres, já que o máximo permitido neste formato
são 10 caracteres.
145
12 IMPLANTAR O SISTEMA
Com as etapas de planejamento cumpridas, chegou a hora de iniciar as atividades e
começar a inserir o SIG nos fluxos de trabalho da organização. A partir de então, podem
surgir novas necessidades e o desenho do sistema poderá ter que ser readequado de tempos
em tempos.
A Figura 12 ilustra o fluxo da informação, desde a entrada dos dados, passando pelo
tratamento e armazenamento no banco de dados, até a saída dos Produtos de Informação,
apoiando e subsidiando a gestão.
Figura 12 - Fluxo de informação na organização
Fonte: A autora, 2018.
***
146
REFERÊNCIAS
BENIGNO, M. (2015). Trabalhando com Formulários no QGIS. Disponível em:
http://profmarcello.blogspot.com/2015/01/trabalhando-com-formularios-no-qgis.html Acesso
em: 29 jul. 2018.
BOOCH, G; RUMBAUGH, J e JACOBSON, I: UML, Guia do Usuário. Rio de Janeiro,
2000.
BORGES, K. A. V. (1997). Modelagem de Dados Geográficos: uma extensão do modelo
OMT para aplicações geográficas. Dissertação de Mestrado. Disponível em:
http://www.dpi.inpe.br/cursos/ser300/Referencias/karla_tese.pdf . Acesso em: 10 jul. 2018.
DIRETORIA DE SERVIÇO GEOGRÁFICO DO EXÉRCITO – DSG. (2011). Especificação
Técnica para a Aquisição de Dados Geoespaciais Vetoriais. Disponível em:
http://www.geoportal.eb.mil.br/images/PDF/ET_ADGV_Vs_2_1_3.pdf . Acesso em 05 dez.
2017.
ESRI. (2018). Create FGDC CSDGM metadata. Disponível em: http://pro.arcgis.com/en/pro-
app/help/metadata/create-fgdc-csdgm-metadata.htm Acesso em: 26 jul. 2018.
ESRI. Requisitos do sistema para o ArcGIS Desktop 10.6. Disponível em:
http://desktop.arcgis.com/es/system-requirements/latest/arcgis-desktop-system-
requirements.htm#ESRI_SECTION1_4D839759F08146819E273A6DDD01DCBB Acesso
em 03 jun. 2018.
FRIEDRICH, C. (2014). Comparison of ArcGIS and QGIS for Applications in Sustainable
Spatial Planning. Tese de Mestrado, Universidade de Viena. Disponível em:
http://othes.univie.ac.at/35758/1/2014-12-20_0900264.pdf Acesso em: 21 set. 2017.
ISO 19115:2003. (2003). Geographic information – Metadata. Disponível em:
https://www.iso.org/standard/26020.html. Acesso em: 25 mai. 2018.
ISO IEC 9126-1 (2001): Software Engineering-Product Quality- Part 1-Quality Model, ISO.
Disponível em: https://www.iso.org/standard/22749.html . Acesso em: 02 jun. 2018.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. (2009) Atlas
geográfico escolar / IBGE. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv44152_cap2.pdf Acesso em: 20 jul. 2018.
LOPES, B. (2016). Modelo Conceitual de Dados - Conheça os principais conceitos e
recomendações para utilizar este artefato. Disponível em: http://www.blrdata.com.br/single-
post/2016/03/19/Modelagem-Conceitual-de-Dados-Conhe%C3%A7a-os-principais-conceitos-
e-pr%C3%A1ticas Acesso em: 25 jul. 18
TOMLINSON, R. F. Thinking about GIS: Geographic Information System Planning for
Managers. Esri Press, 2013.
147
YOURDON, E. Análise Estruturada Moderna. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais – INDE: http://www.inde.gov.br/
Infraestrutura Nacional de Dados Abertos – INDA:
https://www.governodigital.gov.br/transformacao/cidadania/dados-abertos/inda-
infraestrutura-nacional-de-dados-abertos
Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos – SNIRH:
http://www.snirh.gov.br/
Conselho Nacional de Cartografia – CONCAR: http://www.concar.gov.br/perfil_mgb.aspx
Agência Nacional de Água – ANA: http://www3.ana.gov.br/
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – Normas Técnicas:
https://www.ibge.gov.br/geociencias-novoportal/metodos-e-outros-documentos-de-
referencia/normas.html
GeoLista da Universidade Federal Fluminense – UFF:
http://www.andersonmedeiros.com/wp-content/uploads/2018/05/GeoLISTA.pdf
Lista de Fontes de Dados Geográficos – LABGIS/UERJ:
https://www.labgis.uerj.br/fontes_dados.php
Especificação Técnica para Estruturação de Dados Geográficos – ET-EDGV:
http://www.geoportal.eb.mil.br/images/PDF/ET_EDGV_Vs_2_1_3.pdf
Especificação Técnica para Aquisição de Dados Geográficos – ET-ADGV:
http://www.geoportal.eb.mil.br/index.php/inde2?id=140
Reguladoras das normas técnicas da cartografia nacional
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto/1980-1989/D89817.htm
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