Universidade do Estado do Rio de Janeiro · 2019-01-10 · Mestrado Profissional em Gestão e...

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Tecnologia e Ciências Programa de Pós-Graduação em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos Alexandra Maya Werneck Magalhães Manual para planejamento de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) orientado à gestão de bacias hidrográficas Rio de Janeiro 2018

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Tecnologia e Ciências

Programa de Pós-Graduação em Gestão e Regulação de Recursos

Hídricos

Alexandra Maya Werneck Magalhães

Manual para planejamento de um Sistema de Informações Geográficas

(SIG) orientado à gestão de bacias hidrográficas

Rio de Janeiro

2018

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Alexandra Maya Werneck Magalhães

Manual para planejamento de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) orientado

à gestão de bacias hidrográficas

Dissertação apresentada como requisito parcial para

a obtenção do título de Mestre, ao Programa de

Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de

Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do

Rio de Janeiro. Área de Concentração: Instrumentos

da Política de Recursos Hídricos.

Orientador: Prof. Dr. Francisco de Assis Dourado

Coorientador: Prof. Msc. José Augusto Sapienza Ramos

Rio de Janeiro

2018

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CATALOGAÇÃO NA FONTE

UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CTC/C

Bibliotecária responsável: Fernanda Lobo / CRB-7: 5265

Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta

dissertação, desde que citada a fonte.

______________________________________ ______________________ Assinatura Data

M188 Magalhães, Alexandra Maya Werneck.

Manual para planejamento de um Sistema de Informações

Geográficas (SIG) orientado à gestão de bacias hidrográficas /

Alexandra Maya Werneck Magalhães. – 2018.

149 f.: il.

Orientador: Francisco de Assis Dourado da Silva.

Coorientador: José Augusto Sapienza Ramos.

Dissertação (Mestrado) - Universidade do Estado do Rio de

Janeiro, Centro de Tecnologia e Ciências.

1. Recursos hídricos – Administração – Brasil – Teses. 2.

Abastecimento de água – Planejamento – Brasil – Teses. 3. Bacias

hidrográficas – Processamento de dados – Brasil –Teses. 4. Sistema

de Informação Geográfica SIG – Modelo conceitual – Teses. I. Silva,

Francisco de Assis Dourado da. II. Ramos, José Augusto Sapienza.

III. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Centro de Tecnologia

e Ciências. IV. Título.

CDU 556.18(81)

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Alexandra Maya Werneck Magalhães

Manual para planejamento de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) orientado

à gestão de bacias hidrográficas

Dissertação apresentada como requisito parcial para

a obtenção do título de Mestre, ao Programa de

Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de

Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do

Rio de Janeiro. Área de Concentração: Instrumentos

da Política de Recursos Hídricos.

Aprovada em 10 de agosto de 2018.

Banca Examinadora:

_______________________________________________

Prof. Dr. Francisco de Assis Dourado da Silva (Orientador)

ProfÁgua – UERJ

_______________________________________________

Prof. MSc. José Augusto Sapienza Ramos

Labgis – UERJ

_______________________________________________

Prof. Dr. Júlio César da Silva

ProfÁgua – UERJ

_______________________________________________

Drª. Andrea Franco de Oliveira

Instituto Estadual do Ambiente - INEA

Rio de Janeiro

2018

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à memória dos meus pais, Laura e Afonso, aos meus avós

maternos, Myrtha e Anibal, e paternos, Regina e Henrique.

Dedico também ao meu marido Raul, cujo amor, apoio e compreensão não faltaram e

me fortaleceram nos momentos difíceis.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu orientador, Prof. Francisco Dourado pela forma motivadora de

orientar o trabalho e por estar sempre disponível para tirar dúvidas e discutir os caminhos a

seguir.

Agradeço ao meu coorientador, Prof. José Augusto Sapienza, por todas as

contribuições, pelas conversas e a revisão cuidadosa do texto final.

Agradeço a todos aqueles que doaram seu tempo para responderem ao formulário da

pesquisa utilizada na metodologia do trabalho.

Agradeço ao Prof. Fred pelo apoio ao longo do curso, pela ajuda com a elaboração do

questionário utilizado na pesquisa e pelas contribuições para o texto final.

Agradeço ao Prof. Decio Tubbs pela ajuda com a elaboração do questionário e da

pesquisa.

Agradeço aos professores e aos colegas do ProfÁgua, por todo aprendizado, pelas

trocas e pelo apoio mútuo.

Agradeço à secretária do ProfÁgua do polo UERJ, Ana Beatriz, pela ajuda nos

momentos finais do curso, em especial para a banca de defesa.

Agradeço aos meus colegas de trabalho, equipe do Núcleo Operacional de Análise

Ambiental de Imagens Marinhas, pelo apoio e compreensão.

Agradeço também à Dra. Natália Ribeiro pelas conversas e por compartilhar sua

experiência; ao Dr. Andrei Alves e ao eng.º Hildebrando Moreira, da K2 Sistemas, pela

disponibilização das bases de metadados do SIGA-CEIVAP; ao amigo Rodrigo Nogueira, da

ESRI Portugal, pelas informações fornecidas.

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001 e da Agência

Nacional de Águas (ANA) através do Projeto CAPES/ANA AUXPE Nº. 2717/2015.

Agradeço ao Programa de Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação

de Recursos Hídricos - ProfÁgua da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) pelo

apoio técnico científico oferecido, e a ANA e a CAPES pelo apoio ao ProfÁgua aportado até

o momento.

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RESUMO

MAGALHÃES, Alexandra Maya Werneck. Manual para planejamento de um Sistema de

Informações Geográficas (SIG) orientado à gestão de bacias hidrográficas. 2018. 145 f.

(Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos

(PROF-ÁGUA)), Centro de Tecnologia e Ciências, Universidade do Estado do Rio de

Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.

Os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) têm sido largamente utilizados como

ferramenta de apoio à tomada de decisão em diversas áreas. Os principais componentes de um

SIG são: dados, programas computacionais, equipamentos, pessoas e procedimentos. Para a

escolha desses componentes, alguns quesitos devem ser observados, como por exemplo:

recursos disponíveis, perfil dos usuários e produtos a serem entregues. Para escolher dados e

informações aptas subsidiar o processo decisório na gestão dos recursos hídricos, realizou-se

uma pesquisa com profissionais que atuam nesta área. Com o objetivo de auxiliar os gestores

no planejamento do SIG, reuniu-se um conjunto de sugestões organizadas na forma de um

Manual, produto resultante desta dissertação.

Palavras-chave: Dados Públicos; Comitê de Bacia; Planejamento; Gestão; Modelo

Conceitual; Sistema; Informações; Recursos Hídricos; Manual.

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ABSTRACT

MAGALHÃES, Alexandra Maya Werneck. Manual for planning a Geographic Information

System oriented to the management of watersheds. 2018. 145 f. Dissertação (Mestrado

Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (PROF-

ÁGUA)), Centro de Tecnologia e Ciências, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de

Janeiro, 2018.

The Geographic Information Systems (GIS) have been largely utilized as a support

tool for decision-making in several areas. The main components of a GIS are: data, computer

programs, equipment, people and procedures. To choose among these components, some

requirements must be observed, such as: available resources, user’s profiles, and products to

be delivered. To choose data and information that are able to subsidize the decision-making

process in the managing of water resources, a research was done with professionals from this

area of study. With the goal of assisting managers in the planning of GIS, suggestions were

grouped and organized in the shape of a Manual, the end product of this dissertation.

Keywords: Public Data; Basin Committee; Planning; Management; Conceptual Model;

System; Information; Water resources; Manual.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Os cinco pilaers do SIG............................................................................. 15

Figura 2 - Tipos de classes e suas representações no modelo OMT-G...................... 28

Figura 3 - Consulta ao Visualizador de Dados da aplicação GEOINEA................... 31

Figura 4 - Fluxograma contendo as etapas da pesquisa............................................. 33

Figura 5 - Exemplo de como o campo ID indica quais os dados da MDF foram

utilizados para gerar os produtos............................................................... 46

Figura 6 - Grupos temáticos do MCBDG................................................................... 47

Figura 7 - Exemplo de Diagrama de Classe simplificado para o grupo temático

Limites Político-Administrativos e Localidades....................................... 48

Figura 8 - Exemplo de uma tabela representando a classe “Bacia Hidrográfica” em

um dicionário de dados.............................................................................. 49

Figura 9 - Fluxo da informação de um SIG aplicado à gestão................................... 51

Figura 10 - Equipe de planejamento do SIG................................................................ 59

Figura 11 - Equipe mínima recomendada.................................................................... 62

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LISTA DE SIGLAS

ANA Agência Nacional de Águas

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

APP Área de Preservação Permanente

BIM Building Information Model

CAT Catalogue Service - Serviço de Catálogo pela internet

CBH Comitê de Bacia Hidrográfica

CDC Center for Disease Control and Prevention

CEMG Comitê de Estruturação de Metadados Geoespaciais

CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

CGIS Canadian Geographic Information System

CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente

CONCAR Conselho Nacional de Cartografia

CPRM Centro de Pesquisa em Recursos Minerais

DHN Diretoria de Hidrografia e Navegação

DSG Diretoria de Serviço Geográfico do Exército

ePING Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico

ET – ADGV Especificação Técnica – Aquisição de Dados Geográficos Vetoriais

ET – EDGV Especificação Técnica – Estrutura de Dados Geográficos Vetoriais

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICA Instituto de Cartografia Aeronáutica

IDE Infraestrutura de Dados Espaciais

IDH Índice de Desenvolvimento Humano

INDA Infraestrutura Nacional de Dados Abertos

INDE Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais

INEA Instituto Estadual do Ambiente

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IQA Índice de Qualidade da Água

ISO International Organization for Standardization

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GML Geography Markup Language - Linguagem de marcação de geografia

GRH Gestão de Recursos Hídricos

MCBD Modelo Conceitual de Banco de Dados

MCBDG Modelo Conceitual de Banco de Dados Geográficos

MDF Matriz de Dados e Fontes

MPI Matriz de Produtos de Informação

MGB Metadados Geoespaciais do Brasil

NASA National Aeronautics and Space Administration

NOAA National Oceanic and Atmospheric Administration

NWS National Weather Service

OGC Open Geospatial Consortium

OMT-G Object Modeling Technique – Geographic Extension

ONU Organização das Nações Unidas

PI Produto de Informação

PNRH Política Nacional de Recursos Hídricos

RH Recursos Hídricos

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

SCN Sistema Cartográfico Nacional

SGBD Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados

SICAR Sistema de Informações do Cadastro Ambiental Rural

SIG Sistema de Informações Geográficas

SIGP Sistemas de Informação Geográfica Participativo

SPU Secretaria do Patrimônio da União

SWFWMD Southwest Florida Water Management District

TIC Tecnologia da Informação e Comunicação

UEPGRH Unidades Estaduais de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos

UHP Unidade Hídrica de Planejamento

UML Unified Modeling Language

URL Uniform Resource Locator

USGS United States Geological Survey

WCS Web Coverage Service - Serviço de cobertura pela internet

WFS Web Feature Service - Serviços apresentado pela internet

WMS Web Maps Service - Serviço de mapa pela internet

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................. 12

1 OBJETIVOS ...................................................................................................... 15

1.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 15

1.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 15

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................... 16

2.2 Modelo Conceitual de Banco de Dados ........................................................... 20

2.3 Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais – INDE .................................... 22

2.4 Infraestrutura Nacional de Dados Abertos – INDA ...................................... 22

2.5 Sistema Cartográfico Nacional (SCN) ............................................................ 23

2.5.1 Especificação Técnica para a Estrutura de Dados Geográficos Vetoriais .......... 23

2.5.2 Especificação Técnica para a Aquisição de Dados Geoespaciais Vetoriais ....... 24

2.5.3 Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (Perfil MGB) ............................... 24

2.6 Especificações Técnicas do Open Geospatial Consortium (OGC) ............... 25

2.7 Modelo Object Modeling Technique for Geographic Applications (OMTG) 26

2.8 Estado da Arte ................................................................................................... 27

2.8.1 No Mundo .......................................................................................................... 27

2.8.2 No Brasil ............................................................................................................. 29

3 METODOLOGIA ............................................................................................. 32

3.1 Primeira etapa – Pesquisa bibliográfica ......................................................... 33

3.2 Segunda etapa – Listagem preliminar dos produtos de informação............. 33

3.3 Terceira etapa – Entrevistas e questionários .................................................. 34

3.4 Quarta etapa – Matriz de Produtos de Informação e Matriz de Dados e

Fontes ................................................................................................................. 35

3.4.1 Matriz de Dados e Fontes (MDF) ...................................................................... 35

3.4.2 Matriz de Produtos de Informação (MPI) .......................................................... 38

3.5 Quinta etapa – Modelo conceitual do banco de dados geográficos .............. 41

3.6 Sexta etapa – Requisitos mínimos ................................................................... 41

3.6.1 Programas............................................................................................................ 42

3.6.2 Equipamentos ..................................................................................................... 42

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3.6.3 Profissionais ........................................................................................................ 42

3.7 Sétima etapa – Produtos finais ......................................................................... 42

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 43

4.1 Pesquisa............................................................................................................... 43

4.1.1 Resultados da Pesquisa ....................................................................................... 43

4.2 Matriz de Dados e Fontes ................................................................................. 44

4.3 Matriz de Produtos de Informação ................................................................. 45

4.4 Modelo Conceitual do Banco de Dados Geográficos ..................................... 46

4.4.1 Grupos Temáticos ............................................................................................. 46

4.5 Diagrama de Classes ......................................................................................... 47

4.6 Dicionário de Dados .......................................................................................... 48

4.7 Metadados .......................................................................................................... 50

4.8 Requisitos de Programas, Equipamentos e Profissionais .............................. 51

4.8.1 Programas de SIG ............................................................................................... 52

4.8.2 Programa livre versus comercial ......................................................................... 52

4.8.3 Principais diferenças entre os programas ArcGIS e QGIS ................................. 54

4.9 Resultados dos testes comparativos ................................................................. 55

4.10 Requisitos para funcionamento do QGIS ....................................................... 56

4.11 Programa para Sistema Gerenciador de Banco de Dados Geográficos ....... 57

4.12 Servidores de Mapas ......................................................................................... 58

4.13 Equipamentos .................................................................................................... 58

4.14 Profissionais ....................................................................................................... 59

4.15 Treinamento ...................................................................................................... 62

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 66

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 68

APÊNDICE A - Formulário aplicado na pesquisa ........................................ 74

APÊNDICE B - Matriz de produtos de informação ...................................... 96

APÊNDICE C - Matriz de dados e fontes – dicionário de dados ................. 100

APÊNDICE D - Diagrama de classes .............................................................. 110

APÊNDICE E – Manual para planejamento de um Sistema de Informações

Geográficas (SIG) orientado à gestão de bacias hidrográficas ...........................

111

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INTRODUÇÃO

No Brasil a gestão dos recursos hídricos (GRH) é regida desde 1997 pela Política

Nacional de Recursos Hídricos – PNRH (BRASIL, 1997), o qual preconiza a gestão

descentralizada e participativa e adota a bacia hidrográfica como unidade de planejamento.

Com a implementação desta lei, a gestão das bacias hidrográficas passou a ser compartilhada

entre as esferas, estadual e federal, do poder. A base da gestão ficou à cargo dos comitês de

bacias hidrográficas (CBHs), definidos como fórum de decisão no âmbito de cada bacia

hidrográfica. Os CBHs são formados por representantes dos usuários dos recursos hídricos, da

sociedade civil organizada e dos três níveis do governo (CUNHA e COELHO, 2009). A

PNRH também instituiu as Agências de Água, para dar suporte técnico e administrativo aos

Comitês de Bacia, exercendo, entre outras, a função de secretaria executiva. Comitês e

Agências deverão, entre outros objetivos, realizar os estudos necessários para a gestão dos

recursos hídricos nas áreas em que atuarem (ANA, 2018).

Para realizar tais estudos, necessários à gestão os recursos das bacias hidrográfica, é

importante se possuir informações qualificadas, capazes de oferecer subsídios aos processos

de planejamento e tomada de decisão. Para tal, os Sistemas de Informações Geográficas vêm

sendo largamente utilizados em todo o mundo. Utiliza-se o SIG para produzir ou coletar

dados geográficos, para armazená-los em um sistema de fácil recuperação, para consultas,

análises e para apresentar resultados e informações por meio de cartografia digital.

Levando-se em conta a complexidade do tema e as diferenças regionais existentes no

Brasil, buscou-se identificar um conjunto de informações comuns às bacias hidrográficas do

país. Tal conjunto, apresentado no Apêndice B – Matriz de Produtos de Informação, foi criado

para exemplificar as etapas de planejamento do SIG.

Entende-se que a escolha das informações e dos dados que irão compor o SIG, irá

depender da equipe encarregada desta função. Por isso, para o âmbito deste estudo, optou-se

em utilizar dados que abrangessem todo o país, já que seria inexequível criar um modelo

capaz de compreender tantas particularidades inerentes a cada bacia hidrográfica. A base de

dados criado para este estudo está detalhada no Apêndice C – Matriz de Dados e Fontes –

Dicionário de Dados.

A partir da definição dos produtos de informação e dos dados necessários para gerá-

los, foi possível delinear-se os outros pilares da construção do SIG, representados na Figura 1.

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Figura 1 - Os cinco pilares do SIG

Fonte: CDC, 2018. Adaptada pela autora, 2018.

Para que os tomadores de decisões possam realizar a gestão integrada dos recursos

hídricos, promovendo um gerenciamento coordenado da água, da terra e dos recursos

relacionados, de forma a maximizar a resultante econômica e o bem-estar social de forma

equilibrada, sem comprometer o ecossistema (SILVA et al, 2015), é preciso que tenham em

mãos um conjunto de informações qualificadas sobre o objeto a ser gerenciado. É importante

que tais profissionais tenham conhecimento do território e de suas características geográficas,

tais como: tamanho, localização, limites, clima, características socioeconômicas, e outras que

forem relevantes.

Para armazenar, organizar e disponibilizar tal volume de dados, e ainda, transformá-

los em produtos de informação, um grande número de organizações públicas e privadas,

milhares de usuários mundo afora, têm recorrido à ferramentas e tecnologias que se

convencionou chamar de Sistemas de Informações Geográficas.

A PNRH instituiu os sistemas de informações sobre recursos hídricos como

instrumento de sua política, sendo um sistema de coleta, tratamento, armazenamento e

recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão

(BRASIL, 1997). Diz ainda que “o acesso a dados e informações deve ser garantido a toda a

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sociedade” e que este instrumento possui como objetivos: i) reunir, dar consistência e divulgar

os dados e informações sobre a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos no

Brasil; ii) atualizar permanentemente as informações sobre disponibilidade e demanda de

recursos hídricos em todo o território nacional; iii) fornecer subsídios para a elaboração dos

Planos de Recursos Hídricos. A PNRH, no entanto, não indica como isso deve ser feito, não

há um modelo, especificações mínimas de como tais informações devem ser produzidas e

disponibilizadas.

Outro ponto importante é que, até alguns anos atrás, o papel do SIG ficava mais

restrito à produção de mapas. Hoje em dia é possível criar diversos tipos de integração entre o

SIG e outros sistemas. Tais integrações permitem uma maior aplicabilidade do SIG nos

processos decisórios. Para integrações e também para o compartilhamento de dados e

informações via WEB1, a adoção de boas práticas para o controle de qualidade do dado,

ganhou ainda mais importância. Neste estudo, não tratarmos de questões como

compartilhamento via WEB e integração de sistemas, mas sim sobre como construir uma base

sólida para que, em um segundo momento, tais integrações aconteçam de forma apropriada.

1WEB: Designação comum da rede mundial de computadores na internet (redução de world wide web), que

permite a interligação de documentos e recursos e também a obtenção de informação sob a forma de hipertexto,

integrando vários serviços.

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1 OBJETIVOS

1.1 Objetivo Geral

Este trabalho tem por objetivo geral auxiliar gestores e organizações quanto ao

planejamento de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) orientado à gestão dos

recursos hídricos.

1.2 Objetivos Específicos

a) Identificar e discorrer sobre as etapas de planejamento do SIG;

b) Elaborar um produto final, com o título: Manual para planejamento de um

sistema de informações geográficas (SIG) orientado à gestão dos recursos

hídricos, reunindo as sugestões e orientações apresentadas neste estudo.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Na etapa de revisão bibliográfica foram visitados alguns conceitos que se julgou

importantes para a construção da base de conhecimento no intuito de subsidiar o planejamento

do Sistema de Informações Geográficas.

O primeiro conceito é o que se refere ao próprio SIG e sua aplicabilidade na gestão de

dados e informações, e como autores vêm discorrendo sobre a importância de planejar-se um

SIG e sobre formas que encontraram para fazê-lo.

Em seguida, dado que um dos objetivos deste estudo é criar um modelo de banco de

dados geográficos orientado à gestão dos recursos hídricos, foram revisados alguns conceitos

sobre o planejamento e o modelo da base de dados. Nem todos os conceitos descritos neste

capítulo foram efetivamente aplicados na elaboração do manual apresentado no Apêndice E,

porém considerou-se importante mencioná-los, já que são referência e sugere-se que sejam

conhecidos por aqueles que pretendem planejar um SIG. São exemplos o conceito de

Infraestrutura de Dados Espaciais e os padrões adotados pelo Sistema Cartográfico Nacional,

como as especificações técnicas Estrutura de Dados Geográficos Vetoriais (CONCAR, 2009)

e Aquisição de Dados Geográficos Vetoriais (CONCAR, 2012), assim como os padrões de

interoperabilidade descritos na Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (BRASIL, 2008) e

na Infraestrutura Nacional de Dados Abertos (BRASIL, 2012), assim como nos padrões do

Open Geo Consortium (OGC, 2015).

Os Sistemas de Informações Geográficas consistem em uma integração de

equipamentos (hardware), programas (software), dados geográficos e pessoas, possibilitando

aos usuários capturar, armazenar, atualizar, manipular, analisar e exibir diferentes tipos de

informações. Tais informações, se processadas de outra forma, poderiam dificultar ou mesmo

impossibilitar uma perspectiva espacial do objeto em análise. Suas aplicações abrangem, por

exemplo, pesquisas científicas, sistemas de apoio à comunidade via órgãos públicos

governamentais além do seu emprego no apoio à tomada de decisão nas organizações

(LANARI et al, 1999).

O SIG é utilizado como ferramenta de análise espacial, modelagem e simulação de

cenários, e como subsídio à elaboração de alternativas para a decisão da política de uso e

ocupação do solo, ordenamento territorial, equipamentos urbanos e monitoramento ambiental,

entre outras aplicações complexas, que envolvem diferentes componentes dinâmicos (MOTA,

1999).

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Por sua vez, PINHEIRO et al (2009) descreve a aplicação do SIG na gestão dos

recursos hídricos da Bacia do Rio Macaé, utilizando ferramentas de geoprocessamento para

integrar e analisar dados de uso e ocupação do solo. O sistema mostrou-se capaz de dar

suporte de forma lógica e estruturante à gestão e ao processo decisório das diferentes esferas

de aplicação. Permitiu, inclusive, a construção de indicadores, baseados em análises

geográficas, além de coletar, armazenar, recuperar, transformar e visualizar dados. Esta

tecnologia tem sido alvo de crescente utilização no planejamento ambiental, com forte adesão

na gestão dos recursos hídricos.

A utilização do SIG na GRH vem de encontro ao estabelecido na Política Nacional de

Recursos Hídricos (PNRH), capítulo IV, artigo 5º, que institui o Sistema de Informações

sobre Recursos Hídricos como sendo um de seus instrumentos para a gestão de águas no

Brasil, tendo como princípios básicos a descentralização da obtenção e produção de dados e

informações e acesso aos dados e informações garantido a toda a sociedade.

Ao se trabalhar com tais informações, depara-se com uma gama de desafios, no

sentido de como representar fenômenos tão dinâmicos em um banco de dados. Esta

complexidade aumenta a necessidade de planejamento para que o projeto tenha maior chance

de sucesso. O modelo de dados é um planejamento que, de forma conveniente e sistemática,

estrutura operações do banco sobre objetos e fenômenos nele representados (RAMOS, 2014).

A partir dessa busca por formas de representação, foram desenvolvidas metodologias,

modelos e padrões, com o objetivo comum de facilitar a gestão das informações, garantir sua

confiabilidade e prover meios de compartilhamento. MAIDMENT e MORHOUSE (2002),

por exemplo, apresentaram um padrão melhorado para a criação e uso de dados em projetos

hidrológicos com potencial de integrar dados de várias fontes para resolver uma maior

variedade de problemas de recursos hídricos, integrando dados locais, regionais, nacionais e

internacionais para criar uma compreensão mais profunda dos problemas de água.

2.1 Metodologia em nove estágios

Não há um modelo que possa se adequar a qualquer caso. Para a elaboração do

Manual, produto deste estudo, baseou-se na metodologia em nove estágios (TOMLINSON,

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2013), desenvolvida pelo autor para auxiliar organizações de diferentes portes a entenderem e

dimensionarem seus requisitos para a criação de um SIG.

Na metodologia proposta por Tomlinson, além de detalhar cada componente do SIG –

dados, programas, equipamentos, pessoas e fluxos de trabalho – o autor afirmou que a

implantação bem-sucedida de um Sistema de Informações Geográficas em qualquer

organização requer um planejamento cuidadoso e delineado à luz de avanços tecnológicos.

Ele recomenda que se olhe cuidadosamente para a organização para entender os propósitos

que a norteiam, e mergulhar ainda mais fundo buscando conhecer os fluxos de trabalho dos

profissionais e das equipes, e dessa forma poder-se-á definir quais as informações deverão ser

produzidas com a ajuda do SIG.

Entendendo quais as informações necessárias, é possível se definir quais os dados irão

gerar tais informações e qual arcabouço tecnológico será necessário para que o sistema opere

de forma a atender as demandas de informações com agilidade e qualidade.

Os nove estágios da metodologia de planejamento do SIG são os seguintes:

1º estágio: considerar o propósito estratégico

Entender a organização, suas necessidades e como a utilização do SIG pode beneficiá-

la. Conhecer o “plano de negócios” assim como as responsabilidades de cada área, a fim de

identificar os produtos de informação2 e os fluxos de trabalho que serão utilizados pelos

usuários do SIG.

2º estágio: construir a base

Elaborar uma proposta de planejamento da implantação do SIG onde devem constar os

custos com dados, programas, infraestrutura e pessoal. É importante neste estágio angariar

apoio dentro da organização.

3º estágio: realizar um seminário de tecnologia

Promover um encontro com todos os usuários de dentro da organização para entender

quais os produtos de informação oriundos do SIG são importantes para a realização de suas

tarefas. O entregável desta etapa é uma lista com os produtos de informação.

4º estágio: escrever os produtos de informação

Esclarecer quais os produtos de informação serão utilizados e elaborar uma matriz

descrevendo quais dados são ncessários para a criação de tais produtos.

2 Produtos de informação: aqueles gerados por meio de ferramentas computacionais de geoprocessamento em

um Sistema de Informações Geográficas (SIG). Tais produtos podem ser representados espacialmente na forma

de mapas.

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5º estágio: definir a características dos dados

Nesta etapa é preciso definir as características dos dados, tais como: escala, resolução,

projeção, tolerância de erro, regras topológicas, estruturação de séries temporais, imagens,

entrada de dados oriundos de Global Positioning System (GPS), entrada de dados

colaborativos, serviços da Rede de Alcance Mundial (World Wide Web), também conhecida

como WEB, e interoperabilidade de dados e sistemas.

6º estágio: escolher um modelo de banco de dados lógico

O ideal neste ponto é já haver um conhecimento dos dados que serão utilizados para

construir os produtos de informação, assim como suas características e dimensões. A partir

daí, deve-se escolher um dos três tipos de modelos lógicos existentes, por exemplo:

relacional, orientado ao objeto e objeto-relacional. Uma vez que se conheçam as principais

carcterísticas de cada modelo, é preciso avaliar vantagens e desvantagens de cada um e optar

por aquele que se julgar mais aderente ao modelo de dados

7º estágio: determinar os requisitos do sistema

A partir deste ponto já é possível determinar os requisitos de infraestrutura necessários

para a construção do SIG e seu funcionamento. Definem-se então quais os programas

computacionais (software) serão utilizados e os equipamentos (hardware) necessários.

8º estágio: considerar o custo benefício, a migração e a análise de risco

Nesta etapa o autor recomenda que seja feita uma comparação entre os investimentos

feitos no SIG e o retorno financeiro vindo da utilização do sistema

9º estágio: planejar a implantação do sistema

este estágio é onde se sintetizam as informações e considerações resultantes dos passos

anteriores, e apresentam-se recomendações e ações a serem realizadas. Tais ações devem ser

justificadas com base nas análises obtidas até então.

O documento final deve conter uma síntese dos propósitos da organização – no caso

deste estudo, pode considerar-se o Plano de Bacia como o norteador de tais propósitos, além

de descrever os seguintes itens:

a) a Matriz dos Produtos de Informação;

b) o Modelo Conceitual do sistema;

c) Recomendações;

d) Cronograma de implantação;

e) Custos.

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2.2 Modelo Conceitual de Banco de Dados

Para o desenvolvimento deste estudo, buscaram-se referências sobre como representar

conceitualmente o banco de dados geográficos, para tal, foram utilizadas as referências

citadas neste tópico. Cabe lembrar que, no âmbito desta pesquisa, não chegamos diretamente

às orientações quanto ao compartilhamento de informações, nos ativemos ao planejamento do

modelo de dados e do SIG. Porém, entendeu-se que em um segundo momento, a informação

armazenada no banco de dados da organização poderá ser compartilhada, e sendo assim, é

importante que o planejador do SIG conheça os padrões e as normas que versam sobre a

interoperabilidade e integração de dados.

LISBOA FILHO e IOCHPE (2000) afirmam que a modelagem de dados é o processo

de abstração onde somente os elementos essenciais da realidade observada são enfatizados,

descartando-se os elementos não essenciais. O processo de modelagem conceitual de banco de

dados compreende a descrição dos possíveis conteúdos dos dados, além de estruturas e de

regras a eles aplicáveis. Essa descrição do banco de dados é feita com base nos construtores

semânticos fornecidos por um modelo conceitual.

A modelagem da informação geográfica é peculiar pois, diferentemente da informação

tradicional, envolve fatores tais como a localização, o tempo de observação, a precisão de

obtenção/representação e existência de relações espaciais (LISBOA FILHO, 2012).

Um modelo de dados é um conjunto de conceitos que podem ser usados para

descrever a estrutura e as operações em um banco de dados (ELMASRI e

NAVATHE, 2004). O modelo busca sistematizar o entendimento que é

desenvolvido a respeito de objetos e fenômenos que serão representados em um

sistema informatizado. Os objetos e fenômenos reais, no entanto, são complexos

demais para permitir uma representação completa, considerando os recursos à

disposição dos sistemas gerenciadores de bancos de dados (SGBD) atuais. Desta

forma, é necessário construir uma abstração dos objetos e fenômenos do mundo real,

de modo a obter uma forma de representação conveniente, embora simplificada, que

seja adequada às finalidades das aplicações do banco de dados. (BORGES et al,

2005).

A estruturação de um Modelo Conceitual de Banco de Dados se encontra na

Especificação Técnica Estrutura de Dados Geográficos Vetoriais – ET-EDGV (DSG, 2011),

que apresenta tal modelo para descrever a estrutura e as operações em um banco de dados

geográficos. A ET-EDGV buscou sistematizar o entendimento a respeito de objetos e

fenômenos representados de forma conveniente, embora simplificada, apresentando atributos,

relacionamentos, cardinalidades, restrições geométricas, generalizações e agregações

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(BRASIL, 2016). A ET-EDGV foi importante para a elaboração deste estudo pois serviu

como base para a criação do modelo de banco de dados aqui proposto. Baseou-se nesta

especificação para, por exemplo, fazer a divisão dos grupos temáticos, para criação da Matriz

de Dados e Fontes e Dicionário de Dados, e também para a construção do Diagrama de

Classes.

Outro conceito importante para uma organização que trabalha em prol de um bem

comum, como a gestão das águas é o conceito de Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE).

Este conceito começou a difundir-se globalmente a partir da Conferência das Nações Unidas

para o Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992, a Eco-92, realizada no Rio de Janeiro,

teve como objetivo debater as questões ambientais globais. Resultou da conferência um marco

regulatório mundial para o desenvolvimento de uma Geografia oficial, a Agenda 21 (ONU,

1992). Segundo este documento, cada nação do globo deveria ser responsável por sua

Infraestrutura de Dados Espaciais, ideia que foi expressa na Agenda 21 e apontada como a

base dos estados no futuro. O documento afirmava que a informação é requerida em todos os

níveis de decisão, que por sua vez estão, direta ou indiretamente, relacionadas com uma

posição geográfica. A Agenda 21 também expressou a importância da interoperabilidade de

formatos dos dados, de forma a possibilitar o compartilhamento de informações (UGEDA,

2017).

A padronização de dados passou a compor uma premissa imperiosa do

desenvolvimento dos Estados mundo afora, devendo ser aprimorados qualitativamente,

situação que fundamentou a criação de Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) como peça

fundamental da Geografia oficial de um país. A IDE é composta por: (i) dados de referência

(como mapeamento básico cadastral, localidades, limites, dentre outros) e dados temáticos

(cobertura e uso da terra, serviços públicos, transportes, por exemplo); (ii) metadados, que

documentam e registram os dados, permitindo a sua busca e localização; e (iii) geoserviços,

como funcionalidades que uma IDE oferece aos usuários finais. (BRASIL, 2016).

Existem em nível federal no Brasil duas normativas importantes sobre IDE, a

Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) e a Infraestrutura Nacional de Dados

Abertos (INDA):

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2.3 Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais – INDE

O decreto Nº 6.666 (BRASIL, 2008) criou a Infraestrutura Nacional de Dados

Espaciais – INDE, sendo esta “o conjunto integrado de tecnologias; políticas; mecanismos e

procedimentos de coordenação e monitoramento; padrões e acordos, necessário para facilitar

e ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o compartilhamento, a disseminação e o uso

dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal”.

Os principais objetivos da INDE são (CONCAR, 2009):

a) Ordenamento na geração, no armazenamento, no acesso, no

compartilhamento, na disseminação e no uso dos dados geoespaciais;

b) Produção dos dados e informações geoespaciais pelos órgãos públicos de

todos os níveis de governo, nos padrões e normas homologados pela

Comissão Nacional de Cartografia – CONCAR;

c) Divulgação de metadados para evitar a duplicidade de ações e o desperdício

de recursos na obtenção de dados geoespaciais pelos órgãos da

administração pública;

d) Compartilhamento e disseminação dos dados geoespaciais e seus metadados

são obrigatórios para todos os órgãos federais, e voluntários para os demais

níveis de governo.

2.4 Infraestrutura Nacional de Dados Abertos – INDA

A INDA, instituída pela Instrução Normativa Nº - 4 (BRASIL, 2012), é um conjunto

de padrões, tecnologias, procedimentos e mecanismos de controle necessários para atender às

condições de disseminação e compartilhamento de dados e informações públicas no modelo

de Dados Abertos. A INDA encontra-se em conformidade com o disposto na arquitetura

ePING - Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico – que define um conjunto

mínimo de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da

Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no governo federal, estabelecendo as

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condições de interação com os demais Poderes e esferas de governo e com a sociedade em

geral (GOVERNO ELETRÔNICO, 2018).

2.5 Sistema Cartográfico Nacional (SCN)

Um conjunto de normas, padrões e especificações técnicas aprovadas e homologadas

pela Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR) compõem o Sistema Cartográfico

Nacional (SCN), que estabelecem diretrizes e bases da cartografia brasileira. Dentre as

normas do SCN, quatro são de particular importância para o presente estudo, visto que visam

garantir as premissas básicas de qualidade da informação, possibilitando o compartilhamento

e interoperabilidade e evitando também a duplicidade na produção de dados e o consequente

desperdício de dinheiro público. São elas:

2.5.1 Especificação Técnica para a Estrutura de Dados Geográficos Vetoriais (ET-EDGV)

Segundo definição do CONCAR “A ET-EDGV é norma do Mapeamento Sistemático

Terrestre, prevista no Sistema Cartográfico Nacional (SCN) e é um dos padrões adotados na

Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais”.

A principal finalidade desta norma é padronizar as estruturas de dados geoespaciais

vetoriais oficiais de referência produzidos para comporem bases cartográficas em diferentes

escalas. Esta padronização viabiliza o compartilhamento de dados de referência, a

interoperabilidade e a racionalização de recursos entre os produtores e usuários de dados e

informação cartográfica (CONCAR, 2017).

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2.5.2 Especificação Técnica para a Aquisição de Dados Geoespaciais Vetoriais (ET-ADGV)

Com a definição pela Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR) da ET-EDGV

como uma das especificações essenciais para a INDE, coube à Diretoria de Serviço

Geográfico (DSG) elaborar a especificação técnica que regula e padroniza a aquisição da

geometria dos dados geoespaciais vetoriais e atributos correlacionados, a ET- ADGV. A

principal finalidade desta norma é definir as regras para a construção do atributo “geometria”

de cada classe de objetos constante da ET-EDGV, bem como dos atributos essenciais à

perfeita individualização das instâncias e os respectivos metadados3 (DSG, 2011).

2.5.3 Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (Perfil MGB)

O Perfil MGB foi elaborado por um dos comitês especializados da Comissão Nacional

de Cartografia - CONCAR: o Comitê de Estruturação de Metadados Geoespaciais - CEMG,

composto por representantes dos principais órgãos produtores de dados geoespaciais4 no

Brasil, reuniu-se ao longo dos anos 2008 e 2009 com o objetivo de especificar um perfil

nacional de metadados geoespaciais.

Um perfil de metadados contém um conjunto básico e necessário de elementos que

retrate as características dos produtos geoespaciais de uma determinada comunidade e garanta

sua identificação, avaliação e utilização consistente. O Perfil MGB tem como base a norma

ISO 19115:2003 (Geographic Information – Metadata) especificada pelo Comitê Técnico 211

(TC 211) da ISO e faz parte de uma família de várias normas para informação geográfica e

suporta o referenciamento espacial (CONCAR, 2009).

3 No Decreto Lei nº 6.666/2008, Art. 2º, os metadados são descritos como “conjunto de informações descritivas

sobre os dados, incluindo as características de seu levantamento, produção, qualidade e estrutura de

armazenamento, essenciais para promover a sua documentação, integração e disponibilização, bem como

possibilitar sua busca e exploração”.

4 Os órgãos federais produtores de dados geoespaciais que participaram do CEMG foram: IBGE, DSG, DHN,

ICA, IBAMA, CPRM e INPE.

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2.6 Especificações Técnicas do Open Geospatial Consortium (OGC)

O Open Geospatial Consortium (OGC) é um consórcio com mais de 250 companhias,

agências governamentais e universidades, criado para promover o desenvolvimento de

tecnologias que facilitem a interoperabilidade entre sistemas envolvendo informação espacial

e localização. Os produtos do trabalho do OGC são apresentados sob forma de especificações

de interfaces e padrões de intercâmbio de dados (DAVIS JR. et al, 2005).

As especificações mais importantes da OGC:

WMS – Web Maps Service - Serviço de mapa pela internet

WFS – Web Feature Service - Serviços apresentado pela internet

WCS – Web Coverage Service - Serviço de cobertura pela internet

CAT – Catalogue Service - Serviço de Catálogo pela internet

GML – Geography Markup Language - Linguagem de marcação de geografia

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2.7 Modelo Object Modeling Technique for Geographic Applications (OMTG)

Neste estudo, buscou-se desenhar a estrutura conceitual das feições presentes no BDG

e os seus relacionamentos, com a utilização do modelo Object Modeling Technique for

Geographic Applications (BORGES, 1997). A partir do OMTG, desenhou-se o Diagrama de

classes apresentado no Apêndice D. Este modelo, criado a partir do modelo de banco de dados

convencionais Object Modeling Technique (RUMBAUGH et al.1991), baseia-

se em três conceitos: classes, relacionamentos, e relacionamentos espaciais (topologia).

Trabalha em nível conceitual apresentando tanto classes georreferenciadas como classes

convencionais (CIPULLO e ROIG, 2013). A Figura 2 demonstra um esquema de

representação do mundo real no modelo OMT-G.

Figura 2 - Tipos de classes e suas representações no modelo OMT-G.

Fonte: BORGES, 1997. Adaptado pela autora, 2017.

O OMT-G também foi descrito como tendo a capacidade de introduzir primitivas

geográficas a modelos elaborados para dados convencionais, como por exemplo, o Unified

Modeling Language (UML), com o objetivo de aumentar a capacidade de representação

semântica (BORGES et al, 2005).

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2.8 Estado da Arte

Desde que o SIG despontou como uma solução capaz de integrar as funcionalidades

de um banco de dados convencional a metodologias capazes de transformar tais dados em

produtos de informação, passou a ser aplicado no planejamento ambiental e na gestão dos

recursos hídricos, fornecendo subsídios para os processos decisórios.

Nos dias atuais, junto com avanços tecnológicos cada vez mais rápidos, o SIG

continua evoluindo não apenas tecnologicamente, mas também devido a uma mudança

coletiva no entendimento da importância do compartilhamento de informações como motriz

de transformações sociais.

Um exemplo dessa mudança de paradigma deu-se inicialmente com as iniciativas de

compartilhamento de dados e informações que antes eram restritos a entidades privadas e

governamentais. Esta mudança vem evoluindo em direção não apenas ao consumo de

informação de forma passiva por parte da sociedade, mas também com ações proativas. Por

meio de aplicações computacionais, cidadãos comuns, pesquisadores ou usuários dos serviços

públicos, observando-se regras de segurança previamente estabelecidas, podem executar tais

ações. Isto é uma tendência. No 8º Fórum Mundial da Água, realizado no Brasil, um tema

recorrente foi a importância de dar voz ao cidadão comum, para a melhor gestão dos recursos

ambientais do planeta.

2.8.1 No Mundo

No que diz respeito ao compartilhamento e colaboração de informações, podemos citar

a empresa estadunidense, que disponibilizou uma coleção de dados básicos relacionados à

água e aos recursos hídricos de renomadas entidades produtoras de informação, tais como:

United States Geologycal Survey (USGS), National Oceanic and Atmospheric Administration

(NOAA), National Weather Service (NWS) e National Aeronautics and Space Administration

(NASA) – nos Estados Unidos; além da Agência Espacial Europeia, Agência Ambiental do

Reino Unido, Bureau of Meteorology (Austrália), entre outros. Além dos dados oficiais de

agências governamentais, a plataforma de compartilhamento disponibiliza dados adicionados

pela comunidade de usuários do ArcGIS e a ESRI, através do programa Community Maps

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(ESRI, 2011). Neste programa, profissionais de SIG em todo o mundo, que trabalham em

todos diversos tipos de organizações governamentais e empresas privadas, disponibilizam

seus dados. Estes, passam por um controle de qualidade e quando aceitos são publicados em

uma das atualizações realizadas periodicamente no serviço. Algumas bases de dados, como

por exemplo, medições de nível e vazão de cursos d’água, são atualizadas em tempo real.

Uma parte dos dados ainda se restringe ao país de origem da empresa, os Estados Unidos,

porém a rede de colaboradores vem aumentando e com isso também cresce a área de

abrangência do serviço. As informações são acessíveis através de uma conta pública que pode

ser criada gratuitamente.

Seguindo o modelo que busca uma evolução na forma de se planejar ações que afetam

a sociedade, dando mais transparência aos processos decisórios por meio de ações como o

compartilhamento de dados e informações, surgiu nos anos 90 uma iniciativa chamada

sistema participativo de informação geográfica, ou no inglês Participatory GIS (ABBOT et al,

1998). Com o objetivo de engajar as comunidades, e dar voz a todas as camadas sociais. Essa

iniciativa, assim como o SIG, aperfeiçoou-se com os avanços tecnológicos do século XXI e as

discussões surgidas nas esferas das ciências sociais e ambientais. Um exemplo deste modelo

de utilização colaborativa dos SIG foi aplicado em Londres e outras cidades da Inglaterra, e

posteriormente na Polônia, Itália e Finlândia, na gestão urbana e ambiental (HAKLAY.&

FRANCIS, 2018) e na bacia do rio Boise, estado do Idaho, Estados Unidos (TUTHILL et al,

2003).

Na Holanda, um país de baixa altitude e propenso a inundações, o governo sempre foi

inovador na gestão de suas águas, utilizando a engenharia, desde o século XIV na forma de

moinhos de vento, e desde o século XVI na forma de pôlderes, em um elaborado sistema de

drenagem, que inclui diques e estações de bombeamento, capaz de preservar grandes áreas,

protegendo a terra contra inundações e assegurando o fornecimento de água doce. Haja vista a

inegável vocação para contornar problemas relacionados a àgua, o governo Holandês além de

manter uma extensa política de dados abertos, vem utilizando SIG como arcabouço para a

aplicação e integração de diferentes tecnologias de ponta, como: laser scanners, realidade

virtual, Drones, building information modeling (BIM), entre outras, melhorando assim, os

setores que são pilares de sua economia: água, energia, agricultura e construção (HISHAM,

2015).

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2.8.2 No Brasil

No Brasil, também há iniciativas no sentido do compartilhamento e disseminação da

informação. A partir de 2008, com a promulgação do Decreto Presidencial nº 6.666 que

instituiu a INDE, diversos órgãos públicos têm empregado esforços no sentido de organizar,

padronizar e disponibilizar seus dados e metadados em uma plataforma tecnológica com

diferentes módulos como o GeoNetwork, que hospeda os metadados dos dados geográficos

disponibilizados na INDE.

No tocante a iniciativas de compartilhamento de dados referentes à gestão de RH,

escolheu-se citar dois casos de uso:

1º caso: o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), órgão gestor e executor da Política

Estadual de Recursos Hídricos no Rio de Janeiro, em abril de 2018, disponibilizou ao público

um portal de nome GEOINEA, contendo sua Base de Dados Espaciais, baseada na plataforma

de geoserviços online da ESRI. O canal foi criado para otimizar o compartilhamento de

geoinformações ambientais do Estado do Rio de Janeiro (INEA, 2018).

Na aba da aplicação que é dedicada aos Recursos Hídricos, o GEOINEA oferece além

de um Visualizador de Dados, a possibilidade de o usuário descarregar dados e metadados

produzidos pelo INEA e seus parceiros institucionais, além de consumir geoserviços. O

serviço também oferece diversas informações sobre o sistema de gestão de recursos hídricos

no estado do Rio de janeiro, informações ambientais e bases cartográficas para utilização no

SIG.

Na Figura 3 vê-se um exemplo de visualização da aplicação, onde foram habilitadas

na legenda, as informações dos Pontos de Captação de Água e de Qualidade das Águas

Interiores. Um grande número de informações relevantes para a gestão dos recursos hídricos

no estado encontra-se disponível por meio desta aplicação.

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Figura 3 - Consulta ao Visualizador de Dados da aplicação GEOINEA.

Fonte: INEA. Disponível em

<https://inea.maps.arcgis.com/apps/MapSeries/index.html?appid=00cc256c620a4393b3d04d2c34acd9ed >.

Acesso em: 16 de abril de 2018.

2º caso: no que diz respeito à utilização do SIG como forma de propiciar o

engajamento da sociedade, fornecendo ferramentas tecnológicas capazes de contribuir com a

democratização do processo decisório na GRH - tema que foi amplamente discutido durante o

8º Fórum Mundial da Água, ocorrido em Brasília na primeira semana do mês de março de

2018 - encontra-se o Sistema de Informações Geográficas Participativo (SIGP). O SIGP é a

combinação da tecnologia do SIG, com o conhecimento local, proporcionado pela

comunidade através de abordagens participativas. O SIGP é uma ferramenta que contribui

para o “empoderamento” e a governança de comunidades marginalizadas e para o

desenvolvimento sustentável, pois está embasado nos conceitos de aprendizagem social e

ecologia do conhecimento, impulsionando e transformando o modelo de governança atuante

(CARVALHO, 2018).

O SIGP está sendo aplicado atualmente no município de Guarulhos, São Paulo, mais

especificamente no bairro Novo Recreio, com alunos do ensino médio, em Guarulhos, São

Paulo, Brasil. O objetivo principal é integrar e envolver a comunidade no processo de tomada

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de decisão, divulgar o conhecimento e capacitá-los, aplicar o conceito de aprendizagem social

e também melhorar os indicadores de saúde ambiental relacionados ao abastecimento /

escassez de água e saneamento. Uma segunda etapa será ampliar a aplicação do SIGP para

outros atores sociais do município, com o objetivo de tornar esta abordagem “multinível”, ou

seja, proporcionar o contato entre esses atores (SIG PARTICIPATIVO, 2018).

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3 METODOLOGIA

Para a construção do modelo conceitual do banco de dados geográficos e do SIG

orientado à gestão dos recursos hídricos nos comitês de bacia e a elaboração do “Manual para

planejamento de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) orientado à gestão dos

recursos hídricos”, produto resultante deste estudo, buscou-se seguir o fluxo metodológico

proposto por TOMLINSON (2013). Dadas as particularidades que diferenciam um projeto de

mestrado da aplicação prática em uma organização, diversas adaptações foram necessárias

sem, no entanto, perder-se a essência dos ensinamentos do autor.

Há, entretanto, que relatar-se uma lição aprendida à custa de um erro cometido no

início deste projeto: em certo ponto do desenvolvimento da metodologia, percebeu-se que

havia se construído a Matriz de Dados e Fontes antes mesmo da Matriz de Produtos de

Informação estar montada. Isto não faria sentido e não estaria de acordo com a metodologia

de TOMLINSON (2013). Assim que o engano foi percebido, tomaram-se as devidas

providências para realinhar o projeto com a metodologia proposta. Em seguida, foram

cumpridas as etapas na ordem apresentada na Figura 4.

Figura 4 - Fluxograma contendo as etapas da pesquisa.

Fonte: A autora, 2018.

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3.1 Primeira etapa – Pesquisa bibliográfica

O início do trabalho de pesquisa para este projeto iniciou-se a partir da revisão

bibliográfica, cujos principais referenciais teóricos utilizados no desenvolvimento deste

estudo encontram-se descritos no capítulo 2.

Buscaram-se nesta etapa, subsídios para a elaboração da lista preliminar de Produtos

de Informação, além de uma metodologia capaz de orientar a construção do SIG. Para a

listagem preliminar dos produtos, foi consultado inicialmente o texto da PNRH, com objetivo

de entender quais temas devem constar em um Plano de Recursos Hídricos.

Posteriormente foi feito um levantamento de diversos Planos de Bacia produzidos

pelos CBH, de forma a conseguir se definir um conjunto mínimo de informações comum a

todos os comitês observados.

Também nesta etapa, optou-se pela utilização da metodologia desenvolvida por

TOMLINSON (2013), contando, no entanto, com algumas adaptações.

A pesquisa bibliográfica, além de ter sido o passo inicial da pesquisa, também gerou

subsídio às etapas subsequentes deste estudo.

3.2 Segunda etapa – Listagem preliminar dos produtos de informação

Criou-se, a partir da revisão bibliográfica, uma lista com os “produtos de informação”

a serem utilizados pelos gestores e membros dos comitês de bacia hidrográfica (CBH), para

fornecer as informações necessárias para o planejamento e a tomada de decisão. Essa lista

contém além dos “produtos de informação”, os dados geográficos utilizados para gerar tais

informações.

Para identificar os produtos que deveriam constar na lista e, consequentemente, fazer

parte do SIG proposto neste estudo, levou-se em conta duas fontes principais: i) temas que a

PNRH, através da lei 9.433/97, apresenta como informações pertinentes aos planos de

recursos hídricos das bacias hidrográficas. Estes, por sua vez, são os norteadores do trabalho

dos comitês de bacia para a gestão do recurso hídrico; ii) consultas à planos de bacia já

elaborados em diferentes bacias hidrográficas

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3.3 Terceira etapa – Entrevistas e questionários

Nesta etapa buscou-se realizar a pesquisa com o maior número possível de

profissionais especialistas na gestão e na governança dos recursos hídricos, incluindo pessoas

de diferentes estados do país. O alvo da pesquisa eram principalmente professores de

disciplinas afeitas ao tema, pessoas que trabalhassem em órgãos públicos voltados à gestão

das águas, estudantes de pós-graduação neste campo do conhecimento e profissionais com

atuação nos CBHs. O objetivo foi identificar os produtos de informação essenciais para a

gestão e o processo decisório no âmbito dos comitês.

Elaborou-se um questionário estruturado onde o pesquisado deveria marcar uma ou

mais opções, previamente listadas. Este continha duas partes: na primeira parte havia

perguntas sobre a atuação do pesquisado na gestão de recursos hídricos, seu conhecimento

sobre SIG e com que tipo de informações lidava em sua rotina profissional e algumas

informações de identificação pessoal; a segunda parte era apresentada uma lista de planos de

informação, e pedia-se aos participantes que dessem notas de importância - 0 – nenhuma

importância, 1 – baixa importância, 2 – média importância, 3 – importante, 4 – alta

importância, 5 – Fundamental – à tais informações. Também havia espaço para acrescentar

sugestões sobre informações que não houvessem sido incluídas.

A partir do grau de importância atribuída pelos pesquisados a cada plano de

informação, buscou-se identificar aquelas que deveriam constar da base de dados e eliminar

outras consideradas dispensáveis ou não essenciais. Outro ponto levado em conta foram as

sugestões dos participantes, especialmente no tocante às sugestões sobre informações que

consideravam importantes, porém não haviam sido listadas.

Ao final desta etapa havia sido realizada: uma (1) entrevista presencial e uma (1) por

telefone; 34 questionários respondidos no portal de formulários online (Google Forms). O

total de participantes na pesquisa foi de 36 pessoas. O questionário elaborado e utilizado na

pesquisa encontra-se no Apêndice A.

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35

3.4 Quarta etapa – Matriz de Produtos de Informação e Matriz de Dados e Fontes

Na quarta etapa da metodologia, consolidaram-se a Matriz de Produtos de Informação

(MPI) e a Matriz de Dados e Fontes (MDF), reproduzidas nos Apêndices B e C,

respectivamente. A partir das informações reunidas na segunda etapa desta metodologia,

validados e complementados na etapa seguinte, elaboraram-se as estas duas matrizes,

utilizadas para construir o Modelo Conceitual do Banco de Dados Geográficos orientado à

gestão das águas nos comitês de bacia.

3.4.1 Matriz de Dados e Fontes (MDF)

A MDF (APÊNDICE B) contém 39 classes de dados, em 9 grupos temáticos, cada um

desses dados foi utilizado para gerar um ou mais PI descritos na MDF. Para a elaboração

desta matriz utilizaram-se dados em escala nacional, ou seja, que abrangessem todo o

território brasileiro. O motivo de ter-se trabalhado nessa escala foi que o presente estudo não

se refere a nenhuma bacia hidrográfica em particular. Sendo assim, procurou-se construir um

modelo que se ativesse à temas recorrentes nos planos de recursos hídricos em diferentes

regiões, e que fossem comuns à maioria das bacias hidrográficas do país.

É importante ressaltar que os dados indicados na MDF possuem uma escala cujo nível

de detalhamento muitas vezes não será o mais indicado para se trabalhar no nível da bacia

hidrográfica. Os dados constantes no Modelo Conceitual de Banco de Dados Geográficos

(MCBDG)5 apresentado neste estudo podem ser utilizados, porém sugere-se que, havendo

dados com maior nível de detalhe e de fonte confiável, que se opte por este. Esses dados com

maior detalhamento geralmente são produzidos por órgãos governamentais locais, municipais

ou estaduais, ou entidades de pesquisa. Em muitos casos encontram-se disponíveis para serem

descarregados em portais na WEB.

Constam desta matriz as seguintes informações sobre os dados utilizados na

construção da MPI e do MCBDG:

5 MCBDG é o mesmo que o Modelo Conceitual de Banco de Dados descrito na Revisão Bibliográfica, item 2.1

adicionando-se o sufixo “G” referente a Geográficos, já que estamos tratando aqui de um banco de dados

geográficos.

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a) Temas:

- I - Limites Político-administrativos;

- II - Transportes;

- III - Estrutura Econômica;

- IV - Meio Físico;

- V - Recursos Hídricos;

- VI - Cobertura Vegetal;

- VII - Uso do Solo;

- VIII - Séries Temporais;

- IX - Dados Censitários.

b) Identificador:

- foi atribuído um número identificador a cada dado da tabela, com o

intuito de relacionar com a MPI, informando quais dados foram

utilizados para gerar cada PI.

c) Classe:

- foram descritas na tabela as 39 classes que foram utilizadas na geração

dos 25 Planos de Informação.

d) Atributos:

- em cada classe listaram-se os atributos importantes para a geração dos

PI presentes na MPI. Os atributos considerados menos importantes para

a construção, foram excluídos, buscando com isso, manter o banco de

dados geográficos (BDG) conciso, evitando sobrecarregar programas e

equipamentos.

e) Tipo de Campo:

- aqui foram especificados os tipos de campo de cada atributo, podendo

ser Texto, Data ou Data-hora, Números Reais ou Inteiros.

f) Escala:

- é recomendado trabalhar-se com um dado de uma fonte confiável,

uma instituição reconhecida como produtora de dados oficiais. Para este

estudo foram utilizados dados produzidos por órgãos governamentais,

tais como: IBGE, ANA, CPRM, INMET, SICAR, INPE, IBAMA,

ANEEL e Ministério dos Transportes. Dentro do conjunto de dados

oficiais e públicos, disponibilizados por estes órgãos, buscou-se aqueles

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com maior nível de detalhamento. Porém como os dados utilizados para

o estudo tinham a abrangência nacional, ou seja, tinham o objetivo de

cobrir todo o território nacional, as escalas encontradas para esta

abrangência foram de: 1: 250.000; 1: 1.000.000; 1: 5. 000.000.

É importante ressaltar que neste estudo foram utilizados dados com abrangência

nacional para exemplificar o modelo proposto, e por este motivo utilizaram-se escalas

menores, com menos detalhamento e precisão. O ideal é que se busquem dados que, além de

terem sido produzidos por fontes oficiais e reconhecidas, possuam um nível de detalhamento

capaz de representar as informações e os fenômenos de interesse na área de estudo. Para

auxiliar na escolha da escala de trabalho mais adequada, a tabela apresentada na apresenta as

aplicabilidades de cada nível de escala.

Tabela 1 - Aplicabilidades das diferentes escalas

Tipo de escala Escala cartográfica Finalidade

Grande

(Cadastral)

1:100 e 1:200 Plantas de pequenos lotes e

edifícios

1:500 e 1:1.000

Planta de arruamentos e

loteamentos, redes de água e

esgoto

1:1.000 a 1:5.000 Plantas de propriedades rurais

1:5.000 a 1:25.000

Carta/Planta cadastral de cidades

e grandes propriedades rurais ou

industriais

Média

(Topográfica)

1:50.000 a 1:100.000 Cartas de municípios

1:25.000 a 1:250.000 Cartas/Mapas topográficos

Pequena

(Geográfica) Acima de 1:250.000

Mapas de estados, países,

continentes, Atlas geográfico etc.

Fonte: FEITOSA, 2016. Adaptado pela autora, 2018.

g) Geometria:

- Especifica o tipo de geometria utilizado para representar

espacialmente cada um dos dados. Em alguns casos podem ser

utilizadas mais de um tipo de representação geométrica para a mesma

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classe, gerando assim um novo dado. A escolha do tipo de

representação irá depender da escala e de padrões cartográficos

definidos pelos entes do Sistema Cartográfico Nacional. Um exemplo

disso é a representação da hidrografia, que pode ser feita na forma de

linhas, ou, no caso de corpos hídricos cuja distância entre uma margem

e outra seja maior do que 0,8 mm multiplicados pela escala (CONCAR,

2008), na forma de polígonos, respeitando as regras topológicas6

definidas para estas classes;

h) Fonte:

- andica o órgão responsável pela produção do dado, como por

exemplo, a Agência Nacional de Águas (ANA) e Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE).

i) Ano:

- informa o ano de referência do dado, podendo ser da sua produção ou

da última atualização.

j) Link do dado:

- informa a Uniform Resource Locator (URL) que se refere ao endereço

de rede por onde foi descarregado o arquivo;

k) Link do metadado:

- informa a URL do metadado, contendo informações sobre a produção

e estrutura do dado;

l) Informações adicionais:

- oferece orientações sobre particularidades dos dados, como por

exemplo: links com documentação, instruções de utilização,

informações sobre a fonte ou sobre como acessar o dado.

3.4.2. Matriz de Produtos de Informação (MPI)

Cada Produto de Informação (PI) apresentado na MPI (APÊNDICE C), indica quais os

dados da Matriz de Dados e Fontes foram utilizados para gerar o Produto de Informação. A

MPI contém 25 PI divididos em 10 temas, listados a seguir.

I - Localização da Unidade de Planejamento Hídrico (UPH): originou dois PI, onde:

6 Regras topológicas podem ser aplicadas para detectar possíveis erros topológicos em uma base de dados

geográficos, validando assim a topologia da feição vetorial. A topologia descreve as relações espaciais entre os

vetores de pontos, linhas ou polígonos, representados no SIG. A validação da topologia é necessária para

detectar possíveis erros decorrentes do processo de digitalização (QGIS, 2018).

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a) no primeiro, caracterizou-se a localização da bacia hidrográfica, mostrando

os principais elementos de localização geográfica, tais como: o limite da

UHP ou, quando for o caso, a Unidade Estadual de Planejamento de Gestão

de Recursos Hídricos – UEPGRH; as principais localidades (e.g.: capitais,

sedes de municípios, distritos etc); os principais corpos d’água e

reservatórios. Corpos d’água contendo os rios de margem simples, foram

representados na forma de linhas, na classe “Curso d’água”. Os corpos

hídricos, representados na forma de polígonos, na classe “Massa d’água”

(e.g.: rios de margem dupla, lagos, lagoas etc.). Foram também

representadas rodovias, ferrovias e os limites estaduais;

b) no segundo produto, além da localização geográfica e dos elementos

relativos à própria bacia, como o seu limite e a hidrografia principal,

inseriu-se elementos da esfera político-administrativa. Foram apresentados

os limites dos municípios inseridos de forma integral ou parcialmente na

bacia hidrográfica.

II – População: resultou em 2 PI, contendo as informações sobre a população residente

na área da bacia - população total, urbana e rural e o Índice de Desenvolvimento Humano

(IDH) dos municípios, que mede o progresso de uma nação a partir de três dimensões: renda,

saúde e educação (PNUD BRASIL, 2018), e vem sendo adotado pelo Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) desde 1990.

III - Meio Físico – composto por 4 PI, com o propósito de caracterizar

fisiograficamente a área da bacia hidrográfica. As caraterísticas físicas apresentadas neste

tema são: Altitude, Relevo, Hidrogeologia e Tipos de Solo.

IV - Aspectos Quantitativos: apresentaram-se 3 PI contendo informações referentes à:

a) disponibilidade Hídrica, com dados das vazões coletadas nas estações da

rede meteorológica, dados de localização desta rede, e também das

disponibilidades das reservas de água subterrânea;

b) balanço Hídrico entre oferta e demanda;

c) precipitação, com informações de precipitação média anual, produzidos a

partir da interpolação espacial7 dos dados coletados nas estações

pluviométricas da rede hidrometeorológica.

V - Aspectos Qualitativos: deu origem a 2 PI:

7 Interpolação espacial é o processo de utilização de pontos com valores conhecidos para estimar os valores em

outros pontos desconhecidos (QGIS, 2018).

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a) qualidade das Águas Superficiais, de onde constaram os dados da rede

hidrometeorológica, com os atributos correspondentes às estações de

monitoramento de qualidade da água; as médias do Índice de Qualidade da

Água (IQA)8 medido nestas estações; os cursos d’água, localidades e o

limite da UHP;

b) qualidade das Águas Subterrâneas, com informações das medições

realizadas nos poços de monitoramento da qualidade das águas.

Constaram deste produto, dados da rede de monitoramento da qualidade

das águas subterrâneas; resultados coletados e classificados de acordo com

a Resolução CONAMA Nº 396/2008; as localidades, a hidrogeologia e o

limite da UHP.

VI – Saneamento e Abastecimento: constitui-se de 2 PI com informações sobre o

percentual de atendimento para o tratamento de esgoto e para o abastecimento de água, por

município inserido na bacia.

VII - Situação Ambiental: neste item encontram-se 2 PI:

a) o primeiro apresenta as Unidades de Conservação localizadas na área da

bacia hidrográfica, além das localidades e do limite da UHP;

b) o segundo produto contém as Áreas de Preservação Permanente (APP)

referentes a topos de morro, faixa de vegetação marginal aos corpos

hídricos, áreas do entorno de nascentes ou olhos d’água, topos de morros,

áreas com declividade superior a 45º, áreas com altitude superior a 1.800 m,

e outras que possam vir a ser declaradas como tal pelo Poder Público, dentro

das normas dos artigos 1º e 3º da lei 12.651, o chamado Código Florestal

(BRASIL, 2012) e das Resoluções CONAMA n.º 302/02 e 303/02.

VIII - Ordenamento Territorial: os produtos originados foram:

a) potenciais Poluidores instalados na área da bacia hidrográfica e entorno dos

corpos hídricos, tais como: localidades (e.g.: áreas urbanizadas, cidades e

vilas), mineração, indústrias, cemitérios, aterro sanitário, lixões, usinas,

portos, aeroportos, malha de dutos, rodovias, ferrovias e hidrovias;

b) uso e Ocupação do Solo, mapeado por meio da classificação de imagens de

satélites e contendo classes, tais como: Água, Área Descoberta, Área

8 O IQA é um índice composto por nove (9) parâmetros que refletem, principalmente, a contaminação dos corpos

hídricos ocasionada pelo lançamento de esgotos domésticos (CETESB, 2003), vem sendo utiliza no Brasil, desde

1975 e é o mais aceito entre as instituições nacionais (ANA, 2018).

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Urbana, Dunas, Lavoura Permanente, Lavoura Temporária, Mangue, Mata

Nativa, Mineração, Pastagem e Silvicultura.

IX - Usos dos Recursos Hídricos: foram gerados os seguintes produtos:

a) outorga, contendo informações de: localização, finalidade de uso, domínio,

órgão outorgante, vazão outorgada, além do percentual de distribuição dos

principais usos - demanda urbana, rural e industrial;

b) cobrança, com informações sobre a localização e identificação dos usuários

pagadores e valores arrecadados em Reais;

c) enquadramento, com a situação atual do enquadramento dos cursos d’águas e

as propostas de metas e melhorias;

d) segurança de Barragens, contendo a localização das mesmas.

X - Eventos Hidrológicos Críticos: foram gerados 3 PI:

a) secas;

b) inundações;

c) acidentes com contaminantes.

Cada um destes produtos apresentou o histórico de ocorrência de eventos por

município.

3.5 Quinta etapa – Modelo conceitual do banco de dados geográficos

A quinta etapa da metodologia aplicada neste estudo consistiu no desenvolvimento de

um produto intermediário, o Modelo Conceitual do Banco de Dados Geográficos,

representado por meio do Diagrama de Classes (APÊNDICE D). Para a elaboração do

diagrama, utilizou-se a técnica de modelagem OMT-G.

3.6 Sexta etapa – Requisitos mínimos

A sexta etapa da metodologia dedicou-se à identificação dos requisitos mínimos para 3

dos 5 Pilares do SIG (Figura 1), programas, equipamentos e profissionais. Como resultado

desta etapa, foram apresentadas as principais características dos dois programas testados, o

ArcGIS e o QGIS, equipamentos recomendados e sugestão de perfil profissional da equipe.

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3.6.1 Programas

Foram escolhidos, dentre os mais populares e bem avaliados do mercado, dois

programas de SIG. Um livre, o QGIS, e um comercial, o ArcGIS Desktop. Em seguida, foi

analisado um estudo comparativo (FRIEDRICH, 2014) entre os softwares, a fim de subsidiar

a organização na escolha do programa de SIG a ser utilizado. No referido estudo, as versões

utilizadas foram: ArcGIS for Desktop 10.2.2 e QGIS Desktop 2.6.

3.6.2 Equipamentos

A partir de informações fornecidas pelos fabricantes dos programas selecionados neste

estudo, buscou-se definir os requisitos mínimos para o bom desempenho do SIG e de suas

funções.

3.6.3 Profissionais

Delineou-se o perfil dos profissionais que irão operar o SIG, baseando-se na

especificação das funções, descritas em TOMLINSON (2013). Levou-se em consideração

adaptações necessárias para transpor-se uma metodologia elaborada em um país de primeiro

mundo, para a realidade econômica e social do Brasil.

3.7 Sétima etapa – Produtos finais

O projeto gerou 2 produtos, sendo o primeiro a presente dissertação onde foram

descritas as etapas e a metodologia utilizada para a elaboração do segundo produto, o

“Manual para planejamento de um sistema de informações geográficas (SIG) orientado à

gestão de bacias hidrográficas”. Este, encontra-se no APÊNDICE E.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Pesquisa

A pesquisa contou com duas etapas: i) entrevista; ii) questionário. Da primeira

entrevista, realizada com o Professor e coordenador do ProfÁgua, Dr. Friedrich Herms,

resultou a versão inicial do modelo do questionário, aplicado posteriormente aos outros

participantes da pesquisa. Nesta entrevista, contou-se com o apoio da colega, aluna do

ProfÁgua, Laiz Honório. Após a realização dessa entrevista, optou-se por trocar a ideia inicial

de conversas presenciais pelo envio de questionários, já que dada a extensão do tema, as

entrevistas poderiam levar muito tempo, além das dificuldades em conciliar horários e

localizações.

A pesquisa, na forma de questionário, foi divulgada para um número estimado

superior a 150 pessoas, entre alunos do Programa de Mestrado em Gestão e Regulação de

Recursos Hídricos (ProfÁgua) dos diversos polos do país onde o curso é ministrado, e outros

grupos de profissionais da área. A meta da pesquisa era obter em torno de 100 respostas,

porém não houve um grande número de pessoas que se dispuseram a responder. Os

questionários foram disponibilizados no portal de formulários Google Forms, e foram

respondidos por 34 pessoas. Dentre os que responderam, profissionais atuantes na gestão dos

recursos hídricos no país e alunos do ProfÁgua. O questionário aplicado encontra-se

reproduzido em sua íntegra no Apêndice A – Formulário aplicado na pesquisa.

4.1.1 Resultados da Pesquisa

Dos 34 pesquisados, 65%, correspondentes a 22 pessoas, responderam SIM à pergunta

“É vinculado a algum Comitê de Bacia, agência de águas, entidade delegatária ou outro órgão

gestor atuante na gestão de recursos hídricos? ”. Os 35% que responderam NÃO são alunos

do Programa de Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua).

Dentre os 22 pesquisados vinculados à gestão de recursos hídricos, 20 são membros de

Comitês de Bacias e 6 são membros de outras instituições de gestão de recursos hídricos, e 4

são membro ambos. 71% declarou utilizar algum tipo de SIG, sendo que os dois programas

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mais utilizados foram o ArcGIS com 75% das respostas, seguido do QGIS, com 65% (era

permitido marcar quantas opções desejasse, neste item).

A pesquisa foi importante para prover informações para a elaboração da MDF e da

MPI, e consequentemente do modelo conceitual do banco de dados geográficos orientado à

gestão de recursos hídricos. As respostas e notas atribuídas às classes e aos dados, pelos

pesquisados, foram utilizadas para validar e corroborar com o modelo que já estava sendo

desenvolvido com base em pesquisa feita com os planos de bacias de diferentes comitês, além

dos temas estipulados pela PNRH e também aqueles presentes no Caderno de Capacitação 8

(ANA, 2016).

Além de ter se utilizados das sugestões dadas opcionalmente pelos pesquisados ao

final de cada Grupo Temático, de onde se tirou, por exemplo, alguns temas que não haviam

sido listados nas primeiras versões do questionário.

4.2 Matriz de Dados e Fontes

A MDF foi elaborada antes da MPI, o que com o desenvolvimento do projeto

percebeu-se ter sido um engano. Segundo a metodologia de TOMLINSON (2013) a MPI deve

ser elaborada antes da MDF, pois são os produtos de informações presentes na MPI que vão

indicar quais os dados devem ser adquiridos para gerá-los.

A inversão da ordem das matrizes foi percebida a tempo, e a solução encontrada foi

criar a MPI, mesmo que depois da MDF, e então revalidar os dados presentes na MDF, com

base nos produtos descritos na MDI. Nesta etapa, ocorreu que vários dados que faziam parte

da MDF acabaram por ser eliminados da matriz, restando apenas aqueles que foram utilizados

para a construção dos produtos descritos na MDI.

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Para cada produto de informação presente na MPI, foram indicados os dados

utilizados da MDF para a construção de cada PI. Isto foi feito com a utilização de um campo

identificador (ID) utilizado em ambas as matrizes. Um exemplo desta correlação pode ser

visto na Figura 5. As matrizes completas encontram-se nos Apêndices B (MPI) e C (MDF).

Figura 5 - Exemplo de como o campo ID indica quais os dados da MDF foram

utilizados para gerar os produtos de informação da MPI.

Fonte: A autora, 2018.

4.3 Matriz de Produtos de Informação

A MPI está prevista na metodologia de TOMLINSON (2013) e foi elaborada tendo

como base dois insumos principais: i) a consulta bibliográfica; ii) os resultados da pesquisa e

do questionário. Apesar da inversão da ordem de elaboração das matrizes, já abordada no item

anterior, foi possível aproveitar muitas das informações da pesquisa, para a elaborar a MPI. O

restante resultou de uma análise cujos principais insumos foram:

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a) planos de Bacias de diferentes comitês e consórcios, alguns disponíveis em

Portais da WEB e outros adquiridos através de pessoas que participaram da

pesquisa e trabalham diretamente com tais informações;

b) os temas que a PNRH instituiu que devem constar de um Plano de Recursos

Hídricos;

c) consultas aos catálogos de metadados disponíveis na WEB na plataforma da

INDE, especialmente os da ANA;

d) o Caderno de Capacitação nº 8 da ANA (2016).

A MPI possui 10 temas e 25 produtos de informações, cada um dos produtos foi

gerado por um conjunto de dados que fazem parte da MDF e, como exemplificado na figura

6, o campo “ID” indica quais os dados da MDF foram utilizados para gerar cada PI. A MPI

está reproduzida na íntegra, no Apêndice B.

4.4 Modelo Conceitual do Banco de Dados Geográficos

A descrição do MCBDG, juntamente com seus componentes - diagrama de classes,

dicionário de dados, e o conjunto de metadados - pode ser considerada uma boa prática em

gestão do dado. Propicia a construção de uma base de dados confiáveis, com rastreabilidade

da informação. Isto possibilita não só uma melhor qualidade da base e do sistema, mas

também que o mesmo esteja preparado para o compartilhamento e a interoperabilidade.

4.4.1 Grupos Temáticos

A separação dos grupos temáticos foi feita levando-se em conta as informações que

podem ser obtidas de cada conjunto de dados. Foram consultadas divisões temáticas já

existentes, como por exemplo, aquela utilizada na ET-EDGV e as adotadas pelo IBGE em

suas bases contínuas de mapeamento, como a BC-250 e a BCIM. Foram feitas algumas

adaptações para melhor aderência ao modelo proposto neste estudo.

A divisão dos Grupos Temáticos que compõem o Modelo ficou como apresentado na

Figura 6.

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Figura 6 - Grupos temáticos do MCBDG

Fonte: A autora, 2018.

4.5 Diagrama de Classes

Define a estrutura das classes utilizadas pelo sistema, determinando os atributos e

métodos que cada classe possui. Também estabelece como as classes se relacionam e trocam

informações entre si. Um exemplo de um Diagrama de Classes criado para representar o

grupo temático de “Limites político-administrativos e Localidades”, pode ser visto na Figura 7.

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Figura 7 - Exemplo de Diagrama de Classe simplificado para o grupo temático Limites Político-

Administrativos e Localidades.

Fonte: A autora, 2018.

4.6 Dicionário de Dados

O Dicionário de Dados é uma listagem organizada de todos os itens pertinentes ao

sistema. Possui definições precisas e rigorosas para que o analista de sistemas possa conhecer

todas as entradas, saídas, componentes de depósitos e cálculos intermediários (YOURDON,

1992). Não há um padrão fechado de um modelo de dicionário de dados, mas este deve conter

um conjunto mínimo de informações, tais como: nome da classe, nome dos atributos,

domínio, tipo de campo, tamanho do campo e descrição. Um exemplo de uma tabela de

dicionário de dados utilizada na ET-EDGV (DSG, 2010) pode ser visto na Figura 8.

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Figura 8 - Exemplo de uma tabela representando a classe “Bacia Hidrográfica” em um dicionário de dados.

Código Classe Descrição Primitiva

Geométrica

1.01 Bacia_Hidrografica

Bacia Hidrográfica é o conjunto de terras

drenadas por um rio principal e seus

tributários, limitada pelo divisor de águas.

Este modelo utiliza a classificação segundo

a metodologia

Atributo Tipo Tamanho Descrição Domínio

1.01.1 Nome Alfanumérico 80

Nome

completo da

instância

A ser

preenchido

1.01.2 Codigo_Otto Inteiro -

Codificação

numérica de

bacias

hidrográficas,

fornecida pela

ANA, de

acordo com a

Res. nº 30 do

CNRH, de

2002.

A ser

preenchido

1.01.3 Nivel_Otto Inteiro -

Codificação

numérica de

bacias

hidrográficas

estratificadas

em níveis,

conforme o

Codigo_Otto.

A ser

preenchido

1.01.4 Nome_Abrev Alfanumérico 50

Nome ou

abreviatura

padronizada.

A ser

preenchido

Fonte: DSG, 2010. Adaptado pela autora, 2018.

O Dicionário de Dados referente às classes que compõem o banco de dados resultante

do modelo conceitual desenvolvido para este estudo encontra-se reproduzido na íntegra, no

Apêndice C – Matriz de Dados e Informações – Dicionário de Dados, deste documento.

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4.7 Metadados

Em informática, metadados são normalmente definidos como sendo “informações que

descrevem os dados” (CONCAR, 2009). No caso de Bancos de Dados Geográficos, o termo

“metadados” tem um sentido mais amplo, uma vez que possui informações também a respeito

da base cartográfica, tais como fonte de origem, data de aquisição, finalidade para a qual foi

gerada, dentre outras (SILVA, 2002).

Quando do estabelecimento da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE)

ficou instituído que dentre os diversos componentes de uma infraestrutura desta natureza, os

metadados são elementos centrais à dinâmica deste processo. Devido ao grande número de

instituições envolvidas na produção e na distribuição de dados geoespaciais, é necessário a

aderência a um conjunto de normas e padrões comuns. Isto tem como objetivo garantir a

interoperabilidade entre sistemas diversos, facilitando o compartilhamento dos dados entre as

diferentes instituições e organizações.

Alguns padrões internacionais normatizam o formato dos metadados. Um dos padrões

mais aceito é a norma ISO referente à informação geográfica e metadados (ISO, 2003), sendo

adotada no Brasil como base para o Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil, e que visa

um padrão universal para o armazenamento e distribuição de metadados geoespaciais.

A prática de se utilizar metadados, criando novos para os dados produzidos,

atualizando aqueles sobre dados que sofreram alterações, e o hábito de consulta-los quando da

utilização de dados geoespaciais produzidos por terceiros, também pode ser considerada uma

boa prática na gestão do dado. Sua aplicação faz parte de um círculo virtuoso de melhora

contínua da qualidade da base de dados. Tem por objetivo aumentar a confiabilidade dos

dados e consequentemente das informações produzidas, levando a decisões com maior chance

de acerto.

Na MDF (Apêndice C) há uma coluna contendo o link dos metadados dos dados

utilizados no MCBDG. Como boa parte dos dados da referida matriz foram obtidos de

instituições participantes da INDE, muitos dos metadados estão no padrão sugeridos na sua

documentação, assim como no Perfil MGB. Alguns dados possuem metadados não

estruturados, ou seja, existem informações sobre os dados, mas estas precisam ser mineradas

em documentos diversos disponibilizados pela fonte produtora. É possível para o usuário dos

dados, criar o seu próprio metadados.

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4.8 Requisitos de Programas, Equipamentos e Profissionais

Depois de se ter definido o MCBDG, já é possível estimar o volume de carga de dados

a ser trabalhado pelo sistema. A partir daí, pode-se definir qual programa computacional de

SIG mais se adequa às necessidades. Consequentemente, podem-se definir os equipamentos

necessários para suportar e possibilitar um desempenho satisfatório para o sistema.

Por último, mas não menos importante, é necessário especificarem-se as habilidades

profissionais necessárias às pessoas que irão operar o SIG.

Uma representação gráfica do fluxo da informação utilizada na gestão dos recursos

hídricos para suporte e planejamento dos processos de tomada de decisão está representada na

Figura 9.

Figura 9 - Fluxo da informação de um SIG aplicado à gestão.

Fonte: A autora, 2018.

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4.8.1 Programas de SIG

Como etapa prevista para a elaboração do Manual, produto deste estudo, foram

selecionados dois programas computacionais de SIG. Dentre os mais populares, escolheu-se

um comercial (com custo) e outro de código aberto (sem custo).

a) ArcGIS Desktop: fabricado pela empresa estadunidense ESRI.

b) Quantum GIS: programa de SIG com código aberto e licenciado sob a

Licença Pública Geral GNU9.

Apesar de ter-se selecionado o ArcGIS Desktop e o Quantum GIS (também conhecido

como QGIS) há outros programas que também podem ser utilizados como plataforma para o

SIG no formato desktop, dentre os quais podemos citar o ArcGIS PRO10GVSIG, o Global

Mapper e o IDRISI.

4.8.2 Programa livre versus comercial

Atualmente, em todas as áreas de que trabalham com informações espaciais, se lida

com o desafio de encontrarem-se soluções para o desenvolvimento que sejam menos

onerosas, buscando a sustentabilidade. Atividades voltadas para o planejamento ambiental e

ordenação do território são muito complexas e interdisciplinares, consequentemente os

planejadores precisam de ferramentas, programas de SIG, para executar as tarefas específicas

do planejamento e da toamda de decisão.

Não há um programa de SIG melhor que o outro, o que há é aquele que mais se

adequa às necessidades de cada caso. A escolha irá depender de fatores tais como o perfil dos

usuários e os recursos da organização. É importante que se tenha em mente suas necessidades

e os recursos que dispõe.

Há alguns quesitos além do valor de compra de compra e manutenção das licenças, no

caso do programa comercial, que devem ser observados para apoiar o gestor na escolha do

9 GNU é um sistema operacional tipo Unix cujo objetivo desde sua concepção é oferecer um sistema operacional

completo e totalmente composto por software livre. Fonte: https://www.gnu.org/home.pt-br.html.

10 O ArcGIS PRO é fabricado pela ESRI e atualmente é parte integrante do Desktop. Segundo o fabricante, o

PRO irá substituir o ArcGIS Desktop, que deverá ser descontinuado a partir de 2022. Fonte: http://forest-

gis.com/2017/07/esri-confirma-que-arcmap-sera-substituido-pelo-arcgis-pro.html/

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programa. Entre eles, podemos citar: funcionalidades, desempenho, suporte técnico, tempo

para a solução de problemas (ou “bugs” no jargão da informática), documentação disponível,

treinamento e base de conhecimento oferecida pelo fabricante, facilidade de instalação,

requisitos profissionais para a operação do software, disponibilidade de atualizações.

Segundo a norma ISO IEC 9126: Information Technology Software Product

Evaluation Quality characteristics and guidelines for their use (ISO, 2001) - os atributos de

qualidade de software consistem em seis características: funcionalidade, confiabilidade,

usabilidade, eficiência, capacidade de manutenção e portabilidade. Tais características,

segundo esta norma, são divididas em subcategorias ou parâmetros a serem avaliados, como

mostrado na Tabela 2.

Tabela 2 - Quadro dos Atributos de Qualidade de Software de acordo com a ISO / IEC 9126.

Funcionalidade Confiabilidade Usabilidade

Parâmetros

Aptidão Maturidade Compreensibilidade

Precisão Tolerância ao erro Aprendizagem

Interoperabilidade Recuperabilidade Operabilidade

Segurança - -

Conformidade - -

Categorias Portabilidade Sustentabilidade Eficiência

Parâmetros

Adaptabilidade Analisabilidade Tempo

Instalabilidade Estabilidade Recursos

Conformidade Testabilidade -

Comutabilidade Permutabilidade -

- - -

Fonte: FRIEDRICH, 2014. Adaptado pela autora, 2018.

FRIEDRICH (2014), buscando fornecer uma base científica que auxilie os gestores na

escolha do programa mais indicado para a suas organizações, realizou testes com os principais

fatores a serem avaliados para ajudar na tomada de decisão quanto à utilização de um

software livre, o QGIS, ou um comercial, o ArcGIS. Adicionalmente aos atributos de

qualidade definidos pela norma ISO (ISO, 2001), foram testados parâmetros próprios de um

software de SIG. Foram avaliados e testados os seguintes parâmetros: desenvolvimento e

distribuição; custos e licenças; suporte; gestão de dados; mapeamento e visualização; edição;

geoprocessamento; análise espacial; opinião de usuários; usabilidade; eficiência; portabilidade

manutenção; confiabilidade; precisão.

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FRIEDRICH (2014) realizou testes e simulações aplicados na prática no campo do

planejamento espacial, avaliando os quesitos funcionalidade, confiabilidade, usabilidade e

eficiênciada, de acordo com padrões de qualidade da norma ISO. Além disso, manutenção e

portabilidade foram analisadas separadamente. As conclusões desse estudo foram utilizadas

para embasar as recomendações do Manual de Elaboração de um Sistema de Informações

Geográficas (SIG) Orientado à Gestão de Bacias Hidrográficas, produto deste estudo.

4.8.3 Principais diferenças entre os programas ArcGIS e QGIS

Tendo como base os testes realizados com os dois programas (FRIEDRICH, 2014),

para os quesitos apresentados na Tabela 2, apresentam-se na Tabela 3 as principais diferenças

entre os dois programas nas versões analisadas, ArcGIS Desktop 10.2.2 e QGIS Desktop 2.6.

Tabela 3 - Principais diferenças entre os programas.

Principais

diferenças ArcGIS QGIS

Custo Entre 3.000 e 30.000 dólares Sem custo

Treinamento Diversos treinamentos fornecidos pelo

fabricante, sendo que muitos gratuitos.

Empresas particulares oferecem

treinamentos a custos variados

Suporte Suporte bem estruturado mediante

contrato do serviço.

O suporte depende de desenvolvedores

voluntários, sem previsão de tempo de

resposta.

Documentação Documentação completa pode ser

acessada facilmente pelo botão "Ajuda". Documentação incompleta.

Algoritmos Possui mais algoritmos prontos para o

uso.

Necessita da integração com outros

programas de código aberto para aumentar

a gama de algoritmos.

Funcionalidades Oferece um número maior de ferramentas

de análise.

Algumas funcionalidades exigem uso de

programação de códigos

Interoperabilidade

Suporta mais de 100 formatos do padrão

OGC. Utiliza uma extensão paga11 para

aumentar a interoperabilidade de formatos.

Suporta mais de 200 formatos com o uso

de uma biblioteca de código livre.

Formato de banco de

dados

Geralmente usa os formatos proprietários –

Geodatabase - ESRI Personal, File e ArcSDE

Usa Banco de dados do SpatiaLight do Open

Source e suporta PostgreSQL / PostGIS

Compatibilidade com

Sistemas Operacionais

Compatível com Sistema Operacional

Windows.

Compatível com Windows, Linux, MacOS

X, BSD e Android.

Fonte: FRIEDRICH, 2014. Adaptado pela autora, 2018.

11 A extensão Data Interoperability tem o custo anual aproximado de 5.500 dólares. Fonte: ESRI PORTUGAL,

2018.

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4.9 Resultados dos testes comparativos

Nos testes realizados entre os dois programas (FRIEDRICH, 2014) obteve os

seguintes resultados para as categorias analizadas:

a) os resultados obtidos nos testes para o quesito Acurácia demonstraram um

equilíbrio no desempenho dos dois programas sem grandes disparidades;

b) no quesito Interoperabilidade, o QGIS saiu-se melhor, já que ele usa

funcionalidades de diferentes programas Open Source – GRASS, SAGA,

Orfeu Toolbox e OSSIM e é compatível com programa de estatística R.

Enquanto o ArcGIS suporta mais de 100 formatos de dados que incluem

apenas OGC limitado, O QGIS usa a biblioteca de tradução do Open

Source GDAL12 que suporta mais de 200 formatos de vetor e raster

incluindo todos os serviços da Web comuns. Para melhorar a

interoperabilidade no ArcGIS, há uma extensão que pode ser comprada

separadamente chamada Data Interoperability, cujo valor aproximado por

licença é de 5.50013 dólares;

c) para trabalhar com arquivos vetoriais, os formatos padrão do ArcGIS são o

Geodatabase e o ESRI Shapefile;

d) para trabalhar com banco de dados, o ArcGIS geralmente usa os formatos

proprietários – Geodatabase - ESRI Personal, File e ArcSDE enquanto o

QGIS usa Banco de dados do SpatiaLight do Open Source e suporta

PostgreSQL / PostGIS;

e) no quesito Treinamento e Base de Conhecimento, o ArcGIS tem grande

vantagem, pois tem documentação completa que pode ser acessada no

botão “Ajuda” e nas próprias ferramentas;

f) na Compreensibilidade e Operabilidade ambos estão igualmente

classificados;

g) a Capacidade de Análise e Estabilidade são equivalentes nos dois, dado que

ambos os programas podem ser estendidos por meio de scripts python e os

arquivos podem ser usados em outros programas;

12 GDAL é uma biblioteca de tradutores para formatos de dados geoespaciais matriciais e vetoriais cuja licença é

disponibilizada sem custo pela Open Source Geospatial Foundation. 13 Valores atualizados obtidos em consulta à ESRI Portugal, originalmente em Euros. A conversão foi realizada

em 15 de julho de 2018, a 1, 17 dólares para cada Euro.

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h) no que diz respeito à Portabilidade, o QGIS mostrou-se superior, sendo

mais adaptável, pois tem várias ligações para outros programas;

i) a Capacidade de Instalação do QGIS também se mostrou superior por ser

possível de ser instalado em todos os sistemas operacionais mais comuns,

enquanto o ArcGIS só pode ser instalado no Windows;

j) o QGIS teve melhores resultados também no quesito Conformidade devido

ao uso de padrões abertos;

k) os testes demonstraram ainda que o QGIS tem uma clara vantagem no

quesito Manutenção, enquanto o ArcGIS ganha em Capacidade de

Adequação;

l) para os quesitos Eficiência, Confiabilidade e Usabilidade, ambos foram

considerados equivalentes;

m) o QGIS pode ser mais fácil de manusear para iniciantes, já que fornece

menos funcionalidade e, portanto, opções, mas a documentação fraca é uma

desvantagem;

n) a integração de algoritmos externos é mais complicada, sendo indicada para

usuários avançado;

o) o ArcGIS fornece mais ferramentas de análise prontas para uso do que o

QGIS.

Para cada usuário e cada caso de uso, o ArcGIS ou o QGIS será mais apropriado e é o

usuário quem terá que decidir (FRIEDRICH, 2014).

4.10 Requisitos para funcionamento do QGIS

Na documentação oficial do QGIS não foram encontradas referências a instalações

necessárias ao funcionamento do software, porém na parte do guia destinada às instalações, é

informado que o software está disponível os sistemas Windows, Linux, MacOS X, BSD e Android.

A instalação simples contém os recursos necessários para produção de mapas e

análises espaciais. Já a instalação em modo avançado proporciona a integração com outras

plataformas de programas de código aberto, principalmente o GRASS GIS (Geographic

Resources Analysis Support System), o ORFEU Toolbox e o SAGA GIS (Sistema de Análises

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Geocientíficas Automatizado). Estes programas completam as funcionalidades do QGIS

oferecendo uma maior gama de algoritmos e funções para processamento de imagens,

operações com banco de dados geográficos e análises espaciais. A escolha de qual tipo de

instalação é o mais indicado irá depender das necessidades da organização e do nível de

conhecimento dos usuários.

4.11 Programa para Sistema Gerenciador de Banco de Dados Geográficos

Os Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (SGBD) são programas especializados

em auxiliar na gerência de dados. Quando nos referimos a banco de dados, normalmente nos

referimos ao SGBD, pois o banco em si é apenas a estrutura para armazenar os dados. Toda a

inteligência está no SGBD (SAPIENZA, 2014).

O interesse pelo uso de GIS no ambiente corporativo levou ao aparecimento de

gerenciadores de dados geográficos, que armazenam tanto a geometria como os atributos dos

objetos dentro de um sistema gerenciador de bancos de dados (SGBD). As principais

vantagens desta estratégia são: (a) evitar os problemas de controle de integridade típicos do

ambiente "desktop", permitindo o acesso concorrente aos dados; (b) facilitar a integração com

as bases corporativas já existentes, como sistemas legados, que já utilizam SGBDs

relacionais. Um SGBD apresenta os dados numa visão independente dos sistemas aplicativos,

além de garantir três requisitos importantes: eficiência (acesso e modificações de grandes

volumes de dados); integridade (controle de acesso por múltiplos usuários); e persistência

(manutenção de dados por longo tempo, independentemente dos aplicativos que acessem o

dado). O uso de SGBD permite ainda realizar, com maior facilidade, a interligação de banco

de dados já existente com o sistema de Geoprocessamento (CÂMARA e QUEIROZ, 2000)

No mercado há várias opções de SGBDs que contam com a extensão que permite tais

manipulações, transformando os SGBDs em SGBD-G, ou seja, acrescentando a primitiva

geométrica. Tais programas, assim como suas extensões para dados geográficos, podem ser

do tipo proprietário, como por exemplo o Oracle e sua extensão Oracle Spatial, ou com

código livre, como o Postgre/SQL e sua extensão espacial, o PostGIS.

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4.12 Servidores de Mapas

A internet é hoje um grande canal para a disseminação de informação também para

dados geográficos. Com isto, os principais fornecedores de programas para SIG

desenvolveram aplicações para acesso e disponibilização de dados geográficos por meio da

WEB, que podem ser encontradas tanto em soluções proprietárias como em soluções de

código livre.

Existe grande diversidade no mercado, sendo que alguns dos programas mais

populares nesse setor são: o ArcGIS Server, proprietário, ou seja, a licença pode ser comprada

do fabricante, a ESRI; o MapServer e o GeoServer, estes de código livre. Todos estes

programas, com algumas diferenças entre si, trabalham com arquivos vetoriais e matriciais de

vários formatos, além de diferentes tipos de banco de dados, e disponibilizam os serviços nos

formatos do padrão OGC.

4.13 Equipamentos

Os equipamentos, ou no inglês, Hardware, são os componentes físicos de

computadores, notebooks e tablets. Constituem tanto a parte interna, formada pela placa-mãe,

disco rígido, processador, cabos, circuitos etc., como os chamados periféricos. Estes últimos

são aparelhos que enviam e recebem informações para o computador, como por exemplo:

scanner, impressora, mouse, teclado, aparelho de GPS, mesa digitalizadora etc.

Os equipamentos são um dos cinco pilares do SIG (Figura 1) e são de extrema

importância para o funcionamento e desempenho do sistema. Computadores mais potentes

podem proporcionar um melhor desempenho, demandando maior investimento financeiro.

Esta parte do planejamento do SIG, a escolha dos equipamentos, possui alguns

desafios. Além da avaliação de custo e benefício, nem sempre se encontra toda a

documentação atualizada para orientar quais os requisitos para um funcionamento que atenda

às necessidades da organização. Outra dificuldade é que as tecnologias evoluem cada vez

mais rápido, e muitas vezes uma especificação de um ou dois anos atrás já não é a melhor a

ser utilizada no presente.

Para obter requisitos atuais e confiáveis, a melhor opção é verificar as orientações do

fabricante. No caso do ArcGIS, a cada nova versão do programa, o fabricante divulga em seu

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portal na WEB as novas especificações e requisitos de hardware. Já no caso do QGIS, não foi

encontrado na documentação oficial, disponível no portal dos desenvolvedores do programa,

especificações técnicas para requisitos de hardware. Pelo senso comum e pela literatura,

entende-se que os dois programas necessitam de configurações semelhantes, já que processam

o mesmo tipo de dados. Sendo assim, para este estudo, trabalhou-se com as especificações do

fabricante ESRI.

Requisitos de hardware informados pelo fabricante (ESRI, 2018):

a) velocidade mínima da CPU (Central Processing Unit): 2,2 GHz;

recomendada: tecnologia hiperprocessamento (hyper threading technology)

ou multi-core (processador com mais de um núcleo);

b) plataforma recomendada: x86 ou x64 com extensões SSE2 (Double

Precision Streaming SIMD Extensions);

c) memória RAM mínima: 4 GB; recomendada: 8 GB;

d) propriedade de exibição de tela recomendada: profundidade de cor de 24

bits e resolução de 1024x 768;

e) resolução: adaptador gráfico com mínimo de 64 megabytes de RAM

(Random Access Memory); recomendado: 256 megabytes ou mais.

4.14 Profissionais

Para trabalhar com o SIG, requerem-se pessoas com as habilidades necessárias para

análises geográficas, para solução de problemas e com conhecimento técnico adequado. Após

a implementação do sistema na organização, o maior custo será com a equipe de profissionais

(TOMLINSON, 2013).

Pelo menos três estágios são necessários para que o SIG comece a beneficiar a organização:

planejamento, implementação e operação. Para a etapa de planejamento, é recomendado que a

equipe possua pelo menos estes perfis de profissionais mostrados na Figura 10.

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Figura 10 - Equipe de planejamento do SIG.

Fonte: TOMLINSON, 2013. Adaptado pela autora, 2018.

4.14.1 Descrição das funções e dos requisitos profissionais em diferentes cenários

Seguindo a metodologia em nove estágios (TOMLINSON, 2013), em um cenário

econômico favorável, sugere-se para a etapa de planejamento do SIG uma equipe com as

funções descritas para as etapas de planejamento e implementação.

Equipe para a etapa de planejamento:

a) gerente de projetos SIG: o cargo gerencial em SIG requer habilidades em

planejamento de SIG, desenho da arquitetura e administração do sistema.

Idealmente, o gerente deve possuir habilidades técnicas e práticas, além de

capacidade de liderança e conhecimentos em gestão de pessoas.

b) Especialista em Planejamento SIG: este profissional deve ter bastante

conhecimento dos métodos e técnicas aplicados. Deve também possuir um

bom conhecimento dos fluxos de trabalho e dos recursos da organização.

c) representantes da área de negócio: pessoa de dentro da organização, alguém

que irá utilizar um ou mais dos PI gerados pelo SIG. Esses indivíduos irão

ajudar no planejamento esclarecendo as necessidades de cada departamento.

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d) especialista técnico SIG: profissional capaz de identificar potencialidades

assim como limitações dos programas e dos recursos técnicos.

Equipe para a etapa de implementação:

a) gerente especialista em SIG: além das características descritas no cargo de

Gerente de Projetos SIG, na etapa de planejamento, este profissional irá gerir

toda a operação, coordenar funcionários e fazer a interface com a área de

negócios, implementar e manter as aplicações consistentes e responder pela

qualidade e confiabilidade do banco de dados espacial;

b) analista SIG: é responsável pelo desenvolvimento de produtos de

informação, dados e serviços. Responsável pela construção e manutenção do

SIG e pela implementação de melhorias na base de dados; auxilia na criação e

monitoramento de procedimentos para usuários; aprimoramento do sistema

de programação do software, realizando análises espaciais para projetos

especiais; responsável por rotinas de controle de qualidade;

c) técnico em SIG: Deve possuir experiência em linguagens de programação

tais como Python, Visual Studio e SQL. Este profissional será responsável

por produzir cartografia temática digital com qualidade para publicação;

compilar dados de vários formatos e origens; gerar subprodutos como relevo,

altitude, direção de fluxo de água etc.;

d) programador SIG: irá projetar, codificar e realizar a manutenção do

programa para aplicações personalizadas. Esta posição requer a habilidade de

interpretar as necessidades do usuário para a criação de aplicações úteis. Este

profissional será especialmente importante no caso do programa escolhido ser

o QGIS, que demanda um maior suporte em códigos para executar certas

funções;

e) analista ou administrador de banco de dados SIG: é responsável pela criação

de modelos de banco de dados com propriedades espaciais, voltados para a

utilização do SIG em uma organização. Tarefas típicas incluem configuração,

manutenção e ajuste do banco de dados relacional e dos dados espaciais, bem

como o desenvolvimento e manutenção da base de dados geográficos da

organização.

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f) administrador de sistemas: este profissional fornecerá aos usuários soluções

para problemas relacionados ao sistema operacional, além de executar

funções em servidores de rede.

Sugestão de equipe mínima para um cenário com menos recursos disponíveis:

Tendo em vista o cenário econômico atual do país, buscou-se também sugerir uma

equipe mínima necessária para, além de ajudar no planejamento, participar da implementação

e do seguimento da utilização do SIG na organização. Para tal, sugere-se que, dentre os papéis

descritos por TOMLINSON (2013) no “item a” deste capítulo, possa ter-se ao menos os

papéis mostrados na Figura 11, cuja descrição detalhada encontra-se no

item a etapa ii) implementação do sistema e seguimento da operação.

Figura 11 - Equipe mínima recomendada

Fonte: A autora, 2018.

4.15 Treinamento

Outro ponto muito importante quando se fala em montar uma equipe ou em

implementar uma nova tecnologia em uma organização é a questão dos treinamentos e

capacitação dos usuários finais.

É importante considerar como as pessoas dentro da organização irão utilizar o SIG. Se

irão apenas obter os produtos gerados pela equipe de SIG, ou se irão fazer consultas ou

análises de forma independente. De qualquer forma, para que o usuário final possa expressar

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melhor suas necessidades e ter visibilidade das potencialidades da ferramenta, é ideal que o

SIG seja apresentado na forma de treinamentos. Isto irá propiciar condições para que usuários

interessados nas potencialidades do SIG possam adicionar tal experiência à sua rotina

profissional, e proporcionará uma maior facilidade de comunicação entre os usuários e a

equipe responsável pelo SIG.

Existem diversas empresas que proporcionam treinamentos, tanto para o ArcGIS

quanto para o QGIS. Tais treinamentos podem inclusive ser formulados “sob medida”,

utilizando dados e exemplos da vida real da organização. Existe uma grande gama de cursos

para diversos perfis de usuários, dos iniciantes aos avançados. A escolha da grade de

treinamento pode ser feita pelo gestor e irá depender dos recursos, tanto financeiros quanto de

profissionais, e o tamanho da curva de aprendizado da equipe. Pode-se levar em conta

treinamentos voltados para a equipe do SIG e para usuários de outras áreas. Estes, não

necessitam de conhecimento profundo da ferramenta, mas poderão beneficiar-se melhor do

SIG se conhecerem suas potencialidades e souberem utilizar fluxos básicos de consulta e

visualização de dados espaciais.

É sugerido um conjunto básico de treinamento, voltado para a parte da equipe que não é

especializada em SIG, mas que irá beneficiar-se do sistema. Dos cursos oferecidos atualmente por

centros de treinamento reconhecidos, em diferentes modalidades, selecionaram-se alguns que

poderiam auxiliar na formação da equipe do SIG e dos usuários. São eles:

Introdução aos Sistemas de Informações Geográficas14

Carga horária: 40 horas; público alvo: usuários iniciantes em SIG; objetivos: capacitar

o usuário a executar as seguintes tarefas:

a) analisar e interpretar representações cartográficas;

b) manipular bases de dados em softwares de SIG, verificando a coerência dos dados;

c) integrar e editar dados cartográficos, estruturando e validando informações

provenientes de diversas fontes e em diferentes formatos;

d) identificar os métodos e os procedimentos inerentes ao projeto de SIG à

aquisição e à organização de dados geográficos;

e) administrar os dados (alfanuméricos e geográficos) de um projeto SIG;

f) realizar as principais operações de análise em dados geográficos;

14 Baseado na grade de cursos de extensão oferecidos pelo LABGIS (LABGIS, 2018) centro de treinamento em

SIG localizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

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g) validar dados, realizando consultas ao sistema, em apoio à tomada de

decisões no projeto em desenvolvimento.

Análise Espacial de Bacias Hidrográficas15

Carga horária: 24 horas; público alvo: usuários com algum conhecimento na utilização

de programa de SIG ou que tenham participado do treinamento introdutório; objetivos:

capacitar o usuário a executar uma série de análises sobre bacias hidrográficas aplicadas a

gestão de recursos hídricos, meio ambiente, energia, entre outras áreas. O usuário deverá ficar

apto a executar as seguintes tarefas:

a) gerar superfícies interpoladas do relevo a partir de dados hipsométricos;

b) delimitar bacias, sub-bacias e áreas de contribuição;

c) analisar fluxo superficial;

d) determinar drenagens;

e) hierarquizar redes de drenagem;

f) extração de parâmetros da bacia hidrográfica.

Gestão Territorial para Recursos Hídricos com Software Livre para Código Aberto16

Carga horária: 40 horas; público alvo: profissionais da área com qualquer nível de

conhecimento prévio em SIG; objetivos: Analisar os dados geográficos para gestão territorial

de recursos hídricos através de Software Livre, enfatizando o uso de ferramentas de

geoprocessamento e sensoriamento remoto, a partir de uma visão geral de suas aplicações.

Principais tópicos:

a) fundamentos da gestão territorial para recursos hídricos e caracterização de

bacias hidrográficas;

b) conceitos básicos de geoprocessamento e cartografia;

c) ferramentas e aplicação de geoprocessamento e sensoriamento remoto com

ênfase em recursos hídricos;

d) produção e manipulação de dados geográficos.

15 Baseado na grade de cursos de extensão oferecidos pelo LABGIS (LABGIS, 2018) centro de treinamento em

SIG localizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

16 Baseado no curso gratuito oferecido pelo Portal de Capacitação para Gestão das Águas, da Agência Nacional

de Águas.

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Lembrando que a medida que a utilização do SIG na organização for se solidificando,

podem surgir necessidades que justifiquem a escolha de outros treinamentos, dentre os vários

disponíveis no mercado e na academia. A organização pode, alternativamente, incentivar a troca

de conhecimento interno entre pessoas com mais habilidade na ferramenta e aquelas que podem

se beneficiar de seu uso, mas que ainda necessitam de uma curva de aprendizado maior.

Podem ser necessários também, treinamentos na área de infraestrutura, o que irá depender

tanto da escolha do programa quanto do planejamento da organização e dos recursos disponíveis.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste estudo foram identificadas e detalhadas as etapas de planejamento e criação de

um Sistema de Informações Geográficas orientado à gestão dos recursos hídricos. Para isto,

além da consulta bibliográfica, foi realizada uma pesquisa com profissionais e estudantes do

campo da gestão de recursos hídricos no Brasil.

Como este trabalho desenvolveu-se no âmbito de um mestrado profissional, o

Programa de Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua), era

esperado que gerasse, além da dissertação, um produto com aplicabilidade. Na presente

dissertação está descrita a metodologia utilizada para a escolha e definição das sugestões e

orientações descritas no manual, apresentado no Apêndice E.

O objetivo principal do estudo foi reunir em um documento, recomendações e

sugestões sobre como planejar um SIG. O público alvo são gestores de comitês de bacias e de

outras organizações, atuantes na gestão dos recursos hídricos, que ainda não possuem um SIG

estruturado.

Para exemplificar as etapas de planejamento do SIG, foi criada uma base de dados

com abrangência nacional. Optou-se por fazer desta forma, mesmo tendo em vista que tal

escala não possui o detalhamento ideal para o planejamento quando este se dá no nível de

bacias hidrográficas. Para criar esta base nacional, buscou-se encontrar pontos comuns entre

as diferentes bacias hidrográficas. Buscou-se identificar informações recorrentes nos planos

de recursos hídricos país afora e nos produtos de informação cujo objeto de estudo é todo o

território nacional (e.g.: produtos gerados pela Agência Nacional de Águas).

Entende-se que o SIG é um instrumento fundamental para diversos fins dentro da

disciplina de gestão de recursos hídricos. Constitui uma ferramenta utilizada por inúmeras

organizações pelo mundo e por mais de 1 milhão de usuários em todo mundo. O SIG pode ser

utilizado em diferentes etapas do fluxo de produção de informação. Também pode ser

utilizado para armazenar e organizar um grande volume de dados, com segurança e agilidade

na consulta. Com uso dos programas de SIG é possível transformar um conjunto de dados,

como por exemplo, uma tabela com milhares de registros, em informações úteis e de fácil

entendimento. Com o SIG é possível ainda, responder a questionamentos importantes, tais

como: onde ocorrem os fenômenos? Por que ocorrem? O que causam? Onde afetam? Como

se relacionam entre si? E ainda, identificar padrões e criar cenários. E por final, o SIG

possibilita expressar resultados e apresentá-los de forma palatável a qualquer audiência. É

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difícil, por exemplo, imaginar a elaboração e a apresentação de um plano de bacia sem a

utilização de um SIG.

Algumas organizações de GRH possuem mais recursos financeiros, oriundos

principalmente da cobrança pelo uso da água. Nestas, encontram-se alguns sistemas bem

desenvolvidos, especialmente naquelas localizadas nas regiões Sul e Sudeste. Em outras

tantas, com escassez de recursos, não há ainda um SIG estruturado. Esta falta de estrutura

pode fazer com que faltem informações para pesquisas importantes. Ou que não se

aproveitem bases de dados criadas estudos ou projetos anteriormente contratados. Por este

motivo é importante que a entidade responsável pela gestão da área possua um repositório de

dados próprio. Havendo uma base estruturada, um SIG da organização, pode-se, entre outras

finalidades, reunir bases de dados criadas por diferentes entidades, em diferentes épocas e

com focos diversos, proporcionando maior acesso à informação e melhor aproveitamento dos

recursos.

Pensar em compartilhamento e interoperabilidade quando ainda está se planejando um

SIG pode parecer um passo muito a frente, mas é importante ter-se em mente onde se quer

chegar no futuro. O objetivo presente pode ser apenas organizar a base de dados, mas sabendo

que organizações no primeiro mundo há muito já se beneficiam do compartilhamento de

informações, pode-se pensar em criar uma base sólida para, em um segundo momento,

explorar novas fronteiras, como o compartilhamento e a colaboração.

Os próximos passos podem ir em direção à preparação do banco de dados geográficos

da organização, para fazer parte de uma estrutura de dados abertos como a INDE. Nela, os

dados e as informações sobre as áreas de estudo, poderão ser consultados por qualquer

cidadão, fomentando a pesquisa e o conhecimento.

Outra tendência que pode ser seguida, nesta mesma linha, é o SIG colaborativo ou

participativo, que utiliza a tecnologia para engajar e dar voz ao cidadão comum, fazendo com

que o processo decisório não fique restrito às esferas políticas. Este tema, o uso da tecnologia

para engajamento da sociedade, foi recorrente no 8º Fórum Mundial da Água, realizado no

Brasil, em 2018.

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74

APÊNDICE A - Formulário Aplicado na Pesquisa

Tabela 1. Formulário aplicado na pesquisa – Parte 1 – Informações profissionais

Carimbo de

data/hora da

resposta

1) É Vinculado a

algum Comitê de

Bacia, agência de

águas, entidade

delegatária ou

outro órgão gestor

atuante na gestão

de recursos

hídricos?

3) Com que tipo de

informação trabalha (na

gestão de recursos

hídricos)? Marque todas as

que se aplicam.

Se

respondeu

"outros" na

pergunta

anterior,

qual/quais?

4) Como as informações são

armazenadas? Marque todas

as que se aplicam.

5) Conhece

Sistema de

Informações

Geográficas

(SIG)?

6)

Utiliza

SIG?

7) Se

respondeu

"sim" à

pergunta

anterior,

qual/quais

programa

(s)? Marque

todos que se

aplicam.

Se

respondeu

"Outros" à

pergunta

anterior,

qual/quais?

12/8/2017

19:48:55 Sim

Regulação de segurança de

barragens, Fiscalização de

uso dos recursos hídricos e

de segurança de barragens

- Planilhas digitais (e.g.: excel,

libre office) Sim Sim QGIS, Spring -

12/8/2017

20:02:15 Sim

Plano de Recursos Hídricos,

Participação dos Municípios

Trabalho na

efetivação da

participação

dos

municípios

no Comitê de

Bacia

Online (i.e.: websites, cadastro

online), Sistema online Sim Sim QGIS -

12/8/2017

20:48:12 Não

Enquadramento, Plano de

Recursos Hídricos, Gestão

administrativa e financeira,

Gestão da informação em

recursos hídricos, Educação,

capacitação, comunicação e

participação social, Mediação

e arbitragem de conflitos,

Cobrança pelo uso da água,

Monitoramento hidrológico e

de eventos críticos

-

Planilhas digitais (e.g.: excel,

libre office), Online (i.e.:

websites, cadastro online),

Sistema online, Sistema local

(instalado no computador),

Arquivos digitais diversos (e.g.:

fotos, *.pdf, *.doc, *xls), Banco

de dados (online, dados

armazenados em nuvem),

Banco de dados local (dados

armazenados no servidor),

Sistema de Informações

Geográficas (SIG),

Sim Não - -

Page 77: Universidade do Estado do Rio de Janeiro · 2019-01-10 · Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área

75

Carimbo de

data/hora da

resposta

1) É Vinculado a

algum Comitê de

Bacia, agência de

águas, entidade

delegatária ou

outro órgão

gestor atuante na

gestão de

recursos

hídricos?

3) Com que tipo de

informação trabalha (na

gestão de recursos

hídricos)? Marque todas as

que se aplicam.

Se

respondeu

"outros"

na

pergunta

anterior,

qual/quais?

4) Como as informações

são armazenadas? Marque

todas as que se aplicam.

5) Conhece

Sistema de

Informações

Geográficas

(SIG)?

6) Utiliza

SIG?

7) Se

respondeu

"sim" à

pergunta

anterior,

qual/quais

programa (s)?

Marque todos

que se

aplicam.

Se

respondeu

"Outros" à

pergunta

anterior,

qual/quais?

12/8/2017

21:01:39 Não Outorga -

Planilhas digitais (e.g.:

excel, libre office), Sistema

local (instalado no

computador), Papéis

impressos, Pastas e

diretórios no computador

Sim Sim QGIS, ArcGIS -

12/8/2017

21:05:13 Sim

Enquadramento, Plano de

Recursos Hídricos, Gestão

administrativa e financeira,

Gestão da informação em

recursos hídricos, Educação,

capacitação, comunicação e

participação social,

Mediação e arbitragem de

conflitos, Cobrança pelo uso

da água, Monitoramento

hidrológico e de eventos

críticos, Comunicação ou

Assessoria de imprensa

-

Planilhas digitais (e.g.:

excel, libre office), Online

(i.e.: websites, cadastro

online), Sistema online,

Sistema local (instalado no

computador), Arquivos

digitais diversos (e.g.: fotos,

*.pdf, *.doc, *xls), Banco de

dados (online, dados

armazenados em nuvem),

Banco de dados local (dados

armazenados no servidor),

Sistema de Informações

Geográficas (SIG), Papéis

impressos, Pastas e diretórios

no computador

Sim Sim QGIS, Spring -

12/8/2017

21:21:22 Não

Plano de Recursos Hídricos,

Educação, capacitação,

comunicação e participação

social, Monitoramento

hidrológico e de eventos

Banco de dados local (dados

armazenados no servidor),

Sistema de Informações

Geográficas (SIG)

Sim Sim

QGIS,

ArcGIS,

Spring, Envi

-

Page 78: Universidade do Estado do Rio de Janeiro · 2019-01-10 · Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área

76

Carimbo de

data/hora da

resposta

1) É Vinculado a

algum Comitê de

Bacia, agência de

águas, entidade

delegatária ou

outro órgão

gestor atuante na

gestão de recursos

hídricos?

3) Com que tipo de

informação trabalha (na

gestão de recursos

hídricos)? Marque todas

as que se aplicam.

Se respondeu

"outros" na

pergunta

anterior,

qual/quais?

4) Como as informações

são armazenadas?

Marque todas as que se

aplicam.

5) Conhece

Sistema de

Informações

Geográficas

(SIG)?

6) Utiliza

SIG?

7) Se respondeu

"sim" à

pergunta

anterior,

qual/quais

programa (s)?

Marque todos

que se aplicam.

Se

respondeu

"Outros" à

pergunta

anterior,

qual/quais?

12/8/2017

19:48:55 Sim

Regulação de segurança

de barragens, Fiscalização

de uso dos recursos

hídricos e de segurança

de barragens

- Planilhas digitais (e.g.:

excel, libre office) Sim Sim QGIS, Spring -

12/8/2017

20:02:15 Sim

Plano de Recursos

Hídricos, Participação dos

Municípios

Trabalho na

efetivação da

participação

dos

municípios no

Comitê de

Bacia

Online (i.e.: websites,

cadastro online), Sistema

online

Sim Sim QGIS -

12/8/2017

20:48:12 Não

Enquadramento, Plano de

Recursos Hídricos,

Gestão administrativa e

financeira, Gestão da

informação em recursos

hídricos, Educação,

capacitação, comunicação

e participação social,

Mediação e arbitragem de

conflitos, Cobrança pelo

uso da água,

Monitoramento

hidrológico e de eventos

críticos

-

Planilhas digitais (e.g.:

excel, libre office), Online

(i.e.: websites, cadastro

online), Sistema online,

Sistema local (instalado no

computador), Arquivos

digitais diversos (e.g.:

fotos, *.pdf, *.doc, *xls),

Banco de dados (online,

dados armazenados em

nuvem), Banco de dados

local (dados armazenados

no servidor), Sistema de

Informações Geográficas

(SIG), Papéis impressos,

Pastas e diretórios no

computador

Sim Não - -

Page 79: Universidade do Estado do Rio de Janeiro · 2019-01-10 · Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área

77

Carimbo de

data/hora da

resposta

1) É Vinculado a

algum Comitê de

Bacia, agência de

águas, entidade

delegatária ou

outro órgão gestor

atuante na gestão

de recursos

hídricos?

3) Com que tipo de

informação trabalha (na

gestão de recursos

hídricos)? Marque todas

as que se aplicam.

Se respondeu

"outros" na

pergunta

anterior,

qual/quais?

4) Como as informações

são armazenadas?

Marque todas as que se

aplicam.

5) Conhece

Sistema de

Informações

Geográficas

(SIG)?

6) Utiliza

SIG?

7) Se respondeu

"sim" à

pergunta

anterior,

qual/quais

programa (s)?

Marque todos

que se aplicam.

Se

respondeu

"Outros" à

pergunta

anterior,

qual/quais?

12/8/2017

21:35:35 Não

Gestão da informação em

recursos hídricos

Sistema de Informações

Geográficas (SIG) Sim Sim QGIS, Ni Kosmo

12/9/2017

16:45:09 Não

Educação, capacitação,

comunicação e

participação social,

Monitoramento

hidrológico e de eventos

críticos, Pesquisa

Pesquisa

através do

monitoramento

de nascentes

hidrográficas

Planilhas digitais (e.g.:

excel, libre office), Banco

de dados local (dados

armazenados no servidor),

Sistema de Informações

Geográficas (SIG), Pastas e

diretórios no computador

Sim Sim QGIS -

12/9/2017

18:05:36 Sim

Fiscalização de uso dos

recursos hídricos e de

segurança de barragens,

Outorgas

Outorgas e

fiscalização de

uso dos

recursos

hídricos

Planilhas digitais (e.g.:

excel, libre office), Banco

de dados local (dados

armazenados no servidor)

Sim Sim QGIS, MapInfo -

12/9/2017

21:50:36 Não

Plano de Recursos

Hídricos, Gestão

administrativa e

financeira, Gestão da

informação em recursos

hídricos, Mediação e

arbitragem de conflitos,

Cobrança pelo uso da

água, Regulação de

segurança de barragens,

Monitoramento

hidrológico e de eventos

críticos, Comunicação ou

Assessoria de imprensa

-

Planilhas digitais (e.g.:

excel, libre office), Online

(i.e.: websites, cadastro

online), Sistema online,

Sistema local (instalado no

computador), Arquivos

digitais diversos (e.g.: fotos,

*.pdf, *.doc, *xls), Banco

de dados (online, dados

armazenados em nuvem),

Banco de dados local (dados

armazenados no servidor),

Sistema de Informações

Geográficas (SIG), Papéis

impressos, Pastas e

diretórios no computador

Sim Sim QGIS, ArcGIS,

Spring -

Page 80: Universidade do Estado do Rio de Janeiro · 2019-01-10 · Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área

78

Carimbo de

data/hora

da resposta

1) É Vinculado a

algum Comitê de

Bacia, agência de

águas, entidade

delegatária ou outro

órgão gestor atuante

na gestão de recursos

hídricos?

3) Com que tipo de

informação trabalha

(na gestão de recursos

hídricos)? Marque

todas as que se

aplicam.

Se

respondeu

"outros" na

pergunta

anterior,

qual/quais?

4) Como as informações são

armazenadas? Marque todas as

que se aplicam.

5) Conhece

Sistema de

Informações

Geográficas

(SIG)?

6) Utiliza

SIG?

7) Se respondeu

"sim" à

pergunta

anterior,

qual/quais

programa (s)?

Marque todos

que se aplicam.

Se

respondeu

"Outros" à

pergunta

anterior,

qual/quais

?

12/11/2017

14:24:07 Sim

Gestão da informação em

recursos hídricos,

Monitoramento

hidrológico e de eventos

críticos

-

Online (i.e.: websites, cadastro

online), Sistema online, Banco de

dados (online, dados armazenados

em nuvem), Sistema de

Informações Geográficas (SIG)

Sim Sim

QGIS, ArcGIS,

MapInfo,

Spring, Envi,

Erdas

-

12/11/2017

15:20:02 Sim

Plano de Recursos

Hídricos, Gestão da

informação em recursos

hídricos, Educação,

capacitação,

comunicação e

participação social,

Mediação e arbitragem

de conflitos, Cobrança

pelo uso da água,

Monitoramento

hidrológico e de eventos

críticos, Comunicação ou

Assessoria de imprensa

-

Planilhas digitais (e.g.: excel, libre

office), Online (i.e.: websites,

cadastro online), Sistema online,

Arquivos digitais diversos (e.g.:

fotos, *.pdf, *.doc, *xls), Sistema

de Informações Geográficas (SIG),

Papéis impressos, Pastas e

diretórios no computador

Sim Não - -

12/11/2017

17:14:51 Sim

Enquadramento, Plano

de Recursos Hídricos,

Educação, capacitação,

comunicação e

participação social,

qualidade da água

-

Planilhas digitais (e.g.: excel, libre

office), Online (i.e.: websites, cadastro

online), Sistema online, Sistema local

(instalado no computador), Arquivos

digitais diversos (e.g.: fotos, *.pdf,

*.doc, *xls), Banco de dados (online,

dados armazenados em nuvem),

Banco de dados local (dados

armazenados no servidor), Sistema de

Informações Geográficas (SIG),

Pastas e diretórios no computador

Sim Sim ArcGIS -

Page 81: Universidade do Estado do Rio de Janeiro · 2019-01-10 · Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área

79

Carimbo de

data/hora

da resposta

1) É Vinculado a

algum Comitê de

Bacia, agência de

águas, entidade

delegatária ou

outro órgão gestor

atuante na gestão

de recursos

hídricos?

3) Com que tipo de

informação trabalha (na

gestão de recursos

hídricos)? Marque todas as

que se aplicam.

Se respondeu

"outros" na

pergunta

anterior,

qual/quais?

4) Como as

informações são

armazenadas? Marque

todas as que se

aplicam.

5) Conhece

Sistema de

Informações

Geográficas

(SIG)?

6) Utiliza

SIG?

7) Se

respondeu

"sim" à

pergunta

anterior,

qual/quais

programa (s)?

Marque todos

que se aplicam.

Se

respondeu

"Outros" à

pergunta

anterior,

qual/quais?

12/11/2017

20:34:27 Sim

Educação, capacitação,

comunicação e participação

social

-

Arquivos digitais

diversos (e.g.: fotos,

*.pdf, *.doc, *xls)

Sim Não - -

12/12/2017

7:15:41 Sim

Enquadramento, Plano de

Recursos Hídricos, Gestão

administrativa e financeira,

Gestão da informação em

recursos hídricos, Educação,

capacitação, comunicação e

participação social,

Mediação e arbitragem de

conflitos, Cobrança pelo uso

da água, Regulação de

segurança de barragens,

Monitoramento hidrológico

e de eventos críticos,

Comunicação ou Assessoria

de imprensa

-

Planilhas digitais (e.g.:

excel, libre office),

Banco de dados (online,

dados armazenados em

nuvem), Banco de dados

local (dados

armazenados no

servidor), Sistema de

Informações

Geográficas (SIG),

Papéis impressos, Pastas

e diretórios no

computador

Sim Sim ArcGIS -

12/12/2017

13:05:43 Sim

Plano de Recursos Hídricos,

Gestão da informação em

recursos hídricos, Educação,

capacitação, comunicação e

participação social,

Mediação e arbitragem de

conflitos

-

Arquivos digitais

diversos (e.g.: fotos,

*.pdf, *.doc, *xls),

Banco de dados (online,

dados armazenados em

nuvem), Pastas e

diretórios no

computador

Sim Não ArcGIS -

Page 82: Universidade do Estado do Rio de Janeiro · 2019-01-10 · Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área

80

Carimbo de

data/hora

da resposta

1) É Vinculado

a algum Comitê

de Bacia,

agência de

águas, entidade

delegatária ou

outro órgão

gestor atuante

na gestão de

recursos

hídricos?

3) Com que tipo de

informação trabalha (na

gestão de recursos hídricos)?

Marque todas as que se

aplicam.

Se respondeu

"outros" na

pergunta

anterior,

qual/quais?

4) Como as

informações são

armazenadas? Marque

todas as que se

aplicam.

5) Conhece

Sistema de

Informações

Geográficas

(SIG)?

6) Utiliza

SIG?

7) Se respondeu

"sim" à

pergunta

anterior,

qual/quais

programa (s)?

Marque todos

que se aplicam.

Se

respondeu

"Outros" à

pergunta

anterior,

qual/quais?

12/12/2017

13:22:24 Não

Enquadramento, Plano de

Recursos Hídricos, Educação,

capacitação, comunicação e

participação social

-

Planilhas digitais (e.g.:

excel, libre office), Sistema

local (instalado no

computador), Arquivos

digitais diversos (e.g.: fotos,

*.pdf, *.doc, *xls), Papéis

impressos, Pastas e

diretórios no computador

Sim Sim ArcGIS -

12/13/2017

12:06:40 Sim

Plano de Recursos Hídricos,

Educação, capacitação,

comunicação e participação

social

-

Planilhas digitais (e.g.:

excel, libre office),

Sistema local (instalado

no computador), Papéis

impressos, Pastas e

diretórios no computador

Não Não - -

12/14/2017

14:24:48 Sim

Enquadramento, Plano de

Recursos Hídricos, Cobrança

pelo uso da água, Questões

legais

Questões legais

Arquivos digitais diversos

(e.g.: fotos, *.pdf, *.doc,

*xls), Pastas e diretórios no

computador

Não Não - -

12/14/2017

14:48:07 Sim

Enquadramento, Plano de

Recursos Hídricos, Gestão da

informação em recursos hídricos,

Educação, capacitação,

comunicação e participação

social, Mediação e arbitragem de

conflitos, Cobrança pelo uso da

água, Monitoramento

hidrológico e de eventos críticos

-

Planilhas digitais (e.g.:

excel, libre office),

Online (i.e.: websites,

cadastro online), Sistema

online

Sim Sim QGIS, ArcGIS -

Page 83: Universidade do Estado do Rio de Janeiro · 2019-01-10 · Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área

81

Carimbo de

data/hora

da resposta

1) É Vinculado a

algum Comitê de

Bacia, agência de

águas, entidade

delegatária ou

outro órgão gestor

atuante na gestão

de recursos

hídricos?

3) Com que tipo de

informação trabalha

(na gestão de

recursos hídricos)?

Marque todas as que

se aplicam.

Se respondeu "outros"

na pergunta anterior,

qual/quais?

4) Como as informações

são armazenadas?

Marque todas as que se

aplicam.

5) Conhece

Sistema de

Informações

Geográficas

(SIG)?

6) Utiliza

SIG?

7) Se

respondeu

"sim" à

pergunta

anterior,

qual/quais

programa (s)?

Marque todos

que se aplicam.

Se

respondeu

"Outros" à

pergunta

anterior,

qual/quais?

12/14/2017

14:57:44 Não

Gestão da informação em

recursos hídricos,

Educação, capacitação,

comunicação e

participação social,

Monitoramento

hidrológico e de eventos

críticos

-

Planilhas digitais (e.g.: excel,

libre office), Arquivos digitais

diversos (e.g.: fotos, *.pdf,

*.doc, *xls), Sistema de

Informações Geográficas

(SIG), Pastas e diretórios no

computador

Sim Sim QGIS, ArcGIS,

Spring, Erdas -

12/14/2017

15:35:33 Não

Outorga de Direito de

Uso; Avaliação da

Qualidade da Água

Subterrânea

Outorga de Direito de

Uso; Avaliação da

Qualidade da Água

Subterrânea

Planilhas digitais (e.g.: excel,

libre office), Sistema local

(instalado no computador),

Arquivos digitais diversos

(e.g.: fotos, *.pdf, *.doc,

*xls), Banco de dados local

(dados armazenados no

servidor), Papéis impressos,

Pastas e diretórios no

computador

Sim Sim QGIS -

12/15/2017

7:03:02 Sim

Enquadramento, Plano

de Recursos Hídricos,

Gestão administrativa e

financeira, Mediação e

arbitragem de conflitos,

Cobrança pelo uso da

água

-

Planilhas digitais (e.g.:

excel, libre office), Online

(i.e.: websites, cadastro

online), Arquivos digitais

diversos (e.g.: fotos, *.pdf,

*.doc, *xls), Papéis

impressos, Pastas e

diretórios no computador

Sim Sim - -

Page 84: Universidade do Estado do Rio de Janeiro · 2019-01-10 · Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área

82

Carimbo de

data/hora

da resposta

1) É Vinculado a

algum Comitê de

Bacia, agência de

águas, entidade

delegatária ou

outro órgão

gestor atuante na

gestão de

recursos

hídricos?

3) Com que tipo de

informação trabalha (na

gestão de recursos

hídricos)? Marque todas

as que se aplicam.

Se respondeu

"outros" na

pergunta

anterior,

qual/quais?

4) Como as informações são

armazenadas? Marque

todas as que se aplicam.

5) Conhece

Sistema de

Informações

Geográficas

(SIG)?

6) Utiliza

SIG?

7) Se respondeu

"sim" à

pergunta

anterior,

qual/quais

programa (s)?

Marque todos

que se aplicam.

Se

respondeu

"Outros" à

pergunta

anterior,

qual/quais?

12/18/2017

16:06:34 Não

Gestão da informação em

recursos hídricos,

Educação, capacitação,

comunicação e participação

social, Monitoramento

hidrológico e de eventos

críticos

-

Planilhas digitais (e.g.: excel,

libre office), Arquivos digitais

diversos (e.g.: fotos, *.pdf,

*.doc, *xls), Sistema de

Informações Geográficas

(SIG), Pastas e diretórios no

computador

Sim Sim QGIS, ArcGIS,

MapInfo -

12/21/2017

5:37:35 Sim

Plano de Recursos

Hídricos, Gestão da

informação em recursos

hídricos, Educação,

capacitação, comunicação e

participação social

-

Sistema local (instalado no

computador), Arquivos digitais

diversos (e.g.: fotos, *.pdf,

*.doc, *xls), Sistema de

Informações Geográficas (SIG)

Sim Sim QGIS -

4/22/2018

10:11:22 Sim

Enquadramento, Plano de

Recursos Hídricos, Gestão

administrativa e financeira,

Gestão da informação em

recursos hídricos,

Mediação e arbitragem de

conflitos, Cobrança pelo

uso da água,

Monitoramento hidrológico

e de eventos críticos,

Articulação

Articulação

Planilhas digitais (e.g.: excel,

libre office), Online (i.e.:

websites, cadastro online),

Sistema online, Sistema local

(instalado no computador),

Arquivos digitais diversos

(e.g.: fotos, *.pdf, *.doc, *xls),

Banco de dados (online, dados

armazenados em nuvem),

Banco de dados local (dados

armazenados no servidor),

Sistema de Informações

Geográficas (SIG), Papéis

impressos, Pastas e diretórios

no computador

Sim Não - -

Page 85: Universidade do Estado do Rio de Janeiro · 2019-01-10 · Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área

83

Carimbo

de

data/hora

da resposta

1) É Vinculado

a algum Comitê

de Bacia,

agência de

águas, entidade

delegatária ou

outro órgão

gestor atuante

na gestão de

recursos

hídricos?

3) Com que tipo de

informação trabalha (na

gestão de recursos hídricos)?

Marque todas as que se

aplicam.

Se

respondeu

"outros" na

pergunta

anterior,

qual/quais?

4) Como as informações

são armazenadas?

Marque todas as que se

aplicam.

5) Conhece

Sistema de

Informações

Geográficas

(SIG)?

6) Utiliza

SIG?

7) Se respondeu

"sim" à

pergunta

anterior,

qual/quais

programa (s)?

Marque todos

que se aplicam.

Se

respondeu

"Outros" à

pergunta

anterior,

qual/quais?

4/22/2018

10:39:07 Sim

Plano de Recursos Hídricos,

Gestão da informação em

recursos hídricos

-

Arquivos digitais diversos

(e.g.: fotos, *.pdf, *.doc,

*xls), Sistema de Informações

Geográficas (SIG)

Sim Sim ArcGIS -

4/22/2018

10:56:02 Sim

Enquadramento, Plano de

Recursos Hídricos, Gestão

administrativa e financeira

-

Sistema online, Arquivos

digitais diversos (e.g.: fotos,

*.pdf, *.doc, *xls), Papéis

impressos

Sim Não - -

4/22/2018

11:10:59 Sim

Educação, capacitação,

comunicação e participação

social, Mediação e arbitragem de

conflitos

-

Sistema local (instalado no

computador), Arquivos digitais

diversos (e.g.: fotos, *.pdf,

*.doc, *xls), Papéis impressos

Sim Não - -

4/22/2018

15:34:46 Sim

Plano de Recursos Hídricos,

Gestão administrativa e

financeira, Gestão da informação

em recursos hídricos, Educação,

capacitação, comunicação e

participação social

-

Planilhas digitais (e.g.: excel,

libre office), Sistema online,

Arquivos digitais diversos

(e.g.: fotos, *.pdf, *.doc,

*xls), Banco de dados

(online, dados armazenados

em nuvem), Banco de dados

local (dados armazenados no

servidor), Sistema de

Informações Geográficas

(SIG), Papéis impressos

Sim Sim QGIS, ArcGIS -

4/22/2018

16:00:26 Sim

Gestão administrativa e

financeira -

Sistema online, Arquivos

digitais diversos (e.g.: fotos,

*.pdf, *.doc, *xls)

Sim Não - -

Page 86: Universidade do Estado do Rio de Janeiro · 2019-01-10 · Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área

84

Carimbo de

data/hora da

resposta

1) É Vinculado a

algum Comitê de

Bacia, agência de

águas, entidade

delegatária ou outro

órgão gestor atuante

na gestão de recursos

hídricos?

3) Com que tipo de

informação

trabalha (na gestão

de recursos

hídricos)? Marque

todas as que se

aplicam.

Se respondeu

"outros" na

pergunta

anterior,

qual/quais?

4) Como as

informações são

armazenadas?

Marque todas as

que se aplicam.

5) Conhece

Sistema de

Informações

Geográficas

(SIG)?

6) Utiliza

SIG?

7) Se respondeu

"sim" à pergunta

anterior,

qual/quais

programa (s)?

Marque todos

que se aplicam.

Se

respondeu

"Outros" à

pergunta

anterior,

qual/quais?

4/22/2018

16:13:55 Sim

Educação,

capacitação,

comunicação e

participação social

-

Sistema local

(instalado no

computador)

Sim Sim ArcGIS -

4/22/2018

16:25:44 Não

Plano de Recursos

Hídricos, Gestão

administrativa e

financeira, Gestão da

informação em

recursos hídricos,

Educação,

capacitação,

comunicação e

participação social,

Mediação e

arbitragem de

conflitos

-

Planilhas digitais

(e.g.: excel, libre

office), Online (i.e.:

websites, cadastro

online), Sistema local

(instalado no

computador),

Arquivos digitais

diversos (e.g.: fotos,

*.pdf, *.doc, *xls),

Banco de dados

(online, dados

armazenados em

nuvem), Banco de

dados local (dados

armazenados no

servidor), Sistema de

Informações

Geográficas (SIG),

Papéis impressos

Sim Sim QGIS, ArcGIS -

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85

Tabela 2 - Formulário aplicado na pesquisa – parte 2 – nota de importância

1.1. Terra Indígena 1.2. Território

Quilombola 1.3. Reserva Legal

1.4. Áreas restritas (e.g.: área militar,

áreas tombadas, entorno de usina

nuclear, área de segurança nacional etc)

1.5. APPs (i.e.: nascentes,

faixa marginal, topo de

morro, declividade)

1.6. Unidades de

Conservação

Não sei dizer 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 0 – nenhuma importância 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 2 – média importância 4 – alta importância 2 – média importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 2 – média importância 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 1 – baixa importância 4 – alta importância 4 – alta importância

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância

Não sei dizer 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

Não sei dizer 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 4 – alta importância

1 – baixa importância 1 – baixa importância 4 – alta importância 1 – baixa importância 4 – alta importância 4 – alta importância

3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 5 - fundamental 0 – nenhuma importância 5 - fundamental 5 - fundamental

0 – nenhuma importância 1 – baixa importância 3 – importante 1 – baixa importância 4 – alta importância 4 – alta importância

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância

4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância

0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância

2 – média importância 0 – nenhuma importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

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86

2.1. Limites Político-administrativos 2.2. Limites das bacias, sub-bacias e microbacias 2.3. Limites das Regiões Hidrográficas

3 – importante

3 – importante

5 – fundamental

3 – importante

4 – alta importância

5 – fundamental

4 – alta importância

2 – média importância

3 – importante

3 – importante

3 – importante

3 – importante

5 – fundamental

5 – fundamental

5 – fundamental

5 – fundamental

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

2 – média importância 4 – alta importância 4 – alta importância

3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância

2 – média importância 5 - fundamental 2 – média importância

5 – fundamental 5 - fundamental 2 – média importância

2 – média importância 5 - fundamental 2 – média importância

3 – importante 5 - fundamental 1 – baixa importância

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 5 - fundamental 1 – baixa importância

4 – alta importância 4 – alta importância 1 – baixa importância

Não sei dizer 4 – alta importância 1 – baixa importância

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87

3.1. Vias Terrestres 3.2. Vias Aquáticas

(i.e.: hidrovias)

3.3. Dutos (i.e.:

oleodutos, gasodutos,

polidutos)

3.4. Aeroportos 3.5. Pistas de pouso 3.6. Portos

3.7. Obras de engenharia

(e.g.: pontes, diques,

canais, polderes, viadutos,

túneis etc)

1 – baixa importância 3 – importante 3 – importante 1 – baixa importância 1 – baixa importância 3 – importante

4 – alta importância 5 - fundamental 3 – importante 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 3 – importante

3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 2 – média importância 1 – baixa importância 3 – importante

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante

5 - fundamental 5 - fundamental 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância

5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

2 – média importância 3 – importante 2 – média importância 2 – média importância 2 – média importância 2 – média importância

3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 1 – baixa importância 1 – baixa importância 3 – importante

4 – alta importância 1 – baixa importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental

4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância

4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância 2 – média importância 2 – média importância 3 – importante

5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante Não sei dizer 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

2 – média importância 3 – importante 4 – alta importância 2 – média importância 2 – média importância 3 – importante 3 – importante

4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 2 – média importância

4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância

4 – alta importância 2 – média importância 3 – importante 3 – importante 1 – baixa importância 2 – média importância 3 – importante

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 2 – média importância

5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

3 – importante 1 – baixa importância 4 – alta importância 1 – baixa importância 1 – baixa importância 1 – baixa importância 1 – baixa importância

4 – alta importância 0 – nenhuma importância 4 – alta importância 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 3 – importante 3 – importante

3 – importante 3 – importante 2 – média importância 1 – baixa importância 1 – baixa importância 3 – importante 3 – importante

2 – média importância 3 – importante 3 – importante 2 – média importância 2 – média importância 3 – importante 2 – média importância

4 – alta importância 0 – nenhuma importância 1 – baixa importância 0 – nenhuma importância 1 – baixa importância 0 – nenhuma importância 1 – baixa importância

5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 1 – baixa importância

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante

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88

4.1. Pontos turísticos (e.g.: cachoeiras,

áreas destinadas ao lazer e visitação) 4.2. Linhas de Transmissão

4.3. Usinas geradoras de energia (i.e.:

hidrelétrica, termelétrica, eólica,

fotovoltaica, nuclear)

4.4. Localização das barragens

3 – importante 3 – importante 2 – média importância 4 – alta importância

3 – importante 3 – importante Não sei dizer 5 - fundamental

4 – alta importância 2 – média importância 2 – média importância 5 - fundamental

5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental

5 - fundamental 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância 0 – nenhuma importância

3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância

4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância

5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante

2 – média importância 2 – média importância 1 – baixa importância 3 – importante

4 – alta importância 2 – média importância 3 – importante 3 – importante

5 - fundamental 2 – média importância 3 – importante 4 – alta importância

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental

5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância

3 – importante 2 – média importância 3 – importante 4 – alta importância

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

2 – média importância 2 – média importância 4 – alta importância 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental

4 – alta importância 3 – importante 2 – média importância 3 – importante

2 – média importância 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância

2 – média importância 3 – importante 4 – alta importância 2 – média importância

2 – média importância 1 – baixa importância 3 – importante 5 - fundamental

3 – importante 2 – média importância 3 – importante 3 – importante

2 – média importância 5 - fundamental 0 – nenhuma importância 4 – alta importância

3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância

4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante

Não sei dizer 2 – média importância 5 - fundamental 5 - fundamental

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5.1. Estações de Medição

Hidrometeorológicas

(fluviométrica e

pluviométrica)

5.2. Pontos de Medição

qualidade da água

5.3. Índice de Qualidade das

Águas (IQA)

5.4. Resultados das coletas de amostras por Ponto de

Medição (i.e.: parâmetros físico-químicos: oxigênio

dissolvido, coliformes termotolerantes, PH, DBO,

temperatura da água, nitrogênio total, fósforo total,

turbidez, resíduo total)

5.5. Caracterização das

vazões (i.e.: média,

anual, dos cursos

d'água, dos pontos de

coleta)

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante

5 - fundamental 5 – fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

5 - fundamental 3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental

4 – alta importância 5 – fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 – fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância

4 – alta importância 5 – fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

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90

6.1. Rede de

Abastecimento

(i.e.:malha de rede e

vazões)

6.2. Pontos de

entrega e de

recepção de água

6.3. Estações de

tratamento de água 6.4. Reservatórios

6.5. Cadastro de

usuários

6.6. Mapa das

Outorgas (i.e.:

Outorgas e volumes

outorgados nos

pontos de captação)

6.7. Rede de efluentes

(i.e.: malha da rede

de esgoto e águas

pluviais e vazões

suportadas)

6.8. Estações de

tratamento de

efluentes

3 – importante 1 – baixa importância 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância 3 – importante

5 - fundamental 2 – média importância 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 0 - nenhuma importância 0 - nenhuma importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 2 – média importância

5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 2 – média importância 2 – média importância 3 – importante 4 – alta importância

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental

3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância

5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 3 – importante

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

2 – média importância 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 1 – baixa importância

4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância

2 – média importância 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 2 – média importância 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

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7.1. Potenciais

Poluidores

7.2. Zoneamento

Ecológico Econômico

7.3. Uso e Ocupação do

Solo 7.4. População Residente

7.5. Densidade

Demográfica

7.6. Índice de

Desenvolvimento Humano

Municipal (IDH)

3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância 2 – média importância 1 – baixa importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 1 – baixa importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante

5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância

4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância 2 – média importância

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental

5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância 3 – importante 3 – importante

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante

4 – alta importância 5 – fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 3 – importante

4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância 1 – baixa importância

4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

3 – importante 2 – média importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 2 – média importância

4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante

5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância

4 – alta importância 3 – importante 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 3 – importante

4 – alta importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante

5 - fundamental Não sei dizer 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 3 – importante

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92

8.1. Modelo Digital de Terreno (MDT) 8.2. Curva de nível 8.3. Malha irregular de pontos 8.4. Declividade

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância Não sei dizer 4 – alta importância

5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância

5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

2 – média importância 2 – média importância 2 – média importância 2 – média importância

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

3 – importante 3 – importante 2 – média importância 3 – importante

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental

4 – alta importância 3 – importante 2 – média importância 2 – média importância

5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante

3 – importante 3 – importante 2 – média importância 3 – importante

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância

5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância

5 - fundamental 4 – alta importância Não sei dizer 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância

Não sei dizer Não sei dizer Não sei dizer Não sei dizer

4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância

3 – importante 3 – importante 2 – média importância 2 – média importância

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância

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93

9.1. Tipos Climáticos (i.e.: classificação dos tipos

climáticos)

9.2. Temperatura (i.e.: caracterização das

temperaturas observadas ao longo do ano)

9.3. Precipitação (i.e.: caracterização do regime de

chuvas)

4 – alta importância 2 – média importância 4 – alta importância

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 5 - fundamental

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 4 – alta importância

3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

2 – média importância 2 – média importância 4 – alta importância

4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância

2 – média importância 2 – média importância 2 – média importância

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante

2 – média importância 2 – média importância 3 – importante

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 5 - fundamental

5 – fundamental 3 – importante 5 - fundamental

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 4 – alta importância 4 – alta importância

Não sei dizer 2 – média importância 3 – importante

4 – alta importância 3 – importante 4 – alta importância

3 – importante 3 – importante 4 – alta importância

3 – importante 3 – importante 3 – importante

5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante

4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental

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94

10.1.

Hidrogeologia 10.2. Litologia 10.3. Pedologia

10.4.

Geomorfologia

10.5. Curso

d'água

10.6. Massa

d'água

10.7. Aquíferos

(áreas de recarga)

10.8. Direção de

Fluxo da água

10.9. Área de

Contribuição

10.10. Área de

Drenagem

5 - fundamental 3 – importante 2 – média

importância 3 – importante

4 – alta

importância 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental

4 – alta

importância

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 2 – média

importância 3 – importante 3 – importante

4 – alta

importância

4 – alta

importância 5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante

5 - fundamental 4 – alta

importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta

importância 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta

importância

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 4 – alta

importância 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental

4 – alta

importância 5 - fundamental 4 – alta importância 4 – alta importância

4 – alta

importância

3 – importante 3 – importante 2 – média

importância

2 – média

importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 4 – alta importância

4 – alta

importância

4 – alta

importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante

4 – alta

importância

4 – alta

importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

4 – alta

importância

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 4 – alta

importância 4 – alta importância 4 - alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta

importância

2 – média

importância 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental

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95

10.1.

Hidrogeologia 10.2. Litologia 10.3. Pedologia

10.4.

Geomorfologia

10.5. Curso

d'água

10.6. Massa

d'água

10.7. Aquíferos

(áreas de recarga)

10.8. Direção de

Fluxo da água

10.9. Área de

Contribuição

10.10. Área de

Drenagem

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta

importância

4 – alta

importância 4 – alta importância 4 – alta importância 4 – alta importância

4 – alta

importância

5 - fundamental 5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta

importância

4 – alta

importância 4 – alta importância 4 – alta importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental 5 - fundamental 3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 3 – importante

3 – importante 3 – importante 4 – alta importância 5 - fundamental 4 – alta

importância 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta importância 5 - fundamental 3 – importante

5 - fundamental 5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta

importância

4 – alta

importância

4 – alta

importância 3 – importante 3 – importante 5 - fundamental

2 – média

importância

2 – média

importância 3 – importante

2 – média

importância

4 – alta

importância

4 – alta

importância 3 – importante 3 – importante 3 – importante

4 – alta

importância

5 - fundamental 2 – média

importância 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta

importância 3 – importante 3 – importante

4 – alta

importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta

importância

4 – alta

importância

4 – alta

importância

4 – alta

importância

4 – alta

importância 5 - fundamental

5 - fundamental 5 - fundamental 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 4 – alta

importância

4 – alta

importância

3 – importante 3 – importante 3 – importante 3 – importante 4 – alta

importância

4 – alta

importância

4 – alta

importância

4 – alta

importância 5 - fundamental 5 - fundamental

4 – alta

importância 3 – importante

4 – alta

importância Não sei dizer

4 – alta

importância

4 – alta

importância 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

Não sei dizer 3 – importante 5 – fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental 5 - fundamental

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96

APÊNDICE B – MATRIZ DE PRODUTOS DE INFORMAÇÃO Tabela 3 - Matriz de Produtos de Informação

Tema Nº Produto de informação ID Dado

Localização da UHP

1 Limite da bacia (UHP) e Principais

Corpos Hídricos

3 Localidades

18 Curso d'água (rios principais)

4 Rodovias (rodovias, estradas vicinais)

5 Ferrovias

19 Massa D'água/ Trecho de Massa D'água

20 Reservatórios

1 Limite estadual (UF)

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

2 Municípios inseridos integral ou

parcialmente na BH

18 Curso d'água (rios principais)

19 Massa D'água/ Trecho de Massa D'água (margem dupla)

2 Municípios

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

População 3 População na área da bacia (total, urbana

e rural) e IDH

39 Dados censitários

2 Municípios

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

Meio Físico

4 Altitude

3 Localidades

13 Curvas de Nível

18 Curso d'água (rios principais)

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

17 Modelo Digital de Elevação (MDE)

5 Relevo

3 Localidades

18 Curso d'água (rios principais)

15 Unidades Geomorfológicas

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

6 Hidrogeologia

3 Localidades

18 Curso d'água (rios principais)

16 Sistemas Aquíferos

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

7 Tipos de Solo

3 Localidades

18 Curso d'água (rios principais)

14 Tipos de Solo

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97

Tema Nº Produto de informação ID Dado

Aspectos Quantitativos

8 Disponibilidade hídrica

27 Rede hidrometeorológica (estações fluviométricas)

35 Vazões médias por estação (nos períodos seco e chuvoso)

3 Localidades

18 Curso d'água

16 Hidrogeologia (disponibilidade das reservas)

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

9 Balanço hídrico (disponibilidade-

demanda)

2 Municípios

21 Demanda hídrica por município (usos consuntivos)

22 Disponibilidade hídrica

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

10 Precipitação

3 Localidades

27 Rede hidrometeorológica (estações pluviométricas)

36 Precipitação média anual (isoietas)

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

Aspectos Qualitativos

11 Qualidade das águas superficiais

27 Rede de monitoramento de qualidade da água

3 Localidades

37 IQA por estação

18 Curso d'água

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

12 Qualidade das águas subterrâneas

27 Rede de monitoramento de qualidade da água

3 Localidades

38 Qualidade da água subterrânea - resultados de coletas

16 Sistemas Aquíferos

27 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

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98

Tema Nº Produto de informação ID Dado

Saneamento e

Abastecimento

13 Saneamento

39 % de tratamento de esgoto por município

2 Municípios

27 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

14 Abastecimento

39 % de abastecimento de água por município

2 Municípios

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

Situação Ambiental

15 Unidades de Conservação

3 Localidades

32 Unidades de conservação

18 Curso d'água (rios principais)

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

16 Áreas de Preservação Permanente

3 Localidades

33 Localização e tipo das APPs

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

Ordenamento Territorial

17 Potenciais Poluidores

3 Localidades

12 Mineração

11 Localização de indústrias, cemitérios, Aterro sanitário e lixões

10 Usinas

9 Portos

8 Aeroportos

7 Malha de Dutos

4 Malha viária

5 Ferrovias

6 Hidrovias

18 Curso d'água (rios principais)

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

18 Uso e ocupação do solo

3 Localidades

18 Curso d'água (rios principais)

34 Uso e ocupação do solo (classificação de imagens de satélites)

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

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99

Tema Nº Produto de informação ID Dado

Usos dos Recursos

Hídricos

19 Outorga

23 Localização, finalidade de uso, domínio, órgão outorgante, vazão outorgada

23 Distribuição (%) dos principais usos (demanda urbana, rural e industrial)

19 Curso d'água (rios principais)

3 Localidades

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

20 Cobrança

24 Localizaçao e identificação dos usuários pagadores e valores arrecadados

18 Curso d'água (rios principais)

3 Localidades

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

21 Enquadramento

3 Localidades

25 Situação atual e propostas

18 Curso d'água (rios principais)

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

22 Segurança das Barragens

3 Localidades

28 Localização das Barragens

18 Curso d'água (rios principais)

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

Eventos Hidrológicos

Críticos

23 Seca

29 Histórico dos eventos de seca por município

2 Municípios

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

24 Inundações

30 Histórico dos eventos de inundação por município

2 Municípios

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

25 Acidentes com contaminantes

31 Histórico dos eventos de contaminação

2 Municípios

26 Unidade Hídrica de Planejamento - UHP (Limite da Bacia)

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100

APÊNDICE C – Matriz de dados e fontes – Dicionário de Dados

Tabela 4 - Matriz de Dados e Fontes – Dicionário de Dados

Tema ID Classe Atributos Tipo de campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional

I - Limites

político-

administr

ativos e

localidade

s

1

Limite

estadual

(UF)

Nome Guid

250.000 Polígono IBGE 2017 http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_

mapas/bases_cartograficas_contin

uas/bc250/versao2017/shapefile/

Sigla Guid

Geocódigo String

2 Limite

municipal

Nome String

250.000 Polígono IBGE 2107 http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_

mapas/bases_cartograficas_contin

uas/bc250/versao2017/shapefile/

Geocódigo String

Área inserida na bacia

(km²) String

IDH String

População urbana

(último censo) Integer

População rural (último

censo) Integer

3 Localidade

Nome String

250.000 Ponto IBGE 2017 http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_

mapas/bases_cartograficas_contin

uas/bc250/versao2017/shapefile/

Tipo (ex: Sede

Municipal, vila,

aglomerado rural,

núcleo, etc)

Guid

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101

Tema ID Classe Atributos Tipo de campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional

II -

Transporte

4

Vias

terrestres

(rodovias,

estradas

vicinais)

Nome String

250.000 Linha IBGE 2017

http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_

mapas/bases_cartograficas_contin

uas/bc250/versao2017/shapefile/

Sigla Guid

Jurisdição Guid

Tipo (simples ou dupla) Guid

Nome dos cursos d’água

interceptados String

Concessão Guid

Pavimentação Guid

5 Ferrovias

Nome String

250.000 Linha IBGE 2017

http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_

mapas/bases_cartograficas_contin

uas/bc250/versao2017/shapefile/

Status Guid

Concessão Guid

6 Hidrovias Nome String 250.000 Linha IBGE 2017

http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_

mapas/bases_cartograficas_contin

uas/bc250/versao2017/shapefile/

7 Dutos

Nome String

1.000.000 Linha

Ministério

dos

Transportes

2014

http://www.transportes.gov.br/ima

ges/2014/11/PNLT/base/Dados_d

e_Oferta.zip

Operador String

Substância Guid

Tipo Guid

8 Aeroportos Nome String 1.000.000 Ponto

Ministério

dos

Transportes

2014

http://www.transportes.gov.br/ima

ges/2014/11/PNLT/base/Dados_d

e_Oferta.zip

9 Portos Nome String

250.000 Ponto IBGE 2017

http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_

mapas/bases_cartograficas_contin

uas/bc250/versao2017/shapefile/ Corpo hídrico associado String

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102

Tema ID Classe Atributos Tipo de

campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional

III -

Estrutura

Econômica

10

Usinas

Geradoras de

Energia

Nome String

250.000 Ponto ANEEL 2016 https://sigel.aneel.gov.br/Down/

Tipo Guid

Situação Guid

Prorietário String

Potencia

outorgada (KW) Double

Potência

Fiscalizada

(KW)

Double

Corpo hídrico

associado String

Tipo de

Combustível Guid

11 Empreendiment

os licenciados

Nome do

empreendiment

o

String

Não

Informado Ponto IBAMA N/A N/A

Empresa

responsável String

Tipo de licença

emitida Guid

Órgão emissor String

Atividade String

Endereço do

empreendimento String

Numero da

Licença String

Validade da

Licença Data

Razão Social String

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103

Tema ID Classe Atributos Tipo de

campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional

III -

Estrutura

Econômica

12 Mineração

Tipo Guid

Não

Informado Ponto IBGE

Não

Informado http://sigmine.dnpm.gov.br/webmap/

Nº Registro

Federal String

Nº Registro

Estadual String

UF Guid

Município String

Status de operação Guid

Processo de

licenciamento String

Área do polígono

minerário Double

IV - Meio

Físico

13 Curvas de

Nível Altitude Integer 1.000.000 Linha IBGE 2016

https://www.ibge.gov.br/geociencias-

novoportal/cartas-e-mapas/bases-

cartograficas-continuas/15759-

brasil.html?&t=downloads

14 Pedologia Tipo de solo String

250.000 Polígono IBGE 2006

ftp://geoftp.ibge.gov.br/informacoes_

ambientais/pedologia/vetores/escala_

250_mil/recorte_milionesimo/

Características String

15 Geomorfologia Tipo de relevo String

250.000 Polígono IBGE 2006

ftp://geoftp.ibge.gov.br/informacoes_

ambientais/geomorfologia/vetores/esc

ala_250_mil/recorte_milionesimo/

Características String

16 Hidrogeologia

Nome da Unidade

Estratigráfica String

1.000.000 Polígono CPRM 2014

http://www.cprm.gov.br/publique/me

dia/hidrologia/mapas_publicacoes/M

HB/Mapa_Hidrogeologico_do_Brasil

_SHP.rar

Vazão da Unidade

Hidroestratigráfica Guid

Coeficiente de

Armazenamento String

17

Modelo Digital

de Elevação

(MDE)

Valor Integer 30 m Raster Topodata Não

Informado

http://www.webmapit.com.br/inpe/to

podata/

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104

Tema ID Classe Atributos Tipo de

campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional

V -

Recursos

Hídricos

18 Curso

D'água

Nome String

250.000 Linha IBGE 2017

ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/bas

es_cartograficas_continuas/bc250/versao20

17/shapefile/

Regime Guid

Domínio

(Federal,

Estadual,

Interestadual,

Fronteiriça)

Guid

Ordem Guid

Classe de

enquadramento Guid

19

Massa

D'água/

Trecho de

Massa

D'água

Nome String

250.000 Polígono IBGE 2017

ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/bas

es_cartograficas_continuas/bc250/versao20

17/shapefile/

Tipo Guid

Regime Guid

Salinidade Guid

20 Reservatóri

os

Nome/Código String

1.000.000 Polígono ANA 2015

http://metadados.ana.gov.br/geonetwork/srv

/en/resources.get?id=317&fname=SNIRH_

Reservatorio.zip&access=private

Tipo Guid

Volume

armazenado Double

Municípios/bairr

os atendidos String

21

Demanda

hídrica por

município e

por uso

consuntivo

Nome do

município String

1.000.000 Polígono ANA 2016

http://www.metadados.inde.gov.br/geonetw

ork/srv/por/metadata.show?id=70895&curr

Tab=simple

Geocódigo String

Demanda urbana Double

Demanda rural Double

Criação animal; Double

Demanda

industrial Double

Demanda de

irrigação Double

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105

Tema ID Classe Atributos Tipo de

campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional

V-

Recursos

Hídricos

22 Disponibilidade

Hídrica

Nome do Rio String

1.000.000 Linha ANA 2016

http://metadados.ana.gov.br/geone

twork/srv/en/resources.get?id=30

7&fname=SNIRH_DispHidricaSu

perficial.zip&access=private

Código da Bacia String

Domínio (Federal,

Estadual, Interestadual,

Fronteiriça)

Guid

Disponibilidade Q 95 Double

23 Pontos de

Outorgas

Tipo de outorga Guid

1.000.000 Ponto ANA 2015 N/A

Qualificação da

outorga Guid

Vazão outorgada Double

Nome do titular da

outorga String

Data da outorga Data

Validade Data

Nome do corpo hídrico String

Finalidade de uso Guid

Nº CNARH String

Legislação

Relacionada String

24 Cobrança

Nº CNARH String

1.000.000 Ponto ANA 2016 N/A

Razão Social String

Município String

Nome do corpo hídrico String

Vazão Double

Finalidade de uso Guid

25 Enquadramento

Nome do corpo hídrico String

1.000.000 Linha ANA 2016

http://metadados.ana.gov.br/geone

twork/srv/en/resources.get?id=38

8&fname=SNIRH_Enquadrament

o.zip&access=private

Classe atual Guid

Meta Guid

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106

Tema ID Classe Atributos Tipo de

campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional

V-

Recursos

Hídricos

26

UPH - Unidade de

Planejamento

Hídrico - Bacia

Hidrográfica

Ottocodificada

Código Nível 1 String

1.000.000 Polígono ANA 2012

http://www.metadados.inde.g

ov.br/geonetwork/srv/por/met

adata.show?id=70940&currT

ab=simple

Código Nível 2 String

Código Nível 3 String

Código Nível 4 String

Nome da Região 1 Guid

Nome da Região 2 Guid

Nome da Região 3 Guid

Nome da Região 4 Guid

Código da Bacia Guid

Código da Sub-bacia Guid

Código da RH Guid

Nome da RH Guid

27

Estações da Rede

Hidrometeorológica

Nacional

Tipo de estação Guid

1.000.000 Ponto ANA 2016 http://www.snirh.gov.br/hidro

web/

Nome String

Nome do corpo d'agua String

Sub-bacia String

Bacia String

Município String

Estado Guid

Responsável String

Operadora String

Altitude Double

Parâmetros

monitorados String

Frequência Guid

Área de drenagem Double

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107

Tema ID Classe Atributos Tipo de

campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional

V -

Recursos

Hídricos

28 Localização das

Barragens

Nome String

1.000.000 Ponto ANA 2016

http://metadados.ana.gov.br/g

eonetwork/srv/en/resources.g

et?id=390&fname=SNIRH_B

arragensFiscalizadas.zip&acc

ess=private

Empresa responsável String

Tipo Guid

Material Guid

Capacidade máxima Double

29 Secas

Município String

1.000.000 Ponto ANA 2015

http://metadados.ana.gov.br/g

eonetwork/srv/en/resources.g

et?id=397&fname=SNIRH_S

ecas.zip&access=private

Número de eventos Integer

Data de início Integer

Número de dias sem chuva Integer

30 Inundações

Município String

1.000.000 Ponto ANA 2014

http://metadados.ana.gov.br/geo

network/srv/en/resources.get?id

=243&fname=vulnerabilidade_

metadados.zip&access=private

Número de eventos Integer

Data do evento Integer

31 Acidentes com

contaminantes

Município String

N/A Ponto N/A Não

Informado N/A

Corpo hídrico associado String

Substância String

Quantidade estimada Double

VI -

Cobertura

Vegetal e

Uso do Solo

32

Unidades de

Conservação

(Ucs)

Nome String

250.000 Polígono IBGE 2017

http://geoftp.ibge.gov.br/cartas

_e_mapas/bases_cartograficas_

continuas/bc250/versao2017/sh

apefile/Limites_v2017.zip

Jurisdição Guid

Plano de Manejo Guid

N° do Decreto de Criação String

Categoria Guid

Sede String

33

Áreas de

Preservação

Permanente

Tipo de APP Guid

50.000 Polígono SICAR 2018 http://www.car.gov.br/public

o/imoveis/index

Área Double

Grau de conservação Guid

34 Uso e ocupação

do solo

Classe de uso e ocupação

do solo Guid 5.000.000 Polígono IBGE 2014

https://www.ibge.gov.br/geocie

ncias-novoportal/informacoes-

ambientais/cobertura-e-uso-da-

terra/15831-cobertura-e-uso-da-

terra-do-

brasil.html?=&t=downloads

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108

Tema ID Classe Atributos Tipo de

campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional

VII –

Séries

Temporais

35 Vazão

Nome da estação String

1.000.000 Ponto ANA 2018 http://www.snirh.gov.br/hidro

web/

Código String

Operador String

Corpo hídrico String

Data Date

Hora Date

Vazão Double

Vazão média mensal Double

36 Precipitação

Nome da estação String

1.000.000 Ponto INMET 2018 http://www.inmet.gov.br/port

al/index.php?r=bdmep/bdmep

Código String

Operador String

Data Date

Hora Date

Chuva acumulada Double

Chuva média mensal Double

37 Qualidade (águas

superficiais)

Nome da estação String

1.000.000 Ponto ANA 2018 http://www.snirh.gov.br/hidro

web/

Código String

Corpo hídrico String

Operador String

Data Date

Hora Date

Parâmetros String

IQA Double

IQA médio mensal Double

38 Qualidade (águas

subterrâneas)

Código do poço String

Desconhec

ido Ponto CPRM 2018 N/A

Operador String

Município String

Aquífero String

Data Date

Classificação String

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109

Tema ID Classe Atributos Tipo de

campo Escala Geometria Fonte Ano Link - Escala Nacional

VIII - Dados

Censitários -

Tabela

Convencional

para

Relacionamento

39 Dados

censitários

Nome do município String

250.000

Tabela de

Relacioname

nto com

Municípios

IBGE 2.010 https://censo2010.ibge.gov.br

/resultados.html

Código do município String

Taxa de urbanização (%) Integer

Taxa de crescimento

populacional (%) Integer

População Rural Integer

População urbana Integer

% de abastecimento de

água por município Double

% de tratamento de esgoto

por município Double

IDH (Índice de

Desenvolvimento

Humano) Integer

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110

APÊNDICE D - Diagrama de Classes

II – Transporte I – Limites Político-administrativos III – Estrutura Econômica IV – Meio Físico

V – Recursos Hídricos VI – Cobertura Vegetal e Uso do Solo VII – Séries Temporais

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111

APÊNDICE E - Manual para planejamento de um Sistema de Informações Geográficas

(SIG) orientado à gestão de bacias hidrográfica

Alexandra Maya Werneck Magalhães

Manual para planejamento de um Sistema de Informações Geográficas

(SIG) orientado à gestão de bacias hidrográfica

Rio de Janeiro

2018

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112

APRESENTAÇÃO

Este manual foi criado como produto do projeto de mestrado da autora, no Programa

de Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos – ProfÁgua, realizado

na Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ. Aqui reuniram-se sugestões e

orientações com o objetivo de auxiliar organizações de gestão de recursos hídricos a

planejarem um Sistema de Informações Geográficas orientado ao tema.

Buscou-se sintetizar as informações resultantes do projeto de pesquisa de mestrado,

neste documento. Redigido de forma mais objetiva do que uma dissertação, tem como

objetivo facilitar a consulta às orientações sugeridas.

Tais orientações tiveram como base a revisão bibliográfica, aliada aos resultados da

pesquisa sobre informações geográficas relevantes para a gestão dos recursos hídricos,

realizada com pessoas envolvidas neste assunto, em diferentes regiões do Brasil.

A metodologia utilizada para chegar-se às orientações aqui sugeridas, encontram-se

descritas na dissertação de mestrado “Manual de Elaboração de um Sistema de Informações

Geográficas (SIG) Orientado à Gestão de Bacias Hidrográficas”, desenvolvida no âmbito do

Programa de Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua), na

Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Buscou-se descrever o que, segundo a literatura, são etapas importantes para planejar e

implantar o SIG. Tais etapas visam guiar o gestor na construção dos cinco pilares de um SIG

(Figura 1): conjunto de dados, metodologias, programas, equipamentos e pessoal, a serem

desenvolvidos de acordo com as particularidades de cada organização da unidade de

planejamento hidrográfico a ser gerida.

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113

Figura 1 - Os cinco pilares do SIG. Fonte: adaptado de CDC (2018)

Fonte: CDC, 2018. Adaptado pela autora.

1 PLANEJAMENTO

“É preciso que haja planos para que a organização tenha seus

objetivos e para que se estabeleça a melhor maneira de alcançá-

los. Além disso, os planos permitem que a organização consiga e

aplique os recursos necessários para a consecução de seus

objetivos, os membros da organização executem atividades

compatíveis com os objetivos e os métodos escolhidos, e o

progresso feito rumo aos objetivos seja acompanhado e medido,

para que se possam tomar medidas corretivas se o ritmo do

progresso for insatisfatório. ”

Fonte: STONER, 1985.

O objetivo da fase de planejamento é criar uma base de dados geográficos capaz de

gerar as informações necessárias para dar subsídios à gestão e aos processos de tomada de

decisão.

A metodologia de planejamento sugerida para a elaboração de um SIG criado

especialmente para atender às demandas da gestão de recursos hídricos, de acordo com o

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114

estudo que deu origem a este manual, conta com as etapas apresentadas no fluxograma da

Figura 2.

Figura 2 - Fluxograma das etapas de criação do SIG

Fonte: A autora, 2018.

DICA: É importante deixar que cada passo do processo conduza à etapa seguinte,

como por exemplo: em tendo se definido quais os produtos de informação serão produzidos

pelo SIG, a sequência natural é listar quais os dados serão necessários para gerar tais

produtos, e assim por diante.

1.1 Recursos necessários para o planejamento

Ao iniciar o planejamento da criação e implantação do SIG, é importante checar se

temos todos os recursos necessários. Um ponto importante é reunir uma equipe, mesmo que

pequena, de pessoas que entendem a importância do projeto e estão dispostas a contribuir.

Nesta etapa, sugere-se idealmente uma equipe com pelo menos três pessoas

envolvidas, e representantes das atividades atribuídas à organização, a chamada “área de

negócio”. Um exemplo de equipe de planejamento, pode ser visto na Figura 3.

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115

Figura 3 - Equipe de planejamento do SIG

Fonte: TOMLINSON, 2013. Adaptado pela autora, 2018.

a) o gerente de projetos SIG, em um cenário ideal, uniria a função gerencial ao

conhecimento em SIG e arquitetura de soluções. Porém, levando-se em conta

que muitas das organizações que trabalham com a gestão dos recursos hídricos

em nosso país carecem de recursos, esta posição que pode ser exercida pelo

gestor da organização, a quem caberá a tarefa de montar a equipe e cuidar de

contratações, organizar os recursos e o cronograma e fazer a interface entre

equipe SIG e “área de negócio”;

b) o especialista em planejamento SIG é o profissional que estará encarregado de

criar soluções e metodologias baseadas em SIG para melhorar os processos

existentes;

c) os representantes da área de negócio são pessoas de dentro da organização que

irão utilizar um ou mais dos PI gerados pelo SIG;

d) o especialista técnico SIG irá identificar as potencialidades e as limitações dos

programas e recursos.

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116

A Tabela 1 apresenta a matriz de funções para a etapa de planejamento.

Tabela 1. Matriz de funções para a etapa de planejamento do SIG

Matriz de Funções - Planejamento

Nome da

Função Tipo Atribuições mínimas Desejável Observações

Gerente de

projetos SIG Gerencial

Gerir os recursos

financeiros; responsável

pela interface entre a equipe

do SIG e a "área de

negócio"; organizar

cronograma; contratações;

Conhecimento da

estrutura da

organização;

conhecimento de

gestão de recursos

hídricos;

conhecimentos em

SIG

Esta função pode ser

executada pelo

próprio gestor da

organização

Especialista em

planejamento

SIG

Coordenação

técnica

Fazer levantamento de

requisitos; criar soluções e

metodologias SIG;

experiência e conhecimento

em todos os componentes

do SIG (dados, programas,

equipamento e métodos);

elaborara o modelo

conceitual do banco de

dados; conhecimento em

cartografia digital

Conhecimento em

informática e

arquitetura de

soluções;

conhecimento nas

disciplinas envolvidas

na gestão de recursos

hídricos

Irá apontar os

recursos necessários

de dados,

programas,

equipamentos e

pessoal.

Especialista

técnico SIG Técnico

Conhecimento e prática em

SIG e Tecnologia da

Informação (TI); identificar

potencialidades assim como

limitações dos programas e

dos recursos técnicos;

fornecer subsídios técnicos ao

levantamento de requisitos

para escolha de fornecedores

Conhecer os tipos de

dados utilizados na

gestão dos recursos

hídricos;

conhecimento em

cartografia digital

Responsável pelo

planejamento da

infraestrutura

Representantes

da "área de

negócio"

Técnico

Conhecer a organização;

vivência em gestão de

recursos hídricos; explicar

seus fluxos de trabalho; terem

sido introduzidos ao projeto

de implantação do SIG

Estarem abertos a

novas práticas e

soluções

Membros da própria

organização; futuros

usuários do sistema

e de suas soluções

Fonte: a autora, 2018.

1.2 Definir os Produtos de Informação

Os dados que irão compor a base do SIG, assim como suas características serão

definidos a partir da identificação dos Produtos de Informação (PI) a serem gerados pelo SIG

para beneficiar a organização, fornecendo informações que poderão ajudar no planejamento e

na tomada de decisões.

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Para a identificação dos PI, é importante conhecer bem as características da área a ser

gerida, identificar os principais conflitos e os atores envolvidos, assim como os fatores de

influência. Como subsídio a esta etapa, sugere-se a realização de um Seminário de

Tecnologia, que além de apresentar o projeto de implantação do SIG na organização, irá

coletar informações e responder a questionamentos sobre os fluxos de trabalho dos membros

da organização, tais como:

a) com que tipo de informação trabalham?

b) como são armazenados atualmente os dados utilizados para gerar as

informações?

c) qual a periodicidade de atualização dos dados coletados e das informações

resultantes?

d) quais são as fontes de dados habituais?

e) quais as maiores dificuldades para a realização do seu trabalho?

f) como expõem os resultados de seu trabalho?

g) há algo que gostariam de realizar, no âmbito de suas funções, mas que não o

fazem por crer-se ser demasiadamente trabalhoso?

h) quais os maiores desafios enfrentados pela organização?

i) a organização possui um planejamento estratégico (e.g.: um Plano de Bacia)?

Caso ainda não possua um plano de recursos hídricos, ou plano de bacia, o

SIG poderá auxiliar na elaboração dos produtos para o plano, nas análises e

também na apresentação dos resultados em forma de mapas.

Alguns exemplos de Produtos de Informação sobre recursos hídricos estão representa-

dos na Figura 4 e na Figura 5.

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Figura 4 - Aplicação WEB Service do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH).

Balanço Hídrico quantitativo por bacia

Fonte: SNIRH. Disponível em:

http://portal1.snirh.gov.br/ana/apps/webappviewer/index.html?id=ac0a9666e1f340b387e8032f64b2b85a. Acesso

em 10 de abril de 2018.

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Figura 5 - Aplicação WEB Service do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH).

Eventos de Cheias por municípios

Fonte: SNIRH. Disponível em:

http://portal1.snirh.gov.br/ana/apps/webappviewer/index.html?id=04b29613a5564d05bc23962fc89e9c29.

Acesso em 10 de abril de 2018.

1.2.1 Realizar Seminários de Tecnologia

Promover alguns encontros com todos os usuários que pertencem à organização, com o

objetivo primordial de auxiliar o planejador a entender quais os produtos de informação oriundos do

SIG são importantes para a realização de suas tarefas. O ideal é que após estas etapas e baseando-se

nas informações coletadas, seja criada uma lista com os Produtos de Informação.

Outros objetivos dos seminários podem ser:

a) introduzir o SIG aos participantes, membros da organização;

b) apresentar o processo de planejamento;

c) explicar os motivos pelos quais o trabalho está sendo feito;

d) esclarecer a natureza da contribuição dos participantes no trabalho e como seus

esforços aumentarão a chance de sucesso em geral;

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120

e) introduzir a terminologia e os métodos de SIG que serão usados durante o

planejamento e a implantação;

f) oferecer aos participantes a oportunidade de avaliar suas necessidades de

trabalho e identificar as informações que os ajudariam a realizar seu

trabalho de maneira melhor e mais eficiente;

g) compor a lista de produtos de informação necessários, incluindo o nome das

pessoas que precisam de tais produtos para fazer seu trabalho;

h) incluir produtos potenciais para fases futuras do fluxo de trabalho da

organização, além dos produtos atualmente necessários.

i) incutir nos participantes um pouco da cultura da geoinformação, de forma a,

entre outros benefícios, angariar apoio dos membros, já que eles serão parte

fundamental no processo de planejamento e de implantação, e espera-se que

venham a ser também usuários do sistema, e que possam beneficiar-se do

SIG otimizando suas tarefas e fluxos de trabalho.

j) estabelecer um primeiro contato e iniciar uma boa relação de trabalho entre

a equipe de planejamento do SIG e os membros da organização.

A agenda para um seminário de tecnologia SIG pode incluir os seguintes tópicos:

a) apresentação conceitual de um SIG;

b) apresentação da terminologia utilizada;

c) explicações sobre as funções SIG;

d) explicações sobre o processo de planejamento - etapas e responsabilidades;

e) identificação preliminar de Produtos de Informações (PI) desejados;

f) explicando oportunidades de melhoria nos fluxos de trabalho realizados na

organização. Neste último tópico, podem ser apresentados casos de usos,

onde o SIG ajudou a melhorar algum processo no campo da gestão de

recursos hídricos.

1.2.2 Descrever os Produtos de Informação

Após a realização do seminário e conversas entre a equipe de planejamento do SIG e

os membros da organização, já haverá subsídios para elaborar uma matriz descrevendo tais

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121

produtos, e quais os dados de entrada serão necessários para gerá-los no SIG. A Matriz dos

Produtos de Informação (MPI) encontram-se no Anexo II. A Figura 6 apresenta a relação

entre a Matriz de Dados e Fontes (MDF) e a MPI, onde através do campo identificador (ID) é

possível identificar na MDF, quais os dados foram utilizados para construir cada PI na MPI.

Figura 6. Exemplo de como o campo ID indica quais os dados da MDF foram utilizados para gerar os

produtos

Fonte: A autora, 2018.

O diagrama apresentado na Figura 7 exemplifica o processo de conversão de dados de

entrada em produtos de informação, realizada por meio das metodologias de análise e

transformação de dados presentes na plataforma.

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Figura 7 - Exemplo de esquema de conversão de dados de entrada em produtos de informação

Fonte: A autora, 2018.

DICA:

Para oferecer uma prévia do que as soluções baseada em SIG podem oferecer à

organização, a equipe pode, após a realização do seminário, criar um produto de informação

dentre os que foram identificados, e apresentar à pessoa responsável por aquele fluxo dentro

da organização. O objetivo netse caso, é provocar a curiosidade dos membros e criar

demandas para o SIG.

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2 LISTAR DADOS E FONTES

Depois de definidos os principais produtos de informação, faz-se uma lista com os

dados necessários para gerar tais produtos, aproveitando para definir as características

geográficas que tais dados devem possuir, tais como: escala, resolução, projeção e formato de

arquivo.

É sugerido criar uma matriz para apresentar os requisitos mínimos dos dados. Um

exemplo de informações que devem constar desta matriz, está exemplificado na Tabela 2.

Tabela 2 - Exemplo de matriz de características para a classe “Limites”

Fonte: A autora, 2018.

2.1 Aquisição dos dados

A partir da matriz de características dos dados, pode-se iniciar a etapa de aquisição.

Para tal, deve-se visitar o portal da fonte produtora do dado, na internet, e verificar sua

disponibilidade. Atualmente, a maior parte dos órgãos públicos federais e parte dos estaduais

e municipais, disponilibilizam suas bases de dados em portais da internet, onde é possível

descarregar arquivos em diferentes formatos.

2.1.1 Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais – INDE

Uma opção recomendada é o portal da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais –

INDE, acessando seu endereço eletrônico, http://inde.gov.br. O portal da INDE funciona

Grupo

temáticoClasse Escala Geometria Fonte Ano

URL do

dado

URL do

Metadado

IBGE 2018https://www.

ibge.gov.br/

http://www.

inde.gov.br/Limites Municípios 1: 10.000 Polígono

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como um grande catálogo de metadados (i.e.: informações sobre os dados) que centraliza a

geoinformação produzida por diversos órgãos governamentais, possibilitando que o usuário

encontre, por meio de busca por palavras-chave, dados de temáticas variadas, alguns

inclusives, com opção para descarregar diretamente do portal.

Algumas das instituições cujas bases encontram-se catalogadas no portal da INDE são:

- Agência Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ

- Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT

- Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia -CENSIPAM

- Serviço Geológico do Brasil -CPRM

- Diretoria de Hidrografia e Navegação – DHN

- Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT

- Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro – DSG

- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA

- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE

- Instituto de Cartografia Aeronáutica – ICA

- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA

- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE

- Ministério das Cidades

- Ministério da Fazenda

- Ministério do Meio Ambiente – MMA

- Ministério dos Transportes

- Secretaria do Patrimônio da União – SPU

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3 LISTAS DE FONTES

Algumas instituições de pesquisa, como por exemplo o Departamento de Análise

Geoambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF) e o LABGIS da Universidade Estadual

do Rio de Janeiro (UERJ), criaram listas de fontes de dados públicos com centenas de endereços

eletrônicos onde o usuário pode descarregar tais dados. As referidas listas podem ser

descarregadas nos seguintes endereços: http://www.uff.br/geoden/docs/GeoLISTA.pdf (Lista da

UFF); e https://www.labgis.uerj.br/fontes_dados.php (LABGIS).

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4 BASE PRÉ-EXISTENTE

Nem todos os dados necessários estarão disponíveis publicamente. Uma alternativa a

ser explorada antes de se partir para a contratação dos dados faltantes é verificar se já houve

estudos e levantamentos feitos para a área de estudo, e buscar adquirir bases de dados geradas

anteriormente. Neste caso, deve-se ter precaução no tocante à qualidade dos dados, o que

poderá ser verificado pela equipe de planejamento do SIG.

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5 ESPECIFICAR REQUISITOS PARA CONTRATAÇÃO DE DADOS

Para a contratação de dados, quando estes não tiverem sido encontrados em outras

fontes, sugere-se especial atenção à alguns quesitos, dentre os quais a escala dos dados, ou a a

resolução no caso de imagens orbitais, possui especial importância. Se a escala não for

adequada para mostrar aquilo que se deseja visualizar, todo o trabalho poderá ser prejudicado.

A Escala é a relação entre o tamanho dos elementos representados em um mapa e o

tamanho correspondente medido sobre a superfície terrestre. Para a aquisição dos dados,

sejam eles oriundos de bases públicas ou havendo necessidade produzí-los, é importante que

se planeje a sua escala. Segundo a ET-ADGV (DSG, 2010):

“O interesse do usuário final, ou mesmo a importância relativa de um objeto

para a região onde ele está localizado, são fatores determinantes na aquisição

de uma feição geográfica.(...) Atualmente, a resolução espacial dos insumos

utilizados (fotografias aéreas, imagens sensores orbitais, levantamentos de

campo, etc.) normalmente possibilitam a aquisição da forma real dos objetos

(utilização de polígonos). A aquisição excessivamente detalhada implica

aumento do tempo gasto na produção e, possivelmente, no custo do produto

final, mas se não ocorrer impedimento quanto a esses fatores, sugere-se que

os objetos sejam adquiridos com sua forma real.(...) Caso não seja possível

adquirir na sua forma real, o objeto deve ser adquirido na forma de linha ou

ponto.”

Exemplo: a Figura 8 exemplifica uma representação em diferentes níveis de

detalhamento, ou escalas.

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Figura 8 - Representação cartográfica do município de Cornélio Procópio em diferentes escalas

Fonte: IBGE, 2001.

A Tabela 3 apresenta aplicabilidades para diferentes escalas.

Tabela 3 - Aplicabilidades das escalas

Tipo de escala Escala cartográfica Finalidade

Grande

(Cadastral)

1:100 e 1:200 Plantas de pequenos lotes e

edifícios

1:500 e 1:1.000 Planta de arruamentos e

loteamentos, redes de água e esgoto

1:1.000 a 1:5.000 Plantas de propriedades rurais

1:5.000 a 1:25.000

Carta/Planta cadastral de cidades

e grandes propriedades rurais ou

industriais

Média

(Topográfica)

1:50.000 a 1:100.000 Cartas de municípios

1:25.000 a 1:250.000 Cartas/Mapas topográficos

Pequena

(Geográfica) Acima de 1:250.000

Mapas de estados, países,

continentes, Atlas geográfico etc.

Fonte: IBGE, 2001. Adaptado pela autora, 2018.

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Outros quesitos que devem ser especificados quando da contratação de dados, são:

a) datum: o datum oficial adotados pelo Sistema Cartográfico Nacional é o

SIRGAS 2000;

b) projeção: a mesma adotada no restante da base de dados utilizada,

geralmente em Universal Transversa de Mercator – UTM ou Sistema de

Coordenadas Geográfica;

c) especificar a geometria das feições (ponto, linha polígono ou grade

numérica), definida a partir da possibilidade de espacialização da

informação, considerando a menor unidade de representação espacial

possível.

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6 DESENHAR O MODELO CONCEITUAL DO BANCO DE DADOS

GEOGRÁFICOS

De acordo com o fluxo do planejamento e criação do SIG (Figura 2), parte-se então

para o desenho do modelo conceitual do banco de dados geográficos. Sua principal finalidade

é capturar os requisitos de informação e regras de negócio sob o ponto de vista do negócio

(LOPES, 2016), descrevendo na forma de ideias, o que o sistema irá fazer, seu

comportamento e aparência. Esta etapa independe da escolha de tecnologias. Alguns

elementos são importantes para o desenho e a documentação do modelo proposto. São eles: o

Dicionário de Dados (DD), o Diagrama de Classes e os Metadados.

6.1 Dicionário de Dados

É importante nesta etapa, a elaboração de um Dicionário de Dados17 (DD), que servirá

como um catálogo para consulta à estrutura e ao conteúdo do banco. Não há um modelo

fechado de dicionário de dados, mas algumas informações importantes não devem faltar, por

exemplo: nome da classe, nome dos atributos, domínio, tipo de campo, tamanho do campo e

descrição.

Para a elaboração deste manual, tomamos como modelo o dicionário de dados

existente na Especificação Técnica Estrutura de Dados Geográficos Vetoriais – ET-EDGV

(DSG, 2011), com algumas adaptações. O resultado, chamamos de Matriz de Dados e Fontes

– Dicionário de Dados, desenvolvida no âmbito deste estudo e apresentada no APÊNDICE B.

17 O Dicionário de Dados é uma listagem organizada de todos os itens pertinentes ao sistema. Possui definições

precisas e rigorosas para que o analista de sistemas possa conhecer todas as entradas, saídas, componentes de

depósitos e cálculos intermediários (YOURDON, 1992).

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A Tabela 4 apresenta um exemplo de uma classe representada em um dicionário de

dados, semelhante ao presente na ET-EDGV.

Tabela 4 - Exemplo de uma tabela representando a classe “Bacia Hidrográfica” em um dicionário de dados

Código Classe Descrição Primitiva

Geométrica

1.01 Bacia_Hidrografica

Bacia Hidrográfica é o conjunto de

terras drenadas por um rio principal e

seus tributários, limitada pelo divisor

de águas. Este modelo utiliza a

classificação segundo a metodologia

Atributo Tipo Tamanho Descrição Domínio

1.01.1 Nome Alfanumérico 80

Nome

completo da

instância

A ser

preenchido

1.01.2 Codigo_Otto Inteiro -

Codificação

numérica de

bacias

hidrográficas,

fornecida

pela ANA, de

acordo com a

Res. nº 30 do

CNRH, de

2002.

A ser

preenchido

1.01.3 Nivel_Otto Inteiro -

Codificação

numérica de

bacias

hidrográficas

estratificadas

em níveis,

conforme o

Codigo_Otto.

A ser

preenchido

1.01.4 Nome_Abrev Alfanumérico 50

Nome ou

abreviatura

padronizada.

A ser

preenchido

Fonte: DSG, 2010. Adaptado pela autora, 2018.

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6.2 Diagrama de Classes

O Diagrama de Classes é uma forma de descrever a estrutura de um SIG, apresentando

suas classes, atributos, operações e as relações entre os objetos. Existem diversas técnicas que

podem ser utilizadas para representar o sistema. As mais conhecidas são a UML - Unified

Modeling Language (BOOCH et al, 2000) e a Object Modeling Technique for Geographic

Applications (BORGES, 1997).

Um exemplo de um Diagrama de Classes criado para representar o grupo temático de

“Limites político-administrativos e Localidades”, pode ser visto na Figura 9.

Figura 9 - Diagrama de classes simplificado para o grupo temático Limites Político-Administrativos e

Localidades

Fonte: A autora, 2018.

6.3 Metadados Geoespaciais

Para um banco de dados construído com dados públicos, originados em diferentes

fontes, a utilização de metadados geoespaciais possui um importante papel. Por meio de sua

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utilização, é possível manter o controle sobre a estrutura e a qualidade dos dados e viabilizar a

integração entre deferentes bases. Alguns fatos sobre a utilização de metadados geoespaciais:

a) padrões internacionais como a ISO 19115:2003 e o U.S. Federal

Geographic Data Committee (FGDC) definiram modelos e informações

mínimas que os metadados devem possuir;

b) no Brasil, no âmbito da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais

(INDE), foi criado o padrão Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil

(MGB), aderente aos padrões internacionais;

c) segundo o Perfil MGB, os metadados devem possuir informações que

possibilitem: identificar o produtor e a responsabilidade técnica de

produção; padronizar a terminologia utilizada; garantir a transferência de

dados; viabilizar a integração de informações; identificar a qualidade da

informação geográfica e subsidiar a análise do usuário quanto à adequação

a suas aplicações; garantir os requisitos mínimos de divulgação e uso dos

dados geoespaciais;

d) atualmente, grande parte dos dados públicos possuem seus metadados

cadastrados no catálogo de metadados da INDE, podendo ser acessados através

do link http://www.metadados.inde.gov.br/geonetwork/srv/por/main.home.

SUGESTÕES:

a) uma sugestão para a organização que está criando seu modelo de banco de

dados geográficos, é, além de identificar os metadados fornecidos pela

organização produtora do dado, documentar as alterações que venham a

ser feitas sobre o dado adquirido.

b) como opção para gestão dos metadados da organização, pode-se cadastrá-

los no próprio dado, o que pode ser feito por meio dos editores de

metadados, presentes tanto no QGIS quanto no ArcGIS.

c) ao criar um conteúdo de metadados é importante registrar-se as principais

informações de interesse da organização. Deve-se informar a escala do

dado, qual o sistema de coordenadas e datum, o quão recente é, se há

restrições de uso e compartilhamento, a extensão espacial, edições que

tenham sido feitas, contato dos responáveis pela criação do dado e também

do metadado.

d) a medida que o grau de maturidade do SIG na organização for

aumentando, um número maior de dados fazendo parte do sistema, edições

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sendo realizadas, mais úteis serão os metadados. Com o tempo, a equipe

encarregada do SIG poderá sentir necessidade de planejar a sua

infrestrutura de metadados.

A Tabela 5 apresenta os itens requeridos para o preenchimento de metadados no padrão FGDC.

Tabela 5 - Itens requeridos no padrão CSGGM do FGDC

Sessão do editor de metadados Itens requeridos no padrão FGDC

Visão Geral - Descrição do item

Título do dado

Resumo

Objetivo

Restrições - adicione somente se houver restrições de uso

Coordenadas geográficas de delimitação de domínios

espaciais

Visão Geral - Tópicos e

palavras-chave Palavra-chave do tema

Visão geral- Citação

Título do dado

Data de Publicação do dado (adicionar um horário se a

informação for significativa)

Visão geral - Contatos de

citações

Fonte do dado - indivíduo ou organização que

desenvolveu o item.

Se outro indivíduo ou organização ajudou a desenvolver

o item, forneça seu nome sob o novo cabeçalho.

Metadados - Contatos Contato do responsável pelo metadado (indivíduo ou

departamento ou organização)

Recurso - Detalhes Status do metadado

Recurso - Extensões

Coordenadas de delimitação de domínios espaciais

Período de referência de atualização do conteúdo

Informações sobre a temporalidade do dado, o intervalo

e a extensão.

Recurso - Manutenção Manutenção de Status e Frequência de Atualização

Recurso - Restrições Usar restrições - Todas as restrições de uso fornecidas

na Descrição do Item também aparecem aqui; Fonte: ESRI, 2018. Adaptado pela autora, 2018.

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7 ADQUIRIR PROGRAMAS

7.1 Programa de Sistema de Informações Geográficas

Foram selecionados dois programas computacionais como plataforma do SIG, dentre

os mais populares do mercado. São eles:

a) quantum GIS (também conhecido como QGIS) - de código aberto (sem custo);

b) arcGIS – programa proprietário (com custo).

ESCOLHA DO PROGRAMA:

a) não há um programa de SIG melhor que o outro, o que há é aquele que mais

se adequa às necessidades de cada caso. A escolha irá depender de fatores

tais como o perfil dos usuários e os recursos da organização;

b) em testes realizados (FRIEDRICH, 2014) com os dois programas, levando-

se em conta fatores de qualidade de software estabelecidos pela ISO / IEC

9126 (ISO, 2001) concluiu-se que são equivalentes e não há um melhor do

que o outro, apenas aquele mais adequado ao usuário e à organização. Os

quesitos analisados em que os dois programas tiveram desempenho

equivalente foram: velocidade, eficiência, confiabilidade, usabilidade,

compreensibilidade e operabilidade;

c) pode-se dizer que diferença principal é o fato de o ArcGIS ter um alto custo

para aquisição das licenças e o QGIS, por ser de código livre, possui licença

gratuita. Uma comparação mais detalhada entre os dois programas encontra-

se no capítulo 5.3.1. Programas de SIG deste estudo.

CUSTO:

a) o custo de uma licença do ArcGIS pode variar entre 3.000 até pouco mais

que 30.000 Dólares18, valores aproximados. O custo efetivo irá depender da

versão, nível da licença (Básica, Padrão ou Avançada) e do número de

extensões;

18 Valores atualizados obtidos em consulta à ESRI Portugal, originalmente em Euros. A conversão foi realizada

em 15 de julho de 2018, a 1, 17 dólares para cada Euro.

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b) o QGIS é um sistema operacional de código livre, ou Open Source, está

disponível gratuitamente e seu código pode ser adaptado, o que pode,

dependendo da necessidade da organização, gerar custos extras com

desenvolvimento e customização de soluções.

A Tabela 6 apresenta as principais diferenças entre os dois programas.

Tabela 6 - Principais diferenças entre ArcGIS e QGIS

Principais diferenças ArcGIS QGIS

Custo Entre 3.000 e 30.000 dólares Sem custo

Treinamento

Diversos treinamentos fornecidos

pelo fabricante, sendo que muitos

gratuitos.

Empresas particulares oferecem

treinamentos a custos variados

Suporte Suporte bem estruturado mediante

contrato do serviço.

O suporte depende de desenvolvedores

voluntários, sem previsão de tempo de

resposta.

Documentação

Documentação completa pode ser

acessada facilmente pelo botão

"Ajuda".

Documentação incompleta.

Algoritmos Possui mais algoritmos prontos para

o uso.

Necessita da integração com outros

programas de código aberto para

aumentar a gama de algoritmos.

Funcionalidades Oferece um número maior de

ferramentas de análise.

Algumas funcionalidades exigem uso

de programação de códigos

Interoperabilidade

Suporta mais de 100 formatos do

padrão OGC. Utiliza uma extensão

paga19 para aumentar a

interoperabilidade de formatos.

Suporta mais de 200 formatos com o

uso de uma biblioteca de código livre.

Formato de banco de

dados

Geralmente usa os formatos

proprietários – Geodatabase - ESRI

Personal, File e ArcSDE

Usa Banco de dados do SpatiaLight do

Open Source e suporta PostgreSQL /

PostGIS

Compatibilidade com

Sistemas Operacionais

Compatível com Sistema

Operacional Windows.

Compatível com Windows, Linux,

MacOS X, BSD e Android.

Fonte: FRIEDRICH, 2014. Adaptado pela autora, 2018.

19 A extensão Data Interoperability tem o custo anual aproximado de 5.500 dólares. Fonte: ESRI PORTUGAL,

2018.

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7.2 Programa para Sistema Gerenciador de Banco de Dados Geográficos

Um componente importante para o SIGs é o Sistema Gerenciador de Bancos de Dados

Geográficos (SGBDG), que permite manipular dados cuja geometria está referenciada à

superfície planetária (leia-se, latitude/longitude). No mercado há várias opções de Sistemas

gerenciadores de Banco de Dados (SGBD) que contam com a extensão que permite tais

manipulações, transformando os SGBD em SGBD-G, ou seja, acrescentando a primitiva

geométrica. Tais programas, assim como suas extensões para dados geográficos, podem ser

do tipo proprietário, como por exemplo o Oracle e sua extensão Oracle Spatial, ou com

código livre, como o Postgre/SQL e sua extensão espacial, o PostGIS.

7.3 Servidores de Mapas

Existe grande diversidade no mercado, sendo que alguns dos programas mais populares

nesse setor são: o ArcGIS Server, proprietário, ou seja, a licença pode ser comprada do

fabricante, a ESRI; o MapServer e o GeoServer, estes de código livre. Todos estes programas,

com algumas diferenças entre si, trabalham com arquivos vetoriais e matriciais de vários

formatos, além de diferentes tipos de banco de dados, e disponibilizam os serviços nos

formatos do padrão OGC.

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8 ADQUIRIR EQUIPAMENTOS

Para obter requisitos de hardware atuais e com confiabilidade, uma boa opção é

verificar as orientações do fabricante. Utilizaram-se as recomendações fornecidas no portal da

ESRI, servindo tanto para o ArcGIS como para o QGIS. A cada nova versão do programa, o

fabricante divulga em seu portal na WEB as novas especificações.

Requisitos de hardware informados pelo fabricante (ESRI, 2018):

a) velocidade mínima da CPU (Central Processing Unit): 2,2 GHz;

recomendada: tecnologia hiperprocessamento (Hyper threading technology)

ou multi-core (processador com mais de um núcleo);

b) plataforma recomendada: x86 ou x64 com extensões SSE2 (Double

Precision Streaming SIMD Extensions);

c) memória RAM mínima: 4 GB; recomendada: 8 GB;

d) propriedade de exibição de tela recomendada: profundidade de cor de 24

bits e resolução de 1024x 768;

e) resolução: adaptador gráfico com mínimo de 64 megabytes de RAM

(Random Access Memory); recomendado: 256 megabytes ou mais.

DICAS:

a) para trabalhar com SIG, é ideal a utilização simultânea de dois monitores

de, no mínimo 18,5 polegadas;

b) se estiver no planejamento da organização a produção de mapas impressos,

pode-se avaliar a aquisição de uma impressora do tipo Plotter, capaz de

imprimir mapas em tamanhos bem maiores que as impressoras comuns;

c) impressoras menores, mas com opção de imprimir em formato A3 e A4

também podem ser úteis.

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9 FORMAR EQUIPE

Na etapa de planejamento, no item 1.1. Recursos necessários para o planejamento, foram

descritos os papéis dos profissionais sugeridos planejar a implementação do SIG. Na etapa de

implementação, cria-se uma nova configuração para a equipe que irá levar o dia-a-dia do SIG

na organização.

9.1 Cenários

Lembrando que existem organizações de diferentes tamanhos e disponibilidade de

recursos, criaram-se dois cenários. No primeiro, descreveu-se a equipe completa, tomando-se por

base a metodologia proposta por TOMLINSON (2013). No segundo cenário, foram descritos os

requisitos mínimos recomendados para uma equipe de SIG dentro de uma organização.

A Tabela 7 apresenta as funções sugeridas para o primeiro cenário.

Tabela 7 - Sugestão de equipe completa

Equipe SIG Função

Gerente / Especialista

Gerenciar a operação; coordenar equipe; fazer a interface com a área

de negócios; implementar e manter as aplicações consistentes;

responder pela qualidade e confiabilidade do banco de dados

espacial.

Analista Desenvolvimento de produtos de informação; responsável por

rotinas de controle de qualidade.

Técnico Produzir cartografia temática; compilar dados de vários formatos e

origens; gerar subprodutos dos dados.

Programador

Projetar, codificar e realizar a manutenção do programa para

aplicações personalizadas; especialmente importante para uso do

QGIS, para operar códigos e outras funções avançadas.

Administrador de banco de

dados

Modelagem, configuração, manutenção e ajuste do banco de dados

espaciais

Administrador de Sistemas Soluções para problemas relacionados ao sistema operacional e

funções em servidores de rede

Fonte: a autora, 2018.

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Para o segundo cenário, é sugerido que, dentre os papéis descritos para o primeiro

cenário, apresentados na Tabela 7, possa ter-se ao menos os mostrados na Figura 10.

Figura 10 - Equipe mínima recomendada

Fonte: A autora, 2018.

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10 TREINAMENTOS

É sugerido um conjunto básico de treinamento, voltado para a parte da equipe que não

é especializada em SIG, mas que irá beneficiar-se do sistema. Pode ser realizada, por

exemplo, a seguinte grade de treinamento, apenas como referência:

Introdução aos Sistemas de Informações Geográficas20

- Carga horária: 40 horas.

- Público alvo: usuários iniciantes em SIG.

- Objetivos: capacitar o usuário a executar as seguintes tarefas:

a) analisar e interpretar representações cartográficas;

b) manipular bases de dados em softwares de SIG, verificando a coerência dos

dados;

c) integrar e editar dados cartográficos, estruturando e validando informações

provenientes de diversas fontes e em diferentes formatos;

d) identificar os métodos e os procedimentos inerentes ao projeto de SIG à

aquisição e à organização de dados geográficos;

e) administrar os dados (alfanuméricos e geográficos) de um projeto SIG;

f) realizar as principais operações de análise em dados geográficos;

g) validar dados, realizando consultas ao sistema, em apoio à tomada de

decisões no projeto em desenvolvimento.

Análise Espacial de Bacias Hidrográficas21

- Carga horária: 24 horas.

- Público alvo: usuários com algum conhecimento na utilização de programa de SIG ou que

tenham participado do treinamento introdutório.

- Objetivos: capacitar o usuário a executar uma série de análises sobre bacias hidrográficas

aplicadas a gestão de recursos hídricos, meio ambiente, energia, entre outras áreas. O usuário

deverá ficar apto a executar as seguintes tarefas:

a) gerar superfícies interpoladas do relevo a partir de dados hipsométricos;

b) delimitar bacias, sub-bacias e áreas de contribuição;

analisar fluxo superficial;

c) determinação de drenagens;

d) hierarquizar redes de drenagem;

e) extração de parâmetros da bacia hidrográfica.

20 Baseado na grade de cursos de extensão oferecidos pelo LABGIS (LABGIS, 2018) centro de treinamento em

SIG localizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). 21 Baseado na grade de cursos de extensão oferecidos pelo LABGIS (LABGIS, 2018) centro de treinamento em

SIG localizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

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Gestão Territorial para Recursos Hídricos com Software Livre para Código Aberto22

- Carga horária: 40 horas.

- Público alvo: profissionais da área com qualquer nível de conhecimento prévio em SIG.

- Objetivos: Analisar os dados geográficos para gestão territorial de recursos hídricos através

de Software Livre, enfatizando o uso de ferramentas de geoprocessamento e sensoriamento

remoto, a partir de uma visão geral de suas aplicações.

- Principais tópicos:

a) Fundamentos da gestão territorial para recursos hídricos e caracterização de

bacias hidrográficas;

b) Conceitos básicos de geoprocessamento e cartografia;

c) Ferramentas e aplicação de geoprocessamento e sensoriamento remoto com

ênfase em recursos hídricos;

d) Produção e manipulação de dados geográficos.

DICA: Podem ser necessários também, treinamentos na área de infraestrutura, o que

irá depender tanto da escolha do programa quanto do planejamento da organização e dos

recursos disponíveis.

22 Baseado no curso gratuito oferecido pelo Portal de Capacitação para Gestão das Águas, da Agência Nacional

de Águas.

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11 ADEQUAR A BASE DE DADOS AO MODELO PROPOSTO

Nesta etapa criam-se os padrões da organização. Cada organização e equipe

responsável pelo SIG, tem autonomia para criar seu próprio formato de base de dados, sem

interferir na integração com outras bases. Contudo, sugere-se atenção para alguns pontos,

quando da organização do padrão do SIG:

a) atentar-se para as especificações cartográficas, é importante que a base de

dados esteja definida com o mesmo datum e sistema de projeção;

b) o Datum oficial do Brasil, adotado pelo IBGE é o SIRGAS 2000, devendo

ser adotados pelas organizações;

c) sugere-se que os dados sejam armazenados na projeção Universal

Transversa de Mercator - UTM, devido à maior facilidade em trabalhar com

distâncias, já que utiliza o sistema métrico;

d) para integração dos dados com outras bases, pode ser necesário convertê-los

para outros sistemas de projeção, como Policônica ou para Sistema de

Geográfico de Coordenadas (Latitude, Longitude);

e) observar os padrões cartográficos oficiais, adotados pelo IBGE e pelo

Sistema Cartográfico Nacional;

f) definir metodologias de nomenclatura das classes, de forma a proporcionar

uma associação didática entre o nome e o conteúdo.

Exemplos de método de nomeação:

- XXX (Abreviatura do nome do grupo temático. Ex: LIM para Limites

Político-administrativos);

- NOME_DA_CLASSE (Nome da classe em maiúsculas, palavras separadas

por “_”. Ex: UNIDADE_HIDRICA_PLANEJAMENTO para Unidade

Hídrica de Planejamento);

- o nome da classe ficaria: LIM_UNIDADE_HIDRICA_PLANEJAMENTO.

a) é sugerida da utilização de “apelidos” ou Alias Name, que é uma explicação breve e

didática do nome da classe e também dos nomes dos campos das tabelas, que serão exibidos

ao usuário, como os apresentados na Figura 11;

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Figura 11 - Exemplo de utilização de Alias Name no QGIS

Fonte: BENIGNO, 2018.

b) recomenda-se não utilizar caracteres especiais, tais como: “´^~+-/\><!#$%¨&*()?, no

Nome da Classe e Nome do Campo;

c) no Alias Name contudo, não há restrição nem de tamanho nem de caracteres;

d) o Nome da Classe não deve exceder 30 caracteres, devido às configurações de alguns

formatos como Feature Class e Feature Dataset;

e) sugere-se que Nome do Campo não exceda 10 caracteres, para manter a compatibilidade

com o formato Shapefile sem a perda de caracteres, já que o máximo permitido neste formato

são 10 caracteres.

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12 IMPLANTAR O SISTEMA

Com as etapas de planejamento cumpridas, chegou a hora de iniciar as atividades e

começar a inserir o SIG nos fluxos de trabalho da organização. A partir de então, podem

surgir novas necessidades e o desenho do sistema poderá ter que ser readequado de tempos

em tempos.

A Figura 12 ilustra o fluxo da informação, desde a entrada dos dados, passando pelo

tratamento e armazenamento no banco de dados, até a saída dos Produtos de Informação,

apoiando e subsidiando a gestão.

Figura 12 - Fluxo de informação na organização

Fonte: A autora, 2018.

***

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146

REFERÊNCIAS

BENIGNO, M. (2015). Trabalhando com Formulários no QGIS. Disponível em:

http://profmarcello.blogspot.com/2015/01/trabalhando-com-formularios-no-qgis.html Acesso

em: 29 jul. 2018.

BOOCH, G; RUMBAUGH, J e JACOBSON, I: UML, Guia do Usuário. Rio de Janeiro,

2000.

BORGES, K. A. V. (1997). Modelagem de Dados Geográficos: uma extensão do modelo

OMT para aplicações geográficas. Dissertação de Mestrado. Disponível em:

http://www.dpi.inpe.br/cursos/ser300/Referencias/karla_tese.pdf . Acesso em: 10 jul. 2018.

DIRETORIA DE SERVIÇO GEOGRÁFICO DO EXÉRCITO – DSG. (2011). Especificação

Técnica para a Aquisição de Dados Geoespaciais Vetoriais. Disponível em:

http://www.geoportal.eb.mil.br/images/PDF/ET_ADGV_Vs_2_1_3.pdf . Acesso em 05 dez.

2017.

ESRI. (2018). Create FGDC CSDGM metadata. Disponível em: http://pro.arcgis.com/en/pro-

app/help/metadata/create-fgdc-csdgm-metadata.htm Acesso em: 26 jul. 2018.

ESRI. Requisitos do sistema para o ArcGIS Desktop 10.6. Disponível em:

http://desktop.arcgis.com/es/system-requirements/latest/arcgis-desktop-system-

requirements.htm#ESRI_SECTION1_4D839759F08146819E273A6DDD01DCBB Acesso

em 03 jun. 2018.

FRIEDRICH, C. (2014). Comparison of ArcGIS and QGIS for Applications in Sustainable

Spatial Planning. Tese de Mestrado, Universidade de Viena. Disponível em:

http://othes.univie.ac.at/35758/1/2014-12-20_0900264.pdf Acesso em: 21 set. 2017.

ISO 19115:2003. (2003). Geographic information – Metadata. Disponível em:

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ISO IEC 9126-1 (2001): Software Engineering-Product Quality- Part 1-Quality Model, ISO.

Disponível em: https://www.iso.org/standard/22749.html . Acesso em: 02 jun. 2018.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. (2009) Atlas

geográfico escolar / IBGE. Disponível em:

https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv44152_cap2.pdf Acesso em: 20 jul. 2018.

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Reguladoras das normas técnicas da cartografia nacional

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto/1980-1989/D89817.htm