UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
UNIDADE ACADÊMICA DE MEDICINA VETERINÁRIA
CAMPUS DE PATOS-PB
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
MONOGRAFIA
TERAPIAS ALTERNATIVAS E COMPLEMENTARES NO TRATAMENTO
DE AFECÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM EQUINOS:
MODALIDADES UTILIZADAS NO HOSPITAL VETERINÁRIO/ CSTR/
UFCG
Julie Heide Nunes Paz
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CAMPUS DE PATOS-PB
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
MONOGRAFIA
TERAPIAS ALTERNATIVAS E COMPLEMENTARES NO TRATAMENTO DE
AFECÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM EQUINOS: MODALIDADES
UTILIZADAS NO HOSPITAL VETERINÁRIO/ CSTR/ UFCG
Julie Heide Nunes Paz
Graduanda
Prof. Dr. Eldinê Gomes de Miranda Neto
Orientador
Prof. MSc. Rodrigo Barbosa Palmeira
Coorientador
Patos - PB
Dezembro de 2017
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSRT DA UFCG
P348t
Paz, Julie Heide Nunes
Terapias alternativas e complementares no tratamento de afecções
musculoesqueléticas em equinos: modalidades utilizadas no Hospital
Veterinário / CSTR / UFCG / Julie Heide Nunes Paz. – Patos, 2017.
43f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina Veterinária) – Universidade
Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2017.
"Orientação: Prof. Dr. Eldinê Gomes de Miranda Neto”
“Co-Orientação: Prof. MSc. Rodrigues Barbosa Palmeira”
Referências.
1. Cavalo. 2. Fisioterapia. 3.Reabilitação equina. 4. Terapia celular.
I. Título.
CDU 616:619
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CAMPUS DE PATOS-PB
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
JULIE HEIDE NUNES PAZ
Graduanda
Monografia submetida ao Curso de Medicina Veterinária como requisito parcial para
obtenção do grau de Médico Veterinário.
APROVADO EM ....../....../........ MÉDIA: ________
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________ _________
Prof. Dr. Eldinê Gomes de Miranda Neto Nota
Orientador
___________________________________________ _________
Prof. MSc. Rodrigo Barbosa Palmeira Nota
Examinador I
____________________________________________ _________
Prof. MSc. Thiago Arcoverde Maciel Nota
Examinador II
Dedicatória
Aos meus pais!
Albérico de Amorim e Joseleide Nunes, que sempre
superaram as dificuldades investindo no meu futuro.
Obrigada pelo amor, os cuidados, a confiança e o apoio.
Amo vocês!
AGRADECIMENTOS
A vida é sempre cheia de pegadinhas e obstáculos, dificuldades que são superadas com
muito suor. Mas não vivi muito e logo portas me foram apresentadas, fui guiada à escolha
certa. Então eu consegui, simplesmente explorei os caminhos sem mapas, sem se quer saber
onde estava indo, mas sabia o que iria fazer. Por dois diferentes lugares andei, distante de tudo
que eu conhecia, se fez novidade para mim, mas era tudo o que eu esperava, mesmo sem
conhecer. E foi como eu disse uma vez, “fomos feitos para o mundo”, é preciso descobrir
caminhos sozinha para amadurecer. Em razão disso, agradeço primeiramente a Deus, por me
guiar sempre, por colocar pessoas especiais em minha vida ao longo dessa jornada e por me
permitir alcançar hoje mais essa vitória.
Ao meu pai, Albérico de Amorim e a minha mãe Joseleide Nunes, pelos cuidados e
carinho, por me apoiarem nas minhas escolhas e me permitirem chegar onde cheguei.
Agradeço a vocês por tudo o que eu consegui e a pessoa que me tornei. A vocês dedico todas
as minhas conquistas e todo meu sucesso, pois superaram dificuldades em prol delas. Sei que
se orgulham de mim, mas eu quem me orgulho de tê-los comigo, por serem pessoas de bem e
batalhadores, e por me ensinarem a respeitar o próximo e a valorizar pequenas coisas na vida.
Ao meu companheiro e melhor amigo Ricardo Alves, pelo carinho, os cuidados e por
estar sempre ao meu lado, me apoiando nas minhas escolhas, me incentivando a crescer e
valorizando cada passo que dou. E mesmo quando cansada que quero parar no tempo você me
lembra quem sou e me faz seguir. Aprendemos com o tempo, verdade, amadurecemos e agora
temos um propósito juntos.
A minha Vó Heró, pelo jeitinho doce, sempre muito carinhosa, por nunca desanimar e
sempre ver o lado bom das coisas, independente das dificuldades. E pela minha Tia Alba (“in
memórian”), pelo apoio a mim e a minha família, por incentivar meu futuro e ser a pessoa
maravilhosa que foi, que amou sua família e sempre se fez presente.
Aos meus irmãos Alber Jonathas e Albério Henrique, por me apoiarem quando
precisei. E aos meus avôs, primos e tios pelas rizadas, brincadeiras, aventuras, pelos ótimos
momentos em família, momentos que não troco por nada, e por me ensinar o verdadeiro valor
da vida que é a família.
As minhas amigas Williany Marillac e Hannah Soares, pelos dias vividos nessa
graduação, dividindo comigo os aperreios e as alegrias que a vida acadêmica teve a oferecer.
Pela confiança e o carinho entre nós, pelas rizadas, lagrimas, pelos conselhos e broncas, pelos
lanches divididos, pelos copos virados (Hannah) e pelas aventuras, claro. Enfim, todos os
pequenos momentos foi um prazer imenso passar com vocês, e vou querer sempre mais. Eita,
que já sinto imensa saudade. Essa amizade, eu quero levar para o resto de minha vida, quem
sabe até chegamos no Maranhão.
A minha querida Suelen Laís, um presente que a UFPB em Areia me deixou. A você,
agradeço pelo companheirismo durante minha fase em Areia, e principalmente por ter me
guiado duas vezes, me levando à conquistas que eu trago comigo até hoje, que fazem parte de
minha vida e definem meu futuro.
Ao pessoal da rotina da CMGA, em especial Daniel Medeiros, com quem convivo
diariamente, um exemplo de pessoa e profissional, a quem tenho grande respeito e admiração,
sempre me incentivando e valorizando cada passo e observação que faço. A Josemar, pelas
oportunidades e ensinamentos. Aos atuais residentes, mestrandos, doutorandos e todos os que
já passaram pela clínica, com suas diferentes personalidades e formas de se trabalhar, todo
ano aprendo um pouquinho com vocês e assim cresço como pessoa e como profissional. A
Gildenir Aguiar, Ana Luiza e Gliere Soares, que estiveram comigo desde o início, sempre
me incentivando e depositando confiança em mim, obrigada também pelos conhecimentos. A
Erika Queiroz e Júlio Edson pela confiança, o carinho, a amizade e o respeito. Quero um
bem danado a vocês!!
A todos que já foram estagiários da CMGA, obrigada pelo trabalho em equipe.
A Waleska Fernandes pelo companheirismo no decorrer do curso, pelos materiais de
estudo compartilhados e pelos ensinamentos em véspera de prova. A Denise Nogueira, garota
de coração enorme, admirável, pessoa e profissional brilhante, obrigada por todas as vezes
que me ajudou e por todas as vezes que me disse palavras confortantes.
A Samarita, pelo carinho, o incentivo e os cuidados, sempre muito protetora, te
admiro muito, como uma mulher batalhadora vejo em você um futuro brilhante. Também
Ediane e Millena, tenho um imenso carinho pelas três, sem falar que nas minhas melhores
farras vocês estiveram presentes.
Ao meu orientador Eldinê Gomes de Miranda Neto, professor dedicado e
competente que exerce sua profissão com amor e toda paciência do mundo. Obrigada por me
permitir conciliar meus compromissos sem obstáculos ou dificuldades, por me permitir
trabalhar na CMGA, onde tive o prazer de conviver com a simplicidade e esforço de
profissionais que pela clínica passaram ou permanecem. Pelos ensinamentos durante todos
esses anos, pela confiança e por ser meu incentivo na profissão.
A Rodrigo Palmeira, Paulo Antônio e Juliana Molina pelo apoio e incentivo neste
trabalho.
Aos professores Sara Vilar, Pedro Isidro, Fernando Vaz, Tatiane Rodrigues,
Thiago Arcoverde, Antônio Flávio, Otávio Brilhante, Verônica Medeiros por serem
profissionais competentes, dedicados, brilhantes e se fazerem tão presente perante os alunos.
E a todos os demais que fizeram parte de minha formação.
Ao GEBU, um grupo de estudo de respeito, obrigada pelos ensinamentos, pelas
atividades em grupo, pelas risadas, embora tenha participado pouco, aprendi bastante com
vocês. A simplicidade, a força e a dedicação fazem de vocês futuros brilhantes profissionais.
Aos meus colegas funcionários do Hospital Veterinário, Seu Cuité, Zé, Max, Dona
Fátima, Dona Nené, Benilda, “as Neides”, Jonas, Soraia, Thiago, Francisco do setor de
informática, Fernanda e João Batista da coordenação e os demais por todos os “Bom dia”,
“Boa tarde”, todos os sorrisos, os papos e os ensinamentos.
A turma 2013.1, turma que me recebeu e com quem terminei essa etapa tão grande na
minha vida, que foi a graduação.
Por fim, meu muito OBRIGADA a todas as pessoas que se fizeram presente nessa
grande fase, por cada momento difícil que me fez amadurecer e por cada momento feliz que
me estimulou a continuar.
SUMÁRIO
Pág.
LISTA DE FIGURAS.................................................................................. 7
LISTA DE TABELAS................................................................................ 8
LISTA DE GRÁFICOS............................................................................... 9
RESUMO......................................................................................................
ABSTRACT..................................................................................................
10
11
1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 12
2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................. 13
2.1 Terapias alternativas e complementares na Medicina Veterinária
Equina............................................................................................................
13 13
2.2 Modalidades das terapias alternativas e complementares........................ 14
2.2.1 Hidroterapia.................................................................................................... 14
2.2.2 Crioterapia...................................................................................................... 15
2.2.3 Termoterapia................................................................................................... 16
2.2.4 Ultrassom terapêutico..................................................................................... 17
2.2.5 Shock wave..................................................................................................... 19
2.2.6 Quiropraxia..................................................................................................... 20
2.2.7 Massoterapia................................................................................................... 21
2.2.8 Acupuntura..................................................................................................... 22
2.2.9 Kinésio tape.................................................................................................... 22
2.2.10 Cinesioterapia................................................................................................. 24
2.2.11 Plasma Rico em Plaquetas (PRP)................................................................... 25
3 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................ 27
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 28
4.1 Perfil dos Equinos analisados...................................................................... 28
4.2 Diagnóstico das diferentes afecções musculoesqueléticas......................... 29
4.3 Terapias complementares utilizadas na CMGA/HV................................ 32
5 CONCLUSÃO.............................................................................................. 37
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 38
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Hidroterapia em equino. A: Imersão total ou natação; B: Ducha
fria........................................................................................................
14
Figura 2. Crioterapia em equino. A: Imersão total dos membros em água e
gelo para tratamento preventivo de laminite; B: Aplicação em bolsa
de gelo..................................................................................................
16
Figura 3. Termoterapia superficial em Equino. A: Compressa quente com
uma luva descartável contendo água; B: Aplicação de luz
infravermelho na região do pescoço de um animal com lesão por
traumatismo.........................................................................................
17
Figura 4. Efeito térmico e atérmico do Ultrasson terapêutico............................ 18
Figura 5 Profundidade do US de acordo com a frequência do transdutor......... 18
Figura 6. Ultrasson terapêutico no tratamento de tendinite em um equino........ 19
Figura 7. Terapia Shock wave aplicada na articulação interfalangeana distal,
ligamento medial.................................................................................
20
Figura 8. Quiropraxia em Equino A: Manipulação na região lombar; B:
Manipulação da região cervical...........................................................
20
Figura 9. Massoterapia em Equino. A: Massagem em um equino que
apresentava edema de jarrete; B: Massagem na região da escápula
de um equino que apresentava aderências do tecido...........................
21
Figura 10 Mapa dos principais pontos de Acupuntura no cavalo........................ 22
Figura 11 Utilização do KT em Equino A: Facilitação do bíceps femoral; B:
Kenzo Kaze, o fundador do Kinésio....................................................
23
Figura 12 Cinesioterapia em Equino A: Alongamento passivo do membro
posterior; B: Alongamento ativo assistido da região cervical.............
24
Figura 13 Utilização de pólos de solo para aumentar a flexão das articulações
e restabelecer coordenação..................................................................
24
Figura 14 Preparação do PRP. A: Tubos de ensaio contendo citrato de sódio
para coleta de sangue; B: Sangue coletado; C: Centrifugação; D:
Sangue após a centrifugação................................................................
26
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.
Casuística total dos atendimentos em equinos e das afecções
musculoesqueléticas, entre machos e fêmeas na
CMGA/HV/UFCG entre o período de 2012 à 2016.......................
28
Tabela 2.
Casuística das diferentes afecções musculoesqueléticas
diagnosticadas em equinos e entre eles o número de altas, óbitos
e eutanásias na CMGA/HV/CSTR/UFCG, entre o período de
2012 à 2016.....................................................................................
30
Quadro 3.
Afecções musculoesqueléticas em equinos e as modalidades
terapêuticas complementares utilizadas na
CMGA/HV/CSTR/UFCG entre o período de 2012 à 2016............
33
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Casuística total de atendimentos em equinos na
CMGA/HV/CSTR/UFCG entre o período de 2012 à 2016..............
29
Gráfico 2. Número de casos de afecções musculoesqueléticas diagnosticadas
na CMGA/HV/CSTR/UFCG entre o período de 2012 à 2016..........
29
Gráfico 3. Afecções musculoesqueléticas de maior ocorrência na
CMGA/HV/CSTR/UFCG entre o período de 2012 à 2016..............
32
RESUMO
PAZ, JULIE HEIDE NUNES. Terapias Alternativas e Complementares no tratamento
de afecções musculoesqueléticas em equinos: modalidades utilizadas no Hospital
Veterinário/ CSTR/ UFCG. Patos-PB, UFCG. 2017, 43 p. (Trabalho de Conclusão de
Curso em Medicina Veterinária, Clínica médica de equinos) - Unidade Acadêmica de
Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande.
Foram revisadas as fichas clínicas dos casos de afecções musculoesqueléticas em equinos
atendidos na Clínica Médica de Grandes Animais do Hospital Veterinário da Universidade
Federal de Campina Grande, Patos-PB, no período de janeiro de 2012 à dezembro de 2017,
em busca das terapia complementares utilizadas no tratamento das diferentes lesões
musculoesqueléticas em equinos. Para tanto, foi realizada a contabilidade dos casos dessas
afecções, obtendo-se um número de 357 (25%) de uma casuística total de 1426 atendimentos
de equinos durante esse período, na sua maioria adultos, machos, sem padrão racial definido
ou puro sangue da raça Quarto de Milha, criados em sistema de manejo intensivo ou semi-
intensivo e submetidos a treinamentos, vaquejadas ou explorados em trabalhos. Por
conseguinte, foram avaliadas as práticas de terapias complementares adotadas nos
tratamentos dessas afecções, sendo elas a hidroterapia na forma de ducha fria e banho, a
crioterapia e termoterapia na forma de compressa, massoterapia, ultrassom terapêutico,
acupuntura, Kinésio Tape (KT), cinesioterapia e Plasma Rico em Plaquetas (PRP), indicadas
em conformidade com as citações de literatura. E utilizadas, geralmente, em associação às
terapias convencionais, tais como o uso de medicamentos revulsivantes, AINES,
corticosteroides, associando-se a indicação de repouso absoluto com posterior retorno ao
exercício de forma gradual buscando uma resposta rápida do animal ao tratamento da lesão.
Essas modalidades, seja de uso isolado ou complementar às terapias convencionais,
permitem uma rápida e maior eficiência no tratamento de lesões musculoesqueléticas,
diminuindo o uso de medicações, promovendo efeito analgésico e tranquilizante, também
indicadas para reabilitação de forma a atenuar a incapacidade física causada pela doença
musculoesquelética. Conclui-se que, com a grande casuística de lesões musculoesqueléticas
em equinos é notável a importância de adquirir essas modalidades na rotina médica equina
visando uma melhor qualidade de vida desses animais.
Palavras-chave: cavalos, fisioterapia, reabilitação equina, terapia celular
ABSTRACT
PAZ, JULIE HEIDE NUNES. Alternative and Complementary Therapies in the
treatment of musculoskeletal disorders in horses: modalities used at the Veterinary
Hospital / CSTR / UFCG. Patos-PB, UFCG. 2017, 43 p. (Work of Completion of Course in
Veterinary Medicine, Medical Clinic of Horses) - Academic Unit of Veterinary Medicine,
Federal University of Campina Grande.
We reviewed the medical records of cases of musculoskeletal disorders in assisted quinos at
the Medical Clinic of large animals of Veterinary Hospital of the Federal University of
Campina Grande, Patos-PB in the period from January 2012 to December 2017 in search of
used complementary therapy in the treatment of different musculoskeletal lesions in horses.
Thus, it was held the records of cases of these diseases, resulting in a number of 357 (25%)
out of a total sample of 1426 equine care during this period, mostly adults, males, without
defined breed or pure blood of the Quarter Horse breed, raised in intensive management
system or semi-intensive and undergoing training, rodeos or exploited at work. Therefore,
the practice of complementary therapies adopted in treatment of these disorders were
evaluated, and they hydrotherapy as cold bathing shower, cryotherapy and thermotherapy in
the form of compresses, massage therapy, therapeutic ultrasound, acupuncture, Kinesio Tape
(KT), exercise and Platelet Rich Plasma (PRP) given in accordance with the literature
citations. And used generally in combination with conventional therapies such as the use of
revulsivantes drugs, NSAIDs, corticosteroids, associating the absolute rest indication with
subsequent return to the exercise gradually seeking quick response of the animal to the
treatment of the lesion. These modalities, whether used alone or in addition to conventional
therapies, allow for a rapid and greater efficiency in the treatment of musculoskeletal
injuries, decreasing the use of medications, promoting analgesic and tranquillising effects,
also indicated for rehabilitation in order to attenuate the physical incapacity caused by
musculoskeletal disease. It is concluded that, with the great series of musculoskeletal
injuries in horses is remarkable the importance of acquiring these modalities in equine
medical routine seeking a better quality of life of these animals.
Keywords: horses, physiotherapy, equine rehabilitation, cell therapy
12
1 INTRODUÇÃO
A criação de cavalos é uma tradição antiga, não só balança a economia como também
está inserida na cultura brasileira. Desde sua domesticação, os cavalos são utilizados em
diversas atividades na sociedade, onde são destinados para trabalho, esporte ou lazer. São
submetidos a atividades equestres que vão desde corridas, saltos a competições que exige ao
máximo de sua conformação física para um bom desempenho nas atividades ou por
consequência das mesmas, causando as lesões de sistema musculoesquelético.
As terapias alternativas e complementares promovem múltiplos benefícios à saúde e
bem estar desses animais. São técnicas que estão crescendo na medicina equina, porém,
comparando-se aos animais de pequeno porte como cães e gatos, algumas delas não são
facilmente acessíveis aos cavalos, devido a vários fatores como porte, temperamento,
dificuldades de manejo, custo elevado para adaptação estrutural, dentre outros.
A utilização das terapias alternativas e complementares de forma correta permite uma
maior eficiência no tratamento de lesões musculoesqueléticas onde há o comprometimento de
ligamentos, tendões, articulações, músculos, nervos e ossos, objetivando a reabilitação
funcional da biomecânica do animal. Além de prevenir lesões, permite uma rápida
recuperação, diminui o uso de medicações, promove efeito analgésico e tranquilizante, o que
melhora a qualidade de vida do animal.
Essas modalidades terapêuticas incorporam a terapia celular, acupuntura, técnicas
manuais e aparelhos específicos utilizados de forma isolada ou complementar às terapias
convencionais. São terapias não invasivas, com exceção da terapia celular em que faz uso do
Plasma Rico em Plaquetas (PRP) e a acupuntura os quais, mesmo que pouco invasivas,
também trazem excelentes resultados acelerando o processo de reabilitação do animal.
Algumas técnicas terapêuticas coadjuvantes ainda estão passando por estudos,
utilizando-se também dos avanços no uso de terapias em humanos para aprimorar sua
utilização em cavalos quando seu princípio de funcionamento e aplicação forem semelhantes,
levando-se em consideração diferenças como a biomecânica, metabolismo, resistência e
características anatômicas do cavalo.
Objetiva-se com esse estudo obter conhecimentos mais apurados sobre essas medidas
terapêuticas complementares e alternativas, enfatizando suas aplicações nas diferentes
afecções musculoesqueléticas na rotina da Clinica Médica de Grandes Animais do Hospital
Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, Patos-PB, conforme indicações
referenciadas.
13
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Terapias alternativas e complementares na Medicina Veterinária Equina
De acordo com o National Center for Complementary and Integrative Health (2016), a
medicina complementar é aquela utilizada em associação com a medicina convencional,
diferente da medicina alternativa a qual substitui a terapia convencional. Dentre essas
intervenções não tradicionais, a medicina alternativa verdadeira é pouco utilizada, sendo mais
comum a associação com os tratamentos convencionais. Porém, Silva, Alves e Filadelpho
(2008a) relatam que algumas técnicas da medicina alternativa vem sendo aplicadas na
medicina veterinária obtendo-se resultados satisfatórios, em especial a acupuntura e a
quiropraxia.
Entre as terapias alternativas e complementares destacam-se a hidroterapia; a terapia
física: acupuntura, terapias com massagens; as terapias de exercícios individuais; as técnicas
de ondas, radiações e vibrações (BARBOSA, 1994). Essas técnicas vêm sendo aplicadas na
medicina veterinária para tratar afecções locomotoras ou qualquer alteração que crie um
quadro doloroso no intuito de complementar ou eximir as técnicas convencionais, sejam elas
cirúrgicas ou alopáticas (SILVA; ALVES; FILADELPHO, 2008a).
Na clinica equina encontra-se assiduamente problemas ortopédicos, enfatizando
problemas vertebrais, claudicações, desvios posturais e mudanças de desempenho vindo a
refletir nos resultados de competições (CACHADO, 2012).
O processo de regeneração envolve uma série de eventos, sob reações bioquímicas e
celulares afim de restaurar o equilíbrio fisiológico, esse processo é dividido em três etapas que
se completam resultando na formação do tecido cicatricial: a fase da inflamação, a
proliferativa e a de remodelamento (KITCHEN; YOUNG, 2003). Essa reparação tecidual das
lesões musculo esqueléticas frequentemente é um processo demorado e ocasionalmente
incompleto, tornando incerto o retorno do animal ao desempenho atlético anterior com
enorme chance da afecção recorrer. Dessa forma, a utilização da medicina regenerativa com
base em fatores de crescimento e terapia celular associado a outros métodos terapêuticos
como técnicas de reabilitação, potencializa sua ação reparadora (GREGÓRIO, 2012;
TORRICELLI et al., 2011).
De acordo com Goff (2016), para determinar a terapia física, o clínico deve ser
direcionado para o local da lesão ou origem da disfunção do movimento utilizando-se de
técnicas que melhoram a precisão do diagnóstico, entre elas a anamnese, a observação estática
14
e dinâmica do animal, testes de movimento funcional, exame de palpação e interpretação
dessas avaliações. Por conseguinte as aplicações das modalidades terapêuticas exigem o
conhecimento do método de tratamento, pontos aplicáveis, eficiência, indicações, contra
indicações, reações adversas, limitações e benefícios (CACHADO, 2012; KANEPS, 2016).
2.2. Modalidades das terapias alternativas e complementares
2.2.1 Hidroterapia
A hidroterapia é a utilização da água, em qualquer de suas formas, no tratamento de
doenças ou traumatismo (BIASOLE; MACHADO, 2006). E são várias as modalidades com
utilização da água, indicadas na reabilitação de equinos com lesões musculoesqueléticas com
o objetivo de melhorar a função geral dos membros comprometidos e impedir novas lesões
(KING, 2016). Mikail (2009) cita como modalidades de hidroterapia na medicina veterinária
as duchas, imersão total ou natação (figura 1), imersão parcial ou hidroginástica, botas de
turbilhão e os banhos de contraste que consiste na aplicação alternada de calor e frio. Porém,
qualquer uma dessas formas terapêuticas na água é contraindicada quando há alterações
cardíacas ou respiratórias, feridas abertas, incontinência urinária ou diarreia
(MIKHAILENKO, 2013).
Figura 1: Hidroterapia em equino.
A: Imersão total ou natação;
B: Ducha fria.
Fonte: Borges, 2017.
Segundo Ferreira (2014), a hidroterapia tem por princípio permitir o máximo de
independência funcional ao paciente, intensificando os movimentos fisiológicos além de
reduzir as respostas anormais através dos benefícios dos fundamentos físicos e termodinâmico
A B
15
da água. Essas propriedades da água promovem claramente diferentes efeitos terapêuticos a
depender da temperatura, atuando sobre o tônus vascular e metabolismo tecidual, importante
para abordar diferentes estágios de lesões musculoesqueléticas por aumentar a mobilidade
articular, melhorar o controle postural, promover resistência e ativação muscular, além de
diminuir a inflamação (KING, 2016). Biasoli e Machado (2006), ainda citam o relaxamento,
redução de impacto sobre as articulações e analgesia como efeitos alcançados com a terapia
por imersão em água principalmente quando exploram suas propriedades físicas, tais como:
força de flutuação ou empuxo, densidade relativa, pressão hidrostática, pressão superficial,
temperatura e viscosidade. Características que determinam o valor terapêutico, tornando-se
diferente daqueles executados no solo.
Na hidroterapia na forma de ducha, os benefícios da temperatura, tais como os efeitos
do calor ou frio, associam-se aos da massagem, devido a pressão exercida pela água nos
tecidos, atuando também na circulação sanguínea e linfática (MIKAIL, 2009).
2.2.2 Crioterapia
A Crioterapia consiste na utilização de modalidades de frio com temperatura variando
de 0 a 18,3 ºC, fornecendo uma diversidade de respostas cuja proporção vai depender da
técnica ou superfície de aplicação, da temperatura e duração da terapia (STARKEY, 2001).
A utilização da crioterapia não limita a inflamação, pois esta é fundamental no
mecanismo de reparação. O gelo minimiza os sinais cardinais da inflamação como edema,
calor, rubor, dor e perda funcional, por promover redução do metabolismo e analgesia
(LOPES, 2009). Em razão disso, Kaneps (2016) indica a terapia no tratamento de lesões
musculoesqueléticas agudas e em pós-cirúrgico, mostrando-se mais efetivo quando aplicada
durante as primeiras 24 e 48 horas, momento em que os sinais ainda estão evidentes.
Os benefícios da crioterapia são alcançados quando a pele atinge uma temperatura
aproximada de 13,8ºC, permitindo uma redução ideal do fluxo sanguíneo local. Sendo o efeito
analgésico alcançado quando a temperatura chega em torno de 14,4ºC (STARKEY, 2001).
O tempo ideal de aplicação da crioterapia depende de inúmeras variáveis, tais como: a
análise metabólica do paciente, a finalidade da aplicação e a profundidade da lesão,
considerando a espessura da musculatura e do tecido adiposo sobre o tecido alvo. Esse tempo
varia entre 20 a 40 minutos, pois o tecido leva 10 minutos para chegar na temperatura
mínima, sobretudo, quanto mais profunda a lesão maior o tempo da aplicação do gelo.
(CHAVES; ARAÚJO; BRANDÃO, 2008; GUIMARÃES, 2006; LOPES 2009).
16
Mesmo diante dos benefícios da crioterapia, não se pode descartar os efeitos
prejudiciais do resfriamento, tornando a terapia contraindicada em situações específicas,
como em áreas comprometidas por doença vascular periférica, pois o resfriamento
compromete ainda mais o aporte sanguíneo na região devido a vasoconstricção resultante, e
em casos de problemas articulares, visto que a o resfriamento induz ao aumento da rigidez
articular devido ao seu efeito sobre o tecido colágeno (KITCHEN, 2003).
Como modos de aplicações da crioterapia na fisioterapia veterinária, Lopes (2009)
destaca a massagem com gelo, spray, compressa com bolsas de gel, bolsas químicas, bolsas
de gelo e imersão dos membros na água com gelo (figura 2).
Figura 2: Crioterapia em equino.
A: Imersão total dos membros em água e gelo para tratamento preventivo de laminite;
B: Aplicação em bolsa de gelo.
Fonte: Farinelli, 2010.
2.2.3 Termoterapia
Segundo Araújo (2009), a termoterapia é definida como uso de qualquer método físico
que promova aumento da temperatura tecidual com finalidade terapêutica, sendo classificada
em termoterapia superficial e termoterapia profunda. Na primeira se utiliza a condução,
radiação, convecção e evaporação para transferência de calor, ao passo que na termoterapia
profunda utiliza-se a conversão. Kitchen (2003), cita essa modalidade de termoterapia
profunda, quando há necessidade de uma penetração maior do aquecimento, visto que a
musculatura adjacente tem uma resposta menor e lenta a temperaturas toleráveis,
principalmente em casos em que há muita gordura subcutânea reduzindo ainda mais o
aquecimento dos tecidos mais profundos.
Os jatos de água quente, as bolsas térmicas, turbilhão, colchões térmicos elétricos e as
lâmpadas de infravermelho foram citadas por Steiss e Levine (2008) como modalidades de
A B
17
termoterapia superficial comumente utilizadas na Medicina Veterinária (figura 3). Kitchen
(2003) ainda realça que o fluxo da água promovido nos banhos de turbilhão pode incitar
receptores na superfície da pele, suprimindo a percepção da dor por meio do mecanismo da
comporta. Na termoterapia profunda, Owen (2006), inclui o ultrassom terapêutico e a
diatermia de ondas curtas. Porém, de acordo com Araújo (2009), o princípio da modalidade
do ultrassom terapêutico está situado no espectro acústico e também produz efeitos mecânicos
não térmicos indo além das propriedades térmicas, devendo por isso ser interpretado separado
desse tipo de agente.
Entre os efeitos da termoterapia pode-se incluir: o alívio da dor, redução do espasmo
muscular, extensibilidade colágena, relaxamento muscular, aumento do metabolismo celular,
aumento da permeabilidade capilar e aumento da circulação local. Entre as técnicas de calor,
as compressas quentes não devem passar de 75ºC se for aplicado durante 15 à 30 minutos, e
quando aplicado sob um isolamento térmico. As hidromassagens devem ser aplicadas a uma
temperatura que não ultrapasse 35ºC, porém, se for local a água pode chegar até 40ºC
(OWEN, 2006).
Figura 3: Termoterapia Superficial em Equino.
A: Compressa quente com uma luva descartável contendo água;
B: Aplicação de luz infravermelho na região do pescoço de um animal com lesão
por traumatismo.
Fonte: Farinelli, 2010.
2.2.4 Ultrassom terapêutico
O ultrassom é definido como uma forma de vibração mecânica de alta frequência,
imperceptível à audição humana, essas vibrações ocorrem quando uma energia elétrica é
transformada em energia acústica por meio da deformação dos cristais piezoelétricos
presentes no transdutor (SPEED, 2001). Starkey (2001) caracteriza esse efeito mecânico do
ultrassom terapêutico como não térmico quando o feixe é aplicado de forma pulsada,
A
18
reduzindo o efeito térmico, e a produção dos efeitos fisiológicos térmicos quando o feixe é
liberado de forma contínua. Porém, Araújo (2009) menciona que os efeitos térmicos e
atérmicos podem ocorrer concomitantemente nos tecidos, não sendo independentes (Figura
4). Speed (2001) ainda cita que a proporção da energia que chega a determinada área está
correlacionada aos tecidos que serão ultrapassados pelo feixe e alguns aspectos do ultrasson,
tais como intensidade, frequência, amplitude, direcionamento e uniformidade do feixe.
Os parâmetros de frequências utilizadas no UST variam de acordo com a lesão. Leite
et al. (2013), indicam a utilização de frequências mais alta (3 MHZ) para tratar as lesões
superficiais por serem mais específicas com intensa capacidade na absorção, e as frequências
mais baixa (1 MHZ) para tratar as lesões profundas devido a sua capacidade de penetração
(Figura 5).
llll
A aplicação na forma contínua provoca o aumento da temperatura devido ao atrito
causado pelas vibrações de partículas celulares (Leite et al., 2013). Segundo Young (2003),
esse efeito térmico funciona quando o ultrassom transita o tecido, que uma parte é absorvida
fornecendo calor por difusão térmica e pela circulação local, a intensidade vai variar de
acordo com a frequência do ultrassom, a natureza do tecido e da vascularização local. As
estruturas que serão preferencialmente atingidas abrangem o periósteo, meniscos articulares,
músculo fibrótico, bainhas tendíneas, interfaces intermusculares e raízes nervosas maiores,
tornando-se importante o conhecimento da profundidade que a energia pode penetrar, sua
intensidade e as estruturas presentes entre a fonte ultrassônica e do tecido lesado.
No modo pulsátil, os efeitos não térmicos são alcançados devido ao intervalo entre as
transferências das ondas, promovendo vibrações acústicas, micromassagens e formação de
Figura 5: Profundidade do US de acordo com
a frequência do transdutor. Figura 4: Efeito térmico e atérmico do
Ultrasson terapêutico.
Fonte: Starkey, 2001. Fonte: Borges, 2017.
19
cavitações, que estimulam uma variedade de respostas celulares sem que ocorra um aumento
expressivo da temperatura (DIAZ, 2005). De acordo com Amâncio (2003), dentre os efeitos
atérmicos compreendem a síntese protéica, aumento da permeabilidade celular promovendo o
aumento do fluxo de íons de cálcio e metabólitos facilitando uma rápida reparação tecidual.
Mikhailenko (2013) indica a utilização do ultrassom como modalidade fisioterápica
eficaz em equinos, para o tratamento de contraturas articulares e tendinites crônicas (figura
6), devido ao seu efeito mecânico, resultando no aumento de fibroblastos, deposição de
oxigênio e colágeno. E de acordo com Araújo (2009) essas mudanças fisiológicas permite o
maior reparo e cicatrização tecidual, além de potencializar todas as etapas do processo
inflamatório
Figura 6: Ultrasson terapêutico no tratamento de
tendinite em um equino.
Fonte: Farinelli, 2010.
2.2.5 Shock wave
O shock wave é uma terapia com ondas de choque extracorpóreo, incialmente
introduzida na medicina humana, passando a ser utilizada na medicina equina em 1996 por
um alemão, na área ortopédica (McCLURE; WEINBERGER, 2003).
Conforme Wang, Huang e Pai (2002), o mecanismo de ação do shock wave consiste
na penetração das ondas pelos tecidos, vasos e nervos, atingindo o local da lesão, onde ocorre
um estímulo mecânico levando a uma diversidade de efeitos, dentre eles, a congestão e
aumento na microcirculação sanguínea local, aumento da produção de prostaglandina e
aumento dos níveis de óxido nítrico local, obtendo resultados de reparação dos tecidos e
diminuição da sensação dolorosa.
De acordo com Schlachter e Lewis (2016), a terapia com onda de choque utiliza uma
conformação tridimensional do paciente. Tornando-se necessário que o operador utilize todos
os ângulos sobre a região afetada, o aparelho precisa manter um bom contato com o tecido
tornando-se preciso tricotomizar e fazer a limpeza da área, além da utilização de gel de
ultrassom. Owen (2006), ainda realça que é necessária a indicação da anatomia regional da
20
lesão para direcionar corretamente as ondas de choque, pois seu efeito de cavitação instável é
potencialmente prejudicial se aplicado no campo pulmonar, coração, cérebro, vasos
sanguíneos e nervos, além de poder produzir dano tecidual local.
Segundo Wang, Huang e Pai (2002), o shock wave é indicado no tratamento de
exostose, osteoartrite, nas fraturas pela formação de calo ósseo, periostites, lombalgias,
tendinite, desmite (figura 7). Seu uso é contraindicado em animais jovens, em fase de
crescimento. Possíveis complicações podem ocorrer como uma condição rara, mas provável,
quando o shock wave é utilizado de forma excessiva podendo sobrecarregar o tecido. No
osso, por exemplo, tem o potencial de exacerbação.
Figura 7: Terapia Shock wave aplicada na articulação
interfalangeana distal, ligamento medial.
Fonte: Schlachter et al., 2016.
2.2.6 Quiropraxia
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2006) a quiropraxia tem por
princípio prevenir, diagnosticar e tratar alterações do sistema neuromusculoesquelético com
base em técnicas de manipulação nas articulações e coluna vertebral mantendo uma relação
estrutural e funcional do corpo (Figura 8).
O enfoque principal da quiropraxia é a subluxação, que pode ser resultante de uma
escassa ou abundante mobilidade. Nesse contexto, as articulações podem passar por ligeiras
distensões, e assim como os músculos também podem ser tratados aplicando-se rápidas ou
suaves pressões sobre eles, a fim de recompor a mobilidade articular (CACHADO, 2012).
Figura 8: Quiropraxia em Equino.
A: Manipulação na região lombar;
B: Manipulação da região cervical.
Fonte: Cachado, 2012.
A B
21
Conforme Silva, Alves e Filadelpho (2008a), uma diversidade de alterações
locomotoras em cavalos responde com sucesso ao tratamento por meio da quiropraxia, seja de
forma isolada ou complementar a outras técnicas terapêuticas. Entre essas alterações inclui a
artrose, artrite, paralisia do nervo radial, dor musculoesquelética localizada, rigidez articular
e em casos de trauma físico quando há o comprometimento de mobilidade e flexibilidade.
Tornando-se contra indicado em casos de fraturas, neoplasias, infecções, estiramento,
malformações, luxações ou área recentemente cirurgiada (CACHADO, 2012).
2.2.7 Massoterapia
A massoterapia consiste na manipulação sistemáticas dos tecidos com as mãos
(Figura 9). Seu efeito mecânico, mobilizando a musculatura, promove o retorno do fluxo
sanguíneo e linfático, proporcionando drenagem linfática, estimulação do sistema imune,
diminuição de edemas, além de desfazer coágulos e aderências, que pode limitar a mobilidade
do membro em determinadas lesões, tornando uma terapia importante no tratamento de
tendinite, como forma de evitar a formação de aderências durante o processo de reparação
(MIKHAILENKO, 2013; SILVA; ALVES; FILADELPHO, 2008b).
Mikail e Bauer (2009), mencionam os efeitos reflexos da massoterapia, o qual ocorre
na pele ao estimular os receptores periféricos, que transmitem os impulsos via fibras nervosas
aferentes para medula espinhal e cérebro, resultando em sensações de relaxamento, prazer e
alívio da dor. Inclusive a sedação também é citada como um dos efeitos, quando a massagem
é realizada de forma suave e repetitiva, sem variar a pressão ou por meio de acupressão.
A massoterapia é indicada por Silva, Alves e Filadelpho (2008b) em casos de tensão
muscular secundária a doença articular, diminuição da estase venosa e linfática, regulação do
tônus muscular e na disposição para treinos físicos, além de acelerar a recuperação do animal.
Figura 9: Massoterapia em Equino.
A: Massagem em um equino que apresentava edema de jarrete;
B: Massagem na região da escápula de um equino que apresentava aderências do tecido.
Fonte: Farinelli, 2010
B A
22
2.2.8 Acupuntura
De acordo com Lemos (2006), a acupuntura consiste em uma técnica terapêutica da
medicina tradicional chinesa, baseada no equilíbrio energético do corpo através de pontos
específicos, que estão disseminados em meridianos (Figura 10). Draehmpaehl e Zohmann
(1997) citam esses meridianos como um sistema ordenado de linhas imaginárias que
envolvem o corpo formando uma rede, no qual durante a terapia a energia flui de forma
impetuosa.
Figura 10: Mapa dos principais pontos de Acupuntura
no cavalo.
Fonte: Hwang; Yu, 2006
Segundo a International Veterinary Acupuncture Society (2016), com base no ponto,
método e duração da estimulação, a acupuntura leva a ocorrência de mudanças fisiológicas,
como o aumento da circulação sanguínea, estimulação dos nervos, diminuição do espasmo
muscular e liberação hormonal, tais como o cortisol e as endorfinas, sendo uma técnica
indicada nas alterações funcionais que envolvem paralisia, inflamações não infecciosas e dor.
Para o equino atleta a acupuntura tornou-se uma técnica importante para tratar
condições associadas ao sistema musculoesquelético, ou seja, quando há exigência no
condicionamento físico e desempenho do atleta ou de forma a auxiliar na reabilitação de
lesões musculoesqueléticas, pois essa técnica promove analgesia, força muscular e
restauração dos tecidos (JEUNE; HENNEMAN; MAY, 2016).
2.2.9 Kinésio tape
De acordo com Calero e Cañón (2012), o kinesio tape é uma ferramenta desenvolvida
pelo Dr. Kenzo Kase em 1979, com o intuito de apresentar uma nova opção terapêutica para
23
aprimorar o desempenho atlético, controlar a dor e diminuir os efeitos das afecções
musculoesqueléticas.
A fita de KT equine, tem uma característica leve, com textura elástica adesiva 100%
acrílico e especialmente desenvolvida para se adaptar aos movimentos dos equinos. Não
possui medicamentos, porém, é ativada por calor, caracterizando uma sensação térmica, o que
está relacionado com seu efeito sobre a circulação local. Suas diferentes tonalidades são feitas
de corantes hipoalergênicos derivados de extratos de plantas, estando associadas ao efeito de
cromoterapia (MOLLE, 2016).
O kinésio tape pode ser aplicado 24 horas por dia, por até 05 dias. Seu princípio
terapêutico consiste em auxiliar no potencial de auto cura para trazer os tecidos de volta a
homeostase, devido aos seus efeitos de controle da dor, suporte muscular, reparação dos
desvios articulares, de propriocepção e restrições de fáscia, o que favorece o controle da
postura. Também tem um grande efeito nas lesões do tendão, ligamento e em condições
linfáticas, sendo especialmente utilizado na reabilitação equina (MIKHAILENKO, 2013;
MOLLE, 2016).
Segundo Morris et al. (2013), seus efeitos estão associados às ondulações da epiderme
fornecida pela fita, aumentando o espaço entre os tecidos e diminuindo a pressão exercida
sobre os mecanorreceptores, o que alivia os estímulos nociceptivos, também melhora a
circulação sanguíneo e drenagem linfática. Já Kase (2005) cita as aplicações do KT para
bloqueio e facilitação muscular, isto é, se a fita for aplicada na região de inserção para a
origem do músculo sob uma fraca tensão ocorrerá um bloqueio muscular, utilizado para
diminuir as contrações (Figura 11). Em contrapartida, se a fita for aplicada da origem para
inserção do músculo e sob uma forte tensão, pode melhorar a contração muscular, utilizando-
o em músculos debilitados.
Figura 11: Utilização do KT em Equino.
A: Facilitação do bíceps femoral;
B: Kenzo Kaze, o fundador do Kinésio.
Fonte: Molle, 2016.
B A
24
2.2.10 Cinesioterapia
Segundo Amaral (2009), a Cinesioterapia significa terapia através do movimento e
pode ser classificada em movimento de amplitude ativo, quando executado pelo paciente,
passivo quando executado pelo terapeuta e ativo assistido quando realizado pelo paciente com
assistência do terapeuta (Figura 12).
Figura 12: Cinesioterapia em Equino.
A: Alongamento passivo do membro posterior;
B: Alongamento ativo assistido da região cervical.
Fonte: Clayton, 2016.
O exercício controlado minimiza os danos musculoesqueléticos, podendo ser
utilizados durante o período de reabilitação após a lesão ou cirurgia. O aumento gradual do
tempo e intensidade do exercício torna-se benéfico para cicatrização de tecidos moles e
ósseos, tornando-os mais fortes com o uso. Comumente, o cavalo é mantido em confinamento
e submetido a exercícios controlados através da caminhada manual (KANEPS, 2016), como
demonstrado na figura 13.
Figura 13: Utilização de pólos de solo para aumentar
a flexão das articulações e restabelecer coordenação.
Fonte: Kaneps, 2016.
A B
25
As técnicas de amplitude de movimento e alongamento são aptas na restauração do
animal com o intuito de reduzir a dor, promover relaxamento, aprimorar a extensibilidade dos
tecidos, aliviar a restrição de tecidos moles, melhorar a amplitude de movimento e ainda
diminuir edema e processos inflamatórios, reintroduzindo gradualmente o animal às suas
atividades físicas (PEDUCIA, 2010).
2.2.11 Plasma Rico em Plaquetas (PRP)
Nos últimos anos, houve um uso crescente de terapias que utilizam preparações
"autólogas", baseando-se no uso de materiais biológicos que podem fornecer fatores de
crescimento (FC) ao tecido lesado; tais como aspirados celulares de medula óssea e PRP, que
se destaca pela facilidade de coleta e pelos bons resultados clínicos observados
(HERNÁNDEZ, 2012).
O PRP é definido por Souza et al. (2014), como um produto obtido do sangue total
após sua centrifugação, abrangendo um concentrado de plaquetas rico em proteínas estruturais
e FC. Após centrifugado a primeira vez, este produto apresenta-se em três camadas: a superior
constituindo o plasma; a intermédia formada por plaquetas e leucócitos e a inferior constituída
por hemácias, essa divisão se dá de acordo com o gradiente de concentração (Figura 14). Em
seguida, 50% do plasma sobrenadante é descartado, trabalhando-se com o plasma restante que
é submetido a outra centrifugação, desprezando-se 75% do plasma sobrenadante, restando no
tubo o PRP (LUCENA, 2013).
Os FC são peptídeos produzidos por células, sendo capazes de induzir a proliferação
celular, tornando-se fatores importantes nos processos de cicatrização e angiogênese, por isso
são definidos como peptídeos polifuncionais (CARMONA; LÓPEZ 2011).
Renzi et al. (2013) e Xie et al. (2013) citam alguns fatores de crescimento essenciais
no processo de cicatrização, entre eles o FC transformador beta (TGF-β), FC derivado das
plaquetas (PDGF), FC endotélio vascular (VEGF), FC epitelial (EGF), FC de fibroblasto
(FGF). Esses FC são liberados pelo grânulo alfa após a ativação das plaquetas por colágeno,
além desses componentes, no plasma também contém proteínas solúveis, leucócitos e
hemácias (BOSWELL et al., 2012). Nessas circunstâncias, a disponibilização desses
elementos presentes no PRP pode auxiliar na reparação das lesões e acelerar o retorno a sua
funcionalidade, provavelmente por estimular a neovascularização, melhorando a irrigação e o
fornecimento de nutrientes indispensáveis na regeneração dos tecidos (SOUZA et al., 2014).
26
No experimento realizado por Hernández (2012), com casos de tendinite em equinos, a
área afetada foi preparada assepticamente para realizar a injeção de PRP, e ainda realça que a
quantidade de PRP utilizada em cada paciente é determinada subjetivamente dependendo do
tipo, tamanho e extensão da lesão.
Torricelli et al. (2011) cita essas terapias regenerativas para melhorar a qualidade e a
rapidez do processo de cicatrização em tendões e ligamentos. A aplicação de PRP também é
citada por Vendruscolo et al. (2012) no tratamento das afecções ósseas, osteoarticulares,
tendíneas, ligamentares e musculares, porém o autor também relata que a utilização de PRP
nas afecções musculares ainda é duvidosa, o que é justificado pela grande formação de tecido
fibroso que pode ser originado do TGF-β. Em contrapartida, Pardo e Sacco (2012) associam
essas contestações à ausência de padronização quanto à produção do PRP, diferentes períodos
de análise e procedimentos, além da privação de contagem de plaquetas.
Figura 14: Preparação do PRP
A:Tubos de ensaio contendo citrato de sódio para coleta de sangue;
B: Sangue coletado.
Fonte: Lucena, 2013.
C: Centrifugação;
D: Sangue após a centrifugação.
Fonte: Silva et al., 2003
A B
C D
27
3 MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi realizado mediante uma revisão de literatura sobre as terapias
alternativas e complementares aplicáveis na medicina veterinária equina. Em conformidade
com o levantamento de casos clínicos de afecções musculoesqueléticas em Equinos e as
técnicas complementares utilizadas e registradas nos prontuários de atendimento do setor de
Clínica Médica de Grandes Animais (CMGA), do Hospital Veterinário do Centro de Saúde e
Tecnologia Rural da Universidade Federal de Campina Grande (HV/CSTR/UFCG), no
período de janeiro de 2012 a dezembro de 2016.
No levantamento de casos, obteve-se a casuística total dos atendimentos de equinos e
o número de doenças musculoesqueléticas. Posteriormente foram avaliadas as fichas clínicas
arquivadas de cada animal, explorando dados como identificação (idade, sexo, raça, origem),
anamnese em relação ao manejo e sistema de exploração, diagnóstico baseado em doenças
musculoesqueléticas, conduta terapêutica indicada no que diz respeito às terapias alternativas
ou complementares e desfecho dos casos (alta, óbito ou eutanásia).
A revisão de literatura é apresentada em forma de texto e os dados obtidos por meio
das fichas clínicas, tais como a casuística total dos atendimentos em equinos e as afecções
musculoesqueléticas, foram registrados em tabelas e explorados em gráficos com finalidade
comparativa. Assim como as terapias complementares utilizadas na CMGA/HV que também
foram expressas em uma tabela para uma melhor análise, de modo a propiciar a discussão,
com base nos dados referenciados, e a conclusão.
28
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Perfil dos equinos analisados
A análise das fichas do setor da Clínica Médica de Grandes Animais do Hospital
Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande evidenciou um elevada casuística,
com total de 1.426 equinos atendidos no período de janeiro de 2012 à dezembro de 2016, dos
quais 356 (25%) foram acometidos por lesões musculoesqueléticas, dentre eles 119 (33,3%)
fêmeas e 237 (66,4%) machos, como demonstrado na tabela 1, com faixa etária variando entre
4 meses à 15 anos de idade. Esses equinos eram provenientes de municípios da Paraíba,
Pernambuco e Rio Grande do Norte. A maioria sem padrão racial definido ou puro sangue da
raça Quarto de Milha, machos, adultos, criados em sistema de manejo intensivo ou semi-
intensivo e submetidos a treinamentos, vaquejadas ou explorados em trabalhos.
Essa maior incidência de lesões musculoesquelética em machos não é bem esclarecida,
porém, alterações e diferenças hormonais e de temperamento já foram mencionadas como
condições de risco para tais lesões (LAM, 2007). Reed et al. (2012) também realça essa
hipótese ao destacar que as diferenças entre os sexos contempla a variedade biológica quanto
ao metabolismo do tecido e nas respostas de adaptação ao exercício.
Mediante a análise dos gráficos 1 e 2 observa-se que o número de casos de afecções
musculoesqueléticas vem crescendo a cada ano, em conformidade com o número de
atendimentos em equinos na clínica médica de grandes animais.
Tabela 1: Casuística total dos atendimentos em equinos e das afecções musculoesqueléticas,
entre machos e fêmeas na CMGA/HV/UFCG entre o período de 2012 à 2016.
Casuística Total
Nº de Equinos Afecções
musculoesqueléticas (%)
Fêmeas (%) Machos (%)
1426 356 (25 %) 119 (33,3 %) 237 (66,4 %)
29
Gráfico 1: Casuística total de atendimentos em equinos na CMGA/HV/CSTR/UFCG entre o
período de 2012 à 2016.
Gráfico 2: Número de casos de afecções musculoesqueléticas diagnosticadas na
CMGA/HV/CSTR/UFCG entre o período de 2012 à 2016.
4.2 Diagnóstico das diferentes afecções musculoesqueléticas
Mediante a exploração das fichas clínicas, foi observado que o número de diagnósticos
das diferentes afecções musculoesqueléticas não foi compatível com o número de
181
267 294
297
387
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
2012 2013 2014 2015 2016
Casuística Total deAtendimentos
55
68 68
73
92
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2012 2013 2014 2015 2016
Nº DE CASOS
ANO
ANO
30
atendimentos de equinos acometidos por essas lesões, visto que, em alguns casos um mesmo
animal foi diagnosticado com mais de uma doença musculoesquelética.
Entre as afecções foram registrados comprometimento de tendões, ligamentos,
músculos, articulações, ossos e outros, conforme os diagnósticos demonstrados na tabela 2.
Observou-se também que a maioria dos casos, com prognóstico favorável à reservado,
resultaram em alta do animal após a conduta terapêutica. Constatando-se uma maior
ocorrência de eutanásia em casos de fraturas, os quais os animais apresentavam-se com
prognóstico ruim, optando-se pelo procedimento devido ao local e tipo de fratura, grau de
infecção, involução clínica e muitas vezes também pelo porte, impossibilidade de
imobilização e dificuldade de manejo do animal.
O gráfico 3 apresenta as principais afecções musculoesquelética de ocorrência, com
predominância de fratura (68 casos), exostose (32 casos), laminite (29 casos), tendinite (28
casos), Osteoartrite (27 casos), miosite (23 casos), tenossinovite (22 casos), artrite traumática
(21 casos) e luxação/ subluxação (21 casos).
Tabela 2: Casuística das diferentes afecções musculoesqueléticas diagnosticadas em equinos
e entre eles o número de altas, óbitos e eutanásias na CMGA/HV/CSTR/UFCG, entre o
período de 2012 à 2016.
Afecções musculoesqueléticas Casuística Alta Óbito Eutanásia
Tendíneas Ruptura
Tendinite aguda
Tendinite crônica
Tenossinovite
Deformidade flexural
3
28
13
22
5
2
28
13
22
3
-
-
-
-
1
1
-
-
-
1
Ligamentos Ruptura
Desmite
Contratura
3
14
2
1
14
2
-
-
-
2
-
-
31
Musculares Rabdomiólise
Miosite
Miopatia fibrótica
Contratura
Atrofia
12
23
5
2
1
9
23
5
2
1
3
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Articulares Artrite séptica
Artrite traumática
Deformidade angular
Osteoartrite
Osteocondrite
Luxação/ subluxação
Bursite
Anquilose
16
21
4
27
7
21
2
6
13
21
3
25
7
14
2
6
1
-
1
-
-
1
-
-
2
-
-
2
-
6
-
-
Ósseas Fratura
Osteíte podal
Osteomielite
Periostite
Exostose
Síndrome do navicular
Epifisite
Sesamoidite
Osteodistrofia fibrosa
Trauma coluna
68
10
7
16
32
5
3
5
2
9
43
10
6
16
32
5
3
5
2
6
2
-
1
-
-
-
-
-
-
1
23
-
-
-
-
-
-
-
-
2
32
Gráfico 3: Afecções musculoesqueléticas de maior ocorrência na CMGA/HV/CSTR/UFCG
entre o período de 2012 à 2016.
4.3 Terapias complementares utilizadas na CMGA/ HV
Por se tratar de casos clínicos, com lesão crônica, presença de infecção, inflamação ou
sintomatologia exacerbada de dor, as modalidades terapêuticas são utilizadas na CMGA/HV
de forma complementar, ou seja, em associação às terapias convencionais, tais como o uso de
medicamentos revulsivantes, AINES, corticosteroides, associando-se a indicação de repouso
absoluto com posterior retorno ao exercício de forma gradual buscando uma resposta rápida
do animal ao tratamento da lesão. No entanto, quando houve necessidade, também foi
indicado o uso dessas terapias de forma isolada visando melhorar o condicionamento físico do
animal, visto que algumas modalidades alternativas são indicadas para reabilitação de forma a
atenuar a incapacidade física causada pela doença musculoesquelética. Entre as terapias
complementares, já foram adotadas na CMGA/HV a hidroterapia, crioterapia, termoterapia,
68
32 29 28 27 23 22 21 21
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Outras
afecções
Laminite
Fratura de cartilagem
alar
29
3
26
3
2
-
1
-
TOTAL 426 373 13 40
N
Nº
D
E
C
A
S
O
S
PATOLOGIAS
33
massoterapia, ultrassom terapêutico, acupuntura, kinésio tape, cinesioterapia e plasma rico em
plaquetas, no tratamento de diferentes afecções conforme demonstrado na tabela 3.
Tabela 3: Afecções musculoesqueléticas em equinos e as modalidade terapêuticas
complementares utilizadas na CMGA/HV/CSTR/UFCG entre o período de 2012 à 2016.
Afecções musculoesqueléticas Modalidades terapêuticas
Tenossinovite, Osteoartrite, Artrite traumática Termoterapia (compressa)
Cinesioterapia
Crioterapia (compressa)
Fraturas (Pós operatório) Termoterapia (compressa)
Cinesioterapia
Crioterapia (compressa)
Acupuntura
Desmite, Periostite, Epifisite, Osteíte podal,
Rabdomiólise, Laminite
Crioterapia (compressa)
Hidroterapia (ducha fria)
Tendinite Termoterapia (compressa)
Cinesioterapia
Crioterapia (compressa)
Hidroterapia (ducha fria)
PRP
US Terapêutico
Deformidade flexural Termoterapia (compressa)
Cinesioterapia
Luxação Crioterapia (compressa)
Termoterapia
Trauma cervical Termoterapia (compressa)
Crioterapia (compressa)
34
Miopatia fibrótica Crioterapia (compressa)
PRP
Atrofia muscular Cinesioterapia
PRP
Miosite Crioterapia (compressa)
Hidroterapia (ducha)
Massoterapia
PRP
Contratura muscular cervical Kinésio Tape
Termoterapia (compressa)
Cinesioterapia
Massoterapia
Como demonstrado na tabela acima as terapias complementares são em sua maioria
coadjuvantes simples adotadas na rotina da CMGA/HV e indicadas em conformidade com as
citações referenciadas.
A ducha fria (hidroterapia) por meio banho e principalmente jatos d’água de forma
contínua e a compressa gelada (crioterapia) através de bolsa de gelo aplicada no local, com
duração de 10 à 20 minutos, são realizadas em doenças agudas inflamatórias de ligamento,
tendão, osso e músculo devido aos efeitos benéficos mencionados por Ferreira (2014), King
(2016), Biasoli e Machado (2006) na hidroterapia, a qual “atua no tônus vascular e
metabolismo tecidual de forma a promover a diminuição da inflamação além de relaxamento
muscular e analgesia” e Mikail (2009) ainda realça que na ducha “os benefícios da
temperatura, associam-se aos da massagem, devido a pressão exercida pela água nos tecidos”.
O mesmo principio se dá na indicação da crioterapia, com base em Lopes (2009) que ressalta
sua utilização na “diminuição dos sinais da inflamação e atividade metabólica”, e conforme
Kaneps (2016) é “utilizado no tratamento de lesões musculoesqueléticas agudas e em pós-
cirúrgico”.
A termoterapia superficial é empregada na forma de imersão de membro em água
morna e principalmente compressa local com bolsa contendo água morna, durante 10 à 20
minutos, geralmente associada à técnicas de massagens. São utilizadas em lesões de processo
35
tardio, geralmente após 48 horas da ocorrência com finalidade de promover aumento da
temperatura tecidual visando “alívio da dor, redução do espasmo muscular, extensibilidade
colágena, relaxamento muscular, aumento do metabolismo celular, aumento da
permeabilidade capilar e aumento da circulação local”, em conformidade com a citação de
Araújo (2009) e Owen (2006).
Comumente, em lesões locomotoras tardias, é realizada a termoterapia seguida pela
crioterapia, 10 minutos cada, na forma de compressas com bolsa de água quente e bolsa de
gelo, respectivamente. Essa indicação, conforme Mikail (2009), promove vasodilatação e
absorção de edema crônico com a aplicação do calor, e ao finalizar com o frio promove
vasoconstricção, reduzindo, dessa forma, as necessidades metabólicas do tecido”. Essas duas
terapias em alguns casos também são intercaladas por exercícios de caminhada ou
alongamento com intuito de promover relaxamento dos tecidos moles.
O ultrasson terapêutico é utilizado no tratamento de tendinite crônica, sendo 4 sessões
de 15 minutos, com parâmetros de frequência de 1MHz e de forma contínua visando a
produção dos efeitos fisiológicos térmicos, em consonância com a citação de Leite et al.
(2013) e Starkey (2001). Mikhailenko (2013) indica o UST “devido ao seu efeito mecânico,
que provoca o aumento do metabolismo celular, resultando no aumento de fibroblastos,
deposição de oxigênio e colágeno”. Porém, vale ressaltar que Araújo (2009) menciona que
“os efeitos térmicos e atérmicos podem ocorrer concomitantemente nos tecidos, sendo a
proporção e a magnitude dependentes do ciclo de fornecimento e intensidade de energia”.
A massoterapia foi empregada em afecções musculares, tais como miosite e contratura
muscular cervical, exercendo leves pressões no sentido da circulação com duração de 10 a 15
minutos. A indicação é condizente com Silva, Alves e Filadelpho (2008b), que propôs a
massoterapia “em casos de tensão muscular secundária a doença espinal ou articular”, devido
aos efeitos mecânicos também citados por Mikhailenko (2013), “promovendo o retorno do
fluxo sanguíneo e linfático, proporcionando drenagem linfática, estimulação do sistema
imune, diminuição de edemas”, e os efeitos reflexos mencionados por Mikail e Bauer (2009),
“resultando em sensações de relaxamento muscular, prazer e alívio da dor”.
A acupuntura foi aplicada em casos de paresia do membro torácico causada por lesão
traumática do nervo radial no pós-operatório da osteossíntese de úmero, os acupontos foram
estimulados por 10 minutos por agulhas de 0,25mm de diâmetro por 30mm de comprimento
(0,25x30), inseridas a 0,5 cm de profundidade. Foram realizadas duas sessões semanais, com
intervalo de 3 dias, durante 8 semanas de tratamento. De forma a “auxiliar na reabilitação
36
neuromusculoesquelética, por promover analgesia, força muscular e restauração dos tecidos”
conforme mencionado por Jeune, Henneman e May (2016).
O kinésio Tape, utilizado no caso de contratura muscular cervical, secundário a um
trauma, foi aplicado a cada 3 dias, fazendo-se necessário a troca da bandagem nesses
intervalos, totalizando 4 aplicações. A indicação está de acordo com as citações de
Mikhailenko (2013) e Molle, (2016), ao enfatizarem “os efeitos de controle da dor, suporte
muscular, reparação dos desvios articulares, propriocepção e restrições de fáscia, o que
favorece o controle da postura”. E as formas de aplicação também são condizentes com a
citação de Kase (2005), ao relatar que “se a fita for aplicada na região de inserção para a origem
do músculo sob uma fraca tensão ocorrerá um bloqueio muscular, utilizado para diminuir as
contrações”.
A cinesioterpia foi exercida nos casos de tendinites, deformidades flexurais, atrofia e
contratura muscular, e reabilitação após procedimento cirúrgico de osteossíntese, na forma de
caminhada controlada, movimentos passivo ou ativo assistido do animal, com duração de 15 a
20 minutos. A indicação condiz com a citação de Kaneps (2016), ao ressaltar que “o exercício
controlado minimiza os danos musculoesqueléticos, podendo ser utilizados durante o período
de reabilitação após a lesão ou cirurgia, sendo benéfico para cicatrização de tecidos moles e
ósseos, tornando-os mais fortes com o uso”. Sendo essas observações, condizentes também
com a citação de Peducia (2010), ao destacar que “as técnicas de amplitude de movimento e
alongamento são aptas na restauração do animal com o intuito de reduzir a dor, promover
relaxamento, aprimorar a extensibilidade dos tecidos, aliviar a restrição de tecidos moles, e
ainda diminuir processos inflamatórios”.
O PRP, foi utilizado na forma de injeção em casos de tendinites, miopatia fibrótica,
atrofia muscular e miosite, a área foi previamente preparada sob tricotomia e assepsia, e o
PRP foi injetado diretamente no local da lesão, uma vez a cada 8 dias, a proporção e duração
da terapia foi dependente do tipo da lesão e sua resposta ao tratamento. Sua indicação para
tendinite está condizente com a de Torricelli et al. (2011) e Hernández (2012), este último
realça que “a quantidade de PRP utilizada em cada paciente é determinada subjetivamente,
dependendo do tipo, tamanho e extensão da lesão”. Já para lesões musculares, embora
Vendruscolo et al. (2012), cita a terapia de PRP nas afecções tendíneas e musculares, o mesmo
ainda conteste o uso do PRP nas lesões musculares devido a grande formação de tecido fibroso.
Essa observação é defendida por Pardo e Sacco (2012) ao associar à falta de padronização na
produção do PRP.
37
5 CONCLUSÃO
Foi constatado que a casuística de afecções musculoesquelética vem crescendo a cada
ano, devido principalmente a exploração desses animais em trabalhos e eventos de esporte
equestres, especialmente a vaquejada, que é predominante na região Nordeste. Essa condição
intensifica a importância do uso das terapias complementares associada às terapias
convencionais no tratamento das lesões musculoesqueléticas que tanto acomete os Equinos
Atletas, principalmente indicadas por serem modalidades terapêuticas com efetivos
resultados, diminuindo o uso de medicamentos, acelerando a recuperação do animal, além de
promover relaxamento e analgesia.
Ademais, algumas dessas modalidades terapêuticas também podem ser utilizadas
como terapias alternativas, de forma isolada, principalmente na reabilitação e melhora no
condicionamento físico do animal atleta.
E mesmo que sejam terapias pouco invasivas e de fácil utilização é essencial o
conhecimento prévio da lesão, formas apropriadas de aplicação, indicações e
contraindicações, em especial na utilização de equipamentos mais elaborados e invasivos.
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