José Eduardo Martins Thees
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José Eduardo Martins Thees
CIBERCÉLULAS
Microprocessadores humanos conectados no planeta Terra
1ª edição - 2013
José Eduardo Martins Thees
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Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida sem a prévia autorização, por escrito, do autor,
sob pena de constituir violação da Lei n° 9.610, de 19 fevereiro de 1998.
ISBN 978-85-64280-77-9
1. Filosofia científica
2. Nova concepção sobre reencarnação
3. Circuitos genealógicos
4. Estrutura da personalidade
5. Revelação do mecanismo do subconsciente.
Serviço Gráfico
Revisão - diagramação Capa - Contra-capa
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CIBERCÉLULAS muda a percepção da feno-
menologia do corpo biológico ao considerar que o
cérebro não o coordena. A coordenação do corpo
biológico é tarefa de uma memória subconsciente
principal (programação principal). A presente obra
desconsidera o universo metafísico ideal de Platão
para considerar o universo do fisicalismo – doutrina
filosófica do Círculo de Viena. Isto porque vislumbra
os fundamentos da existência dos seres biológicos do
ponto de vista da física. Haja vista que o ciclo de
vida dos seres biológicos é formado por circuitos
genealógicos. Através dos circuitos genealógicos a
memória subconsciente principal é transferida.
A vida no planeta Terra é resultado de um
Cosmos cuja constituição é físico-química. Somos
energia cósmica corporificada.
O cérebro é mais simples do que se pensava. Um novo
estudo que usou imagens difusas de ressonância
magnética revelou que as conexões do cérebro são na
verdade uma estrutura ordenada. De acordo com Van
Weedeen, da Universidade de Harvard caiu por terra a
ideia de que a estrutura cerebral se parecia tão confusa
quanto uma tigela de espaguete: as conexões entre
neurônios são na verdade bem ordenadas e seguem,
como padrão, três direções difusas. http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia
Esta obra pode ser considerada uma hipótese
incompreensível; porém, mais vale uma hipótese in-
compreensível que desperte uma reflexão do que
uma verdade absoluta que alimente uma ilusão.
Sempre haverá uma oportunidade para se rever con-
ceitos e mudar paradigmas.
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“Cibercélulas é um livro fascinante. Propicia-nos um sentido para a vida. Para quem deseja conhecer o universo biológico por um novo prisma; recomendo a leitura.” Leila Machado dos Reis “O livro Cibercélulas ampliou minha consciência de vida. Agora percebo a vida e a morte com mais clareza.” Fernando M. Oliveira "Cibercélulas é um livro muito interessante. Nos leva a um profundo conhecimento do subconsciente. Com a leitura percebe-se o verdadeiro sentido da vida e da morte. Nunca li nada igual. Parabéns ao autor. Recomendo a todos" Maria das Graças Gomes Pacheco “Cibercélulas é o livro ideal para quem quer se conhecer de verdade.” Márcio A. Guedes
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CIBERCÉLULAS, O LIVRO
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AGRADECIMENTO
A vida é para ser vivida plenamente, com equilíbrio e em harmonia com tudo que existe ao redor, principalmente com as pessoas. Assim é possível garantir a fluidez. Por essa razão, agradeço a todos que, de uma forma ou de outra, contribuíram para a realização desta obra. No entanto, não irei citar nomes. O importante é reconhecer que todos merecem o meu sincero agradecimento. Destaco a decisiva participação de algo absolutamente sábio e, sem dúvida, a razão de todas as criações originais: o SUBCONSCIENTE.
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SUMÁRIO
PREFÁCIO ................................................................................. 13 INTRODUÇÃO ......................................................................... 19 CAPÍTULO 1: A capacidade de filosofar ................................ 29 AI (inconsciente) versus o AEC (consciente) .............................. 37 A filosofia elementar ................................................................... 39 Átomo: o ser criador .................................................................... 43 Células idealizadoras .................................................................... 48 Distinção filosófica ...................................................................... 55 CAPÍTULO 2: O ser biológico consciente ............................... 59 A formação da linguagem alfanumérica ...................................... 67 CAPÍTULO 3: Uma nova percepção do universo biopsíquico do ser biológico consciente .............................................................. 72 A formação da estrutura de pensamento .................................... 77 A construção da estrutura da personalidade ............................... 84 O mundo inteligível .................................................................... 99 CAPÍTULO 4: A vida é cíclica ................................................ 105 A similarididade dos fenômenos: dormir e morrer .................. 109 A lógica das categorias de processadores ................................... 115 A morte do corpo ...................................................................... 120 O dominante e o recessivo ........................................................ 126 A lógica do mecanismo da MSP no processo de continuação ...135 CAPÍTULO 5: A estrutura dos circuitos genealógicos .......... 140 CAPÍTULO 6: Tudo que existe é energia ............................... 148 Linha de continuação direta ou indireta .................................. 150 A fenomenologia do Cosmo interagindo com o planeta Terra 155 O segredo do funcionamento do subconsciente ....................... 159 O substrato inalterável .............................................................. 166 CAPÍTULO 7: O homem criou o computador à sua semelhança
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Prefácio
O homem, os demais animais e os vegetais
são projeções biológicas do Cosmos.
É possível compreender o mistério da vida?
Esta obra demonstra que é possível entender o funcio-
namento da vida dos seres biológicos a partir dos princípios
básicos da física e da química, e de uma ampla comparação com
a dinâmica de funcionamento do ser eletrônico – computador.
Faz-se necessário ler com muita atenção as seguintes conclusões:
• Assim como o funcionamento do corpo humano (multi-
celular) é exatamente igual ao funcionamento da célula –
criador; o funcionamento do computador é exatamente igual
ao funcionamento do ser humano – criador. A lógica de fun-
cionamento é a mesma: absoluta organização.
• Assim como o computador não funciona sem memória, os
seres biológicos não funcionam sem memória.
• Assim como o computador possui um local para arma-
zenar as memórias, e um local para intermediar – monitor e
teclado – o conteúdo dessas memórias com o ambiente
externo a partir do comando do processador; o ser humano
possui um local para armazenar as memórias, e um local
para intermediar – cérebro – o conteúdo dessas memórias
com o ambiente externo natural (e cultural) a partir do
comando do processador.
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Foi quando em 1994, inspirado pelo livro
Biologia Molecular dos Genes, de James
Watson, um dos codescobridores do DNA, o
cientista da computação Leonard Adleman
sugeriu ser possível construir um computador
baseado no DNA, o Ácido Desoxirribonucleico .
Ele percebeu que o funcionamento do DNA era
muito semelhante ao de um processador, pois
nele seria possível carregar informação e gerar
informações a partir de outros dados de entra-
da. http://www.tecmundo.com.br
Para Cibercélulas o funcionamento do ser humano é 90%
coordenado pela genética:
65% coordenado pela memória principal – genes do DNA
paterno
25% coordenado pela memória co-participativa – genes do
DNA materno
10% pela memória permanente – agentes sociológicos.
Claro que acontece, a priori, uma flexibilidade desses per-
centuais. O ideal é que haja harmonia entre as três memórias
citadas, e que a coordenação da memória subconsciente principal
– ―modelo existencial‖ – prevaleça. A memória subconsciente
principal do ser humano, através dos raciocínios inconscientes e
conscientes, registra/assimila todas as impressões do ambiente
externo natural (e cultural). Portanto, o corpo humano possui
uma memória subconsciente principal que sofre influências da
memória subconsciente co-participativa, da alimentação, dos
agentes sociológicos e do ambiente natural. O inconsciente e o
subconsciente agem de maneira não muito discernível.
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O ser humano também pode ser visto sob o aspecto
psicológico, como um ser regido por pré-disposições
mentais e também lembranças, sentimentos íntimos,
complexos, traumas enfim um universo de subje-
tividade. Por sinal existem vários fatores psico-
lógicos e estes mais interligados do que se poderia
imaginar, que forma um todo, sendo que alguns
(possivelmente vários) destes agem inconsciente-
mente e subconscientemente de maneira não muito
discernível.
Quanto à questão do ser humano ser um robô
orgânico movido por sua programação instintiva e
guiado por seus genes, penso que tecnicamente é
uma visão bastante (para não dizer totalmente) lógi-
ca e plausível (...) Fabiano Leite “bioastrônomo
No computador a tela do monitor, o teclado, as caixas de
som e a cam são responsáveis pela intermediação entre os meios:
interno e externo; e uma placa metálica armazena dados –
memória. No ser humano o cérebro é responsável pela interme-
diação; e as células-tronco especiais – encontradas (suposta-
mente) na medula espinhal – armazenam dados: memória
subconsciente (e permanente). A priori, existem células-troncos
espalhadas em lugares estratégicos do corpo – com apenas a
memória subconsciente – desempenhando funções diversas. É
sabido que a área científica localizou uma região do cérebro
responsável por armazenar dados. No cérebro encontra-se a
memória temporária.
O questionamento a respeito do mundo das ideias (meta-
físico) – elaborado pelo filósofo Aristócles (Platão); e a análise
minuciosa do universo das células e do universo dos compu-
tadores possibilitou a realização desta obra.
O ser humano possui a sabedoria do subconsciente, porém, a
capacidade de assimilação da realidade está restrita ao nível
consciente. Razão pela qual analisa os fatos do ponto de vista
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superficial. Entender o ser humano como uma máquina celular
cujo funcionamento é similar ao funcionamento do computador
esclarece muitas questões existenciais importantes e, talvez,
contribua para que as pessoas não se sintam tão ―perdidas‖.
A convivência entre seres biológicos conscientes e seres
eletrônicos (robôs humanos) é uma realidade que tende a
intensificar. Certamente, mudará completamente a realidade
sócio-econômica, principalmente na área de mercado de tra-
balho. Os robôs humanos serão os ―trabalhadores perfeitos‖,
idealizados desde o início da revolução industrial. Haja vista que
o homem operário sempre foi tratado como uma máquina; diga-
se de passagem, imperfeita. O grande desafio a ser enfrentado
será equacionar o crescimento populacional com a crescente
demanda de robôs humanos no mercado de trabalho.
Importante salientar que esta obra aborda muitos assuntos
pertinentes aos seres humanos; no entanto, o objetivo principal é,
a partir de uma ampla comparação com o computador, revelar o
mecanismo do subconsciente (genes). Cibercélulas apresenta
hipóteses coerentes a respeito do universo dos seres biológicos.
Existe apenas um fato que pode ser considerado como sendo o
real absoluto – o Cosmos (eterno). Porém, para o nosso nível
consciente, o Cosmos é um mistério. A intenção é apresentar
uma nova percepção sobre a vida dos seres biológicos que vivem
no planeta Terra, sem a menor pretensão de convencimento. O
importante é conduzir as pessoas a uma reflexão totalmente
inusitada.
O conhecimento a respeito do subconsciente apresentado
nesta obra não significa uma verdade absoluta, haja vista que a
finalidade da transmissão de um conhecimento original é abrir
portas para uma nova percepção da realidade. Uma realidade que
está em constante mudança. Razão pela qual o ser biológico
consciente precisa se adaptar ao momento da realidade natural
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(aspecto físico) e cultural (aspecto social), conscientizar-se da
temporalidade no planeta Terra.
O SER ELETRÔNICO
A categoria do processador (e o sistema operacional) é a essência
dos futuros robôs humanos. As fábricas poderão construir robôs
humanos com categoria de processador e sistema operacionais
iguais com diferentes aspectos físicos. A influência da
programação secundária – agentes sociológicos – repercute no
comportamento do ser eletrônico.
O SER BIOLÓGICO CONSCIENTE
As categorias dos processadores principais constroem sistemas
operacionais (sistemas nervosos) iguais e corpos com aspectos
psicofísicos diferentes – conforme as influências externas. A
influência da programação secundária repercute no compor-
tamento do ser biológico consciente.
Assim como a qualidade do sistema operacional do ser ele-
trônico é importante para o desempenho do processador; a qua-
lidade do sistema operacional do ser humano é importante para
que o processador desempenhe o potencial máximo.
PROCESSADOR (genes do DNA) SISTEMA OPERACIONAL (S.N.)*
A XP
B XS
C XNXL
* S.N. = Sistema Nervoso
O processador biológico constrói o sistema operacional.
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Introdução
Os seres biológicos manifestam a sabedoria
do Cosmos através da organização.
Esta obra apresenta, através de uma linguagem objetiva e
acessível, uma nova percepção dos mistérios biológicos e
psicológicos da vida consciente no planeta Terra; baseada na
lógica da física e da química, e das ciências: biológica e compu-
tacional. As conclusões de Richard Dawkins na obra ―O Gene
Egoísta‖ são importantes para o entendimento da abordagem de
Cibercélulas a respeito dos circuitos genealógicos e do proces-
sador principal (genes do DNA paterno) – uma memória sub-
consciente com a mesma essência do Cosmos: físico-química;
com a mesma eficiência: absoluta organização; e forma: espiral.
Trechos da obra:
Uma terceira característica das moléculas de
replicador que teria sido selecionada positivamente
é precisão de replicação. Se moléculas do tipo X e
do tipo Y duram o mesmo tempo e replicam-se na
mesma taxa, mas X erra, em média, em cada
décima replicação, enquanto que Y erra apenas em
cada centésima replicação, Y obviamente se
tornará mais abundante. O contingente X na
população perde não apenas os próprios "filhos"
incorretos, mas também todos os seus descen-
dentes, reais ou potenciais. Se você já sabe alguma
coisa sobre evolução, talvez veja um pequeno
paradoxo com relação ao último ponto. Podemos
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reconciliar a idéia de que erros de cópia são um
requisito essencial para a evolução ocorrer, com a
afirmação de que a seleção natural favorece a alta
fidelidade de cópia? A resposta é que embora a
evolução pareça, em um sentido vago, uma "coisa
boa", especial- mente porque somos o produto
dela, nada, na verdade, "quer" evoluir. A evolução
é alguma coisa que acontece, queira-se ou não,
apesar de todos os esforços dos replicadores (e,
hoje em dia, dos genes) em impedi-la de acontecer.
O código pelo qual os neurônios comunicam-se
entre si, sem dúvida, se parece um pouco com os
códigos de pulsações dos computadores digitais,
mas o neurônio individual é uma unidade de
processamento de dados muito mais sofisticada do
que o transistor. Um avanço notável foi a
“invenção” evolutiva da memória, por meio deste
dispositivo a regulagem das contrações musculares
podem ser influenciada não apenas por aconte-
cimentos do passado imediato, mas também por
acontecimentos do passado distante. A memória ou
armazenamento é, igualmente, uma parte essencial
de um computador digital. As memórias dos
computadores são mais confiáveis do que as
humanas.
Os genes também controlam o comportamento de
suas máquinas de sobrevivência, não diretamente
com seus dedos nos cordões do boneco, mas
indiretamente como o programador de um compu-
tador. A única coisa que podem fazer é preparar a
máquina de sobrevivência de antemão.
Toda decisão que uma máquina de sobrevivência
toma é uma jogada arriscada e constitui uma
tarefa dos genes programas os cérebros de
antemão de modo que em média ele tomem deci-
sões que compensem. (...) Apenas temos que
acreditar que os indivíduos cujos genes cons-
truíram cérebros de maneira que tenham a
tendência de fazer jogadas corretas, terão, como
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conseqüência direta, maior probabilidade de
sobreviver e portanto de propagar aqueles mesmos
genes.
Haverá jogadores animais que apostam alto e
outros que fazem um jogo mais conservador? No
capitulo 9 veremos que frequentemente possível
imaginar os machos como jogadores de apostas e
risco elevados e as fêmeas como investidores
seguros, especialmente em espécies polígamas nas
quais os machos competem pelas fêmeas.
A conclusão lógica desta tendência, ainda não
atingida em qualquer espécie, seria os genes darem
à máquina de sobrevivência uma única instrução
global sobre o programa de ação: o que achar
melhor para nos manter vivos.
É fácil fazer analogias com computadores e com a
tomada de decisões pelo homem.
(...) Um gene para comportamento altruísta signi-
fica qualquer gene que influencie o desenvol-
vimento de sistemas nervosos de tal maneira que
faça com que seja mais provável estes se compor-
tarem altruisticamente.
Cada espécie possui seu próprio padrão de ponto e
traço de lampejo, o qual evita confusão entre
espécies e a conseqüente hibridização prejudicial.
Continuaremos a considerar o indivíduo como uma
máquina egoísta, programada para fazer o que for
melhor para seus genes como um todo.
(...) A seleção natural favorece os genes que
controlam suas máquinas de sobrevivência de tal
forma que estas façam o melhor uso de seu
ambiente. Isto inclui fazer o melhor uso de outras
maquinas de sobrevivência, tanto da mesma
espécie como de espécies diferentes.
(...) os membros de espécies diferentes são compe-
tidores menos diretos do que os membros da
mesma espécie.
Como uma primeira aproximação eu disse que o
que torna um gene bom é a habilidade para
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