Integração Usando Tabelas e Sistemas Algébricos...

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Integração Usando Tabelas e Sistemas Algébricos Computacionais Prof.: Rogério Dias Dalla Riva UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

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Integração Usando Tabelas e Sistemas Algébricos Computacionais

Prof.: Rogério Dias Dalla Riva

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

CURSO DE ENGENHARIA CIVILDISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

Integração Usando Tabelas e Sistemas Algébricos Computacionais

1.Introdução

2.Tabelas de integrais

3.Resolução de exemplos

4.Sistemas algébricos computacionais

5.Resolução de exemplos

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1. Introdução

Nesta aula descreveremos como usar astabelas e os sistemas algébricos computacionaispara integrar as funções que têm antiderivadaselementares.

Você deve ter em mente, contudo, que atémesmo os mais poderosos sistemas algébricoscomputacionais não podem achar fórmulasexplícitas para as antiderivadas de funções comoaquelas descritas no final da aula anterior.

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2. Tabelas de integrais

As tabelas de integrais indefinidas sãomuito úteis quando nos deparamos com umaintegral que é difícil para se avaliar manualmente enão temos acesso a um sistema algébricocomputacional.

Uma tabela relativamente curta de 120integrais é apresentada aqui. Contudo, existemlivros que apresentam centenas de páginas deintegrais.

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2. Tabelas de integrais

Devemos nos lembrar, contudo, que asintegrais não ocorrem frequentemente da maneiraexata como são listadas nas tabelas.

Geralmente temos de usar substituições oumanipulações algébricas para transformar umaintegral dada em uma das formas da tabela.

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3. Resolução de exemplos

Exemplo 1: A região limitada pelas curvasy = arctg x, y = 0 e x = 1 é girada ao redor do eixox. Determine o volume do sólido resultante.

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3. Resolução de exemplos

Solução: Usando o método das cascas cilíndricasvemos que o volume é

1

0

2 arctgV x x dx= ∫ π

Na Tabela de Integrais com o título FormasTrigonométricas Inversas localizamos a fórmula92.

21 11

tg tg2 2

u uu u du u C− −+= − +∫

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3. Resolução de exemplos

Então, o volume é

11 21 1

0 0

12 tg 2 tg

2 2x x

V x x dx x− − += = −

∫π π

( ) ( )12 1 1

01 tg 2tg 1 1x x x− − = + − = − π π

212 1 1

4 2 2 − = − = −

π ππ π π π

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3. Resolução de exemplos

Exemplo 2: Use a Tabela de Integrais paradeterminar

2

25 4

xdx

x−∫

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3. Resolução de exemplos

Solução: Se olharmos na seção da tabela intituladaFormas envolvendo

2 2 ,a u−

veremos que a entrada mais próxima é a de número34.

2 22 2 1

2 2 2 2u u a u

du a u sen Caa u

− = − − + + −∫

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3. Resolução de exemplos

Isso não é exatamente o que temos, maspoderemos usá-la se fizermos primeiro asubstituição u = 2x e du = 2dx.

( )2 2

2 2

2 12 85 5

u du udu

u u=

− −∫ ∫

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3. Resolução de exemplos

Nesse caso, usamos a Fórmula 34 com a2 = 5.

2 2

2 2

185 4 5

x udx du

x u=

− −∫ ∫2

2 1

2

1 55

8 2 2 55 4

x u udx u sen C

x− = − − + +

−∫2

2 1

2

5 25 4

8 16 55 4

x x xdx x sen C

x− = − − + + −∫

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3. Resolução de exemplos

Exemplo 3: Use a Tabela de Integrais paradeterminar

3senx x dx∫

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3. Resolução de exemplos

Solução: Se olharmos na seção intitulada FormasTrigonométricas, veremos que nenhuma dasentradas explicitamente inclui um fator u3.Contudo, podemos usar a fórmula de redução naentrada 84 com n = 3.

3 3 2sen cos 3 cosx x dx x x x x dx= − +∫ ∫

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3. Resolução de exemplos

Precisamos agora avaliar

2cos .x x dx∫Podemos usar a fórmula de redução na

entrada 85 com n = 2, seguida pela entrada 82:

2 2cos sen 2 senx x dx x x x x dx= −∫ ∫

( )2 2cos sen 2 sen cosx x dx x x x x x K= − − +∫

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3. Resolução de exemplos

Combinando esses cálculos, temos

3 3 2sen cos 3 sen 6sen 6 cosx x dx x x x x x x x C= − + − + +∫

onde C = 3K.

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3. Resolução de exemplos

Exemplo 4: Use a Tabela de Integrais paradeterminar

2 2 4x x x dx+ +∫

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3. Resolução de exemplos

Solução: Como a tabela fornece formas envolvendo

2 2 2 2 2 2, e ,a x a x x a+ − −

mas não

2 ,ax bx c+ +

( )22 2 4 1 3x x x+ + = + +

Primeiro completamos o quadrado:

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3. Resolução de exemplos

Se fizermos a substituição u = x + 1 (assimx = u – 1), o integrando envolverá o padrão

2 2 .a u+

( )2 22 4 1 3x x x dx u u du+ + = − +∫ ∫2 23 3u u du u du= + − +∫ ∫

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3. Resolução de exemplos

A primeira integral é avaliada utilizando-se asubstituição t = u 2 + 3:

( )332 2 221 1 2 13 3

2 2 3 3u u du tdt t u+ = = ⋅ = +∫ ∫

Para a segunda integral usamos a Fórmula 21com a 2 = 3.

( )2 2 233 3 ln 3

2 2u

u du u u u+ = + + + +∫

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3. Resolução de exemplos

Então

2 2 4x x x dx+ + =∫

( ) ( )32 2 221 1 3

2 4 2 4 ln 1 2 43 2 2

xx x x x x x x C

+= + + − + + − + + + + +

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4. Sistemas algébricos compu-tacionais

Vimos que o uso de tabelas envolve combinara forma de um dado integrando com as formas deintegrandos nas tabelas.

Os computadores são particularmente bonspara reconhecer padrões. E do mesmo jeito queusamos as substituições junto com as tabelas, umCAS pode fazer substituições que transformamuma integral dada em uma daquelas que ocorremem suas fórmulas armazenadas.

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4. Sistemas algébricos compu-tacionais

Então não é surpresa que um sistemaalgébrico computacional seja muito bom com aintegração. Isso não significa que a integraçãomanual é uma habilidade obsoleta.

Veremos que os cálculos manuais algumasvezes produzem uma integral indefinida em umaforma que é mais conveniente que a resposta docomputador.

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4. Sistemas algébricos compu-tacionais

Para começar, vamos ver o que acontecequando pedimos para uma máquina integrar umafunção relativamente simples y = 1/(3x – 2).

Usando a substituição u = 3x – 2, um cálculomanual fácil nos fornece

1 1ln 3 2

3 2 3dx x C

x= − +

−∫enquanto Derive, Mathematica e Maple retornam aresposta

( )1ln 3 2

3x −

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4. Sistemas algébricos compu-tacionais

A primeira coisa a notar é que o sistemaalgébrico computacional omite a constante deintegração. Em outras palavras, eles produzem umaantiderivada particular, não a mais geral.

Portanto, quando usarmos uma integraçãofeita por máquina, teremos de adicionar umaconstante.

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4. Sistemas algébricos compu-tacionais

Segundo, os símbolos do valor absoluto sãoomitidos na resposta da máquina. Isso é aceitávelse o nosso problema envolve apenas os valores de xmaiores que 2/3. Mas se estivermos interessadosem outros valores de x, então teremos de inserir osímbolo do valor absoluto.

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5. Resolução de exemplos

Exemplo 5: Use um sistema algébrico computa-cional para determinar

2 2 4x x x dx+ +∫

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5. Resolução de exemplos

O Maple responde com

( ) ( ) ( )3

2 221 1 3 32 4 2 2 2 4 arc senh 1

3 4 2 3x x x x x x+ + − + + + − +

Isso parece diferente da resposta queencontramos no Exemplo 4, mas é equivalente,porque o terceiro termo pode ser reescritoutilizando-se a identidade

( )2arc senh ln 1x x x= + +

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5. Resolução de exemplos

Assim

( ) ( ) ( )23 3 1arc senh 1 ln 1 1 1

3 3 3x x x

+ = + + + +

( ) ( )23 1arc senh 1 ln 1 1 1

3 3x x x + = + + + +

( ) ( )23 1arc senh 1 ln ln 1 2 4

3 3x x x x+ = + + + + +

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5. Resolução de exemplos

O termo extra resultante

3 1ln

2 3

pode ser absorvido na constante de integração. OMathematica dá a resposta

225 3 1

2 4 arc senh6 6 3 2 3

x x xx x

+ + + + + −

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5. Resolução de exemplos

O Mathematica combinou os dois primeirostermos do Exemplo 4 (e o resultado do Maple) emum único termo por fatoração.

( ) ( )2 2 21 32 4 2 5 ln 2 4 1

6 2x x x x x x x+ + + + − + + + +

O primeiro termo é igual ao primeiro termoda resposta do Mathematica e o segundo termo éidêntico ao último termo no Exemplo 4.

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5. Resolução de exemplos

Exemplo 6: Use um CAS para determinar

( )82 5x x dx+∫

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5. Resolução de exemplos

Solução: O Maple e o Mathematica dão a mesmaresposta:

18 16 14 12 10 81 5 1.75050 4.375 21.875

18 2 3x x x x x x+ + + + + +…

6 4 2218.750 390.625156.250

3 2x x x+ + +…

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5. Resolução de exemplos

Está claro que ambos os sistemas devem terexpandido (x2 + 5)8 pelo Teorema Binomial e entãointegrado cada termo.

( ) ( )8 92 215 5

18x x dx x C+ = + +∫

Se em vez disso integrarmos manualmente,usando a substituição u = x2 + 5, obteremos

Para a maioria dos propósitos, essa é umaforma mais conveniente de resposta.

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5. Resolução de exemplos

Exemplo 7: Use um CAS para determinar

5 2sen cosx x dx∫

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5. Resolução de exemplos

Solução: No Exemplo 11 da Aula no 50, encontra-mos que

5 2 3 5 71 2 1sen cos cos cos cos

3 5 7x x dx x x x C= − + − +∫

O Derive e o Maple dão a resposta

4 3 2 3 31 4 8sen cos sen cos cos

7 35 105x x x x x− − −

ao passo que o Mathematica responde

5 1 3 1cos cos3 cos5 cos7

64 192 320 148x x x x− − + −

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5. Resolução de exemplos

Suspeitamos que existem identidadestrigonométricas que mostram que essas trêsrespostas são equivalentes.

De fato, se pedirmos para o Derive, o Maplee o Mathematica simplificarem suas expressõesusando as identidades trigonométricas, elesfinalmente produzirão a mesma forma da resposta,como no Exemplo 11 da Aula no 50.

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5. Resolução de exemplos

Exemplo 8: Se

4 5( ) 60sen cos ,f x x x x= +

determine uma antiderivada F de f tal que F (0) = 0.Desenhe F para 0 ≤ x ≤ 5. Onde F tem valoresextremos e pontos de inflexão?

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5. Resolução de exemplos

Solução: A antiderivada de f produzida por Maple é

2 3 6 6 4 21 20 20 4 16 32( ) sen cos sen cos cos sen cos sen sen

2 3 7 7 21 21F x x x x x x x x x x x= − − + + +

e notamos que F (0) = 0. Essa expressão provavel-mente pode ser simplificada, mas isso não énecessário, pois um sistema algébrico computa-cional pode plotar essa versão de F tão facilmentecomo qualquer outra versão. Um gráfico de F émostrado na figura a seguir.

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5. Resolução de exemplos

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5. Resolução de exemplos

Para localizar os valores extremos de F,desenhamos o gráfico de sua derivada F ’ = f na figura aseguir e observamos que F tem um máximo local quandox ≈ 2,3 e um mínimo local quando x ≈ 2,5. O gráfico deF ” = f ’ na figura a seguir mostra que F tem pontos deinflexão quando x ≈ 0,7; 1,3; 1,8; 2,4; 3,3 e 3,9.

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5. Resolução de exemplos

Máximo local Mínimo local

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5. Resolução de exemplos