OSG.: 108444/16Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
LABORATÓRIO DE REDAÇÃO 6Véspera enem – 2016
PROPOSTA I
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Necessidade de proteção às crianças em conflitos mundiais, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
MUNDO TEM 50 MILHÕES DE CRIANÇAS ‘DESLOCADAS’, ALERTA UNICEF
Crianças refugiadas sírias olham através da janela de um carro enquanto cruzam a fronteira do Líbano com suas famílias em
Masnaa, no leste do Líbano. (Foto: Hassan Ammar / AP Photo).
Ao menos 50 milhões de crianças vivem “deslocadas” no mundo após abandonarem seus lares em consequência de guerras, violência e perseguições, alerta o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
No final de 2015, ao menos 31 milhões de crianças viviam refugiadas no exterior e 17 milhões estavam deslocadas em seus próprios países.
As imagens indeléveis das crianças vítimas – o pequeno corpo de Alan Kurdi encontrado em uma praia afogado ou o olhar perdido no rosto ensanguentado de Omran Daqneesh, sentado em uma ambulância após a destruição de sua casa – sacudiram o mundo inteiro”, disse Anthony Lake, diretor-geral da Unicef.
“Cada foto, cada menina ou menino simbolizam milhões de crianças em perigo e necessitamos que a compaixão que sentimos pelas vítimas que podemos ver se traduza em uma ação a favor de todas as crianças”.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/09/mundo-tem-50-milhoes-de-criancas-deslocadas-alerta-unicef.html, acessado em 13/09/16.
Texto II
Menino foi resgatado com vida sob os escombros de edifício após bombardeio em Aleppo (Foto: Aleppo Media Center/AP)
Laboratório de Redação – 2016
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Do total de 50 milhões de crianças “deslocadas”, uma avaliação “prudente” da Unicef indica que 28 milhões foram expulsas de suas casas por conflitos e têm uma necessidade urgente de ajuda humanitária e de acesso aos serviços essenciais.
Outras 20 milhões de crianças deixaram suas casas devido à extrema pobreza ou diante da violência de grupos criminosos.“Muitos correm o risco de serem maltratados ou detidos, diante da falta de documentos ou de um estatuto jurídico
preciso”, destaca a Unicef.A agência da ONU observa ainda que as crianças representam uma parte desproporcional e crescente” das pessoas que
buscam refúgio fora de seu país de nascimento: são quase a metade dos refugiados para um terço da população mundial.Em 2015, em torno de 45% das crianças refugiadas sob a proteção da ONU eram originários de Síria e Afeganistão.Diante deste panorama, a Unicef conclamou as autoridades a acabar com a detenção de crianças imigrantes e de solicitantes
do status de refugiado, a não separá-los de suas famílias, a permitir seu acesso aos serviços de saúde e a promover a luta contra a xenofobia e a discriminação.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/09/mundo-tem-50-milhoes-de-criancas-deslocadas-alerta-unicef.html, acessado em 13/09/16.
Texto 3
Surto do ebola18,7 milhõesde pessoas
afetadas pelosurto do Ebola
Criança em criseO mapa abaixo destaca as principais situaçõeshumanitárias no início de 2015 e algumas dasmaiores crises que vêm atingindoas crianças e suas famílias.
UcrâniaA Ucrânia enfrenta uma crise humanitária
que atinge 5,2 milhões de pessoasque vivem nas zonas de conflito.
1,7 milhão são crianças.
Síria e regiãoUma geração inteira de
crianças sírias estãoem risco com mais de8 milhões de crianças
afetadas.
Iraque5,2 milhões de pessoas afetadaspela crise. 2,2 milhões pessoas
deslocadas internamente(50% são crianças).
IêmenA instabilidade política aumentou
a vulnerabilidade das crianças, incusivepara a desnutrição, que atinge 1,6
milhão de crianças.
NigériaOs ataques frequentes
e intensos do Boko Haramdeixaram 1,5 milhão de
pessoas deslocadasinternamente.
Sudão do SulA crise de fome contínua,
com mais de 235 mil criançassofrendo de desnutrição aguda.
RepúblicaCentro-Africana
2,4 milhões de criançasafetadas por umas complexa
crise humanitáriae de proteção.
https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2015/01/Gr%C3%A1fico-UNICEF-portugu%C3%AAs.jpg, acessado em 13/09/16.
DICAS REDACIONAIS
Em sua produção textual, evitar utilizar:1) coloquialismos e frases feitas: “nas mãos do governo”, “fechar os olhos”, “abrir portas”, “futuro da nação.” 2) redundâncias: pode-se citar, por exemplo; como, por exemplo; juntamente com; atualmente + verbo no presente.3) generalizações: todos, ninguém, tudo, nada, sempre, nunca.
PROPOSTA II
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema A exclusão social: causas e efeitos na sociedade contemporânea, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Laboratório de Redação – 2016
3Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
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Texto I
EM SÃO PAULO, GRITO DOS EXCLUÍDOS CHAMA ATENÇÃO PARA PROBLEMAS DO CAPITALISMO
São Paulo – Grito dos Excluídos faz manifestação na Praça da Sé com o lema Este sistema é insuportável: Exclui, degrada, mata! e
Vida em primeiro lugar (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Com o lema “Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada, Mata,” baseado em um discurso feito pelo papa Francisco na Bolívia, o Grito dos Excluídos, em 7 de setembro, fez um ato na Praça da Sé, em São Paulo, e depois seguiu em passeata pelas ruas do centro até a Igreja Nossa Senhora da Paz, no bairro do Glicério, onde funciona também como um abrigo para imigrantes refugiados. O evento, que sempre ocorre no dia 7 de setembro organizado por movimentos sociais e pelas pastorais católicas, teve este ano o objetivo de criticar o sistema capitalista.
A passeata, que já existe há 22 anos, ocorreu em 24 estados do país de forma autônoma e descentralizada. O Grito dos Excluídos nasceu com a ideia de que é preciso construir um projeto popular de sociedade, uma outra proposta onde a vida seja colocada em primeiro lugar e não a economia.
http://www.opovo.com.br/noticias/politica/2016/09/em-sao-paulo-grito-dos-excluidos-chama-atencao-para-problemas.html, acessado em 13/09/16
Texto II
REALIDADE DE SÃO PAULO
De acordo com o responsável pelo Grito em São Paulo, o coordenador da pastoral, Paulo Pedrini, dentro do tema nacional foram desenvolvidos alguns assuntos secundários, mas que se incluem no eixo do ato e que expressam a realidade de São Paulo.
“Por exemplo, a situação dos moradores de rua, do transporte público, saúde pública e ausência de moradia. Além disso, queremos destacar a situação dos refugiados, que muitas vezes morrem fugindo da guerra”.
Pedrini lembrou que moradores de rua continuam sofrendo com a violência e até com forças de segurança tirando os cobertores doados para as pessoas em situação de rua. “Isso é inadmissível. Desumano. Ainda temos que caminhar muito no sentido da solidariedade mínima que seja”.
A marcha ressaltou ainda pontos como a necessidade de melhorar as políticas públicas para os refugiados. “Eles têm restrições no sentido de liberdade de participação no país. Tem muito o que melhorar, mas esse problema é mundial”. A marcha foi pacífica e não houve incidentes.
http://www.opovo.com.br/noticias/politica/2016/09/em-sao-paulo-grito-dos-excluidos-chama-atencao-para-problemas.html. Acessado em: 13/09/16
Texto III
http://1.bp.blogspot.com/-4x3QuzeWtD4/T1AAUd_-MFI/AAAAAAAABCs/ 63w2b5n0Pzw/s1600/Charge_Desigualdade+Social+1.JPEGHistórico
da Exclusão Social. Acessado em: 13/09/16
Laboratório de Redação – 2016
4 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
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DICAS REDACIONAIS
Não é possível tratar do termo inclusão social com seriedade sem conhecer o histórico da exclusão social.
1. Histórico da Exclusão
O tema da exclusão social é de fundamental importância quando se discute acerca da democracia. Tal preocupação advém do fato de que, ainda que façamos parte de um Estado democrático, não podemos assegurar que nossos interesses serão defendidos. Todavia, se estivermos excluídos, podemos ter a certeza de que nossos interesses serão gravemente feridos.
Nesse diapasão é que se faz pertinente discutir acerca das ações afirmativas. Estas seriam a adoção, pelo Estado, de políticas públicas para implementar medidas que visam assegurar um maior equilíbrio social, através da imposição ou incentivos de determinados comportamentos por particulares ou instituições públicas, podendo ou não haver uma contrapartida como, por exemplo, a redução de impostos.
Trabalhando a questão da exclusão social, bem como o conteúdo jurídico do conceito de ações afirmativas, poderemos verificar aspectos atinentes ao seu papel na luta pela inclusão social na democracia brasileira.
2. A Exclusão Social no Brasil
A exclusão social está presente no Brasil desde a época da Colônia, em função da adoção de uma estrutura escravagista, que se reproduziu e permanece até hoje, embora com um grau menor e de maneira menos ostensiva.
Entretanto, a temática da exclusão social passou a ganhar destaque no país na década de 70, diretamente relacionada ao crescimento econômico, oriundo do período ditatorial brasileiro.
Com a vertiginosa escalada rumo à industrialização, houve uma intensificação do padrão social excludente, fruto do capitalismo dependente, sustentador do milagre.
Este modelo econômico brasileiro favorecia a concentração de capital, resultando num aumento substancial do número de pobres e miseráveis do país. Àqueles não inseridos no sistema, restava somente vender a sua força de trabalho sem, contudo, se tornarem aptos aos privilégios existentes.
Hoje, as rendas máximas e mínimas se distanciam cada vez mais. No caso do Brasil, em comparação com todos os países dos quais se têm estatísticas, essa desproporção atinge os níveis mais alarmantes, já que é hoje o país com os maiores índices de desigualdade, segundo a Unesco. Os 10% mais ricos detêm mais de 46% da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres detêm somente 14% da renda do país. São dados, inclusive, piores dos que os apresentados por países africanos, reconhecidos mundialmente por sua situação de miserabilidade.
http://prof-pat.blogspot.com/2009/06/exclusao-social.html, texto adaptado, acessado em 13/09/16
INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.• O texto definitivo deve ser escrito, à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
Raul M. – 27/09/2016 – Rev.: Rita
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