VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA DO VETOR DA DENGUESANTA ROSA/RS – NOVEMBRO/07
DENGUE – A DOENÇA
Doença febril aguda, de etiologia viral, transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti.
. Existem 4 sorotipos do vírus: Den-1, Den-2, Den-3 e Den-4.
. Podem apresentar duas formas clínicas: Dengue clássica e
Dengue hemorrágica.
. Não existe terapêutica específica.O tratamento é sintomático.
. As medidas preventivas, consistem basicamente no controle do
Vetor, com ênfase para a educação em saúde e participação da comunidade.
Programa Nacional de Controle da Dengue
(PNCD)
COMPONENTES DO PROGRAMA1. Vigilância epidemiológica.2. Combate ao vetor.3. Assistência aos pacientes.4. Integração com atenção básica (PACS/PSF).5. Saneamento ambiental.6. Ações integradas de educação em saúde,
mobilização e comunicação social.
7. Capacitação de Recursos Humanos.8. Legislação.9. Sustentação político-social.10. Acompanhamento e avaliação.
• Decreto Nº 12.622 de 08/02/07, do Gabinete do Prefeito• Coordenado pela da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), com a participação de representantes do Gabinete do Prefeito, das Secretarias Municipais de Planejamento, Educação, Políticas Urbanas, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Política Social, Assessoria de Comunicação Social (ASCOM) e representantes dos nove Secretários Regionais - Saúde e Urbano, além da participação do nível central da SMSA, através das gerências de Vigilância em Saúde, Controle de Zoonoses, Epidemiologia e Informação, Assistência • Reúne semanalmente, tem caráter deliberativo e acompanha a execução das ações propostas.
CRIAÇÃO DO GRUPO EXECUTIVO DE CONTROLE DA DENGUE
TOTAL 74 ESTRATOS
Maior que 3,9 45 61 %Entre 3,9 e 1 27 36 %
Abaixo 1 2 3 %
Alto RiscoMédio riscoBaixo risco
LIRAa Janeiro 2007
RISCO BH
1 1 %58 78 %15 20 %
Alto RiscoMédio riscoBaixo risco
LIRAa Março 2007
• Falta de sustentabilidade política• Problema de gestão das ações Ausência de supervisão (qualidade) Baixo envolvimento de setores que fazem interface com o programa - vigilância sanitária municipal, saneamento, limpeza pública, educação em saúde, PAC/SPSF,etc. Vigilância epidemiológica tarda em detectar epidemias. Insuficiência de infraestrutura: materiais, veículos, agentes de campo Baixo envolvimento da comunidade Persistência de problemas relacionados ao saneamento:
. coleta de resíduos
. abastecimento irregular de água.
FATORES LIMITANTES DO SUCESSO DO PROGRAMA
OBJETIVOS:
• Reduzir a infestação pelo Aedes aegypti.
• Reduzir a incidência da dengue.
• Reduzir a letalidade por febre hemorrágica da dengue.
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA DENGUE (PNCD)
METAS
• Reduzir a menos de 1% a infestação predial em todos os municípios.
• Reduzir em 50% o número de casos em 2003 em relação a 2002 e nos anos seguintes, 25% a cada ano em relação ao ano anterior.
• Reduzir a letalidade por febre hemorrágica da dengue a menos de 1%.
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA DENGUE (PNCD)
O MOSQUITO: CICLO EVOLUTIVO. OVO
. LARVA: dura em média 5 dias
. PUPA: dura em média 2 a 3 dias
. ADULTO: vive em média 30 a 35 dias
. 1 fêmea deposita em média 200 ovos
. Atividade diurna (principalmente primeiras horas da
manhã e final da tarde)
. Vive próximo de habitações humanas
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chdia/n477a.jpg
PROGRAMA NACIONAL CONTROLE DENGUE
- Município não infestado para Aedes aegypti
- Município infestado para Aedes aegypti
MUNICÍPIO NÃO INFESTADO
. Levantamento de índice amostral em ciclos quadrimestrais.
. Pesquisas com Armadilhas semanalmente : 1/armadilha/225 imóveis (9 quarteirões)
. Pesquisa entomológica nos pontos estratégicos em ciclos quinzenais.
PLANO AMOSTRAL PARA O LI
. 0 – 400 imóveis = 100%
. 401 – 1.500 imóveis = 33%
. 1.501 – 5.000 imóveis = 20%
. Acima de 5.000 imóveis = 10%
OVITRAMPA
OVITRAMPAS
FOTO: ANDRÉ
ANÁLISE DA PALHETA
FOTO: ANDRÉ
• Avaliação de armadilhas para coleta de adultos ( MosquiTRAP) e Avaliação de armadilhas para coleta de adultos ( MosquiTRAP) e do atraente sintético AtraAedesdo atraente sintético AtraAedes:
Coordenação: UFMG
Financiamento e acompanhamento : SVS
Realizada em 10 municípios do país no período de 2004 a 2005
PONTO ESTRATÉGICO
FOTO: ANDRÉ
PPE-PESQUISA EM PONTO ESTRATÉGICO
FOTO: ANDRÉ
MUNICÍPIO NÃO INFESTADO
DELIMITAÇÃO DE FOCO
. Abertura de um raio de 300 m em torno do foco
. Atividades:
- inspeções em 100% dos imóveis
- Tratamento mecânico (químico se necessário)
- orientação aos moradores
- abertura de novos raios, se encontrado novos focos
DELIMITAÇÃO DE FOCO
x
X
MUNICÍPIO INFESTADO
LEVANTAMENTO DE ÍNDICES
. Levantamento de índice amostral em ciclos bimestrais.
. Levantamento de Índice Rápido - LIRAa
. Pesquisa entomológica nos pontos estratégicos em ciclos quinzenais.
Bairro ABairro B
Bairro C
Bairro D
Bairro I
Bairro H
Bairro E
Bairro F
Bairro G
Estrato 1
Estrato 2
Estrato 3
Estrato 4
Estrato 5
XX
XX
X
X
X X X X
X X X
X X
X X
X :
Estrato: 8.100-12.000 imóveisMédia:9.000 imóveis
Inspeção:20%
'
L IR A a + v 1 .2 + M u n ic p io s .z ip
JanFev
MarAbr
MaiJun
Jul AgoSet
OutNov
DezJan
FevMar
AbrMai
Nº c
asos
Mutirão de Limpeza
LIRAa
MUNICÍPIO INFESTADO
TRATAMENTO FOCAL EM CICLOS BIMESTRAIS
TRATAMENTO EM PONTOS ESTRATÉGICOS EM CICLOS MENSAIS OU QUANDO NECESSÁRIO.
UTILIZAÇÃO DE UBV: USO RESTRITO EM EPIDEMIAS COMO FORMA COMPLEMENTAR PARA PROMOVER A RÁPIDA INTERRUPÇÃO DA TRANSMISSÃO.
MUNICÍPIO INFESTADO
TRATAMENTO FOCAL
. Aplicação de produto larvicida nos depósitos positivos com o objetivo de eliminar as formas imaturas de mosquitos, que não possam ser eliminadas mecanicamente.
NO IMÓVEL COM DEPÓSITO COM FORMAS IMATURAS, OS DEPÓSITOS COM ÁGUA, QUE NÃO PUDEREM SER ELIMINADOS OU VEDADOS SERÃO TRATADOS.
Touca para Tambor
Foto: L. Pamplona - CETRAV.
Fonte: OMS
Controle Químico
CONTROLE QUÍMICO
TRATAMENTO PERIFOCAL
FOTO: ANDRÉ
MUNICÍPIO INFESTADO (continuação)
. ATIVIDADES DO IEC BUSCANDO A CONSCIENTIZAÇÃO E A PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA NA PROMOÇÃO DO SANEAMENTO DOMICILIAR.
. ARRASTÃO DE LIMPEZA EM MUNICÍPIOS OU BAIRROS VISANDO ELIMINAR OU REMOVER OS DEPÓSITOS PASSÍVEIS DE CRIAÇÃO DO VETOR.
. REGULARIZAÇÃO DA COLETA PÚBLICA DE LIXO.
. BLOQUEIO DA TRANSMISSÃO DE DENGUE (QUANDO NECESSÁRIO).
Em todos os municípios, independente da situaçãoentomológica, recomenda-se sempre priorizar as intervenções de busca e eliminação de focos do vetor e educação em saúde.
Eliminação de focos do vetor e educação em saúde, são as medidas de maior impacto na
redução da população do mosquito.
BLOQUEIO DE TRANSMISSÃO
Nas localidades infestadas se fará o bloqueio da transmissão de dengue após investigação epidemiológica conclusiva acerca da circulação viral.- Neste caso, será feita a aplicação de inseticida em UBV, juntamente com as medidas de controle larvário, nas seguintes situações:
Áreas onde a transmissão de dengue (casos autóctones) já tenha sido confirmada por isolamento de vírus ou sorologia;
Quando da confirmação de caso importado em município infestado.
* Estreita integração: Unidades de Saúde, Vig. Epidemiológica e Controle de Vetores.
Transmissão do Vírus do Dengue pelo Aedes aegypti
Viremia Viremia
Período de incubação
extrínseco
DIAS0 5 8 12 16 20 24 28
Ser humano 1 Ser humano 2
Mosquito pica /Adquire vírus
Mosquito pica /Transmite vírus
Período de incubação
intrínseco
Doença Doença
Período de incubação (humanos): 5-6 dias (3-15) Viremia: -1 ao 6 dia de doença
BLOQUEIO DE TRANSMISSÃO(continuação)
Deve-se realizar o controle larvário com eliminação/vedação ou tratamento químico de focos, concomitante com a utilização de equipamentos de UBV portátil para nebulização domiciliar nas áreas de transmissão focal delimitada ( 9 quarteirões em torno do caso) em apenas um ciclo.
Bairro ABairro B
Bairro C
Bairro D
Bairro I Bairro H
Bairro E
Bairro F
Bairro G x
x
x
:
'
x
x
x
BLOQUEIO DE TRANSMISSÃO
BLOQUEIO DE TRANSMISSÃO
x
UBV PORTÁTIL
FOTO: ANDRÉ
APLICAÇÃO DE INSETICIDA À ULTRA BAIXO VOLUME-UBV COM VEÍCULO
PESADO
UBV PESADA MONTADA EM VEÍCULO
UBV-EQUIPAMENTO PESADO
UBV-EQUIPAMENTO PESADO
CONTAGEM DE GOTAS
Recursos Humanos-Coordenador : 1/município-Supervisor geral : 1/5 supervisores de campo-Supervisor de campo : 1/10 agentes de saúde-Agente de saúde: 1/800-1.000 imóveis 1/30 armadilhas/dia-Agente de PE’s: 1/30 PE/ciclo (*)-Laboratorista-Motorista-Educador em saúde-Auxiliar administrativo
MATERIAIS PARA ATIVIDADES DE CAMPO
Tipo de Material Quantidade Álcool comum – litro 3/serv.campo/ano Bacia Plástica cor clara 15 cm de diâmetro 2/serv.campo/ano Bandeira amarela 25 X 35 cm com cabo de madeira 35 cm 2/serv.campo/ano Bolsa de lona 2/serv.campo/ano Caderneta de anotações para supervisão 2/serv.campo/ano Cola plástica - tubo de 90 gramas 12/serv.campo/ano Escada de metalon (3,5 metros) 1 supervisor/ano Espelho pequeno (de bolso) 2/serv.campo/ano Elástico circular - caixa 25 grs 6/serv.campo/ano Flanela – metro 1/serv.campo/ano Lâmpada para lanterna (sobressalente) 6/serv.campo/ano Lápis de cera preto 24/serv.campo/ano Lápis de grafite com borracha 12/serv.campo/ano Lanterna de 3 elementos 2/serv.campo/ano Lixa de ferro nº 60 12/serv.campo/ano Manual de instruções 1/serv.campo/ano Pasta de percalina para guardar papéis 4/serv.campo/ano Pesca larvas para água suja 3/serv.campo/ano Pesca larvas para água potável 3/serv.campo/ano Pipeta plástica de 10 ml tipo conta gotas 24/serv.campo/ano Pilha tamanho grande para lanterna 36/serv.campo/ano Prancheta 1/serv.campo/ano Saco plástico de 1 kg para acondicionar pesca larva 60/serv.campo/ano Tubo de ensaio com tampa 20 ml (tubitos) 100/serv.campo/ano Pasta de plástico com elástico 2/supervisor/ano Régua Plástica 30 cm 2/supervisor/ano Colher de sopa 20 grs (inox) 2/serv.campo/ano Colher de chá 5 grs (inox) 2/serv.campo/ano Cordão de nylon 20 metros 2/serv.campo/ano Escova de plástico tamanho médio 1/serv.campo/ano Escova de plástico tamanho pequeno 1/serv.campo/ano Fita métrica 1,5 metros ou trena sanfonada de 2 metros 4/serv.campo/ano Martelo tipo picadeira 1/serv.campo/ano
MATERIAL DO AGENTE DE SAÚDE
TRABALHANDO NA CASA
FOTO: ANDRÉ
FOTO: BEZERRA, H.
PESQUISANDO EM LOCAL ESCURO
PESQUISANDO TANQUE
CAPTURANDO LARVAS
LARVA
COLOCANDO LARVA EM TUBITO
TUBITO PARA EXAME
CONTROLE MECÂNICO
FOTO: ANDRÉ
Controle de grandes criadourosControle de grandes criadouros
Mobilização Social
INDICADORES OPERACIONAIS
Índice de Infestação Predial (IIP)IIP = Nº Imóveis positivos para Aedes aegypti x 100 Nº Imóveis pesquisados< 1% (PNCD)
Índice de Breteau (IB) IB = Nº depósitos positivos para Aedes aegypti Nº Imóveis pesquisados< 1 : Baixo risco1 < 3,9 : Médio risco3,9 : Alto risco
Índice de Criadouros PredominantesICP = Nº criadouros “X” com A .aegypti x 100
Total de criadouros com A. aegypti
Controle QuímicoTratamento focal (larvicida)-Temephós (organofosforado): inibidor da acetilcolinesterase- BTI (biológico)- Bioreguladores: 1) Análogo do hormônio juvenil: Methoprene, Pyriproxifen 2) Inibidor de síntese de quitina: Novaluron, Diflubenzuron
Tratamento em PE (residual) - adulticida-Piretróides
Aplicação UBV:- Piretróide- Organofosforado
Atividade do Hormônio Juvenil e Ecdisona no desenvolvimento do mosquito
ecdi
sona
HJ
muda muda muda muda muda
LARVA PUPA ADULTO
L1 L2 L3 L4
Larva sob o efeito do inibidor de síntese de quitina
Larva sob o efeito do inibidor de síntese de quitina
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