Um vinho mais Re
frescante
E se o nosso mundo fosse mais jovial? Menos srio, menos calculista, mais leve, mais espontneo. Este o desafio lanado pelo Vinho Verde: transformar o nosso mundo num lugar mais refrescante ondea leveza e a alegria existem em abundncia.As pginas que se seguem oferecem-lhe toda a magia do Vinho Verde: as castas, a Regio, os tipos de vinhos, a gastronomia e muito mais. Tudo para que se possa tornar num verdadeiro especialista em jovialidade e espontaneidade.
Divirta-se.
Um Mundo mais Refrescante
2 Vinho Verde
Quem quem noMundo Mais Refrescante
Adora um fim de tarde de Vero com os seus amigos. Sempre alegre e bem-disposto, nunca perde a oportunidade para uma boa piada. O seu lado espontneo resulta em situaes inesperadas (como aquela vez quedanou durante umaprova de vinhos). A maior f do calor e da
praia. Sempre elegante e sofisticada, adora reunir os amigos nas suas festas de fim-de-semana, cheias de flores e msica. Todos a adoram (ok, se calhar, os vizinhos nem tanto assim). O toque feminino no Mundo Mais Jovial.
O maior gastrnomo do Mundo Mais Jovial. O seu lugar preferido mesa, sempre rodeado de famlia e amigos. Conhece as melhores receitas, dos pratos mais leves aos petiscos mais inovadores (porque as grandes ideias tambm tm sabor).
para celebrar? Ento deixem tudo com o Lorde Sparkling, o maior anfitrio de todos. Sabe receber como ningum, cuida de todos os detalhes, fala cerca de 7 lnguas (sem contar com alguns dialetos que aprendeu em viagens pela sia).
Quem tem dvidas, pergunta ao Dr. Brandy. Esta a regra. Afinal, ele o sbio de servio. como uma enciclopdia com a qual apetece conversar durante horas. L 10 livros por noite e adora uma boa gargalhada entre amigos de longa data.
Mr. White
O embaixador do Vinho Verde Branco
Lady Ros
A embaixadora do Vinho Verde Ros
Mr. Red
O embaixador do Vinho Verde Tinto
Lord Sparkling
O embaixador do Espumante de Vinho Verde
Dr. Brandy
O embaixador da Aguardente de Vinho Verde
Tudo sobre o Vinho Verde 3
1. Comisso de Viticultura da Regio dos Vinhos Verdes
1.1. Oito Dcadas de Atividade
1.2. Estao Vitivincola Amndio Galhano
2. Denominao de Origem e Indicao Ge
ogrfica
2.1. Denominao de Origem (DO)
2.2. Indicao Geogrfica (IG)
3. Processo de Certificao
3.1. Requisitos para a certificao da DO Vi
nho Verde
3.2. Requisitos para a certificao da IG Min
ho
4. rea de Produo da DO Vinho Verde e da IG Minho
4.1. Clima e Relevo
4.2. Geologia e Solos
4.3. Viticultura: Sistemas de Conduo de V
inha Tradicionais e Modernos
4.4. Vinificao
4.5. Castas
4.6. Caracterizao das sub-regies
5. Vinho Verde5.1. Histria do Vinho
Verde
5.2. Perfil analtico
5.3. Perfil sensorial
5.4. Vinho Verde Vindima Tardia
060607
080809
101011
12131314161722
2828292929
Bem-vindos a um Novo Mun
do
4 Vinho Verde
6. Vinho Regional Minho
6.1. Histria do Vinho Regional Minho
6.2. Perfil analtico
6.3. Perfil sensorial
7. Espumante de Vinho Verde
7.1. Histria do Espumante de Vinho Verde
7.2. Perfil analtico
7.3. Perfil sensorial
8. Aguardentes de Vinho Verde
8.1. Histria das Aguardentes de Vinho Ver
de
8.2. Perfil analtico
8.3. Perfil sensorial
9. Recomendaes no servio de vinhos
10. Gastronomia e Vinhos Verdes
11. Rota dos Vinhos Verdes
12. Estatstica do Vinho Verde
30303030
32333333
34353636
37
41
4446
Tudo sobre o Vinho Verde 5
um trabalho Jovial.
Feito por pessoas Refrescantes.
1. Comisso de Viticultura da Regio dos Vinhos Verdes
A Comisso de Viticultura da Regio dos Vinhos Verd
es (CVRVV) foi criada em 1926 (Decreto n. 12.866) com
a finalidade
de pr em execuo o regulamento da produo e
comrcio do Vinho Verde, que consagrava o estatu
to prprio da
Regio Demarcada, definia os seus limites geogrfic
os e caracterizava os seus vinhos.
Em 1987, por fora do Decreto-Lei n. 104/87, de 6 de
Maro, o Governo vem reconhecer a constituio e
a atividade da
CVRVV, considerando-a como associao regional, p
essoa coletiva de direito privado e utilidade pblica, p
ara efeitos do
disposto na Lei-quadro das regies demarcadas vitiv
incolas (Lei n. 8/85, de 4 de Junho).
Nesta sequncia, foi transformada a sua estrutura org
nica atravs da remodelao dos estatutos da CVRVV
, por escritura
pblica realizada a 1 de Junho de 1987.
forma, cabe CVRVV controlar e certificar os
produtos com a respectiva DO ou IG, divulgar
e promover os produtos que certifica, classificar
as parcelas de vinha como aptas produo dos
produtos certificados, controlar as existncias, a
produo, a circulao e o comrcio das uvas e do
s
produtos vitivincolas, demandar judicialmente ou
participar dos autores das infraes s regras das
DO e IG, aplicar sanes disciplinares e colaborar
com os organismos oficiais competentes
1.1. Oito dcadas de atividade
Uma Comisso Vitivincola Regional uma associa
o
de direito privado, de carter interprofissional,
que
pode ser designada Entidade Certificadora c
om
competncia, no mbito da respetiva regio, p
ara
certificar produtos, promover, defender e controla
r as
Denominaes de Origem (DO) e as Indicaes G
eo-
-grficas (IG).
A CVRVV foi designada como entidade certificad
ora
para exercer funes de controle da produo e
comrcio e de certificao dos produtos vitivinco
las
com direito DO Vinho Verde e IG Minho,
pela Portaria n.o 297/2008, de 17 de Abril. Dessa
6 Vinho Verde
1.2.Estao Vitivincola
Amndio Galhano
A Estao Vitivincola Amndio Galhano (EVAG)
um
centro de experimentao e investigao vitivin
cola
criado pela CVRVV em 1984. Localizada em Arcos
de
Valdevez, em pleno corao do Vale do Lima, ocupa u
ma
propriedade conhecida por Quinta de Campos de L
ima,
na margem direita do Rio Lima, com uma rea d
e 66
hectares.
Criada com o objetivo de desenvolver a vitivinicul
tura
da Regio, a Estao Vitivincola uma unida
de
experimental que atravs dos seus trabalhos prete
nde
contribuir para a contnua afirmao da Regio, apoia
ndo
os seus viticultores.
Entre os trabalhos em curso na rea da viticult
ura
destacam-se os estudos:
Seleo clonal das castas principais da Regio;
Novos sistemas de conduo de vinha;
Porta-enxertos;
Nutrio e fertilizao da vinha;
Fenologia e adaptao cultural das castas regionais
.
Estes ensaios so complementados com a componente enolgica, atravs da realizao de microvinificaes numa moderna Adega Experimental. Para alm do apoio aos estudos vitcolas, a Adega Experimental desenvolve estudos enolgicos em parceria com instituies de ensino e investigao no mbito da seleo e aplicao de leveduras e do controle da vinificao.A EVAG tem ainda um papel determinante no domnio da multiplicao vegetativa da videira com especial realce para a produo de videiras j enxertadas, segundo as tcnicas mais modernas de produo do enxerto-pronto.
A EVAG representa, assim, um polo fundamental no desenvolvimento e modernizao da vitivinicultura da Regio.
Tudo sobre o Vinho Verde 7
Os acrnimos que simbolizam
Frescor e Qualidade (D.O. e I.G.)2.Denominao de Or
igem
e Indicao Geogrfica
2.1.Denominao de Origem
Denominao de Origem (DO) o
nome geogrfico
de uma regio ou de um local dete
rminado, ou uma
denominao tradicional associada a
uma origem geo-
-grfica ou no, que serve para desig
nar um produto
vitivincola:
Originrio de uvas provenientes
dessa regio ou
desse local determinado;
Cuja qualidade ou caractersticas se
devem, essencial
ou exclusivamente, ao meio geogrfi
co, incluindo os
fatores naturais e humanos;
E cuja vinificao e elaborao oc
orrem no interior
daquela rea ou regio geogrfica de
limitada.
Para o consumidor, um produto vit
ivincola que se
reporte a uma denominao de origem
tem certamente
uma componente de genuinidade e au
tenticidade, fator
favorvel na apreciao da sua qualid
ade.
Para beneficiar de uma DO, um produto vitivincola
est sujeito a um controle rigoroso de todas as fases do
processo de produo, desde a vinha at ao consumidor.
As castas utilizadas, os mtodos de vinificao e as
caractersticas organolpticas so apenas alguns dos
elementos cujo controle permite a atribuio dessa DO.
Cabe s Comisses Vitivincolas Regionais proceder
a esse controle de forma a garantir a genuinidade e
qualidade dos produtos com DO dentro das suas regies
demarcadas.
Uma DO pode ser empregue nos seguintes produtos:
Vinhos; Vinhos espumantes;
Vinhos frisantes;
Vinhos licorosos;
Aguardentes vnicas e aguardentes bagaceiras;
Vinagre de vinho.
A DO Vinho Verde empregue nas seguintes categorias de produtos: Vinho, branco, tinto e rosado, designado Vinho Verde; Vinho espumante branco, tinto e rosado, desig
nado
Espumante de Vinho Verde; Aguardentes vnica e bagaceira, designadas Aguardente
Vnica de Vinho Verde e Aguardente Bagaceira de Vinho Verde, respetivamente;
Vinagre de vinho, branco, tinto e rosado, designado
Vinagre de Vinho Verde.
A designao Denominao de Origem Controlada (ou DOC) a meno especfica tradicional utilizada na apresentao (rotulagem) e publicidade dos pro
dutos
vitivincolas com direito a uma DO.
8 Vinho Verde
2.2.Indicao Geogrfica
Indicao Geogrfica (IG) o
nome do pas ou
de uma regio ou de um loca
l determinado, ou
de uma denominao tradicio
nal associada a
uma origem geogrfica ou n
o, que sirva para
designar ou identificar um pr
oduto vitivincola:
Originrio de uvas da prov
enientes em pelo
menos 85 %, no caso de reg
io ou de local
determinado;
Cuja reputao, determina
da qualidade ou
outra caracterstica podem
ser atribudas a
essa origem geogrfica;
E cuja vinificao ocorra n
o interior daquela
rea ou regio geogrfica de
limitada.
Uma IG pode ser empregue nos seguintes produtos: Vinhos; Vinhos espumantes; Vinhos frisantes; Vinhos licorosos; Aguardentes vnicas e aguardentes bagaceiras; Vinagre de vinho.
Os produtos com direito IG Minho devem ser obtidos exclusivamente a partir de uvas provenientes da rea de produo delimitada pela Portaria n.379/2012, de 21 de Novembro. Esta rea coincide com a rea geogrfica de produo da DO Vinho Verde (Regio Demarcada).A IG Minho empregue nas seguintes categorias de produtos: Vinho, branco, tinto e rosado, designado Vinho Regional Minho; Vinho licoroso, branco, tinto e rosado (desde 22/11/2012); Vinho espumante branco, tinto e rosado (desde 22/11/2012); Vinho espumante de qualidade, branco, tinto e rosado (desde 22/11/2012);
Vinho frisante branco, tinto e rosado (desde 22/11/2012); Vinho frisante gaseificado, branco, tinto e rosado (desde 22/11/2012); Aguardente vnica e bagaceira (desde 22/11/2012); Vinagre de vinho, branco, tinto e rosado (desde 22/11/2012). O Vinho Regional Minho representa apenas 4% do total da produo da Regio.
Tudo sobre o Vinho Verde 9
Como tudo se combina para criar um Selo Especial3.Processo de CertificaoA certificao dos produtos que compete CVRVV controlar um processo q
ue,
numa abordagem geral, inclui quatro fases:
Inscrio do Operador Econmico (OE) na CVRVV como engarrafador;
Aprovao de rotulagem com a respectiva marca;
Controle do produto a certificar, nomeadamente o controle analtico e sensorial
(laboratrio); Atribuio dos selos de garantia.
A garantia da qualidade e genuinidade dos produtos que compete CVRVV controlar dada pelo Selo de Garantia,
o qual foi criado pela CVRVV em 1959 para o Vinho Verde.
O Laboratrio da CVRVV um laboratrio oficial desde 1926 e est acreditado segundo a NP EN ISO/IEC 17025,
competindo-lhe analisar as amostras de vinhos e seus derivados produzidos na Regio dos Vinhos Verdes, no sentido
de garantir que as suas caractersticas correspondem regulamentao em vigor (DO e IG).
A certificao da DO Vinho Verde implica o
cumprimento de requisitos definidos na Organizao
Comum do Mercado Vitivincola (regulamentao
comunitria), na legislao nacional, bem como na
regulamentao da prpria regio, nomeadamente:
rea geogrfica de produo;
Tipos de solos das vinhas;
Castas aptas produo;
Prticas culturais e formas de conduo (as tradicionais e recomendadas pela CVRVV);
Cadastro e caracterizao das vinhas;
Rendimentos por hectare;
Mtodos e prticas de vinificao;
Prticas enolgicas; Ttulo alcoomtrico volmico natural mnimo; Caractersticas fsico-qumicas e organolticas; Instalaes de vinificao, destilao, armazenagem e pr-embalagem; Inscrio de acordo com as normas gerais do Instituto da Vinha e do Vinho e com os procedimentos internos da CVRVV;
Circulao e comercializao; Rotulagem a utilizar nos recipientes.
3.1.Requisitos para a certificao da DO Vinho Verde
10 Vinho Verde
3.2.Requisitos para a certificao da IG Minho A atribuio da IG Minho implica o cumprimento de
requisitos definidos na Organizao Comum do Mercado
Vitivincola (regulamentao comunitria), na legislao
nacional, bem como na regulamentao da prpria regio,
nomeadamente: rea geogrfica de produo;
Tipos de solos das vinhas;
Castas aptas produo;
Prticas culturais e inscrio das vinhas;
Rendimento por hectare;
Vinificao e prticas enolgicas;
Prticas enolgicas;
Ttulo alcoomtrico volmico natural mnimo
Caractersticas fsico-qumicas e organolticas;
Instalaes de vinificao, destilao, armazenagem
e pr-embalagem; Inscrio de acordo com as normas gerais do Instituto
da Vinha e do Vinho e com os procedimentos internos
da CVRVV; Circulao e comercializao;
Rotulagem a utilizar nos recipientes.
Tudo sobre o Vinho Verde 11
Regio Demarcada do Vinho Verde
O Frescor provm de um Stio nico
No vasto territrio do Noroeste de Portugal, um manto verde e exuberante desce
das serras, cobre os vales interiores, prolonga-se pelas plancies e estende-se
at ao mar. (...) no horizonte mais vasto da paisagem, o verde impe-se como a
marca maior da identidade de toda a regio. Manuel Carvalho
4.rea de Produo
da DO Vinho Verde e da IG Minho
A rea de produo da DO Vinho Verde e da IG Minho uma
das mais antigas de Portugal. Foi originariamente
demarcada por fora da Carta de Lei de 18 de Setembro de 1908
e corresponde rea geogrfica das denominaes
de origem que compete CVRVV certificar.
A atual Regio dos Vinhos Verdes estende-se por todo o nor
oeste de Portugal, numa altitude inferior aos 700
metros, na zona tradicionalmente conhecida como Entre-Dou
ro-e-Minho, ocupando uma rea total de cerca de
21.000 ha de vinha, o que corresponde a cerca de 15% da rea vit
cola portuguesa. Os seus limites geogrficos esto
naturalmente definidos:
A norte o rio Minho que estabelece parte da fronteira com a E
spanha;
A sul o rio Douro e as serras da Freita, Arada e Montemuro;
A leste as serras da Peneda, Gers, Cabreira e Maro;
A oeste o Oceano Atlntico.
As zonas montanhosas a leste e
a sul constituem a separao
natural entre o Entre-Douro e as
zonas do pas mais interiores
de caractersticas mais mediterr
nicas.
Principais nmeros da Regio:
7.000 km2
21.000 ha de vinha
129.000 parcelas de vinha
47 castas
25.500 viticultores
600 engarrafadores
85 milhes de litros produzidos po
r ano
80 mercados de exportao
12 Vinho Verde
4.1.Clima e relevo
O clima da regio fortemente con
dicionado pelas
caractersticas orogrficas e pela
organizao da rede
fluvial. O aspeto mais marcante o re
gime anual de chuvas,
que se caracteriza por totais anuais
bastante elevados (em
mdia 1200 mm) e por uma distribui
o irregular ao longo
do ano, concentrada no Inverno e
na Primavera. Por seu
lado, a temperatura evolui em sime
tria com a precipitao,
isto , as temperaturas mais alta
s coincidem com as
precipitaes mais baixas e as tem
peraturas mais baixas
com as precipitaes mais altas.
Relativamente temperatura mdi
a anual e s mdias das
mximas e mdias das mnimas, po
de dizer-se no serem
estas excessivas, o que se traduz num
clima ameno.
Quanto ao relevo, a regio apresenta com
uma topografia
bastante irregular, sendo recortada
por uma densa rede de
vales associada rede fluvial, aspe
to que se acentua do
litoral para o interior. Os principai
s rios que atravessam
e moldam a viticultura da Regio
so, de norte para sul,
Minho, Lima, Cvado, Ave, Sousa, T
mega e Douro.
4.2.Geologia e solos
Sob o ponto de vista geolgico, os
solos so na sua maioria
de origem grantica, existindo d
uas estreitas faixas de origem
xistosa que atravessam a Regi
o no sentido sudeste-noroeste,
com origem a sul do rio Douro
, uma do perodo silrico, onde
aparecem formaes carbonfe
ras e de lousa, e outra de xistos
do perodo arcaico.
O solo caracteriza-se, regra g
eral, por baixa profundidade
e heterogeneidade, o que
obriga escolha dos solos
que possuem maior aptid
o vitcola, como os solos
medianamente profundos, co
m boa drenagem interna.
Tudo sobre o Vinho Verde 13
4.3.Viticultura: sistemas de conduo de vinha
As vinhas caracterizam-se pela sua grande expanso vegetativa e por se encontraram em diversos
sistemas de conduo.
A disperso da vinha coincide com os vales dos rios uma vez que a que as vinhas em meia encosta
revelam todo o seu potencial, coincidindo com o local onde as populaes se fixaram ao longo dos sculos.
SISTEMAS DE CONDUO DE VINHA TRADICIONAIS
Um dos traos mais tpicos da paisagem do noroeste de Portugal consiste nas ramadas que cobrem os
caminhos e nas videiras entrelaadas com rvores nas bordas dos campos. H alguns vinhos, muito
poucos, que ainda provm1 dessas videiras e o seu carter est to ligado s condies naturais da Regio
como a essas formas de instalao de vinha
Os sistemas tradicionais de conduo
de vinha mais comuns so:
Uveiras (vinhas que trepam as rvores);
Arjes (vinhas que passam de rvore em rvore);
Ramadas (vinhas dispostas volta dos campos agrcolas).
14 Vinho Verde
SISTEMAS DE CONDUO DE VINHA MODERNOS
A instalao de vinhas modernas na Regio dos Vinhos Verdes requer
estruturas de suporte diferentes
de qualquer outra regio.
De fato, e para que as caractersticas destes vinhos se mantivessem, o
s sistemas de conduo modernos
foram concebidos para facilitar os amanhos das vinhas e melhorar as con
dies de produo, sem alterar os
princpios tradicionais da cultura da vinha.
Um dos fatores que tradicionalmente prejudica os agricultores desta Regi
o a maturao tardia das uvas, em
virtude da grande exuberncia vegetativa das vinhas, o que provoca ens
ombramentos. Os novos sistemas de
conduo permitem que se atinjam bons pontos de maturao mais pre
cocemente. Este um aspeto no qual
a Regio tem apostado fortemente, nomeadamente com a atividade da Es
tao Vitivincola Amndio Galhano
(ver ponto 1.2) e que se reflete de forma marcante na qualidade crescente d
os seus vinhos.
Os sistemas modernos de conduo de vinha
mais comuns so:
Cruzeta (atualmente praticamente no utilizado);
Bardo; Cordo (ascendente e/ou retumbante).
Tudo sobre o Vinho Verde 15
4.4.VinificaoAlgumas caractersticas importantes de um vinho
comeam a ser definidas no momento em que se
colhe a uva. Neste sentido, torna-se muito importante
determinar com a maior exatido, que as modernas
tecnologias propiciam, a data da vindima.
A data da vindima deve ser determinada por vrios
fatores, entre os quais se salienta a previso do lcool
do vinho e da acidez. sabido que, medida que a uva
vai transformando os seus cidos em acares, a acidez
vai diminuindo e o lcool provvel vai aumentando.
Cada casta tem o seu ponto de equilbrio e mesmo cada
produtor pode determinar qual a relao que mais se
adequa ao perfil de Vinho Verde que pretende produzir.
Os vinhos brancos so obtidos por fermentao alcolica do mosto de uvas brancas a temperatura baixa
(inferior a 20 C) e controlada, sem a presena dos outros
elementos que compem o cacho, nomeadamente das
pelculas. Este mosto obtido por prensagem das uvas
que, depois de decantar, ou seja, de deixar sedimentar
as substncias slidas mais pesadas, trasfegado para
novo recipiente onde vai fermentar.
Os vinhos tintos sofrem um processo de vinificao ligeiramente diferente, uma vez que o mosto de uvas
tintas fermenta nos lagares (ou em autovinificadores)
na presena das pelculas, que vo transmitir ao vinho
parte da cor e da adstringncia. Este mtodo chama-se
curtimenta.
Os vinhos rosados so produzidos exclusivamente a partir de uvas tintas, vinificadas de forma semelhante
aos vinhos brancos.
A fermentao alcolica o processo biolgico pe
lo
qual as leveduras transformam os acares
em lcool
(etanol) e dixido de carbono, com libe
rtao de
energia. No caso do vinho, os acares pro
venientes
das uvas so a glicose e a frutose. Atualmente
, comum
adicionar as leveduras para que o processo se
inicie.
Nesses casos, tanto se pode recorrer a
leveduras
selecionadas por entidades credveis (a
CVRVV
contribui para essa seleo), como produzir
, logo no
incio da vindima, uma quantidade de levedur
as a partir
de mostos prprios. Ao fermentar, o mosto lib
erta calor
e eleva a sua temperatura, sendo necessrio
proceder
ao seu controle.
A fermentao maloltica uma etapa que sucede
fermentao alcolica. Manifesta-se pela lib
ertao de
gs carbnico durante a transformao do c
ido mlico
em cido ltico. Durante a fermentao
maloltica
a acidez total do vinho diminui, podend
o formar-
se compostos aromticos nem sempre d
esejveis.
Neste sentido, esta transformao no
favorvel
s qualidades organolticas de todos o
s vinhos,
dependendo do prprio vinho e tambm das
condies
em que o fenmeno ocorre.
Apesar de amaciar os vinhos a fermentao
maloltica
provoca uma diminuio dos aromas
primrios
provenientes das uvas, sendo essa a razo
pela qual
muitos enlogos evitam a sua ocorrncia no
s Vinhos
Verdes brancos, que devem ser simulta
neamente
refrescantes e aromticos.
A fermentao maloltica principalmente encoraja
da
nos Vinhos Verdes tintos, cuja qualidade dep
ende mais
da sua complexidade do que da sua inten
sidade de
aromas.
16 Vinho Verde
4.5. CastasA custa da sua antiguidade nesta Regio e pelo fato de terem surgido apenas no noroeste ibrico, h muitas castas que so consideradas autctones. Por um lado, um dos fatores que traduz com maior intensidade a especificidade do Vinho Verde e, por outro, contribui para a distino das sub-regies. Nalguns casos, a sua cultura esteve mesmo confinada em exclusivo a certas sub-regies.A mais recente legislao sobre as castas em cultura nesta regio (portaria n. 668/2010, alterada pela Portaria n. 949/2010) define as castas aptas produo de vinhos e produtos vitivincolas com direito DO Vinho Verde. As castas que podem ser mencionadas com destaque na rotulagem so as seguintes:
Para a produo de vinhos com IG Minho esto autorizadas mais 18 castas, no autorizadas para vinhos com DO Vinho Verde:Brancas: Chardonnay, Chenin, Mller Thurgau, Pinot Blanc, Riesling, Sauvignon (Sauvignon Blanc) e Viosinho;Tintas: Alfrocheiro (Tinta Bastardinha), Aragonez (Tinta-Roriz), Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Castelo, Jaen (Mencia), Merlot, Pinot Noir, Syrah (Shiraz), Tinta Barroca e Pinot Gris (Pinot Grigio).
As designaes anteriores mais comuns para os
nomes das castas principais so os seguintes:
- Pedern para o nome Arinto(sinnimo);
- Azal Tinto para o nome Amaral;
- Brancelho para o nome Alvarelho;
- Padeiro de Basto para o nome Padeiro;
As designaes anteriores mais comuns para
os nomes das outras castas so os seguintes:
- Branco-Escola para o nome Pintosa;
- Esgana-Co para o nome Sercial (sinnimo);
- Maria-Gomes para o nome Ferno-Pires (sinnimo);
- Douradinha para o nome Tlia;
- Tinta-Amarela para o nome Trincadeira (sinnimo);
- Verdial para o nome Verdial-Tinto.
Brancas
Alvarinho, nas condies
abaixo determinadas;
Arinto/Pedern;
Avesso;
Azal; Ferno-Pires/Maria-Gome
s;
Loureiro;
Trajadura.
Tintas
Amaral;
Borraal;
Espadeiro;
Padeiro;
Touriga-Nacional (apenas
quando esteja em causa
vinho rosado);
Vinho.
Castas Principais
Tudo sobre o Vinho Verde 17
Alvarinho Casta cultivada particularmente na sub-regio de Mono e Melgao, mas que dada a sua elevada qualidade tem sido levada para outros pontos da regio e do pas. Produz mostos muito ricos em acares e contudo apresenta um razovel teor em cidos orgnicos. O vinho elementar caracteriza-se por uma cor intensa, palha, com reflexos citrinos, aroma intenso, distinto e complexo, que vai desde o marmelo, pssego, banana, limo, maracuj e lichia (carter frutado), a flor de laranjeira e violeta (carter floral), a avel e noz (carter amendoado) e a mel (carter caramelizado), sendo o sabor complexo, macio, redondo, harmonioso, encorpado e persistente.
ArintoCasta cultivada por toda a Regio (no recomendada na sub-regio de Mono e Melgao). Conhecida como Arinto de Bucelas, atinge o seu mais elevado nvel de qualidade nas zonas interiores da regio. Produz mostos de mdia a elevada percentagem de acares e teor relativamente elevado de cidos orgnicos. Os vinhos so de cor citrina a palha, apresentam aroma rico, do frutado dos citrinos e pomideas (ma madura e pera) ao floral (lantanas). O sabor refrescante, harmonioso e persistente.
AvessoCasta cultivada particularmente na sub-regio de Baio, mas que dada a sua alta qualidade, tem sido cultivada em sub-regies limtrofes como a de Amarante, Paiva e Sousa. Produz vinhos de cor intensa, palha aberta, com reflexos esverdeados, aroma misto entre o frutado (laranja e pssego), o amendoado (frutos secos) e o floral, sendo o carter frutado dominante, delicado, subtil e complexo. O sabor frutado, com ligeiro acdulo, refrescante, harmonioso, encorpado e persistente. Estas potencialidades de aroma e sabor revelam-se somente alguns meses aps a vinificao.
18 Vinho Verde
AzalCasta cultivada particularmente em zonas do interior onde amadurece bem e atinge o seu nvel de qualidade quando plantada em terrenos secos e bem expostos das sub-regies de Amarante, Basto, Baio e Sousa. Produz vinhos de cor ligeira, citrina aberta, descorada, aroma frutado (limo e ma verde) no excessivamente intensos e complexos; finos, agradveis, refrescantes e citrinos, sendo o sabor frutado, ligeiramente acdulo, com frescura e jovem, podendo em anos excecionais revelarem-se encorpados e harmoniosos.
BatocaCasta de rea de cultivo restrita sub-regio de Basto, onde atinge o seu melhor potencial de qualidade. Em anos favorveis, produz vinhos no elementares com mdio a alto teor alcolico e baixa acidez total, com aromas simples e pouco intensos, com sabor macio.
LoureiroCasta cultivada em quase toda a regio e melhor adaptada s zonas do litoral, no sendo recomendada apenas nas sub-regies mais interiores como Amarante, Basto e Baio. Antiga e de alta qualidade, produz mostos com aroma acentuado e caracterstico da casta, dando vinhos de cor citrina, aroma fino, elegante, que vai do frutado de citrinos (limo) ao floral (frsia, rosa) e melado (bouquet), sendo o sabor frutado, com ligeiro acdulo, refrescante, harmonioso, encorpado e persistente.
TrajaduraCasta cultivada por toda a regio (no recomendada na sub-regio de Baio), de boa qualidade, produz mostos de aroma delicado e naturalmente pobres em acidez, dando vinhos de cor intensa, palha dourada, de aroma intenso, a frutos de rvore maduros (ma, pera e pssego), macerados, sendo o sabor macio, quente, redondo e com tendncia, em determinadas condies, a algum desequilbrio (baixa acidez).
Tudo sobre o Vinho Verde 19
AlvarelhoCasta de pouca expanso na Regio, sendo cultivada particularmente na sub-regio de Mono
e Melgao e recomendada na sub-regio de Baio. conhecida por Alvarelho devido sua
proximidade ao Douro onde esta casta cultivada com esse nome. Produz mostos naturalmente
ricos em acares, dando vinhos de cor rubi a rubi clara, com aroma delicado casta, harmoniosos
e saborosos.
AmaralCasta de pouca expanso, sendo mais cultivada na zona sul da Regio, mas que dada a sua
qualidade encontra-se hoje recomendada para a maior parte das sub-regies (exceto nas de
Mono e Melgao e Lima). Produz mostos naturalmente mais ricos em cido tartrico, quando
comparados com os do Vinho, Borraal e Espadeiro, dando vinhos de cor intensa, vermelho rubi,
com aroma sem destaque casta, ligeiramente acdulos e encorpados.
BorraalCasta de grande expanso cultivada em toda a regio e recomendada em todas as sub-regies.
Produz mostos naturalmente mais ricos em cido mlico e na acidez total, comparativamente
com o Amaral, Vinho e Espadeiro, dando vinhos de cor vermelha rubi, com aroma casta,
equilibrados e saborosos.
EspadeiroCasta de alguma expanso na Regio, no recomendada para as sub-regies de Baio, Mono
e Melgao e Paiva. Trata-se de uma casta que exige elevadas somas de calor efetivo para
amadurecer. Produz mostos naturalmente menos ricos em acares que o Vinho, mas mais ricos
que o Amaral e Borraal (e vice-versa com a acidez total), dando vinhos de cor rubi clara a rubi, de
aroma e sabor casta e refrescantes. Tradicionalmente vinificada em bica aberta em diferentes
locais da Regio para produo de vinho rosado.
20 Vinho Verde
PadeiroCasta de pouca expanso na Regio, sendo cultivada particularmente na sub-regio de Basto, sendo hoje tambm recomendada nas sub-regies do Ave e do Cvado. Produz mostos naturalmente ricos em acares (como o Vinho), dando vinhos de cor vermelha rubi a vermelha granada, de aroma e sabor casta, harmoniosos e saborosos.
PedralCasta de pouca expanso na Regio, sendo recomendada particularmente na sub-regio de Mono e Melgao, embora aparea esporadicamente em outras sub-regies com outro nome. Produz mostos medianamente ricos em acares, dando vinhos de cor rubi clara a rubi (como o Espadeiro), com aroma e sabor casta.
Rabo-de-AnhoCasta de muito pouca expanso na Regio, sendo cultivada particularmente na sub-regio de Basto, onde consegue amadurecer, pois a casta mais tardia de todas. Produz mostos naturalmente pobres em acares, dando vinhos de cor rubi, sem aroma casta (neutros).
VinhoCasta de grande expanso cultivada em toda a Regio pela sua qualidade e dado ser a nica casta regional tintureira. Produz mostos naturalmente mais ricos em acares que o Espadeiro, Amaral e Borraal (e o contrrio com a acidez total), dando vinhos de cor intensa, vermelho granada, de aroma vinoso, onde se evidenciam os frutos silvestres (amora e framboesa), sendo o sabor igualmente vinoso, encorpado e ligeiramente adstringente.
Tudo sobre o Vinho Verde 21
4.6. Caracterizao
das sub-regies
Questes de ordem cultural, microclim
as, tipos de
vinho, encepamentos e modos de
conduo das
vinhas levaram diviso da Regio dos V
inhos Verdes
em nove sub-regies:
Amarante: concelhos de Amarante e Marco
de Canaveses;
Ave: concelhos de Vila Nova de Famalico, F
afe,
Guimares, Santo Tirso, Trofa, Pvoa d
e Lanhoso,
Vieira do Minho, Pvoa de Varzim, Vil
a do Conde
e Vizela, exceto as freguesias de Vizela
(Sto. Adrio) e de Barrosas (Sta. Eullia
);
Baio: concelhos de Baio, Resende (exceto a
freguesia de Barr) e Cinfes (exceto as
freguesias de Travanca e Souselo);
Basto: concelhos de Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Mondim de Basto e
Ribeira
de Pena; Cvado: concelhos de Esposende, Barcelos,
Braga, Vila Verde, Amares e Terras de Bouro;
Lima: concelhos de Viana do Castelo, Ponte
de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez;
Mono e Melgao: concelhos de Mono
e Melgao;
Paiva: concelho de Castelo de Paiva e, no concelho de Cinfes, as freguesias de
Travanca
e Souselo;
Sousa: concelhos de Paos de Ferreira, Paredes,
Lousada, Felgueiras, Penafiel e no concelho
de Vizela as freguesias de Vizela (Sto. Adrio)
e Barrosas (Sta. Eullia).
Sub-regio Castas Brancas Castas TintasAmarante Arinto, Avesso, Azal, Trajadura Amaral, Borraal, Espadeiro, Vinho
Ave Arinto, Loureiro, Trajadura Amaral, Borraal, Espadeiro, Padeiro, Vinho
Baio Arinto, Avesso, Azal Alvarelho, Amaral, Borraal, Vinho
Basto Arinto, Azal, Batoca, Trajadura Amaral, Borraal, Espadeiro, Padeiro, Rabo de Anho, Vinho
Cvado Arinto, Loureiro, Trajadura Amaral, Borraal, Espadeiro, Padeiro, Vinho
Lima Arinto, Loureiro, Trajadura Borraal, Espadeiro, Vinho
Mono e Melgao Alvarinho, Loureiro, Trajadura Alvarelho, Borraal, Pedral, Vinho
Paiva Arinto, Avesso, Loureiro, Trajadura Amaral, Borraal, Vinho
Sousa Arinto, Avesso, Azal, Loureiro, Trajadura Amaral, Borraal, Espadeiro, Vinho
Distribuio das castas principais
pelas sub-regies da rea de produ
o
da DO Vinho Verde:
22 Vinho Verde
GuimaresVila do Conde
Viana do Castelo
Braga
Porto
Baio
Penafiel
C.Paiva
Cabeceirasde Basto
Amarante
Esposende
Mono
Ponte de Lima
Melgao
Tudo sobre o Vinho Verde 23
Sub-regio de
AmaranteLocalizada no interior da Regio, a sub-regi
o de Amarante encontra-se protegida da influncia do Atlntico e a uma
altitude mdia elevada, pelo que as amplitudes trmicas so superiores mdia da Regi
o e o Vero mais quente. Estas
condies favorecem o desenvolvimento de algumas castas de maturao mais tardia: A
zal e Avesso (brancas), Amaral
e Espadeiro (tintas). O solo grantico, tal como na maior parte da Regio. Os vinhos bran
cos apresentam habitualmente
aromas frutados e um ttulo alcoomtrico superior mdia da Regio. Mas dos tintos q
ue vem a fama da sub-regio de
Amarante, uma vez que as condies edafo-climticas referidas favorecem uma boa ma
turao das uvas, sobretudo da
casta Vinho, o que permite obter vinhos com cor carregada e muito viva, apreciada pelo c
onsumidor regional.
Sub-regio do
AveNa sub-regio do Ave a vinha est implanta
da um pouco por toda a bacia hidrogrfica do rio Ave, numa zona de relevo
bastante irregular e baixa altitude, pelo que fica mais exposta a ventos martimos. Assim, o
clima caracteriza-se por baixas
amplitudes trmicas e ndices mdios de precipitao. Neste contexto, esta sub-regio so
bretudo uma zona de produo
de vinhos brancos, com um frescor presente e notas florais e de fruta citrina. Por toda a su
b-regio encontram-se as castas
Arinto e Loureiro, adequadas a este tipo de clima ameno, devido a maturao mdia, nem
precoce nem tardia. H ainda
a considerar a casta Trajadura que, por amadurecer precocemente, mais macia, compl
etando na perfeio um lote de
vinho com Arinto e Loureiro.
Sub-regio de
BaioA sub-regio de Baio encontra-se na Regi
o dos Vinhos Verdes, no seu limite com a Regio do Douro. Localiza-se no
interior da Regio a uma altitude intermdia, condies que criam um clima menos temp
erado, com Invernos mais frios
e menos chuvosos, e meses de Vero mais quentes e secos. Estas caractersticas permitem
o amadurecimento correto das
castas de maturao mais tardia, por exemplo o Azal e o Avesso (brancas) e o Amaral (tin
tas), com maiores exigncias de
calor no final do ciclo. Esta sub-regio tem-se afirmado na produo de vinhos brancos de
grande notoriedade a partir da
casta Avesso, juntando aroma intenso e frutado a uma acidez viva.
24 Vinho Verde
Sub-regio de
BastoA sub-regio de Basto a mais interior da Regio, encontrando-se a uma altitude mdia elevada, estando por isso res-guardada dos ventos martimos. O clima mais agreste, Inverno frio e muito chuvoso ( parte do vale do Lima onde mais chove em toda a Regio) e o Vero bastante quente e seco, favorecendo castas de maturao tardia como o Azal (branca), o Espadeiro e o Rabo-de-Anho (tintas). nesta zona que a casta Azal atinge o seu mximo potencial e permite obter vinhos muito particulares, com aroma a li-mo e ma verde, muito refrescantes. Existe ainda uma considervel produo de Vinhos Verdes tintos que apresentam muita vinosidade e uma boca cheia e fresca.
Sub-regio do
CvadoTal como na sub-regio do Ave, na sub-regio do Cvado a vinha est localizada um pouco por toda a bacia hidrogrfica do rio que lhe deu o nome, bastante exposta aos ventos martimos, numa zona de relevo irregular e a uma baixa altitude. Estes fatores implicam um clima ameno, sem grandes amplitudes trmicas e com uma pluviosidade mdia anual inter-mdia. Nesta sub-regio alm dos solos granticos, existe uma faixa de solos de origem xistosa, no sendo no entanto a sua abrangncia significativa. Este clima adequado produo de vinhos brancos, sobretudo das castas Arinto, Lourei-ro e Trajadura, que se adaptam na perfeio a estas condies. So vinhos com uma acidez moderada e notas de frutos citrinos e pomideas (ma madura e peras).Os vinhos tintos produzidos no vale do Cvado so na sua maioria lotes de Vinho e Borraal, apresentam uma cor intensa vermelho granada e revelam aromas a frutos refrescantes. Na boca evidenciam toda a frescura climtica da sub--regio onde so produzidos.
Tudo sobre o Vinho Verde 25
Sub-regio do
LimaEm termos de amplitudes trmicas a sub-regio do Lima est numa posio intermdia relativamente s restantes sub-regies.
No entanto, onde a precipitao atinge valores mais altos. A altitude a que a vinha se encontra plantada varivel e aumenta
do litoral para o interior, onde o relevo tambm mais irregular, originando alguns microclimas no interior do vale do Lima,
existindo por vezes referncias a baixo Lima e alto Lima. Tal como na sub-regio do Cvado, alm dos solos granticos, existe
uma faixa de solos de origem xistosa, no sendo no entanto a sua abrangncia significativa. Os vinhos brancos mais afamados
desta sub-regio so produzidos a partir da casta Loureiro. Os aromas so finos e elegantes e vo desde o citrino (limo) at ao
floral (rosa). As castas Arinto e Trajadura encontram-se tambm bem disseminadas neste local, pois adaptam-se bem a climas
amenos influenciados pelos ventos martimos. Os vinhos tintos so produzidos principalmente a partir da casta Vinho e
Borraal. Habitualmente, nas zonas mais interiores desta sub-regio que os vinhos tintos apresentam um melhor potencial,
devido s condies climticas que condicionam a maturao.
Sub-regio de
Mono e MelgaoA sub-regio de Mono e Melgao possui um microclima muito particular, sendo exclusiva nas castas Alvarinho (branca) e
Pedral (tinta) e divide com a sub-regio de Baio a recomendao para o Alvarelho (tinta), trs castas de maturao precoce.
Nesta sub-regio os solos so de origem grantica, existindo em alguns locais faixas com calhau rolado. Este microclima
caracteriza-se por Invernos frios com precipitao intermdia, ao passo que os Veres so bastante quentes e secos, o que
denota uma influncia atlntica limitada. A sub-regio desenvolveu-se volta da margem sul do rio Minho numa zona de
meia encosta. Os vinhos extremes da casta Alvarinho so o ex-libris da sub-regio de Mono e Melgao.
26 Vinho Verde
Sub-regio de
PaivaA sub-regio do
Paiva est, a par com a do Lima
, numa posio intermdia relat
ivamente s amplitudes trmica
s e
temperaturas altas de Vero qu
e se verificam na Regio. Pelo c
ontrrio, j no est no grupo d
as sub-regies com
maiores ndices de precipitao
, uma vez que no est to exp
osta influncia no mar, est m
ais no interior e a
uma altitude superior. Ser por
esta razo que as castas tintas A
maral e, sobretudo, Vinho, atin
gem estados timos
de maturao e produzem algu
ns dos Vinhos Verdes tintos m
ais prestigiados de toda a Reg
io. Relativamente
aos vinhos brancos, so obtidos
a partir das castas Arinto, Lour
eiro e Trajadura, adaptadas a cl
imas temperados e,
por isso, comuns a quase toda a
Regio dos Vinhos Verdes, ma
s aqui com uma aliada que o
Avesso, casta mais
caracterstica das sub-regies in
teriores.
Sub-regio do
SousaTal como nas su
b-regies do Ave e do Cvado,
o clima ameno, as amplitude
s trmicas so baixas, assim com
o
o nmero de dias de forte calo
r durante o Vero. Relativamen
te pluviosidade, tambm se c
aracteriza por estar
abaixo da mdia. Esta pode ser c
onsiderada uma sub-regio de tr
ansio, uma vez que no est d
iretamente exposta
influncia atlntica, no entant
o, esta influncia faz-se sentir d
evido ao relevo pouco acentua
do. Trata-se de uma
zona interior mas sem Inverno
s fortes e Veres muito quentes
. As castas principais so as tp
icas dos locais mais
amenos, Arinto, Loureiro e Tra
jadura, s quais se juntam o Az
al e Avesso que tm uma matu
rao mais exigente.
Relativamente aos Vinhos Verde
s tintos vinificam-se as castas Bor
raal e Vinho, disseminadas po
r toda a Regio, e
ainda o Amaral e o Espadeiro. E
ste ltimo muito utilizado para a
produo de vinhos rosados.
Tudo sobre o Vinho Verde 27
Um vinho mais Jovial para um Mundo mais Refrescante5. Vinho com DO | Vinho Verde O Vinho Verde um produto nico no mundo
, uma mistura de aromas e sabores que o tornam numa das mais refrescantes
bebidas naturais! Leve, aromtico e medianamente alcolico, destaca-se por frescor e especia
is qualidades, sendo um vinho
muito apetecido, sobretudo na poca mais quente. Desde o tradicional Vinho Verde, elabor
ado a partir da criteriosa juno
de vrias castas selecionadas, aos Vinhos Verdes elaborados a partir de uma nica casta, a ofe
rta vasta e a escolha uma arte.
A flagrante tipicidade e originalidade dos Vinhos Verdes resultam, por um lado, das caracte
rsticas do solo, clima e fatores
socioeconmicos e, por outro, das peculiaridades das castas regionais e das formas de cultiv
o da vinha.
5.1. Histria do Vinho Verde
As mais antigas referncias histricas que se conhecem da existncia de vinho no que hoje
a Regio dos Vinhos Verdes so
dos romanos Sneca (filsofo) e Plnio (naturalista) e da legislao de Dominiciano, nos ano
s 96-51 a.C..
Foi no noroeste, no corao mais povoado de Portugal desde os tempos da alta idade md
ia, que a densa populao cedo
se espalhou pelas leiras de uma terra muito retalhada. A partir do sculo XII existem j
muitas referncias cultura da
vinha, cujo incremento partiu da iniciativa das corporaes religiosas a par da contribuio d
ecisiva da Coroa Portuguesa. A
viticultura ter permanecido incipiente at aos sculos XII-XIII, altura em que o vinho entr
ou definitivamente nos hbitos
das populaes do Entre-Douro-e-Minho.
A prpria expanso demogrfica e econmica, a intensificao da mercantilizao da agricu
ltura e a crescente circulao de
moeda, fizeram do vinho uma importante e indispensvel fonte de rendimento. Embora a su
a exportao fosse ainda muito
limitada, a histria revela-nos que tero sido os Vinhos Verdes os primeiros vinhos portugu
eses conhecidos nos mercados
europeus (Inglaterra, Flandres e Alemanha), principalmente os das regies de Mono e M
elgao e da Ribeira de Lima. A
orientao para a qualidade e a regulamentao da produo e comrcio do Vinho Verde su
rgiriam no incio do sculo XX,
tendo a Carta de Lei de 18 de Setembro de 1908 e o Decreto de 1 de Outubro do mesmo ano,
demarcado pela primeira vez a
Regio dos Vinhos Verdes.
28 Vinho Verde
O Vinho Verde possui diferentes perfis analticos, distinguindo-se os vinhos de casta, os vinhos com indicao de sub-regio e os vinhos com indicao de designativos de qualidade (escolha, grande escolha, superior, colheita selecionada e reserva). No quadro seguinte apresentam-se os principais perfis.
Os vinhos classificam-se, conforme a concentrao de acar residual, nas seguintes categorias: Seco 4 g/L ou 9 g/L* Meio seco ou Adamado 12 g/L ou 18 g/L** Meio doce 12 g/L e 45 g/L Doce 45 g/L * se acidez total (em g/L c. tartrico) no for inferior em mais de 2 g/L ao teor de acar residual ** se acidez total (em g/L c. tartrico) no for inferior em mais de 10 g/L ao teor de acar residual
5.2. Perfil analtico
Ttulo alcoomtrico adquirido = lcool existente no vinhoTtulo alcoomtrico total = ttulo alcoomtrico adquirido + lcool potencial (acares residuais)
Ttulo alcoomtrico adquirido(% vol)
Ttulo alcoomtrico total (% vol)
Acidez fixa(g/L c. tartrico)
Vinho VerdeSem qualquer indicao adicional na rotulagem
Mnimo 8.0Mximo 11.5
Mnimo 8.5Mximo 14.0 Mnimo 4.5
Vinho VerdeCom indicao na rotulagem de sub-regio, monocasta ou designativo de qualidade (Escolha, Grande Escolha, Colheita Seleccionada, Reserva ou Superior)
Mnimo 8.0 (monovarietal, Escolha ou Grande Escolha)Mnimo 9.0 (sub-regio)+0.5 que o mnimo (Reserva)+1.0 que o mnimo (Colheita Seleccionada ou Superior)
Mximo 14.0 Mnimo 4.5
Vinho Verde Alvarinho Mnimo 11.5 Mximo 14.0 Mnimo 4.5
5.3. Perfil sensorialOs Vinhos Verdes Brancos apresentam habitualmente cor citrina ou palha, aromas ricos, frutados e florais, dependendo das castas que lhes do origem. Na boca so harmoniosos, intensos e mostram um grande frescor.Os Vinhos Verdes Rosados revelam uma cor levemente rosada ou carregada, aromas jovens, refrescantes, lembrando frutos vermelhos. O sabor harmonioso, refrescante e persistente.Os Vinhos Verdes Tintos apresentam cor vermelha intensa e, por vezes, espuma rosada ou vermelha viva, aroma vinoso, onde se evidenciam os frutos silvestres. Na boca so refrescantes, intensos, e saborosos, revelando serem vinhos muito gastronmicos.
5.4. Vinho Verde Vindima tardiaO Vinho Verde Vindima Tardia um vinho produzido a partir de uvas com sobrematurao, com teor em acar resi-dual mnimo de 45 g/L, ideal para acompanhar algumas entradas e sobremesas. Estes vinhos apresentam um ttulo alcoomtrico volmico natural mnimo de 15 % vol e um ttulo alcoomtrico volmico adquirido mximo de 14 % vol. Do ponto de vista sensorial so vinhos que apresentam normalmente cor dourada, aromas a frutos secos e mel, com um final de boca complexo, persistente e marcadamente doce.Deve ser servido bem frio, como aperitivo, no acompanhamento de foie gras, pats , queijos e sobremesas.
Tudo sobre o Vinho Verde 29
Perfis Distintos de Refrescncia6.Vinho com IG | Vinho Regional MinhoA legislao a que est sujeito o Vinho Regional Minho menos restritiva do que a prevista para os produtos com direito DO Vinho Verde, o que permite introduzir outras variantes vitcolas e enolgicas, obtendo-se produtos com perfis diferentes do Vinho Verde.
6.3. Perfil SensorialO Vinho Regional Minho branco tem cor citrina ou palha, aromas intensos frutados ou florais, na boca apresentam-se ora suaves, ora complexos, e sempre refrescantes, caraterstica da Regio que lhes deu origem.O Vinho Regional Minho rosado apresenta uma cor rosada clara ou carregada, aromas habitualmente frutados e sabores refrescantes e intensos.O Vinho Regional Minho tinto revela uma cor vermelha clara ou intensa, aromas jovens, a frutos vermelhos geralmente maduros e intensos, com sabor complexo, equilibrado e refrescante.
6.1. Histria do Vinho Regional Minho
6.2.Perfil analtico
De h muito que reconhecida a natural aptido
da Regio para a produo de vinhos de qualidade
com caractersticas particulares (vinhos com DO),
de renome amplamente firmado: os Vinhos Verdes.
No entanto, existem na mesma rea geogrfica
outros vinhos, com diferentes perfis sensoriais,
cuja qualidade e tipicidade imps a criao de uma
Indicao Geogrfica (IG): Minho. Estes vinhos
so assim identificados pela meno especfica
tradicional, prevista para vinhos sem DO com direito
a uma IG, Vinho Regional.
De forma a garantir a progressiva melhoria da sua
qualidade e o reforo do prestgio de que gozam
os vinhos da Regio, a Portaria n112/93, de 30 de
Janeiro, estabeleceu pela primeira vez as condies
de produo, prticas culturais, mtodos de produo
e caractersticas do vinho com IG Minho a cumprir
para efeitos da sua certificao.
30 Vinho Verde
* 20.0% caso os vinhos no tenham sido sujeitos a enriquecimento
Ttulo alcoomtrico adquirido(% vol)
Ttulo alcoomtrico total(% vol)
Acidez fixa(g/L c. tartrico)
Vinho Regional Minho Mnimo 8.5 Mximo 20.0* Mnimo 4.5
30 Vinho Verde
Tudo sobre o Vinho Verde 31
Para celebrar com alegria ao rubro
!
7. Espumante com DO | Espumante de Vinho
Verde
A Regio dos Vinhos Verdes possui qua
lidades nicas para produzir grandes vi
nhos e, hoje em dia, o Vinho Verde, alm
de afirmar as suas caractersticas de lev
eza, frescura aromtica e gustativa, ofere
ce tambm uma panplia de sabores que
variam com as castas, o local de produ
o e a criatividade do enlogo. Assim, e a
liada a diferentes modos de produo e
divulgao dos produtos, a monotonia n
o existe, podendo sempre o consumido
r descobrir vinhos adaptados a diversos
paladares e diversas situaes. Neste sen
tido, a Regio tem vindo a experimentar
a produo de novos produtos com base
no Vinho Verde, como por exemplo, os e
spumantes. Estes tm revelado uma qu
alidade surpreendente, ao que no ser
alheio o fato de a Regio produzir vinho
s que, pelas suas caractersticas de acid
ez natural e teor alcolico relativament
e
baixo, tm grandes potencialidades par
a a produo de bons espumantes.
Aps vrios ensaios com as diversas cas
tas da Regio, verificou-se que essas pote
ncialidades eram reais e que produzem
espumantes de qualidades mpares.
O Espumante de Vinho Verde tem por b
ase um Vinho Verde, podendo apenas se
r elaborado pelo Mtodo Clssico, que
implica a segunda fermentao em gar
rafa, e com um estgio mnimo de 9 meses nas instala
es do preparador, aps a
data do engarrafamento. Os Espumante
s de Vinho Verde comercializados como
monocasta (monovarietais ou extremes
)
so elaborados com, pelo menos, 85% d
e uvas provenientes dessa mesma casta
. A designao de Espumante de Vinho
Verde Alvarinho apenas utilizada para
os vinhos brancos da sub-regio de M
ono e Melgao, 100% provenientes de
uvas da casta Alvarinho, cultivadas e vi
nificadas na rea desta sub-regio.
32 Vinho Verde
7.1.Histria do Espumante de Vinho Verde
Apesar de j existirem na Regio experincias de elaborao de espumantes, o seu enquadramento com
o Denominao
de Origem Espumante de Vinho Verde recente, estando previsto apenas a partir da reviso dos Estatu
tos da Regio em
1999, pelo Decreto-Lei n263/99, de 14 de Julho.
7.2.Perfil analtico Os espumantes classificam-se, conforme a concentrao de acar r
esidual, nas seguintes categorias:
Bruto natural < 3 g/L (sem adio de acar aps a segunda fermentao)
Extra bruto entre 0 e 6 g/L
Bruto < 12 g/LExtra seco entre 12 e 17 g/L
Seco entre 17 e 32 g/LMeio Seco entre 32 e 50 g/LDoce > 50 g/L
Os espumantes podem ainda ter as seguintes designaes mediante o tempo de estgio em garrafa:
Reserva: quando tenham entre 12 e 24 meses de engarrafamento antes do transvasamento;
Super-reserva ou Extra-reserva: quando tenham entre 24 e 36 meses de engarrafamento antes do transvasamento;
Velha reserva ou Grande reserva: quando tenham mais de 36 meses de engarrafamento antes do transvasamento.
7.3.Perfil sensorialO Espumante de Vinho Verde mantm o perfil de p
rova do Vinho Verde, sendo reforadas as caractersticas de frescor
aromtico, associado a uma maior complexidade gustativa, devida segunda fermentao em garrafa
. Oferecem-se,
atualmente, desde o Bruto ao Meio Seco, passando pelo Reserva e Super-reserva, podendo o consumi
dor descobrir
tambm no Espumante de Vinho Verde o perfil que mais lhe agrada e que melhor se adequa a cada situao
.
Para exprimir todo o seu potencial qualitativo, o Espumante de Vinho Verde deve beber-se resfriado. O arrefec
imento deve
ser lento, de forma a no perder o aroma e o esprito do vinho. A temperatura ideal de consumo situa-se ent
re 6 a 8 C.
Mnimo 11.5 Mximo 15.0 Mnimo 4.5Espumante de Vinho VerdeAlvarinho
Ttulo alcoomtrico adquirido(% vol)
Ttulo alcoomtrico total(% vol)
Acidez fixa(g/L c. tartrico)
Espumante de Vinho Verde Mnimo 10.0 Mximo 15.0 Mnimo 4.5
Tudo sobre o Vinho Verde 33
Bem-vindo a uma forma exclusiva de aguardente8. Aguardentes com DO | Aguardentes de Vinho VerdeEmbora os Egpcios tivessem sido os primeiros a construir alambiques, cujos
desenhos adornam um velho
templo de Mnfis, foi da lngua rabe que nasceram os termos alambique (al ambic) e lcool (al chol),
significando, o primeiro, vaso destilatrio, e, o segundo, embora querendo designar um p muito duro
base de chumbo ou antimnio, exprime a ideia de tnue e subtil, significando vapores de destilao.
Mas foi na Idade Mdia, em 1250, que Arnaut de Villeneuve estudou a destilao do vinho e descobriu
o esprito (lesprit) que ele contm, seguindo-se um seu contemporneo, Raymond Lulle, que preparou a
aguardente (leau ardente), obtendo-a aps 3 a 4 destilaes consecutivas, em fogo muito lento.
A partir de 1730, torna-se habitual o envelhecimento das aguardentes para delas se retirar o melhor proveito,
pois melhoram e ficam mais apuradas, mais penetrantes e com uma cor mais atrativa.
No decorrer do sculo XX houve uma evoluo no sentido de se obterem lcoois de bom gosto e aroma,
generalizando-se o consumo de aguardentes puras.
Dado o interesse na produo de um produto de qualidade, desenvolveram-se alambiques que evitassem
destilaes sucessivas e as prprias tcnicas tornaram-se cada vez mais sofisticadas.
As aguardentes encontram-se bem divulgadas no mercado e apresentam um valor econmico interessante.
34 Vinho Verde
8.1. Histria das Aguardentes
de Vinho Verde
A Regio dos Vinhos Verdes nica, ten
do qualidades mpares para produzir
no s grandes vinhos e espumantes, m
as tambm excelentes aguardentes.
Segundo uma expresso bem conhecida
de Amndio Galhano a composio
dos Vinhos Verdes indica-os, desde log
o, como possvel fonte de aguardentes
vnicas e bagaceiras de alta qualidade
. Se estas ltimas tm uma grande
tradio, (...) as aguardentes vnicas, imp
em-se cada vez mais..
Tendo em ateno o teor em acidez
natural dos bagaos e dos vinhos da
Regio, bem como as suas caracterstic
as organolpticas, existem condies
tcnicas excelentes para a produo d
e grandes aguardentes bagaceiras, a
partir da destilao dos bagaos, e de e
xcelentes aguardentes de vinho, fruto
da destilao dos vinhos.
AGUARDENTE VNICA DE VINHO VERDE
Este tipo de aguardente, que se obt
m por destilao do vinho, incolor,
no entanto apenas so comercializada
s aps envelhecimento em casco. As
caractersticas aromticas e gustativas
resultantes deste estgio melhoram
no s a cor, que se torna mais atrativa, m
as tambm o aroma e o sabor, ficando
mais complexas e suaves.
Categorias de envelhecimento
Velha Reserva: pelo menos, em mdia, 2 anos
de envelhecimento em casco
Velhissima: pelo menos, em mdia, 3 anos de
envelhecimento em casco
VSOP (Very Superior Old Pale): pelo me
nos, em mdia, 4 anos de
envelhecimento em casco
XO (Extra Old): pelo menos, em mdia, 6 anos
de envelhecimento em casco
Tudo sobre o Vinho Verde 35
AGUARDENTE BAGACEIRA DE VINHO VERDE
A aguardente bagaceira provm da des
tilao dos
bagaos. Apresenta um aroma e sabor
muito acen-
tuados, provenientes dos leos essenci
ais existen-
tes nas pelculas e granhas das uvas, qu
e so tanto
mais evidentes quanto maior for a qua
ntidade de
princpios aromticos.
As aguardentes bagaceiras, sem estgio
em casco,
so as mais tradicionais da Regio. No
apresentan-
do colorao, a sua principal distino
encontra-se
nos aromas intensos e expressivos, transm
itidos pela
fermentao dos bagaos das castas que
lhes deram
origem. Devido sua constituio, os b
agaos so
destilados em alambiques diferentes dos
que se cos-
tumam empregar para a destilao dos v
inhos.
Na Regio dos Vinhos Verdes, no h
apenas um
tipo de alambique, mas vrios. No entant
o, existem
dois mais generalizados: o alambique de cald
eira
ou pote e o alambique de coluna.
Categorias de envelhecimento:
Velha: pelo menos, em mdia, 1 ano de envelheci
men-
to em casco
Velhissima: pelo menos, em mdia, 2 anos de env
elhe-
cimento em casco
8.2.Perfil Analtico
8.3.Perfil SensorialA Aguardente Bagaceira de Vinho Verde sem envelhecimento apresenta-se incolor com aromas complexos a bagao, fazendo lembrar, por vezes, fruta cristalizada.
A Aguardente Vnica de Vinho Verde e a Aguardente Bagaceira de Vinho Verde com envelhecimento apresentam uma cor que vai desde amarelado ao topzio, aromas e sabores intensos e finos a madeira.
Ttulo alcoomtrico real mnimo (% vol)
Aguardente Vnica de Vinho Verde 37.5Aguardente Bagaceira de Vinho Verde 40
36 Vinho Verde
Texto a definir9. Licoroso, Espumante, Frisante e Aguardentes com IG. At novembro de 2012, a IG Minho apenas era
empregue em vinho, designado Vinho Regional
Minho. Desde ento a IG passou a ser empregue
noutros produtos vitivincolas: licorosos,
espumantes, frisantes e aguardentes. A legislao
considerou a importncia e o valor econmico
gerado pelos produtos vitivincolas da regio e
criou no novo Regulamento da IG Minho (Portaria
n379/2012, de 21 de Novembro) a possibilidade
de alargar a IG Minho a outros produtos para
alm do vinho, mantendo a qualidade e as prticas
tradicionais que caracterizam os vinhos e produtos
vitivincolas da regio.
Como provar Vinho Verde no ponto10.Recomendaes no servio de vinhos Temperatura A temperatura a que servido o vinho tem uma funo preponderante nas suas qualidades organolticas. As temperaturas recomendadas para o consumo so:
Vinho Verde Branco 08 a 12 C; Vinho Verde Rosado 10 a 12 C; Vinho Verde Tinto 12 a 15 C.
Se a garrafa estiver a uma temperatura de 20 C, sero necessrias cerca de 2 a 3 horas no frigorfico para que o vinho fique temperatura adequada. Em alternativa, se o vinho for colocado dentro de um balde de gua com gelo, sero necessrios cerca de 20 a 30 minutos.
To importante como servir o vinho temperatura adequada mant-lo a essa mesma temperatura. Assim, no caso de vinhos servidos a temperaturas abaixo da temperatura ambiente, deve-se procurar utilizar um balde com gelo e gua, um frap ou outro dispositivo equivalente. No caso do balde com gelo e gua convm ter o cuidado para que o vinho no fique demasiadamente frio.
Tudo sobre o Vinho Verde 37
ArmazenamentoAs garrafas devem ser armazenadas num local escuro com temperatura constante, de preferncia entre 12 e 14C, por exemplo, numa adega. As eventuais oscilaes de temperatura no devem exceder 5C. O local para guardar os vinhos tambm no deve ser muito hmido (a humidade relativa deve ser inferior a 75 %). Humidades relativas superiores podem originar bolores que danificaro os rtulos e as rolhas. As garrafas devem manter-se deitadas de forma a manter a rolha sempre em contato com o vinho.Os Vinhos Verdes devem, por norma, ser consumidos jovens. Contudo, os vinhos que apresentam teor alcolico mais elevado e que so mais complexos, nomeadamente os da casta Alvarinho, tm um potencial de envelhecimento muito positivo.
Abertura da garrafa de vinhoO processo de abertura da garrafa inicia-se com o corte da cpsula, que deve ser feito abaixo do anel externo da boca da garrafa. Em seguida, limpa-se a parte superior da rolha pois podem existir impurezas.Finalmente, introduz-se suavemente o saca-rolhas, segurando firmemente a garrafa com a outra mo. No ultrapasse a rolha com a espiral do saca-rolhas, a fim de evitar que caiam no vinho partculas de rolha ou depsitos que se lhe tenham fixado. Se a rolha for difcil de extrair, introduz-se o saca-rolhas em diagonal. Depois de retirar a rolha, limpa-se o interior do gargalo.
Abertura da garrafa de espumanteO ato de agitar a garrafa de espumante e retirar a rolha provocando um repuxo e sada de espuma pode ser traduzido como um momento de alegria. Porm, a perda da espuma origina um vinho sem gs, com a consequente perda da sua mais distinta caracterstica.Para abrir um vinho espumante deve ser retirada a cpsula, aberto e retirado o aaime ou muselet (parte metlica que
ArmazenamentoAs garrafas devem ser armazenadas
num local escuro com
temperatura constante, de preferncia entre 12 e 14C,
por exemplo, numa adega. As eventuais oscilaes de
temperatura no devem exceder 5C. O local para guardar
os vinhos tambm no deve ser muito hmido (a humidade
relativa deve ser inferior a 75 %). Humidades relativas
superiores podem originar bolores que danificaro os
rtulos e as rolhas. As garrafas devem manter-se deitadas
de forma a manter a rolha sempre em contato com o vinho.
Os Vinhos Verdes devem, por norma, ser consumidos
jovens. Contudo, os vinhos que apresentam teor alcolico
mais elevado e que so mais complexos, nomeadamente os
da casta Alvarinho, tm um potencial de envelhecimento
muito positivo.
Abertura da garrafa de vinhoO processo de abertura da garrafa in
icia-se com o corte da
cpsula, que deve ser feito abaixo do anel externo da boca
da garrafa. Em seguida, limpa-se a parte superior da rolha
pois podem existir impurezas.
Finalmente, introduz-se suavemente o saca-rolhas,
segurando firmemente a garrafa com a outra mo. No
ultrapasse a rolha com a espiral do saca-rolhas, a fim de
evitar que caiam no vinho partculas de rolha ou depsitos
que se lhe tenham fixado. Se a rolha for difcil de extrair,
introduz-se o saca-rolhas em diagonal. Depois de retirar a
rolha, limpa-se o interior do gargalo.
Abertura da garrafa de espumante
O ato de agitar a garrafa de espumante e retirar a rolha
provocando um repuxo e sada de espuma pode ser
traduzido como um momento de alegria. Porm, a perda
da espuma origina um vinho sem gs, com a consequente
perda da sua mais distinta caracterstica.
Para abrir um vinho espumante deve ser retirada a cpsula,
aberto e retirado o aaime ou muselet (parte metlica que
envolve a rolha) e, finalmente, a rolha. Para tal, segure
a rolha com firmeza e gire a garrafa, nunca a rolha, pois
poderia partir ao tentar torc-la. A presso do interior da
garrafa ajudar a rolha a saltar.
38 Vinho Verde
envolve a rolha) e, finalmente, a rolha
. Para tal, segure a rolha
com firmeza e gire a garrafa, nunca a
rolha, pois poderia partir
ao tentar torc-la. A presso do inter
ior da garrafa ajudar a
rolha a saltar.
Conservao do vinho em garrafas abertas
Quando o contedo da garrafa no to
do consumido, esta pode
ser guardada, em geral, durante um ou d
ois dias no refrigerador. A
garrafa deve ser fechada de preferncia, c
om um sistema de vcuo
para preservar as caractersticas do vinh
o.
Taa
Um dos elementos-chave do servio do
vinho a taa: o mesmo
vinho servido em taas diferentes
transmite uma perceo
diferente do sabor e aroma.
A taa deve ser incolor e no possuir
ornamentos, de modo a
permitir a perceo da cor e da limpid
ez do vinho. Deve ainda
ter um p para se pegar, evitando ass
im que a mo aquea o
lquido e suje o copo. igualmente impo
rtante que tenha uma boa
capacidade de modo a permitir que o v
inho contacte livremente
com o ar. Existe uma grande variedade
de taas de vinho, dos
quais se destacam:
Tipo Bordals: elegante, adequada
para os vinhos brancos, roses e tintos jo
vens;
Tipo Balo: arredondada, o que
permite que os vinhos se abram, sendo
mais
indicada para tintos nobres e envelhecid
os;
Tipo Flte: muito elegante, a
lta e estreita, usualmente utilizada pa
ra os
espumantes;
Tipo Tlipa: assemelha-se a um
sino invertido e, por isso, ideal para
tintos
jovens e tambm para brancos e roses.
Tudo sobre o Vinho Verde 39
Servio do vinho
Quando servir um vinho no toque com a garrafa no copo.
Quem abre a garrafa dever ser o primeiro a servir-se, no
sentido de verificar o estado do vinho e, sobretudo, para ficar no
seu copo os eventuais resduos de rolha. Deve ento servir um
pouco de vinho (cerca de 1/5 do volume do copo), agitar bem o
vinho e verificar se est apto a ser consumido, verificando que
no tem cheiro a rolha.
Os copos no devem ser cheios (meio copo suficiente!), a
fim de se poder agitar o vinho, com um movimento giratrio, e
apreciar os seus aromas.
Os vinhos, como todas as bebidas, servem-se pelo lado direito
da pessoa que vai beber. A razo simples: a pessoa que serve
geralmente segura a garrafa com a mo direita e vai servir o
vinho no copo, que deve estar em frente, ou ligeiramente
direita do conviva; ir faz-lo mais facilmente ao se aproximar
pelo lado direito, com a garrafa segura pela sua parte mdia
(nunca pela base ou pelo gargalo), o antebrao por fora ou por
cima, com o rtulo perfeitamente vista. A pessoa que serve
vai observando atentamente toda a operao. Por outro lado,
quem serve deve estar apto a fornecer qualquer informao
especial sobre o vinho que no esteja explcita no rtulo.
Ordem de servio
A ordem em que se deve servir os vinhos a seguinte: o seco
antes do doce, o novo antes do velho (em alguns casos, pode
interessar inverter esta ordem), o branco antes do rosado e
antes do tinto. lgico que no poderemos apreciar um bom
vinho seco, se antes tivermos bebido um vinho doce.
Caso existam vinhos jovens e muito aromticos, aconselha-se a
servir primeiro os vinhos mais velhos e s no final o vinho mais
exuberante, que ser o da colheita mais recente. Tratando-se de
vinhos com bom potencial de envelhecimento, deve-se servir
o vinho novo antes do velho, porque o vinho que envelheceu
est no seu auge e eclipsar um vinho novo.
O ideal seguir uma progresso que v do bom ao excelente,
do leve ao encorpado, do simples ao complexo.
40 Vinho Verde
10. Gastronomia e Vinhos VerdesO Vinho Verde uma bebida naturalmente leve e refrescante. Medianamente alcolico, de baixas calorias, ideal para quem procura momentos descontrados e um estilo de vida saudvel. a companhia ideal para partilhar um fim de tarde com os amigos, um jantar romntico luz das velas ou, simplesmente, para uma refeio leve e descontrada depois de um dia de trabalho.
O Vinho Verde, pelas suas caractersticas naturais, um vinho muito gastronmico, dada a sua boa acidez e leveza, o que o torna apetecvel para ser consumido em diversas ocasies, com ou sem comida. Se uma mesa pedir vinho de uma s regio para acompanhar vrios pratos e ao longo de uma refeio, provvel que o Vinho Verde seja a melhor escolha.
Os Vinhos Verdes Brancos so vinhos de paladar nico, aromticos e ideias para acompanhar saladas, mariscos, peixes, carnes de aves e gastronomia oriental. So o casamento perfeito para Amijoas na Cataplana, Mexilhes Gratinados, Salada de Cogumelos Frescos, Salmo Fumado, Dourada Grelhada, Robalo ao Forno, Polvo Assado, Peito de Pato e Sushi, entre outros pratos orientais. Observa-se uma tendncia recente para o seu uso como aperitivo.
Os Vinhos Verdes Tintos so vivos e refrescantes,
timos para acompanhar a gastronomia regional
Minhota: Lampreia, Bacalhau com Migas, Cabrito
Assado em Pau de Loureiro, Lombinhos de
Cordeiro, Cozido Portuguesa, Papas e Arroz de
Sarrabulho, Rojes Moda do Minho, Tripas
Moda do Porto e outras iguarias. Os Espumantes de
Vinho Verde Tinto so igualmente apreciados para
acompanhamento destes pratos.
Os Vinhos Verdes Rosados, com aromas intensos a
frutos, servem-se especialmente como aperitivo ou
acompanhando as sobremesas com frutos vermelhos.
Os Espumantes de Vinho Verde revelam-se perfeitos
para acompanhar entradas e todo o tipo de canaps,
pratos de peixe e carne, de marisco e comida oriental.
As Aguardentes de Vinho Verde terminam a refeio,
com os cafs e digestivos, acompanhando frutos secos,
chocolates e, para os apreciadores, um bom charuto!
Os sabores que so loucos por Vinho Verde
Tudo sobre o Vinho Verde 41
Ingredientes 4 folhas de brick
2 colheres de sopa de manteiga
400 g de bacalhau demolhado
100 mL de azeite
2 dentes de alho
2 cebolas em meias-luas
100 g de cenoura
300 mL de molho de tomate
1 colher de sobremesa de salsa e coentros picados
Modo de preparaoNuma caarola leve ao fogo o azeite, a
cebola e o alho
picado para dourar. Junte a cenoura em tiras finas e dei-
xe estufar um pouco. Por fim, adicione o bacalhau em
pedaos e abafe, deixando cozinhar muito lentamente.
Retire do fogo e recheie as folhas de brick. Aperte com a
ajuda de um palito e pincele-as com manteiga, levando
ao forno a alourar. Deite o molho de tomate bem quente
no prato de servir e no meio coloque a bolsa. Salpique
com salsa e coentros.
Vinho recomendadoSelecione para este prato um Vinho Ve
rde branco elabo-
rado com as castas Azal e Arinto. A elegncia aromtica
da casta Azal e a complexidade da casta Arinto acompa-
nham na perfeio os sabores deste prato.
BOLSA CROCANTE DE BACALHAU EM MOLHO DE TOMATE E COENTROS
Como transformar momentos perfeitos em momentos saborosamente perfeitos
42 Vinho Verde
Ingredientes16 mexilhes com casca
2 colheres de po ralado
Alho picado
Salsa picada
Cebolinho1 limo60 gr de queijo flamengo e mozarella
Alfaces e courgettes
2 cL de molho de vinagreta
Sal e pimenta
Modo de preparaoTempere os mexilhes com sal, pimen
ta e sumo de li-
mo. Cubra-os com o preparado de po ralado mistura-
do com o alho e as ervas.
Disponha os queijos ralados sobre os mexilhes e leve
ao forno a gratinar. Sirva com uma pequena salada verde
e courgettes temperadas com vinagreta.
Vinho recomendadoSelecione um Vinho Verde branco da su
b-Regio de Mon-
o e Melgao elaborado com Alvarinho e Trajadura. Os
aromas de frutos tropicais resultantes do casamento des-
tas duas castas, associados a uma macieza no paladar, fa-
zem com que estes vinhos sejam ideais para acompanhar
este prato.
Fonte: in Sabores de Hoje com Sugestes de Vinho Verde,
Porto Editora, Porto, 2004.
MEXILHES GRATINADOS COM CROSTA DE PO DE MILHO E ERVAS FRESCAS
Tudo sobre o Vinho Verde 43
11. Rota dos Vinhos Verdes
A impressionante beleza da regio turstica do Minho serve de cenrio Ro
ta dos Vinhos Verdes.
Percorrer esses caminhos descobrir as origens e sabores da milenar cultura
vincola e mergulhar a
fundo na Histria de Portugal, sendo trs os percursos propostos.
O primeiro convida a visitar Trs Cidades de Encanto: Guimares, corte do condado portucalense,
Braga, a cidade dos arcebispos, e Amarante, com a sua bela ponte sobre o rio Tm
ega.
No segundo percurso, Do Cvado ao Lima, visitamos Barcelos, Viana do Castelo, Ponte de
Lima,
Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, localidades nas margens do rio Lima.
Da Costa Serra o percurso fronteirio com a Galiza, onde se descobrem os encantos de C
aminha,
Vila Nova de Cerveira, Valena, Mono e Melgao, capitais do to apreciado Al
varinho.
As portas esto abertas e os percursos sinalizados para uma viagem pelas m
ais belas paisagens da
Regio, numa recepo vitivincola de alta qualidade.
Integram a rota mais de 60 aderentes associados vinha e ao vinho, entre coo
perativas, produtores-
engarrafadores, armazenistas, restaurantes e associaes de viticultores, or
ganizados em rede e
devidamente sinalizados. A oferta rigorosamente selecionada e caracterizada.
A Rota dos Vinhos Verdes possui um gabinete de apoio com atendimento disp
onvel em portugus,
francs e ingls, e servios on-line em http://rota.vinhoverde.pt.
Os itinerrios so pincelados por quintas, solares, casas e adegas cooperativas
com muitos anos de
tradio ao sabor da uva.
Visitar estas casas uma verdadeira viagem s riquezas do passado. De uma bele
za inigualvel, muitos
destes solares so hoje um marco da qualidade do turismo rural em Portugal.
Cada momento passado na Regio enaltecido pelo sabor numa envolvente
e privilegiada relao
com a Natureza.
Uma viagem espantosa a um Lugar onde tudo Refrescante
44 Vinho Verde
Rota dos Vinhos Verdes
Tudo sobre o Vinho Verde 45
nh
ami
Seja E
spontneo
12. Estatsticas do Vinho Verde
Vendas de Vinho Verde em 2012
86%
4%10%
46 Vinho Verde
Top 10 - Exportaes de Vinho Verde entre 2008 e 2012
Exportaes de Vinho Verde entre 2003 e 2012
* dados provisrios
Tudo sobre o Vinho Verde 47
Comisso de Viticulturada Regio dos Vinhos VerdesRua da Restaurao, 318|4050-501 Porto | PortugalTel.+351 226 077 302 |FAX+351 226 077 320 [email protected] | www.vinhoverde.pt
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