Post on 22-Apr-2015
.Estudo comparativo do sucesso de extubação em recém-nascidos de muito baixo peso colocados
em CPAP- nasal ou em VNI-nasalESTUDO PILOTO
Humberto Macêdo de Senna Neto
Orientador: Dr. Carlos A. Moreno Zaconeta
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
HOSPITAL REGIONAL DA ASA SULMONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO EM NEONATOLOGIA
www.paulomargotto.com.br 30/10/2008
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
CPAP em recém-nascido em 1971
Em 1973, administração do CPAP por via
nasal- Doença da Membrana Hialina
Atualmente utilizado em quase todos os
distúrbios respiratórios do recém- nascido
jjjjjjjjGregory GA, Kitterman JA, Phibbs H et al. Treatament of idiopathic respiratory- distress syndrome with continuous positive airway pressure.NEngl Med 1971; 284:1.330-40;
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
O sucesso do CPAP nasal depende do envolvimento de TODA a equipe assistente, incluindo a enfermagem, fisioterapeutas e médicos.
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO CPAP nasal
MECANISMO DE AÇÃO - Aumento da pressão transpulmonar
- Redução da resistência das vias aéreas
- Aumento da área de troca gasosa
- Aumento da capacidade residual funcional
- Otimiza a relação ventilação/perfusão (V/Q)
- Protege o surfactante
- Estabiliza o diafragma
- Abole os efeitos do sono-REM na caixa torácica
Rugolo, L.M.S.S. CPAP. In: Alves Filho, T. Clínica de Perinatologia. Ed. Medsi 2001, v. 1, p. 73-81.Rugolo, L.M.S.S. CPAP. In: Alves Filho, T. Clínica de Perinatologia. Ed. Medsi 2001, v. 1, p. 73-81.
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO CPAP nasal
EFEITOS ADVERSOS
- Lesão da mucosa nasal
- Obstrução nasal
- Erosões e destruição do septo-nasal
- Flutuações da pressão parcial de oxigênio
- Hiperdistensão pulmonar
- Pneumotórax
Kolpeman, B.;Myiosh,M.; Guinsburg, R. Distúrbios Respiratórios no Período Neonatal. São Paulo: Atheneu, 1988. p 38; 403 - 407 Kolpeman, B.;Myiosh,M.; Guinsburg, R. Distúrbios Respiratórios no Período Neonatal. São Paulo: Atheneu, 1988. p 38; 403 - 407
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO CPAP nasal
Insucesso:
- Apnéia não responsiva
- Acidose metabólica resistente
- Desconforto respiratório importante
- PaCO2 maior que 60mmhg
- PaO2 menor que 50 mmhg
- FiO2 maior que 60%
Rugolo, L.M.S.S. CPAP. In: Alves Filho, T. Clínica de Perinatologia. Ed. Medsi 2001, v. 1, p. 73-81.Rugolo, L.M.S.S. CPAP. In: Alves Filho, T. Clínica de Perinatologia. Ed. Medsi 2001, v. 1, p. 73-81.
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
VNI - VNI nasal Opção intermediária entre a VM e o CPAP-nasal
Permite pré-definir todos os parâmetros:
- Pressão no final da expiração (PEEP)
- Pico de pressão (PIP)
- Fração de inspiração de O2 (FIO2)
- Tempo inspiratório (TI)
- Fluxo e FR
Owen L., Morley C J, Davis P G. Neonatal nasal intermittent positive pressure ventilation. Asurvey of pratice in England. Arch Dis Child Fetal Neonatal, Ed:2008 mar: 93 (2): F 148-50;
Owen L., Morley C J, Davis P G. Neonatal nasal intermittent positive pressure ventilation. Asurvey of pratice in England. Arch Dis Child Fetal Neonatal, Ed:2008 mar: 93 (2): F 148-50;
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO VNI nasal
MECANISMO DE AÇÃO (hipóteses)
- î do espaço faríngeo e do drive respiratório
- Indução do reflexo paradoxal de Head
- î da pressão média das vias aéreas
- î da CRF, volume corrente e do volume minuto
- durante os picos inspiratórios recruta alveolos
distais
Moretti C, Marzetti G, Agostino R, Panero A, Picece-Bucci S, Mendicini M, et al. Prolonged intermittent positive pressure ventilation by nasal prongs in apnea of prematurity. Acta Paediatr Scand 1981;70(2):211-
Moretti C, Marzetti G, Agostino R, Panero A, Picece-Bucci S, Mendicini M, et al. Prolonged intermittent positive pressure ventilation by nasal prongs in apnea of prematurity. Acta Paediatr Scand 1981;70(2):211-
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO VNI nasal
Complicações
- Distensão abdominal
- Trauma nasal
- Pneumotórax
- Diminuição da audição e infecção do ouvido
médio
- Inflamação crônica da mucosa e epistaxe
Owen L., Morley C J, Davis P G. Neonatal nasal intermittent positive pressure ventilation. Asurvey of pratice in England. Arch Dis Child Fetal Neonatal, Ed:2008 mar: 93 (2): F 148-50;Owen L., Morley C J, Davis P G. Neonatal nasal intermittent positive pressure ventilation. Asurvey of pratice in England. Arch Dis Child Fetal Neonatal, Ed:2008 mar: 93 (2): F 148-50;
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO VNI nasal
Insucesso: - ph menor que 7,25
- FiO2 maior que 60%
- PaCO2 maior que 60 mmhg
- 6 episódios de apnéia
- Mais de um episódio de apnéia que necessite de ventilação com máscara em 6 horas e estando em uso de aminofilna.
OBJETIVOOBJETIVO
Comparar as duas estratégeas válidas e já
usadas de extubação em RNs menores de 1500g
em relação ao sucesso na extubação
PACIENTES E MÉTODOSPACIENTES E MÉTODOS
Estudo clínico prospectivo, comparativo e aleatório realizado
na UTI neonatal no período de junho a agosto de 2008
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
- Peso menor de 1500 g
- Uso de ventilação mecânica
- Indicação clínica de extubação
- Ter o TCLE assinado pelo responsável.
PACIENTES E MÉTODOSPACIENTES E MÉTODOS
Critérios de exclusão
Pacientes que não cumpriram um dos requisitos
citados no critério de inclusão.
Sorteio pré-determinado em que nos dias pares os
pacientes extubados seriam colocados em CPAP e em
dias impares em VNI
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1: Características demográficas dos pacientes extubados para CPAP e VNI na UTIN do HRAS no período 01/06/08 – 31/08/08
CPAP VNI
PESO 645g-1480g
(1163g)
775g-1420g
(1, 079g)
IG 26s5d-32s
(29s1d)
26s-30s4d
(28s4d)
SEXO Masculino
33,3%
Masculino
50%
CORTICÓIDE 58,33% 33,30%
RESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃO
Extubados 24 pacientes
12 (CPAP)
12 (VNI)
O insucesso da extubação nos dois grupos foi de
58,3%
RESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃO
No grupo CPAP: insucesso em 50% ( n = 6)
Insucesso no CPAP 4 insuficiência respiratória clínica
1 Apnéia não responsiva
1 FiO2 maior que 60%
CPAP 2 em VNI, na segunda tentativa, 2 com sucesso
4 em CPAP,na segunda tentativa, 2 com sucesso
RESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃO
No grupo VNI: insucesso na extubação em 66% (8)
Insucesso na VNI
5 insuficiência respiratória clínica
3 apnéia não responsiva
VNI
4 em CPAP na segunda tentativa, 2 com sucesso
4 em VNI na segunda tentativa, 4 com sucesso
RESULTADOS E DISCUSSÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO
Houve maior número de insucesso na extubação no grupo
da VNI, porém sem diferença significativa (RR: 1,3;ICa a 95%: 0,67-
2,6)
Higgins (1991), mostrou insucesso na extubação em
cerca de 24% para o CPAP-nasal (58)
Lee (2002) relatou falha na extubação de 21% dos RN de
muito baixo peso (29/138)
Davison et al, (2008), estudo em São Paulo,insucesso na
extubação próximo da nossa estatística, 43%.(15/35)
RESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃO
Talvez o elevado índice de extubação deva-se a falta de cuidados adequados.
RESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃO
Insucesso na extubação: VNI X CPAPnasal*
*Sem diferença significativa
DISCUSSÃO E CONCLUSÃODISCUSSÃO E CONCLUSÃO
O assunto é pertinente e relevante em neonatogia
O número de pacientes recrutados foi pequeno e
não permite extrapolar os resultados para população maior,
sendo importante que se direcione direcionar para uma
próxima pesquisa com um “n” maior
Obrigado!Obrigado!