1 invasões bárbaras

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Aulas: 23 a 24

AntecedentesAntecedentes• Os romanos consideravam bárbaros todos aqueles que ficavam

além das fronteiras do império e não falavam o latim.

• Apesar das diferenças culturais, romanos e bárbaros conviveram pacificamente durante os três primeiros séculos de nossa era.

• A maior parte dos bárbaros vivia na região denominada Germânia, além do rio Reno. Eram, assim, denominados povos germânicos. Estes povos tiveram um forte papel na formação da Europa.

• As relações eram geralmente amistosas. Os bárbaros se alistavam no exército, buscavam terras férteis e jovens dos dois povos se casavam.

• No entanto, a partir do século IV, estas relações começaram a mudar.

As invasões As invasões bárbarasbárbaras

• A partir do século IV, a convivência pacífica entre romanos e bárbaros foi interrompida com as invasões bárbaras, que destruíram a unidade do Império Romano do Ocidente.

• Um dos motivos destas invasões foi a chegada dos hunos, povo que veio do leste da Ásia. Chefiados por Átila, os hunos forçaram as tribos germânicas para dentro das fronteiras romanas.

• Alguns historiadores consideram que a busca de terras férteis e as riquezas existentes no império, aliados às fracas defesas nas fronteiras, também estimularam as invasões.

• Dentre os povos bárbaros invasores, podemos destacar os anglos, saxões, lombardos, suevos, burgúndios, vândalos, ostrogodos, visigodos e os francos.

• A maior parte destes povos criou reinos independentes no território romano, entre os séculos V e VI. No entanto, dentre estes, o reino dos francos se destacou.

Coliseo Romano (Flavio)Coliseo Romano (Flavio)

Nos territórios para leste dos rios Reno e Danúbio, viviam os povos germânicos a que os romanos chamavam bárbaros.

Estes povos viviam da criação de gado e da agricultura, ainda que não tivessem uma atividade comercial muito desenvolvida. Tinham grandes conhecimentos na arte da metalurgia e na ourivesaria.

Coroa de Recesvinto. Século VIIMuseu Arqueológico Nacional; Madrid

Habitavam em aldeias e desconheciam a vida urbana.

Os romanos consideravam-nos bárbaros, poisEram diferentes.

Os autores romanos referiam-se aos vândalos como tendo uma péssima reputação, falavam mesmo de uma «selvajaria natural».

Júlio César narra os hábitos dos suevos: «desde a infância, não conhecem nenhum dever, nenhuma disciplina, só fazem aquilo que querem»

Um autor latino, Amiano Marcelino (330 – 400) refere-se assim aos alamanos: «A seus olhos, a felicidade suprema é perder a vida no campo de batalha; morrer de velhice ou de acidente é um impróbrio e uma cobardia, que eles cobrem de ultrajes atrozes; matar um homem é um heroísmo (…). O troféu mais glorioso é a cabeleira de um inimigo decapitado: colocam-na como decoração no cavalo de combate»

Os Hunos, comandados pelo célebre Átila, eram os mais temidos.

Estes povos bárbaros, de origem germânica, eram atraídos pelas riquezas do Império romano e, a partir do séc. II, foram-se estabelecendo junto às fronteiras.

A partir do séc. IV, aproveitando as debilidades e desentendimentos entre os romanos, e pressionados pelos ataques dos Hunos a Leste, estes povos transpõem as fronteiras do Império e entregam-se ao saque.

Os Godos eram originários da Suécia (Gotland). No séc. III, nas margens do mar Negro, dividem-se em dois ramos: Visigodos e Ostrogodos. Pressionados pelos Hunos, os Visigodos atacam o império a oriente, em 376. Depois, comandados por Alarico, atacam Roma em 410. Os saques foram terríveis. Planeavam passar à África, mas a sua frota foi

destruída e Alarico morto, pelo que se reconduziram para o Norte daItália e daí para a Aquitânia.

Aqui, conquistaram um reino entre o Ródano e o Loire,ganhando a inimizade dos Francos. Os Visigodos são derrotados, fixando-se depois na Península Ibérica.

O mesmo aconteceu aos Alanos, Suevos e Vândalos. Ao longo do séc. V, outros povos bárbaros (Francos, Ostrogodos, Anglos, Saxões, Burgúndios…) vão criando os seus reinos sobre os escombros do império.

Em 476, o chefe bárbaro Odoacro depõe o último dos imperadores. É a queda do império romano do ocidente. Inicia-se uma nova era na história da Europa. A Idade Média.

Nos finais do século IV, os habitantes de Conimbriga edificaram uma muralha para se defenderem das hordas invasoras, sacrificando parte da cidade. Em 468 os Suevos assaltam a cidade, saqueiam e destroem Conimbriga. A cidade é abandonada, deixando de ser sede episcopal que transita para Aeminium (Coimbra).

Representação da Tomada de RomaRepresentação da Tomada de Roma

OsOs visigodo visigodoss

• Originários de tribos germânicas que ocupavam o Leste Europeu, próximo ao Rio Danúbio, iniciam a invasão ao Império em 376

Os HunosOs HunosOriginários da Mongólia, nas estepes da Ásia, os hunos eram guerreiros ferozes e desejavam conquistar novos territórios. Eram guerreiros invessíveis.

Atila - rei dos Hunos

Os VândalosOs VândalosEram aliados das tribos godas, forçados pelos hunos a entrar no Império, saqueram a cidade de Roma.

Os OstrogodosOs OstrogodosDe origem germânica, os ostrogodos ocupavam a reginao próxima ao Mar Ndegro até serem atacados pelos hunos e serem, quando invadiram as fronteiras romanas. Após as invaßões, instalaram-se na Itália.

Os FrancosOs FrancosOriginários da França e áreas hoje correspondentes a Bélgica, os frnacos eram um povo conhecido pelos romanos, após a conquista romana das Gálias, permaneceram no território.

As Transformações Econômicas e o Clima de

Insegurança

Invasões

Aumento da mortalidadeDestruição das

culturasMedo

Insegurança

Queda da produção

Ruralização daeconomia

Dependência dos camponesesface aos grandes senhores

Economia de subsistência

A agricultura apenas produzia A agricultura apenas produzia

alimentos para alimentos para consumo próprioconsumo próprio

= RURALIZAÇÃO da economia

ECONOMIA DE ECONOMIA DE SUBSISTÊNCIASUBSISTÊNCIA

Esta segunda vaga de invasões provocou uma crise na atividade agrícola e comercial da Europa

As zonas de cultivo foram praticamente

destruídas

Em troca de proteção e segurança, os pequenos

camponeses submetem-se aos grandes senhores

AUMENTO DO PODER E PRESTÍGIO DOS

GRANDES SENHORES

Reino FrancoReino Franco• A falta de organização política, diferenças de língua,

costumes e a crise econômica foram fatores que fizeram sucumbir a maioria dos reinos bárbaros.

• Porém, o Reino Franco teve longa duração, em parte porque um dos reis, Clóvis, tinha forte ligação com a Igreja Católica, tendo se tornado cristão por volta de 496.

• Podemos dividir o Reino Franco em duas dinastias: Merovíngia e Carolíngia. A primeira deve seu nome a Meroveu, avô de Clóvis, que havia lutado ao lado dos romanos contra os hunos.

• Um dos últimos reis da dinastia Merovíngia, Carlos Martel, venceu os árabes na Batalha de Poitiers, em 732, impedindo assim que toda a Europa fosse invadida pelos muçulmanos.

• O filho de Carlos Martel, Pepino, o Breve, iniciou a dinastia Carolíngia. O principal representante desta dinastia foi seu filho Carlos Magno, o mais famoso dos reis francos.

Império CarolíngioImpério Carolíngio• Carlos Magno subiu ao trono em 768. Afoito a guerras, conquistou um

império que abrangia territórios na Europa Ocidental e Oriental.

• Apesar de quase analfabeto, Carlos Magno valorizava o ensino e fundou escolas gratuitas para o povo.

• No ano 800, foi coroado imperador pelo papa Leão III. Assim, a Igreja Católica pretendia unificar a Europa sob o comando de um monarca cristão, restaurando a glória do Império Romano.

• No entanto, esta unificação não foi possível. Após a morte de Carlos Magno, em 814, seu filho, Luís, o Piedoso, governou até 840. A partir de então, o império foi dividido em três reinos distintos, através do Tratado de Verdun.

• Vale ressaltar que as invasões e a constituição dos reinos bárbaros provocou a ruralização da Europa e a concentração do poder nas mãos dos senhores de terra. Posteriormente, isto foi determinante para o surgimento do Feudalismo.

Tratado de Verdun (843) Império dividido entre os netos de Carlos Magno

Que povos que invadiram a

Europa entre os séculos VIII e X?

«Da fúria dos «Da fúria dos normandos, normandos, livrai-nos livrai-nos Senhor!»Senhor!»

Quando ocorreu a segunda vaga de

invasões da Europa?

Algumas datas Algumas datas importantes...importantes...

Que povos que invadiram a

Europa entre os séculos VIII e X?

Entre os séculos VIII e X, a Europa foi devastada por novas vagas de invasões:

Um dos povos mais temidos eram os VIKINGS ou

NORMANDOS

Eram transportados

pelos seus velozes barcos (“DRAKARE

S”)

Pilhavam e incendiavam

cidades e mosteiros,

espalhando o terror entre as populações

No século VIII, os No século VIII, os MUÇULMANOS MUÇULMANOS

atacaram as costas mediterrânicas atacaram as costas mediterrânicas

da Europada Europa

queriam expandir a sua fé -

o ISLAMISMO

queriam expandir o seu IMPÉRIO

Entre finais do século IX e inícios do século Entre finais do século IX e inícios do século

X, os X, os MAGIARESMAGIARES ou ou

HÚNGAROSHÚNGAROS atacaram o centro da atacaram o centro da

EuropaEuropa

Completa a tabela Completa a tabela seguinte:seguinte:

POVO INVASOR

DATA DA INVASÃO

LOCAL DE ORIGEM

LOCAL DE FIXAÇÃO

Completa a tabela Completa a tabela seguinte:seguinte:

POVO INVASOR

DATA DA INVASÃO

LOCAL DE ORIGEM

LOCAL DE FIXAÇÃO

Muçulmanos Séc. IX e X Arábia Norte de África/Pen Ibérica

Normandos ou Vikings

Séc. VIII e IX

Escandinávia Litoral europeu

Húngaros Séc. IX Ásia Europa Central (Hungria)

Quais os efeitos desta nova vaga

de invasões?

Em síntese...

SEGUNDA VAGA DE INVASÕES DA EUROPA

Decorreram entre os séculos VIII e X

POVOS INVASORES:

-Vikings

- Muçulmanos

- Húngaros

CONSEQUÊNCIAS DAS INVASÕES:

-Crise agrícola e comercial

- Ruralização da economia

- Aumento do poder e prestígio dos grandes

senhores

CONCLUSÃOCONCLUSÃO• Entre os séculos VIII e X, a Europa sofreu uma nova

vaga de invasões – a dos Muçulmanos, Vikings e Húngaros. Estas invasões causaram graves perturbações na vida da Europa, dando origem a um novo regime económico, social e político – o Feudalismo.