2010 ucv-tema 7 - Composição Geométrica

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Tema 7 - Composição Geométrica Aulas de Teoria da Arquitectura Universidade Católica de Viseu (2005-2011) Docente: Luis Manuel Jorge Morgado Com base nas aulas e programa do Arq António Reis Cabrita

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Teoria de Arquitectura

TEMA 7

COMPOSIÇÃO GEOMÉTRICA

ObjectivosA composição geométrica, a construção modulada e a combinação

tipológica

► Entender os CONCEITOS composição, módulo, malhas, regras, sistema arquitectónico, estrutura do espaço, projecto modulado, etc

► Considerar o PROJECTO de arquitectura do ponto de vista da COMPOSIÇÃO GEOMÉTRICA - um processo criativo mas com regras estabelecidas em função de objectivos determinados

► Verificar a presença do projecto e da CONSTRUÇÃO MODULADA na HISTÓRIA DA ARQUITECTURA

► Identificar as VANTAGENS do recurso a processos de concepção baseados em sistemas modulares (e os eventuais inconvenientes)

► Perceber a relação necessária entre INDUSTRIALIZAÇÃO da construção e modulação

Bibliografia

► DUARTE, José Pinto – “Tipo e Módulo”. Lisboa, LNEC

► QUARONI, Ludovico – “Proyectar un edificio . Ocho lecciones de arquitectura”. Madrid: Xarait ediciones, 1987

► BAKER, G. H. – « Analisis de la forma. Urbanismo y arquitectura ». Mexico: Gustavo Gili

► CHING, F.D. – “Arquitetura - Forma, Espaço e Ordem”. Martins Fontes Editora, 1998

► DUPLAY, Claire e Michel - “Méthode illustrée de création architectural”, (extractos), ed. Du Moniteur, Paris.

► PORTOGHESi, Paolo - “The classical concept of modularity” in Materia nº 40 Janeiro-Abril 2003

► STRATI, Rosy – “Module and prefabrication. History and presentation of modular spaces” in Materia nº40 Janeiro-Abril 2003

► BADII, Laura – “Modular coordination” in Materia nº 40 Janeiro-Abril 2003

► GILBERTI, Massimiliano – “Body, proportion, module” in Materia nº 40 Janeiro-Abril 2003

1 – A COMPOSIÇÃO

► Definições

Composição ► “Conjunto de elementos artísticos para a realização

de um todo” (Vocabulário técnico e crítico de arquitectura)

Compor ► “Combinar diversos elementos de forma ou maneira

agradável e equilibrada; imaginar; harmonizar” (Vocabulário técnico e crítico de arquitectura)

► “É agrupar os elementos escolhidos para concretizar um todo homogéneo e completo, de tal modo que nenhuma parte desse todo se pode bastar a si própria, mas ao contrário, todas se subordinam mais ou menos a um elemento comum de interesse, centro e razão de ser da composição”

► “A arquitectura é a expressão concreta de uma ideia. Essa ideia deve ser única e claramente expressa” (Gromot) (Méthode Illustée de Création Architecturale)

1 – A COMPOSIÇÃO► ESPAÇO, FORMA, ORDEM (F. Ching)

ELEMENTOS LINHA PLANO VOLUME

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO da Forma SUBTRACÇÃO ADIÇÃO

► FORMA CENTRALIZADA► FORMA LINEAR► FORMA RADIAL► FORMA AGLOMERADA► FORMA EM MALHA

► ORGANIZAÇÕES Espaciais e Formais CENTRAL LINEAR RADIAL GRUPO TRAMA

PRINCÍPIOS DE ORDEM adicionais: EIXO SIMETRIA HIERARQUIA DADO ou PAUTA RITMO REPETIÇÃO

ELEMENTOS PRIMÁRIOS

PONTO

RECTA

PLANO

VOLUME

PRINCÍPIOS DE TRANSFORMAÇÃO

ORGANIZAÇÕES ESPACIAIS

PRINCÍPIOS DE ORDEM

EIXO

SIMETRIA

HIERARQUIA

DADO

RITMO

TRANSFORMAÇÃO

Linha, Plano ou volume que pela sua continuidade e regularidadecontribui para reunir e organizar um conjunto de formas e espaços

Um movimento unificador caracterizado por uma repetição ou alternância padronizadasde elementos ou motivos formais na mesma forma ou em forma modificada

Utilização de princípios de transformação de uma forma ou espaço inicialutilizado como modelo, mantendo algumasdas suas características originais

A articulação da importância ou do significado de uma formaou de um espaço através do seu tamanho, formato ou localizaçãoRelativamente a outras formas e espaços da organização

Distribuição equilibrada de formas e espaçosequivalentes em lados opostos de uma linha ou plano divisoresou em relação a um centro ou eixo

Uma recta estabelecida por dois pontos no espaçoem relação à qual é possível dispor de formas e espaçosde uma maneira simétrica ou equilibrada

1 – A COMPOSIÇÃO (RITMO E REPETIÇÃO)

► RITMO

“O ritmo refere-se a um movimento caracterizado por uma recorrência padronizada de elementos ou motivos a intervalos regulares ou irregulares”

“O movimento pode ser o dos nossos olhos ou do nosso corpo”

“Em qualquer dos casos o ritmo incorpora a noção fundamental de repetição como um recurso para organizar formas e espaços na arquitectura”

“Quase todos os tipos de construções incorporam elementos que são por natureza repetitivos”

► REPETIÇÃO

Ordenam-se e agrupam-se os elementos recorrentes numa composição devido:

► À sua contiguidade e proximidade

► Às características visuais que têm em comum

REPETIÇÃO

Templos GregosCatedrais Idade Média

-Elemento coluna-Espaço entre elementos

*Módulo templo gregoraio da coluna

REPETIÇÃO

Templo InduUnidade de Habitação

-Elemento coluna-Espaço entre elementos

-Elemento de cobertura

-Células base de habitação

REPETIÇÃO

Villa Imperial – Kyoto

Capitólio – Islamabad

Módulos base:

Ken

Figura circular

REPETIÇÃO

Siedlung HalenAtelier 5

Módulo base:

HABITAÇÃO

REPETIÇÃO

Edifícios Vitorianos

Módulo base:Habitação

Estudos de Borromini

Módulos base e sub-módulos

► Analogia música-arquitectura

“A arquitectura é musica congelada” Goethe

Para Xenakis a música como todas as criações estão unidas entre si por uma invariante essencial que unifica todas as fragmentações que a aparência nos revela.

" Sócrates - Há duas artes que encerram o homem no homem, ou melhor, que encerram o ser na sua obra e a alma nos seus actos e nas produções dos seus actos, como o nosso corpo tão encerrado estava nas criações dos seus olhos e de vista circundado.”

"Mas as artes de que falamos devem, valendo-se de números e de relações, engendrar em nós não uma fábula, mas essa potência oculta que todas as fábulas inventaram. (…)" Eupalinos or l'architecte - Paul Valery

“Constatamos (na música) que graças às técnicas electroacústicas, a conquista do espaço geométrico (...) é realizável” Iannis Xenakis

Xenakis cria para o convento de La Tourette, os “panos de vidro ondulatórios”, primeiro chamados “panos de vidro musicais”. Horizontalmente, a variação dos prumos é posta em paralelo com as “ondulações nos meios elásticos, fazendo o contraponto harmónico de densidades variáveis” e verticalmente, os pinázios utilizam as duas gamas do modulor, para obter “equilíbrios subtis.”

1 – A COMPOSIÇÃO

2 – CONCEITOS - COMPOSIÇÃO GEOMÉTRICA

► TIPO Abstracção formada a partir de uma série de objectos (edifícios)

derivada dos seus aspectos estruturais comuns (Argan) REUNIÃO coerente de TIPOLOGIAS PARCIAIS numa UNIDADE

► ELEMENTO UNIDADE: de Construção, Arquitectura, Urbanismo (elemento a

diferentes escalas)► Elementos construtivos e arquitectónicos► Volumes de base► Elementos urbanos (vias, praças, quarteirão, arte urbana)

SISTEMA: Elementos, Composição, Regras

► ESPAÇOS Diferenciam-se por: dimensão, atribuição, morfologia Dimensão: maiores, menores Atribuição: específicos, apropriáveis, banalizados (ou de

articulação) Morfologia: abertos, cobertos, complexos

► FUNÇÃO Conjunto de acções que se desenvolvem num espaço

Elementos

Coordenação modular

Associação

Regras deComposição

arquitectura

ELEMENTOS

- ESPAÇOS ESPECÍFICOS1 actividade

- ESPAÇOS BANALISADOSCirculação, Ligação, distribuição

- ESPAÇOS APROPRIÁVEISActividades variáveis

ESPAÇOS

CO

MP

OS

IÇÃ

O D

OS

ES

PA

ÇO

S F

UN

CIO

NA

ISElementos de utilização

Fixos Semi-fixos Móveis

► GEOMETRIA Instrumento de ORGANIZAÇÃO do pensamento e da acção humana sobre a

natureza Permite a DIVISÃO DO ESPAÇO (módulos geométricos de 3, 4, 6, 8, 12

lados) Permite a COMPOSIÇÃO das FORMAS TRAÇADOS REGULADORES em planta e alçado

► COMBINATÓRIA “Jogo de elementos” arquitectónicos para criar um edifício Os elementos têm uma FORMA E UMA FUNÇÃO Galeria, módulo de nave, coro, módulo de claustro, etc Há elementos excepcionais Há modalidades de COMBINAÇÃO: aleatórias ou motivadas

► COMPOSIÇÃO Concretização de um todo homogéneo e completo Através da composição procura-se uma COERÊNCIA FINAL

► MALHAS URBANAS A malha rege a estrutura de espaços e massas

► Sem hierarquia► Com hierarquia► Combinação de malhas (ex. malha romana e medieval)

2 – CONCEITOS DE COMPOSIÇÃO GEOMÉTRICA

COMBINATÓRIA PRINCÍPIOS DA COMBINATÓRIA1 – Individualização dos elementos2 – Articulação de elementos3 – Definição de unidades autónomas4 – Junção de unidades

Uma abadia cistercense pode ser analisadaComo a combinação segundo um modelo estruturalDe um numero limitado de elementos simplesPertencentes a uma linguagem arquitectónica dada

GEOMETRIA MALHAS URBANAS

Sobreposição de malhas urbanasMalha RomanaMalha da idade médiaEm Orleans

► MÓDULO Unidade convencionada, “MEDIDA BASE” que serve para estabelecer a

relação das partes de um edifício entre si e entre estas e a sua totalidade ENTIDADE numérica, geométrica ou OBJECTO que repetida ou composta

(segundo regras) constitui uma composição. O conjunto e as partes articulam-se com o módulo segundo múltiplos inteiros ou fracções.

Módulo grego (1/2 diam. da coluna)

► SISTEMA ARQUITECTÓNICO Conjunto de elementos combináveis segundo uma “regra” com base

geométrica A organização dos elementos é combinatória Sistema e complexidade (Níveis) Possibilidades de montagem Sistema e Trama Características de um sistema: Componentes; Montagem; Geometria

► TRAMA Traçado da DIVISÃO GEOMÉTRICA do espaço Define a posição virtual das construções e seus elementos Trama e sistema construtivo Trama horizontal, vertical, combinação de tramas

2 – CONCEITOS DE COMPOSIÇÃO GEOMÉTRICA

► GÉNESE DO MÓDULO

O módulo pode derivar das DIMENSÕES HUMANAS O módulo pode derivar dos MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

► MÓDULO, PROPORÇÕES e GEOMETRIA (Wittkower)

A – Proporções incomensuráveis (idade média)

► Módulos harmónicos gerados por processos geométricos► Geometria à base de NÚMEROS IRRACIONAIS (ex. nº ouro)► Traçados simbólicos

B – Proporções aritméticas (renascimento)

► Módulos aditivos ou subtractivos gerados pela grelha modular

► Geometria à base de NÚMEROS RACIONAIS► Espaço métrico e racional

3 - MÓDULO

► MODULO E PROPORÇÕES HUMANAS

Cânon egípcio – Império Cânon egípcio – Ptolomeu Cânon Grego Cânon Romano Idade Média - Durer Renascimento – Alberti, Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo,

etc etc

►OBJECTIVOS:

Práticos: Auxílio na execução, normalização de processos Estéticos: O Belo, o ideal Filosóficos: O arquitecto como demiurgo Conforto: A escala humana

3 – MÓDULO - HOMEM

"Para que um todo dividido em duas partes desiguais pareça belo do ponto de vista da forma, deve apresentar entre a parte menor e a maior a mesma relação que entre esta e o todo”Zeizing, 1855

Sequência Razão

1  

1  

2 2,00000000000000

3 1,50000000000000

5 1,66666666666667

8 1,60000000000000

13 1,62500000000000

21 1,61538461538462

34 1,61904761904762

55 1,61764705882353

89 1,61818181818182

144 1,61797752808989

233 1,61805555555556

377 1,61802575107296

“O homem é a medida de todas as coisas”

Princípio de dimensionamento em progressão aritmética

Procura de compatibilidade entre:

Industrialização Racionalização da construção Tradição de dimensionamento à base do corpo humano

Pé – ~30 cm (Feet – 30,48cm)

Mão – ~20 cm

Palma – ~10 cm

Polegada – ~2,5 cm (Inch – 2,54cm)

3 – MÓDULO - HOMEM

► MODULOR – Le Corbusier Crítica ao sistema métrico (originalmente o metro era a

décima milionésima parte da distância desde o equador terrestre ao pólo norte, medida ao longo de um meridiano)

Princípio – divisibilidade do corpo em proporção harmónica Altura do homem com o braço erguido – 2,26 m Altura do homem – 1,83 m Altura até ao plexo solar – 1,13 m = 2,26 m / 2

A grelha proporciona três medidas: 113, 70, 43 (em cm), que estão em relação Ø (áurea) 43+70=113, 113-70=43. Adicionadas dão: 113+70=183 (altura do homem “médio”); 113+70+43=226 (homem com o braço erguido).

Série Vermelha – A medida 113 proporciona a secção áurea 70-43: 4-6-10-16-27-43-70-113-183-296, etc.

Série azul - A medida 226 (113x2) proporciona a secção áurea 140-86: 13-20-33-53-86-140-226-366-592, etc.

3 – MÓDULO - HOMEM

► MODULOR – 1942-1948

“Para formular respostas para os problemas colocados pelo nosso tempo e relativos ao aspecto externo da nossa sociedade, há um único critério aceitável, que reconduzirá todos os problemas aos seus verdadeiros fundamentos: este critério é o HOMEM” Le Corbusier

O Modulor representa um sistema “em que se pretendem conciliar os desejos de ordem e proporção típicos do renascimento, baseados em traçados reguladores geométricos e em séries matemáticas que comportam composições musicais, com a nova cultura moderna da construção industrializada. Le Corbusier queria superar o abstracto sistema métrico decimal, recuperando o ANTROPOMORFISMO dos sistemas de medidas tradicionais” Josep M. Montaner

3 – MÓDULO - HOMEM

Unidade de HabitaçãoMarselha

Le Corbusier1946

Apartamento Tipo

Le Corbusier1946

Tipos Variantes

Le Corbusier1946

Cobertura

“Rua” comercial

Le Corbusier1946

Apartamento Tipo

Le Corbusier1946

“[O modulor] é uma gama de dimensões que facilita o bom e dificulta o mau.”

Einstein 1946

4 – PANORÂMICA HISTÓRICA - MÓDULO► Templo Grego

► Basílica Romana

► Santuário Romano

► Basílica românica

► Catedral Gótica

► Igreja oriental ortodoxa

► Igreja da Renascença

► Neoclassicismo

► Engenharia séc. XIX

► Racionalismo moderno séc.XX

► Racionalismo pós moderno séc. XX

► Neo Modernismo

Siedlung Torten

Dessau

Walter Gropius1926/28

Siedlung Torten

Dessau

Walter Gropius1926/28

Casa del FascioComo

Terragni1932-36

Casa del FascioComo

Terragni1932-36

Nakagin Capsule TowerTokyo

Kisho Kurokawa1972

Nakagin Capsule TowerTokyo

Kisho Kurokawa1972

Nakagin Capsule TowerTokyo

Kisho Kurokawa1972

Bronx Development Center

Residencia para crianças com deficiencias mentais

New York

1970-77

Richard Meier

Bronx Development Center

Residencia para crianças com deficiencias mentais

New York

1970-77

Richard Meier

Sistema de fachadaMetal-Panel

Hartford Seminary

Hartford, California1978-81

Richard Meier

Museu de Arte

Bregenz, Austria1990-97

Peter Zumthor

Museu de Arte

Bregenz, Austria1990-97

Peter Zumthor

Museu de Arte

Bregenz, Austria1990-97

Peter Zumthor

5 – ESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO (in Arq. Racional)

Módulo Eixos Espaços elementares Repetição/ Adições de corpos Malha de projecto Simetria

Espaços servidos Espaços servidores Neutralidade Funcionalidade

PRAÇAS

MóduloEixosEspaços elementaresRepetição/ Adições de corposMalha de projectoSimetria

Espaços servidosEspaços servidoresNeutralidadeFuncionalidade

Residencia de Estudantes

Chieti1976

Giorgio Grassi

Giorgio Grassi, Antonio Monestiroli, Raffaele Conti, 1976Residencia de estudantes em Chieti

5 – ESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO

► EXEMPLOS “A LÓGICA DA ARQUITECTURA”

Axioma da Modularidade

► Ex. Casa da criança de Van Eyck 1958

Axioma da Ortogonalidade

► Ex. Doesburg/ Eastern 1925

Regra do Jardim Islâmico

► Ex. Taj Mahal

Gramática Paladiana na planta 3x3

► Ex. Villa Rotonda

“árvore é folha e folha é árvore - casa é cidade e cidade é casa - uma árvore é uma árvore mas também uma grande folha - uma folha é uma folha mas também uma pequena árvore - uma cidade não é uma cidade a

menos que ela seja uma grande casa - uma casa é uma casa somente se for também uma pequena cidade”.

Aldo van Eyck - O orfanato em Amstelveensweg

5 – ESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO (in a semiótica do espaço)

► Análise do espaço arquitectónico como linguagem

► Aproximação à linguística estrutural

► Os elementos da arquitectura/ Construção muros, portas, janelas, etc

► Os elementos da composição/ Espaços Átrios, galerias, salas, etc

► Leis da composição / Os edifícios Níveis sucessivos de articulação Conjuntos complexos Significação por integração num nível superior

► A relação significado-significante Significante – materialidade do espaço Significado – Conjunto de conteúdos possíveis do espaço (funções

e simbologias)

Villa SteinGarches

1927

Le Corbusier

Concepção - Composição

TRANSFORMAÇÃO DE UM VOLUME – VILLA STEIN – Le Corbusier

CASA 9 – John Hejduk

ATHENEUM

Richard Meier1975-79

ATHENEUM

Richard Meier1975-79

Rampa

Eixo Oblíquo

Acesso

6 – SISTEMAS MODULARES

►Módulo Abstracto – Elemento Módulo manipulado durante o processo de projecto

►Módulo Físico – Componente Módulo manipulado durante o processo de

construção

►Identidade Elementos-Componentes Depende do grau de pré fabricação

7 – CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA

► Construção industrializada – Argumentação:

Os custos de construção tradicional sobem constantemente

A sociedade necessita de edifícios

A sociedade tem défice de habitação

A sociedade tem défice de equipamentos

Os grupos sociais com mais necessidades necessitam do apoio do Estado

O orçamento do Estado é limitado

► Industrialização da Construção

Exige processos de construção e produção racionalizados

Exige sistemas modulares porque permitem:

Coordenação dimensional – simplificação e clarificação

Limitação de variantes – gama de dimensões constante

Standardização – de componentes e estruturas

Pré-fabricação – de componentes de edifícios

Industrialização – do processo de construção

7 – CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA

► Coordenação dimensional

Dimensões, superfícies e espaços têm que ser relacionados entre si

Sistema de dimensões depende:► Das Funções

Determinam as dimensões principais dos espaços► Do Método construtivo

Determina as dimensões dos componentes individuais e as ligações

Princípio da repetição

Uniformização dimensional

7 – CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA

► REPETIÇÃO

Reflexos na estética dos edifícios

► Uniformidade► Monotonia

► Ritmo – repetição elementos ou dimensões entre elementos

► Surgem conflitos entre ritmo arquitectónico e exigências construtivas

Ex. “O problema do canto no templo dórico” Quebra do ritmo repetitivo

7 – CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA

► Limitação de variantes

Standardização de algumas dimensões Altura dos pés direitos Tijolos Casas de banho dos deficientes

► Standardização

Produção em fábricas diferentes (especializadas em componentes seleccionados)

Uso em mercados mais vastos (internacionais) Criação de empresas de montagem de produtos

existentes

7 – CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA

► Pré-fabricação de componentes

Os componentes podem MUDAR DE POSIÇÃO no projecto Margens de erro dos produtos dependem da forma da JUNÇÃO

dos componentes A montagem dos componentes NÃO IMPLICA A SUA

TRANSFORMAÇÃO

► Industrialização

Racionalização – mecanização, standardização, análises de produto, controlo de produção

Proporciona produtos em quantidade e baixo custo Projecto Modular – Projecto com o maior numero possível de

componentes prefabricados e standardizados

7 – CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA

► A base dos sistemas modulares – O módulo

O módulo base coordena a dimensão do edifício M=100mm – usado internacionalmente OM=125mm – Octametro (1/8m) sistema alemão (Neufart) 3M=300mm – Alemanha 1971 (DIN 1800)

Módulo Base Módulo base (pode ser a dim. do tijolo) Sub-módulos (M/2, M/4, M/5) Módulos de projecto – regulam as dimensões principais (vãos,

alturas de pisos, etc) Multimódulos – 2M, 3M, …

► Dimensões de controlo modular► Módulos de projecto► Multimódulos preferenciais

8 – SISTEMAS MODULARES - PROJECTO

► Componentes

► Dimensão do módulo – dimensão de controlo deve ser divisível por M

► Dimensão básica (real) do elemento► Dimensão da junta entre elementos

► Módulos de Projecto

► Múltiplos do módulo base► Definição estrutural e da envolvente► Módulo de projecto eleito consoante o tipo de edifício:

Habitação – 3M, 2M Outros – 2M, 3M, 6M, 12 M

► Multimódulos escolhidos em acordo com as funções

8 – SISTEMAS MODULARES - PROJECTO

►Grelha modular e componentes modulares

►Processo de desenho:

A partir da grelha modular

A partir da escolha de componentes

8 – SISTEMAS MODULARES - PROJECTO

8 – SISTEMAS MODULARES - PROJECTO

Grelhas do sistema geral:

► Malha básica – Padrão básico comum – “Campo”► Malha estrutural – Representa a estrutura► Malha espacial – Módulos espaciais de composição

Sistema de proporções antropomórfico

► Regula a proporção – relaciona módulos de grande escala (casa) com módulos de pequena escala (porta)

► Regula a escala – Relaciona as dimensões de todos os módulos com as dimensões do corpo humano

8 – SISTEMAS MODULARES - PROJECTO

Subsistemas:

► Módulos estruturais► Pilar; Viga; Laje

► Módulos de preenchimento Módulo de Parede Exterior: Painéis opacos ou c/ vãos para janelas Módulo de Divisória: Fixa ou móvel Módulo de Serviços: Diferentes equipamentos Módulo de Comunicação vertical: escadas ou rampas int. ou ext. Elementos de Vão exterior: p/ incorporar num módulo de par. Ext.

c/ vão Elemento de Vão interior: Módulo de divisória com vão Elemento de Cobertura: Cobertura plana ou inclinada Outros: Guarda corpos, varandas, armários Acabamentos

8 – SISTEMAS MODULARES - PROJECTO

► Variáveis de cada Subsistema:

Variáveis condicionantes:

Climáticas Urbanas Humanas

Variáveis dependentes:

POSIÇÃO de um elemento em relação a outro Revestimentos, Texturas, Cores

8 – SISTEMAS MODULARES - PROJECTO

► Escala de modulação e o uso de níveis

Combinação de módulos de diferentes níveis: Submódulo – Modulo – Quartos – Habitação – Edifício – Bloco –

Bairro – Cidade

Hierarquia O trabalho num dado nível considera prioritariamente os módulos

desse nível Ex. O projecto urbano ao nível do quarteirão considera prioritários

os edifícios (unidades fundamentais de composição)

Relação entre diferentes níveis Alterações de nível superior podem obrigar a redefinições de

níveis inferiores

8 – SISTEMAS MODULARES - PROJECTO

► Mecanismo de controlo► Asseguram a unidade e o controlo de custos

Grau de pré-fabricação► Um elevado grau de pré-fabricação requer um grau elevado de repetição

Grau de repetição► Um elevado grau de repetição racionaliza o custo e incrementa a ordem

e unidade arquitectónicas

Grau de congelamento de variáveis► O congelamento de variáveis reduz o grau de diversidade e promove a

repetição

Grau de diversidade► O grau de diversidade é condicionado por razões económicas e

arquitectónicas

► O nº de módulos diferentes num empreendimento depende da escala desse empreendimento e da necessidade de alcançar economias de escala

8 – SISTEMAS MODULARES - PROJECTO

► Produção de Habitação na era das Tecnologias da Informação

► Uso integrado de:

Sistemas modulares► Permitem pré fabricação► Garantem unidade arquitectónica

Computadores► BIM (Building Information Model)► Permitem manipular grandes quantidades de informação em tempo

útil (projecto, análise, avaliação)► Reduzem o trabalho manual e as margens de erro► Permitem uma ligação à industria

Sistemas de informação► Asseguram informações sobre o mercado, produtos, preços, técnicas,

dados climáticos, normas, tipologias, etc

T5

        

                

        

                

   

        

                

        

                

 

        

                

   

T4

        

                

        

                

        

                

 

        

                

        

                

 

        

                

        

                

 

T3

        

                

        

                

 

        

                

        

                

        

                

        

                

        

                

   

T2

        

                

        

                

   

        

                

        

                

 

        

                

 

        

                

T1

         

        

                

       

The grammar for the Malagueira houses is a parametric shape grammar. In brief, a parametric shape grammar can be described by an ordered sequence of five elements which is called a five-tuple. As a way of illustration, consider the grammar defined by the five-tuple (S, L, T, G, I).

S is a set of shape rules of the form A --> B that specifies that whenever a shape A is found in the design, it can be substituted by a shape B. In our illustrative grammar, this set is composed of two parametric rules R1 and R2.

L is a set of labels that are used to control computations.

T is the set of similarity transformations (rotation, translation, scaling, reflection or any composition of these) under which rules apply.

G is a set of functions that assigns values to parameters in rules, for example: the width and length of a rectangle. Both the similarity transformation and the assignment function determine the conditions under which the left-hand side of rules can be matched to a shape in the design during rule application.

Finally, I is the initial shape to which the first rule applies to start a computation. Other rules then apply recursively to continue the derivation of a design within the language defined by the grammar.

The shape grammar formalism can be summarized in the equation: Cn+1 = [Cn - t(g(A))] + t(g(B)), n > 0 in which Cn is the shape in the design at step n. The equation states that for a rule to apply, A, the shape in the left-hand side of the rule, must be a part of C, in which case it is deleted and substituted by B, the shape on the right-hand side.