Post on 22-Mar-2016
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vergem vivências, experiências e no
qual se pretende manter sempre aber-
ta a janela do saber e da partilha, para
que possamos reflectir sobre os mes-
mos e, assim, crescer!
É com este pensamento que vos
deixamos, fazendo votos para que o
novo ano seja rico em paz, alegria e
amor e muito intenso ao nível da
aprendizagem e do saber. Um feliz
2008!!!
Acompanhem o nosso cresci-
mento, seguindo o EFTH Magazine!!!
Boas leituras e até breve!
Malvina Sousa
Caros leitores
Cá estamos nós, depois de passa-
da esta época festiva e sempre cheia
de momentos de fraternidade e de
partilha!
Cabe-nos agora enfrentarmos
mais um ano, que se prevê cheio de
trabalho, mas também repleto de
acontecimentos que merecem registo
no nosso dia a dia e que serão, com
toda a certeza, dignos de serem recor-
dados.
Através do nosso tão recente
EFTH Magazine, temos vindo a ofe-
recer-vos variadas informações acerca
da nossa Escola e partilhado diferen-
tes acontecimentos que julgamos
reflectir muito daquilo que esta é e
pretende levar a cabo.
Neste novo ano, continuamos a
deparar-nos com eventos que serão
muito ricos em aprendizagem para
todos aqueles que deles vão usu-
fruir…servem de exemplo alguns dos
concursos nos quais a Escola vai par-
ticipar, bem como algumas acções
levadas a cabo pela mesma no sentido
de proporcionar a todos os interve-
nientes no processo de ensino
momentos de partilha, de aprendiza-
gem e de reconhecimento do trabalho
efectuado até ao momento. Por isso,
estejam atentos, uma vez que, nas
ocasiões devidas, estes serão aqui
registados e dados a conhecer a todos.
Para além disso, eis que estamos,
finalmente, prestes a conhecer e a
desfrutar de novas instalações que,
mais uma vez, reflectem a nossa von-
tade de efectuar mais e melhor traba-
lho, de formar mais e melhores pro-
fissionais, apostando em métodos de
trabalho e em actividades que levam
ao alcance destes objectivos, sempre
sem esquecer que a Escola é um local
de transmissão de conhecimentos,
mas sobretudo, um espaço onde con-
FELIZ ANO NOVO
DO LADO DE CÁ ...
A Escola de Formação
Turística e Hoteleira foi convidada
pela Direcção Regional dos Assuntos
Europeus e Cooperação Externa, na
pessoa do seu Director, Dr. Rodrigo
Oliveira, para confeccionar um
“Seafood Cocktail” no Comité das
Regiões, em Bruxelas, no dia 27 de
Novembro de 2007. Este cocktail,
para cerca de 300 pessoas, foi ofereci-
do pelo Governo Regional no âmbito
do “Blue Planet Forum”.
A Escola fez deslocar a Bru-
xelas uma equipa composta pelo
Director, Dr. Filipe Rocha, pelos for-
madores Humberto Mendonça
(Restaurante), Carlos Pereira e San-
dro Meireles (Cozinha), e pelos for-
mandos Tiago Raposo e Fábio Medei-
ros (3º ano do curso de Técnico de
Cozinha) e Sário Valério (2º ano do
curso de Técnico de Restauração –
Cozinha/Pastelaria).
No Welcome-Drink foi servi-
do “Lajido”, vinho aperitivo da Ilha
do Pico.
No cocktail a Escola apre-
sentou uma cozinha regional inovado-
ra, o que já vem sendo a sua imagem
de marca. A ementa foi composta por
diversas iguarias, das quais destaca-
mos: Mini Tarteletes de Mousse de
2ª EDIÇÃO
JANEIRO / FEVEREIRO
2008
EFTH MAGAZINE
DESTAQUES
Feliz Ano Novo ……..….. 1
Do Lado de Cá …………. 1/2
27º Festival de Gastronomia de
Santarém …………...… 2
Visão ………………….2/3
Ao Sabor de ………….. ..4
Eventos …………….... 4
As Origens do Dia de
S. Valentim …………… 5
Sugestão à Mesa ………. 5
Quem Não Arrisca ... …….6/7
Curiosidades …………. 8
2
No início do mês de Novembro,
a Escola de Formação Turística e Hote-
leira participou no 27º Festival de Gas-
tronomia de Santarém, que decorreu
entre os dias 18 de Outubro e 4 de
Novembro, a convite da Direcção Regio-
nal do Turismo e da Associação de
Turismo dos Açores, com o objectivo de
dar a conhecer a gastronomia açoriana,
num almoço, para 228 pessoas, dedicado
à região.
A escola foi representada por
formandos do 2º ano do curso Técnico
de Restauração – Cozinha e Pastelaria,
Andreia Oliveira, Carlos Oliveira e João
Bairos e por formandos do 3º ano do
curso Técnico de Cozinha, Marta Cabral
e Tiago Raposo, que se fizeram acompa-
nhar pelo Director da Escola, Dr. Filipe
Rocha, pelos formadores Chefe Carlos
Pereira, Subchefe Sandro de Meireles e
Ana Paula Loras e pela funcionária Adria-
na Gomes.
No dia anterior ao almoço, esteve
a cargo da equipa a preparação da mise-en
-place e nas horas antecedentes ao evento,
os formandos, com o apoio dos colegas da
Escola de Hotelaria e Turismo de Santa-
rém, trataram do empratamento da entra-
da, que consistiu numa Mousse de Polvo e
dos dois pratos principais, Espadarte Gre-
lhado, acompanhado de Açorda de Queijo
de São Jorge e Beterraba Lombinhos de
Porco recheados com Enchidos Regio-
nais, Espinafres Salteados e Ananás Cara-
melizado. Para sobremesa, a escola apre-
sentou Fondant de Mel, Mousse de Figo,
Esferificação de Maracujá e Coulis de
Frutos Silvestres.
Os formandos reconhecem,
mais uma vez, que foi uma participação
enriquecedora, pois é sempre um orgu-
lho levar para fora da Região o nome
Açores, mostrar o que de melhor nela se
faz e partilhar experiências com colegas
e profissionais da área.
A Escola de Formação Turísti-
ca e Hoteleira conseguiu, uma vez mais,
associar a tradição à inovação, usando
dos mais típicos produtos da região
numa cozinha moderna e requintada.
Curso de Técnico de Cozinha (3º ano)
Com a colaboração da formadora
Natércia Moura
27º FESTIVAL DE GASTRONOMIA DE SANTARÉM
do para integrar a equipa de formação
da Escola, onde se encontra actualmen-
te.
Sente‑se realizado com a sua
profissão? Sim, sem dúvida, pois faço
aquilo que gosto. Embora seja uma
profissão que requer muito sacrifício
pessoal, principalmente a nível fami-
liar.
Gosta de trabalhar neste pro-
jecto?
Claro que sim, caso contrário já
não estaria aqui. O facto de trabalhar
numa Escola com uma unidade de apli-
cação não me deixa estagnar, o que é
fundamental nesta área. Aqui surgem,
constantemente, novos desafios que
utilizo para me testar e que me moti-
vam a continuar.
Gosta de dar formação na sua
VISÃO
Alimentado pelo objectivo de
criança de um dia ser Cozinheiro ou
Padre, Carlos Pereira optou pelo de
Cozinheiro. Começou por fazer um cur-
so de formação profissional, e, posterior-
mente, iniciou a sua carreira profissio-
nal, traçando como meta a aquisição de
conhecimentos para poder vir a desem-
penhar as funções de Chefe de Cozinha
e Pastelaria. Em 2002, foi convida-
EFTH MAGAZINE
Polvo à Regional, Crostinis de Recheio de Lapas, Cherne em Creme de Caldeirada de Açafroa, Medalhões de Espadarte aroma-
tizados com Azeite de Ervas Aromáticas, Chicharros Recheados com Molho de Vilão, Salada de Rocaz com Frutos Exóticos
Regionais, Inhame Frito com Sementes de Sésamo, Ananás Caramelizado, Pudim de Chá, Queijadas da Vila e Queijadas da
Graciosa.
Para a Escola esta foi uma oportunidade única de mostrar o trabalho desenvolvido em prol da valorização da gastrono-
mia e dos produtos dos Açores.
Humberto Mendonça
(CONTINUAÇÃO)
3
VISÃO (continuação)
EFTH MAGAZINE
área? Porquê?
Gosto imenso de partilhar os conheci-
mentos que possuo e que continuo a
adquirir ao longo do meu trajecto profis-
sional, e, mais ainda, com quem
demonstra vontade de os receber.
Pretende abrir um restaurante seu?
Nesta fase da minha vida não e, prova-
velmente, quanto mais velho ainda
menos. Aposto mais na prestação de
serviços para esta área, do que propria-
mente na abertura de um restaurante.
Apesar de a ideia de abrir um restaurante
ser algo que me causa algum entusias-
mo, devido ao que posso eventualmente
fazer ao trabalhar por conta própria,
entusiasmo - me ainda mais com o facto
de poder fazer todo um conjunto de pro-
jectos diferentes ao trabalhar para dife-
rentes entidades e pessoas, como aconte-
ce aqui na Escola.
Como se sente ao ocupar o cargo mais
importante da Cozinha?
Estou satisfeito por ter atingido um
objectivo a que me propus. Não conside-
ro que o cargo seja o mais importante,
pois para mim a equipa é o mais impor-
tante numa Cozinha. Sem uma equipa
não consigo fazer muita coisa, do mes-
mo modo que uma equipa sem chefia
dificilmente consegue manter um rumo
certo. Assim, na minha opinião, o que
prevalece é sempre a capacidade do gru-
po no seu todo.
Qual foi o acontecimento mais impor-
tante da sua vida profissional?
No meio de todos não tenho nenhum em
particular. Orgulho-me, sim, de me lan-
çar aos projectos aos quais me proponho
e de, no final, poder fazer um balanço
positivo. Claro que as saídas para o
estrangeiro, as representações gastronó-
micas, o convívio com grandes chefes e
os projectos em casa são acontecimentos
que acabam, igualmente, por ter impor-
tância na minha vida profissional.
Qual foi a pior experiência que já teve
na Cozinha?
Não me recordo de nenhuma experiência
má em particular, mas sim de uma parti-
cularmente difícil que tive ao representar
a Escola numa mostra gastronómica dos
Açores em Madrid. Vi‑me obrigado a
ultrapassar um conjunto de dificuldades
logísticas e de recursos humanos dos
quais não estava à espera, mas, mais
uma vez, é nas dificuldades que nos tes-
tamos e valorizamos e, por isso, tento
sempre transformá‑las em algo constru-
tivo. Acabam, assim, por ser um enri-
quecimento pessoal e profissional e não
um factor de desmotivação.
Qual o tipo de Cozinha que mais apre-
cia?
A nível internacional não tenho prefe-
rência por nenhuma em particular, mas
gosto de todas em geral, principalmente
por termos uma Cozinha tão rica como a
nossa. Gosto de experimentar especia-
rias e produtos diferentes e trabalhá‑los
numa cozinha de fusão de novos aromas
e sabores. Por isso, posso afirmar que a
Cozinha que mais me atrai é a criativa.
Gosto de utilizar elementos de diferentes
pratos, idealizar se a sua combinação
resultará bem ou não e, depois, pôr em
prática todo este processo.
Adoro, ainda mais, a Cozinha em forno
de lenha ou na fogueira na sua forma
mais tradicional e simples. Dá-me imen-
so prazer cozinhar feijoadas, ensopados,
guisados ou amassar e cozer pão caseiro
por causa do processo que estes impli-
cam. Uma vez que não existem siste-
mas de controlo de temperatura, entre
outras coisas, funciona tudo por expe-
riência, tal como faziam os nossos avós.
Qual é o prato que mais gosta de con-
feccionar?
O prato que me dá mais prazer confec-
cionar é Leitão à Bairrada (mais ainda
de comer). Gosto de toda a preparação
que envolve a sua confecção: acender o
forno de lenha com a madeira própria
devido ao aroma que transfere para a
carne, observar o modo com o forno
atinge a temperatura ideal, através da
cor do tijolo refractário, colocar o leitão
no espeto e controlar, durante duas
horas ou mais, a sua confecção.
Prefere Cozinha ou Pastelaria?
Gosto de ambas. Tenho alturas em que
prefiro Cozinha e outras Pastelaria.
Como sou uma pessoa que não gosta de
estar sempre a fazer a mesma coisa,
gosto de variar um pouco.
Já ganhou algum prémio?
Não sou pessoa de ligar muito a pré-
mios. Mais do que diplomas e certifica-
dos, o importante é o feedback que
recebo das pessoas com quem trabalho
diariamente e das participações nos
variados projectos. Naturalmente que
fico contente e gosto que o meu traba-
lho seja apreciado, mas não vivo em
função disso.
Curso de Técnico de Restauração -
Cozinha/Pastelaria (1º ano)
Com a colaboração da formadora
Cristina Furtado
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EFTH MAGAZINE
AO SABOR DE...
Como todos sabemos o Carnaval Brasileiro é mundialmente conhecido, mas poucos sabem que este se divide princi-
palmente em Carnaval Carioca, Bahiano e Nordestino. O Recife (capital do Carnaval Nordestino) tem um sabor especial nos
dias de Carnaval, o sabor ao doce dos "Filhós" ou "Filhoses". Servidos com bastante calda de açúcar e um leve toque de cravo
-da-índia ou erva-doce, este é em tudo muito parecido com um que todos nós temos presente no nosso Carnaval açoriano,
muito conhecido pelas nossas Malassadas e pela Batalha das Limas, mas se quiser provar, eis a receita:
Ingredientes:
1/2 quilo de farinha de trigo
1 colher de sopa de óleo
6 ovos
1 colher de sopa de fermento
água q.b.
sal.
Método de Confecção:
Põe-se a água a ferver, com sal, e vai-se juntando a farinha, aos poucos, até formar uma papa grossa. Depois de bem
cozida, retirar do fogo e deixar arrefecer. Juntar os restantes ingredientes e bater a massa, que deve ficar meia areada. Fritam-
se as filhoses em óleo quente, colocado em colheradas e depois de fritos escorrem em papel absorvente. A parte, faça uma
calda de erva-doce ou cravo-da-índia da seguinte maneira: 1/2 quilo de açúcar, 2 copos de água e um raminho de erva-doce,
levar ao lume e deixar reduzir até ficar em xarope. Prove e aprove.
E a acompanhar uma boa sobremesa sugerimos uma boa bebida, para fazermos a folia em grande propomos o “Bate-
Bate de Maracujá”, servido à boa maneira pernambucana em taça de barro, a gosto do bebedor. Faça seu “Bate-bate” da
seguinte maneira: 0,5 litro de aguardente de boa qualidade; 0.3 litros de sumo de maracujá; 0,1 litros de melaço de cana em
ponto fraco; 1 colher de sopa de mel; “bater” e servir.
Bom apetite a saborear o Carnaval Brasileiro.
Curso de Técnico de Restauração - Cozinha/Pastelaria (2º ano)
Com a colaboração do formador Carlos Pereira
EVENTOS
Natal na EFTH
Neste Natal a Escola de Formação Turística e Hoteleira manteve a tradição e, uma vez mais, envolvida num espírito
natalício, levou a cabo a distribuição de cabazes de Natal a famílias carenciadas.
Todos os cursos participaram, cabendo a cada um escolher uma família, organizar um cabaz com a colaboração dos
seus formadores e, posteriormente, proceder à entrega do mesmo acompanhados pelos respectivos directores de curso.
Para dar continuidade à celebração de Natal, a EFTH organizou, como tem sido hábito, um jantar para toda a comu-
nidade escolar no passado dia 14 de Dezembro no Hotel de S. Pedro. A preparação do jantar contou com a colaboração do
curso de Serviço de Andares em Hotelaria, que ornamentou as áreas públicas do Hotel para esta quadra. O curso de Técnico
de Restauração - Restaurante/Bar (2º ano), que esteve responsável pela mise-en-place, assim como os cursos de Técnico de
Cozinha (3º ano) e Técnico de Restauração – Cozinha/Pastelaria (1º e 2º ano) ficaram encarregues de toda a confecção servi-
da no jantar. O curso de Técnico de Restauração – Restaurante/Bar (1º ano) ficou responsável pelo serviço de sala.
Após o jantar teve lugar a “animação da noite”, que contou com a apresentação de várias actividades realizadas
pelos vários cursos. As peças de teatro a imitar os formadores e a apresentação de filmes finalizaram, por mais um ano con-
secutivo, o Natal da EFTH. As expectativas foram superadas mostrando, uma vez mais, a capacidade de trabalho aliada à
originalidade.
Tânia Medeiros
Marlene Correia
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EFTH MAGAZINE
DIZ-SE QUE ...
As Origens do Dia de São Valentim
Comemorado no dia 14 de Fevereiro, o Dia de São Valentim é uma celebração que remonta há muitos anos e que é
explicada a partir de duas lendas distintas: uma pagã e outra cristã.
Em relação à lenda pagã, sabe‑se que na Roma Antiga, no início da Primavera, mais precisamente no dia 15 de
Fevereiro (de acordo com o calendário Romano), se realizava um festival designado Lupercalia, em homenagem a Fauno
Luperco, uma entidade que protegia os pastores e os rebanhos. Na véspera dessa ocasião, cada rapaz escolhia à sorte um
pedaço de papel que continha o nome de uma rapariga romana, a qual viria a ser a sua “namorada” durante o referido fes-
tival.
Quanto à lenda cristã, esta teve a sua origem na história do sacerdote Valentim. No século III, o imperador romano
Cláudio II, com o intuito de criar um exército numeroso e forte, proibiu os jovens de se casarem, pois acreditava que estes
não se alistavam por causa das suas esposas e filhos. Valentim, que era contra a regra imposta pelo imperador, decidiu,
com o auxílio de São Mário, realizar casamentos em segredo. Ao ser descoberto, foi preso, torturado e decapitado a 14 de
Fevereiro de 270. Durante a sua clausura, Valentim apaixonou‑se perdidamente pela filha de um guarda, deixando‑lhe
um bilhete, onde constava “Do teu Valentim”. Em 496, o Papa Gelásio dedicou o dia 14 de Fevereiro ao culto de São
Valentim.
Com o passar dos tempos, o dia de São Valentim ficou associado à troca de mensagens amorosas entre namorados.
Hoje em dia, esta tradição é comemorada em quase todo o mundo com a realização de um jantar romântico e com a troca
de presentes (flores, bombons, postais, alianças, peluches, entre outros) e de juras de amor.
Este é um dia muito especial e esperado por muitos casais, pois é nesta altura que estes demonstram o seu amor e
dedicação.
Curso de Técnico de Recepção
Com a colaboração da formadora Cristina Furtado
SUGESTÃO À MESA...
Sempre ligado aos apaixonados, o dia de S. Valen-
tim tornou-se numa data em que por onde quer que passemos
se vêem flores, corações e ursinhos espalhados pela cidade.
Sendo que hoje a data se tornou comercial, cabe a nós fazer
com que este dia sirva para comemorar o amor que existe
entre duas pessoas independentemente da situação económi-
ca de cada um. Apresentamos, em seguida, dicas de como
criar um ambiente quente para um jantar a dois.
Escolha uma mesa pequena podendo esta ser redon-
da ou quadrada. Utilize uma toalha vermelha ou branca. Pre-
pare a mise-en-place. Na decoração recorra a um candelabro
com longas velas vermelhas para criar um ambiente quente
(pode ainda espalhar pela mesa pétalas de rosas vermelhas,
tendo o cuidado destas não atrapalharem a refeição entrando
em contacto com a comida).
Com dedicação, deverá elaborar e confeccionar uma
ementa requintada, misturando o sentimento com os aromas
diversificados dos alimentos. Na sobremesa, será boa ideia
utilizar o chocolate por este ser considerado o sabor da pai-
xão. Quanto às bebidas, não se esqueça de um bom espuman-
te para a entrada, um bom vinho para o prato principal e no
fim um bom vinho licoroso para acompanhar a sobremesa e a
restante noite.
Durante a noite poderão ver um filme, ouvir um
concerto de uma banda que planeiam ver, jogar jogos, con-
versar, enfim, qualquer coisa que enriqueça a cumplicidade
do casal.
Mais importante que festejar a data, é o casal apren-
der a criar um ambiente quente que deverá repetir-se não
apenas no dia 14 de Fevereiro de cada ano mas sempre que
possível de forma a que o casal comunique, fale da relação,
dos momentos felizes que já viveram como também façam
planos demonstrando que esperam viver cada vez mais
momentos em conjunto.
Com um simples poema fará com que o parceiro
perceba o quanto é importante na sua vida e esse prazer não
se consegue com um qualquer artigo comprado na loja do
canto.
Curso de Técnico de Restauração -
Restaurante/Bar - 2º ano
Com a colaboração da formadora Ana Paula Loras
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EFTH MAGAZINE
QUEM NÃO ARRISCA...
THOE- Quais as principais etapas
para a elaboração de um evento?
A.T.S. - Implica termos conhecimento
da obra, vemos o espectáculo ou rece-
bemos uma proposta deles. Temos no
teatro uma equipa de produção pequena
que são as pessoas que recebem as pro-
postas que as direccionam e eu como
presidente do Conselho de Administra-
ção sou responsável pelas escolhas
finais, trabalhamos em conjunto e as
decisões são aprovadas no Conselho de
Administração. Assim se constrói uma
programação. O cliente procura-nos,
diz-nos o que pretende, dá-nos as datas,
o número de dias que quer ocupar o
Teatro, os meios técnicos e humanos
que precisa, se querem catering, se que-
rem que sejamos nós a tratar disso ou
não, que espaço do Teatro necessitam,
quantas salas vão utilizar e construímos
um orçamento, é um negócio.
THOE - Quais são as suas preocupa-
ções ao organizar um concerto musi-
cal?
A.T.S. - Em qualquer evento, as nossas
preocupações são sempre: nós existi-
mos para acolher e para servir o nosso
cliente e tem de haver uma grande cor-
dialidade em termos de relações huma-
nas a nível interno, de forma a passar
para fora uma imagem positiva e temos
de estar preparados para qualquer even-
to. É com muito tempo de antecedência
que nós contactamos com os artistas,
cabendo à produção ou até mesmo a
mim, pois os conhecimentos pessoais
também funcionam aqui. Toda aquela
parte de logística que é imensa, desde
quantas pessoas se vão deslocar, marcar
passagens, reservar os hotéis, o que
precisam para o espectáculo, e, princi-
palmente, saber se temos condições
para ter este espectáculo aqui. Preocu-
pamo-nos com o orçamento, isto é, se
temos condições e orçamento para isso.
As minhas preocupações enquanto Pre-
sidente de Administração desta casa são
criar condições para que os artistas se
sintam acolhidos, sintam no nosso Tea-
tro, na nossa casa que somos capazes de
responder com profissionalismo e dedi-
cação às várias necessidades que eles
têm e que somos capazes de resolver
conflitos quando eles surgem, pois isto
nem sempre é um mar de rosas.
A turma de Técnicas de Hotelaria e
Organização de Eventos fez uma entre-
vista à Presidente do Conselho de Admi-
nistração do Teatro Micaelense, a Dr.ª
Ana Maria Teixeira da Silva, de modo a
dar a conhecer aos leitores do EFTH
Magazine, a realidade por detrás dos
eventos.
Técnicas de Hotelaria e Organização
de Eventos - Que tipo de ventos são
organizados?
Ana Teixeira da Silva - O Teatro
Micaelense tem duas vertentes, uma cul-
tural e uma comercial que está relaciona-
da com o Centro de Congressos. Pode ser
realizado qualquer congresso de média
ou grande dimensão e toda uma outra
gama de eventos que vão desde feiras,
exposições, jantares, bailes, ceias no
Salão Nobre e até casamentos. Quanto
aos congressos o Teatro Micaelense tem,
para além do auditório, tem salas mais
pequenas que servem para reuniões de
trabalho, workshops e o Salão Nobre.
O teatro micaelense é muito polivalente
e variado, temos toda a gama de eventos.
Em termos culturais também, procura-
mos beneficiar as várias formas de
expressão artística e as várias formas de
artes de palco, podemos ter um concerto
de música Pop, como podemos ter teatro,
musicais e concertos com grandes
orquestras, é bastante versátil.
THOE -Há muito interesse por parte
do público?
A.T.S. - Penso que sim, não nos pode-
mos queixar.
THOE - Qual o vosso público-alvo?
A.T.S. - Há uma vertente do teatro que
faz parte integrante do centro cultural que
nós somos que é o seu serviço educativo.
Temos uma grande oferta de serviço edu-
cativo que visa mesmo o público mais
jovem, desde bebés a jovens. Temos
variadas ofertas adaptadas a níveis etá-
rios diferentes, com actividades que têm
sempre uma vertente pedagógica muito
acentuada e aí sim temos um público
preferencial que são só mais novos, de
resto dirigimo-nos à generalidade do
público e como tentamos diversificar, de
facto há eventos que atraem mais um
público que é mais novo, outros um
público mais velho «culto».
THOE - Quanto tempo de antece-
dência necessita para organizar um
evento?
A.T.S - Já estou a terminar a progra-
mação de 2008, pois é com muito tem-
po de antecedência que nós contacta-
mos com os artistas.
THOE - Qual a média de eventos por
ano?
A.T.S -Nós estamos com uma média
de 2.7 eventos por semana.
THOE - Quais os sectores do teatro
que participam na organização de
um evento?
A.T.S. - Todos os sectores colaboram,
estão ligados. Os produtores, todos os
elementos que integram o departamen-
to técnico, todos os operários necessá-
rios, uma engenheira que zela pela
manutenção do edifício, as relações
públicas, a contabilidade e secretaria-
do. Todos têm que participar.
THOE - Costumam organizar even-
tos de beneficência?
A.T.S. - Aquando do furacão Katrina
nós organizamos um jantar cuja receita
reverteu na íntegra a favor das vítimas,
mas foi um símbolo, um pequeno gesto
e o nosso Natal tradicionalmente é fei-
to pelas crianças, pelos coros infantis
de Ponta Delgada. Construímos um
espectáculo em que todos eles enchem
o palco, nos quais também participam
jovens músicos do conservatório. A
receita resultante das bilheteiras rever-
te-se a favor de uma instituição que
trabalhe com crianças em Ponta Delga-
da.
THOE - É uma mais-valia para o
Teatro o aluguer do espaço?
A.T.S. - É fundamental, é ai que o Tea-
tro vai buscar grande parte das suas
receitas próprias.
THOE - Que técnicas de marketing
costumam utilizar?
A.T.S - Nós temos dois outdoors colo-
cados na cidade, um rodapé inserido
diariamente no Jornal Açoriano Orien-
tal, de vez em quando fazemos uma
inserção na revista do Açoriano Orien-
tal pois a publicidade é caríssima.
7
QUEM NÃO ARRISCA… (CONTINUÇÃO)
EFTH MAGAZINE
Teve múltiplas facetas entre as quais um concer-
to e duas exposições, com muita qualidade. Foi um even-
to muito marcante e o público gostou. Foi a nossa estreia
depois da recuperação do Teatro.
THOE - O Teatro, construído recentemente, é um
edifício que se preocupa com o meio ambiente?
A.T.S - Nós preocupamo-nos com o meio ambiente, pro-
curamos fazer a reciclagem do papel utilizado bem como
tentamos não utilizar papel recorrendo mais ao suporte
informático.
THOE - Consideram o Coliseu Micaelense um concor-
rente directo do Teatro?
A.T.S - É um concorrente obviamente. Estamos no mes-
mo espaço, na mesma cidade, mas um concorrente não é
um inimigo pois ambos contribuem para o dinamismo das
duas casas e para a diversidade de escolha que as pessoa
têm. As casas têm características diferentes.
.
Curso de Técnicas de Hotelaria
e Organização de Eventos
Com a colaboração do formador
Humberto Mendonça
Temos também uma página no Jornal Terra Nostra, mopies
rotativos à entrada dos centros comerciais, um spot televisi-
vo na RTP-A, na rádio, RDP-A, e na Rádio Atlântida.
THOE - Costumam associar-se a outras empresas para
promover os vossos eventos? Podem considerar-se
patrocinadores?
A.T.S - Temos parcerias com o a RTP-A, RDP-A com a
Rádio Atlântida, com o Jornal Açoriano Oriental que faz-
nos um pacote com preços simpáticos.
THOE - Que tipo de patrocínios vos interessam?
A.T.S - O que nós temos feito é associarmo-nos a uma
determinada empresa que promova um sorteio e nós partici-
pamos com a oferta de bilhetes.
O Teatro Micaelense tenta criar uma marca de prestígio,
procurando patrocinadores que também o queiram dando-
lhes, ao mesmo tempo, prestígio ao serem nossos patrocina-
dores. Temos vários patrocinadores, entre os quais a SATA,
que nos faz preços favoráveis para a deslocação dos nossos
artistas e temos parceria com hotéis e outros tipos de patro-
cinadores que contribuem com dinheiro.
THOE - Qual a lotação do espaço?
A.T.S - Temos quatro salas cuja capacidade varia entre 80 a
300 pessoas dependendo da forma como a sala é organizada
e dependendo do evento em si. No total temos espaço para
3000 pessoas.
THOE - O Teatro Micaelense dispõe, normalmente, de
todos os equipamentos para a produção de um evento?
A.T.S - Temos muito material mas normalmente é sempre
preciso mais qualquer coisa.
THOE - Que tipo de facilidades costumam ter?
A.T.S - Em termos de bilhetes temos um cartão que é favo-
rável ao espectador, procurando assim fidelizá-los. Com o
cartão de espectadores frequentes, ao fim de 3 bilhetes com-
prados naquela temporada, é-lhe oferecido outro, e a partir
deste momento todos os outros bilhetes que comprem têm
desconto de 20% em tudo. Para além disso temos outras
modalidades só para grupos de 10 pessoas, para seniores a
partir dos 65 anos e crianças.
THOE - Qual o evento que pensam ter tido mais êxito?
E o mais trabalhoso?
A.T.S.- O mais complexo que nós fizemos até agora foi a
ópera L'Elisir D'Amore do Donizzeti
do Teatro de São Carlos, quer pelo número de pessoas que
envolveu quer pelo tempo que tiveram aqui (10 dias). dife-
rentes mas é um concorrente saudável.
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CURIOSIDADES
Carnaval em Ponta Delgada
Embora o Carnaval em Ponta Delgada não seja tão conhecido como o da Madeira,
Loulé ou Ovar, o povo micaelense celebra-o de uma forma muito peculiar, mantendo e
revivendo tradições que caracterizam esta época de uma forma muito genuína.
Durante o mês que antecede o Carnaval, são comemorados em S. Miguel o dia dos
Amigos, das Amigas, dos Compadres e das Comadres que também se foram adaptando às
mudanças da sociedade. Antes, nestes dias, era costume reunirem-se em casa uns dos
outros, hoje, os pontos de encontros são os restaurantes, discotecas e bares, recorrendo-se a
brincadeiras mais atrevidas.
Em Ponta Delgada, existem algumas tradições que todos os anos são marcos desta
época. Assim, os Grandes Bailes do Coliseu Micaelense são, desde há muitos anos, um
eventos que marca as quatro noites que antecedem a Terça-Feira de Carnaval desta cidade,
onde as pessoas vão vestidas com trajes de gala e levam o seu farnel, para poderem passar
uma noite ao som da música carnavalesca.
Por quem passa pela cidade, poderá encontrar inúmeros desfiles e corsos carnava-
lescos organizados por escolas, instituições e particulares que querem, de uma forma ou de
outra, demonstrar a sua alegria, boa disposição e a própria criatividade na elaboração de
fantasia alusivas à época.
Não poderíamos deixar de fazer referência à Batalha das Limas que tem lugar na
Segunda-Feira de Carnaval. Esta batalha começa a ser preparada, por grupos de pessoas,
logo após a entrada do novo ano, com a elaboração de limas (pequenos objectos redondos
ou ovais construídos à base de cera e no seu interior contém água), sacos e balões. O local
da batalha é a Avenida Marginal da cidade, onde os grupos surgem a pé ou em camiões e
tentam atingir grupos adversários .
Esta época é também acompanhada por uma gastronomia muito característica
onde a Malassada é “rainha e senhora” da doçaria micaelense. Outras iguarias que vão
fazendo as delícias do povo são os Coscorões, os Sonhos, as Rosas do Egipto e as Filhoses.
São, de entre muitas vivências, as que mais se destacam nesta época e que afastam
e demarcam uma realidade muito peculiar de gentes que de fantasia e sorriso mostram o ar
da sua graça.
Curso de Técnico de Restauração - Restaurante/Bar - 1º ano
Com a colaboração do formador João Saraiva
FICHA TÉCNICA
DIRECÇÃO: Filipe Rocha
COORDENAÇÃO: Marlene Correia
COLABORAÇÃO : Álvaro Loras
Ana Paula Loras
Humberto Mendonça
Malvina Sousa
Tânia Medeiros
Curso de Serviços de Andares em Hotelaria -
2º ano
Cursos de Técnicos de Restauração - Restau-
rante/Bar - 1º e 2º anos
Cursos de Técnicos de Restauração - Cozinha/
Pastelaria - 1º e 2º anos
Curso de Técnico de Cozinha - 3º ano
Curso de Técnicos de Recepção - 1º ano
Curso de Técnicas de Hotelaria e Organização
de Eventos (Qualificação)
FORMADORES: Ana Paula Loras
Carlos Pereira
Cristina Furtado
Humberto Mendonça
João Saraiva
Natércia Moura
Tel: 296 209 180
Fax: 296 301 744
Correio electrónico: escolahotel@mail.telepac.pt
“Venha Descobrir a Arte de Uma Gastronomia Moderna e Inovadora”