Post on 14-Feb-2015
LERCom a leitura do romance Os Maias (1888), poderá atentar em alguns pormenores ilustrativos do percurso de desilusão que, por diversos factores, pauta a actuação da maioria das personagens.
A. Avalie a atenção prestada a alguns dos pormenores numa primeira leitura.
1. Os Maias possuíam, em 1875,
a) uma quinta no Alentejo.
b) um casarão em Lisboa e uma quinta em Santa Olávia.
c) uma casa em Benfica.
2. O Ramalhete foi remodelado para
a) acolher Afonso da Maia, que se cansara da monotonia
do Douro.
b) habitação de Carlos no período dos seus estudos.
c) receber Carlos após a sua formatura em Medicina.
3. Vilaça discorda da ideia de Afonso querer habitar o
Ramalhete, porque
a) considera os ares de Santa Olávia mais saudáveis.
b) teme uma lenda que aponta para a fatalidade das
paredes do casarão.
c) as obras implicam muitas preocupações.
4. O jardim do ramalhete
a) possuía uma estátua, uma cascata e alguma
vegetação.
b) era tão vasto quanto o da quinta de Santa Olávia.
c) sofreu transformações radicais.
5. Caetano da Maia, pai de Afonso, é o protótipo do
a) absolutista despótico.
b) jacobino.
c) liberal devoto.
6. As divergências entre Caetano da Maia e Afonso da
Maia afirmam-se pelo âmbito
a) essencialmente político.
b) estritamente pessoal.
c) marcadamente religioso.
7. Por razões políticas, Afonso e M.ª Eduarda Runa
exilaram-se em
a) Espanha.
b) França.
c) Inglaterra.
8. O padre Vasques deslocou-se ao país de exílio de
Afonso para
a) educar Pedro da Maia.
b) confessar Maria Eduarda Runa.
c) educar Carlos da Maia.
9. A educação de Pedro da Maia foi assumida
a) pelo pai.
b) pela mãe.
c) tanto pelo pai como pela mãe.
10. Os traços hereditários de Pedro da Maia ligam-no,
sobretudo,
a) ao pai.
b) à mãe.
c) ao avô paterno.
11. Após a morte de M.ª Eduarda Runa, Pedro
a) entra num estado de melancolia para o qual não
encontra solução.
b) sente uma agonia terrível, atenuada, contudo, por uma
vida de estroinice.
12. Pedro casou com M.ª Monforte
a) contra a vontade de Afonso da Maia.
b) para contrariar o pai.
c) para sair de casa.
Docente: Maria Jo«o Costa - 1 - Ano Lectivo: 2012/2013
c) aproxima-se mais do pai.
13. Em Itália e em França, M.ª Monforte revela-se
a) voluntariosa.
b) fútil e interesseira.
c) fiel e dedicada.
14. regressados a Portugal, Pedro e M.ª Monforte
habitaram
a) o Ramalhete.
b) a casa de Benfica.
c) a casa de Arroios.
15. Da relação de Pedro da Maia com M.ª Monforte
nascem dois filhos
a) M.ª Eduarda Runa e Carlos da Maia.
b) Carlos da Maia e Ega.
c) Carlos e M.ª Eduarda.
16. O ambiente doméstico vivido por Pedro e M.ª
Monforte era
a) pacato, revestido de uma cultura própria da época.
b) festivo e luxuoso.
c) soturno marcado pelas longas declarações de Alencar
17. O nome de Carlos Eduardo da Maia foi escolhido
a) pelo avô paterno, em homenagem a um antepassado.
b) pelo pai, em memória de um tio.
c) pela mãe, influenciada pela leitura de novelas com
heróis românticos.
18. M.ª Monforte trai Pedro da Maia com Tancredo,
a) um amigo de infância do marido.
b) um hóspede que havia sido ferido involuntariamente
por Pedro
c) um sobrinho dos príncipes de Sória, familiares dos
Maias.
19. A solução assumida por Pedro da Maia para pôr fim
ao seu desgosto foi
a) o suicídio.
b) a realização de uma longa viagem pela Europa.
c) a negação da tutela dos filhos a M.ª Monforte.
20. A casa de Benfica foi encerrada
a) porque era onde viviam Pedro e M.ª Monforte.
b) por ter sido o local onde Pedro se suicidou.
c) porque Afonso sentia saudades do ar puro de Santa
Olávia.
21. M.ª Monforte foge com o amante, levando consigo
a) os dois filhos.
b) somente a filha.
c) somente o filho.
22. A educação de Carlos fez-se sob a orientação de
a) Mr. Brown.
b) Vilaça.
c) Afonso e as criadas da Quinta de Santa Olávia.
23. O capítulo III põe em destaque dois modelos de
educacionais distintos, tipificados nas personagens:
a) Carlos e Pedrinho.
b) Carlos e Eusebiozinho.
c) Carlos e Ega.
24. Em Coimbra, Carlos revela-se
a) diletante e dandi, manifestando interesse por diversas
áreas.
b) um aluno exímio, dedicando-se exclusivmente ao
estudo.
c) saudoso pela vida pacata de Santa Olávia.
25. Ega, o grande amigo de Carlos, andava-se formando
em
a) Medicina.
b) Literatura.
c) Direito.
26. O Outono de 1875 marca
a) a formatura de Carlos.
b) o momento em que os Maias foram habitar o
Ramalhete, um ano após a formatura de Carlos.
c) o momento da partida de Carlos para a viagem final de
curso.
27. O consultório de Carlos situa-se
a) no Rossio.
b) no Ramalhete.
c) ao lado da Vila Balzac.
28. A decoração do gabinete de Carlos reflecte o seu
gosto
a) pelo luxo e pela sumptuosidade, conforme o seu
estatuto social.
b) pela simplicidade e actividade laboral.
c) pelo conforto dos doentes.
29. A prática do adultério na alta sociedade lisboeta é 30. A vila Balzac, no capítulo VI, reflectia o carácter
Docente: Maria Jo«o Costa - 2 - Ano Lectivo: 2012/2013
uma das temáticas abordadas na obra, exemplicada nos
casos
a) de Ega com a condessa de Gouvarinho, e de Carlos
com Hemengarda.
b) de Carlos com a Gouvarinho, e de Ega com Raquel
Cohen.
c) de Carlos com Encarnacion, e de Ega com Raquel
Cohen.
idealista e também mundano de Ega,
a) devido à exagerada decoração típica do século XVI.
b) pela simplicidade e pelo valor modesto dos adornos.
c) dada a grande quantidade de livros que forravam as
paredes.
31. No capítulo VI, surge o episódio do jantar no Hotel
Central,
a) organizado por Carlos, para confraternizar com os
amigos.
b) organizado por Ega, em homenagem ao banqueiro
Cohen.
c) organizado por Ega para retratar as suas relações com
Raquel Cohen.
32. Nas conversas deste evento social, afloram-se vários
temas, destancando-se
a) o desporto e a política.
b) a educação e a cultura.
c) a literatura, as finanças e a política.
33. Os participantes no jantar do Hotel Central
a) revelam-se temperamentais, desajustados entre os
objectivos desejados e os fins alcançados.
b) mostram-se com atitudes e ideias fortes, convincentes
e coerentes.
c) revelam-se educados, preocupando-se mais com o
comportamento do que com a aparência.
34. Neste episódio, salientam-se duas personagens que
se distanciam das cenas caricaturais. São elas
a) Ega e Carlos.
b) Carlos e Craft.
c) Alencar e Cohen.
35. Já nos seus primeiros contactos, Dâmaso Salcede via
Carlos como
a) um modelo a seguir, pelo seu aspecto chic.
b) um inimigo.
c) um amigo a respeitar pelo que tinha de difrente.
36. O aparecimento de M.ª Eduarda assemelha-se ao de
M.ª Monforte, visto ambas se apresentarem como
a) estátuas, de olhar penetrante capaz de repelir os
observadores.
b) mulheres voluntariosas e sociáveis no trato.
c) deusas detentoras de uma pele ebúrnia e de cabelos
loiros.
37. Eusebiozinho, depois de enviuvar,
a) recusa-se a sair de casa.
b) não larga mais o luto.
c) leva uma vida dissoluta, entregue ao prazer com
espanholas.
38. M.ª Eduarda tem uma filha com
a) Castro Gomes.
b) Macgreen.
c) Carlos da Maia.
39. O episódio do Hipódromo, no capítulo, indicia o futuro
de Carlos:
a) ganha ao jogo e perde o dinheiro.
b) perde ao jogo e ganha no amor.
c) ganha ao jogo e a ministra da Baviera lembra-lhe o
provérbio (Sorte no jogo...).
40. O episódio da corrida de cavalos terminou
a) com o sucesso habitual do evento.
b) em pancadaria, denunciando a linha postiça de
civilização.
c) com a entrega dos prémios.
41. A casa onde Carlos e M.ª Eduarda se encontravam
denominava-se
a) o canto do amor.
b) o ninho dos deuses.
42. O artigo de Dâmaso, denunciando a relação entre
Carlos e M:ª Eduarda,
a) surge no jornal “Corneta do Diabo”.
b) é publicado em “O Sorvete”
Docente: Maria Jo«o Costa - 3 - Ano Lectivo: 2012/2013
c) a Toca. c) aparece no jornal “A Tarde”.
43. Com o episódio do Sarau no Teatro da Trindade, Eça
de Queirós pretendeu
a) elogiar a contribuição monetária de uma princesa para
as vítimas de uma cheia.
b) retratar o comportamento ridículo dos participantes e
dos assistentes.
c) evidenciar o seu gosto cultural.
44. Na sequência deste episódio e da revelação do
Senhor Guimarães, a descoberta da prática do incesto é
comunicada
a) por Ega e por Carlos a Afonso.
b) por Vilaça e Ega a Carlos, bem como por Carlos a
Afonso.
c) por Vilaça a Carlos e por Ega a Afonso.
45. Apesar de saber da sua relação familiar com
Eduarda, Carlos
a) repudia a irmã, afastando-se dela.
b) tenta o suicídio.
c) pratica o incesto conscientemente.
46. Afonso morre, em consequência
a) de uma queda no jardim do Ramalhete.
b) do natural avançar da idade.
c) dos vários desgostos a que assistiu durante a sua
longa vida.
47. O último capítulo de Os Maias retrata Lisboa dez anos
após a morte de Afonso, apresentando a cidade
a) como qualquer capital europeia desenvolvida.
b) estagnada a vários níveis, a julgar pelas figuras
humanas que a povoam.
c) como uma capital europeia, a ver pela indumentária de
alguns transeuntes.
48. Segundo Ega e Carlos, ambos falharam na vida
a) por motivos económicos.
b) por serem invariavelmente românticos.
c) porque não permitiram que os seus projectos se
concretizassem.
49. No final da obra, Carlos constata que
a) passou a vida no Ramalhete, onde viveu as suas
maiores tristezas.
b) viveu dois rápidos anos no Ramalhete.
c) viveu dois anos no Ramalhete, os quais lhe pareceram
uma vida inteira.
50. Um sinal de progresso pode ser vislumbrado quando
a) Carlos e Ega assistem ao aparecimento da primeira
claridade do luar.
b) Carlos e Ega correm desesperadamente para apanhar
o americano.
c) Carlos e Ega vão de tipóia até ao Hotel Bragança ao
encontro de Vilaça.
Bibliografia: CARDOSO, Ana M.ª et alii. (2011). Com textos 11. Porto: Edições Asa.
Docente: Maria Jo«o Costa - 4 - Ano Lectivo: 2012/2013